Formiga é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no oeste mineiro e sua população em 2018 era de 67.540 habitantes.
História
Os primeiros registros de desbravamento da região são relacionados à criação da Picada de Goiás, em 1737. Também chamada de Caminho de Goiás, era uma das Estradas Reais, que ligavam minas e permitiam explorar e escoar o ouro. Com o tempo, a Coroa proibiu, sob pena de morte, a criação de caminhos que levassem às minas. A Picada de Goiás ligava São João del-Rei ao rio São Francisco.
Até 1748, Goiás era uma simples comarca da capitania de São Paulo. Em 1744, os portugueses da comarca de São João del-Rei, a mando de Gomes Freire, tomaram da Vila de Pitangui, comarca de Sabará, o Arraial do Tamanduá. [carece de fontes] Dali para frente, até o rio São Francisco, tudo ficava "entre a capitania de Minas Gerais e de Goiás", inclusive o Quilombo do Ambrósio, que, conforme sempre afirmou o historiador Leopoldo Corrêa, ficava ao norte da atual Cristais-MG. A capitania de São Paulo foi extinta em 1748, quando passou a ser subordinada à do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, foram criadas as capitanias de Goiás e de Mato Grosso.
Nessa ocasião, Gomes Freire usurpou da extinta São Paulo o que é o atual Sudoeste de Minas Gerais. Contudo, ele não teve o mesmo êxito na tentativa de agregar o Triângulo, então goiano, à capitania mineira. Inconformado por não ter conseguido destruir os quilombos em 1746 — o que causou a extinção do imposto de capitação —, Gomes Freire mandou invadir, em 1759, o Triângulo e subjugar os rebeldes do Sudoeste.
Desse modo, Inácio Correia Pamplona, segundo ele mesmo declarou em processo de justificação de 1803, foi contratado pelo próprio Gomes Freire para continuar a empreitada de tomar de Goiás o atual Triângulo Mineiro, o que teria feito a partir de 1766, passando sempre, no seu ir e vir, por Formiga e região (como consta no diário e roteiro da suposta expedição que, em 1769, empreendeu a mando do conde Valadares). Desde então, Inácio Correia Pamplona passou a parasitar política e administrativamente toda a região, sempre tentando distorcer os fatos de maneira a puxar, para a sua história, fatos e feitos de outras pessoas, como Antônio João de Oliveira, Bartolomeu Bueno do Prado, Inácio de Oliveira Campos, João de Godoy Pinto da Silveira e muitos outros.
Com o passar do tempo, vários sesmeiros começaram a se instalar pelo caminho, dando origem a diversas fazendas. Foram concedidas 25 sesmarias aos desbravadores, para que pudessem desenvolver a região. Com a instalação dessas fazendas, também deu-se início à fuga de escravos. Registra-se, à época, uma carta a D. Maria I relatando a imensa quantidade de escravos fugidos na região. Houve várias expedições para capturar os fugitivos e destruir os quilombos formados. A mais célebre, registrada em documentos da época, foi a investida do capitão Manoel de Sousa Portugal contra o Quilombo do Ambrósio.
A respeito do Quilombo do Ambrósio e os demais quilombos da Caminho de Goiás, Luiz Gonzaga da Fonseca, em "História de Oliveira", narra os ataques dos quilombolas:
"Não há dúvida que esta invasão negra fora provocada por aquele escandalosa transitar pela picada, e que pegou a dar na vista demais. Goiás era uma Canaã. Voltavam ricos os que tinham ido pobres. Iam e viam mares de aventureiros. Passavam boiadas e tropas. Seguiam comboios de escravos. Cargueiros intérminos, carregados de mercadorias, bugigangas, miçangas, tapeçarias e sal. Diante disso, negros foragidos de senzalas e de comboios em marcha, unidos a prófugos da justiça e mesmo a remanescentes dos extintos cataguás, foram se homiziando em certos pontos da "Picada de Goiás". Essas quadrilhas perigosas, sucursais dos quilombolas do Rio das Mortes, assaltavam transeuntes e os deixavam mortos no fundo dos boqueirões e perambeiras, depois de pilhar o que conduziam. Roubavam tudo. Boiadas. Tropas. Dinheiro. Cargueiros de mercadorias vindos da Corte (Rio de Janeiro). E até os próprios comboios de escravos, matando os comboeiros e libertando os negros trelados. E com isto, era mais uma súcia de bandidos a engrossar a quadrilha. E do combate a essa praga é que vai surgir a colonização do território e região."
Em 1764, o então governador de Minas Luís Diogo Lobo da Silva, parte em viagem pelo centro-oeste e sudoeste do atual estado, passando por Itapecerica (à época Tamanduá), pela Fazenda do Pouso Alegre e pelo Quilombo de Formiga, onde residia sesmeiro, Antônio José, o Torto, sob o comando do qual criou uma Esquadra de Cavalaria Auxiliar. Dali, prosseguiu sua viagem de 365 léguas visando a consolidar o abocanhamento do atual Sudoeste de Minas que, até 1748, pertencera à extinta Capitania de São Paulo.
Objetivando desenvolver os povoados da região, a fim de diminuir o número de pessoas desocupadas no estado, ele convida Inácio Correia Pamplona para se instalar na região. Em 1767, o governador concede a Inácio Correia Pamplona e seus acompanhantes 20 sesmarias na região. A de Inácio, posteriormente, deu origem ao município de Bambuí. A região, que mais tarde se tornaria os município de Formiga e Córrego Fundo, foi entregue a Domingos Antônio da Silveira.
Entre a concessão das 25 semarias da Picada de Goiás e a concessão das 20 sesmarias por Luís Diogo Lobo da Silva; houve a abertura de mais uma picada entre Tamaduá e Piumhi. Essa picada, visava um encurtamento de caminho entre os povoados. Esse caminho, que foi aberto pelos primos Estanislau de Toledo Pisa e Feliciano Cardoso de Camargos, seguia um antigo caminho feito por índios e escravos fugidos. A Picada de Tamanduá a Piumí, como ficou conhecida, foi a que deu origem ao povoamento de Formiga.
A origem do nome
Segundo a tradição popular, o nome da cidade surgiu graças à denominação dada ao rio que a corta. Conta-se que um grupo de tropeiros passando pelo caminho, resolve fazer paragem à beira do rio. Durante a noite, seu carregamento de açúcar é atacado por formigas. Dado esse episódio, resolveram nomear o rio de Rio Formiga.
A origem do nome também é atribuída a Inácio Correia Pamplona, que equiparou os penedos da região, aos Ilhéus das Formigas, nos Açores.
A versão histórica mais aceitável, é que a origem do nome da cidade é proveniente dos índios e escravos fugidos que passavam pelo local. Considerando que a Picada de Tamandua a Piumí visava a redução do caminho, é de se pensar que havia trânsito constante também de índios e escravos fugidos pelo caminho. Foram estes então, que deram nome ao rio que, posteriormente, deu nome ao povoado que se ergueu.
Padre Doutor Salvador
Natural de São João del-Rei, Salvador Godoy dos Passos, nascido em 1734, veio ainda moço para Formiga. O título de Padre Doutor deve-se ao seu comércio de boticário no arraial. Figura histórica ilustre no município, seus restos mortais foram sepultados na ainda Igreja de São Vicente Ferrer, aonde serviu como padre durante muitos anos.
Caso o padre boticário citado por Saint-Hilaire fosse o Padre Doutor, este, em 1819, estaria com 85 anos de idade, fato que jamais deixaria de ser mencionado pelo ateciosíssimo sábio francês. Realmente, segundo concluiu o Historiador de Formiga, Dr. Leopoldo Corrêa, "nada provava (ou prova) ser o padre de nossas pesquisas". Anotou, ainda, que o Padre Doutor, cujo nome completo era Salvador Pais Godoi dos Passos, era mencionado em documentos como "Revmo. Dr.", ou seja, reverendíssimo doutor. E ele era mesmo formado em Cânones, ou seja, era mais que um bacharel em Direito, por isto, o seu título de Doutor. Convidado pelo Padre Gaspar Alves Gondin, vigário de Tamanduá, para ser capelão de Formiga, foi também o primeiro juiz de sesmarias da Comarca do Rio das Mortes na região de Formiga-MG, Cristais-MG e Candeias-MG. Segundo o Historiador José Gomides Borges, de Candeias-MG,o Padre Doutor, foi o Juiz de Sesmarias que demarcou judicialmente a Sesmaria do Capitão Domingos Rodrigues Lima Tendais, o primeiro sesmeiro da atual cidade Candeias, em 1 de setembro de 1766.
Antes da Demarcação Judicial da Sesmaria de Candeias, o Padre Doutor, demarcara uma outra, a mais antiga da região: A Sesmaria do Quilombo do Ambrósio, nome oficial com que datou todos os atos judiciais que praticou no processo da demarcação da sesmaria de Constantino Barbosa da Cunha, o primeiro sesmeiro da atual cidade de Cristais, concluído em 2 de julho de 1766, como provou documentalmente o Historiador Tarcísio José Martins, no site Mgquilombo, com tombamento oficial da toponímia "Primeira Povoação do Ambrósio" pela Lei Municipal nº 1.504 de 10/11/2009, aprovada pelo Poder Legislativo, sancionada e promulgada pelo Poder Executivo dessa vizinha cidade. Esse fato é a prova final de que o Quilombo do Ambrósio atacado em 1746 pelos capitães Antônio João de Oliveira e Manuel de Sousa Portugal, ficava mesmo em território da atual Cristais-MG.
O Padre Doutor nasceu em São João Del Rei, mas era filho de pais paulistas. Faleceu com testamento redigido aos 12 de dezembro de 1812 e aberto aos 22 de junho de 1814. Sem herdeiros necessários, deixou legados para vários irmãos e sobrinhos, bem como, para a Capela. Um povoado do município, na zona rural, leva seu nome.
Vila Nova da Formiga
Pela Lei Provincial n.º 134, de 16 de março de 1839, o distrito foi elevado à categoria de vila. Sua instalação se deu em 29 de setembro de 1939 .
Como já existia uma Vila das Formigas, Cônego Manuel Júlio de Miranda, sugere o nome Vila Nova da Formiga. O que é acatado por todos.
História
Os primeiros registros de desbravamento da região são relacionados à criação da Picada de Goiás, em 1737. Também chamada de Caminho de Goiás, era uma das Estradas Reais, que ligavam minas e permitiam explorar e escoar o ouro. Com o tempo, a Coroa proibiu, sob pena de morte, a criação de caminhos que levassem às minas. A Picada de Goiás ligava São João del-Rei ao rio São Francisco.
Até 1748, Goiás era uma simples comarca da capitania de São Paulo. Em 1744, os portugueses da comarca de São João del-Rei, a mando de Gomes Freire, tomaram da Vila de Pitangui, comarca de Sabará, o Arraial do Tamanduá. [carece de fontes] Dali para frente, até o rio São Francisco, tudo ficava "entre a capitania de Minas Gerais e de Goiás", inclusive o Quilombo do Ambrósio, que, conforme sempre afirmou o historiador Leopoldo Corrêa, ficava ao norte da atual Cristais-MG. A capitania de São Paulo foi extinta em 1748, quando passou a ser subordinada à do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, foram criadas as capitanias de Goiás e de Mato Grosso.
Nessa ocasião, Gomes Freire usurpou da extinta São Paulo o que é o atual Sudoeste de Minas Gerais. Contudo, ele não teve o mesmo êxito na tentativa de agregar o Triângulo, então goiano, à capitania mineira. Inconformado por não ter conseguido destruir os quilombos em 1746 — o que causou a extinção do imposto de capitação —, Gomes Freire mandou invadir, em 1759, o Triângulo e subjugar os rebeldes do Sudoeste.
Desse modo, Inácio Correia Pamplona, segundo ele mesmo declarou em processo de justificação de 1803, foi contratado pelo próprio Gomes Freire para continuar a empreitada de tomar de Goiás o atual Triângulo Mineiro, o que teria feito a partir de 1766, passando sempre, no seu ir e vir, por Formiga e região (como consta no diário e roteiro da suposta expedição que, em 1769, empreendeu a mando do conde Valadares). Desde então, Inácio Correia Pamplona passou a parasitar política e administrativamente toda a região, sempre tentando distorcer os fatos de maneira a puxar, para a sua história, fatos e feitos de outras pessoas, como Antônio João de Oliveira, Bartolomeu Bueno do Prado, Inácio de Oliveira Campos, João de Godoy Pinto da Silveira e muitos outros.
Com o passar do tempo, vários sesmeiros começaram a se instalar pelo caminho, dando origem a diversas fazendas. Foram concedidas 25 sesmarias aos desbravadores, para que pudessem desenvolver a região. Com a instalação dessas fazendas, também deu-se início à fuga de escravos. Registra-se, à época, uma carta a D. Maria I relatando a imensa quantidade de escravos fugidos na região. Houve várias expedições para capturar os fugitivos e destruir os quilombos formados. A mais célebre, registrada em documentos da época, foi a investida do capitão Manoel de Sousa Portugal contra o Quilombo do Ambrósio.
A respeito do Quilombo do Ambrósio e os demais quilombos da Caminho de Goiás, Luiz Gonzaga da Fonseca, em "História de Oliveira", narra os ataques dos quilombolas:
"Não há dúvida que esta invasão negra fora provocada por aquele escandalosa transitar pela picada, e que pegou a dar na vista demais. Goiás era uma Canaã. Voltavam ricos os que tinham ido pobres. Iam e viam mares de aventureiros. Passavam boiadas e tropas. Seguiam comboios de escravos. Cargueiros intérminos, carregados de mercadorias, bugigangas, miçangas, tapeçarias e sal. Diante disso, negros foragidos de senzalas e de comboios em marcha, unidos a prófugos da justiça e mesmo a remanescentes dos extintos cataguás, foram se homiziando em certos pontos da "Picada de Goiás". Essas quadrilhas perigosas, sucursais dos quilombolas do Rio das Mortes, assaltavam transeuntes e os deixavam mortos no fundo dos boqueirões e perambeiras, depois de pilhar o que conduziam. Roubavam tudo. Boiadas. Tropas. Dinheiro. Cargueiros de mercadorias vindos da Corte (Rio de Janeiro). E até os próprios comboios de escravos, matando os comboeiros e libertando os negros trelados. E com isto, era mais uma súcia de bandidos a engrossar a quadrilha. E do combate a essa praga é que vai surgir a colonização do território e região."
Em 1764, o então governador de Minas Luís Diogo Lobo da Silva, parte em viagem pelo centro-oeste e sudoeste do atual estado, passando por Itapecerica (à época Tamanduá), pela Fazenda do Pouso Alegre e pelo Quilombo de Formiga, onde residia sesmeiro, Antônio José, o Torto, sob o comando do qual criou uma Esquadra de Cavalaria Auxiliar. Dali, prosseguiu sua viagem de 365 léguas visando a consolidar o abocanhamento do atual Sudoeste de Minas que, até 1748, pertencera à extinta Capitania de São Paulo.
Objetivando desenvolver os povoados da região, a fim de diminuir o número de pessoas desocupadas no estado, ele convida Inácio Correia Pamplona para se instalar na região. Em 1767, o governador concede a Inácio Correia Pamplona e seus acompanhantes 20 sesmarias na região. A de Inácio, posteriormente, deu origem ao município de Bambuí. A região, que mais tarde se tornaria os município de Formiga e Córrego Fundo, foi entregue a Domingos Antônio da Silveira.
Entre a concessão das 25 semarias da Picada de Goiás e a concessão das 20 sesmarias por Luís Diogo Lobo da Silva; houve a abertura de mais uma picada entre Tamaduá e Piumhi. Essa picada, visava um encurtamento de caminho entre os povoados. Esse caminho, que foi aberto pelos primos Estanislau de Toledo Pisa e Feliciano Cardoso de Camargos, seguia um antigo caminho feito por índios e escravos fugidos. A Picada de Tamanduá a Piumí, como ficou conhecida, foi a que deu origem ao povoamento de Formiga.
A origem do nome
Segundo a tradição popular, o nome da cidade surgiu graças à denominação dada ao rio que a corta. Conta-se que um grupo de tropeiros passando pelo caminho, resolve fazer paragem à beira do rio. Durante a noite, seu carregamento de açúcar é atacado por formigas. Dado esse episódio, resolveram nomear o rio de Rio Formiga.
A origem do nome também é atribuída a Inácio Correia Pamplona, que equiparou os penedos da região, aos Ilhéus das Formigas, nos Açores.
A versão histórica mais aceitável, é que a origem do nome da cidade é proveniente dos índios e escravos fugidos que passavam pelo local. Considerando que a Picada de Tamandua a Piumí visava a redução do caminho, é de se pensar que havia trânsito constante também de índios e escravos fugidos pelo caminho. Foram estes então, que deram nome ao rio que, posteriormente, deu nome ao povoado que se ergueu.
Padre Doutor Salvador
Natural de São João del-Rei, Salvador Godoy dos Passos, nascido em 1734, veio ainda moço para Formiga. O título de Padre Doutor deve-se ao seu comércio de boticário no arraial. Figura histórica ilustre no município, seus restos mortais foram sepultados na ainda Igreja de São Vicente Ferrer, aonde serviu como padre durante muitos anos.
Caso o padre boticário citado por Saint-Hilaire fosse o Padre Doutor, este, em 1819, estaria com 85 anos de idade, fato que jamais deixaria de ser mencionado pelo ateciosíssimo sábio francês. Realmente, segundo concluiu o Historiador de Formiga, Dr. Leopoldo Corrêa, "nada provava (ou prova) ser o padre de nossas pesquisas". Anotou, ainda, que o Padre Doutor, cujo nome completo era Salvador Pais Godoi dos Passos, era mencionado em documentos como "Revmo. Dr.", ou seja, reverendíssimo doutor. E ele era mesmo formado em Cânones, ou seja, era mais que um bacharel em Direito, por isto, o seu título de Doutor. Convidado pelo Padre Gaspar Alves Gondin, vigário de Tamanduá, para ser capelão de Formiga, foi também o primeiro juiz de sesmarias da Comarca do Rio das Mortes na região de Formiga-MG, Cristais-MG e Candeias-MG. Segundo o Historiador José Gomides Borges, de Candeias-MG,o Padre Doutor, foi o Juiz de Sesmarias que demarcou judicialmente a Sesmaria do Capitão Domingos Rodrigues Lima Tendais, o primeiro sesmeiro da atual cidade Candeias, em 1 de setembro de 1766.
Antes da Demarcação Judicial da Sesmaria de Candeias, o Padre Doutor, demarcara uma outra, a mais antiga da região: A Sesmaria do Quilombo do Ambrósio, nome oficial com que datou todos os atos judiciais que praticou no processo da demarcação da sesmaria de Constantino Barbosa da Cunha, o primeiro sesmeiro da atual cidade de Cristais, concluído em 2 de julho de 1766, como provou documentalmente o Historiador Tarcísio José Martins, no site Mgquilombo, com tombamento oficial da toponímia "Primeira Povoação do Ambrósio" pela Lei Municipal nº 1.504 de 10/11/2009, aprovada pelo Poder Legislativo, sancionada e promulgada pelo Poder Executivo dessa vizinha cidade. Esse fato é a prova final de que o Quilombo do Ambrósio atacado em 1746 pelos capitães Antônio João de Oliveira e Manuel de Sousa Portugal, ficava mesmo em território da atual Cristais-MG.
O Padre Doutor nasceu em São João Del Rei, mas era filho de pais paulistas. Faleceu com testamento redigido aos 12 de dezembro de 1812 e aberto aos 22 de junho de 1814. Sem herdeiros necessários, deixou legados para vários irmãos e sobrinhos, bem como, para a Capela. Um povoado do município, na zona rural, leva seu nome.
Vila Nova da Formiga
Pela Lei Provincial n.º 134, de 16 de março de 1839, o distrito foi elevado à categoria de vila. Sua instalação se deu em 29 de setembro de 1939 .
Como já existia uma Vila das Formigas, Cônego Manuel Júlio de Miranda, sugere o nome Vila Nova da Formiga. O que é acatado por todos.
Emancipação
Em 6 de junho de 1858, através da Lei provincial 880, Vila Nova de Formiga é elevada a município, com o nome de Formiga.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Divinópolis e Imediata de Formiga. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Formiga, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Oeste de Minas.
Rios e Lagoas
Além de ser banhado pelo lago de Furnas, o Município de Formiga possui os seguintes rios e lagoas:
- Rios: Formiga, Mata Cavalo, Pouso Alegre, Lambari, Santana.
- Lagoas: Fundão, Timboré, Tabuões, Neves, Campo do Pasto e Lagoa do Josino.
Clima
Segundo dados da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no município, em operação desde agosto de 2006, a menor temperatura registrada em Formiga foi 3,6 °C em 5 de agosto de 2011 e a maior atingiu 37,8 °C em 3 de outubro de 2020. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 134,8 milímetros (mm) em 6 de março de 2011.
Turismo
O município faz parte do circuito turístico Grutas e Mar de Minas.[34]
Pontos turísticos
Formiga tem como principais pontos turísticos: Igreja Matriz São Vicente Ferrer; Museu Municipal; Monumento do Cristo Redentor; Parque Municipal Dr. Leopoldo Corrêa; Terminal Rodoviário; Praça da Bomba; Horto Florestal; Lago de Furnas (Balnerários); Centro de Artesanato; Cachoeiras e Lagoas.
Museu Histórico Municipal
O Museu Histórico Municipal Francisco Fonseca foi inaugurado em 5 de junho de 2003, na gestão do prefeito Juarez Carvalho. Ele tem exercido as funções de guardar e preservar a cultura, material de diversas famílias que residem em Formiga ao longo de sua história, interagindo com a comunidade.
Em 20 de abril de 1908, inaugurou-se com grande festa, o trecho da via férrea denominada Linha Tronco entre Formiga e Arcos, da Estrada de Ferro Oeste de Minas e ponto inicial da Estrada de Ferro Goiás. Nesta época foi também construída a Estação Ferroviária de Formiga, que durante várias décadas foi ponto central do município, responsável pelo escoamento de seus produtos para todo o país e por onde chegaram vários passageiros de várias as gerações, que fizeram história e o desenvolvimento do município.
No início dos anos 80, com o desenvolvimento da indústria automobilística, a Estação Ferroviária foi desativada para o transporte de passageiros, com a ferrovia estando restrita ao transporte de cargas. Chegando aos anos 90, o prédio já estava em estado irregular de conservação. No dia 27 de março o Prédio foi completamente restaurado à população formiguense, no qual hoje se encontra o Museu Municipal de Formiga, com todas as dependências reformadas, móveis funcionais e, principalmente, mantendo as características originais, que fizeram do local um dos pontos mais tradicionais de nosso município e onde se encontra também um "vagão" que foi reformado e funciona agora uma Biblioteca Pública.
Atualmente o museu dispõe de um acervo de cerca de 1.000 peças.
Seu espaço é dividido em exposição permanente e temporária e são realizados todo ano.
O museu está cadastrado no Museu de Estado de MG, SBM - Sistema Brasileiro de Museus e na Associação Brasileira de Museologia.
Igreja São Vicente Ferrer
A Igreja Matriz de São Vicente Férrer é uma obra do séc. XVIII. Em 1749, iniciou-se sua construção, quando ainda era a Primeira Capela do município de Formiga. Em 1765, é concluída a primeira fase de sua construção. Em 1873, foi feita uma ampliação, construindo o altar-mor, onde está localizada a imagem do padroeiro São Vicente Férrer. Sua construção é de adobe, toras de aroeira e o alicerce em grandes blocos de pedra. O seu estilo arquitetônico sofreu influências dos períodos Barroco e Rococó. A sua construção foi na transição destes períodos. Entalhes e pinturas originais de seus altares foram trabalhos de Ângelo Pagnaco, artista veneziano, que foi auxiliado por artistas e artesãos do município.[38]
A 14 de julho de 1.832, o Decreto da Regência elevava à Paróquia diversos Curatos da Província de Minas Gerais, dentre eles o de Formiga. É importante salientar que nesse período vigorava no Império do Brasil o regime do Padroado, esse regime facultava ao soberano o direito de: criar dioceses, paróquias e também escolher os bispos. O decreto de criação da Paróquia São Vicente Férrer dizia: “A Regência, em nome do Imperador o Senhor D. Pedro II, tem sancionado, e manda que se execute a Resolução seguinte da Assembleia Geral da Província de Minas Gerais. Província de Minas Gerais Resolução seguinte da Assembleia Geral da Província de Minas Gerais: (...) Art. 8º – O Curato de Formiga do Tamanduá,” (Excerto do Decreto da Regência Imperial). É importante destacar que tanto a provisão da capela, nos idos de 1.765 quanto na criação da paróquia houve por parte das autoridades eclesiásticas de São Bento do Tamanduá (Itapecerica), certa resistência, e não fosse a disposição dos moradores do sítio de São Vicente Férrer da Formiga, os processos teriam se arrastado ainda mais. Segundo alguns historiadores o processo para a ereção da paróquia se arrastou de 1.814 a 1.832.
Além da suntuosidade de seus altares, a igreja possui um órgão de rara beleza. Em 1937, o Sr.Franz Stangelerger, sobrinho-neto de Schubert fez vir da Alemanha um órgão com 958 tubos, sendo o 5º maior do Brasil. O órgão se encontra na Matriz São Vicente Ferrer, e foi construído, todo em madeira, da Fazenda Bela Vista, de País, doada pelo Sr. Franz.
Curiosidades
- Em 1907, chegava a Formiga a energia elétrica, através da Usina da Charqueada. A Usina do rio Pouso Alegre data de 1923, a Usina do Ribeirão dos Monteiros de 1955 e a CEMIG, até hoje utilizada, veio para Formiga em 1961.
- Em 20 de abril de 1908, inaugura-se, com grande festa, o trecho da via férrea entre Formiga e Arcos, da Companhia da Estrada de Ferro de Minas, e ponto inicial da Estrada de Ferro Goiás.
- Em 6 de junho de 1908, é fundada a Corporação Musical São Vicente Férrer, iniciativa dos trabalhadores da recém inaugurada ferrovia.
- Em 1918, inaugurava-se o Grupo Escolar Rodolfo Almeida. Sua criação se deu pelo Decreto no 3.937, de 10 de julho de 1913, e foi a primeira escola pública a se instalar em Formiga, mais de 60 anos após a emancipação político-administrativa do Município.
- Em 1927, era finalmente inaugurada a agência dos Correios e Telégrafos em Formiga, (o serviço teve início em Minas Gerais em janeiro de 1798), embora desde 1840, através de decreto editado em 7 de março, funcionasse precariamente na Vila Nova da Formiga.
- Em 1928, era inaugurada a Escola Normal Estadual (atual Escola Estadual Jalcira Santos Valadão).
- Ninguém poderia fazer a história de Formiga, silenciando D. Ana Jacinta de S.José ou melhor (D.Beja). Em seu testamento gentilmente mostrado por Pedro Afonseca e Silva a Dr. Leopoldo Corrêa, médico e escritor formiguense, D.Beja declara ser da cidade de Formiga, filha natural de Maria Bernardo dos Santos.
- Formiga foi também pioneira, em toda a América do Sul, na utilização de um aparelho de Raio X, como método de diagnóstico. Em 1895, o médico mineiro José Carlos Ferreira Pires soube dos Raios X ao ler uma revista alemã e acabou encomendando um aparelho. O Raio X foi embarcado para o Brasil e chegou a Formiga em lombo de burro e carro de boi.
- Nomes que Formiga já teve: Sítio ou Rancho de Formiga; Arraial de São Vicente Férrer; e Vila Nova de Formiga.
- Formiga é conhecida como a cidade das "Areias Brancas" e "Princesa d'Oeste".
Referência para o texto: Wikipédia.
Em 6 de junho de 1858, através da Lei provincial 880, Vila Nova de Formiga é elevada a município, com o nome de Formiga.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Divinópolis e Imediata de Formiga. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Formiga, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Oeste de Minas.
Rios e Lagoas
Além de ser banhado pelo lago de Furnas, o Município de Formiga possui os seguintes rios e lagoas:
- Rios: Formiga, Mata Cavalo, Pouso Alegre, Lambari, Santana.
- Lagoas: Fundão, Timboré, Tabuões, Neves, Campo do Pasto e Lagoa do Josino.
Clima
Segundo dados da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no município, em operação desde agosto de 2006, a menor temperatura registrada em Formiga foi 3,6 °C em 5 de agosto de 2011 e a maior atingiu 37,8 °C em 3 de outubro de 2020. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 134,8 milímetros (mm) em 6 de março de 2011.
Turismo
O município faz parte do circuito turístico Grutas e Mar de Minas.[34]
Pontos turísticos
Formiga tem como principais pontos turísticos: Igreja Matriz São Vicente Ferrer; Museu Municipal; Monumento do Cristo Redentor; Parque Municipal Dr. Leopoldo Corrêa; Terminal Rodoviário; Praça da Bomba; Horto Florestal; Lago de Furnas (Balnerários); Centro de Artesanato; Cachoeiras e Lagoas.
Museu Histórico Municipal
O Museu Histórico Municipal Francisco Fonseca foi inaugurado em 5 de junho de 2003, na gestão do prefeito Juarez Carvalho. Ele tem exercido as funções de guardar e preservar a cultura, material de diversas famílias que residem em Formiga ao longo de sua história, interagindo com a comunidade.
Em 20 de abril de 1908, inaugurou-se com grande festa, o trecho da via férrea denominada Linha Tronco entre Formiga e Arcos, da Estrada de Ferro Oeste de Minas e ponto inicial da Estrada de Ferro Goiás. Nesta época foi também construída a Estação Ferroviária de Formiga, que durante várias décadas foi ponto central do município, responsável pelo escoamento de seus produtos para todo o país e por onde chegaram vários passageiros de várias as gerações, que fizeram história e o desenvolvimento do município.
No início dos anos 80, com o desenvolvimento da indústria automobilística, a Estação Ferroviária foi desativada para o transporte de passageiros, com a ferrovia estando restrita ao transporte de cargas. Chegando aos anos 90, o prédio já estava em estado irregular de conservação. No dia 27 de março o Prédio foi completamente restaurado à população formiguense, no qual hoje se encontra o Museu Municipal de Formiga, com todas as dependências reformadas, móveis funcionais e, principalmente, mantendo as características originais, que fizeram do local um dos pontos mais tradicionais de nosso município e onde se encontra também um "vagão" que foi reformado e funciona agora uma Biblioteca Pública.
Atualmente o museu dispõe de um acervo de cerca de 1.000 peças.
Seu espaço é dividido em exposição permanente e temporária e são realizados todo ano.
O museu está cadastrado no Museu de Estado de MG, SBM - Sistema Brasileiro de Museus e na Associação Brasileira de Museologia.
Igreja São Vicente Ferrer
A Igreja Matriz de São Vicente Férrer é uma obra do séc. XVIII. Em 1749, iniciou-se sua construção, quando ainda era a Primeira Capela do município de Formiga. Em 1765, é concluída a primeira fase de sua construção. Em 1873, foi feita uma ampliação, construindo o altar-mor, onde está localizada a imagem do padroeiro São Vicente Férrer. Sua construção é de adobe, toras de aroeira e o alicerce em grandes blocos de pedra. O seu estilo arquitetônico sofreu influências dos períodos Barroco e Rococó. A sua construção foi na transição destes períodos. Entalhes e pinturas originais de seus altares foram trabalhos de Ângelo Pagnaco, artista veneziano, que foi auxiliado por artistas e artesãos do município.[38]
A 14 de julho de 1.832, o Decreto da Regência elevava à Paróquia diversos Curatos da Província de Minas Gerais, dentre eles o de Formiga. É importante salientar que nesse período vigorava no Império do Brasil o regime do Padroado, esse regime facultava ao soberano o direito de: criar dioceses, paróquias e também escolher os bispos. O decreto de criação da Paróquia São Vicente Férrer dizia: “A Regência, em nome do Imperador o Senhor D. Pedro II, tem sancionado, e manda que se execute a Resolução seguinte da Assembleia Geral da Província de Minas Gerais. Província de Minas Gerais Resolução seguinte da Assembleia Geral da Província de Minas Gerais: (...) Art. 8º – O Curato de Formiga do Tamanduá,” (Excerto do Decreto da Regência Imperial). É importante destacar que tanto a provisão da capela, nos idos de 1.765 quanto na criação da paróquia houve por parte das autoridades eclesiásticas de São Bento do Tamanduá (Itapecerica), certa resistência, e não fosse a disposição dos moradores do sítio de São Vicente Férrer da Formiga, os processos teriam se arrastado ainda mais. Segundo alguns historiadores o processo para a ereção da paróquia se arrastou de 1.814 a 1.832.
Além da suntuosidade de seus altares, a igreja possui um órgão de rara beleza. Em 1937, o Sr.Franz Stangelerger, sobrinho-neto de Schubert fez vir da Alemanha um órgão com 958 tubos, sendo o 5º maior do Brasil. O órgão se encontra na Matriz São Vicente Ferrer, e foi construído, todo em madeira, da Fazenda Bela Vista, de País, doada pelo Sr. Franz.
Curiosidades
- Em 1907, chegava a Formiga a energia elétrica, através da Usina da Charqueada. A Usina do rio Pouso Alegre data de 1923, a Usina do Ribeirão dos Monteiros de 1955 e a CEMIG, até hoje utilizada, veio para Formiga em 1961.
- Em 20 de abril de 1908, inaugura-se, com grande festa, o trecho da via férrea entre Formiga e Arcos, da Companhia da Estrada de Ferro de Minas, e ponto inicial da Estrada de Ferro Goiás.
- Em 6 de junho de 1908, é fundada a Corporação Musical São Vicente Férrer, iniciativa dos trabalhadores da recém inaugurada ferrovia.
- Em 1918, inaugurava-se o Grupo Escolar Rodolfo Almeida. Sua criação se deu pelo Decreto no 3.937, de 10 de julho de 1913, e foi a primeira escola pública a se instalar em Formiga, mais de 60 anos após a emancipação político-administrativa do Município.
- Em 1927, era finalmente inaugurada a agência dos Correios e Telégrafos em Formiga, (o serviço teve início em Minas Gerais em janeiro de 1798), embora desde 1840, através de decreto editado em 7 de março, funcionasse precariamente na Vila Nova da Formiga.
- Em 1928, era inaugurada a Escola Normal Estadual (atual Escola Estadual Jalcira Santos Valadão).
- Ninguém poderia fazer a história de Formiga, silenciando D. Ana Jacinta de S.José ou melhor (D.Beja). Em seu testamento gentilmente mostrado por Pedro Afonseca e Silva a Dr. Leopoldo Corrêa, médico e escritor formiguense, D.Beja declara ser da cidade de Formiga, filha natural de Maria Bernardo dos Santos.
- Formiga foi também pioneira, em toda a América do Sul, na utilização de um aparelho de Raio X, como método de diagnóstico. Em 1895, o médico mineiro José Carlos Ferreira Pires soube dos Raios X ao ler uma revista alemã e acabou encomendando um aparelho. O Raio X foi embarcado para o Brasil e chegou a Formiga em lombo de burro e carro de boi.
- Nomes que Formiga já teve: Sítio ou Rancho de Formiga; Arraial de São Vicente Férrer; e Vila Nova de Formiga.
- Formiga é conhecida como a cidade das "Areias Brancas" e "Princesa d'Oeste".
Referência para o texto: Wikipédia.