sexta-feira, 31 de julho de 2020

MARITUBA - PARÁ

Marituba é um município brasileiro do estado do Pará, na região Norte do país, integrante da Região Metropolitana de Belém, distante 11 km da capital. Ocupa uma área de 103,343 km², tendo a menor área total entre os municípios paraenses. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017 sua população foi estimada em 127.858 habitantes, sendo o nono maior município do Pará, e seu PIB em 2015 foi de R$ 1,6 Bilhões estando na décima terceira posição entre as cidades do estado.
Em 2010, seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) era de 0,676,considerado médio, ocupando o quinto lugar no ranking estadual.
O topônimo Marituba tem origem na língua indígena Nheengatu que significa “Lugar abundante de Maris (ou Umaris)”. "Maris" ou "Umaris" é uma árvore pertencente à família das Icacináceas, "Tuba" significa “lugar abundante”.
É considerada uma "cidade dormitório", visto que pelo menos dois terços de seus moradores trabalham e/ou estudam em municípios vizinhos durante o dia e somente retornam ás suas residências, em Marituba, à noite.
História
A cidade foi fundada em 1994, criada pela Lei Estadual nº 5.857 de 22 de setembro de 1994 desmembrada do município de Benevides. Marituba nasceu em função da Estrada de Ferro de Bragança.
Em virtude da construção das oficinas dos trens ás margens da via-férrea percebeu-se que seria necessário a construção de uma vila de casas, para abrigar os operários de manutenção e demais funcionários dessa estrada. A construção da vila foi concluída em 1907 dando origem ao povoado de Marituba. Suas terras pertenciam ao município de Belém, com a criação do município de Ananindeua, em 1943, passou a pertencer a esse novo município. Já em 1961, passou a pertencer ao município de Benevides.
Emancipação
Com uma forte propaganda sobre os benefícios da passagem de vila para município, foi realizado o plebiscito: compareceram 12.444 eleitores (57% dos eleitores aptos a votar). Disseram SIM à emancipação, 12.035 eleitores (96,1%) e NÃO, 257 eleitores (2,07%). Os votos brancos foram 64 (0,51%) e os nulos, 88 (0,71%), a partir do dia 21 de abril do ano de 1994 Marituba já era considerada município e nessa data era a emancipação. Éladio Soares foi o mentor e ele que conseguiu que as pessoas votassem em favor do que antes era Distrito de Anannindeua, e se tornasse hoje a cidade de Marituba.
Localização
Marituba está localizada as margens da Rodovia BR-316 a altura do km 13. Faz limites com Ananindeua [oeste], Rio Guamá [sul], Santa Bárbara do Pará [norte], Benevides [leste].
Limites territoriais
A Lei Nº 6.255 de 16 de novembro de 1999, de autoria do deputado estadual Martinho Carmona dá outra redação ao texto da Lei 5. 857 de 22 de setembro de 1994, assim os limites de Marituba ficam:
Com o município de Benevides – Começam no rio Mocajatuba, na foz do rio Benfica, seguindo pelo curso deste pelo talvegue até a foz do igarapé Itapepucu, seguindo pelo curso na sua montante até o seu afluente da margem esquerda, aquém da rodovia estadual PA-404, aproximadamente 250 metros, segue por este afluente até ser interceptado com o eixo da rodovia federal BR-316, deste ponto segue no sentido geral sul até a nascente do igarapé Uriboca, daí segue no sentido geral sudoeste até alcançar o rio Guamá, na confrontação da foz do igarapé Samaumapara ou Saumamaquara.
Com o município de Acará – Começam no rio Guamá confronte a foz do igarapé Samaumapara ou Saumamaquara e seguem para jusante pelo talvegue do rio Guamá até a ponta leste da ilha Negra.
Com o município de Belém – Começam no rio Guamá na ponta leste da ilha Negra e seguem para jusante pelo talvegue do rio Guamá, deixando para Belém a referida ilha até a foz do igarapé Oriboquinha.
Com o município de Ananindeua – Começam no rio Guamá, na foz do igarapé Oriboquinha, seguindo pelo curso deste, até sua nascente, daí por uma reta de aproximadamente 3.650 metros, no sentido noroeste até encontrar a nascente do igarapé Pato Macho, seguindo pelo o seu talvegue e jusante até sua foz no rio Ananindeua, deste ponto segue pelo rio Ananindeua, no seu talvegue e jusante até sua foz no rio Mocajatuba, daí segue o rio Mocajatuba pelo seu talvegue e jusante até a foz do rio Benfica.
Educação
No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 91,94%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 77,65%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 53,03%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 33,23%.
Em 2010, considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de idade, 5,90% eram analfabetos, 56,44% tinham o ensino fundamental completo, 34,02% possuíam o ensino médio completo e 3,42%, o superior completo.
Economia e transportes
A CIDADE ainda serve como dormitório, sua economia é baixa e praticamente depende do comércio local, grande parte de seus habitantes trabalha e estuda em Belém e Ananindeua. A cidade é servida por linhas de ônibus urbanos e semi-urbanos, interligando-a com a capital e demais municípios da Grande Belém. As empresas de Ônibus que servem marituba são: AUTOVIÁRIA PARAENSE com as linhas Marituba-Pátio Belém (Decouville/Beija Flor), Marituba-Ver-o-peso (Beija Flor), Marituba-São Brás (Beija Flor), Marituba-Icoaraci (Beija Flor), Mario Couto-Pátio Belém, Mário Couto-Ver-o-peso, Almir Gabriel-Pátio Belém, Almir Gabriel-Presidente Vargas, Almir Gabriel-Ver-o-peso, Canaã-Ver-o-peso, Canaã-Presidente Vargas e Alça Viaria-Ver-o-peso; VIALOC com Marituba-Pátio Belém (Cerâmica), Marituba-Pátio Belém (Pedrerinha/Colônia), Marituba Ver-o-peso (Cerâmica), Marituba-Doca (Cerâmica) e Marituba-UFPA ; GUAJARÁ com marituba-UFPA; FÊNIX TRANSPORTES com Icuí-Marituba e 40 Horas-Marituba (Almir Gabriel) e por fim a BARATA TRANSPORTES com Icoaraci-Marituba (Beija Flor/Paracuri 2), Marituba-Cidade Nova (União) e Cidade Nova-Marituba (Pirelli/Beija Flor).
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 27 de julho de 2020

SÃO MATEUS - ESPÍRITO SANTO

São Mateus é o segundo município mais antigo e sétimo mais populoso do estado do Espírito Santo, Brasil. Foi fundado em 21 de setembro de 1544, recebendo autonomia municipal apenas em 1764. Originalmente, chamava-se Povoado do Cricaré, sendo rebatizado no ano de 1566 pelo padre José de Anchieta para o nome de São Mateus. Sua população atual gira em torno dos 150 mil habitantes, sendo considerado um marco na colonização do solo do Espírito Santo.
É considerado o município com a maior população afro descente do estado. Tal fato se dá, pois, até a segunda metade do século XIX, o Porto de São Mateus era uma das principais portas de entrada de africanos escravizados no Brasil. Também há a presença de descendentes de imigrantes italianos, que foram responsáveis pela colonização de parte dos sertões mateenses.
Etimologia
Do início da colonização, em 1544, até meados do século XVI, a pequena povoação que se formou as margens do rio São Mateus era apenas conhecida como Povoação do Cricaré. O nome São Mateus é em homenagem ao evangelista Mateus, pois o padre José de Anchieta, em 1566, ano de uma de suas peregrinações pela então Capitania do Espírito Santo, ao visitar a pequena povoação, celebrou uma missa no dia 21 de setembro, dia de São Mateus. Como era costume na época batizar locais e acidentes geográficos com o nome do santo do dia, Anchieta rebatizou a Povoação do Cricaré para São Mateus.
História
Período pré-cabralino
Antes do início da colonização portuguesa a região de São Mateus era habitada por índios aimorés, também conhecidos como Botocudos. Urnas funerárias encontradas na região de Barra Nova, na década de 1960, além de peças de cerâmica encontradas em uma escavação ao lado do Hospital Roberto Silvares, em 1998, são atribuídas à etnia tupi, da qual os aimorés fazem parte, e são datados como sendo do período que vai do século X até o século XVI.
Há relatos em manuscritos, que datam do início da colonização, que havia nessa região a incidência de índios antropófagos. Estes índios não sabiam nadar, como os demais índios Tupis, mas remavam com habilidade e manuseavam argila com destreza.
As tentativas dos padres jesuítas em tentar catequizar os indígenas foram fracassadas. Afonso Brás, primeiro missionário do Espírito Santo, afirmou, em carta de 1551, que após receberem o batismo os índios fugiam, tornando a cultuar suas crenças e a praticar seus costumes.
Chegada dos primeiros colonizadores
Não há data precisa da chegada dos primeiros colonos, nem a indicação dos seus nomes, mas, pela tradição oral, os primeiros colonizadores portugueses chegaram a São Mateus por volta de 1544. Há notícias de que, sobressaltados com as frequentes investidas dos índios, os colonos de Vasco Fernandes Coutinho dividiram-se em grupos abandonando a capitania, fugindo para as capitanias mais próximas, ou dirigindo-se ao interior. Alguns desses colonos poderiam ter rumado para o norte, em direção ao rio São Mateus.
A falta de informação sobre os primeiros anos da colonização faz com que muitos historiadores levantem hipóteses, nem sempre prováveis. Uma delas é que o povoamento de São Mateus poderia ter se iniciado com a chegada de náufragos. Na história do padre José de Anchieta lê-se que, ao passar pelo rio São Mateus, em 1596, celebrou missa para alguns náufragos. Carece, no entanto, de documentação para tornar-se fato histórico.
No entanto, o mais provável é que os primeiros colonos devam ter vindo da vizinha Capitania de Porto Seguro, cujo donatário era Pero do Campo Tourinho. Pode-se afirmar, no entanto, que a documentação histórica que registra a presença mais remota de portugueses na região é a que trata da Batalha do Cricaré, ocorrida em fins de janeiro de 1558. Outra é a narração epistolar de uma viagem e missão jesuítica do padre Fernão Cardin que veio à Vila de Sam Matheus, em setembro de 1583.
Comércio negreiro
A entrada de africanos escravizados no município se dava através do Porto, tendo início no período colonial e estendendo-se e se intensificando durante o século XIX, principalmente após a proibição do tráfico transatlântico em 1850 até a abolição da escravatura, tendo no auge, 16 empresas situadas no porto, atuando exclusivamente neste ramo.
A chegada de navios negreiros ao Porto era festivamente aguardada pela população, principalmente pelos compradores, na expectativa de escolherem as melhores peças. Ainda a bordo, os africanos escravizados eram preparados, ou seja, homens e mulheres azeitados, os ferimentos e tumores cobertos com ferrugem e pólvora. Em caso de infecção intestinal, o ânus era preenchido com estopa. Devidamente desembarcados, os negros acorrentados em fila indiana eram tangidos até o mercado. Ali eram examinados pela sua compleição física e até origem tribal. Dava-se preferência na compra de negros da canela fina, do calcanhar para trás e da nádega pequena, sendo consideramos os melhores para o serviço na roça.
Outro fato importante relacionado ao comércio escravista é que na região de São Mateus registra-se a apreensão do último navio negreiro clandestino que circulou na costa brasileira, em 1856, após a lei de 1850 proibindo o tráfico de escravos africanos para o Brasil. Algumas dessas embarcações chegavam a amontoar mais de 300 cativos, que vinham nus, mal alimentados e acorrentados uns aos outros, numa viagem que durava mais de 90 dias. Muitos não resistiam aos sofrimentos impostos, morriam e eram jogados no mar.
No período entre 1863 e 1887, foram negociados um total de 606 africanos escravizados na cidade, sendo 326 homens e 269 mulheres. Os preços destes variavam bastante, em função de fatores diversos tais como sexo, idade, ofício, condição física, dentre outros, além de estarem sujeitos incidentes específicos, tal como a proibição do tráfico transatlântico na década de 1850. De acordo com os registros do cartório de primeiro oficio do município, a subida dos preços dos africanos escravizados em São Mateus se deu a partir de 1868, quando alcançou a cifra de 1:028$500 (mil e vinte e oito contos e quinhentos réis) para os homens e de 1:018$750 (mil e dezoito contos e setecentos e cinquenta réis) para as mulheres, um aumento considerável visto que no ano anterior (1867), a média era de 375$000 (trezentos e setenta e cinco conto de réis) para os homens e de 637$916 (seiscentos e trinta e sete contos e novecentos e dezesseis réis) para mulheres.
Imigração italiana
O estado do Espírito Santo foi o primeiro a receber uma grande leva de imigrantes italianos, por volta do ano de 1874. Estes colonos tinham por motivação as grandes mudanças políticas enfrentadas pela Europa no princípio do século XIX. Estas mudanças geraram conflitos internos na Itália, com consequências drásticas para o povo, em especial, os que habitavam as regiões limítrofes do norte deste pais.
Concomitantemente a isto, havia o fato da recente abolição da escravatura no ano de 1888, o que culminou na escassez de mão de obra especializada para o trabalho nas lavouras de café.
Em São Mateus, a primeira leva de italianos desembarcou no Porto no ano de 1887, a pedidos do Barão dos Aymorés que, precavendo-se da eminente abolição da escravatura, solicita então ao consulado do Reino de Itália no Brasil, imigrantes para trabalharem em sua fazenda, às margens da Cachoeira do Cravo, no rio São Mateus.
Sucessivos desembarques trazendo imigrantes italianos ocorreram no antigo porto até o fim do século XIX. Quando aqui chegavam, recebiam tratamento semelhante aos que os negros escravos recebiam. Sendo assim, eram colocados em praça pública a fim de serem escolhidos pelos senhores de terra, sendo obrigados a passar pelo vexame de estenderem as mãos para os fazendeiros analisarem. Os que possuíam mãos grossas e calejadas eram levados para o trabalho nas fazendas, sendo que os que possuíam mãos finas eram taxados de preguiçosos e deixados à própria sorte no porto.
Elevação do povoado a vila
Com a descoberta de ouro em Minas Gerais, a partir da segunda metade do século XVII, o governo português, percebendo a possível ameaça de perda de controle das mesmas, resolveu tomar providências para evitar a subida de aventureiros em busca de ouro.
Em 1764, o então ouvidor da Capitania de Porto Seguro, Thomé Couceiro de Abreu, seguindo recomendações da Coroa Portuguesa, apos vários levantamentos, ultrapassou os limites territoriais de sua capitania e tomou as medidas necessárias para a elevação da povoação à categoria de vila, entendendo que tal ação seria necessária para que fosse evitada a invasão por intrusos através do rio São Mateus, das minas de ouro recém descobertas. O nome escolhido, Villa Nova do Rio de Sam Matheus, foi o mesmo dado por Anchieta. Esse fato se deu no dia 27 de setembro de 1764.
No ano da elevação à categoria de vila, a povoação de São Mateus, que ficava no alto do planalto, já contava com duas ruas ladeando a Igreja Matriz. Delas partiam quatro travessas que iam até o Córrego da Bica, na época chamado de Córrego do Mato. Nessas duas ruas havia poucas casas de alvenaria, onde moravam os mais ricos, geralmente proprietários de terra. Os outros, com menos poder aquisitivo e prestigio político e social, moravam em casas de taipa. Escravos, serviçais e agregados moravam nas travessas.
Por essa época, a Capitania do Espírito Santo estava sendo administrada diretamente pela Coroa Portuguesa As dificuldades eram tantas que os donatários não conseguiram dar conta de tão árdua tarefa. Por esse motivo o povoado foi elevado à categoria de vila, sendo submetido, a partir de então, à Capitania de Porto Seguro, até janeiro de 1823. Dentre as providencias tomadas estavam a medição de ruas, a construção da casa de câmara e cadeia e implantação de um pelourinho.
Criação do município
Em 3 de abril de 1848, através de decreto do presidente da então Província do Espírito Santo, Dr. Luiz Pedreira de Couto Ferraz, a Vila Nova do Rio São Mateus foi elevada a cidade, com o mesmo nome que foi dado pelos primeiros colonizadores: São Mateus.
O povo mateense tomou conhecimento desta notícia depois do dia 13 de abril de 1848, quando foi encaminhada correspondência à câmara municipal comunicando o fato. Para comemorar o importante acontecimento uma grande festa foi realizada nos dias 21, 22 e 23 do mesmo mês e ano. Ao ser elevado à categoria de município, o território de São Mateus totalizava uma área de 13.588 km², o que correspondia a 29,8% do território capixaba. A criação da comarca aconteceu em 23 de março de 1853.
O primeiro distrito a ser criado no município foi Serra dos Aimorés no ano de 1886, posteriormente denominado Nova Venécia. No ano de 1891 ocorre o primeiro desmembramento para criação do município de Conceição da Barra. No ano de 1935 é criado o distrito de Barra de São Francisco, sendo que este ganha foros de município através do decreto de lei nº 15.177 de 31 de dezembro de 1943. Em 1949 são criados os distritos de Barra Nova, Boa Esperança, Nestor Gomes e Nova Verona, sendo que Nova Venécia emancipa-se através da Lei Estadual n° 767 de 11 de dezembro de 1953. Boa Esperança, desmembra-se por força da Lei Estadual n° 1.912, foi em 28 de dezembro de 1963. Em 1964 são criados os distritos de Barra Seca, Itauninhas e Jaguaré, sendo que o último emancipa-se em 13 de dezembro de 1981, através da lei n° 3.445.
Relevo
O relevo mateense é, predominante, plano, estando a sede do município a 37,7 metros no nível do mar. A parte central do município, é constituída de chapadões terciários com leve declividade para o litoral, possuindo altura entre 30 e 100 metros. Na parte oeste, são encontradas formações graníticas com até 350 metros de altitude e o litoral constitui-se num relevo plano, com regiões alagadiças e dunas, não ultrapassando 4 metros de altitude.
Hidrografia
Dentro do município são encontradas três bacias hidrográficas. A bacia do rio Doce abrange uma pequena área do município, podendo ser observada na região do vale da Suruaca. A bacia do rio Itaúnas abrange uma pequena área do distrito de Itauninhas, sendo a bacia do rio São Mateus a mais abrangente entre as três, drenando mais de 90% da área mateense.
A cidade também possui 43 quilômetros de litoral, onde são encontradas as praias do Abricó, Aldeia do Coco, Barra Nova, Bosque, Brejo Velho, Caramujo, Gameleira, Guriri, Campo Grande, Oitizeiro, Ranchinho e Urussuquara, sendo Guriri a mais conhecida destas.
Clima
O clima mateense é caracterizado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, como tropical quente superúmido (tipo Aw segundo Köppen), tendo temperatura média compensada anual em torno dos 24 °C, com verões chuvosos com temperaturas elevadas e invernos mais amenos. O índice pluviométrico anual é de aproximadamente 1.350 milímetros (mm), sendo novembro e dezembro os meses de maior precipitação. A umidade do ar é relativamente elevada, com tempo de insolação de 2.140 horas/ano.
Ecologia e meio ambiente
Em São Mateus, na região costeira, predominava a restinga. Toda a área de restinga ainda presente no município é considerada Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, além de toda a faixa litorânea mateense ser parte integral da área de amortecimento do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.
Nos tabuleiros e vales dos rios, a cobertura era de Mata Atlântica, com abundância de madeiras de lei. Quase toda a área de Mata Atlântica deu lugar a monocultura de reflorestamento (eucalipto), à pecuária e às diversas culturas presentes no município, como o café, o coco e a pimenta-do-reino. No entanto ainda são encontradas algumas diversidades em ilhas não devastadas, com algumas espécies de bromélias e orquídeas, além da palmeira-indaiá, ipê-amarelo, embaúbas, quaresmeiras, samambaias, entre outras.
No município existe apenas uma estação ecológica que é a de Barra Nova. A criação desta reserva foi um dos condiciamentos ambientais impostos à Petrobrás para a implantação do Terminal Norte Capixaba, no distrito de Barra Nova. O local é considerado de extrema importância para peixes, anfíbios, aves e mamíferos, além de servir como área de desova de quatro das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2013, apenas 15,425 km² (7%) de toda área do município era coberta por vegetação nativa. Destes, 9,899 km² eram cobertos por Mata Atlântica, 2,066 km² de restinga, 1,452 km² de mangues e 2,008 km² de vegetação de várzeas. Nestas áreas ainda preservadas é possível encontrar animais como aranhas, caranguejos, borboletas e libélulas entre os invertebrados; cobras, jabutis e lagartos entre os répteis; rãs e sapos entre os anfíbios; periquitos, pombos, sabiás, sanhaços e tucanos entre as aves; e ariranhas, capivaras, lontras e saguis entre os mamíferos.
Economia
Setor primário
O setor primário gerou, em São Mateus, aproximadamente 280 milhões de reais de 2012, caracterizando-se como o segundo setor em contribuição para o Produto Interno Bruto.Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município, 22,75% trabalhavam no setor agropecuário e 2,82% na indústria extrativa. Dentre as atividades primárias mateenses, possuem relativo destaque as extrações de petróleo e gás natural, a silvicultura e a plantação de coco verde. No entanto, também merecem destaque as culturas de macadâmia, café, pimenta do reino e, em menor escala, a fruticultura e a pecuária.
- Petróleo e Gás Natural: As primeiras descobertas de jazidas produtivas de petróleo e gás natural do Espírito Santo ocorreram em São Mateus, no ano de 1967. Segundo dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), no ano de 2013, foram produzidos, em média, 2800 barris de petróleo por dia, em 150 poços em terra e na Plataforma de Cação, sendo o município responsável por 23% da produção petrolífera capixaba.
- Silvicultura: A produção de eucalipto apresenta-se como a principal cultura presente no município. Foi inserida pela Aracruz Celulose na cidade no início da década de 70. Em 2013 foram colhidos 745.124 metros cúbicos desta madeira, dos quais 700.581 m³ foram destinados à produção de celulose, 15.537 m³ para a produção de carvão e 29.006 m³ tiveram fins diversos.
- Coco Verde: São Mateus destaca-se nacionalmente por ser o terceiro maior produtor de coco verde do Brasil. Em 2010 o município apresentava uma produção de aproximadamente 75 milhões de frutas por ano. Este valor representa 3,66% da produção nacional, 25% da produção da Região Sudeste e aproximadamente 48% da produção capixaba, utilizando 3740 ha de área plantada.
- Macadâmia: A produção de macadâmia confere ao município o título de segundo maior produtor deste fruto no Brasil. Inserida em São Mateus por volta da segunda metade da década de 80, apresentava em 2012 uma produção de pouco mais de 300 ton por ano, utilizando aproximadamente 500 ha de área plantada. Vale ressaltar que, desta produção total, cerca de 98% é exportada para Estados Unidos e China.
- Café: No município, destaca-se a produção de café da variedade Conilon, sendo o sexto maior produtor deste no estado. Segundo o IBGE, em 2013 foram produzidas 21 mil toneladas deste grão em 12.500 ha. O rendimento médio foi de 1.620 quilos por hectare, gerando uma receita aproximada de 82 milhões de reais.
- Pimenta do Reino: O Estado do Espírito Santo apresenta-se como segundo maior produtor de pimenta do reino do Brasil, sendo São Mateus seu maior produtor. Em 2013 o IBGE estimou uma produção de 4.480 toneladas em 1.600 ha de área plantada, conferindo um rendimento médio de 2.880 quilos por hectare e gerando uma receita aproximada de 52 milhões de reais.
- Fruticultura: Não há no município destaque para outra cultura frutífera que se não a de coco. No entanto, pode-se salientar que no ano de 2013 ouve a produção de 6.720 toneladas de banana, 900 toneladas de limão, 56.700 toneladas de mamão, 75 toneladas de manga, 6.000 toneladas de maracujá e 210 toneladas de uva.
- Pecuária: No ano de 2013 o IBGE estimou no município um rebanho de 88.732 bovinos, 5.100 suínos, 2.080 ovinos, 227 bufalinos, 4.520 equinos, 408 caprinos e 49.220 aves, sendo, dentre estas, 9.610 galinhas. Também se pode salientar que a cidade produziu 9.406 litros de leite de 8.509 vacas. Foram produzidas 27 mil dúzias de ovos de galinha e 108 mil quilos de mel de abelha. Além disso houve uma produção de 85.000 quilos de Tilápia em cativeiro.
Setores secundário e terciário
Em 2010, 6,45% da população ocupada trabalhava na indústria de transformação, sendo que 245.387 mil reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário), que configura-se atualmente como a menor fonte geradora do PIB mateense dentre os três setores de produção. Ainda assim, a indústria é o setor que vem apresentando maior crescimento dentro do município. Isto se dá pela instalação de plantas industriais tais como o Termina Norte Capixaba e as fábricas de automóveis da Volare e da Agrale.
Em 2010, das pessoas economicamente ativas, 8,80% trabalhavam no setor de construção, 1,06% nos setores de utilidade pública, 15,06% no comércio e 37,21% no setor de serviços,  sendo, em 2012, o setor que gerou a maior parcela do PIB mateense: R$ 854.086.000,00.
Educação
Em 2010, 55,68% dos jovens com mais de 18 anos possuíam o ensino fundamental completo e 43,49% possuíam o ensino médio. 96,28% das crianças entre 5 e 6 anos estavam frequentando a escola.
A cidade contava, em 2015 com o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) oferecendo educação em nível técnico e duas instituições de ensino superior federais, sendo elas o Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES), pertencente a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e um campus do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES).
Cultura
Teatro, música e eventos
São Mateus foi a primeira cidade do Espírito Santo a possuir um teatro. Há registros no município de vários grupos de teatro ao longo de sua história, dentre estes podem ser citados o Grupo Mateense de Teatro Amador (GRUMATA), o Grupo Improvisando Arte Teatral (IMPROART), o Grupo de Teatro Popular, a Academia Elenco de Teatro, o Grupo Épico de Teatro, a Companhia Teatral Gêneses do Interlúdio e o Grupo de Teatro Ascensão, que realiza a encenação da Paixão de Cristo no Bairro Ponte desde 1987.
A cidade possui uma orquestra, que também atua como banda de fanfarra, denominada Lira Mateense. Fundada em 21 de setembro de 1909, caracteriza-se, ao lado da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo, como os dois principais grupos do estado. Atua também na educação musical de jovens e adultos de forma gratuita tendo, atualmente, Datan Coelho como maestro. Além disso, várias outras bandas de música popular alcançaram notoriedade estadual e até nacional, podendo citar as extintas Bandoasis e Banda Black-Out, o extinto grupo Pinzindim e o grupo de forró Trio Chapahalls.
Com relação aos eventos, no mês de julho acontece, tradicionalmente, o Festival Nacional de Teatro (FENATE), que conta com apresentações de teatro de rua e oficinas de artes cênicas. As apresentações ocorrem na Praça Mesquita Neto, no Centro e no Largo do Chafariz, no Porto de São Mateus, onde os grupos teatrais disputam o Troféu Anchieta. Além disso também há: as festas a São Mateus, em setembro e de São Benedito, em dezembro, padroeiros da cidade; o aniversário da cidade, que é comemorado com shows nacionais, exposição agropecuária e desfiles cívicos, e apesar de ser celebrado em 21 de setembro, as festividades ocorrem durante vários dias; O Guriri Road Fest, um encontro nacional de motociclistas realizado desde 2003 na Ilha de Guriri; o Festival de Verão, que consiste em uma série de shows de bandas conhecidas nacionalmente e realizado em Guriri; o Reveillon, quando são realizados shows com artistas regionais ou conhecidos nacionalmente, havendo ainda queima de fogos de artifícios, além de outros eventos de menor importância.
Pontos turísticos
São Mateus situa-se entre as cidades mais antigas do país e é possuidora de um dos mais expressivos conjuntos arquitetônicos coloniais do estado, o casario do Porto, tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1976. Na cidade alta, encontram-se os bens patrimoniais mais antigos do município, construídos entre os séculos XVIII e XIX. Além disso, são encontrados no município praias, rios, cachoeiras, dunas e manguezais. Dentre os atrativos mateenses, pode-se citar:
Atrativos naturais
- Praia de Guriri: É a principal praia do município, estando localizada a 12 km de distância do Centro. Possui águas agitadas e mornas, formando piscinas naturais na maré baixa. De setembro a março ocorre o período de desova de tartarugas, sendo a praia reconhecida como exemplo de conservação, pois, mesmo registrando grande fluxo turístico, consegue adequar a iluminação e evitar a construção de barracas nas áreas onde as desovas ocorrem. Além disso, quatro das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo desovam em Guriri.
- Praia de Barra Nova: Localizada 25 km ao sul de Guriri, na foz do rio Mariricu. Lá encontra-se uma pequena vila de pescadores de clima bucólico, manguezais, lagunas e arrecifes. A formação dessa praia ocorreu com a abertura da barra artificial pelo comendador Reginaldo Gomes da Cunha, irmão do Barão dos Aymorés, visando a drenagem da lagoa da Suruaca e a subsequente utilização de suas terras na pecuária.
- Praia de Urussuquara: Praia localizada junto a divisa com o município de Linhares, caracterizada por possuir vegetação de restinga no alto da orla, areia fina e amarelada em alguns trechos, dunas, manguezais, um trecho com Mata Atlântica e a foz do Rio Barra Seca. Seu mar é muito forte, sendo propício para a prática de surf e a pesca de Robalo. "Urussuquara" é um termo proveniente da língua tupi e significa "toca do uru grande", através da junção dos termos uru ("uru"), usu ("grande") e kûara ("toca").
- Cachoeiras: Dentro do município encontram-se três cachoeiras, todas no rio São Mateus[180]: a Cachoeira do Inferno, localizada no km 47 da Rodovia São Mateus x Nova Venécia, caracterizando-se como uma corredeira de mais de 1000 metros de comprimento, erroneamente nomeada como cachoeira. Seu nome está ligado a existência, no local, de um poço denominado Caldeirão do Diabo, responsável pela morte de muitos banhistas; a Cachoeira da Jararaca, localizada pouco a baixo da Cachoeira do Inferno, sendo a mais utilizada por banhistas entre as três e a Cachoeira do Cravo, situada a 3 km da sede do Distrito de Nestor Gomes, sendo esta caracterizada pelo grande casarão as margens do rio São Mateus, construído no século XIX pelo Barão dos Aymorés para servir de engenho movido a água.
Atrativos culturais
- Igreja Velha: As ruínas da Igreja Velha são o símbolo do município e seu principal cartão postal e, ao contrário do que muitos pensam, nunca chegou a funcionar como igreja.Sua construção teve início nos primeiros anos do século XIX, a pedido dos Jesuítas, sendo projetada para ter mais de 300 metros de comprimento. Os recursos para sua construção vinham dos impostos de 1% de tudo que era exportado pelo antigo Porto.] No entanto, a obra foi paralisada em agosto de 1853, por decisão da Câmara Municipal, justificando que, para a ampliação da Igreja Matriz, gastaria-se cinco vezes menos, além de quem, para conclusão de sua obra, seriam necessários mais de 50 anos. Em sua construção eram empregadas pedras que vinham como lastros nos navios que atracavam no Porto, sendo estas assentadas com argamassa a base de cal e óleo de baleia.
- Casario do Porto: Denomina-se Casario do Porto de São Mateus o conjunto de prédios construídos às margens do rio São Mateus, a partir do final do século XVIII. Originalmente, estes casarões eram, em sua maioria, construídos em alvenaria de pedra, com as paredes internas e laterais em estuque. A construção desses prédios deu origem a um grande aglomerado de casas em torno de um largo que servia como terreiro para a carga e descarga dos navios que aportavam em São Mateus. Com a abertura das primeiras estradas de rodagem, a partir de 1938, ano em que se inaugurou a estrada ligando São Mateus a Linhares, o declínio das atividades econômicas que se desenvolviam no porto se acentuou. O transporte por navio entrava em decadência e o velho porto foi perdendo as grandes casas comerciais que se mudaram para a cidade alta. Os casarões, então abandonados, passaram a ser ocupados por prostitutas, havendo assim a modificação arquitetônica de vários destes. Em 1968, depois da ocorrência de muitos crimes de prostituição, foi determinada a expulsão das prostitutas, sendo que os casarões foram tombados pelo Conselho Estadual de Cultura em 1976.
- Biquinha: Trata-se de um reservatório de água construído em 1880, com um sistema de captação de águas das nascentes localizadas no sopé da encosta do vale do rio São Mateus, abaixo dos terrenos da catedral, para levar água potável, por gravidade, até o chafariz do Porto. Integra o Patrimônio Histórico de São Mateus.
- Projeto Tamar: A base de pesquisa do Tamar em Guriri foi implantada em 1988, abrigando um centro de visitantes que também funciona como Museu Aberto das Tartarugas Marinhas de Guriri. Entre os principais atrativos estão um aquário e dois tanques de observação de tartarugas além da exposição de réplicas e silhuetas em tamanho natural das cinco espécies de tartarugas marinhas. Na temporada reprodutiva, durante o verão, organiza-se a soltura de filhotes nos finais de tarde.
Culinária
A proximidade de São Mateus com outros estados e a origem dos colonizadores do município contribuíram para a existência de uma culinária bem diversificada, onde se nota grande influência baiana, com predominância de pratos bastante condimentados, tendo destaque o vatapá, o acarajé, o mungunzá, o caruru, o quibebe, a moqueca, além de mariscos da região. Quanto a moqueca, pode-se salientar que, em São Mateus, encontra-se tanto a moqueca baiana, preparada com azeite de dendê, leite de coco e pimenta, como a tradicional moqueca capixaba, que dispensa o emprego desses ingredientes, podendo ser acompanhada ou não com molho de camarão.
Uma das iguarias de maior tradição no município é a moqueca de judeu, um peixe pequeno de água doce. Essa moqueca não é comercializada em restaurantes, sendo privilégio das famílias tradicionais da cidade. Além disso, peixes de água doce e de mar como robalo, pescadinha, cascudo, piau, cangoá e traíra, dentre outros, são consumidos no município. Também há grande apreciação por mariscos e crustáceos como caranguejo, siri e sururu.
Os produtos a base de mandioca, como a farinha, o beiju e a tapioca também são alimentos característicos do município, sendo preparados de forma artesanal pelas famílias descendentes de quilombolas.
Os colonizadores italianos contribuíram para disseminar o gosto pelas massas, sendo bastante consumido no município pratos como macarronada, agnoline, pizza, polenta, nhoque e panqueca, dentre outros. Algumas das famílias descendentes dos imigrantes italianos ainda conservam o hábito de preparar um macarrão caseiro conhecido como taiadela.
Esportes
São Mateus possui atualmente a Associação Atlética São Mateus como único clube de futebol profissional em atividade, tendo em outrora, abrigado as atividades do extinto Matheense Football Club. A Associação Atlética São Mateus foi fundada em 13 de dezembro de 1963 e dentre outras campanhas de destaque participou do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2011 - Série D e da 1ª Divisão do Campeonato Capixaba, sendo campeão em 2009 e 2011. Seu estádio é o Estádio Manoel Moreira Sobrinho, mais conhecido como Estádio Sernamby, que tem capacidade para 7.500 pessoas.
O Matheense Football Club tem sua data de fundação incerta, porém anterior a 1922. Seu melhor desempenho em campeonatos estaduais foi o Vice-Campeonato Capixaba da Série B em 1994. Seu estádio era o "Othovarino Duarte dos Santos", mais conhecido como "Campo do Matheense", com capacidade para cerca de 1.000 pessoas, no bairro Sernamby.
Na cidade há a organização de vários campeonatos amadores de futebol, tendo como principais: a Copa do Café, que reúne os times dos distritos de Nestor Gomes e Nova Verona; a Copa Litoral, que reúne os times do distrito de Barra Nova; a Copa Cidade, que reúne os times dos bairros de São Mateus; a Copa da Liga, que reúne os times do interior do distrito Sede; e a Copa dos Campeões, que reúnes os campeões destes torneios.
Regularmente, São Mateus é palco de competições de outras modalidades esportivas, como a Copa Norte Capixaba de Mountain Bike, com todas as etapas dentro do município, a Corrida Rústica, realizada sempre no dia 21 de setembro, o Enduro de Verão, competição de enduro de regularidade com motos geralmente realizado entre janeiro e fevereiro, além dos Jogos Estudantis Mateenses (JEM), torneio entre as escolas do município, onde os alunos se enfrentem em partidas de diversos esportes, como voleibol, voleibol de praia, handebol, futebol society, futebol de areia, basquetebol, futsal e judô.
Referência para o texto: Wikipédia .

sábado, 25 de julho de 2020

CUBATÃO - SÃO PAULO

Cubatão é um município do estado de São Paulo, na Região Metropolitana da Baixada Santista, microrregião de Santos. A população estimada no ano de 2019 foi de 130.705 habitantes. A cidade ocupa 142,3 km² de área, o que resulta numa densidade demográfica de 830,91 hab/km². É o único município da Baixada Santista que não é litorâneo.
Faz divisa com os municípios de Santo André, ao norte, Santos, ao leste, a Baía de Santos, ao sul, São Vicente, a sudoeste e São Bernardo do Campo, a noroeste.
Com um grande parque industrial, Cubatão enfrentou no passado a ameaça constante da poluição. Na década de 1980, foi considerada pela ONU como a cidade mais poluída do mundo. Contudo, com a união de indústrias, comunidade e governo, a cidade conseguiu controlar 98% do nível de poluentes no ar.
Por isso, em 1992 recebeu da ONU o título de "Cidade-símbolo da Recuperação Ambiental".
Etimologia
A etimologia do nome Cubatão tem sido muito discutida.
Uma das etimologias adotadas tem sido do árabe-africano ou afro-árabe: Cubata "rancho", com a desinência portuguesa, do aumentativo: Ão, formando Cubatão ou "rancho grande".
A outra do hebraico-africana, é a do hebraico: Cuba "fortificação, distrito fortificado, torre" e Taon "duplicidade, dualidade, duplo", formando o vocábulo Cubataon, como aparece em velhos documentos, com o significado de "torre ou fortificação dupla" ou "distrito fortificado duas vezes ou duplo".
História
É ponto pacífico entre os estudiosos que a região do atual município de Cubatão foi ocupada, há pelo menos 7.000 anos, pelo chamado Homem do Sambaqui: eram grupos seminômades, que tinham sua vida cotidiana ligada ao mangue, onde tiravam sua subsistência, marcada por siris, conchas bivalves, berbigões e peixes, os quais aproveitavam para desenvolver sua manufatura de peças mistas – líticas e orgânicas – caracterizadas por ferramentas de pedra polida do Mesolítico, adornos e outros equipamentos (DUARTE,1968).
No século XIX, esses monumentos pré-históricos foram visitados pelo imperador dom Pedro II, exímio naturalista, que deles se encantou; no século XX, foram alvos de estudos por parte da Universidade de São Paulo e atraíram inclusive a atenção de Paul Rivet, o lendário diretor do Museu do Homem de Paris e "pai" da moderna Antropologia americana (RIVET, s/d).
Na disputa pela ocupação do espaço do litoral, há aproximadamente mil anos, os índios, oriundos do Planalto Brasileiro, desceram a Serra do Mar e se estabeleceram temporariamente na Baixada, donde retiravam peixe e sal; neste estabelecimento, faziam diversas viagens entre o planalto e o litoral e abriram diversos caminhos na Muralha do Atlântico que, segundo se fala, iam do litoral até a Cordilheira dos Andes. O mais conhecido desses caminhos era o Caminho do Piaçaguera de Cima, que, desse lugar, subia a serra pela secular Trilha dos Goianases, no Vale do Ururaí (atual Mogi) e COSTA E SILVA SOBRINHO. Descendo a Serra do Mar, os índios ocuparam a região e exterminaram (ou absorveram) o grupo do Homem do Sambaqui.
Embora haja provas abundantes da ocupação indígena, deles temos poucas informações, exceto aquelas que nos são outorgadas pelos invasores portugueses; sabemos, grosso modo, que foram testemunhas das expedições pré-coloniais e da chegada da expedição colonizadora de Martim Afonso de Sousa.
O primeiro documento oficial que cita Cubatão é a Carta de Doação de Sesmaria, passada por Martim Afonso em 10 de fevereiro de 1533, onde ele concede, a Rui Pinto, as terras do Porto de "Apiaçaba" e as terras situadas "na Barra do Cubatão", entre os rios Ururaí e Perequê (BORGES, 2002). Em 4 de março, Martim Afonso doa outra sesmaria a Francisco Pinto (irmão de Rui Pinto), sesmaria que ia do Rio Perequê ao Rio das Pedras.
Em 1556, durante o Governo Geral, foi doada a Antonio Rodrigues de Almeida uma sesmaria cujas terras partem do Rio das Pedras, até o Rio Pilões; essa sesmaria foi adquirida em 1643 pelos padres da Companhia de Jesus, sendo o embrião da Fazenda Geral dos Jesuítas, também chamada de Fazenda Geral do Cubatão. As terras jesuíticas margeavam o Rio Cubatão, o que lhes dava controle sobre a navegação fluvial que ligava a escarpa da Serra do Mar e o Porto de Santos: em realidade, com o tempo, os jesuítas passaram a controlar o comércio (essencial) entre o Planalto e os corredores de exportação e importação – os jesuítas tiveram a brilhante ideia de cobrar pela passagem fluvial, além de alugar botes e canoas que faziam a passagem entre a Ilha de Goiaó e o Cubatão.
Em 1803, em decreto de 19 de janeiro, o Governador da Capitania, Antonio José de Franca e Horta, numa política de povoamento e desenvolvimento da Capitania, ordena a edificação do Povoado de Cubatão, na extinta Fazenda dos Jesuítas, entre os rios Rio Capivari e Rio Santana, na margem direita do Rio Cubatão; se alguém mereceria o epíteto de fundador seria Franca e Horta: é dele a iniciativa de formar o povoado. Em edital de 22 de agosto, ele convidou famílias de Iguape para povoarem Cubatão.
Mas somente em 17 de janeiro de 1819, em pleno Período Joanino, cinco famílias da Ilha dos Açores vieram para Cubatão: eram os famosos "cinco Manuéis" – Manuel Espíndola Bittencourt, Manuel do Conde, Manuel Correia, Manuel Gomes e Manuel Antônio Machado que, segundo consta, não seria Manuel, mas simplesmente Antônio Machado – o erro seria de transcrição do nome e teria permanecido na História de Cubatão. A riqueza de Cubatão, seu solo, foi explorada pelos portugueses na forma de seu produto mais tradicional: a banana.
Em 12 de agosto de 1833, a Regência Trina Permanente, instituída após a abdicação de dom Pedro I, sancionou a Lei 24, que separou um terreno da Fazenda de Cubatão para ali fundar uma povoação. Contudo, o povoado não se desenvolveu e o município não chegou a ser constituído. Pela Lei Regencial 167 de 1 de março de 1841, o Povoado de Cubatão é incorporado à cidade de Santos (BORGES, 2002). A emancipação de Cubatão ocorreria 108 anos depois, em 1949, e é este o motivo de estarem inscritas as duas datas no Brasão da cidade (1833 e 1949). A Lei 1 871, de 26 de setembro de 1922, criou o Distrito de Paz de Cubatão, que permaneceu como um bairro de Santos. Com o desenvolvimento da região, foi construída, em 1947, a Via Anchieta, chamada de "orgulho da engenharia rodoviária nacional", a mais moderna das rodovias brasileiras na época; com o crescimento, o fortalecimento comercial e industrial, o bairro começou a perder suas características agrícolas e começou a sonhar com o futuro. Organizou-se, em 1948, um grupo de trabalho para lutar pela elevação de Cubatão à categoria de município. O grupo passou à história da cidade como "Os Emancipadores", realizando, em 17 de outubro, um plebiscito, que culminou com a vitória pró-desmembramento. A emancipação política e autonomia de Cubatão aconteceria em 9 de abril de 1949.
Tragédias
Em 1982, foi nomeado o advogado José Osvaldo Passarelli como Interventor. Nesta fase, a industrialização começa a cobrar seu alto preço ambiental: Cubatão tem uma degeneração violenta e começa o mito do "Vale da Morte"; com o incêndio da Vila Socó, em fevereiro de 1984, a tragédia ganha contornos nacionais e mundiais, pois a explosão dos dutos da Petrobrás, sobre os quais se erguia uma favela que foi pulverizada, pôs a nu os problemas advindos de políticas energéticas não planejadas e de erros.
Uma tragédia incontável, pois nem a Prefeitura, nem o Governo Estadual nem a Petrobrás conseguiram precisar o número de mortos; num dado momento, ocorrem situações anacrônicas: a Escola João Ramalho é usada como necrotério; o estado doa trezentos caixões; a Prefeitura usa as listas de alunos da Escola de Educação Infantil para verificar quem volta às aulas.
Na sequência, vem o desastre da Vila Parisi: encravada num polígono entre várias indústrias, nos fundos da Aciaria da Companhia Siderúrgica Paulista, a favela da Vila Parisi é um exemplo mundial de descaso e humilhação com o ser humano. O clamor mundial começa com as doenças intimamente ligadas à miséria, a pobreza, a falta de saneamento básico, a poluição. Ocorrem as primeiras mortes neonatais por anencefalia, casos até hoje mal explicados. A tragédia da Vila Parisi força a Prefeitura a tomar uma atitude, e Passarelli transfere a população para um bairro planejado e construído às margens da interligação Anchieta-Imigrantes, o Bolsão 8 que, em sintonia com a eleição de Tancredo Neves, é batizado Jardim Nova República.
Mas as ações de Passarelli acabam desagradando o Governador Franco Montoro (Passarelli fora nomeado por Paulo Maluf), que o exonera e nomeia, em 6 de fevereiro de 1985, outro interventor: Nei Eduardo Serra, advogado ligado à administração da Companhia Siderúrgica Paulista, que assume o governo em meio ao retorno à autonomia municipal, que ocorre através da Emenda Constitucional n. 25, de autoria do Deputado Gastone Righi. Em 15 de novembro, na primeira eleição para Prefeito desde 1964, é eleito o antigo Interventor José Osvaldo Passarelli. Em 1990, na corrente da nova Constituição de 1988, é aprovada a Lei Orgânica do Município, elaborada pela Câmara Municipal, em vista das particularidades da cidade.
Desde 1985, a Prefeitura e o Governo do Estado de São Paulo vêm trabalhando num projeto de preservação ambiental, juntamente com a Organização das Nações Unidas. Cubatão se torna, na década de 1990, "exemplo mundial de recuperação ambiental", com a volta de um símbolo de sua fauna, o guará-vermelho. Em 1993, o Ministério Público ordena o fechamento da fábrica da Rhodia (do grupo francês Rhone-Poulauc), em vista dos "lixões" tóxicos escavados em Cubatão, São Vicente e Itanhaém.
Pontos turísticos
Para festejar o "Centenário de Independência do Brasil", o Presidente do estado Washington Luís entregava ao povo a jornada do "Caminho do mar". Tais monumentos revelam parte significativa da formação paulista. Desde a velha Calçada do Lorena, até a evocação dos fundadores de São Paulo inscrita no Cruzeiro Quinhentista, vê-se a marca da recuperação da história bandeirante nas escarpas da Serra. O desenvolvimento de Cubatão sempre esteve estreitamente ligado aos caminhos de acesso ao Planalto, já que era elo de ligação entre este e o Porto. Os monumentos que estão aos arredores de Cubatão são:
- Cruzeiro Quinhentista: Cruzeiro Quinhentista que foi construído na ligação entre o Caminho do mar com o Caminho do “Padre José” (caminho inexistente hoje), o Cruzeiro apresenta no seu centro as datas de 1500 e 1922 e os nome de seus colonizadores jesuítas, sendo eles: Tibiriçá, Padre José de Anchieta, Mem de Sá, Nóbrega, Leonardo Nunes, Martim Afonso de Sousa e João Ramalho.
- Rancho da Maioridade: Relembra a construção da Estrada da Maioridade e a visita da família real à São Paulo em 1846.Está situado em uma acentuada curva do Caminho do Mar, donde se avista toda a área do Cubatão.
- Calçada do Lorena: Estrada de ligação mais importante entre o Planalto de Piratininga e o porto de Santos no final do século XVIII(18). Construída em 1792, período em que Bernardo José Maria de Lorena governava o estado de São Paulo.O material empregado no calçamento foi a pedra.
- Escola Ary de Oliveira Garcia: Situada no bairro Vila Nova, possui uma história muito interessante, pois em seu passado já foi um conservatório de música e dança e até mesmo um fórum. O fórum foi utilizado até o ano de 1963, porém até hoje, faz parte da arquitetura foi preservada. Na atual sala número 10, estava localizada a sala dos investigadores que também era utilizada como sala de tortura, ela possui dois pequenos corredores e duas portas, e a sala 13 que é a sala mais ampla da escola era a sala do juiz. No ano de 1964 neste mesmo local foi inaugurado um conservatório de música e dança, porém no ano de 1981 mudou sua sede para outra rua no mesmo bairro. Enfim no dia 11 de março de 1982 foi inaugurada a Escola Vila Nova, que quatro anos depois mudou o nome para Ary de Oliveira Garcia em homenagem a um antigo professor que após ter um infarto em uma das salas de aula faleceu, porém muitos funcionários da escola afirmam ver até hoje o professor caminhando pelos corredores.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 20 de julho de 2020

PINHAIS - PARANÁ

Pinhais é um município brasileiro do estado do Paraná, localizando-se na Região Metropolitana de Curitiba. Tornou-se oficialmente um município em 1992, quando emancipou-se do município de Piraquara. Sua população foi estimada em 132.157 habitantes, conforme dados do IBGE de 2019.
Etimologia e símbolos culturais
O termo "Pinhais" provém da palavra pinus, porque durante seus primeiros anos, a região abrangia uma grande quantidade de pinheiros. A palavra 'pinha', descende do latim e significa pinus, como é chamado os pinheiros. Durante o início da povoação, Pinhais abrangia uma enorme quantidade de Pinheiros-do-Paraná (Araucaria angustifolia), árvore símbolo do estado paranaense. As criaturas responsáveis pela disseminação, ou seja, da plantação destas árvores são as gralhas-azuis, que ao alimentarem-se de pinhões acabam por semear a semente. A gralha-azul tornou-se um símbolo municipal sendo até mesmo citada no hino municipal de Pinhais. As araucárias foram empregadas na bandeira e no brasão do município.
Histórico
Por sua proximidade com Curitiba, o território do atual município de Pinhais acompanhou o correr dos fatos, durante a ocupação e desenvolvimento do planalto curitibano, tendo como centro a capital paranaense. Foi importante a construção da ferrovia Curitiba-Paranaguá, cortando a região na direção leste. Nas imediações de onde se situa a empresa Brasholanda, havia uma indústria cerâmica, de propriedade da família do sr. Joaquim Torres. A empresa foi adquirida, em meados de 1920, sob hipoteca, por Guilherme Weiss, que aperfeiçoou a técnica de produção. O conde Humberto Scarpa, genro de Guilherme Weiss, herdou a cerâmica, mantendo a produção até 1960. Mais tarde, organizou a imobiliária Rui Itiberê da Cunha, parcelando e pondo à venda as áreas de Weissópolis, Vargem Grande, Vila Esplanada e Vila Tarumã.
A história recente do município de Pinhais, liga-se com a história da ocupação urbana de Curitiba. Tendo como referência as políticas desenvolvimentistas adotadas no Brasil, em meados da década de 1950 em diante, o norte do Paraná foi cenário da expansão agrícola, inicialmente com o plantio de cafezais. O estímulo à agricultura graneleira (soja, trigo, milho e algodão), expandiu vertiginosamente a ocupação de terras no Estado, especialmente no norte novo e sudoeste, nas décadas de 1960 e 1970, consolidando o Paraná como o "Celeiro do Brasil".
Esta agricultura expansiva, aliada à pecuária de corte, assentou-se na lavoura mecanizada, na formação de latifúndios, dispensando a mão-de-obra. Os trabalhadores rurais e mais os pequenos camponeses, expulsos do campo, viram-se na contingência de procurar a cidade, sempre num movimento da pequena para a média, e das médias cidades para os grandes centros urbanos.
Assim o município de Curitiba foi recebendo contingentes populacionais do interior do Estado, assim como de Santa Catarina, nestas últimas três décadas. Vinham atrás de empregos e outras oportunidades oferecidas pela grande cidade. Aliado a esses fenômenos, o controle do uso do solo urbano, desenvolvido pelo município de Curitiba, foi elevando o custo da terra, centrifugando a população de menor renda para a periferia, cada vez mais distante. Este processo de periferização atingiu as áreas limítrofes dos municípios vizinhos ao da capital, incluindo aí o atual município de Pinhais. Atualmente Pinhais constitui-se em um dos mais industrializados municípios do Estado.
Pela Lei Estadual nº 4.966, de 19 de novembro de 1964, sancionada pelo governador Ney Aminthas de Barros Braga, foi criado o Distrito Administrativo de Pinhais, e em 18 de março de 1992, através da Lei Estadual nº 9.906, assinada pelo governador Roberto Requião de Mello e Silva, o distrito foi elevado à categoria de município emancipado, cuja instalação deu-se em 1º de janeiro de 1993.
Estação ferroviária
A construção da Ferrovia Curitiba-Paranaguá em 1885 influenciou na formação de um pequeno povoado nas redondezas da estação de trem na região atualmente conhecida como Pinhais. Com base nos registros da Segunda Lei de Terras do Paraná, é possível trabalhar com a hipótese de que a Estação Ferroviária Pinhais tenha surgido para o tráfego do centro produtor de São José dos Pinhais, grande produtor de erva-mate, madeira e outras mercadorias. Esta teoria foi aceita pois a maioria dos registros sobre a Estação Pinhais da época, faziam menção à estrada que dava acesso à São José dos Pinhais. A construção da ferrovia e a inauguração da Estação Ferroviária Pinhais impulsionou a construção de uma pequena comunidade onde ficaram estabelecidos os responsáveis pela manutenção da estrada-de-ferro. Nesta época, já estavam estabelecidos um grupo de proprietários de terras na região. Estes, desenvolviam atividades de plantio e criavam animais, tendo como centro de consumo, a capital paranaense, localizada próxima à região. Estas propriedades localizavam-se próximas ao Rio Palmital, Atuba e Iraí.
Indústria cerâmica
Além da estação, outro fator para a formação do povoado foi a inauguração de uma indústria de cerâmica, em meados do ano 1885, logo após a construção da ferrovia e da estação. A princípio, a indústria cerâmica tinha como objetivo atender à região e arredores, como certos pontos em Curitiba, e também indústrias de tijolos e telhas. Por volta de 1912, Guilherme Weiss comprou a indústria da família Torres e deu início a um processo que transformou o estabelecimento em uma verdadeira potência. Com o novo proprietário, a indústria passou a importar novos maquinários e ampliou drasticamente a capacidade de produção. Quando estes novos equipamentos chegaram à indústria cerâmica foi necessário obter mão-de-obra especializada. A indústria tornou-se uma grande potência e foi necessário construir residências para os operários, formando uma pequena vila. Algumas famílias foram convidadas pelo próprio Guilherme Weiss, como a família Chalcoski, Kropzak e Pontella, que anteriormente trabalhavam na olaria dos irmãos Hauer, em Curitiba. Nesta época, outras famílias passaram a trabalhar na indústria, na fabricação de telhas e tijolos ou mesmo na extração de barro. Na pequena vila onde residiam os operários, localizavam-se também barracões e armazéns responsáveis pelo abastecimento de cereais e outros gêneros alimentícios. Guilherme Weiss veio a falecer em meados da década de 1930, fazendo com que o seu genro, Humberto Scarpa, assumisse a direção da indústria. A herança que Weiss deixou para Scarpa incluía a própria fábrica e suas terras, localizadas na região. Em meados da década de 1960, Scarpa desativou a indústria e iniciou um processo de loteamento, dando origem a muitos bairros que atualmente integram-se à Pinhais.
Indústria de cimento
Ainda no início da década de 1930, um grupo de empreendedores decidiu construir uma grande indústria de cimento na região, conhecida como Indústria de Cimento Portland Paraná. A escolha da região para estabelecer a indústria ocorreu devido à proximidade com Curitiba. A compra da área ocorreu oficialmente no início da década de 1930, sendo que em meados de 1933 começou a construção da estrutura da fábrica, juntamente das 33 casas para os operários. A indústria comprou equipamentos avançados importados da indústria europeia. Anos após 1945, foram trazidos os maquinários importados, via ferrovia que ligava Paranaguá com Curitiba. Durante este período (1930-1945), o Brasil passou a repensar o seu posicionamento de país agroexportador. Esta época foi caracterizada pela grande preocupação com a urgente implantação de uma indústria base (siderurgia, cimento, entre outros) que sustentasse a posterior formação de um parque industrial no país, independente do fornecimento da indústria estrangeira. Durante este período, os países responsáveis pelo fornecimento de trabalhos industriais ao Brasil, estavam travando a Segunda Guerra Mundial. Foi que o Brasil iniciou suas ideias de industrialização, interrompendo as importações de países estrangeiros industrializados, o que fortaleceu as indústrias de base. Embora, por motivos incertos, a indústria de cimento não chegou a iniciar as atividades de produção.
Mudanças territoriais
As delimitações de Curitiba estendiam-se, ocupando quase toda a extensão territorial da Região Metropolitana. Estas grandes e vastas terras continuaram pertencendo à capital até meados do século XIX, quando foram criados novos municípios. A área de Pinhais pertenceu também à capital, até o final do século XIX. No ano de 1890, uma parte de terras de Curitiba, inclusive Pinhais, ficou desmembrada, passando a ser propriedade do Município de Colombo, o que pode ser comprovado de acordo com o decreto nº 71 de 31 de Janeiro de 1890, que fixou os limites do novo município. Durante este período (por volta de 1932), o Paraná estava sendo administrado pelo interventor Manuel Ribas, que promoveu mudanças no estado, inclusive as delimitações geográficas de vários municípios. Pinhais, que era propriedade de Colombo, passou a pertencer à Piraquara, sendo que Colombo voltou a pertencer aos limites de Curitiba. O decreto nº 2.505 de 27 de Outubro de 1932 fixou oficialmente o território de Pinhais à Piraquara. A partir da década de 1960, com o crescimento do povoado na região, a comunidade começou a reivindicar a instalação de serviços públicos locais. Alguns "pinhaienses" (como eram chamados) passaram a ingressar na ordem política de Piraquara, e devido à importância da região, Pinhais foi promovido à categoria de distrito em 21 de novembro de 1964. Na década de 70 e 80, o distrito abrangia uma enorme quantidade de pessoas, implicando demandas em vários setores. Para implantar a infraestrutura que suprisse as necessidades da população era necessário a organização e o gerenciamento de um poder público local. Consequentemente, no final do ano de 1991, foi realizado um plebiscito para ser verificado o interesse da população de Pinhais pela implantação de um Poder executivo e legislativo local. Esta consulta conteve um alto índice de aprovação, cerca de 20.456 votos de um total de 23.310 pessoas participantes, o que equivale a 87% de aprovação.
Pinhais torna-se município
Pinhais tornou-se município oficialmente em 20 de Março de 1992, o que até atualmente, é data festiva do calendário pinhaiense. Em 1993, com o estabelecimento do Poder público local, o Poder Executivo passou a estabelecer metas de desenvolvimento para o município através das suas secretarias. Muitas questões e assuntos como saúde, educação, esporte, cultura, entre outros, foram discutidas em grupo.
Extensão territorial e municípios limítrofes
O Município de Pinhais é o menor município do Paraná, com cerca de 61,007 quilômetros quadrados. Está localizado a 893 metros de altitude, e é considerado um local plano com algumas suaves inclinações, como no bairro Vila Amélia e nas proximidades do Centro e Jardim Pedro Demeterco. Cerca de 1/3 de seu território encontra-se nas proximidades da Área de Proteção Ambiental do Iraí, enganosamente considerado propriedade do Município de Piraquara. Pinhais pertence à Região Metropolitana de Curitiba e limita-se com Curitiba, Colombo, Piraquara, São José dos Pinhais e Quatro Barras. Durante os primeiros anos após o início de povoação (séculos XIX e XX), Pinhais abrangia uma enorme quantidade de Araucárias (Araucaria angustifolia), fator que influenciou na nomeação do local.[Junto com as araucárias, a fauna da região contava com a presença de gralhas-azuis que ajudam na proliferação e disseminação da espécie de árvore.
Relevo
O Município de Pinhais encontra-se no primeiro planalto paranaense a 893 metros de altitude acima do nível do mar. Com cerca de 61,007 quilômetros quadrados de extensão, Pinhais é considerado um local plano e com suaves inclinações e montes. Em sua superfície, encontram-se argila e areia depositadas ao longo dos rios e nos arredores da cidade, chamada de Formação Guabirotuba ou Bacia de Curitiba, estendida desde a escarpa de São Luis do Purunã até Quatro Barras. As principais características geomorfológicas localizadas nesta região, são as planícies de várzeas ou de inundações, com depósitos sedimentares pouco entalhados e freqüentes terrenos alagadiços, intercalados com um relevo de vertentes suaves em algumas áreas.
Vegetação
Embora seja muito popular por suas araucárias, o município de Pinhais abrange outros tipos de vegetações, distribuídos ao longo da região, em diferentes solos e altitudes. Algumas áreas do município ainda estão preservadas naturalmente, como a região conhecida como Área de Proteção Ambiental do Iraí, que de fato, possui um território de propriedade de Pinhais. Como dito, o tipo de vegetação mais conhecido em Pinhais é a Mata Araucária que é formada, majoritariamente, por Pinheiros-do-Paraná. Esta vegetação foi encontrada nestes solos desde a formação dos primeiros povoados, e foi um fator que influenciou a nomeação do município. A vegetação do município pinhaiense também conta com a vegetação conhecida como Campos Naturais, que possui sua formação enquadrada como estepe gramíneo-lenhosa, distribuindo-se pela região, onde as gramíneas (capim) predominam e a parte lenhosa é representada por capões e matas de galeria. Geralmente este tipo de vegetação é encontrada em locais planos e altos, majoritariamente utilizados para as atividades agropecuárias que não são muito utilizadas na região. Como o município abrange um total de cinco rios e uma represa, é comum se ver nesta região a conhecida vegetação chamada Mata Ciliar, que forma-se nas margens dos rios. É também conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação/floresta ripária.
Hidrografia
A Área de Proteção Ambiental do Iraí (conhecida como "APA do Iraí"), de grande importância para o próprio município e toda a Região Metropolitana, é formada por mananciais responsáveis por grande parte do abastecimento de água para estas regiões. Os rios que estão presentes em Pinhais, compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Iguaçu, a maior do estado paranaense. O Rio Iraí é considerado por muitas pessoas como o rio mais importante do município de Pinhais. Suas nascentes estão localizadas no Município de Piraquara, onde foi represado para o abastecimento que inclui Curitiba e Região Metropolitana. Este rio estende-se por Pinhais, além dos municípios de Piraquara, Colombo e Quatro Barras. Ao sul do município, encontra-se com o Rio Atuba, pertencentes à bacia hidrográfica do Rio Iguaçu. Grande parte das nascentes do Rio Atuba localizam-se no Município de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba e deságua no Rio Iraí. O Rio Atuba é responsável por delimitar o Município de Pinhais com Curitiba. Suas águas estão severamente poluídas graças a um grave problema de ordenamento territorial em suas margens e a desconscientização da população, o que acaba prejudicando a mata ciliar e o leito do rio, sem falar em possíveis alagamentos. O Rio Palmital possui suas nascentes localizadas em Curitiba, no encontro de afluentes vindos de Colombo e Almirante Tamandaré e percorre o Município de Pinhais de norte a sul, onde acaba por encontrar-se com o Rio Iraí. Devido a falta de saneamento básico, recebe um grande nível de carga de esgoto doméstico, prejudicando a mata ciliar e a saúde de quem convive com este problema; embora esteja extremamente poluído atualmente, o Rio Palmital já foi limpo e segundo a população veterana da região, crianças brincavam no rio. O Rio do Meio nasce ao norte de Pinhais e encontra-se ao sul nas "cavas" (local também conhecido como Parque das Águas), próximo ao Rio Iraí, ocupando uma área de 40 quilômetros quadrados. Considerado o menor rio do município, o Rio do Meio é o único rio que está totalmente dentro do território pinhaiense. Embora esteja naturalmente preservado, o rio corre grandes riscos de contaminação graças à ocupações irregulares próximas à sua nascente.
O município de Pinhais e outros da Região Metropolitana são abastecidos pela Represa do Iraí, que ocupa uma área pertencente ao território pinhaiense, ao município de Piraquara, entre outros. A barragem no local foi criada para controlar as cheias, ou seja, para conter o excesso de água em períodos, principalmente, de chuva na região. O reservatório abastece cerca de um milhão de pessoas na Região Metropolitana. Ainda no município de Pinhais, está localizada o parque das águas, localizado ao sul do município, onde o Rio do Meio deságua, ou seja, próximo ao Rio Iraí nos limites de Piraquara e a região pinheiense. Esta localidade é também conhecida como "as cavas", local atrativo para a prática de pesca e onde existe a extração mineral de areia.
Economia
Considerado um grande potencial econômico da Região Metropolitana de Curitiba, Pinhais participa ativamente da economia paranaense, em 14º lugar na lista de IDH dos 399 municípios do Paraná. Responsável por uma significativa parcela da economia do estado paranaense, Pinhais teve um bom desempenho econômico nos últimos dezessete anos, onde foram empregadas muitas indústrias e estabelecimentos comerciais, melhorando o padrão de vida da população. O município possui dois pólos industriais bem definidos e pólos comerciais estrategicamente distribuídos, atingindo a marca de 454 indústrias no setor secundário, 750 empresas que participam do setor terciário e mais 1.426 estabelecimentos comerciais. Na região, existem indústrias muito fortificadas como as moveleiras, gráficas, metalúrgicas, mecânicas e de materiais plásticos. O ritmo do crescimento da cidade é, atualmente, fato observado nos mais diferenciados meios que avaliam o desenvolvimento da Região Metropolitana da capital paranaense. A economia do município esteve diversificando-se nos últimos anos, principalmente pelas indústrias de ponta de serviços especializados, que possuem um ótimo desempenho, destacando-se e oferecendo ótimas oportunidades para o investimento da região.
Educação
O primeiro estabelecimento de ensino na região foi construído em 1914, visando o ensino das crianças filhas dos funcionários que viviam aos arredores da Estação Ferroviária de Pinhais. O estabelecimento (que localizava-se em uma casa construída para os ferroviários) ficou conhecido como "Casa de Instrução", que a princípio continha apenas em uma única sala de aula. Anos mais tarde, esta escola foi transferida para a casa da família Cunha Luz. Durante a década de 1920, a potência gerada pela indústria cerâmica da região (onde trabalhavam inúmeras pessoas), fez com que Guilherme Weiss incentiva-se a construção da primeira escola oficial das redondezas. Assim como o crescimento da população, novos estabelecimentos de ensinos foram fundados. O depoimento da professora Norma Chalcoski resumia este momento:
"Tinha uma escolinha ali próxima da Estação [...], fizeram outra na Vargem Grande; daí começou a aumentar a população, com o loteamento; daí eles foram fazendo escolinha, de uma sala de aula só."
Atualmente, o município conta com 20 escolas municipais, 12 estaduais, 11 centros de educação infantil e uma faculdade, além dos estabelecimentos particulares, que atendem ao todo 27.941 alunos. O município se destaca em avaliações sobre a educação, apresentando resultados acima da média nacional tanto no IDEB[como no ENEM.
Turismo e cultura
Atualmente, o governo de Pinhais está investindo muito na cultura. No município estão sendo lançadas festivais, concursos e também, foi construído um centro cultural. Foi criado em 2006 o Festival de Teatro de Pinhais (FETEPI), que acontece anualmente, com o objetivo de apresentar teatros de qualidade direcionada para o público adulto e infantil. O festival tem como objetivo estimular as crianças e jovens que são premiados em diversas categorias. Em 2007 foi feito um Concurso de Fotografia, com o objetivo de mostrar o cotidiano da cidade; as imagens eram classificadas como amadoras ou profissionais, onde eram escolhidos três vencedores que ganhariam medalhas e prêmios.
Pinhais conta com o Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann, criado em 2005 e que possui 1.300 metros quadrados. Atualmente, conta com gibiteca, videoteca, biblioteca direcionada para a população, exposições, e também disponibiliza cursos gratuitos para pessoas de todas as idades.
O escultor e pintor Luis Gagliastri fundou um centro cultural em um terreno de 73 mil metros quadrados, atualmente conhecido como Centro Cultural Gagliastri, local que possui ateliê de pintura, fundição de esculturas e memorial e trilhas com largos jardins de esculturas. Atualmente, o artista visa desenvolver novas técnicas de esculturas e lançar uma nova linha de design com peças utilitárias.
O Ateliê Corbellini é um espaço reservado para exibir um acervo diversificado de técnicas com pedras, resinas, metais, moldes, entre outras coisas. A nomeação do ateliê é dedicada ao artista plástico Luciano Corbellini, que desde sua infância, possuía intimidades com a arte.
O Parque Newton Freire Maia, é um espaço dedicado a divulgação científica e tecnológica, através de recursos didáticos, experimentos, ilustrações e multimídia, os monitores responsáveis explicam aos visitantes sobre os desenvolvimentos científicos, tecnológicos, matemáticos, geográficos, físicos, químicos, astronômicos, biológicos, entre outros assuntos.
A cidade abriga um dos maiores centros de exposições e convenções da Região Sul do Brasil, o Expotrade Convention Center. Com 34.000 m² de área construída, neste espaço ocorrem com frequência grandes shows e apresentações tanto a nível nacional como internacional, além de eventos importantes, como a reunião da COP-8 e da COP/MOP-3, em 2006.
Em agosto de 2009, foi executado o Primeiro Festival da Feijoada no município, promoção criada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico através do Departamento de Turismo, que visa instituir um evento cultural em Pinhais.
A Linha Pinhais Turismo, um projeto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico através do Departamento de Turismo, realiza visitas monitoradas aos atrativos turísticos do município de Pinhais, com um micro-ônibus de 26 lugares. O trajeto percorre o Roteiro Turístico Estrada Ecológica, localizado na Área de Proteção Ambiental do Iraí, que conta com atrativos e equipamentos turísticos para grupos das mais diversas idades e interesses e também os principais pontos do centro da cidade, incluindo o Bosque Municipal de Pinhais, a Igreja Nossa Senhora da Boa Esperança, a Feira Livre da Jacob Macanhan entre outros. O roteiro dura em média 4 horas e as paradas variam de acordo com o público e a disponibilidade dos empreendedores, pois é preciso agendamento prévio. Os passeios são agendados para as quartas e sextas-feiras, das 13:00 horas às 17:00 horas e com grupos de no mínimo 15 pessoas e máximo de 26 pessoas.
Manifestações religiosas
Os primeiros habitantes da região, eram majoritariamente católicos e como na época não havia uma igreja nas redondezas, as reuniões religiosas geralmente ocorriam em residências ou no pátio de uma clássica serraria da região.
Por volta de 1926, foi construída a primeira igreja na região, chamada Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança, e aos poucos, as reuniões religiosas foram transferidas para a igreja. O proprietário da Indústria Cerâmica foi o responsável pela doação do terreno e dos materiais de construção, e os operários da indústria dispuseram seu tempo livre para ajudar na construção da igreja. A inauguração ocorreu no mesmo dia do casamento da filha de Guilherme Weiss, Adelaida Weiss com Humberto Scarpa, sendo assim, a celebração ocorreu na igreja, inaugurando o estabelecimento. Tal templo, atualmente, é tombado pelo patrimônio histórico do município, e pertence à Fundação Weiss Scarpa - Ordem Soberana e Militar de Malta.
Outras comunidades religiosas que abrangem um grande número de fiéis no município, são as igrejas Batista, Luterana, Assembleia de Deus, Santos dos Últimos Dias e Testemunhas de Jeová. Até a atualidade, realizam-se procissões e festas com grande participação da comunidade católica, sendo que atualmente ocorrem geralmente no novo pavilhão, construído há alguns anos. A padroeira do município é a Nossa Senhora da Boa Esperança[40], comemorada no dia 13 de Maio.
Referência para o texto: Wikipedia .

sexta-feira, 17 de julho de 2020

SANTANA DO PARNAÍBA - SÃO PAULO

Santana de Parnaíba é um município do estado de São Paulo, localizado na Zona Oeste da Região Metropolitana de São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011 e consequente Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).
História
Em 1580, Susana Dias, neta do cacique Tibiriçá, juntamente com seu filho, Capitão André Fernandes, fundou uma fazenda à beira do Rio Anhembi (atual Rio Tietê), a oeste de São Paulo, próximo à cachoeira denominada pelos indígenas como "Parnaíba" (lugar de muitas ilhas).
Devido a sua posição estratégica no vale do Rio Tietê, tornou-se ponto de partida das bandeiras que seguiam rumo ao Oeste Paulista e ao Mato Grosso. Em 1625, o povoado foi elevado à condição de vila, com a correspondente criação do município.
No século XVIII, a vila entrou em decadência devido ao fim das bandeiras. O isolamento geográfico da vila, provocado pelas quedas de água do Rio Tietê e pelo relevo acidentado de seu território, fizeram com que a vila não figurasse nas rotas de comércio e colonização que ligavam São Paulo às nascentes cidades de Jundiaí, Sorocaba e Itu.
Em 1901, a Usina Hidrelétrica Edgard de Sousa foi inaugurada no Rio Tietê, mas não foi suficiente para revitalizar a cidade, que perdeu grande parte dos seus territórios para seus antigos distritos de Cajamar, Pirapora do Bom Jesus e Barueri ao longo do século XX.
A partir da década de 1980, o município voltou a ganhar dinamismo econômico, com a melhoria das ligações rodoviárias com o restante da Grande São Paulo e com o impulso provocado pela implantação de diversos condomínios residenciais, notadamente Alphaville.
Geografia/Clima
O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão quente e chuvoso. Inverno relativamente frio e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 20Cº, sendo o mês mais frio julho (média de 12°C) e o mais quente fevereiro (média de 23°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1382 mm.Meio ambiente
O município conta com uma política de preservação ambiental, conforme legislação em vigor, que tem proporcionado a criação e a manutenção de áreas de valor ecológico e ambiental, assim como a defesa e a preservação da fauna e da flora.
O sistema de esgoto serve a 71,8% das residências, e a arborização em vias públicas alcança 58,4% dos domicílios.
Demografia
Segundo o IBGE, em 2018 a população estimada em Santana de Parnaíba passou a ser de aproximadamente 136 517 habitantes. No censo de 2010, a população era de 108 813 habitantes, com densidade demográfica de 604,74 habitantes/km².
Política e administração
A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.[13] O primeiro a governar o município foi José Pedroso de Oliveira Pinto, que ficou no cargo de intendente em 1897.
Economia
A economia de Santana de Parnaíba é ligada ao setor de serviços e comércio, notadamente na região de Alphaville.
A atividade industrial está localizada nos bairros da Fazendinha e Tamboré.
O turismo vem se desenvolvendo na cidade, auxiliado pelo conjunto colonial do centro histórico.
Estrutura urbana/Comunicações
A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973, quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica, sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo para suas operações de telefonia fixa.
O data center da Telefônica/Vivo foi inaugurado em 2012 no bairro de Tamboré, em um prédio de 33,6 mil metros quadrados, e abriga as operações de telefonia fixa e móvel da empresa no Brasil.
Cultura/Turismo
O conjunto arquitetônico colonial do Centro Histórico possui mais de duzentas casas e construções datadas dos séculos XVII e XVIII, destacando-se a Igreja Matriz de Sant'Ana. Trata-se do maior conjunto colonial existente no estado de São Paulo.
No Circuito dos Alambiques é possível conhecer o processo de fabricação da cachaça artesanal.
A cidade promove festas populares que atraem um grande número de turistas, o carnaval da cidade é muito conhecido e atrai pessoas de várias regiões.
Anualmente, é promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo do município o espetáculo teatral do Drama da Paixão de Cristo reconhecido nacionalmente. A peça é encenada às margens do Rio Tietê, nas proximidades da Barragem Edgard de Sousa por atores da própria cidade.
Bens tombados
- Centro Histórico.
Capela Nossa Senhora da Conceição, Morro do Voturuna (1687).
- Museu Histórico e Pedagógico Casa do Anhanguera, Praça da Matriz, 9 (início do século    XVIII).
Casa da Cultura Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo, Sobrado do                       Ahanguera, Praça da Matriz, 19 e 25 (século XVIII)
Morro do Voturuna, na Estrada Capela Velha
Figueira Centenária, entre a ponte sobre o Rio Tietê e o Centro Histórico
Morro do Major
Capela do Suru, na Estrada do Suru.
Referência para o texto: Wikipédia ..