sexta-feira, 15 de novembro de 2019

COLOMBO - PARANÁ

Colombo é um município brasileiro do estado do Paraná, na Grande Curitiba. É a maior colônia italiana do estado.
Etimologia
O nome da cidade representa uma homenagem a Cristóvão Colombo, navegador italiano que descobriu a América, em 12 de outubro de 1492, uma sexta-feira. Colombo nasceu em meados do século XV e morreu no ano de 1506.
História
A história do município de Colombo começou entre as décadas de 1860 e 1880, período este que representou para o Paraná o estabelecimento de vinte e sete colônias agrícolas, assentando imigrantes poloneses, italianos, alemães do Volga (russos-alemães), franceses, suíços e ingleses. A grande maioria se estabeleceu nos arredores de cidades como Curitiba, Ponta Grossa, Palmeira, Antonina, Lapa, Campo Largo, São José dos Pinhais, Morretes, Araucária e Paranaguá.
A partir de setembro de 1878, surge no cenário histórico da província do Paraná a Colônia Alfredo Chaves, que recebeu esta denominação numa homenagem ao Ministro da Agricultura, na época do assentamento. O lugar distava apenas vinte e três quilômetros de Curitiba e foi o embrião da cidade de Colombo, que recebeu naquela ocasião 160 colonos de nacionalidade italiana, distribuídos em oitenta lotes rurais. Os terrenos dados pelo governo de Dom Pedro II perfaziam área de 4.847.970 m².
A Colônia Alfredo Chaves cresceu e transformou-se em próspero povoado, sendo que os novos ares da República lhe trouxeram a emancipação política, através do Decreto Estadual nº 11, do dia 8 de janeiro de 1890, sancionado pelo presidente do estado José Marques Guimarães. Nessa época foi alterada a denominação de Colônia Alfredo Chaves para Colombo, numa homenagem que se prestou ao descobridor das Américas.
João Gualberto Bittencourt presidiu a primeira Câmara Municipal de Colombo, que foi eleita no dia 21 de abril de 1892, neste dia a cidade recebeu a ilustre visita do presidente do estado, tenente-coronel Inocêncio Serzedelo Correia.
A época de maior progresso para o município foi o período de 1920 a 1930, quando houve um surto industrial de grande importância, encontrando-se em atividade na sede municipal duas fábricas de louça, uma delas, em virtude de suas obras de arte, considerada das melhores do país. Funcionou, também, naquela época, uma grande fábrica de vidros. Ignoram-se os motivos, mas estas fábricas foram extintas, e o município sofreu enorme prejuízo na sua economia.
A partir de 14 de julho de 1932, através do Decreto Estadual nº 1.703, Colombo passa a se chamar Capivari, sendo que ao seu território é anexado o de Bocaiúva do Sul, que havia sido extinto por decisão governamental. A partir de 9 de agosto de 1933, por força do Decreto Estadual nº 1.831, volta a se chamar Colombo.
Um duro golpe recebeu a comunidade em 20 de outubro de 1930, através do Decreto Estadual nº 7.573, que extinguiu o município, anexando-o à capital. Somente em 30 de dezembro de 1943, pelo Decreto Estadual nº 199, é restaurado o poder político e administrativo de Colombo, desta feita, abrangendo os territórios dos distritos de Almirante Tamandaré e Santa Felicidade. Em 10 de outubro de 1947, perde o distrito de Almirante Tamandaré que passa a se constituir em município autônomo. O Decreto nº 200, de 26 de janeiro de 1944 criou a comarca de Colombo.
Vale dizer que Colombo foi o município com maior taxa de crescimento da Região Metropolitana de Curitiba, nas décadas de 1970 e 1980 . Hoje, 97,6% da população do município mora em áreas loteadas, contíguas a capital. A história recente do município de Colombo não tem apenas relação com sua antiga sede, mas também com a evolução dos eventos sócio-políticos e econômicos ocorridos na região.
Economia
A economia do município de Colombo se baseia na indústria extrativa mineral e na agricultura.
Pela extração de pedra calcária (grandes jazidas existentes) e consequente fabrico de cal, é considerado um dos maiores produtores do Paraná; a indústria de aproveitamento do granito segue-lhe em importância. O consumo desses produtos, todavia, se faz dentro do próprio estado, restando para a exportação estadual uma quantidade reduzida; mesmo assim, em 2006, Colombo produziu R$ 337.231 de calcário dolomítico. Segundo pesquisas realizadas, existem no município 25 indústrias de cal e 7 de calcário.
Na agricultura merecem destaque (com produção estimada para 2006): o milho; o tomate; a batata-doce; o caqui; a mandioca, e o feijão.
A par da agricultura, aparece a vitivinicultura como um coeficiente favorável na economia do município; em 2006, segundo previsão, Colombo produziu R$ 1.853.000,00 a partir da uva.
A indústria conta 537 estabelecimentos, dos quais, 335 possuem mais de mil empregos com carteira assinada. Predomina sobre as demais, a indústria metalúrgica, tanto em número de estabelecimentos (89) como de empregos (1.489). Explora ainda mais os ramos de vinicultura, indústria de produtos minerais não metálicos, indústria da madeira e do mobiliário e indústria química.
A cidade figura desde 2005 entre os municípios paranaenses que mais geraram empregos, ocupando, inclusive, o quarto lugar entre as cidades com mais de 30.000 habitantes no estado. De acordo com o Sistema Fecomércio, Colombo ocupa o 10º lugar entre os municípios com maior potencial para o comércio.
A exportação internacional somou em 2006 a importância de US$ FOB 14.008.337.
Turismo
Colombo possui um forte apelo para o chamado turismo rural. A região é rica geograficamente, possui belíssimas paisagens e também conta com a herança cultural dos imigrantes italianos.
O Circuito Italiano de Turismo Rural, criado em 1999, é um agradável passeio pelas tradicionais cantinas de vinho, herança dos imigrantes italianos, além da beleza natural da região.[20] O Circuito Italiano ainda conta com vários restaurantes típicos, café colonial e vinícolas que podem ser visitadas.
As festas municipais são um grande atrativo para a população local e também turistas. Inúmeras delas acontecem ao decorrer do ano: Festa da Uva, Festa do Vinho, Festa de Nossa Senhora do Rosário - padroeira da cidade - e Festa de Nossa Senhora de Caravaggio - padroeira do imigrante italiano.
Afastado do perímetro urbano, às margens da BR-116 está o Santa Mônica Clube de Campo, que com sua enorme extensão de mais de 72 alqueires, já foi conhecido como "o maior clube da América Latina".
A cidade possui vários pontos turísticos, dentre os quais se destacam: Casa da Cultura; Cascata do Ribeirão das Onças; Morro da Cruz; Parque Municipal da Uva; Casa Colonial Rural-Brasileira; Gruta de Bacaetava; Igreja Matriz (construída em 1898); Capela da Imaculada Conceição.
Referência para o texto: Wikipédia .