Magé é um município da Baixada Fluminense, situado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Seu ponto turístico mais famoso é a 1ª Estrada de Ferro do Brasil, construída em 1854 por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá. Hoje a 1° Ferrovia do Brasil está completamente abandonada. Fica ao norte da capital do estado, distando desta cerca de 50 quilômetros.
Foi fundada em 9 de junho de 1565 com o nome de Magepemirim que depois foi abreviada para Magé. Em 2019 Magé fez 454 anos sendo a segunda cidade mais antiga do Estado do Rio de Janeiro atrás apenas da capital.
História
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. Quando os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região, no século XVI, a mesma era ocupada pela tribo tupi dos tupinambás, também conhecidos como tamoios.
O atual município tem origem no povoado de Magepemirim, fundado em 1566 por colonos portugueses. Possuía um dos principais portos da região, onde muitos navios negreiros descarregavam os escravos. Em 1696, foi criada a freguesia de Magé. Em 1789, Magé foi convertida em vila pelo Vice-Rei do Brasil, Dom Luís de Vasconcelos e Sousa. A vila foi elevada a cidade em 1857. Durante a monarquia, foi criado o baronato de Magé em 1810. Este foi elevado a viscondado em 1811.
Geografia
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a área do município é de 385,7 km², sendo que 215,941 km² constituem a zona urbana e os 12,209 km² restantes constituem a zona rural.
Juntamente com os municípios de Guapimirim, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto, Três Rios, Comendador Levy Gasparian, Areal e Cachoeiras de Macacu, Magé compõe a região turística do Rio de Janeiro chamada Serra Verde Imperial.
Hidrografia
Magé é cortado por 5 rios principais e seus afluentes. Todos desaguam na Baía de Guanabara. Sãoeles:
Rio Roncador; Rio Inhomirim; Rio Suruí; Rio Magé-mirim e Rio Saracuruna.
As praias e manguezais de Magé fazem parte da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim (APA Guapi-Mirim), que tem como intuito preservar a única área intocada pela degradação humana da Baía de Guanabara.
Relevo
O município encontra-se localizado num vale formado pela base da Serra dos Órgãos, e faz limite com os municípios de: Petrópolis ao norte, Duque de Caxias ao oeste, Guapimirim ao leste e com a Baía de Guanabara ao sul.
Clima
O clima em Magé é tropical em quase todo o município, exceto em áreas próximas ou na Serra dos Órgãos, como por exemplo Meio da Serra (um bairro bimunicipal, que também faz parte de Petrópolis) onde o clima predominante é o Tropical de Altitude.
A menor temperatura já registrada no município foi de 2,4 °C no dia 2 de agosto de 1955 em Pau Grande, acompanhada de uma geada fraca.
Economia
No município há fábricas de bebidas no distrito de Inhomirim, onde se concentra a maior parte da população de Magé - cerca de 100 mil habitantes - com destaque para os bairros de Piabetá e Fragoso, onde também se encontra os maiores números de estabelecimentos comerciais.
Ferrovias
Magé é a segunda cidade com o maior número de estações em operação no estado do Rio de Janeiro, perdendo apenas da Capital Fluminense, em um total de 12 estações em funcionamento operadas pela SuperVia. A cidade é cortada por quatro ferrovias, mas apenas duas encontram-se em operação, sendo elas respectivamente o Ramal Guapimirim e o Ramal Vila Inhomirim.
Ramal Guapimirim - atualmente operado pela SuperVia com trens à diesel, e anteriormente operada pela CENTRAL. Liga a Estação de Saracuruna ao município de Guapimirim; Ramal Vila Inhomirim - operado pela SuperVia com trens à diesel, liga a Estação de Saracuruna ao Bairro de Vila Inhomirim; Ramal Visconde de Itaboraí e Estrada de Ferro Leopoldina.
Turismo
Dentre os seus pontos turísticos, podemos citar o Poço Bento, com água benta pelo jesuíta José de Anchieta. Outro atrativo é a Estrada de Ferro de Guia de Pacobaíba, hoje desativada, mas que, outrora, fazia a ligação com a cidade de Petrópolis. A família imperial tomava uma barca na cidade do Rio de Janeiro em direção a Guia de Pacobaíba e, de lá, tomava o trem para Petrópolis, a "cidade imperial". Tal ferrovia é, por exemplo, citada por Machado de Assis em seu livro Memorial de Aires. Foi a primeira estrada de ferro do país. Hoje, essa estrada histórica encontra-se abandonada.
Palácio Anchieta
Inaugurado em 22 de outubro de 1949, com características do período do Estado Novo, o palácio, situado à praça Nilo Peçanha, foi construído para ser a sede da Prefeitura Municipal de Magé pelo então prefeito José Ullmann Junior (1947-1951), na presença do Governador Edmundo de Macedo Soares. O prédio está localizado em uma praça arborizada, cercada de prédios de várias épocas. O local é um ponto tradicional e de referência de moradores e visitantes do Centro de Magé.
Capela de Nosso Senhor do Bonfim e Mirindiba
No Morro da Figueira (conhecido atualmente como Morro do Bonfim), no Centro, está situada a Capela do Nosso Senhor do Bonfim, construída em 1883 pela Sociedade de Música Recreio Mageense em terreno doado pelo sócio Manuel Gonçalves da Costa, no local também se encontra a famosa Mirindiba, uma árvore centenária que, segundo a lenda, seria uma índia, de linhagem Tupinambá, que foi encantada pelo pajé de sua tribo. A construção religiosa elementar conserva as características de outras capelas filiais em Magé, apesar de ter alvenaria de tijolos. Mesmo moderna, a fachada possui forma triangular e cunhais clássico, sendo o campanário com desenho mais leve e delicado. Erguida em 8 de setembro de 1876, observa a cidade aos seus pés do cume da maior elevação do centro de Magé, e de lá é possível visualizar, não só para os pontos da cidade, como o Rio de Janeiro, a Baía de Guanabara com suas ilhas, como: o pequeno arquipélago de Paquetá e Ilha do Governador, a Serra dos Órgãos e a Baixada Fluminense e seu verde.
Caminho do Ouro
Inaugurado em 1723 em Vila Inhomirim que um dia pertencia a Nova Iguaçu e hoje é o 6º distrito de Magé, o Caminho do Ouro é uma trilha antiga construída por escravos que ligava o Rio de Janeiro à Minas Gerais.
Ao longo da subida é possível notar uma região pouco explora da Mata Atlântica, protegida pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos, onde encontramos cachoeiras quase desertas e antigas construções em ruínas da época da escravidão e ruínas da antiga Estrada de Ferro que ligava Vila Inhomrim à Petrópolis. Davi Taveira é um campista figura carimbada e o mais antigo dos Monjolos atualmente, desde a adolescência já são 16 anos frequentando e preservando o local da degradação.
Referência para o texto: Wikipédia .