Brusque é um município brasileiro do estado de Santa Catarina.
História –
Presença indígena - Antes da colonização, os Xokleng ocupavam um território em “movimento”, pois mantinham uma disputa secular com os Guaranis e os Kaingangs para controlar o território da região onde a cidade se situa.
Colonização - A história da colonização da atual região de Brusque tem início nas terras localizadas à margem direita do rio Itajaí-Mirim. Neste local destinado à sede da Colônia Itajahy (Brusque), já havia a presença de outros imigrantes — que exploravam a extração de madeira, como Pedro Werner, Franz Sallentiem e Paulo Kellner. No entanto, Vicente Ferreira de Mello, conhecido como Vicente Só, foi um dos primeiros a adentrar a mata e estabelecer moradia no alto de um morro, morro qual hoje se vê a Igreja Católica, localizada no bairro Centro I.
A imigração começa de fato com a chegada do nobre austríaco Barão von Schneeburg, que liderava 54 imigrantes alemães, oriundos do Grão-ducado de Baden, sul da Alemanha, em 4 de agosto de 1860. O núcleo foi batizado de "Colônia Itajahy". Em 17 de janeiro de 1890, a cidade foi batizada de Brusque, em homenagem a Francisco Carlos de Araújo Brusque, presidente da província de Santa Catarina na época da fundação da colônia, gaúcho nascido em Porto Alegre em 24 de maio de 1822. O município foi instituído em 23 de março de 1881, ainda com nome de São Luis Gonzaga, recebendo o nome atual em 1890.
Herdou as características alemãs de seus colonizadores: na arquitetura, na comida, nas festas populares, etc. Entretanto, outros povos legaram contribuições étnicas às levas de germânicos. Em 10 de março de 1867, chegaram os primeiros colonos de língua inglesa, Depois, em 1875 chegaram os primeiros imigrantes italianos e, mais tarde, os poloneses. Alguns polacos trouxeram consigo técnicas de tecelagem, e fábricas foram fundadas na cidade.
Colonização polonesa - A geógrafa e pesquisadora Maria do Carmo Ramos Krieger Goulart informa que desembarcaram na Villa do Itajahy, 16 famílias da Silésia, região que se encontrava sob o domínio prussiano.
Colonização italiana - O ano de 1875 marca o fluxo de uma grande corrente imigratória, era a colonização italiana.
Industrialização - Brusque é conhecida como "Berço da Fiação Catarinense" e "Cidade dos Tecidos" pois foi na cidade que se iniciou um dos maiores polos têxteis de Santa Catarina e do Brasil. João Bauer, em 1890, desenvolveu a primeira tentativa de produção de tecidos no município. A segunda tentativa que logrou êxito aconteceu com o apoio de Carlos Renaux, comerciante que instalou teares de madeira rústicos, construídos pelos poloneses imigrantes, dentro do depósito de sua casa de comércio em 1892, fundando a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S.A., um dos ícones da indústria no sul do Brasil. Em 1898, surgiu a Buettner e em 1911 a Schlösser. Essas indústrias dominaram a principal atividade econômica da cidade durante a maior parte do século XX, até no final dos anos 80. Foi em Brusque que se originaram as primeiras geladeiras da marca Consul, em 1945. O incentivo do cônsul Carlos Renaux, que fomentou uma pequena oficina para protótipos e testes, propiciou a criação de uma das maiores indústrias de refrigeração do Brasil.
A indústria metalmecânica também prosperou na cidade. A primeira indústria metalúrgica de Brusque foi a Fundição Hércules S.A.. As principais indústrias desse segmento se concentram na área automotiva, de grande projeção nos mercados interno e de exportação, como a ZM S.A., Zen S.A., 3RHO e a Remy. No setor de máquinas, equipamentos eletromecânicos e serviços metalúrgicos, outros nomes se destacam como a Irmãos Fischer, Siemsem, Kimak, Metalúrgica Brusque, Embreex, Fundição Hércules, Metalúrgica BOMASI, Atenas Metalúrgica, entre outras.
A área de confecções, que surgiu durante os anos 80, estabeleceu na cidade centenas de pequenas e médias empresas. Destaca-se a Colcci, marca originalmente criada em Brusque e de grande projeção nacional.
Educação – A educação básica em Brusque é oferecida pelas redes estadual, municipal e privada. Já o ensino médio é oferecido pela rede municipal de Educação apenas na Escola João Hassmann, sendo que o restante é dividido entre as escolas estaduais e privadas.
Já no ensino superior, a primeira instituição a oferecer esta modalidade de ensino foi Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE. A instituição, que é pública e de direito privado e de carácter comunitário, foi a responsável pelo ponta pé inicial para o avanço do Ensino Superior na cidade. Seguindo uma tendência nacional, a partir dos anos 2000, Brusque passou a contar com outras instituições de ensino superior, como a Faculdade São Luiz, Uniasselvi e o Instituto Federal Catarinense, entre outras.
Turismo - Destacam-se o Parque Zoobotânico; o Parque das Esculturas; na Praça Leopoldo Moritz encontra-se um Avião North American T6-D da Segunda Guerra Mundial; o Orquidário e Bromeliário; o Observatório Astronômico Tadeu Cristóvam Mikowski, na Avenida das Comunidades; O Santuário de Azambuja; o Hospital Arquidiocesano; a Gruta de Nossa Senhora de Azambuja; o Morro do Rosário; o Asilo de Idosas e Seminário Menor e Filosófico Arquidiocese de Florianópolis; o Museu Arquidiocesano Dom Joaquim, formando um complexo de construções históricas; O Paço Municipal, formado pela Prefeitura, Fórum e Câmara de Vereadores; a Ponte Estaiada Irineu Bornhausen; a Arena Multiuso Antônio Neco Heil ; o Terminal Urbano Balthazar Bohn; a Igreja Matriz São Luiz Gonzaga; a Colina Evangélica; a Casa de Brusque; o Parque das Esculturas e a Praça Barão Von Schneeburg.
O patrimônio histórico e arquitetônico da cidade, com vários casarões e edificações de várias épocas, ainda deslumbram os visitantes. Podemos citar o casarão Maluche, a Villa Quisisana, alguns casarões remanescentes na rua Hercílio Luz, a casa de antigo comércio em Dom Joaquim, além diversas outras espalhadas pela área central e alguns bairros da cidade.
Culinária - O prato típico da região é o marreco com repolho roxo, herdado da culinária alemã. A cidade criou a Festa Nacional do Marreco – Fenarreco – que acontece em outubro, juntamente com a Oktoberfest de Blumenau. A festa tem como prato principal o marreco, mas o chope, as danças tipicas germânicas, a música e a alegria são complementos fundamentais nesse enredo. Também devido à herança cultural alemã e italiana, a cidade se destaca por suas padarias e docerias, com seus bolos, cucas, tortas, pães e geleias.
Fonte do texto: Wikipedia