quinta-feira, 27 de junho de 2024

SÃO MATEUS DO SUL - PARANÁ

São Mateus do Sul é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2022, era de 42.358 habitantes.
História
O povoado de São Mateus do Sul surgiu como pouso e setor de apoio às bandeiras militares lançadas pelo governador da capitania de São Paulo, Dom Luiz de Souza Botelho e Mourão, visando a conquista de Guarapuava. Foi o Tenente Bruno da Costa Filgueiras, chefe da Quarta Expedição, com 25 homens, que se destinava a Tibagi, quem primeiro pisou nas terras de São Mateus do Sul, em 1769. O primeiro assentamento humano estabelecido nessas terras foi constituído em 1877.
Posteriormente tentou-se formar uma colônia de imigrantes espanhóis que, por não se adaptarem à região, dispersaram-se, à exceção de alguns poucos remanescentes. Em 1855, chegaram os alemães, atraídos pela notícia da existência de petróleo na região, entre eles Rudolph Wolff e Gustavo Frederico Thenius. Inicialmente, a colônia recebeu o nome de Porto Santa Maria, em homenagem à protetora das esposas e filhos dos fundadores. Mais tarde, foi denominada Maria Augusta, em honra à esposa do engenheiro-chefe José Carvalho Sobrinho, um dos administradores da nova colônia. Finalmente, recebeu o nome de São Mateus.
Em 1890, chefiados por Sebastião Edmundo Wos-Saporski, chegaram os poloneses, em número de 2000 famílias, estabelecendo-se nas colônias Iguaçu, Canoas, Cachoeira, Taquaral, Água Branca e Rio Claro (hoje município de Mallet). No início a economia da colônia baseava-se na agricultura e no extrativismo, principalmente da madeira e erva-mate, principais riquezas da região. Com o advento da navegação a vapor no Rio Iguaçu, São Mateus transformou-se no mais importante porto e centro comercial da região e tornou-se município pela lei 763 do dia 2 de abril de 1908, sendo instalado oficialmente em 21 de setembro do mesmo ano. Em 1909 foi constituído em Termo Judiciário e, em 1912, em Cabeça de Comarca, sendo a sua sede elevada à categoria de cidade. A partir de 1943, por decreto estadual, o município passou a chamar-se São Mateus do Sul.
Com o final do ciclo da navegação do Rio Iguaçu, nos anos 1950, iniciou-se um período de estagnação econômica que atingiu toda a região sul. A retomada do crescimento ocorreu no final da década de 1960, quando a Petrobras decidiu implantar uma usina experimental para o aproveitamento do xisto existente no município. Com a exploração industrial desse minério, São Mateus do Sul recebeu um grande impulso em seu desenvolvimento industrial. O município conta hoje com mais de 40 mil habitantes, a maioria descendente dos imigrantes poloneses do século XIX, sendo um dos 40 municípios mais populosos do estado.
Em novembro de 2021 foi cooficializada a língua polonesa no município.
Geografia
São Mateus do Sul tem uma área de 1.342,633 km², tendo sua população estimada em mais de 40 mil habitantes. Estima-se que a maioria, cerca de 58% vivem na sede urbana e 42% na área rural, distribuídos em cerca de 5 mil pequenas propriedades. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, o município possuiu mais de 29 mil eleitores.
São Mateus do Sul faz limites com as cidades de Antonio Olinto, São João do Triunfo, Mallet, Paulo Frontin, Rebouças e Rio Azul, no estado do Paraná; e com Canoinhas e Três Barras, no estado de Santa Catarina.
A água é abundante no município, cortado pelos rios Iguaçu e Potinga, e banhado ao sul pelo Negro, na fronteira com Santa Catarina. O clima do município é descrito como subtropical úmido mesotérmico, tendo seus verões frescos, invernos com ocorrência de geadas severas e frequentes.
A área do município é coberta ainda, em mais de 50%, por vegetação original da mata atlântica. A sede do município está a uma distância de 150 km de Curitiba, 120 km de Ponta Grossa, 90 km de União da Vitória e 240 km do Porto de Paranaguá.
Clima
Em São Mateus do Sul, o verão é longo, morno e úmido; o inverno é curto e ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 10 °C a 29 °C e raramente é inferior a 4 °C ou superior a 32 °C.
Baseado no índice de turismo, as melhores épocas do ano para visitar São Mateus do Sul e realizar atividades de clima quente são do início de março ao meio de maio e do fim de outubro ao meio de dezembro.
A estação morna permanece por 4,0 meses, de 24 de novembro a 26 de março, com temperatura máxima média diária acima de 27 °C. O mês mais quente do ano em São Mateus do Sul é janeiro, com a máxima de 29 °C e mínima de 19 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,9 meses, de 13 de maio a 8 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 22 °C. O mês mais frio do ano em São Mateus do Sul é julho, com a mínima de 10 °C e máxima de 21 °C, em média.
Economia
À margem do Rio Iguaçu, a cidade que foi de extrema importância comercial no período de navegação a vapor, hoje ostenta belas referências culturais polonesas, além de se destacar no plantio de erva-mate e exploração industrial do Xisto.
A produção agropecuária e cerca de 100 indústrias nos mais diversos ramos movimentam a economia da cidade. A indústria ervateira destaca-se nesse meio por ter 50% de sua área florestal e ervais nativos ainda preservados, sendo a cidade uma das maiores produtoras do Paraná.
Situado ao sul do estado, distante 140 quilômetros da capital Curitiba, o município de São Mateus do Sul destaca-se na área industrial, pela usina de xisto da Petrobras, uma inesgotável fonte de insumos energéticos e matérias primas (óleo, nafta, gás industrial e enxofre) para os mais diversos setores da indústria e pela produção de revestimentos cerâmicos de alta qualidade, produzidos pela Incepa.
O município conta hoje com cerca de 100 indústrias nos mais diversos ramos. A indústria ervateira é outra atividade de destaque, demonstrando o interesse do mercado na erva-mate (utilizada principalmente para chás e chimarrão) do município, que é considerado um dos maiores produtores brasileiros, com 50% de sua área de florestas e ervais nativos ainda preservados. As empresas de maior destaque são: Baldo S/A, Vier, Elizabeth, Maracanã, São Mateus e Rei Verde. São Mateus do Sul é o município com o maior volume de erva-mate extrativa, concentrando 17,8% do total nacional. Só a produção concentrada no município de São Mateus do Sul supera toda a produção do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A erva-mate cultivada na região de São Mateus do Sul possui reconhecimento de indicação de procedência, com critérios de qualidade específicos, que levam em consideração a genética, o cultivo, a produção e todo o processamento.
A produção agropecuária também tem uma importante participação na economia do município, registrando-se 6.300 propriedades no território municipal que é de 1.340 km2. A produção agropecuária do Município ocupa o 23º lugar no ranking estadual, segundo dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB). Destacam-se como principais produtos: batata, milho, feijão, erva-mate, soja e fumo. Suínos, bovinos e aves e seus derivados também apresentam crescimento.
Turismo
A vocação turística deriva das raízes culturais na imigração europeia de predominância polonesa, da memória do ciclo da navegação fluvial, da existência de rios e lagos e, nos seguimentos executivo e técnico, dos negócios e tecnologias ligados ao xisto. O município é detentor de Selo Turístico conferido pela EMBRATUR.
Chimarródromo
Situado na área central da cidade, o local é ponto de encontro para amigos e famílias passarem momentos agradáveis tomando um bom chimarrão.
 Casa da Memória Padre Bauer
Instalada na antiga Casa Paroquial, foi inaugurada em 1995 com o objetivo de preservar a história do povo são-matuense, através da exposição de objetos, documentos e fotografias. O prédio está localizado na Praça São José.
Igreja Matriz São Mateus
Destacando-se pela torre de aproximadamente 70 metros de altura e arquitetura no estilo gótico, a Igreja Matriz São Mateus está localizada na Praça Central da cidade. Inaugurada em 1964, tem em seu interior pinturas e quadros trazidos da antiga igreja de madeira construída pelos imigrantes poloneses.
Igreja Centenária da Água Branca
Situada na Colônia Água Branca, a igreja projetada em forma de cruz é um dos maiores legados deixados pelos imigrantes poloneses. Toda a madeira utilizada na construção foi serrada e cepilhada manualmente, tendo no altar principal a inscrição em polonês "W r. 1900 Jezus Chrystus, Bóg - Czlowiek Zyje, Króluje, Panuje ", ou seja, "Desde o ano de 1900 Jesus Cristo, Deus - Homem vive, reina, impera ". A pintura interna foi feita em 1923 por Ewaldo Ducat, de Irati, já os quadros da via-sacra e dos santos vieram da Polônia e Bélgica.
Monumento Vapor Pery
Aqui, os visitantes podem ter uma ideia de como eram os vapores usados no transporte de passageiros e cargas no Rio Iguaçu. O Vapor Pery, restaurado entre 1996 e 1997, foi lançado às águas do Iguaçu em 1912 pela firma Guiblin & Cia, juntamente com duas lanchas de grande proporção: "Cila" e "Duda". Suas máquinas tinham uma potência de 75 cavalos – vapor.
Rio Iguaçu
O rio e a ponte são o cartão-postal da cidade. Suas margens são cobertas por rica vegetação de várzea, onde se encontram várias espécies de animais e de pássaros. Já nas águas vivem peixes de diversas espécies, sendo este um ponto de encontro para pescadores nos fins de semana.
Casarões Coloniais
Vale a pena caminhar pelas ruas da cidade e conhecer os casarões em meio às construções modernas. Neles está presente a arquitetura polonesa, onde se destaca a predominância de madeira e os detalhes dos lambrequins.
Turismo Religioso
Também com traços dos imigrantes poloneses, visitar as capelas e igrejas da cidade é voltar e conhecer um pouco da cultura local.
Festas
Tradycje Polskie
O visitante que estiver pela cidade em agosto, poderá conhecer a Tradycje Polskie, festa que dura o mês inteiro e relembra as tradições polonesas. Exposições fotográficas, desfiles, apresentações folclóricas e muita comida típica são algumas das atrações que resgatam a cultura dos imigrantes.
EXPOMATE
Dentre as atividades que comemoram o aniversário da cidade, no mês de setembro é realizado a Expomate, evento que apresenta atrações como exposição de máquinas e veículos, comidas típicas, parque de diversões e shows musicais.
Feriados municipais
A Lei Municipal nº 398/67, de 12 de setembro de 1.967, define os feriados municipais:
•    15 de agosto – Padroeira do Município
•    21 de setembro – Aniversário do Município

Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Viaje Paraná .

segunda-feira, 24 de junho de 2024

JOÃO PINHEIRO - MINAS GERAIS

João Pinheiro é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população conforme censo do IBGE de 2022, era de 46.801 habitantes.
História
O processo de colonização da região, provavelmente na metade do século XVIII, ocorreu no período que antecede a descoberta do ouro nas regiões das minas com o movimento das entradas e bandeiras rumo às terras de Paracatu.
Antes da ocupação pelo homem branco, o território era habitado apenas por ameríndios (da tribo de Cataguá) e negros fugitivos das minas de Paracatu e de Goiás.
Por volta de 1818, nas proximidades das margens da Vereda da Extrema, surgiu um pequeno povoado, fundado por bandeirantes e tropeiros que buscavam a Capitania de Goiás, este foi o primeiro pouso do homem branco nestas paragens. No entanto, alguns desses aventureiros se fixaram animados pela criação de gado e pelos garimpos de diamantes, no Rio Santo Antônio. Foi uma febre e esta passou a ser a principal atividade do arraial nascente.
O povoado recebeu o nome de Santana dos Alegres, esta foi a primeira denominação do primitivo arraial pertencente ao bispado de Pernambuco - que deu origem ao município atual.
Segundo a tradição oral, um boi curraleiro muito bravo que vivia nas adjacências do local, frequentemente, ao anoitecer, ia para o arraial e lá permanecia durante toda a madrugada a mugir. O hábito daquele animal, chamado Alegre, intrigava a todos. Conta-se que esta foi a razão do nome do povoado.
Em 1873, o povoado de Santana dos Alegres foi elevado a distrito (em terras de Paracatu). Até 1902, o garimpo foi bastante explorado às margens do rio Santo Antônio e no leito de outros cursos d'água. Em 30 de agosto de 1911, Santana dos Alegres, recebeu seu nome atual, e foi-se desmembrado de Paracatu. Em 1925 foram-lhe concedidos foros de cidade e sede de município.
A cidade possui algumas festas de tradição, como é o caso da Festa do Peão de Boiadeiro, realizada em abril, o carnaval fora de época, João Pirô, realizado em outubro e a Festa da Cidade, realizada em setembro.
A padroeira da cidade é Santa Ana, cuja festa litúrgica se dá em 26 de julho.
Etimologia
O nome da cidade foi dado em homenagem ao ex-presidente do estado, João Pinheiro da Silva.
Geografia
João Pinheiro insere-se na porção noroeste de Minas Gerais. Na divisão das regiões de Minas Gerais, o município está na Região Noroeste I, enquanto pertence à Macrorregião de Planejamento VII, do mesmo nome. Nessa macrorregião, João Pinheiro localiza-se na microrregião de Paracatu, segundo a nova regionalização estabelecida pela SEPLAN-MG em 1994. Com área total de 10.727,097 km², é maior município em extensão territorial do estado de Minas Gerais. Do ponto de vista geográfico, a sede municipal situa-se a 46º10’27” de longitude oeste e 17º44’26” de latitude.
Caracterização topográfica
A compartimentação topográfica, apresentada pelo IGA para o município, revela os seguintes dados: relevo plano - 20%; ondulado - 40%; montanhoso - 40%.
Aspectos geológicos e geomorfológicos
A geologia da área estudada é marcada pela predominância quase absoluta de litótipos originários do Grupo Bambuí, onde se destacam os calcários dolomitos, ardósias, siltitos, folhetos ardosianos e margas da formação Paraopeba. Registra-se, ainda, a ocorrência de ardósias da formação Três Marias, além de depósitos areníticos, que resultam em formas de relevo com rebordos bem marcados.
São também registradas Coberturas Detríticas, caracterizadas por uma constituição areno-argilosa, sendo a primeira representada por areias finas e a segunda por argilas sílticas, localmente lateralizadas, às vezes com espessas cascalheiras como cobertura.
Do ponto de vista geomorfológico, a região insere-se na Depressão Sanfranciscana, mais precisamente numa depressão interplanáltica, onde as formas de aplainamento, superfícies levemente onduladas e pedimentos ravinados, marcam a paisagem regional.
As planícies também caracterizam a paisagem da região, podendo ser observadas, de preferência, ao longo dos principais cursos de água, antes citados.
Solos e seu potencial
Segundo o Diagnóstico Ambiental do Estado de Minas Gerais, elaborado pelo CETEC-MG em 1983, predominam na região ora em estudo a classe dos latossolos e todas as suas variações, sendo em sua maioria distróficos e álicos, distribuídos quase sempre nas superfícies tabulares ou de aplainados.
De acordo com o referido trabalho, as principais limitações ao uso agrícola destes solos são a falta de água e a baixa fertilidade natural, em especial a dos álicos, devido à toxidade provocada pelo alumínio.
Ainda segundo o mesmo documento, em geral são de solos com excelentes propriedades físicas, que surgem em grande parte em relevos adequados à mecanização e que, se devidamente trabalhados, prestam-se muito bem, por exemplo, à produção de grãos.
Na região, nota-se ainda a ocorrência de grandes áreas em que a pedogênese atuante sobre substrato arenítico gerou solos classificados como areias quartzosas. São solos pobres quimicamente, mas que vêm sendo explorados em todo o Brasil, graças às suas propriedades físicas.
No município está presente também a classe dos litólicos, que ocorrem em grandes áreas. Este tipo de solo caracteriza-se pela existência de um horizonte A, assentado diretamente sobre a rocha ou sobre materiais dela, em avançado estágio de intemperismo.
São solos rasos e encontrados em locais de intensa ação erosiva. De modo geral, apresentam fortes limitações ao uso agrícola, tendo em vista a impossibilidade de mecanização, a baixíssima fertilidade natural, a falta de água e a grande susceptibilidade à erosão, em decorrência das declividades do ambiente sobre os quais se desenvolvem.
Áreas cobertas por solos aluviais surgem ao longo dos principais cursos de água da região, o que facilita sua utilização e irrigação.
Hidrografia
A rede hidrográfica municipal integra-se indiretamente à bacia do rio São Francisco. Na localidade em estudo, os principais cursos de água são os rios da Prata, Verde, da Caatinga, do Sono e Santo Antônio, ambos afluentes pela margem direita do rio Paracatu, por sua vez afluente direto do rio São Francisco.
Clima
O clima regional é do tipo tropical típico, marcado pela ocorrência de verões quentes e úmidos e invernos frios e secos, com índice pluviométrico de 1.360 milímetros (mm). O trimestre mais chuvoso abrange os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, enquanto o mais seco se dá em junho, julho e agosto. As médias térmicas mostram máximas de 30 °C, mínimas de 18 °C e média anual de 24 °C.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 2017, a temperatura mínima absoluta registrada em João Pinheiro foi de 3,8 °C, em 23 de julho de 1973, e a máxima absoluta atingiu 39,8 °C em 6 de outubro de 2005. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 171,2 mm, em 17 de dezembro de 2011.
Vegetação
Em termos fitogeográficos, a área pertencente aos domínios municipais de João Pinheiro é ocupada por uma formação vegetal do tipo savanóide, conhecida como cerrado. Em seu interior, podem ser observados remanescentes de formações florestais, que possivelmente estão correlacionadas a manchas de solos de melhor qualidade ou à influência de microclimas mais favoráveis ao desenvolvimento de um gradiente de maior biomassa.
Além dessas formações vegetais, é comum a presença das veredas, exibindo seus portentosos buritis, em áreas geomorfologicamente deprimidas e detentoras, portanto, de maior umidade local.
Condicionada por características pedológicas ou litológicas, ocorrem também formações vegetais classificadas como caatingas.
Economia
A estratégica localização, no noroeste de Minas, na região do Urucuia, proporciona permanente intercâmbio comercial e cultural com quatro Capitais e importantes cidades da região, tanto no Triângulo como no Norte do Estado.
A economia do município gira principalmente sobre o agronegócio, com destaques para a pecuária (bovinos de leite e corte), agroflorestal e sucroalcooleiro. No setor de confecções também se concentra parte considerável da mão-de-obra da cidade.
População economicamente ativa
Conforme já mencionado, predominam em João Pinheiro as atividades primárias, em especial a agropecuária. Isso fica patente através do confronto entre os dados dos Censos Demográficos de 1970, 1980 e 1991, referentes à estrutura setorial de absorção da população economicamente ativa - PEA - do município. Ademais, observa-se uma tendência de progressiva redução de pessoas ocupadas no setor primário, em detrimento do aumento de pessoal nos outros setores, sobretudo no terciário.
Agricultura
A agricultura em João Pinheiro mostra-se complexa. Embora não seja a atividade principal do município, revela-se diversificada, variando da cultura de eucalipto, cana-de-açúcar, produção de grãos e frutas, indo até a agricultura familiar de subsistência.
A produção local de carvão iniciou-se na década de 1970, com os requerimentos crescentes de carvão pela indústria siderúrgica, que ganhava fôlego cada vez maior em Minas Gerais. Grandes extensões de terras a preços relativamente baixos, condições naturais favoráveis para o rápido crescimento do eucalipto e abundância de mão de obra barata, associadas a um amplo e arrojado programa de incentivos fiscais e subsídios para o reflorestamento promovido pelo governo central, propiciaram a expansão da atividade. Surgiram, então, os chamados maciços verticalizados, ou seja, produção florestal direto para a indústria.
Até meados dos anos 80, o ramo florestal brasileiro viveu amparado nos incentivos fiscais. Naquele período, a floresta de eucalipto era concebida exclusivamente dentro de uma perspectiva monetária, sem levar em consideração seus aspectos sociais e ambientais.
Dentre as principais empresas reflorestadoras que se instalaram em João Pinheiro destacam-se a White Martins, Companhia Mineira de Metais, ARG Mandacaru, Bandeirantes e Plantar, todas com uma extensão plantada com menos de 15 000 ha. Soma-se a elas a Vallourec Florestal (antiga Mannesmann Agro Florestal e posteriormente V & M Florestal), que possui a maioria das terras cultivadas.
Potencial mineral
De acordo com levantamentos realizados pela Companhia Mineradora de Minas Gerais - COMIG, João Pinheiro possui potencial mineral que, para ser viabilizado enquanto investimento, necessita em especial de parcerias com a iniciativa privada, dado que o ramo exige inversões de capital, em geral significativas.
Acesso e transportes
João Pinheiro é entrecortado por duas rodovias importantes: BR-040 e BR-365, além da MG-181, que fazem a ligação do município com outras partes do País, como também com outros centros importantes do Estado.
Aeroporto
O município conta com um aeroporto de pista asfaltada com 1 200 m.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 20 de junho de 2024

NOVA VENÉCIA - ESPÍRITO SANTO

Nova Venécia é um município brasileiro no estado do Espírito Santo, Região Sudeste do país. Localiza-se na região noroeste capixaba e ocupa uma área de cerca de 1.440 km², sendo que 13,5 km² estão em perímetro urbano. A população do município de Nova Venécia chegou a 49.065 pessoas segundo o Censo do IBGE, de 2022.
História
A História de Nova Venécia pode ser dividida em três períodos. O primeiro (desde antes do século XVI até século XIX) abrange a pré-colonização do território, compreendendo a ocupação do mesmo por povos indígenas desde os tempos mais remotos, até a chegada dos colonizadores. O segundo (1870-1953) inicia-se a partir da colonização do território, com a fundação da Fazenda da Serra dos Aymorés (hoje Serra de Baixo) terminando com a emancipação política do distrito. Já o terceiro período (1954 até hoje) tem início com a instalação do novo município, o desenvolvimento da cidade e alcança até os dias atuais.
Ainda, com relação ao segundo período (1870-1953), pode-se estabelecer uma subdivisão em três fases distintas, a saber: 1ª Fase (1870-1888) – abrange o período da escravatura ou cativeiro destacando-se a fundação de grandes latifúndios na região e as lutas e resistências do povo africano. A 2ª Fase (1888-1922) – inicia-se com o fim da escravidão, destaca-se pela criação do Núcleo Colonial de Nova Venécia, o recebimento de inúmeras levas de imigrantes e migrantes, seguindo até o efetivo início da construção da Estrada de Ferro São Matheus. Já a 3ª Fase (1922-1953) percorre o desenvolvimento do núcleo urbano a partir da construção de grandes obras como a primeira ponte e a conclusão da Estrada de Ferro, a colonização das regiões de Guararema, Córrego Grande (hoje Vila Pavão) e Santo Antônio do XV, os conflitos advindos do Contestado entre Minas Gerais e Espírito Santo, até culminar com a efetiva emancipação política de Nova Venécia.
Segundo fontes históricas, a presença dos índios aymoré ou botocudo, já era conhecida na região desde o século XVIII. Foram estes índios, em especial, a tribo dos GIPOROK (subdivisão dos botocudo) que travaram contato com os primeiros colonizadores no final do século XIX.
Em 1893, serra dos Aimorés foi elevada à sede de distrito do município de São Mateus. No ano seguinte, a sede do distrito foi transferida para a Vila Aimoreslândia, que, mais tarde, passou a ser conhecida por Nova Venécia, em razão do número de italianos residentes, vindo de Veneza.
Geografia
Relevo

O município é muito montanhoso e possui imensas jazidas de granito, com beneficiamento próprio. Seu território está situado quase em sua totalidade sobre uma formação rochosa muito antiga, um escudo cristalino formado a cerca de 600 milhões de anos durante o período pré-cambriano, hoje bastante desgastado, formado pelo resfriamento do magma sob a superfície e posterior exteriorização pelos processos erosivos.
Apenas um pequeno trecho do município, na divisa com o município vizinho de São Mateus, a leste, ocorre o início de uma bacia sedimentar. Em determinados locais do município, é possível extrair pedras preciosas como águas marinhas e esmeraldas. Devido à sua geologia, em Nova Venécia não há possibilidade de haver petróleo, como no caso de São Mateus. A formação montanhosa mais conhecida e cartão postal da cidade é a Pedra do Elefante, uma montanha de cerca de 604m de altitude.
A geologia do município é relativamente acidentada, com muitos morros e colinas, com poucas áreas planas. A cidade se desenvolveu principalmente ao longo do vale do rio Cricaré, mas também se estende para atrás de algumas colinas.
A vegetação nativa é de Mata Atlântica, que ocorre em trechos isolados, em geral ao pé das montanhas.
Hidrografia
O rio Cricaré nasce na serra da Safira, em Minas Gerais. Possui uma extensão de 188 quilômetros, 104 deles no Espírito Santo. A pesca, juntamente com a agricultura e a exploração de minerais, como as rochas ornamentais são as principais atividades econômicas. Suas águas são verdes e calmas. Possui uma bela vegetação em sua margem e um belo visual ao entardecer.
Os afluentes mais importantes do Rio Cricaré são o Córrego do Garfo, o Córrego Paulista, o Córrego Todos os Santos, o gracioso Córrego Alegre e o Córrego da Rapadura, na margem esquerda. Na margem direita, Ribeirão de São Francisco, Córrego Perdida, Córrego Guararema, Rio Muniz Freire, Córrego Boa Esperança e Rio Preto.
Clima
Cidade de clima tropical, com temperaturas elevadas de novembro a março, e as chuvas ocorrem no mesmo período. Nos meses de janeiro e dezembro, as chuvas caem com maior intensidade, quando são acompanhadas de fortes raios e trovoadas. Segundo dados da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no município, em operação desde junho de 2008, a menor temperatura registrada em Nova Venécia foi de 9,9 °C em 13 de junho de 2010 e a maior atingiu 40 °C em 2 de janeiro de 2016.
O maior acumulado de precipitação em 24 horas alcançou 165,4 milímetros (mm) em 19 de dezembro de 2022.
Cultura e lazer
Nova Venécia é um município com forte influência cultural italiana, atualmente muito valorizada, devido ao fato de nos seus primórdios ela ter sido uma colônia de imigrantes italianos no Estado. Há alguns alimentos típicos, como a polenta, parte da população tem ascendência italiana e alguns preservam seus costumes. Há forte influência também de alguns outros grupos, como pomeranos e alemães (próximo ao município vizinho de Vila Pavão a noroeste) e nordestinos.
Religião
A População Cristã de Nova Venécia atualmente, segundo as últimas amostragens e pesquisas em 2010, tem mais de 35% de Evangélicos, 60% de católicos (tendo São Marcos como Padroeiro) e 5% outras. Das denominações Evangélicas destacam-se, além da Igreja Católica em maior número, duas igrejas Presbiterianas, Adventista do 7° dia, Assembleia de Deus (Brasil), Igreja Batista, Igreja Congregacional.Tem a Igreja Luterana, uma que fica no Bela Vista chamada "Castelo Forte" e mais duas uma chamada "Concórdia" e a outra "Vida Nova". Expressões Artísticas
A cidade de Nova Venécia, durante os anos 80 e 90 contou com GTNV, Grupo Teatral de Nova Venécia. Nos anos 2000, 2001 e 2002 com o Grupo Lauderdale, inovando a cena com espetáculos grandiosos (Amigo do Livro, Auto da Paixão - O Julgamento Final, Dois Camarões Numa Frigideira...). No final da década de 2000 com o grupo O.FORTE - Oficina de Formação Teatral, dirigido pelo premiado diretor Oscar Ferreira. Desde 2008 o grupo produziu a peça teatral "Pode Ser a Gota D'água" e o auto de natal "Presépio Vivo".
A cultura africana é representada pelo grupo de dança africana "Macambá", e a cultura italiana é representada pelo grupo de dança italiana "Bambini de Tutti Colorie".
Turismo
A Área de Proteção Ambiental da Pedra do Elefante está situada a cerca de 10 km do centro do município, no sentido Nova Venécia a São Gabriel da Palha, medindo 2.562 hectares. O Decreto de sua criação foi publicado no Diário Oficial do Estado, em 2001. Situada em local privilegiado, possuindo um cenário invejável, oferece grande diversidade de atrativos turísticos entre eles destacam-se: também fazem parte os inúmeros pontos turísticos que presam o capital e a economia do município como o circuito das águas caracterizado por: Cachoeira do cravo, Pionte, Cachoeira Boa Vista (Córrego da Areia, casarão, casa de pedra, pedra do Elefante (apa), dentre inúmeros outros que fazem parte do turismo deste belíssimo município destacado também como o mais importante produtor de granito brasileira.
Principais pontos turísticos
- Fauna e Flora: diversidade de plantas ornamentais, como as orquídeas e animais em fase de extinção: a preguiça de coleira, a onça parda, lagartos e saguis.
- Fazenda Santa Rita: na APA, também está localizada a Fazenda Santa Rita a qual é pioneira no sistema cama e café, o qual o turista mediante reserva desfruta de hospedagem e gastronomia típica rural. Nas dependências da Fazenda encontramos um mini museu, o qual possui objetos referentes a passagem do desbravador Barão de Aimorés pelo município.O Assentamento Córrego Alegre, a 1 km da sede do município, é tido como exemplo nacional de Reforma Agrária que deu certo, sendo este o menor em extensão territorial, produz com abundância.
- Gameleira: árvore Localizada na base do Santuário Nossa Senhora Mãe dos Peregrinos, possui mais de 15 metros de altura e raízes que ultrapassam 1,80 m de altura. Sua existência ultrapassa os 100 anos de idade.
- Pedra da Fortaleza: monumento natural localizado no Distrito de Guararema. A Pedra da Fortaleza com seus 964 metros de altitude é o ponto mais alto de Nova Venécia.
- Pedra do Elefante: principal símbolo de Nova Venécia, medindo 604 metros de altitude, é um monumento paisagístico natural, tombado pelo Conselho Estadual de Cultura. Possui uma variedade de atividades turísticas: caminhadas, trilhas ecológicas, trecking, enduros, escaladas, dentre outros, movimentando um enorme fluxo de turistas.
- Santuário Nossa Senhora Mãe dos Peregrinos: é erguido sobre uma rocha com traços arquitetônicos simples, tendo a capela pertencente a comunidade veneciana, atraindo fiéis da Igreja Católica Apostólica Romana de todo o Estado.
Esporte
Dentre os esportes praticados estão: o motociclismo off road, com trilhas pela região da Pedra do Elefante, em geral, pelo Elefante Trail Clube, com a edição anual do Enduro do Elefante, Trekking, e futebol representado pelo Veneciano, que chegou a disputar algumas edições do Campeonato Capixaba de Futebol mas encontra-se desativado da mesma forma que o Leão de São Marcos, o seu arqui-rival. Desde 2021, a cidade conta um novo clube para torcer: o Nova Venécia Futebol Clube que estreou no profissional ao disputar o Campeonato Capixaba Série B 2021.
Outro esporte muito praticado é o cicloturismo, ou MTB, possui grande quantidade de adeptos que se aproveitam das trilhas e estradas de chão nos arredores da cidade.
Nova Venécia é a cidade natal do futebolista Richarlison, que atuou pela Seleção Brasileira na Copa de 2022.
Associações
Na cidade estão presentes as seguintes Associações: AABB - Associação Atlética do Banco do Brasil S/A; Colina Country Club; Lions Club de Nova Venécia; AVECI - Associação Veneciana de Cultura Italiana e Elefante Trail Clube
Referência: Wikipédia .

segunda-feira, 17 de junho de 2024

LAGOA DA PEDRA - MARANHÃO

Lago da Pedra é um município brasileiro do estado do Maranhão. Segundo o último censo populacional do IBGE - 2022, o município possuía 44.403 habitantes e uma área territorial de 1.240,444 km². É sede da Região de Planejamento dos Imigrantes (uma das 32 Regiões de Planejamento do Estado do Maranhão - Lei Complementar nº 108/2007) e da Unidade Regional de Educação de Lago da Pedra (Lei nº 12.124, de 22/11/2023).
Fundada em 1º de janeiro de 1953, Lago da Pedra é a 4ª maior cidade de toda a Região Geográfica Intermediária de Santa Inês-Bacabal (superada por Bacabal, Santa Inês e Santa Luzia) e a 25ª maior cidade do Maranhão. Segundo a hierarquia urbana do Brasil 2018 (IBGE), o município é classificado como Centro de Zona A, pela influência que exerce sobre cidades e áreas de municípios vizinhos.
Apesar de geograficamente estarem localizadas no extremo oeste da Mesorregião do Oeste Maranhense e no extremo sul da Microrregião de Pindaré, as cidades de Lago da Pedra e Lagoa Grande do Maranhão são comumente consideradas como integrantes do Médio Mearim, tanto pela proximidade destas em relação às cidades daquela região, como também pela influência regional exercida por Lago da Pedra sobre cidades destas duas microrregiões (Pindaré e Médio Mearim). Portanto, se considerada integrante do Médio Mearim, Lago da Pedra torna-se o segundo maior centro populacional, superada apenas por Bacabal.
História
O início da história de Lago da Pedra dá-se pelo ano de 1929, com a chegada dos primeiros moradores: Rosendo Rodrigues, seguido de Cândido Adão Sales de Oliveira, Joaquim Bastos, José Gago, João Melquíades e Luciano Rodrigues. O nome da cidade foi autoria do primeiro morador do lugar, Rosendo Rodrigues.
Esses lavradores procuravam animais para subsistência e áreas que pudessem usar para lavoura, o que os levou a encontrar a região, que possuía na sua paisagem geográfica um grande lago, em cujas margens havia um fragmento rochoso (pedra de amolar), fato que foi capaz de prender a atenção dos então moradores.
Em 1931 intensificou-se a chegada de outros habitantes, que construíram as primeiras casas. A principal atividade era a agricultura de subsistência, propiciada pelo clima e por possuir um ótimo solo.
O distrito que hoje corresponde ao município foi criado com a denominação de Jejuí, pela lei estadual nº 269, de 31 de dezembro de 1948, estando subordinado ao município de Vitória do Mearim (ex-Baixo do Mearim), situação reforçada pela divisão territorial datada de 1º de julho de 1950.
Elevado à categoria de município com a denominação de Lago da Pedra, pela lei estadual nº 776, de 2 de outubro de 1952, acaba por ser desmembrado de Vitória do Mearim e Bacabal, constituindo-se como sede do ex-distrito de Lago de Pedra (ex-Jejuí) em 1º de janeiro de 1953. Em divisão territorial datada ainda de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede, enquanto Jejuí se transfigura com um distante povoado do recém-criado município, assim permanecendo em divisão territorial datada até os dias atuais.
Após a emancipação, foi nomeado para administrador provisoriamente Antonio da Silva Coelho, que governou por dois anos,sendo depois substituído por Antônio Bandeira Lima, que governou por um ano.
Geografia
Município localizado na Microrregião de Pindaré, pertencente à Mesorregião do Oeste Maranhense. Está numa região mundialmente conhecida pela exploração de palmáceas, sobretudo do gênero babaçu, visto se enquadrar no perímetro da Mata dos Cocais. Embora não conte com uma estrutura aprimorada, o extrativismo do babaçu é uma atividade complementar para as família de baixa renda da região. Há de se destacar também que sua vegetação nativa vem sendo gradativamente substituída pelas pastagens e pela agricultura tradicional, mesmo que a reprodução dessas palmáceas seja rápida.
O relevo é formado exclusivamente pelos planaltos. Em menor escala, no entanto, há chapadas, distribuídas nas zonas rurais do município. Todos pertencentes à Bacia do Parnaíba.
Clima
Por estar num perímetro circundado por montes, que prejudicam a livre circulação dos ventos, e numa área de abrangência do clima tropical, seu verão é quente e chuvoso, e seu inverno, seco, visto as influências da massa de ar equatorial continental (mEc) e da própria continentalidade, que também influencia na grande amplitude térmica registrada no município, que é, em média, de 12 °C.
Solo
A aptidão agrícola local - tal qual a regional - é determinada pelo solo propício à lavoura, com qualidade mediana de solo. A aplicação de capital é pouca e as práticas agrícolas são fundamentadas em trabalho braçal, tração animal e implementos agrícolas simples, salvo algumas exceções, quando as práticas agrícolas podem empregar a calagem, adubação NPK e até o preparo mecanizado do solo. Contrastando com a dádiva geográfica, algumas porções de terra na zona limítrofe com os municípios de Paulo Ramos, Lagoa Grande do Maranhão, Marajá do Sena e Poção de Pedras - isto é, a oste e sul de Lago da Pedra - têm aptidão restrita para silvicultura e pastagem natural.
Sua geografia articula-se em torno do lago que originou o nome oficial do lugar. Grande parte do lago, porém, está soterrada por estabelecimentos comerciais e residências distribuídos ao longo do Centro e do Jaguar. A área restante está exposta e altamente poluída pela presença de lixo, composto principalmente por garrafas do tipo PET, sacolas plásticas e esgoto, o que resulta em um cheiro fétido às vezes perceptível no perímetro da região.
O município conta com uma vasta área arborizada em zona urbana. Sua conexão com seus povoados faz com que as estradas vicinais existentes entre a sede e os povoados tenha movimento intenso, tendo seu pico aos sábados, quando ocorrem feiras livres, no Centro, Jaguar e Currutela do Raimundão, e que atendem ao público de menor renda. Estas mesmas estradas, no entanto, nem sempre contam com uma boa infraestrutura.
A presença de fazendeiros e grandes agropecuaristas reservam à cidade um montante de propriedades com enormes faixas de terra que contrastam com lotes minúsculos. Não é à-toa a presença efetiva de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, sobretudo no povoado Abelha que, embora pertença a Lago do Junco, está sob zona de influência de Lago da Pedra.
Educação
Embora esteja localizada numa região conhecida pela precariedade do sistema educacional, Lago da Pedra acaba por contrapor esta ideia em decorrência de investimentos particulares e do governo. Escolas como o renomado Colégio São Francisco de Assis - instituição filantrópica cuja origem remonta de um investimento alemão, sob administração da Paróquia São José local - têm lá sua sede e com prestígio em âmbito regional. Outros colégios particulares de renome quanto à estrutura é o Instituto Educacional Deputado Waldir Filho e o Centro Educacional Criança Feliz.
O renomado Colégio São Francisco de Assis - CSFA, completou no ano de 2016, 40 anos de história na educação lagopedrense. Foi fundado em 15 de março de 1976 com investimento de uma doação de um casal alemão. Desde sua fundação vem ganhando destaque por toda região, atualmente é uma escola que funciona do ensino infantil ao ensino médio, ganhando cada vez mais renome pela região por seus altos índices de aprovação de jovens em universidades, e por sua elevada qualidade de educação. Além disso contém um excelente corpo docente e uma Grande infraestrutura. Atualmente é administrado por Erivone Duarte como diretora, conhecida por seu trabalho e muita prestígiada na região pelo seu excelente trabalho na direção do CSFA.
Colégios públicos são um destaque, mas não tanto quanto aqueles. Exemplos são os Centro de Ensino São José (antiga escola estadual, atualmente municipalizado), Centro de Ensino Marly Sarney, Cristóvão Colombo, Maura Jorge de Melo e ainda o Centro de Ensino Médio Maria das Neves Santos Nascimento (extinto - seu prédio foi cedido à Universidade Estadual do Maranhão, para abrigar o Centro de Estudos Superiores de Lago da Pedra - CESLAP).
Infraestrutura rodoviária
O município é cortado por duas importantes rodovias estaduais: a MA 119 (atravessando o município no sentidos leste-oeste) e a MA 245 (sentido norte-sul). Esta última sendo conhecida como a "espinha dorsal" do município.
Economia
Possui um dos maiores rebanhos bovinos do Estado do Maranhão, composto por cerca de 55.143 cabeças (IBGE/2015). Com o Decreto 30.851, de 11 de junho de 2015, que criou o Sistema Estadual de Produção e Abastecimento - SEPAB, o município foi inserido na Cadeia Produtiva do Leite.
A economia local diversificou-se, abrindo novas oportunidades para investimentos em diversos ramos, tendo sido registrado os maiores crescimentos a construção civil e o comércio. Este último com destaque para as lojas destinadas ao setor agropecuário, de vestuário, materiais de construção e bens de consumo em geral.
Em decorrência do boom imobiliário ocorrido na última década em todo o Brasil, a cidade tem ganhado muitos empreendimentos imobiliários. Com isso, os novos conjuntos habitacionais trouxeram uma nova cara aos bairros em que se localizam. Conjuntos como o Marta Morais, Lago Azul, Cacau e Jardins do Sinai (por exemplo) trouxeram melhorias para a infraestrutura dos bairros onde se localizam.
A pujança do comércio local tem trazido empresas dos mais variados ramos. Embora inserido em uma das regiões mais pobres do Brasil, o município conta com um crescente e variado centro comercial, abrigando lojas de grandes redes do país, tais como: O Boticário, Óticas Diniz, Cacau Show, Eletro Mateus, Lojas Americanas, Camiño Supermercados, Pague Menos, Chilli Beans, Ortobom, Coife Odonto, e Odonto Companhy. Comércio, serviços e agricultura, juntos, respondem por 90% do PIB do município.

Cultura
O município tem um incrível histórico com a música. Os gêneros musicais mais populares são o forró elétrico, tecnobrega e sertanejo. Quanto à música religiosa, as músicas cristãs são onipresentes, com destaque à música sacra e à música gospel. Quanto a isso, cita-se que o município é um reduto de intensas campanhas religiosas, tanto pela Igreja Católica quanto pela Assembleia de Deus. Há também uma parcela populacional ligada ao judaísmo.
Cabe citar a grande ligação existente entre o município e a Alemanha. Desde os seus primórdios, a cidade recebe investimentos alemães, destinados para a construção de escola e para manutenção de ONGs locais, muitos manejados pela Arquidiocese Municipal. Casais como Teodoro e Margareth Lameck foram pioneiros. A consolidação deste intercâmbio cultural é vista com a grande concentração de missionários e padres de origem alemã, bem como viagens sazonais de lagopedrenses àquele país.
Conta com diversos clubes de dança, bares e parques de concertos, todos muito limitados, movimentados pelas batidas elétricas do forró elétrico, quase sempre. Outros destinos de lazer são banhos fluviais, localizados na SABESA e no Palmeiral, além da AABB, que possui uma unidade instalada no município.
O Carnaval da cidade era, antes, composto por blocos de foliões, hoje na maioria extintos. Blocos tradicionais como Tô na Pedra, Papa-Léguas, Guelões, Vaca H e Tico Mania, animaram os tempos de ouro do carnaval lagopedrense. Hoje em dia o que se vê são foliões que, dispersos ou em grupos e espalhados por vários pontos da cidade, levam alegria e animam durante todo o feriado oficial em volta desta data.
A dança da mangaba
A dança da mangaba é uma dança originária de Lago da Pedra. Apesar do inestimável valor cultural, a dança não é divulgada nem tampouco recebe qualquer incentivo do poder público, visando sua preservação.
O ritmo e sua dança nasceram na comunidade de Santo Antônio dos Ferreiras (povoado que dista 3 km da sede do município). Não se sabe ao certo a data exata de sua criação nem tampouco quem foram os primeiros praticantes porém, o ano de 1970 é o que consta na história por se tratar da data de chegada de Dona Clotilde Pereira da Silva à comunidade.
Dona Coló, como era conhecida, se encarregou de tornar a dança conhecida além dos limites do pequeno povoado. A dança logo chegou à zona urbana e o município de Lago da Pedra conheceu aquela que seria a sua mais genuína criação. Anos mais tarde, com o falecimento de Dona Coló, o grupo de dança foi sendo esquecido até quase entrar em extinção. Em 2011 iniciou-se um projeto na tentativa de recuperar a dança. Em 2012, após os moradores terem acolhido com alegria o projeto, foi criado o Grupo de Mangaba Dona Coló, em homenagem àquela que tanto fez pela preservação da cultura de seu povo.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 13 de junho de 2024

LARANJAL DO JARI - AMAPÁ

Laranjal do Jari é um município localizado ao sul do Estado do Amapá. Sua população era de 35.114 habitantes, conforme censo de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É conhecida por Princesa do Rio Jari por ser a maior cidade do rio homônimo. É conhecida também como Beiradão, por ser construída na beira do mesmo rio.
História
A região que hoje corresponde ao Vale do Jari foi habitada, inicialmente, por indígenas oiampis e aparaís e, posteriormente por nordestinos que vieram trabalhar na extração da borracha. Dentre essa leva de trabalhadores destacou-se um cearense chamado coronel José Júlio de Andrade, que teve poder de vida e morte na região, pois, aos 35 anos de idade, se consolidou como o maior latifundiário do mundo, adquirindo cerca de 3,5 milhões de hectares de terras por meios lícitos e, também ilícitos através de expropriação e da influência através da condição de deputado estadual e senador pelo estado do Pará, sendo combatido pela revolta tenentista que o obrigou a vender sua empresa Jari para um grupo de empresários portugueses, em 1948 sendo vendida mais tarde para o milionário norte americano Daniel Ludwig.
A origem do município de Laranjal do Jari remonta à época de colonização do rio Jari, recebendo ainda influências recentes da implantação do Projeto Jari Florestal, em 17 de abril de 1967, idealizado por Daniel Ludwig, que pretendia substituir a floresta nativa por uma plantação homogênea da espécie Gmelina arborea, para a fabricação de celulose (matéria-prima do papel). Também pretendia torna-se o maior produtor mundial de carne bovina, suína e arroz.
Infelizmente o município de Laranjal do Jarí representa um imenso contraste entre a planejada e estruturada cidade de Monte Dourado, construída seguindo o modelo de classe média norte americana de habitação, e Laranjal do Jari constituída à margem esquerda do Rio Jari (Rio da Castanha) sobre palafitas. O primeiro prefeito eleito de Laranjal do Jari foi um comerciante local, nascido em Aparecida (na Paraíba) com o nome de João Queiroga de Souza.
O município foi criado em 17 de dezembro de 1987 e instalado em 1º de janeiro de 1989. Sua população tem crescido muito nos últimos anos, o município passou a integrar cerca de 90% de sua extensão territorial dentro da área de proteção ambiental (APA), onde se encontra o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.
Geografia
O municipío de Laranjal do Jari está localizado no sul do Amapá, na Região Intermediária de Macapá e Região Imediata de Laranjal do Jari.
Localizada na margem direita do Rio Jari, Laranjal do Jari é o maior município do estado em área, com território pouco maior do que os estados brasileiros de Sergipe ou Alagoas. Também é maior do que diversos países, como Bélgica, Haiti e País de Gales, possuindo 30.782,998 km² no total. A área urbana é de 9,633 km².
Seus limites são Vitória do Jari a sul; Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e Mazagão a leste; Almeirim (PA) a sul e oeste, Guiana Francesa ao norte e, a noroeste, possui uma fronteira com o Suriname.
Clima
O clima em Laranjal do Jari é tropical. O clima é classificado como Am, segundo a Köppen e Geiger, e 27.2 °C é a temperatura média em Laranjal do Jari.
Na maioria dos meses do ano, existe uma pluviosidade significativa em Laranjal do Jari. Só existe uma curta época seca e não é muito eficaz. Já a média anual de pluviosidade é 2.244 mm.
Economia
Laranjal do Jari possui o terceiro maior Produto interno bruto (PIB) dentre os municípios do Amapá, sendo superado apenas por municípios da Região Metropolitana de Macapá (a capital estadual e Santana).
Laranjal do Jari possui um total de mais de 1.600 empresas atuantes segundo o Empresômetro e, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED, do Ministério da Economia), esse total é de 700.
Setor primário
No setor primário há a criação dos gados bovino e principalmente bubalino. Há os cultivos de arroz, abacaxi, banana, cupuaçu, feijão, laranja, milho, melancia e mandioca. Nesse setor há um total de 8 empresas de agropecuária, segundo o CAGED.
Setor secundário
No setor secundário, destaca-se a extração e a fabricação de palmitos de açaí. Há ainda a extração da castanha-do-Brasil, voltada à fabricação de óleo comestível, grande parte exportada. Algumas padarias e fábricas de tijolo que além de atender o alto consumo interno e vende boa parte para o Estado do Pará. Também possui algumas movelarias que fabricam produtos de boa qualidade. O Governo do Estado investiu, em 2000, na região do Iratapuru, com obras de reforma e ampliação da fábrica de beneficiamento de castanha-do-pará, administrada pela Cooperativa de Produtores Extrativistas do Rio Iratapuru. Segundo o CAGED totalizam 38 estabelecimentos de setor secundário (sendo 37 industriais e 1 extrativa mineral) atuando na cidade.
Setor terciário
Atualmente há a prestação de serviços como a construção civil. O comércio é também fator importantíssimo para o desenvolvimento da região, além de vários bares, boates e alguns hotéis. Segundo o CAGED, há no total 649 estabelecimentos de setor terciário atuando na cidade, sendo: 403 de comércio (388 varejista e 15 atacadista); 200 de serviços; 39 de construção civil e 7 de serviços industriais de utilidade pública.
Turismo e Lazer
O rio Jari possui diversas cachoeiras, mas a principal é a de Santo Antônio, considerada uma das mais belas do Brasil, muito visitada aos finais de semana.
Eventos Culturais
Destacam-se os festejos em junho, em louvor a Santo Antônio, padroeiro local e ainda o Festival da Castanha-do-Brasil, realizado pelas cooperativas, no mês de julho.
Esportes
Na cidade há o Estádio Municipal João Queiroga (ou Estádio Queirogão), com capacidade para 2 mil lugares. O mandante é o time local Laranjal do Jari Futebol Clube.
Educação
O IFAP - Instituto Federal do Amapá mantém um Campus implantado na cidade, localizado no bairro Cajari.
Há um núcleo da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). E Também existem escolas particulares na cidade nas quais podemos citar: Escola Ana Neri e Centro Educacional Dinâmico
Transporte
Aéreo

O município possui um aeroporto. o Aeroporto de Laranjal do Jari, com pista de 1000mx25m, revestido em cascalho.
Fluvial
Para as localidades vizinhas, as vias de acesso são feitas através dos transportes fluviais. Ao Estado do Pará (por Almeirim) dá-se através de embarcações conhecidas na região por catraias, com uma duração média de um minuto.Quanto à capital do Estado, pode ser feito através de barcos com uma duração média de 16 horas.
Terrestre
Já é possível fazer trajeto por via rodoviária e a principal estrada federal que passa no município é a BR-156, que é parcialmente asfaltada. Na cidade há o Terminal Rodoviário de Laranjal do Jari, com horário direto para a Região Metropolitana de Macapá (á capital estadual e á Santana), Porto Grande e Oiapoque.
O transporte urbano é feito por empresas de ônibus atendendo diariamente apenas a dois bairros: Centro e Agreste. Os outros bairros (Malvinas, Santarém e Samaúma) foram excluídos por localizarem-se em terras alagadas. Há um número elevado de táxis que transportam os munícipes através de lotações e estas terminam superando os próprios transportes coletivos oficiais.
Referências para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 10 de junho de 2024

LOUVEIRA - SÃO PAULO

Louveira é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 23º05'11" sul e a uma longitude 46º57'02" oeste, estando a uma altitude de 690 metros. Sua população em 2022, de acordo com o censo do IBGE, era de 51.833 habitantes. A cidade Pertence à Região Metropolitana de Jundiaí e Possui uma área de 55,3 km².
História
O nome do município é uma referência à árvore Louveira. A cidade foi fundada por Gaspar de Oliveira, natural de Logroño, Espanha, que se casou na cidade de São Paulo com Páscoa da Costa, na primeira metade do século XVII. O casal radicou-se em Jundiaí, em meados daquele século, e consta ter possuído terras onde mais tarde veio a surgir a atual Louveira. Outros moradores na região, naquela época, teriam sido João Leme do Prado e Manoel Peres Calhamares.
Geografia
Clima

Louveira apresenta um verão longo, morno, abafado, com precipitação e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 13 °C a 29 °C e raramente é inferior a 9 °C ou superior a 33 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Louveira e realizar atividades de clima quente é do início de abril ao fim de setembro.
A estação morna permanece por 4,3 meses, de 19 de novembro a 29 de março, com temperatura máxima média diária acima de 28 °C. O mês mais quente do ano em Louveira é fevereiro, com a máxima de 29 °C e mínima de 20 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,6 meses, de 13 de maio a 1 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 24 °C. O mês mais frio do ano em Louveira é julho, com a mínima de 13 °C e máxima de 24 °C, em média.
Hidrografia
A hidrografia da cidade é composta do Rio Capivari e do Córrego Fetá.
Rodovias
As rodovias que atendem à cidade são: SP-63; SP-330 e SP-332.
Ferrovias
A cidade é atendida pela Linha Tronco da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
Economia
Louveira é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são os pontos de atenção.
De janeiro a dezembro de 2023, foram registradas 8 mil admissões formais e 7,3 mil desligamentos, resultando em um saldo de 665 novos trabalhadores.
Infraestrutura
Transportes
Louveira conta com linhas regulares de ônibus urbano, operadas pela West Side Viagens e Turismo, do Grupo Belarmino. Curiosamente, não possui ônibus para São Paulo, apenas para cidades vizinhas e Campinas. A ferrovia que corta a cidade oferecia transporte de passageiros para São Paulo e todo o interior até meados dos anos 1990, hoje opera somente transporte de carga, mas a Prefeitura está com novos projetos de reativação da linha, para voltar o transporte de passageiros como antigamente. Há mais de 60 anos existia também a Estrada de Ferro Itatibense, que ligava Louveira a Itatiba. Louveira também era atendida por trens de passageiros de longa distância da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro, posteriormente absorvida como FEPASA, vindos da capital paulista, até o final dos anos 70. Mesmo após a desativação da estação local, esses trens circulariam pela cidade até o ano de 1999, quando foram desativados. Atualmente, a ligação é estritamente rodoviária.
Educação
Como o município de Louveira não possui cursos superiores, a prefeitura do município disponibiliza transportes gratuitos para todos os estudantes que estão cursando em outras cidades, onde todos os moradores podem ter acesso se cadastrando na secretaria de educação.
A cidade conta com as seguintes instituições particulares de ensino superior:  Universidade Anhembi Morumbi e Centro Universitário FMU - Polo Louveira.
Turismo
Louveira está localizada no coração do Polo Turístico do Circuito das Frutas, tendo como principal atrativo o passeio de Agroturismo, uma verdadeira interação entre o ambiente rural e o turista. Os roteiros que atraem inúmeros visitantes oferecem a oportunidade de conhecer atividades agropecuárias, agroindustriais e artesanais que são desenvolvidas nas pequenas propriedades familiares. Outro atrativo é o artesanato, que se destaca pelos moldes, cores e texturas que caracterizam a cidade de Louveira. As cores das frutas, as paisagens e a criatividade contribuem na confecção dos diversos artesanatos.
Referência para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .

quinta-feira, 6 de junho de 2024

MONTE ALTO - SÃO PAULO

Monte Alto é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), no interior do estado de São Paulo. Está a 350 quilômetros da capital paulista. A altitude média da sede do município é de 735 metros. Sua população em 2022, de acordo com censo do IBGE, era de 47.574 habitantes. Faz parte do grupo de municípios com IDH elevado, ocupando a 96ª posição no estado de São Paulo. O município é formado pela sede (que inclui o povoado de Ibitirama) e pelo distrito de Aparecida do Monte Alto (no passado chamado Montesina), localizado a 20 Km do centro da cidade.
É considerada a cidade-berço e a primeira cidade-sede dos Jogos Abertos do Interior, a maior competição esportiva amadora da América Latina.
História
De onírica imagem a cidade real; assim fez-se Monte Alto. Do sonho de um morador de Jaboticabal que tudo havia perdido em um incêndio surgiu a Cidade Sonho. Porfírio Luís de Alcântara Pimentel era farmacêutico e cirurgião do imperador Dom Pedro II.
Um dia sonhou com um planalto extenso tomado por um cafezal. Vislumbrou também que ao planalto dominava um monte, no alto do qual havia uma igreja. E em busca desse lugar ele partiu com o filho Antônio e com amigos. Embrenhou-se por terras desconhecidas, até encontrar o planalto e o monte com os quais havia sonhado.
Venceu o monte e, ao chegar ao topo, teve a certeza de que sonhara mesmo com aquele lugar. Então exclamou aos que o acompanhavam: “Aqui se chamará Bom Jesus de Pirapora das Três Divisas de Monte Alto!”.
Adquiriu quatro alqueires de terra para dar início à construção do povoado e, no dia 15 de maio de 1881, em louvor ao Senhor Bom Jesus, com a celebração de uma missa, fundava-se Monte Alto que, a partir de então, pertenceria a Jaboticabal.
Assim, graças ao forte desenvolvimento econômico baseado na cafeicultura, em 1895, apenas 14 anos após a fundação, Monte Alto tornava-se município, separando-se definitivamente de Jaboticabal.
A criação da Comarca de Monte Alto deu-se em 1928. Pertenceriam a ela, além de Monte Alto, mais três municípios: Pirangi, Paraíso e, posteriormente, Vista Alegre do Alto. O primeiro juiz foi Carlos Kiellander e o primeiro promotor público foi Maurílio Correa Giudece.
Geografia
Monte Alto foi construída exatamente sobre o divisor de águas entre a bacia hidrográfica do Mogi Guaçu e a bacia hidrográfica do Turvo-Grande. A altitude média é de 735m, entretanto, alguns pontos ultrapassam os 800m.
A população monte-altense, até o começo do século XX, era formada majoritariamente por portugueses e seus descendentes. Até mesmo o fundador de Monte Alto, Porfírio Luís de Alcântara Pimentel, era descendente de portugueses. Houve também a chegada de muitos nordestinos, descendentes de portugueses, cuja migração não se confunde com as grandes migrações nordestinas iniciadas sobretudo a partir da década de 1950.
A partir da década de 1920 começam a chegar os italianos e os alemães. Pouco depois chegam os japoneses. Assim, italianos, alemães e japoneses alterariam a composição da população e seriam discriminados pela então elite monte-altense, especialmente durante a Segunda Grande Guerra. Dedicar-se-iam principalmente à agricultura e posteriormente, pouco a pouco, à indústria.
Clima
Monte Alto possui o clima tropical de altitude, que se evidencia acima dos 600m e se caracteriza por apresentar verões chuvosos e quentes e invernos secos e frios, em que geadas e temperaturas muito próximas do ponto de congelamento não são incomuns. Segundo a classificação climática de Köppen, Monte Alto possui o clima Cwa, que é assim caracterizado: a primeira letra, que é “C” e é sempre maiúscula, informa que se trata de um clima mesotérmico, com a temperatura média do mês mais frio inferior a 18 °C e superior a –3 °C e que há pelo menos um mês em que a temperatura média é igual ou superior a 10 °C. A segunda letra, que é “w” e é frequentemente minúscula, explicita que as chuvas ocorrem predominantemente no verão, e que o mês menos chuvoso tem precipitação inferior a 60mm. A terceira letra, que é “a” e é sempre minúscula, indica que os verões são quentes, com a temperatura média do mês mais quente igual ou superior a 22 °C.
Hidrografia
A bacia hidrográfica de Monte Alto é constituída pelo Rio da Onça, Rio Turvo e Córrego Rico.
Rodovias
A cidade é atendida pelas rodovias SP-323 e SP-305.
Economia
Atualmente há em Monte Alto predomínio do setor secundário e do setor terciário da economia. Entretanto, o setor primário permanece como atividade importante, destacando-se a cultura da cebola e a produção de frutas para exportação. Monte Alto possui indústrias de grande porte que, juntamente com as indústrias de pequeno porte, conferem perfil industrial ao município.
Monte Alto conta com várias indústrias siderúrgicas, de peças automotivas e de motopeças, como a Cestari, a Fundição Lanfredi, a Polmatec Redutores, a Fundição BB Ltda, a Quinelato Freios e a Dia-Frag, além das indústrias de artefados de borracha, como a BMA e a multinacional Hutchinson e das indústrias alimentícias, como a Fugini e a CEPÊRA.
Sua agricultura é caracterizada pela predominância da pequena propriedade rural e pela policultura, com destaque para a cebola, a manga, a goiaba e a cana-de-açúcar.
Monte Alto é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo.
De janeiro a abril de 2024, foram registradas 2,5 mil admissões formais e 2 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 533 novos trabalhadores.
Até maio de 2024 houve registro de 64 novas empresas em Monte Alto, sendo que 6 atuam pela internet. Neste último mês de maio, 11 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet.
Turismo
Monte Alto, terra dos dinossauros, de um acervo extraordinário com um complexo de museus, destacando-se o Museu de Paleontologia, carro-chefe do turismo local e palco de pesquisas acadêmicas premiadas no Brasil e fora dele
A cidade é berço dos Jogos Abertos do Interior, maior competição amadora da América Latina, onde a chama da competição é acesa e levada para incendiar os atletas que encontraram no esporte uma forma de brilharem e nos elevarem com suas conquistas.
Monte Alto é Terra da Menina Izildinha, de uma fé popular que aquece nossos corações de tão intensa e repleta de fervor; também iluminada pela Virgem Montesina, padroeira de nosso Distrito de Aparecida de Monte Alto.
É cenário do ciclo turismo e da exuberante Rota das Capelas, cujo trecho apresenta as maravilhosas serras e bairros rurais que encantam os nossos olhos e nos permitem estar em contato com a natureza, percorrendo nosso Povoado de Ibitirama.
Monte Alto também é conhecida pela música de seus talentos, da Orquestra, Banda Municipal, Camerata de Violões e tantos outros projetos ligados ao Conservatório “Maestro Mário Veneri”.
É a Cidade do Sonho, de povo hospitaleiro e trabalhador, protegido pelo Bom Jesus. 
É um Município de Interesse Turístico, reconhecido pelo Governo do Estado de São Paulo em 2017.
O município é referência nacional em Paleontologia. Possuindo um museu que abriga centenas de fósseis de dinossauros e animais pré-históricos encontrados na região.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Prefeitura Municipal de Monte Alto .

segunda-feira, 3 de junho de 2024

SÃO JOAQUIM DA BARRA - SÃO PAULO

São Joaquim da Barra é um município brasileiro do estado de São Paulo pertencente a Aglomeração Urbana de Franca. Está a uma altitude de 625 metros e sua população, conforme censo do IBGE de 2022, era de 48.558 habitantes.
História
O município já se chamou Juçara, São Joaquim de Oiçaí, São Joaquim de Nuporanga, Capão do Meio e São Joaquim, acrescentou-se o termo "da Barra" ao nome por causa do Córrego da Barra, divisor dos municípios de Ipuã e São Joaquim da Barra e pouso habitual de viajantes e tropeiros no percurso entre Ipuã e Nuporanga.
O município surgiu no início do século XIX, devido ao êxodo dos moradores do sul da província de Minas Gerais, atraídos pela riqueza da terra, pelo clima agradável e boas aguadas. Nascia o povoado de São Joaquim quase 100 anos depois disto, em 1898.
Os primeiro moradores e fundadores, em destaque para Manuel Gouveia de Lima e seu irmão João Miguel de Lima, João Batista da Silveira e Francisco de Lima; espalhados e isolados pelas beiras de córregos e riachos, sentiram a necessidade de maior convívio social e organizaram uma comissão para obter fundos e adquirir algumas terras que constituíssem patrimônio de uma povoação. José Esteves de Lima arrematou em leilão público, na comarca de Nuporanga, em 21 de janeiro de 1895, uma área situada na fazenda “São Joaquim”. Juntamente com eles veio Manuel Damásio Ribeiro, primeiro a estabelecer uma casa de comercio na região, denominada por ele como "Casa Damásio", na estrada que ligava Batatais e Nuporanga a Sant'Ana dos Olhos d'Água (hoje Ipuã). Francisco Garcia Borges, um dos fundadores, foi um grande cafeicultor, criador de gado e capitalista.
Em 30 de maio de 1898, José Esteves de Lima e sua esposa Maria Teodora da Conceição assinaram a escritura de doação de patrimônio para a construção da primeira capela do povoado, que teve como padroeiro São Joaquim. As obras foram iniciadas em 1901, e o distrito de São Joaquim foi criado pela Lei Estadual nº 859, de 6 de dezembro de 1902. O pequeno povoado passou então a receber inúmeras pessoas chegaram de territórios vizinhos ou distantes, entre elas italianos, espanhóis e portugueses. Também no ano de 1902, era inaugurada a Estação São Joaquim pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que junto da primeira casa de comércio impulsionaram o crescimento do município.
Em 19 de dezembro de 1906 foi levado a categoria de vila pela Lei nº 1.038. Criado o município pela Lei Estadual nº 1.588, de 16 de dezembro de 1917, com território desmembrado de Orlândia, elevando sua sede à categoria de cidade.
Em 30 de novembro de 1944, pelo Decreto Lei Estadual nº 14.374, o nome foi mudado para São Joaquim da Barra.
Em 1979 a estação ferroviária foi desativada e substituída por outra afastada da cidade, os trilhos que passavam ao centro da cidade foram retirados e deram espaço ao que hoje é a Av. Orestes Quércia.
Geografia
A topografia do município apresenta-se ondulada, em baixadas e espigões, cujas altitudes variam entre 530 a 780 metros. O relevo faz parte do planalto Meridional do Brasil. A altitude máxima é de 780 metros acima do nível do mar e possui uma área de 412,271 km².
Solo
É composto por terrenos areníticos-basálticos (vulcânicos), por isso em seus solos predominam a terra roxa, com grande fertilidade para a agricultura que se desenvolveu inicialmente com o café, o algodão, a soja e a cana-de-açúcar.
Vegetação
Floresta tropical com áreas de cerrado que foram substituídas pela agropecuária deste o século passado, restando pequenos capões e matas ciliares.
Hidrografia
- Córregos: Da Barra, São Pedro, Lajeado, Santa Fé, São Joaquim, Olaria e Santo Antônio. Ribeirão do Rosário (afluente do rio Pardo) que recebe os córregos: Sucuri, São Luís, Marimbondo e Milho Vermelho.
Completam o sistema hidrográfico municipal as lagoas: Feia, Redonda e Lagoinha; e o Rio Sapucaí, principal rio da região.
Clima
Em São Joaquim da Barra, a estação com precipitação é quente, abafada e de céu quase encoberto; a estação seca é morna e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 14 °C a 32 °C e raramente é inferior a 11 °C ou superior a 36 °C.
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar São Joaquim da Barra e realizar atividades de clima quente é do fim de abril ao início de setembro.
A estação quente permanece por 2,5 meses, de 25 de agosto a 8 de novembro, com temperatura máxima média diária acima de 31 °C. O mês mais quente do ano em São Joaquim da Barra é outubro, com a máxima de 31 °C e mínima de 20 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,2 meses, de 8 de maio a 13 de julho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 28 °C. O mês mais frio do ano em São Joaquim da Barra é junho, com a mínima de 15 °C e máxima de 27 °C, em média.
Educação
Existem cinco escolas infantis particulares e os EMEIS (Escola Municipal de Educação Infantil em vários bairros; salas de aula em creches municipais e particulares, 4 CEIS e 14 pré-escolas, Ensino Supletivo-EJA (Alfabetização de Jovens e Adultos), Escola Técnica de Artes Municipal Fabiano Lozano, Biblioteca. A rede municipal de pré-escola atende mais de 2.000 alunos (2006).
Seis escolas particulares (FEAM-COC, ANGLO, Colégio Iara, Colégio Iang, Liceu Paulo Freire). Encontra-se instalada uma Unidade do Centro Estadual Tecnológico Paula Souza, a Etec Pedro Badran que oferece cursos técnicos ao município e região, o município conta com uma unidade de ensino superior (FACIG) Faculdade de Ciências Gerenciais.
Saúde
Na área da saúde conta com os seguintes serviços de Saúde: S.U.S., com atendimento a crianças, gestantes e adultos; Santa Casa de Misericórdia, com 135 leitos, é a proprietária do plano de Saúde "Santa Casa Saúde"; e diversas clínicas de especialidades médicas.
Ação social
O Fundo Social de Solidariedade forma o trabalho de Assistência Social de São Joaquim da Barra. Diariamente são atendidas pessoas nos diferentes programas: manicure, cabeleireiro, corte, costura, tricô, pintura em tecido e bordado, atendimento à gestante.
Economia
Destacam-se a transformação de ferro, siderurgia e laminação, fabricação de peças para máquinas agrícolas, de fabricação de calçados, e de esmagamento de soja para óleo comestível. As usinas de açúcar e álcool também são parte da economia do município. O comércio destaca-se pela variedade de atividades, tornando o município um ponto de referência para a região.
Agricultura
De um total de 39.900 ha, o município tem uma área agricultável de 32.000 ha, sendo 23.000 ha de cultura de cana, 4.000 ha de cultura de soja, 2.600 ha de cultura de milho e 3.000 ha de pastagens.
Pecuária
- Leite: o município possui aproximadamente 2.500 cabeças sendo a maioria gado cruzado e produz 1.500 litros de leite por dia e 45.000 litros por mês.
- Corte: aproximadamente 4.600 cabeças e produção de 73.600 arrobas de carne por ano. 
- Suínos: a média se mantém 600 cabeças que são abatidas em torno de 150 cabeças/800 arrobas anuais.
- Avicultura: produção anual de 500.000 aves por ano e peso de 900.00K/ano.
Turismo
A cidade não dispõe grandes pontos turísticos chamativos, como os aspectos naturais. Mas ainda assim atrai turistas devido a festas e comemorações religiosas.
Festas
Em maio, no final do mês acontece a tradicional "Festa da Soja".
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark .