sexta-feira, 29 de novembro de 2019

SÃO LEOPOLDO - RIO GRANDE DO SUL

São Leopoldo é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
História
A cidade foi habitada por índios carijós e por imigrantes açorianos. Era um vilarejo conhecido como Feitoria do Linho-cânhamo quando chegaram os primeiros 39 imigrantes alemães à região, em 25 de julho de 1824, enviados pelo imperador brasileiro Dom Pedro I para povoá-la. A desativada Real Feitoria do Linho Cânhamo fora um estabelecimento agrícola do governo onde eram produzidas cordas, mas que não dera muitos resultados, tendo falido, entre outros motivos, devido à corrupção dos administradores.
Essa feitoria localizava-se junto da margem esquerda do Rio dos Sinos. A data de 25 de julho de 1824 passou a ser considerada a data de fundação de São Leopoldo. Instalados na feitoria até que recebessem seus lotes coloniais, este núcleo foi batizado "Colônia Alemã de São Leopoldo" em homenagem à Imperatriz Leopoldina, a esposa austríaca de Dom Pedro I. Nesta época, era então governador do estado o Visconde de São Leopoldo.
Durante a Revolução Farroupilha, a colônia ficou dividida entre os imperialistas liderados por Daniel Hillebrand e os revolucionários liderados por Hermann von Salisch. Nesta época a colônia prestou suporte a Porto Alegre, então sitiada, provendo a cidade com suprimentos transportados em barcas pelo Rio dos Sinos.
A colônia se estendia por mais de 1000 km2, indo em direção sul-norte de Esteio (hoje) até o Campo dos Bugres (Caxias do Sul, hoje). Em direção leste-oeste de Taquara (hoje) até o Porto dos Guimarães, no Rio Caí (São Sebastião do Caí, hoje). Aos poucos, novas levas de imigrantes ocuparam os vales dos rios dos Sinos, Cadeia e Caí, lançando o progresso através da dedicação ao trabalho, o que ensejou que a colônia alemã se emancipasse de Porto Alegre já em 1 de Abril de 1846, apenas 22 anos depois de fundada.
Concorreu para este fato serem os alemães, além de Landmänner (agricultores), também Handwerker (artesãos). Daí, uma variada produção que acabou sendo o embrião industrial do Vale do Rio dos Sinos. É em homenagem a esses imigrantes que o dia 25 de julho é feriado municipal. Em 1865, a colônia recebeu a visita do imperador brasileiro Dom Pedro II. Em 1874, foi inaugurada a estrada de ferro ligando a cidade a Porto Alegre, facilitando o escoamento dos produtos da colônia.
Em diversos pontos da sua grande área do passado, surgiram núcleos de desenvolvimento que posteriormente emanciparam-se, tornando-se prósperas cidades atualmente. Ao todo, foram oito novas cidades geradas. O município de São Leopoldo, portanto, deu origem a toda a região atualmente denominada "Vale do Rio dos Sinos".
Demografia
São Leopoldo é composto por uma grande parte de descendentes alemães e açorianos também por um pequeno número de afro-descendentes:
Economia
O município de São Leopoldo está situado entre os dez mais expressivos no produto interno bruto do Rio Grande do Sul, e possui um diversificado parque industrial globalizado, além de expressivo setor comercial e de serviços. Há diversas líderes mundiais multinacionais instaladas na cidade, como as alemãs Stihl, SAP, Ensinger, e Gedore e a gaúcha Taurus. É uma das 50 melhores cidades do país para se viver. Situa-se também, na cidade, o maior polo de informática do estado do Rio Grande do Sul, vinculado à Universidade do Vale do Rio dos Sinos.
Geografia
A cidade de São Leopoldo situa-se na região da Encosta Inferior do Nordeste do Rio Grande do Sul. Faz parte da Grande Porto Alegre, situando-se a 34 km da capital gaúcha, através da rodovia BR-116 e a 80 km da cidade de Caxias do Sul através da RS-240.
Clima
O clima é subtropical úmido, com verões quentes e invernos amenos de acordo com o padrão mundial, e invernos frios de acordo com o padrão brasileiro, sem estação seca (tipo "Cfa" na Classificação climática de Köppen). A temperatura média em janeiro é 35,5 °C e em julho 09,3 °C, com as temperaturas recordes de 40,7° em 1943 e em -4,0° em 1918. A média anual é de 19,4° aproximadamente, e a neve é relativamente rara, tendo sido observada no século XIX em 1879 e nos séculos XX & XXI nos anos de 1910, 1984, 2000 e 2006. É comum a presença de "veranicos", que fazem a temperatura subir para quase 30 graus por alguns dias em pleno inverno. A média anual de chuva é de 1324 mm. No dia 8 de junho de 2012 São Leopoldo registrou a temperatura de -3,9 °C na Estação Meteorológica do Parque Imperatriz, operada pela MetSul Meteorologia.
Cultura
Atualmente, São Leopoldo também é considerada uma cidade universitária, por sediar a Universidade do Vale do Rio dos Sinos e é conhecida principalmente pela sua noite, que conta com inúmeras casas noturnas que atraem público tanto da própria cidade quanto das cidades vizinhas, como Estância Velha, Novo Hamburgo, Portão e Sapucaia do Sul, assim como de Porto Alegre, também conhecida pela sua gastronomia tendo diversos pontos da cidade com ótimas opções de restaurantes e bares por sua notoriedade. Dentro deste contexto, merecem destaque especial a Rua Independência ou Rua Grande, onde se concentram a maioria destas atividades e o centro comercial da cidade. E no mês de julho a cidade entra em festa para celebrar a imigração alemã e o aniversário da cidade. A São Leopoldo Fest, que é a maior festa do vale do rio dos sinos recebendo milhares de pessoas e turistas durante o período da festa, com sua gastronomia originaria, diversos shows com artistas e bandas famosas, comércio, artesanatos, parques de diversões, passeios, oficinas, exposições e palestras. E também é a primeira cidade da rota romântica que desperta todos seus encantos e interesses. Na cidade também há diversos museus, teatros, bibliotecas e sociedades. Um fato curioso relatado no livro da organista e concertista internacional Anne Schneider, informa que São Leopoldo é a cidade do Rio Grande do Sul onde se localiza o maior número de órgãos de tubos do estado.
Gentílico Não Oficial
O gentílico oficial para os moradores de São Leopoldo é "leopoldense", mas há uma forma carinhosa de se referir aos moradores da cidade: "capilé". O termo originalmente era usado de forma pejorativa por moradores da cidade vizinha de Novo Hamburgo, ainda na época anterior à emancipação (Novo Hamburgo e São Leopoldo mantêm uma rivalidade histórica, que data da época em que as duas áreas urbanas pertenciam a um só município, com sede em São Leopoldo). O termo "capilé" servia para designar um xarope ou refresco, e São Leopoldo sediava uma das primeiras fábricas gaúchas deste refrigerante, motivando a associação com o nome. Hoje, alguns leopoldenses abraçaram a palavra capilé e a rivalidade com Novo Hamburgo é apenas folclórica.
Futebol
São Leopoldo sedia o Clube Esportivo Aimoré, que manda seus jogos no Estádio João Corrêa da Silveira, conhecido por Monumental do Cristo Rei.
Rugby
São Leopoldo conta com uma equipe de Rugby, fundada em 2008, a Associação Pampas Rugby, que treina e manda seus jogos no Parque do Trabalhador.
Religião
Está localizado na cidade o CECREI - Centro de Espiritualidade Cristo Rei, de propriedade dos padres jesuítas, um local onde pode-se realizar retiros e onde são feitos encontros da igreja católica regional.
Referência para o texto: Wikipédia .

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

ITABORAÍ - RIO DE JANEIRO

Itaboraí é um município brasileiro no estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste do país. Pertence à Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Topônimo
"Itaboraí" é uma palavra de origem tupi que admite duas etimologias: 1 - "rio da pedra bonita", através da junção dos termos itá (pedra), porã (bonita) e 'y (rio); 2 - "rio das pedras brilhantes", através da junção de itá (pedra), berab (brilhante) e y (rio).
História
Por volta do ano 1000, povos de língua tupi procedentes dos vales dos rios Madeira e Xingu, na margem direita do rio Amazonas, invadiram a maior parte do atual litoral brasileiro, expulsando seus habitantes anteriores, falantes de línguas pertencentes ao tronco linguístico macro-jê, para o interior do continente. No século XVI, quando os portugueses chegaram à região da baía de Guanabara, esta era ocupada por um desses povos tupis: os tupinambás, também chamados tamoios. Os índios tamoios que habitavam a região da atual Itaboraí foram reunidos no aldeamento jesuíta de São Barnabé.
Ao mesmo tempo, a região começou a ser ocupada por colonizadores portugueses, que, nela, implantaram engenhos de açúcar baseados no trabalho escravo de índios e negros. Em 1612, foi construída uma capela dedicada a santo Antônio. Em 1672, foi inaugurada a capela de São João Batista. Em 1696, foi fundada a freguesia de São João Batista de Itaboraí. Em 1697, foi fundada a vila de Santo Antônio de Sá.
De 1700 a 1800, a freguesia de São João de Itaboraí apresentou um notável desenvolvimento. Em 1759, os jesuítas foram expulsos da região e o aldeamento de São Barnabé passou para administração leiga. Em 1778, a freguesia de São João de Itaboraí era a mais importante da vila de Santo Antônio de Sá, considerada um grande centro agrícola. Em 1780, grande parte do açúcar produzido pelos oitenta engenhos das freguesias próximas era embarcado em caixas de madeira nos catorze barcos pertencentes ao porto (daí o nome Porto das Caixas). O açúcar era também embalado em cerâmicas produzidas nas próprias fazendas, o que gerou a tradição das olarias que persiste até hoje no município.
Em 1829, a freguesia de São João de Itaboraí foi atingida por uma epidemia de malária, causando muitas mortes e grande prejuízo para a região. Em 15 de janeiro de 1833, através de um Decreto Imperial, a freguesia foi elevada à categoria de Vila e, a 22 de maio do mesmo ano, instalou-se a primeira Câmara de Vereadores (daí, o nome da atual avenida 22 de Maio).
A partir de 1850, os transportes fluviais foram gradualmente substituídos pelos ferroviários e, em 23 de abril de 1860, com a inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro Niterói-Cantagalo, Itaboraí consolidou a sua importância econômica, pois recebia toda a produção de gêneros do nordeste fluminense pela ferrovia e a enviava em embarcações pelo Rio Aldeia até o Rio Macacu, deste seguinte até a Baía de Guanabara para ser comercializada. Contudo, a Vila de Santo Antônio de Sá começou a entrar em decadência, pois perdia a sua condição de entreposto comercial.
Em 5 de julho de 1874, foi inaugurada a Estrada Ferro-Carril Niteroiense, partindo de Maruí, em Niterói, até Porto das Caixas. A estrada fazia a ligação de Nova Friburgo e Cantagalo diretamente ao porto da capital da província, Niterói, substituindo o transporte fluvial realizado através de Porto das Caixas. A construção da estrada foi uma das principais causas do declínio do porto e, por consequência, da Vila de São João de Itaboraí – este último, também agravado pela libertação dos escravos em 1888, que levou muitos fazendeiros à falência.
No século XX, entre as décadas de 1920 e 1980, teve grande destaque, na economia do município, a produção de laranjas, quando o município ganhou a alcunha de "terra da laranja" por ser o segundo maior produtor nacional dessa fruta.
Em 2012, com os avanços na construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ), a cidade experimentou um "boom" imobiliário, com a construção de modernos edifícios corporativos, shopping center, hotéis de bandeira nacional e internacional, empreendimentos residenciais e o advento de novas lojas e negócios para Itaboraí. Com isso, a cidade passou a ser considerada o "El Dorado" fluminense , com excelente expectativa de crescimento e expansão populacional, proporcionando à cidade recordes jamais presenciados pela cidade ainda em clima rural. Desta forma, Itaboraí passou a atrair investimentos secundários à Refinaria.
Com a explosão da Operação Lava-Jato, o COMPERJ foi paralisado mediante uma demissão em massa, o que afetou diretamente a economia do município.
Geografia
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata do Rio de Janeiro. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião do Rio de Janeiro, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro.
O município de Itaboraí possui clima tropical, chuvoso no verão e seco no inverno. Sua temperatura média anual é de 25°C.
Vegetação
A vegetação atual do município é composta em maior parte por pastagens, mata de encosta, mangues e brejos. Os remanescentes de matas são observados nos setores mais íngremes e elevados nas serras do Barbosão e do Lagarto. São matas tipicamente secundárias resultantes da regeneração natural, pois concentraram muita exploração de madeira para a obtenção de carvão e lenha no passado. No restante do município, as matas encontram-se muito fragmentadas e aparecem em locais isolados.
Os manguezais ocupam grande parte da desembocadura dos rios que desaguam na baía de Guanabara em áreas de pouco declive cortadas pelos rios Macacu e Guaxindiba.
Maciço do Barbosão
Uma das ultimas área verdes de estado do Rio de Janeiro, abriga fauna e flora remanescente de Mata Atlântica e varias nascentes de rio de pequeno curso que contribui com o Rio Casseribu.
Relevo
As características do relevo do município são bem peculiares entre si. As maiores altitudes da cidade são encontradas na serra do Barbosão, a leste, na divisa com Tanguá; nas serras do Lagarto e Cassorotiba do Sul, na divisa com o município de Maricá. Nas demais localidades, no norte e no oeste do município, predominam as planícies, onde estão concentrados os rios que convergem para a baía de Guanabara. Entre as planícies e as serras, observa-se um relevo suavemente ondulado, com morros que raramente ultrapassam os cinquenta metros.
Hidrografia
Os principais rios de Itaboraí: Macacu; Casserebú; Iguá; Aldeia; Várzea.
Economia
As principais atividades econômicas do município são: Manufatura cerâmica (decorativa e utilitária); Fruticultura; Agricultura de subsistência; Apicultura; Pecuária extensiva; Extrativismo mineral; Indústria; Setor terciário (comércio e serviços).
Esporte
A cidade possui o estádio municipal Alziro de Almeida (Alzirão), com capacidade para 900 espectadores. A principal agremiação futebolística da cidade é a Associação Desportiva Itaboraí, que se sagrou vice-campeã estadual do antigo estado do Rio de Janeiro em 1977 e foi campeã da Terceira Divisão do Campeonato Carioca em 2015.
Datas comemorativas
- 22 de maio - Dia do Município (aniversário da cidade);
- 24 de junho - Dia de São João, padroeiro do município
Festividades
As principais festividades de Itaboraí são: Festa de São Pedro; Itaflores; Festa de São João; Comemoração do dia das mães; Desfile cívico de Comemoração do aniversário da cidade; Encontro de motociclistas; Feira do livro; Semana Municipal do Ciclismo e Festa de São Barnabé
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

DIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS

Divinópolis é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Polo do Oeste de Minas e também a maior cidade da Mesorregião do Oeste de Minas e da microrregião de mesmo nome. Está localizada próxima à região metropolitana de Belo Horizonte e distante a cerca de 120 quilômetros da capital do estado.
História
Divinópolis foi fundada em 1767, por João Pimenta Ferreira em nome de cinquenta famílias que viviam em propriedades próximas ao Rio Itapecerica e Pará. O primeiro assentamento ocorreu próximo às margens deste rio e a partir daí começou a ser denominado Paragem da Itapecerica em referência à passagem de pedras pelo meio do rio (Cachoeira Grande). Em 1770 passou a se denominar Espírito Santo da Itapecerica, no termo da vila Pitangui (até 1841). Em 1912 se tornou uma cidade com o nome de Divinópolis em homenagem a seu antigo nome.
A chegada da estrada de Ferro Oeste de Minas em 1890 e a ferrovia da Integração BH-Triângulo (em 1911) permitiu a instalação de indústrias siderúrgicas de aço e ferro, ocasionando um desenvolvimento da cidade, a partir de 1916.
Geografia
O território é banhado por dois rios, ambos afluentes e tributários do Rio São Francisco: o rio Pará, que nasce em Entre Rios de Minas e banha toda a costa de Divinópolis, e o rio Itapecerica, que nasce nesta região (Ribeirões Boa Vista e Tamanduá), cortando a cidade transversalmente nos seus 18 km de extensão. Deságua no rio Pará.
Relevo
Divinópolis situa-se numa região de terras altas, principalmente a Oeste/Noroeste, onde se concentram 8% dos 15% de terrenos montanhosos que formam o território municipal, composto de campos (53%) e de áreas planas (32%).
A Serra dos Caetanos é a mais alta com 1.106 metros. Do seu alto rochoso podem ser vistas as principais elevações e inclusive parte da Cidade e do distrito Santo Antônio dos Campos. O ponto mais elevado urbano está no Jardim das Acácias, a 830 metros. O ponto mais baixo, 670 metros, está localizado na foz do córrego do Morro Grande no rio Itapecerica, bairro Danilo Passos/Vila Romana.
A maior parte das terras é formada de latossolos vermelho e alaranjado argilosos: profundos, porosos, meteorizados, pouco resistentes, pouco férteis e de reação ácida. É um complexo geológico pré-cambriano arqueozoico, com alguma quantidade de minerais como a pedra granito e quartzos (FF).
Clima
O clima é semiúmido com estação seca, classificado como Tropical de Altitude (Cwa na Classificação climática de Köppen-Geiger) com ventos dominando de Sudeste e Nordeste, fracos e moderados: umidade relativa do ar, em média, nos 66%. Índice pluviométrico de aproximadamente 1 400 mm e temperatura média anual de 22 °C.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1995 a menor temperatura registrada em Divinópolis foi de 0,7 °C em 18 de julho de 2000, e a maior atingiu 38,4 °C em 22 de outubro de 2015, superando o recorde de 38,3 °C em 15 de outubro de 2014.
Subdivisões
A cidade de Divinópolis é dividida em seis regiões sendo elas a Região Central, Região Sudeste, Região Nordeste, Região Sudoeste, Região Oeste e Região Noroeste.
Região Central
É aonde se encontra o centro comercial da cidade e bairros como Sídil, Capitão Silva e Vila Belo Horizonte. Atualmente é aonde se localiza os principais órgãos municipais, jurídicos e de administração da cidade, como por exemplo, Fórum, Tribunal de Justiça Eleitoral, Delegacias e muitas das Secretárias Municipais. As principais áreas de lazer são as praças espalhadas pelo Centro e a área boêmia conhecida como Savassinha.
Região Sudeste
Localizada no lado leste do Rio Itapecerica, É a região mais populosa, com cerca de um 1/4 da população da cidade, destacada por bairros como Porto Velho, Interlagos, Santa Rosa, Nações, Paraíso, Nossa Senhora das Graças. Na região Sudeste foi instalada em 2014 a Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto que passou a operar como pronto atendimento no lugar do Pronto Socorro Municipal. É também na região Sudeste que se localiza o Aeroporto Brigadeiro Cabral, principal aeroporto do Centro Oeste Mineiro. As principais vias de acesso à Região Sudeste são a Rua Goías/ Avenida Gabriel Passos e a Rua Bom Sucesso, principal ligação da cidade à Carmo do Cajuru.
Região Nordeste
Localizada no lado Leste do Rio Itapecerica, é importante por bairros como Niterói, Manoel Valinhas, Danilo Passos, Icaraí e o Centro Industrial Jovelino Rabelo, este último muito importante para a economia da cidade. Está localizado na Região Nordeste o 4° maior hospital de minas e maior e mais importante da cidade, o hospital São João de Deus, muito importante para toda a região Centro Oeste de Minas. No bairro Universitários localiza-se o campus Divinópolis da Faculdade Pitágoras, ex FADOM. Também na região encontramos o Parque da Ilha, principal parque ecológico em perímetro urbano da cidade. Na região Nordeste localiza-se muitos dos bairros mais distantes da cidade, chamados por vez de Nordeste Distante. As principais vias de acesso são a Avenida Governador Magalhães Pinto e a Rua Vereador José Constantino Sobrinho. A Região é a principal saída para Belo Horizonte, iniciando nela o Anel Rodoviário
Região Sudoeste
Localizada no lado oeste do Rio Itapecerica, a região em largo desenvolvimento. Muitas das principais obras da cidade se encontram na região, como o Hospital Municipal. As duas grandes faculdades públicas da cidade, UEMG e UFSJ, e o CEFET-MG, também se encontram na região. Destacam bairros como São José, Catalão, Planalto, Belvedere e São Judas. Na região também encontra-se a nova sede da Prefeitura de Divinópolis e o Parque de Exposição, palco das maiores eventos da região, sediando festas e shows em seu espaço amplo. Na região Sudoeste também se encontra muitos dos bairros mais distantes da cidade, chamados por vez de Sudoeste Distante. As principais vias de acesso são a Avenida Paraná, Avenida Amazonas, Avenida Autorama e o Anel Rodoviário. É a principal saída para o Sul de Minas e São Paulo.
Região Oeste
Encontra-se no alto da Região Central e nela se encontra bairros importantes como Ipiranga, Tietê, São Roque e Belo Vale. As principais vias de acesso são a Rua Goiás, Avenida Rio de Janeiro e o Anel Rodoviário. Nela se encontra a principal saída para Santo Antônio dos Campos, distrito de Divinópolis.
Região Noroeste
Localizada nas áreas norte e noroeste da cidade. Muito importante para a economia da cidade por ser o principal centro comercial têxtil da cidade que é polo mineiro da moda. Nela se encontram vários shoppings de vestuários como também o Shopping Patio Divinópolis. Na região também se localiza a rodoviária da cidade no bairro Santa Clara além do Campus Divinópolis da Unifenas no bairro Liberdade. Os principais bairros são Afonso Pena, Santa Clara, Bom Pastor, Padre Líbério, Candelária. A região é cortada pelo Anel Rodoviário dividindo-a ao meio. As principais vias de acesso são a Avenida JK e a Avenida Sete de Setembro, além do Anel Rodoviário.
Educação
Divinópolis abriga o Campus Centro-Oeste Dona Lindu da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). A unidade oferta quatro cursos na área da saúde: Bioquímica, Enfermagem, Farmácia e Medicina. O campus foi criado para sanar a demanda de profissionais da saúde na região.
A cidade também abriga um campus da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), localizada no antigo campus da FUNEDI/INESP. São oferecidos os cursos de Ciências Biológicas, Comunicação Social -Publicidade e Propaganda, Educação Física (Licenciatura e Bacharelado), Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia da Computação, Fisioterapia, História, Jornalismo, Letras, Matemática, Pedagogia, Psicologia, Química e Serviço Social.
O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) também possui uma unidade na cidade, oferecendo três cursos técnicos integrados ao ensino médio, Eletromecânica, Informática e Produção de Moda, além de três cursos em nível superior: Engenharia Mecatrônica, Engenharia da Computação e Design de Moda.
Cultura, esporte e lazer
Museu Histórico
Fica localizado próximo à Catedral do Divino Espírito Santo.
A antiga casa construída no antigo largo da Matriz do Arraial do Espírito Santo do Itapecerica foi fundada nesta região para ser a residência do Capitão Domingos Francisco Gontijo. Passou a ser a principal residência hospitaleira do então Arraial, abrigando até, após a emancipação do município, o primeiro presidente da Câmara de Divinópolis, Antônio Olímpio de Morais. Lá em 1906 foi também a primeira sala de cinema na cidade, com projetor portátil a gás de carbureto. Abrigou também um posto de saúde. Foi também cúria paroquial, colégio seráfico, convento dos frades e sede do Comissariado dos Franciscanos Gorcomienses (Holanda), que lá morariam até 1926. Em 1937 a congregação das Filhas de N.S. do Sagrado Coração ali assumiu a Escola Normal Dr. Mário Casasanta. Daí até 1978, sediou outras três instituições de ensino, quando foi mais uma vez fechado.
Apesar de uma lei que em 1982 declarar o casarão de interesse histórico e artístico do Município, parte do sobrado foi demolida com o pretexto de urbanizar a praça. A partir de 1985 é que sob supervisão do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG), a parte remanescente é reformada e restaurada em 1985. O histórico sobrado, logo em seguida, passa a abrigar o Museu Histórico de Divinópolis, que ali se instala festivamente em 31 de maio de 1986. Em 15 de dezembro de 1988, por intermédio da Lei Municipal n.° 2.456, o "casarão" torna-se o primeiro bem cultural tombado pelo Município, e hoje constitui-se no último remanescente do conjunto arquitetônico tido como o núcleo urbano gerador da cidade, símbolo maior das primeiras e históricas lutas da comunidade em defesa do seu patrimônio cultural.
O Museu recebeu, nos anos de 2004 e 2005, um total de visitantes que chegou a 34.380. De fevereiro a novembro de 2006, o número de visitas é de 10.484. No mesmo período foram realizadas 48 apresentações na Praça Dom Cristiano, e 76 escolas visitaram as exposições.
Teatro
Nos anos de 1930 foi construída a usina Gravatá e abasteceu o mercado com álcool combustível até a o fim da segunda Guerra. De lá foi reativada em 1950 passando a produzir polvilho e ração balanceada. Após desativada por longos períodos, foi reformada e reaberta como Teatro Municipal. Passou a ser a partir de 2008 o único teatro da cidade, com o fim das atividades de um teatro da iniciativa privada, denominado Theatron.
Cinema
Assim como a maioria dos grandes centros urbanos, as cinco salas de cinema de Divinópolis estão localizadas em um Shopping Center, o Shopping Pátio Divinópolis. Entre as décadas de 50 a 90, a cidade possuía 4 cinemas: Três cinemas de Propriedade do Sr. Sebastião Pardini: Cine Arte Ideal, Cine Divinópolis, Cine Popular. E o último a encerrar as atividades, o Cine Alhambra.
Festas, Festivais e Eventos Oficiais
Divinaexpo: Sempre ocorrendo na época do aniversário da cidade. Trata-se de um evento tradicional com rodeio e atrações sertanejas, além de várias outras festividades.
Festa a fantasia: Ocorre no período de outubro.
Desfile Cívico: É tradição no aniversário de Divinópolis, todo ano acontece o desfile cívico na Avenida 1° de Junho.
FNE - Feira Nacional do Empreendedorismo: Realizado pela escola Cebrac desde o ano de 2012 se tornou um evento oficial do município, acontece no mês de maio.
Futebol
Divinópolis conta com um representante no futebol mineiro, o Guarani, cujo mascote é o Tamanduá-Bandeira e é chamado por seus torcedores de Bugre. Em 2018 disputou a segunda divisão do Campeonato Mineiro edição a qual foi campeão. A sede do clube fica no bairro Porto Velho, onde encontra-se o estádio Waldemar Teixeira de Faria, popularmente conhecido como "Farião". Em 2012 o Guarani voltou a disputar uma competição nacional de futebol após 32 anos, a Série D do Campeonato Brasileiro; na ocasião, o Guarani foi eliminado na primeira fase - foi o último colocado em sua chave, com uma vitória, três empates e quatro derrotas, tendo somado seis pontos.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

MARÍLIA - SÃO PAULO

Marília é um município brasileiro do estado de São Paulo. Situa-se na região Centro-Oeste Paulista. Fica distante da capital do estado 443 quilômetros por rodovia; 529 quilômetros por ferrovia e 376 quilômetros em linha reta. O município é formado pela sede e pelos distritos de Amadeu Amaral, Avencas, Dirceu, Lácio, Padre Nóbrega e Rosália.
Em 2016 a Firjan classificou a cidade como a 23ª melhor do país para se viver; em 2017 Marília figurou em estudo do Ipea entre as 15 cidades mais pacíficas do Brasil, em um índice que considera municípios com população superior aos 100 mil habitantes[10]; figurando também no mesmo ano em estudo produzido pela Urban Systems como a 50ª dentre as cem cidades mais conectadas e inteligentes do Brasil.
O município desponta como pólo educacional paulista, contando com quatro instituições públicas de nível técnico e superior (Unesp, Famema, Univesp e Fatec) e instituições privadas como Unimar, Faef, Univem e Anhanguera. Em 2017 foram contabilizados 74 cursos de graduação, sendo Administração e Pedagogia os mais ofertados. Marília tem uma média de um estudante universitário para cada 18 habitantes.
Por conta de seu parque fabril no setor de alimentos, é comum que alguns bairros do município recebam o aroma de doces, biscoitos e chocolates por diversas vezes ao dia e a noite, já que empresas como a Marilan, funcionam ininterruptamente. Diversas empresas de projeção nacional e internacional foram fundadas em Marília, como o Banco Bradesco, a Tam Linhas Aéreas, a Sasazaki, a Marilan e a Dori.
Marília possui uma expressiva comunidade nipônica, colocando-se junto à Londrina, como as maiores colônias japonesas do interior do país. A Shindo Renmei, atuante em território brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial, foi fundada por ex-militares japoneses em Marília no ano de 1942, sua atuação marcou a história colônia japonesa no Brasil. A colônia japonesa realiza anualmente uma das maiores atrações do município, o "Japan Fest", ocasião em que é eleita a Miss Nikkey da região de Marília, que é encaminhada para o concurso estadual e posteriormente nacional.
A importância do município no âmbito da colonização japonesa no Brasil, levou-o a receber duas visitas de representantes da Casa Imperial do Japão, sendo uma em 1958 (príncipe Mikasa) e uma em 2018 (princesa Mako), por ocasião dos 50 e dos 110 anos da imigração japonesa no Brasil, respectivamente; ambos fizeram o plantio simbólico de um Ipê no Paço Municipal.
O artigo 18 da lei 4468 de 1998 institui a Tabebuia Araliacea (Ipê Amarelo), como árvore símbolo de Marília, coincidindo a data da comemoração com o Dia da Árvore (21 de Setembro). Desde 1980 Marília e a japonesa Higashihiroshima são cidades-irmãs.
Dados do Conselho Regional de Corretores Imobiliários apontam que, Marília é o segundo município do interior do estado de São Paulo em número de condomínios fechados, com um total de 27 registros, ficando abaixo somente de São José do Rio Preto.
Dentre as tipicidades gastronômicas de Marília destacam-se o pastel de ovo e a parmegiana de pastel, das lanchonetes Hirata e Taroco, respectivamente; os cafés América e Dona Santina; bem como a maionese caseira de alho servida em quase todas as lanchonetes da cidade.
No dia 5 de fevereiro de 2019, em votação na Alesp, Marília foi oficialmente reconhecida como município de interesse turístico, inaugurando uma nova fase em sua trajetória de desenvolvimento. Um dos grandes potenciais de Marília é o seu patrimônio paleontológico, com importantes achados de fósseis de dinossauros datados de cerca de 70 milhões de anos, contudo, o município enfrenta dificuldades em desenvolver de modo sustentável tal atrativo.
História
Pré-história
Há cerca de 70 milhões de anos, a região onde hoje fica Marília e o oeste paulista foi habitada por dinossauros e outros animais pré-históricos. Esses animais tiveram seus restos ósseos petrificados em sedimentos arenosos de primitivos rios e lagos. Com as transformações geológicas ocorridas ao longo do tempo, esses ambientes primitivos se modificaram, e os sedimentos se transformaram em rochas, conhecidas principalmente como arenitos, e os ossos se tornaram fósseis. Essas rochas são as mesmas que hoje constituem as serras e escarpas que rodeiam a cidade, como os paredões de arenito do vale do Barbosa na Via Expressa, a Serra de Avencas, o vale do Pombo, a Serra de Dirceu (adiante do aeroporto) e muitas outras. Um crocodilo primitivo da era dos dinossauros, descoberto em rochas próximas ao Rio do Peixe, sul de Marília recebeu, inclusive, o nome da cidade, sendo batizado em 1997 como Mariliasuchus amarali. Seus restos fossilizados têm permitido uma melhor compreensão acerca dos ecossistemas do passado. A cidade ganhou projeção recentemente com a descoberta e escavação de um esqueleto semiarticulado de um grande dinossauro herbívoro (titanossauro) que viveu na região entre 65 e 70 milhões de anos atrás e que ficou conhecido como "Dino Titã de Marília". Por apresentar cerca de 70% dos ossos preservados, como boa parte da coluna vertebral, é considerado, até o momento, o mais completo titanossauro já encontrado no Brasil, fazendo de Marília um importante centro para estudos paleontológicos de projeção nacional.
A primeira ocupação humana: os caingangues
Quando da chegada do "homem branco", o estado de São Paulo era habitado por inúmeras tribos de índios. Quando a ocupação do território avançou a oeste, uma das etnias que aqui estavam eram os caingangues. Suas aldeias podiam ser encontradas numa vasta área que se situava entre as elevações da Cuesta de Botucatu e a margem esquerda do Tietê, ou na outra margem, até a região atual de Dois Córregos.
Essas aldeias caingangues agrupavam-se por identidade da língua que falavam, estando o povo caingangue dividido em: Kaingán, Weyana e Aweikoma; os três grupos referiam-se a si mesmos como caingangue, ou seja, "Gente do Mato". Além dos termos Caingangue e Kaingang, a etnia também pode ser conhecida como Kanhgág, Guayanás, Guaianás, Coroados, Bugres, Botocudos, Camés e Xoclengues, a depender da região.
Embora os Aweikoma pertençam a mesma família linguística, possuem diferenças culturais palpáveis, o que os fez, por muito tempo, serem registrados, como grupo não-caingangue. Estes são também conhecido como Xocrés, Xoclengues e Botocudos, este último, pelo hábito que tinham de inserir pedaços de madeira no lábio inferior da boca, até que, adulto, cada indivíduo ostentasse um adorno circular enorme, o botoque.
Os kaigán e os weyanas não furavam o lábio, no entanto, havia um procedimento comum a toda essa nação indígena: a singular forma de cortar os cabelos, que lhes rendeu o apelido de coroados, por parte dos brancos.
Os grupos diferenciavam-se quanto à forma de produzir seu sustento. Os caingangues eram agricultores sedentários, mudavam menos e faziam roças ao lado das aldeias. Os aweikomas, ao contrário, eram nômades e reuniam-se em pequenos grupos de caçadores e coletores.
O massacre e a espoliação das terras caingangues
No ano de 1905, Jorge Tibiriçá (1855-1928), então presidente do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Agricultura, determinou que a então Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo fizesse o reconhecimento dos vales dos rios Peixe e Feio, uma vez que, os trilhos das Companhias de Estradas de Ferro Sorocabana ao Sul e Noroeste ao Norte da região, avançavam rapidamente rumo ao sertão paulista.
A referida expedição encontrou cinco tribos caingangues habitando o território, sendo elas: a do Cacique Vauhin, que habitava os campos de Avanhandava e Fazenda Patos; a do Cacique Ary Krim-Krim, que também habitava a região do Ribeirão dos Patos; a do Cacique Bri, que habitava parte da região do Córrego do Veado e do Rio Iacri; a do Cacique Rerig (Rerin), que vivia na cabeceira do Córrego do Veado; e a do Cacique Iakri (Iacri), que vivia na região do Córrego Jurema e afluentes do Rio Feio (Aguapeí).
O Estado brasileiro apoiava a ocupação do território pelo "homem branco", ignorando a população indígena pré-existente, oferecendo subsídios para a ocupação, construindo estradas e fazendo vista grossa às chacinas cometidas contra os indígenas pelos chamados "bugreiros".
No referido território caingangue, a construção da estrada de ferro Noroeste do Brasil, iniciada em 1905, foi extremamente sangrenta e fatal para os indígenas, de modo que, os sobreviventes não mais teriam a oportunidade de viver do modo como viveram seus ancestrais.
Após insistente pressão de um grupo liderado por intelectuais, políticos e militares, o governo federal, sob presidência de Hermes da Fonseca, criou em 1910 o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que tinha a missão de evitar mais chacinas confinando e controlando os índios como patrimônio federal; deste modo os indígenas foram induzidos a deixar sua organização social associativa e adotar o modelo de núcleo familiar. Paralela à política de aldeamento, o SPI também buscou afastar a Igreja Católica da catequese e transformar o índio num trabalhador nacional.
Sob o comando de marechal Cândido Rondon, o posto do SPI foi instalado na região da Noroeste, nas cercanias dos atuais municípios de Promissão e Avanhandava, onde encontravam-se acuados pequenos grupos de índios caingangues remanescentes do extermínio promovido pelo e com o aval do Estado.
A ocupação minifundiária da Alta Paulista e Marília como capital regional
A região de passagem dos trilhos da Companhia Paulista à oeste de Bauru, que ficou conhecida como Alta Paulista, teve suas estações ferroviárias (que na maioria dos casos deram nome à cidades) por ordem alfabética; sendo assim, as nomenclaturas dadas de A à Y foram: Alba, Brasília (distritos do município de Piratininga), Cabrália Paulista, Duartina, Esmeralda (estação dentro da fazenda pertencente ao coronel Lima, localizada em Duartina), Fernão Dias (atual município de Fernão), Gália, Hispéria (estação dentro da Fazenda Igurê, localizada em Garça), Incas (Italina e depois, Garça), Jafa (distrito de Garça), Kentuckia (atual Vera Cruz), Lácio (distrito de Marília), Marília, Oriente, Pompeia, Quintana, Rinópolis, Santana (Herculândia), Tupã, Universo, Yacri (Iacri).
A ocupação inicial da Alta Paulista deu-se a partir de latifúndios pertencentes a políticos de renome ligados à oligarquia cafeeira de regiões mais antigas, como o senador Rodolfo de Miranda, oriundo do Vale do Paraíba, o deputado Cincinato Braga, de Piracicaba e o também deputado Sampaio Vidal, de São Carlos e Araraquara. Contudo, esta nova região nascia sob novas configurações sociais, já no pós-abolição e sob a égide do trabalho livre e assalariado.
A criação de uma grande massa de assalariados rurais, fez da terra um bem comercializável e não mais patrimônio hereditário, de modo que, num país ainda essencialmente agrícola, como era o Brasil de então, a terra passou a ser elemento central no processo de ascensão econômico-social dos indivíduos (ainda muito pautada na família).
O cenário internacional, não era favorável para apostas exclusivas em grandes extensões de café, haja vista a grande depressão causada após a quebra da bolsa de Nova Iorque. Deste modo, o momento era o da diversificação da produção e da busca por novas fontes de renda, o que levou os grandes proprietários da Alta Paulista a lotearem seus latifúndios e comercializarem suas terras, fomentando o surgimento de núcleos habitacionais como fator de atração para compradores advindos de outras regiões.
Assim, a partir da oferta da possibilidade do assalariado do latifúndio das antigas zonas cafeeiras tornar-se proprietário rural independente, a Alta Paulista tornou-se polo de atração migratória, tendo Marília adquirido tamanha importância, que passou a ser denominada como "Capital da Alta Paulista".
Neste contexto, a região então escassamente habitada, é povoada através da migração de brasileiros e estrangeiros, fazendo da Alta Paulista uma região de convivência multicultural.
A diversificação da produção e a industrialização
No início do século XX, a economia de Marília era baseada no cultivo de café, que, com o tempo, foi sendo substituído pelo algodão. Neste aspecto destaca-se o imigrante japonês, haja vista terem sido os primeiros a plantarem o algodão na região (já entre 1928 e 1929).
Pode-se dizer que houve uma relação simbiótica entre o desenvolvimento inicial de Marília e a carreira política de Bento de Abreu na década de 1930. Talvez se possa creditar ao episódio do desenvolvimento acelerado do município parte da sobrevivência política de Bento de Abreu após a Revolução de 1930. Pode-se dizer que sua atuação decisiva doando terrenos para diversos prédios públicos e privados, além de lotear parte de suas terras ajudou a impulsionar o desenvolvimento do município naquele período.
Após a Revolução Constitucionalista de 1932, houve um movimento encabeçado pelos jovens voluntários retornados, no sentido de unir a população de Marília, que ainda se via dividida político e geograficamente entre os antigos patrimônios de Antônio Pereira da Silva e de Sampaio Vidal. Deste modo, o então prefeito João Neves Camargo, através do Ato Municipal nº 223 , estabeleceu a junção nominativa da rua que ligava ambos os patrimônios, considerando injustificada a distinção entre ruas do patrimônio do Alto Cafezal e ruas do patrimônio de Marília quando estas são por vezes prolongamentos umas das outras. Deste modo, o Artigo 1º do ato resolve: Ligar os patrimônios de Alto Cafezal e Marília, denominando Rua 9 de Julho a atual via pública formada pelas ruas Tamandaré, Ceará e Minas-Gerais.
Graças ao algodão, em 1934 e 1935 foram instaladas as duas primeiras indústrias no município (duas fábricas de óleo). Ao longo da década de 1930 Marília rapidamente tornou-se uma “capital regional”, por conta de fatores como o grande entroncamento rodoferroviário, com estradas de rodagem que cortavam perpendicularmente as linhas férreas da Companhia Paulista e Noroeste, que faria o município desenvolver uma enorme capacidade produtiva nos setores de serviços e comércio. Cada vez mais aumentavam as estradas que ligavam a cidade de Marília às fazendas produtoras, aos vilarejos e cidades vizinhas. Surgiam também as “jardineiras” intermunicipais, como importante meio de transporte que supria a demanda onde a ferrovia não abrangia.
O fator “rodoviário” trouxe um aspecto especial para o desenvolvimento de Marília. Um fluxo grande de pessoas que percorrendo toda a região da alta paulista trouxe novas perspectivas de negócios e investimentos ao município. Tal afluxo e circulação de pessoas, fez premente a necessidade da construção de um prédio destinado ao embarque e desembarque ordenado das jardineiras que chegavam e partiam da cidade; é deste modo que, em 1938 é inaugurada em Marília a "primeira rodoviária do Brasil", com influências do Art Déco, em projeto assinado por José Ferreira Dias.
Outra marca importante desse período de crescimento agroindustrial no município de Marília, foi a realização da 1ª Exposição Agrícola, Industrial e Comercial de Marília, em 1938. Evidencia-se um certo investimento estadual e preocupação com o evento através da construção de edifícios e stands, bem como, através da inauguração do aeroporto estadual Frank Miloye Milenkovich no município visando receber investidores, empresários e autoridades políticas.
Na década de 1940, o município firmou-se como polo de desenvolvimento do Oeste Paulista, apresentando um grande crescimento urbano e populacional. É neste período que as Indústrias Reunidas Matarazzo instalaram sua planta fabril no município. Com a expansão da industrialização no interior paulista, houve um aumento da malha ferroviária e rodoviária, com isso Marília ligou-se a várias regiões do estado de São Paulo e ao norte do Paraná. Em Marília, a “frota de veículos em 1940 era superada apenas pela da capital, Santos e Campinas, com um deslocamento diário de 1500 passageiros na estação rodoviária, em linhas que atendiam 88 localidades”.
Em 1940, havia oito casas bancárias na cidade de Marília: Banco Comercial do Estado de São Paulo, Banco do Comércio e Indústria de São Paulo, Banco do Estado de São Paulo, Banco de São Paulo, Banco Noroeste, Casa Bancária Bratac, Casa Bancária Tozan e Casa Bancária Almeida. Esta última em 1943 iria se transformar no Bradesco. A maioria viria financiar o pequeno produtor que não encontrava oportunidades de investimento pelos grandes bancos brasileiros.
Industrialização e urbanização na segunda metade do século XX
O primeiro edifício construído em Marília foi o Edifício Ouro Verde, em 1951. Ele foi totalmente comercializado em um único dia, seria o advento de um novo ciclo de desenvolvimento urbano que seria experimentado pelo município.
Marília teve sua economia transformada no pós-guerra e rearranjada de forma a se adequar as novas possibilidades que surgiram com a industrialização, iniciada no Governo de Getúlio Vargas, tendo seu ápice no Governo de Juscelino Kubitschek. Com o fim da Segunda Guerra, a região passa por mais uma diversificação da produção, com a introdução do cultivo do amendoim. Deste modo, no perímetro urbano de Marília passam a surgir beneficiadoras de amendoim que produziam óleos-base para a indústria alimentícia, o que impulsionaria toda uma cadeia de produção que não mais deixaria de se desenvolver. A indústria beneficiadora de amendoim, diferentemente do setor têxtil ou algodoeiro com base exportadora, atendia a um mercado regional e nacional em formação. Sua produtividade era consideravelmente alta e substituiu a exploração agrícola do algodão de maneira acentuada.
A partir da segunda metade do século XX, a população brasileira, majoritariamente camponesa, tenderia a urbanizar-se. Marília, que em período anterior havia firmado-se como pólo de apoio às atividades agrícolas da Alta Paulista, passou pela nova fase de urbanização observada em todo o país, recebendo indústrias variadas, com especial vocação para os setores metalúrgicos e alimentícios. Paulo Fernando Cirino Mourão, em sua dissertação de mestrado defendida na Unesp de Presidente Prudente, em 1994, destaca o papel dos imigrantes italianos, japoneses e seus descendentes na industrialização mariliense.
A urbanização levou muitas a buscarem uma reestruturação a fim de garantirem a inserção familiar no ambiente urbano, sendo assim, garantir o estudo dos filhos, passou a ser um meio para tal. Marília contava com uma boa rede de educação primária e secundária, contudo, aos jovens cujas famílias decidiam investir em uma formação de nível superior, a saída era a busca pelos grandes centros. A formação superior dos estudantes marilienses no estado do Paraná, era comum na época; muitos médicos e engenheiros formaram-se na Universidade Federal do Paraná nos anos 1950.
As possibilidades cada vez mais escassas de ascensão social e econômicas no campo, associadas à criação de postos industriais nas cidades, levou a um rápido crescimento das mesmas. A década de 1970 apresentou a saturação dos postos de trabalho urbanos em Marília, quando as primeiras favelas começaram a surgir a partir da necessidade de habitação das pessoas no espaço urbano em face às dificuldades de inserção formal no mesmo.
O grande déficit habitacional urbano era um problema que já vinha sendo observado em outras regiões do estado de São Paulo, o que levou o governo à criar programas de construção de moradias populares. Em Marília foram construídas 4 mil casas (Nova Marília) na gestão do prefeito Theobaldo de Oliveira Lyrio, além da construção do CECAP (Caixa Estadual de Casas para o Povo) Maria Izabel, projetado pelo renomado arquiteto Vilanova Artigas.
Polo educacional e "Capital Nacional do Alimento"
Com a posterior instalação de diversos cursos universitários, Marília pôde atrair vários jovens à região, o que ajudou no desenvolvimento e diversificação do setor de comércio, serviços e entretenimento, bem como na expansão das atividades imobiliárias. Hoje, Marília conta com aproximadamente 50 indústrias na área alimentícia sendo conhecida como "Capital Nacional do Alimento".
Clima
O clima do município é subtropical, apresentando uma temperatura mínima absoluta de -3,6 °C e uma temperatura máxima absoluta de 39,4 °C.
Migrações internas
Os migrantes internos sempre tiveram importante papel no povoamento e desenvolvimento de Marília. Dentre os pioneiros do período fundacional encontravam-se sobretudo paulistas de regiões mais antigas, fluminenses, mineiros e nordestinos, notadamente baianos da região de Caetité.
Com o declínio da lavoura cafeeira, já nos anos 1930, Marília recebeu mais levas de nordestinos, sobretudo baianos e pernambucanos que vinham para o trabalho na cultura do algodão, uma vez que, o nordeste até então era o maior produtor nacional da fibra. Além dos trabalhadores rurais, Marília também recebeu muitos profissionais liberais formados em São Paulo, Rio de Janeiro e grandes centros. Dentre esses migrantes pode-se citar a figura do médico baiano Aristóteles Ananias Maurício Garcia, que além de exercer a medicina, foi político, chegou a ser prefeito de Marília e foi proprietário da primeira casa em estilo modernista da cidade, com projeto assinado pelo renomado Gregori Warchavchik.
Além dos migrantes nordestinos, chegaram muitos mineiros, que também trabalhavam nos canaviais da Fazenda Paredão e da Fazenda Flor Roxa. Na zona urbana, os migrantes que possuíam baixo nível de escolarização usualmente trabalhavam como saqueiros nas máquinas de benefício de arroz, café e algodão. Posteriormente passaram a trabalhar e empreender no ramo de bares, mercearias e restaurantes.
Afro-brasileiros
A presença afro-brasileira consta em Marília desde sua fundação, nos anos 1920. Os afro-brasileiros, provieram de regiões de ocupação mais antiga, tanto do estado de São Paulo, como de outros estados do país. A ocupação tardia da região da Alta Paulista representava no imaginário social a possibilidade de formação de uma nova sociedade, livre dos antigos ranços e vícios das zonas de ocupação antiga, como o sistema escravocrata, por exemplo, que apesar da abolição, em 1888, continuou a afetar a vida dos afro-brasileiros.
O lema estampado na bandeira municipal de Marília "Símbolo de Amor e Liberdade", sintetiza o espírito de colonização desta nova região.
A religiosidade também mostra-se como forte legado cultural afro-brasileiro em Marília. Atualmente o município conta com mais de cem terreiros de umbanda e candomblé registrados, destacando-se o Terreiro de Candomblé Abassá Nkassuté Lemba Nzambi Keamazi, localizado no distrito de Padre Nóbrega (objeto de estudos acadêmicos por destacar-se entre os terreiros pioneiros no resgate dos conhecimentos bantu)[38] e o Templo de Umbanda das Águas de Yemanjá, no perímetro urbano de Marília.
Comunidades imigrantes
Portuguesa
Desde a fundação, os portugueses marcaram presença na cidade de Marília. Organizando-se comunitariamente, os portugueses de Marília criaram a Casa de Portugal, presente em diversas regiões brasileiras onde há representatividade portuguesa. A Casa de Portugal visa estreitar os laços históricos, culturais, econômicos e comerciais entre o Brasil e Portugal.
Em 2009 o então Prefeito municipal, de origem portuguesa, Abelardo Camarinha, inaugurou a "Praça Casa de Portugal" no centro da cidade; na praça foi erigido um monumento com a Cruz da Ordem de Cristo em cuja pilastra encontra-se uma placa com o poema Mar Português, de Fernando Pessoa, além de uma homenagem à Comunidade Portuguesa radicada em Marília. Tradicionalmente, no dia 6 de junho, a Casa de Portugal de Marília realiza o jantar em comemoração ao Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Espanhola
A presença espanhola também foi pioneira na região, segundo Rosalina Tanuri o primeiro espanhol a adquirir terras do senador Rodolfo Miranda em Marília, foi António Hernández, no ano de 1921. Contudo, por volta dos anos 1930 é que começou a formar-se de fato uma comunidade espanhola em Marília. Com o crescimento da colônia espanhola na região, em 25 de junho de 1932 foi fundada a Sociedad Española de Marília, que funcionava como centro de ajuda mútua e fraternidade entre seus membros.
Em 1934, procedente de Cabrália Paulista, chegaram a Marília os irmãos Hilário e Manoel Lopes Saes. Espanhóis de Pueblonuevo del Terrible, chegaram ao Brasil em 1911 com os pais, fixando residência em Agudos. Em Marília, os irmãos firmaram sociedade com os cunhados e fundaram a indústria de carroças e carrocerias "Hispano-brasileira". A oficina passou então a produzir a carroceria de ônibus “Saes”, equipando as empresas de transporte de passageiros da Alta Paulista, Sorocabana e Norte do Paraná, Mato Grosso e rincões pioneiros.
A organização católica Opus Dei, fundada em 1928 na Espanha, chega ao Brasil através de Marília no ano de 1957, o que se deu devido aos contatos de Dom Hugo Bressane de Araújo (então bispo da diocese de Marília), com São Josemaría Escrivá de Balaguer, bispo espanhol fundador da Opus Dei (canonizado por João Paulo II em 2012).
O fato de ter recebido o primeiro centro da Opus Dei no Brasil, estabeleceu uma ponte entre a Espanha e Marília, que passou a receber diversos membros da obra, dentre eles o Padre Jaime Espinosa Anta, médico e doutor em direito canônico, o também médico recém-formado José Luís Alonso Nieto e o jovem advogado Félix Ruiz Alonso. Abriu-se também em Marília no mesmo ano de 1957 o primeiro Centro feminino da Opus Dei, recebendo dentre tantas colaboradoras espanholas as professoras Maria Clara Constantino e Gabriela Malvar Fonseca e a nutricionista Rosário Alonso.
Os Padres do Opus Dei utilizavam a então capela de Nossa Senhora da Glória para as missas, retiros e reflexões. Em gratidão a primeira cidade do Brasil que os acolheu, Dom Hugo recebeu de Roma o painel de Nossa Senhora da Glória, pintura artística de 1958 presente no atual Santuário de Nossa Senhora da Glória, no centro da cidade.
Sírio-libanesa
Os sírio-libaneses que chegaram ao Brasil no século XIX e início do século XX estabeleceram-se inicialmente nos grandes centros do país, contudo, a prática do mascateio, muito difundida entre os pioneiros, levou-os a desbravar o interior do Brasil em busca de novas clientelas. Deste modo, passaram a estabelecer-se nas urbes interioranas em desenvolvimento e a criar suas colônias, para onde passaram a rumar diretamente posteriores compatriotas "os chamados primos".
Os mascates já percorriam as fazendas da região de Marília antes mesmo de sua fundação, sendo que, passaram a estabelecer-se na cidade com maior expressão após a chegada dos trilhos do trem, revolucionando as práticas comerciais, como faziam por onde chegavam. Dentre os primeiros sírio-libaneses a que se tem notícia terem chegado a Marília, está o libanês Saad Baclini Chueiri, que chegado em 1928, fez sociedade com o também libanês Amélio Elias Sabag. Saad Chueiri foi um grande empreendedor, construiu em 1934 o posto de gasolina "Sete de Setembro" e, como proprietário de terreno na Avenida Sampaio Vidal, fez composição com a Construtora Irmãos Ferraz para a construção do Edifício Ouro Verde, o primeiro da cidade.
Em Marília os libaneses mantém o Clube Monte Líbano, que funciona nas imediações do Bosque Municipal desde 1985.
Judaica
A comunidade judaica que se formou em Marília é basicamente advinda do Leste Europeu, sendo portando composta essencialmente de judeus Asquenazes. Os gérmens do antissemitismo sempre estiveram presentes na Europa, vide a perseguição promovida aos Judeus Sefarditas pela Inquisição já no século XV. No final dos anos 1920, quando Marília tornou-se município, o nazismo já encontrava-se em ebulição na Europa; o primeiro volume de "Mein Kempf", de Adolf Hitler, foi escrito em 1925. Antes disso, a ebulição política no Leste Europeu em virtude da Revolução Russa e dos pogroms da Rússia tsarista, que vitimava comunidades minoritárias, como os judeus, impulsionavam a emigração em massa de judeus, sobretudo para a América.
O referido contexto de perseguições levou a vinda de levas migratórias judaicas do Leste Europeu para o Brasil desde o início do século XX. Os judeus, assim como os Sírio-Libaneses, dedicavam-se sobretudo ao comércio e igualmente ao mascateio, dividindo tal nicho econômico na nascente Marília. Os Knobel chegaram a Marília nos anos 1930 devido ao forte antissemitismo que assolava a Polônia, que seria definitivamente ocupada pelas tropas alemãs em 1940. Atualmente existe em Marília, entre as avenidas 9 de Julho e Sampaio Vidal um edifício chamado Benjamin Knobel; Benjamin (Bencjon) era um dos jovens judeus polacos que chegou à cidade com seu irmão Abraan em 1936.
Os Knobel participavam das cerimônias religiosas na sinagoga do Rabino Singal, que atraía os judeus de toda a região. Além dos Knobel, famílias como os Fridman, os Kopelman, os Oksman, os Speiter, os Zatyrco, os Zaterca, os Beznos, os Tigel, os Klepacz e os Singal, faziam parte da comunidade judaica estabelecida em Marília. A primeira geração, marcada pelas perseguições europeias, encontraram em Marília o "Símbolo de Amor e Liberdade", de seu lema; trabalhando arduamente e esmerando-se na educação das gerações posteriores. Dentre os marilienses frutos dessa história, pode-se citar o Dr. Elias Knobel, professor e vice-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Filho do senhor Abraham e sobrinho de Benjamin Knobel, Elias nasceu em Marília em 1943, sete anos após a chegada de seu pai em Marília.
Italiana
Os italianos também fazem parte história de Marília, o que pode-se perceber de imediato a partir dos nomes de diversos logradouros e bairros da cidade, que homenageiam imigrantes italianos e seus descendentes; como exemplo podem ser citados os bairros Bassan, Banzato, Cavalieri, Lorenzetti, Osvaldo Fanceli, Saliola, Somenzari, Thomaz Mascaro e Jardins Casadei, Cavallari e Fontanelli.
Conforme a lei nº 4017, de 1994, Marília comemora anualmente a instituição da República da Itália. O hasteamento da bandeira italiana faz parte da comemoração e é anualmente realizado, pela manhã, no Paço Municipal. Trata-se de uma homenagem aos imigrantes italianos e ítalo-descendentes que contribuíram com a história de Marília e do Brasil.
O italiano Salvatore Scarpetti e seu filho Jaime, oriundos de Limeira, foram um dos pioneiros dessa nacionalidade a chegar à região da atual Marília por volta do ano de 1924. Ambos instalaram uma serraria, nicho econômico que teve grande impulso, haja vista o rápido desenvolvimento pelo qual a região passou e a necessidade da derrubada das matas para a formação dos primeiros cafezais.
A comunidade italiana realiza anualmente festas com comidas e danças típicas, trata-se da "Festa de Santo Antônio" e da "Festa Italiana", realizadas nas adjacências da Paróquia de Santo Antônio. A região tornou-se referência cultural italiana em Marília, abrigando cantinas e restaurantes italianos. Além do cristianismo católico, a comunidade italiana também é representada pela igreja evangélica Congregação Cristã no Brasil, fundada no Paraná na primeira década do século XX por Luigi Francescon, italiano radicado nos Estados Unidos, que veio ao Brasil para trazer sua fé à grande colônia italiana estabelecida no país de então. Inicialmente difundida entre a comunidade italiana, é por ocasião da Segunda Guerra Mundial que os cultos passaram a ser ministrados em português e a igreja começou a atrair maciçamente fiéis de outras origens étnicas.
Parte importante da industrialização paulista e mariliense se deve à imigração italiana, o que evidencia-se a partir do volume de indústrias criadas por italianos e ítalo-descendentes. Para além da já citada cervejaria da família Basta, pode-se citar as indústrias do ramo alimentício que dariam vocação ao município de Marília, como a Ailiram, a Marilan, a Bel, a Dori e a Macarrões Irmãos Raineri. Entre as décadas de 1930 e 1940 Marília recebeu uma planta fabril das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, uma das maiores representações do empreendedorismo ítalo-brasileiro da América Latina. Localizada no bairro Somenzari, a planta dedicava-se ao beneficiamento de arroz e algodão, chegando a empregar 400 operários. Em 1975 o complexo foi desativado e em 1992 o  Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), tombou partes do mesmo como patrimônio histórico-material de interesse do Estado de São Paulo.[59] Marília também possui uma Agência Consular Honorária da Itália.
Japonesa
Marília possui entre 1.500 e 2.000 famílias nikkeys, colocando-a junto a Londrina, como uma das maiores concentrações de nipodescendentes do interior do Brasil. Segundo Rosalina Tanuri, referindo-se à colônia japonesa de Marília: "Eles revolucionaram o conceito de trabalhar a terra [...].Tanto na cidade, quanto nos sítios e fazendas, o japonês estava em grande número. Os que viviam na cidade preferiam o ramo de bares, armazéns, tinturarias e farmácias".
Os primeiros japoneses chegaram à região de Marília em 1926, antes mesmo da emancipação político-administrativa do município, que só ocorreria em 1929. Já em 1930 fundaram a primeira associação japonesa, a Associação Cultural Nipo Brasileira de Marília. Em 1945, outra associação foi fundada, a Sociedade Esportiva e Cultural Okinawa de Marília (AECOM). Em 1991, a partir da união de ambas associações com o Esporte Clube Mariliense, surgiu o Nikkey Clube de Marília, cujo objetivo é divulgar e preservar a cultura japonesa junto a comunidade, e promover o intercâmbio cultural entre o Brasil e o Japão.
A comunidade nipo-brasileira de Marília legou à cidade um importante patrimônio cultural, disseminado, por exemplo, através da culinária, da religião, dos esportes e das artes marciais. O município possui comunidades religiosas orientais de diversas crenças e linhagens, dentre elas, a Soka Gakkai, Perfect Liberty, Seicho-no-ie, Igreja Tenrikyo, Igreja Messiânica (Johrei), Assembléia de Deus Nipo-Brasileira, Igreja Metodista Livre Concílio Nikkei e os templos budistas Mahayanas Shinshu Honganji e Honpa Honganji. Existem diversas academias de treinamento de artes marciais japonesas, como Judô, Kendô, Aikidô e Karatê, sendo algumas destas, células-mãe de academias que se expandiram para outras regiões do país. Marília possui equipes de Beisebol, Softbol e Gateball, sendo os times de Marília muito bem posicionados em tais modalidades em nível nacional. A culinária nipônica pode ser degustada nos mais de quinze restaurantes espalhados pela cidade, além disso, é possível encontrar diversas mercearias especializadas em produtos japoneses. Ligado Nikkey Clube encontra-se o grupo de Taikô Hibiki Wadaiko, que apresenta constantemente sua arte nos eventos da cidade e da região.
A maior expressão do empreendedorismo nipônico mariliense da atualidade é a Sasazaki, indústria de portas e esquadrias de metal.
Em virtude da notável presença nipônica em Marília, o município recebeu duas visitas da Casa Imperial do Japão, uma do então príncipe Mikasa, em 1958, por ocasião dos 50 anos da imigração japonesa no Brasil e a mais recente, em 2018, da princesa Mako, por ocasião dos festejos dos 110 anos da imigração japonesa no Brasil. Ambos foram recepcionados pelo poder público municipal e pela colônia nipônica, fazendo o plantio simbólico de um ipê em frente ao Paço Municipal da cidade.
Chinesa e taiwanesa
Os laços iniciais entre a China e o Brasil foram fomentados por Portugal, uma vez que, assim como o Brasil, a região chinesa de Macau, também era colônia portuguesa. A primeira leva de imigrantes chineses a chegar ao Brasil remonta os anos de 1860, quando Portugal organizou a vinda de imigrantes da colônia de Macau. A imigração chinesa para o Brasil foi estrategicamente pensada por Portugal visando a construção de ferrovias no Rio de Janeiro, a introdução e desenvolvimento da cultura do chá em São Paulo e para o trabalho na mineração em Minas Gerais. Este tipo de migração fomentada trouxe ao Brasil aproximadamente 5 mil imigrantes.
A partir dos anos 1950 um novo e mais vigoroso fluxo migratório teve início, desta vez de forma espontânea, motivado principalmente por guerras e escassez de alimentos. A implantação do comunismo na China continental levou uma expressiva quantidade de chineses a emigrarem para Taiwan. De Taiwan partiram muitos para outros países, dentre eles o Brasil. Após um período de estagnação, a imigração chinesa para o Brasil retomou impulso no fim dos anos 1990, quando uma nova leva de imigrantes passaram a chegar ao país para dedicar-se a atividades comerciais. Tal fluxo migratório, dentre outros fatores, tem a ver com a abertura da economia brasileira nos anos 1990 e a intensificação das relações comerciais entre China e Brasil.
Atualmente é possível notar a presença chinesa por todo o Brasil. Se a leva migratória anterior concentrou-se sobretudo nas capitais e grandes cidades, este novo fluxo ganhou maior capilaridade, o que tem a ver também com a interiorização da urbanização no Brasil. Deste modo, tanto nas grandes cidades, como em cidades de médio porte, como é o caso de Marília, a imigração chinesa não passa desapercebida. Estes novos imigrantes, chegam ao Brasil para a realização do sonho de possuir seu próprio negócio. Tradicionalmente os chineses dedicavam-se ao ramo alimentício (em geral pastelarias, devido ao baixo investimento inicial e o rápido retorno financeiro), contudo, atualmente diversificaram o rol de atuação, dedicando-se maciçamente à venda de artigos importados de seu país natal, sejam eles utilidades domésticas, utensílios de beleza, relógios e eletrônicos.
Em Marília, os imigrantes da nova leva imigratória localizam-se essencialmente na região central da cidade, onde vivem e trabalham em atividades comerciais que vão de lojas de importados a restaurantes e pastelarias (que atualmente não vendem apenas pastéis, mas também refeições e salgados em geral, inclusive a tradicionalmente brasileira coxinha). Especializados em culinária chinesa são sete restaurantes, os locais San Jhou, Disk Lin, Casa do Yakissoba, Mr. Chang, Muralha e Dragão Dourado e o franqueado China In Box. A culinária taiwanesa é representada em sua versão vegetariana pelo restaurante Tshu Shin. Estima-se que a cidade abrigue uma comunidade de mais de 900 membros.
Atualmente o campus de Marília da Unesp é um dos polos do Instituto Confúcio, fruto de um convênio entre a universidade e o governo da República Popular da China, em parceria coma Universidade de Hubei. O Instituto visa o ensino da língua chinesa, a divulgação da cultura e da história da China e o fortalecimento do intercâmbio cultural e acadêmico entre o Brasil e a China. Todos os profissionais são chineses, selecionados e aprovados pela matriz do Instituto Confúcio na China para vir ao Brasil.
Em 2018 foi sancionada a Lei 13.686, que institui a data de 15 de agosto como Dia Nacional da Imigração Chinesa no Brasil. A data escolhida rememora a chegada dos primeiros imigrantes chineses ao país, que segundo registros oficiais deu-se em 15 de agosto de 1900 em São Paulo. Segundo dados da Polícia Federal, os chineses representam aproximadamente 5% do número de imigrantes registrados no país. A comunidade chinesa no Brasil só é menor as estabelecidas na Bolívia, nos Estados Unidos e na Argentina.
Alemã
Em menor quantidade que os demais, mas não menos importantes, os alemães também chegaram a Marília e fizeram parte de sua história, contribuindo para seu desenvolvimento. Dentre estes, um nome que figura dentre o rol de heróis marilienses é o de Nelson Spielmann, mariliense descendente de alemães morto em combate na Revolução Constitucionalista de 1932.
Em 1959 teve início as pregações da Igreja da Confissão Luterana, em Marília, a partir de missionários estadunidenses de origem alemã. Os trabalhos de pregação inicial se deram entre as famílias residentes no município, expandindo posteriormente para toda a comunidade.
Educação
O município conta com uma privilegiada estrutura de ensino, possuindo sistemas de educação desde o ensino básico até o superior e a pós-graduação.
A Rede Municipal de Educação conta hoje com 50 unidades, sendo 5 berçários, 26 Emeis (Escolas Municipal de Educação Infantil) e Ceis-Creche; 3 Emefeis (Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Educação Infantil) e 16 Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental), atendendo a um público de aproximadamente 21 mil alunos. Além disso, o município dispõe do CAP (Centro de Apoio Psicopedagógico), para atender estudantes com dificuldades de aprendizagem. O sistema escolar instalado conta ainda com 46 escolas estaduais e 16 escolas privadas.
Japonês, mandarim, francês, alemão, italiano, espanhol e inglês são alguns dos cursos oferecidos, gratuitamente, a estudantes de Marília através do Centro de Ensino de Línguas (CEL) da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. O (CEL) localiza-se na Escola Estadual Monsenhor Bicudo e atende 460 alunos de escolas da rede pública nos turnos matutino, vespertino e noturno.
Além da rede pública de ensino, o município dispõe do ensino básico, fundamental, médio, técnico e Educação de Jovens e Adultos (EJA) oferecido pela Fundação Bradesco, bem como pelo "Sistema S", que aglomera aprendizado e administração no setor comercial e industrial, através do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do Sesi (Serviço Social da Indústria).
Dentre os centros de educação profissionalizantes públicos instalados no município estão o Ceprom (Centro Profissionalizante de Marília), a Fatec Estudante Rafael Almeida Camarinha (Faculdade de Tecnologia) e a Etec Antonio Devisate (Escola Técnica Estadual - Centro Paula Souza).
Marília é um centro regional de ensino superior. Em 2017, 12.585 era o número total de estudantes matriculados em cursos de graduação no município, levando a uma média de um estudante universitário para cada 18 habitantes. A cidade conta com 74 cursos de graduação, sendo Administração e Pedagogia os mais ofertados nas instituições (cada um com cinco opções). Ciências Contábeis, Educação Física, Engenharia Civil, Filosofia e Fisioterapia possuem três cursos cada.
A maioria dos cursos são ofertados por instituições privadas de ensino (56 particulares e 16 públicos), sendo que, boa parte dos cursos pode ser considerada tradicional (32 foram criados antes de 1990). Os cursos mais antigos em operação datam de 1959 e 1963 (respectivamente Pedagogia e Ciências Sociais); ambos fazem parte da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Marília (Famema) também figura entre os mais antigos da cidade, iniciado em 1967, mesmo ano do curso de Filosofia da Unesp.
Instituições públicas de Ensino Superior
Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) -  é uma das Faculdades de Medicina Públicas do estado de São Paulo, localiza-se na região Sul de Marília, região centro-oeste do Estado de São Paulo (Também conhecida como Alta Paulista), a cerca de 450 km da capital. A Faculdade oferece gratuitamente os cursos de Medicina e Enfermagem.
UNESP Marília - Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) é uma faculdade, pertencente à Universidade Estadual Paulista, localizada em Marília, São Paulo, BrasilAbriga seis cursos de graduação na área de Ciências Humanas (Arquivologia, Biblioteconomia, Ciências Sociais, Filosofia, Pedagogia e Relações Internacionais) e três na área de Ciências Biológicas (Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional). A Faculdade de Filosofia e Ciências oferece também o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio); mestrado acadêmico em Filosofia, Fonoaudiologia e Relações Internacionais; e mestrado acadêmico e doutorado em Educação, Ciência da Informação e Ciências Sociais.
FATEC - Faculdade de Tecnologia - As Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATECs) são instituições de ensino superior públicas brasileiras; pertencentes ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS), autarquia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECTI) do estado de São Paulo.
Instituições Privadas de Ensino Superior
UNIMAR - Universidade de Marília - Universidade de Marília (Unimar) é uma universidade privada localizada na cidade de Marília, estado de São PauloBrasil. É mantida pela Associação de Ensino de Marília.
UNIVEM - Centro Universitário Eurípedes de Marília - Centro Universitário Eurípides de Marília (Univem) é uma instituição de ensino superior localizada na cidade de Marília, estado de São PauloBrasil.
FAJOPA - Faculdade João Paulo II
FAIP - Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista - A FAIP - Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista é uma faculdade particular de MaríliaSP. Co-irmã de outras instituições de ensino superior como FAEF (Garça), FAIT (Itapeva) e EDUVALE (Jaciara). Foi inaugurada em 2007 por um grupo experiente que desde 1989 atua na formação educacional e profissional de milhares de jovens e adultos.
FAEF - Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal - Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral (FAEF), mantida pela Sociedade Cultural e Educacional de Garça - ACEG, é uma instituição de ensino superior brasileira com sede em Garça, no estado de São Paulo, conta hoje com um curso técnico, dez cursos superiores, e dez cursos de pós.
FGV - Fundação Getúlio Vargas - A Fundação Getulio Vargas (FGV) é uma instituição brasileira de ensino superior, fundada em 20 de dezembro de 1944 com o objetivo inicial de preparar pessoal qualificado para a administração pública e privada do país. Tem sede na cidade do Rio de JaneiroA instituição oferece cursos de graduação e pós-graduação (mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado) em administração pública, administração de empresas, economia, direito, ciências sociais, matemática aplicada, ciência de dados e relações Internacionais.
Grupo Educacional UNIESP - União Nacional das Instituições de Ensino Superior Privadas (UNIESP) é um grupo educacional que iniciou suas atividades em 1999.
Faculdade Católica Paulista
Ibmec e Damásio - Faculdade, Pós-Graduação e MBA - As Faculdades Ibmec, simplesmente Ibmec ou Grupo Ibmec Educacional S/A, é uma instituição particular de ensino superior brasileira. Pioneiro no MBA em finanças do Brasil em 1985, o Ibmec atualmente possui mais de 50 cursos de pós-graduação presenciais e à distância, entre MBAs, Global MBA e LL.M., e um amplo portfólio de graduação em seis diferentes áreas: Economia, Finanças, Direito, Engenharia, Comunicação e Arquitetura, além do mestrado profissional.
Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) é uma instituição brasileira de educação profissional aberta a toda a sociedade. Foi criado em 10 de janeiro de 1946 através do decreto-lei 8.621. É uma entidade privada com fins públicos que recebe contribuição compulsória das empresas do comércio e de atividades assemelhadas. A nível nacional é administrado pela Confederação Nacional do ComércioSua missão é desenvolver pessoas e organizações para o mundo do trabalho com ações educacionais e disseminação de conhecimentos em Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Faculdade Anhanguera de Marília - Tem como objetivo oferecer uma sólida base de conhecimentos, competências e habilidades. A intenção é promover uma aprendizagem significativa, capacitando a implementar projetos de vida. 
Economia
Marília foi nas primeiras décadas do século XX uma região de fronteira e expansão de agricultura, tendo despontado na produção e beneficiamento de café e algodão. Posteriormente a produção agrícola foi diversificada com a introdução da sericicultura e dos cultivos de melancia e amendoim, cujas produções ainda garantem lugar de destaque no estado de São Paulo. Marília também possui o terceiro maior rebanho bovino do Estado de São Paulo, ficando atrás apenas dos municípios de Rancharia e Mirante do Paranapanema.
Indústria, comércio e prestação de serviços são destaques no município, com empresas que distribuem seus produtos para o mercado nacional e internacional. O setor alimentício figura em destaque na pauta de exportações do município, ocupando mais de 70% dos produtos exportados, o que também faz a cidade ser conhecida como "Capital Nacional do Alimento".
O parque industrial mariliense conta com cerca de 1.100 empresas distribuídas nos setores alimentício, metalúrgico, construção, têxtil, gráfico e plástico, entre outras. Além das plantas fabris de empresas multinacionais, como Nestlé e Coca Cola, Marília possui a especificidade de ter sido o berço de diversas empresas que posteriormente ganharam destaque em âmbito nacional e internacional, como Dori, Marilan e Sasazaki.
Empresas fundadas em Marília
Sasazaki
A história da Sasazaki no Brasil começou a ser edificada em 1933, quando a família Sasazaki desembarcou em Santos (SP), vinda do Japão – juntamente com centenas de outros imigrantes – e instalou-se numa fazenda em Guaimbê – interior de São Paulo. Após dez anos de trabalho na agricultura e para sustentar a família após a morte do pai, em 1943 Yosaku Sasazaki, os irmãos Kosaku e Yusaburo migraram de Guaimbê para Marília, dedicando-se à fabricação artesanal de lamparinas com folha de flandres recicladas, seria este o embrião da Sasazaki.
Com os primeiros ganhos, passaram a produzir equipamentos agrícolas manuais, como plantadoras de algodão. Em 1958 Yusaburo e Kosaku, com os irmãos Yutaka, Hachiro e Tochimiti e o amigo Kyomassa Shibuya formaram a Indústria e Comércio Sasazaki, empresa que nasceu com 50 funcionários. Em 1964, a Sasazaki deixa para trás a fase manual, lançando o DTM, Descascador Motorizado de Tríplice aplicação, que beneficiava café, mamona e amendoim. Por imposição dos fenômenos climáticos e a sazonalidade da agricultura, no ano de 1975 a Sasazaki foi obrigada a mudar o ramo de atuação, que deixou o desenvolvimento de soluções para o campo para se dedicar à fabricação de esquadrias metálicas. O primeiro produto criado foi uma janela veneziana, depois, vieram janelas de correr, portas e complementos.
Em 1996 a fábrica foi transferida para o Distrito Industrial, com uma área construída de 60 mil m². No ano seguinte foi criada a Divisão de Esquadrias de Alumínio. A empresa adquiriu uma área anexa à principal, e aumentou o seu parque industrial para mais de 70 mil m² de área construída. Em 2009, a Sasazaki passou a ser a primeira empresa brasileira do segmento a utilizar nanotecnologia em seu processo de fabricação. Em 2011 uma filial da empresa foi inaugurada em Jaboatão dos Guararapes (PE), o que permitiu reafirmar a eficiência logística da Sasazaki e a expansão dos negócios para a região Nordeste. O complexo industrial, localizado em Marília, foi ampliado, passando de 75 mil m² para 78 mil m², com o aumento da área construída da fábrica de alumínio. Uma nova linha de produção de esquadrias de alumínio foi instalada, com capacidade de produção de mil peças por dia.[89] Atualmente a empresa possui cerca de 900 funcionários diretos e é uma das maiores indústrias brasileiras no segmento.
Bradesco
Foi em Marília que o ribeirão-pretano Amador Aguiar fundou o Banco Brasileiro de Descontos S.A., em 10 de março de 1943. O Bradesco funcionava com a matriz em Marília e mais seis agências, nas cidades paulistas de Garça, Getulina, Pompeia, Rancharia, Tupã e Vera Cruz. O contato direto com o Cliente foi o sucesso do negócio, pois enquanto os bancos tradicionais se distanciavam dos colonos, o Bradesco via crescer as contas daquela gente numerosa e simples.
Quando abriu as portas, de tão pequeno que era, não sem ironia, foi chamado de “Banco de Dez Contos”. O Bradesco não aderiu à onda crescente de xenofobia provocada pela II Guerra Mundial; em suas agências, as possibilidades de um italiano, um alemão ou um japonês serem atendidos eram as melhores possíveis. Naqueles tempos pioneiros, em Pompeia, no ponto final da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, fervilhava o comércio do algodão. Como o Banco não discriminava os naturais de países aliados do Eixo na Guerra, era comum japoneses abrirem contas.
O Brasil era um imenso arquipélago com ilhas geoeconômicas incomunicáveis entre si. Além de incipiente, a produção industrial enfrentava graves dificuldades de transporte. O Banco incursionou por esse filão heterodoxo; do remédio ao trigo, das peças de reposição ao combustível, era possível encomendá-los em suas agências. Ao funcionar como uma espécie de empório, somado ao seu crescente número de clientes agricultores, o banco atraiu comerciantes e prefeituras. O Bradesco conquistou novos clientes e transformou-se em um banco de massas. Em 1946 a matriz foi transferida para a capital do estado e em 1948, o Bradesco adquiriu o Banco Mobilizador de Crédito, do Rio de Janeiro, então Capital Federal. De banco regional o Bradesco passou a banco nacional, anexando dezenas de outros bancos e instituições financeiras durante toda a sua trajetória. 
Marilan
Fundada em 1956 pelo casal de origem italiana Maximiliano e Iracema Garla, ganhou seu primeiro prédio no ano seguinte, onde eram produzidos biscoitos Maria, Água e Sal, Coco e Maisena em forno à lenha. O nome da empresa foi escolhido pela própria comunidade mariliense através de concurso realizado por uma rádio local. A produção inicial, essencialmente artesanal, cresceu em qualidade e quantidade, de modo que no fim dos anos 1960 já eram produzidos 600 kg de biscoitos por hora. Nos anos 70 a família Garla adquiriu um novo terreno em Marília e construiu seu parque industrial, com 67 mil m² e empregando 250 funcionários. Nos anos 90 a Marilan já produzia 84 mil toneladas de biscoitos por ano e contava com 1300 colaboradores diretos.
Em 1995, o senhor Maximiliano recebeu o prêmio de empresário do ano e em 1997, recebeu o título de "Cidadão Mariliense", concedido pela Câmara Municipal de Marília.Atualmente a Marilan é a segunda maior fabricante de biscoitos do Brasil, gera mais de 3 mil empregos diretos e indiretos, sua planta fabril funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. A empresa possui um catálogo de mais de 100 itens e uma capacidade produtiva de até 200 mil toneladas por ano; seus produtos são exportados para mais de 50 países em todos os continentes.
TAM
A TAM Linhas Aéreas S.A., foi fundada em Marília. Ela surgiu como TAM (Táxi Aéreo de Marília) em 1961, a partir da união de dez jovens pilotos de monomotores. Na época, eles faziam o transporte de cargas e de passageiros entre o Paraná e os estados de São Paulo e Mato Grosso.
Intercoffe/Café América
A Intercoffe foi fundada em Marília em 1962, iniciando suas atividades como produtora, comissária e exportadora de café. Com o crescimento das exportações de café crú para países da Europa, América do Norte e Ásia, a Intercoffe chegou aos anos 1970 como uma das maiores indústrias do segmento no país.
Em 1975 a empresa lançou-se no segmento de café torrado e em grãos com a marca "Café América". Em 1993 a Intercoffe começou a importar máquinas para café expresso, distribuindo-as para todo o Brasil junto do seu principal produto, o Café América.
Atualmente a Intercoffe é proprietária das marcas Bevan (capuccinos instantâneos) e América (cafés em pó, solúveis granulados, em grãos, em cápsulas e chocolate em pó). [93] Os marilienses costumam degustar gratuitamente o Café América, já que a Intercoffe mantém máquinas de café em diversos estabelecimentos da cidade, como restaurantes e supermercados. .
Dori Alimentos
A Dori iniciou suas atividades em 8 de maio de 1967 na cidade de Marília, devendo o nome ao apelido da fundadora, Doraci dos Santos Spila. A produção inicial era de pipoca e amendoim com o nome "Guri", fabricados artesanalmente na casa de dona Doraci. Em 1970, o esposo de dona Doraci, Augusto Spila, deixou o emprego como técnico de rádio e juntou-se à empresa, que seis anos depois ganharia sede própria. Em 1986 a Dori ganhou uma filial que dedicava-se à seleção e ao preparo da matéria prima para a produção da empresa matriz, a partir de então, a filial contratou um engenheiro agrônomo que prestava assessoria aos produtores de amendoim região, orientando-os sobre plantação, manejo e qualidade, resgatando a tradição da produção local de amendoim, que na década de 40 era uma das maiores do país. Esse serviço firmou uma relação de parceria entre os produtores locais e a empresa. Um laboratório de análise de amendoim foi criado e hoje garante a excelência e a qualidade do produto, sendo a única indústria de confeitos do País a oferecer este serviço.
A família Barion, de origem italiana, assim como os Spila, assumiu a Dori em 1995 e em 2003 um centro de distribuição foi criado em Marília. Hoje, a Dori Alimentos está presente no mercado de balas, caramelos, gomas de mascar, pastilhas, confeitos, pirulitos e amendoins. A empresa figura entre as gigantes do setor de doces e snacks, liderando o mercado brasileiro, atrás apenas das multinacionais. A Dori possui atualmente 2.300 funcionários e gera entre 900 e 1.000 empregos indiretos. A capacidade produtiva é de 9 mil toneladas de produtos/mês. As três unidades fabris hoje existentes - duas em Marília, interior de São Paulo, e outra em Rolândia, no Paraná - abastecem praticamente todo o país. Além disso, a empresa mantém centros de distribuição que garantem a capilaridade do negócio, são três em Pernambuco e sete distribuídos entre Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Piauí e Maranhão. A Dori exporta atualmente para mais de 60 países, sendo que, do total faturado pela Dori em 2011, R$ 46 milhões foram provenientes de exportações.
Grupo Kawakami
A origem do Grupo Kawakami remonta ao ano de 1973, com a abertura da Cerealista Brasil por parte do senhor Iwao Kawakami, que chegou ao Brasil no ano de 1928 com os pais, o senhor Sakumatsu e a senhora Tama. Trabalhando inicialmente na lavoura cafeeira no município de Duartina, os Kawakami em poucos anos arrendaram terras no município de Marília, onde plantaram batata, amendoim, algodão e milho. Ficando órfãos ainda crianças, Iwao e mais dois irmãos trabalham duro para sobreviver e pagar as dívidas contraídas com os arrendamentos.
Em 1956 o senhor Iwao casou-se com a também imigrante japonesa, Shizuko, que havia chegado ao Brasil aos sete anos de idade. Nos anos 1970, já com os cinco filhos, o casal mudou-se para a zona urbana de Marília, com o objetivo de oferecer melhores condições de estudo para as crianças. É mantendo os laços com o campo que o casal começa a comercializar cereais no varejo e no atacado em um depósito construído em frente à residência da família.
Em 1975 o casal expande as atividades e abrem o Varejão Príncipe Mikasa. Poucos meses depois foi fundada a empresa Cerealista Kawakami Ltda, na avenida República, em Marília. Em 1983 a família, já contando com a ajuda dos filhos, instala uma filial no bairro Nova Marília, com 400m²; a cerealista passou a ganhar ares de supermercado. Em 1996 foi inaugurada uma nova loja na cidade de Tupã. Em novembro de 2000 a filial do Nova Marília foi completamente modernizada, passando a contar com amplo estacionamento e 5000m² de área construída; o Supermercado Kawakami como os moradores da região conhecem ganhou forma.
Em 2002, já com o novo layout da empresa, foi inaugurada uma nova unidade em Tupã com espaço diferenciado, climatizado e decorado, contando com 5.000m² de área construída. Nos mesmos moldes da segunda filial de Tupã, em setembro de 2009 foi inaugurada mais uma loja em Marília, o Kawakami Norte, contando igualmente com 5.000m² de área construída. Em 2013 a cidade de Bastos ganhou uma unidade do Supermercado Kawakami, um centro de compras moderno, climatizado e com mais de 6.000m².
Em 2015 a rede inaugurou mais uma loja, desta vez em Paraguaçu Paulista; a unidade localizada em uma das principais avenidas da cidade, conta com uma área de 8.200m². Em dezembro de 2017 foi a cidade de Lins que recebeu mais uma unidade do Kawakami; um espaço bonito, moderno e climatizado, com 5.300m² de construção e amplo estacionamento coberto. Atualmente o grupo encontra-se reformulando um espaço no Penápolis Garden Shopping, no município de Penápolis, esta será a oitava loja do grupo.
O Grupo Kawakami chega ao século XXI com uma trajetória de muito trabalho, sucesso, modernização e expansão, contando com mais de 1500 colaboradores.
Bel Chocolates
A Bel foi fundada em 4 de julho de 1976 pelo também descendente de italianos Paulo Sérgio Zaparolli Dedemo. O nome da empresa foi uma homenagem à sua esposa "Isabel". Os primeiros produtos, amendoim salgado, pé-de-moleque e pipoca, eram fabricados artesanalmente e com receitas caseiras. Em 1984 a Bel se transferiu para as instalações atuais, no Jardim Santa Antonieta, em Marília, com uma área de 11.000m². Atualmente, com várias linhas de produção e equipamentos de tecnologia avançada, atende a todo o mercado nacional e exporta para diversos países de todo o mundo.
Menin Engenharia
A Menin Engenharia foi fundada pelo engenheiro Gustavo Lorenzetti Menin no ano de 1986. A empresa, fundada em Marília, teve seu campo de atuação expandido em nível estadual, chegando nos últimos anos ao norte do Paraná. Referência na área de construção de conjuntos residenciais, a Menin Engenharia contabiliza mais de 25.000 unidades entregues, além da construção de shoppings e edifícios de alto padrão.
Destacam-se entre suas obras, os Shoppings Aquarius e Esmeralda, os edifícios de alto padrão, Royal Garden e Golden Tower, construídos em Marília, diversos loteamentos e unidades habitacionais construídas através dos programas da Caixa Econômica Federal e do CDHU em várias cidades do estado de São Paulo, inclusive na capital e no Paraná.
Tauste Supermercados
Inaugurado em outubro de 1991, iniciou suas atividades em uma pequena loja de bairro. O nome escolhido remonta à cidade de origem familiar dos fundadores, Tauste, na província de Zaragoza, na Espanha. No ano de 2000, mudou-se para um novo prédio, que se tornou a matriz da empresa e nele estão localizados os setores administrativos. Em março de 2004, o Tauste abriu sua segunda loja em Marília, expandindo seus negócios e consolidando sua presença na cidade.  Em 2008, o Tauste inaugurou sua terceira loja, na cidade de Bauru, sendo a primeira em outro município. Em 2014 foi inaugurada a quarta loja, desta vez em Sorocaba, que em 2016 recebeu mais uma loja. Atualmente a rede possui cinco lojas, totalizando mais de 2.000 colaboradores, demonstrando o grande crescimento do Tauste ao longo dos seus anos de atividades.
Serve Engenharia
A Serve Engenharia, fundada em Marília em 1999, atua na construção civil em vários segmentos, desde a indústria, bancos, sistema financeiro habitacional, cooperativas habitacionais, entidades de classe, CDHU, além de residenciais e comerciais.
Com um corpo técnico composto por profissionais da área de engenharia, arquitetura, recursos humanos e contabilidade, a empresa já entregou mais de 10.000 unidades habitacionais em todo o território nacional. Os residenciais Arezzo e Viareggio, na zona oeste de Marília, com mais de duzentas residencias, foram entregues pela Serve.
Master Chicken
A Master Chicken é fruto de uma nova geração de empreendedores em sintonia com tendências internacionais no ramo de franchising em fast-food. Até pouco tempo, os restaurantes desta modalidade abertos no Brasil eram todos de capital estrangeiro, contudo uma nova geração de empreendedores estão fazendo sucesso com empreendimentos nacionais.
Fundada em 2014, a Master Chicken é resultado do desejo do casal Erika do Val e Rafael Paes de trazer para Marília o frango no balde e a costela ao molho barbecue, pratos consagrados da culinária norte-americana que, embora começassem a se popularizar nos grandes centros do país, não chegavam ao interior.
O sucesso foi tão grande em Marília, que o empreendimento recebeu votos de congratulações da câmara municipal em função da inovação e qualidade. Em 2016 o casal iniciou o processo de expansão através de franquias; o objetivo eram três unidades até o final do ano, contudo, a aceitação foi tamanha, que no final de 2016 a Master Chicken já contava com 15 franquias em cinco estados brasileiros; em 2017 já eram 34. A empresa que segue em acelerada expansão pelo Brasil já planeja a internacionalização da marca.
Comércio
No setor comercial, Marília dispõe de um mix de lojas dos mais variados segmentos. O município possui dois shoppings centers, galeria, além de um centro comercial com calçadão híbrido, atraindo consumidores de toda a região, num raio de até 100 quilômetros. O setor agropecuário também tem participação no município; café, amendoim, melancia, borracha, coco, laranja, manga, maracujá, cana-de-açúcar, mandioca, milho, são culturas produzidas na zona rural. Suinocultura, bovinocultura (corte e leite) e avicultura (corte e produção de ovos) também tem seu espaço na economia mariliense.
Centros Comerciais
Marília Shopping
Inaugurado em dezembro de 2000, o Marília Shopping - Jardim Aquarius transformou-se no maior centro comercial de Marília e Região, abrangendo um raio de 120 km e uma população de mais de 1.200.000 pessoas. Com acesso fácil pela Rodovia do Contorno que corta a cidade e liga os municípios da região, conta com moderna infraestrutura instalada em uma área de 60 mil m².
Oferece estacionamento rotativo com 5.600 vagas por dia, praça de alimentação diversificada, ampla área de entretenimento com boliche e diversões eletrônicas para crianças, cinco salas de cinema, livraria, brinquedoteca, fraldário, praça de eventos e mais de 170 lojas das mais conceituadas grifes. O empreendimento também conta com uma brigada de incêndio e seguranças 24 horas por dia permanentes no Shopping, garantindo assim que seus visitantes possam desfrutar de momentos de muita descontração com total tranquilidade e conforto.
Esmeralda Shopping
Localizado na Avenida das Esmeraldas, o corredor comercial mais valorizado e concorrido de Marília, o Esmeralda Shopping se consolidou como o mais moderno, seguro e confortável centro de compras de Marília e região, possuindo 3 pisos com cinema, escadas rolantes, praça de alimentação, num ambiente climatizado para maior conforto e comodidade. Oferece um diversificado mix de lojas e serviços com amplo estacionamento, monitorado por profissionais especialmente treinados.
Shopping Atenas
A Galeria Atenas foi inaugurada no dia 27 de Novembro de 1991, sua construção surgiu da remodelação do antigo prédio da loja Mesbla, constituindo o 1º conglomerado de lojas em Marília, causando mudança de conceito comercial varejista na região. Em 2018 passou a se chamar Shopping Atenas. Desde a sua inauguração, o Shopping Atenas tornou-se um ponto de referência no comércio de Marília e Região, sendo ele um dos mais antigos da cidade, localização privilegiada e de fácil acesso. Suas lojas detêm franquias e grifes das mais renomadas no cenário nacional. No ano de 2018 o Grupo Educacional FAEF/FAIT/FAIP assumiu a galeria e com isso passou a se chamar Shopping Atenas, hoje o shopping conta com uma ampla estrutura, contando com mais de 50 lojas, com um mix variado, estacionamento contando com mais de 100 vagas para clientes e esquema de segurança que dá uma maior confiabilidade para os frequentadores. O grupo que administra o shopping já tem projetos para a ampliação do local no futuro.
Mercado 9 de Julho
Datado de 1928, o Mercadão Municipal, como era conhecido até os anos 2000, quando passou por uma reforma, foi o embrião dos Centros Comerciais de Marília. Em uma época em que não havia supermercados e as vendas não abriam aos domingos, o Mercadão era a salvação das donas de casa. Inicialmente o Mercadão reunia em peso diversos empresários de origem japonesa, que valiam-se do espaço para comercializar flores e hortifrutigranjeiros.
Reformulado e readequado às necessidades atuais, o Mercado ganhou um restaurante/churrascaria, um café/bar, floriculturas/cestarias, oficina de costura, loja de produtos orientais, laticínios, sorveteria, doceria, artigos esotéricos, galeria de artes e pet-shops. A coxinha de massa de batata e o tradicional pastel de ovo do Hélio e do Hirata, encontrados no Mercado são bem recomendados aos visitantes da cidade.
CEAGESP - Entreposto de Marília
Localizado na rua Reverendo Crisanto César, 209, às margens da Rodovia do Contorno, no Jardim Santa Antonieta, o entreposto do CEAGESP em Marília serve a região desde os anos 1980.
Marília e Região Convention & Visitors Bureau
O MRC&VB, é uma entidade apolítica, sem fins lucrativos, formada e mantida pela iniciativa privada e segue uma franquia de modelo mundial de órgãos de marketing e turismo. Sua grande missão é promover o desenvolvimento e comercialização de Marília e região como destino, sendo o foco primordial, a captação de eventos itinerantes.
Após um período de mais de 5 anos de amadurecimento do empresariado mariiliense, 46 empresas se reuniram em junho de 2011 para formar o Marília e Região Convention & Visitors Bureau.  Segundo o vice-presidente jurídico da Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureau, Márcio Santiago o MRC&VB nasceu forte, como nunca nenhum outro havia nascido, e tem tudo para se tornar um entidade referência que orgulhará muito a rede CVB.
Hoje o Marília e Região Convention & Visitors Bureau, reúne 75 empresas de vários segmentos ligados direta ou indiretamente à atividade turística, que buscam um aumento no fluxo de visitantes a fim de gerar benefícios para toda a cadeia produtiva e população em geral.
Cultura
Marília possui uma Secretaria Municipal de Cultura que além de capitanear e promover atividades culturais no município. Além das inúmeras atividades itinerantes, o município conta com equipamentos culturais fixos, sendo eles: Museu de Paleontologia de Marília; Auditório “Octávio Lignelli”; Sala de Projeção Municipal; Centro Cultural/Clube de Cinema de Marília; Biblioteca Municipal "João Mesquita Valença"; Galeria Municipal de Artes; Espaço Cultural e de Lazer “Ezequiel Bambini”; Museu Histórico e Pedagógico “Embaixador Hélio Antônio Scarabôttollo”; Teatro Municipal "Waldir Silveira Mello".
Bens tombados como patrimônio
Em Marília existem três bens tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), órgão encarregado de promover a preservação de bens culturais no estado de São Paulo por meio do tombamento. São eles:
Indústria Matarazzo (Tombada em 1992 e restaurada em meados de 2010)
A cidade de Marília deve em parte o seu desenvolvimento à instalação do complexo das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM), iniciada em 1937 e concluída em 1945. Destinava-se ao beneficiamento de algodão e arroz. Chegando a empregar cerca de 400 funcionários, chegou a possuir um acesso particular por via férrea, para a carga e descarga dos seus produtos. Em 1975, a IRFM foi completamente desativada e as edificações, parcialmente demolidas. O tombamento, em razão do estado de conservação do conjunto, incidiu apenas sobre as partes mais representativas e que permaneceram íntegras, como a chaminé, sala de caldeiras e o portal da indústria.
Escola SENAC (Tombada em 2005)
Inaugurado em 1958, o edifício projetado pelo arquiteto Oswaldo Correia Gonçalves é um exemplar da arquitetura moderna paulista, baseada nos princípios do funcionalismo e racionalismo de Le Corbusier. Ocupando uma área de 646 m² distribuídos em dois pavimentos, destacam-se na edificação a cobertura de laje plana, os pátios e jardins, os revestimentos de pastilhas e ladrilhos hidráulicos característicos da nova maneira de projetar.
Sobrado da família Schelini (Tombado em 2008)
O imóvel da Rua D. Pedro foi edificado em alvenaria no ano de 1928 no que se tornou o centro comercial da cidade. A casa marca a divisão entre a primeira ocupação de Marília, (1923-1929) e a urbanização a partir de 1930. Este é o único exemplar de casa em alvenaria do "período do Alto Cafezal" ainda existente. O projeto era monumental para a época: vasto terreno, dois pavimentos e detalhes decorativos expressos na fachada. De tudo isso resultou um exemplar imponente, significativo para o Estado, pois evidencia em seu ecletismo tardio um momento importante da marcha para o oeste, revelando os valores e visões de mundo de uma sociedade em formação.
Eventos
Bon Odori
Desde 1996 a comunidade nikkey de Marília organiza o Bon Odori no Kai-Kan de Marília. O Bon Odori é uma festividade tradicionalmente japonesa originada no budismo. A festa originalmente rende graças à boa colheita e celebra as almas dos antepassados através da dança ao som do taikô, das flautas de bambu (fue) e do canto estilo minyo. A dança é composta de movimentos simples e delicados, com gestos que remetem ao plantio, a colheita a gratidão.
Virada Cultural
Inspirada no festival francês Noite Branca, que acontece todos os anos em Paris desde o ano de 2002, a Virada Cultural convida a população a ocupar os espaços públicos das cidades, incentivando o convívio social através da cultura e possibilitando o acesso a diversas formas de arte às diversas classes sociais. A primeira edição do evento se deu na cidade de São Paulo em 2005, na gestão Serra-Kassab.
Desde 2010 a Virada Cultural foi ampliada para todo o estado, dando origem à Virada Cultural Paulista, que passou a ser realizada nas cidades-sede regionais do litoral e do interior. Marília teve deste modo, sua primeira edição no ano de 2010, sendo desde então composta de 24 horas de atividades nos equipamentos culturais pré-existentes, como Teatro Municipal e salas de exibição. O palco externo é sempre montado nas cercanias da Avenida das Indústrias, próximo ao fim da Avenida Sampaio Vidal.
Japan Fest
Desde 2002, a comunidade nipônica de Marília realiza sempre no mês de abril o Japan Fest; festival com diversas atrações destinadas ao público em geral, dentre elas a apresentação de grupos tradicionais japoneses, exposição de artesanato, além disso ficam a disposição do público diversos estandes onde se pode degustar a culinária nipônica ou até inscrever-se em uma das agência de empregos no Japão.
Junto ao Japan Fest, ocorre o Miss Nikkey um dos pontos mais esperados e prestigiados do evento, onde elege-se a representante regional da beleza nipo-brasileira. Após as associações regionais elegerem suas representantes, as mesmas concorrem na categoria estadual e posteriormente nacional. O concurso, tradicional entre as comunidades nipo-brasileiras, aceita inscrições de moças com idades entre 15 e 30 anos e que tenham alguma ascendência japonesa.
Marília Afro-Fest
Desde 2014, anualmente é realizado o Marília Afro Fest, que segundo a organização, visa "valorizar a diversidade étnica e sociocultural, ressaltar a importância da participação do negro na construção do Brasil e incentivar os afrodescendentes a conhecer mais sua cultura através de expressões culturais, criando oportunidades sociais". O evento que conta com atrações musicais, oficinas culturais e gastronomia, realiza todos os anos o concurso de Miss e Mister Beleza Negra do Afro Fest, Miss e Mister Beleza Negra das Escolas Estaduais, bem como a eleição da Miss Beleza Negra Plus Size, visando garantir a representatividade e quebra de padrões estereotipados.
Além do Afro Fest, nos últimos anos vem sendo realizadas uma série de eventos ligados à valorização do legado cultural africano com temáticas diversas que, via de regra, manifestam a necessidade do Estado brasileiro atentar-se para uma série de injustiças históricas que acometeram e acometem tal parcela da população. A celebração do Dia da Mulher Negra Latino Americana Caribenha no dia 25 de julho, bem como a Semana de Africanidade em abril, são exemplos de tais ações
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