terça-feira, 3 de dezembro de 2019

ITAPEVI - SÃO PAULO

Itapevi é um município da Microrregião de Osasco, situado na Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo (Brasil). Pertence a Zona Oeste da Grande São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011.
Localiza-se a 35 quilômetros da Praça da Sé, marco zero da capital paulista. Também é conhecida como "cidade dos telhados novos", "cidade das rosas", ou como pode-se ler na parede da estação de trem do município, "cidade esperança".
Etimologia
O topônimo Itapevi vem do Tupi e significa "Rio de Pedras Chatas", conforme o "Vocabulário Tupi-Guarani - Português", do Prof. Silveira Bueno (Brasilivros Editora), e "A Origem dos Nomes dos Municípios Paulistas" (Imprensa Oficial do estado de São Paulo, 2003), de Enio Squeff e Helder Perri Ferreira.
Diz o verbete constante da última obra: "ITAPEVI (do tupi, itá-peb'y): Rio das itapevas, rio das lajes, das pedras chatas, de itá-peba (pedra chata, laje) e 'y (rio, águas)".
História
A formação do vilarejo começou por volta do século XVIII, existindo no município uma casa bandeirista construída por volta de 1720. A família mais antiga, provavelmente, é dos Abreu.
Em 10 de julho de 1878 foi inaugurada a Estação de Cotia da Estrada de Ferro Sorocabana (EFS), em torno da qual se formou o núcleo central de Itapevi. Na verdade, não passada de uma parada, uma pequena plataforma coberta de telhas.
Em 1895, o italiano Giulio Michaeli abriu uma pedreira para a produção de paralelepípedos, atraindo famílias de imigrantes italianos, como os Belli e Michelotti.
Em 1912, Joaquim Nunes Filho, o "Nhô Quim", de Cotia, adquiriu o Sítio Itapevi, com 152 alqueires, que cobria todo o atual centro da cidade, e tornou-se chefe político local, por suas ligações com o antigo PRP (Partido Republicano Paulista). Ele conseguiu, por exemplo, a elevação do vilarejo a distrito de Cotia, em 12 de outubro de 1920; a energia elétrica (1929); e a instalação do primeiro telefone (1930).
Apesar disso a referência da cidade ainda continuava sob o nome de estação Cotia tirando a possibilidade de identificação própria do local.
Em 1940 chegava em Itapevi o empresário Carlos de Castro que, sabendo que a família Nunes tinham pretensões de vender as terras que pertenceram a Joaquim Nunes (que falecera em 1941) adquiriu vasta gleba de terra, dando origem ao loteamento do Parque Suburbano e Jardim Bela Vista. Foi a partir daí que se acelerou o processo de urbanização do local.
Com a estação ainda com o nome de Cotia e a própria sede do município chamada de Vila Cotia, criavam-se enormes confusões notadamente ao serviço de correios e telegramas para que as correspondências e pessoas localizassem os endereços em Itapevi. Em 1945, Carlos de Castro conseguiu com o então ministro João Alberto que a estação tivesse seu nome alterado para Itapevi, com festa para a população.
No dia 10 de maio de 1952, Carlos de Castro reuniu-se com outros três moradores do distrito: Nicolau, Leonardo, Raul Leonardo e Ezequiel Dias Siqueira e, juntos elaboraram um abaixo-assinado pleiteando à Assembleia Legislativa de São Paulo a emancipação do distrito, com mais de mil assinaturas mas, mesmo assim, foram derrotados pelo fato de Itapevi ser muito próximo de Cotia e de que havia moradores em débito com a prefeitura. Deveriam esperar 5 anos para que o projeto fosse novamente votado.
A partir daí e já dentro de um espírito emancipacionista presente por toda região, integrantes da sociedade da época iniciaram o movimento de autonomia do distrito, fazendo a população se empenhar em massa no processo. Seus idealizadores eram homens como o próprio Carlos de Castro, Américo Christianini, Cezário de Abreu, Bonifácio de Abreu, Rubens Caramez (então vereador de Cotia e que depois se tornaria o primeiro prefeito de Itapevi), Raul Leonardo (um dos 2 emancipadores ainda vivos. Com 83 anos divide o título com Antônio Pedra Pereira de 80 anos), José dos Santos Novaes, Antônio Pedra de Pereira e tantos outros.
Geografia
Itapevi encontra-se sob o domínio do Planalto Atlântico, onde podemos verificar os seguintes tipos de relevo: várzeas, planícies aluviais, colinas, morros e serras. A Serra do Itaqui estende-se ao longo do limite com o município de Santana de Parnaíba, onde se encontra a região de Aldeia da Serra. O marco zero da cidade está situado 35 quilômetros a oeste da capital paulista, e o atual centro urbano se localiza na várzea do rio Barueri-Mirim, afluente do rio Tietê.
Clima
O clima de Itapevi é considerado subtropical (tipo Cfa segundo Köppen), com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 18 °C, tendo invernos brandos e verões com temperaturas moderadamente altas. O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 23 °C e o mês mais frio, julho, de 14 °C.
A precipitação anual média é de 1.324 mm, concentrados principalmente no verão. As estações do ano são relativamente bem definidas: o inverno é ameno e subseco, e o verão, moderadamente quente e chuvoso. Outono e primavera são estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do centro todos os anos, e, em invernos rigorosos, em todo o município (incluindo a região central).
Economia
O município de Itapevi concentra quase toda a sua população na área urbana, tendo, portanto, uma reduzida atividade agropecuária.
A Revista Exame apontou Itapevi entre as 10 cidades com melhor desenvolvimento econômico no país, e como a primeira no Estado de São Paulo. O ranking é parte da reportagem 'As melhores cidades para os negócios'.
Itapevi conta com um parque industrial bem diversificado, com destaque para a indústria farmacêutica. Grandes empresas estão instaladas dentro do município, tais como: Henkel, Jaraguá, Cacau Show, Casa Suíça, Eurofarma, Alpla, Wyeth, Blanver, B2W Digital, Bomi Brasil e New Italian.
Referência para o texto: Wikipédia .