sexta-feira, 29 de maio de 2020

TAILÂNDIA - PARÁ

Tailândia é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente à Mesorregião do Nordeste Paraense.
O município é atravessado de norte a sul pela PA-475, que lhe concede acesso a todo estado do Pará.
Origem do nome
Tailândia, denominação dada a Vila, então ligado ao município do Acará, em 03 de junho de 1978, devido ao País de mesmo nome na Ásia, passar por guerra civil por fronteiras, na mesma época dos conflitos por terra na região.
História
Em fevereiro de 2008, a cidade foi palco de uma violenta manifestação contra forças de segurança, depois que o IBAMA encerrou as atividades de várias madeireiras ilegais na região, que era a maior fonte de renda da população na época.
Nos primórdios dos anos 70 o Estado do Pará crescia em ritmo acelerado. A Amazônia, por sua vez, vivia do pensamento desenfreado das construções desenvolvimentistas dos Governos Militares focadas no sul, sudeste e nordeste do Pará, onde aparentemente se via um processo tranquilo e planejado, mas, por outro lado, atrás do alambrado existia uma situação até mesmo fora de controle: o conflito pela terra.
Então, entre a construção da segunda maior Usina Hidrelétrica do Brasil e formas de organizar a exploração mineral, sobretudo na Serra do Carajás, a explosão demográfica da mineração de ouro da Serra Pelada, com um processo migratório fora de controle, havia a Política de integrar o Estado através de rodovias, ido ao encontro do crescimento regional e o povoamento local.
Nesse sentido a rodovia PA-150 atendia todos esses requisitos, conectando o Pará de norte a sul, atrelando o Pará à Política Desenvolvimentista Nacional. Não podendo esquecer que nesse período, aproximadamente 1977, Ernesto Geisel, era o presidente militar brasileiro com nome alemão e com ideias desenvolvimentistas para a Amazônia.
No entanto, para o Governo do Estado a construção da estrada (PA-150) estava pronta, mas como um todo não estava, sendo que para os primeiros colonos migrantes ela já estava lá de outra forma: aberta para oportunidades. Mas a prioridade no desenvolvimento e crescimento econômico do Estado, centralizado no projeto, fez que as elites de Belém e os meios de comunicação, mais diretamente o jornal “O Liberal”, da família Maiorana, pressionar o governo Estadual através de matérias jornalísticas denunciando “as más condições” da estrada e a necessidade de seu “asfaltamento”.
Nesse sentido, a PA-150 deveria representar para o Governo um empreendimento fundamental na medida em que interligavam projetos vultosos que estavam sendo implantados na Região, sobretudo na conexão com outras estradas de grande relevância para os projetos governamentais, como a Transamazônica, unindo-as com a Belém-Brasília ao norte e sudeste do Estado.
Foi nesse período que se tem registro dos primeiros colonos e os primeiros moradores migrantes no que hoje é o município de Tailândia. Eles “acorreram para esse perímetro que estava sendo aberto”, que significava uma “nova oportunidade de melhorar de vida” (PRADO, 2006), com o início das obras de abertura da PA-150, em 1977, trata-se de perceber que a PA-150 encontrava-se ainda em processo de abertura “havendo duas frentes de construção, uma que vinha no sentido Belém-Marabá e outra no sentido inverso” (PRADO, 2006).
Diante disso, podemos concluir que foi entre dois grandes projetos desenvolvimentistas implantados na Amazônia na década de 1970 que nasceu o município de Tailândia, porém, ainda nesse contexto, os anos de 1978 estavam marcados pela tensão dos conflitos agrários, “frutos, em grande medida de uma proposta de reforma agrária imposta de cima para baixo, arbitrária em seus objetivos e formato estrutural e que foi feita na Amazônia à custa de um ‘esquecimento’ histórico e político das populações locais tradicionais” (PRADO, 2006).
Na visão dos militares, todavia, devia-se primeiro crescer economicamente para assim distribuir a riqueza, num momento de crise mundial do petróleo. Essa pressão era percebida pelos moradores da região que haviam de se acomodarem em barracos às margens da PA-150 na luta pela terra que também se estabelecia entre fazendeiros, madeireiros, grileiros, posseiros e colonos migrantes.
Nesse sentido, o recém-criado Instituto de Terras do Pará (ITERPA) pela lei nº 4.584, de 08 de outubro de 1975, extinguindo a Divisão de Terras da Secretaria de Agricultura (SAGRI), seria o responsável pela execução da política agrária do Pará. Então, o ITERPA, dessa forma, teve papel importante na mediação com relação a tensão social na região. Aí, nesse incremento é que o então governador do Estado, Alacid da Silva Nunes, determina ao ITERPA a intervenção na questão da terra, sob o comando do Tenente José Clarindo Pinheiro Nunes, o “Tenente Pinheiro”, José Custódio Patriarca e Raimundo Jorge P. de Souza.
“O trabalho dos três foi verificar e levantar os dados que possibilitaram ao órgão estatal (…) pensar e implementar um projeto de colonização na região” (PRADO, 2006)
Dessa forma, para o que se tornaria o município de Tailândia, a intervenção para minimizar os focos de conflitos agrários na região é que “nasceu uma cidade inteira, cidade esta que não nasceu planejada como uma agrovila (…), mas que começou antes da chegada destes técnicos, sendo transformada e dirigida depois de sua chegada” (PRADO, 2006).
Portanto, foram os conflitos por terra na região, que se tornaria Tailândia, primeiramente em vila ligada ao Acará e depois município, que trouxe moradores, migrantes, somados aos moradores tradicionais, para mais perto de órgãos federais, em busca de proteção e terra legal e é nesse sentido que podemos registrar o início de tudo.
O Perfil Sócio-Econômico da Colônia Agrícola de Tailândia em 1980
Segundo dados do Projeto de Assentamento Dirigido (PAD), do Iterpa, em 1980, a colônia agrícola, em seu trabalho de assentamento “pacificador,” teve um nível de crescimento demográfico em quatro anos que “não condizia com a estrutura econômica, física e social que o espaço apresentava” (PRADO, 2006).
Nesse sentido, a colônia tinha apenas acesso pela PA-150, com uma estrada sem condições, falta de estradas vicinais para a pequena produção, o que inclusive propiciou o êxodo de muitos colonos para outras localidades, o que não é muito diferente dos dias de hoje.
A Emancipação e as Primeiras Eleições 
A História da fundação da cidade de Tailândia, no Estado do Pará, como vimos, se confunde com a história dos conflitos fundiários na região e a política desenvolvimentista dos Governos Militares, pois foi na década de 70, a construção da estrada que hoje corta o Estado de norte a sul, que pretendia integrar a capital do Estado com o sul do Pará, região em ascensão econômica devido à construção da Hidrelétrica de Tucuruí, da Transamazônica, da Ferrovia Carajás, da mineração e do garimpo de ouro, na época.
Nesse período vieram muitos migrantes de outros Estados, principalmente, do Maranhão, Piauí, do sul e sudeste do Brasil, para trabalhar no que seria a futura PA-150, na Meso Região Nordeste do Pará. Os então pioneiros e primeiros moradores, fazendeiros, madeireiros e grileiros viviam em pé de guerra, isso foi um dos principais motivos que contribuíram para a intervenção do Estado na região.
Com a intensificação da violência, o governador do Estado, Alacid da Silva Nunes, determinou ao Instituto de Terras do Pará (Iterpa) a intervenção na região. Em 03 de junho de 1978, com a chegada dos primeiros técnicos, a localidade sofreu a intervenção da PM, sob o comando do Tenente Pinheiro, iniciando-se assim o cadastramento dos colonos e a administração do projeto de colonização, demarcação de terras devolutas e distribuição de lotes entre os quilômetros 51 e 183 da PA-150, numa área de 158.400 ha. A curiosidade da escolha do nome da cidade se deu numa reunião, em julho de 1978, em que a denominação da localidade seria Tailândia, devido à comparação dos conflitos da cidade com os que ocorriam no país asiático Tailândia, que passava por uma guerra civil e de fronteiras
De fato, Tailândia só teve a sua emancipação político-administrativa do município do Acará, em 10 de maio de 1988, através da lei estadual de nº 5.452/88, sancionada pelo governador Hélio da Mota Gueiros. A primeira eleição municipal ocorreu em 15 de novembro de 1988, com a eleição do primeiro prefeito e vice, respectivamente, Francisco Nazareno Gonçalves de Souza e Francisco Cláudio Mercedes; em 1992, com a segunda eleição, foi eleito Francisco Alves Vasconcelos (Baratão); em 1996, no terceiro pleito volta à gestão municipal Francisco Nazareno Gonçalves; em outubro de 2000, é eleito prefeito o sr. Paulo Liberte Jaspe (Macarrão), que teve como vice-prefeito o sr. Pedro Mercides da Costa, conhecido como Pedro do Sindicato, reeleito em 2004, para o mandato de mais quatro anos; em 2008;no sexto mandato municipal é eleito Gilberto Miguel Sufredini (Gilbertinho), que não termina o mandato por suposto abuso de poder econômico, e tem a sua candidatura a reeleição cassada pelo TRE, sendo empossado o segundo mais votado na eleição anterior, em agosto de 2012, Valdinei Afonso Palhares, que entrega a Prefeitura ao candidato do ex-prefeito cassado, o Sr. Rosinei Pinto de Souza, em 2012, para mandato até 2016.
A Economia Municipal: Como foi o início
Depois da criação da localidade de Tailândia, em julho de 1978, o isolamento da sede municipal do Acará, com a insuficiência de recursos financeiros, falta de assistência social, à educação e à saúde, a consciência de sua importância sócio-econômica para a região e a insatisfação social e política, o desejo de emancipação foi crescendo.Com a emancipação, as principais fontes de arrecadação do município foram impostos sobre Venda a Varejo de Combustíveis (IVVC), taxas de alvarás de funcionamento e IPTU, deixando de arrecadar quotas do ICMS pela deficiência de fiscalização, inclusive de controle de saída de produtos, como a madeira e o gado, ou seja, o início de sua emancipação economicamente não foi muito fácil.
O setor primário foi o segmento que mais absorveu mão-de-obra. A pecuária e o extrativismo madeireiro se implantaram muito antes da colonização, através de projetos financiados pela lei de incentivos fiscais. Assim, o rápido fator migratório, incentivada pelos proprietários de grandes áreas de terras e serrarias, que traziam mão-de-obra de outras localidades e Estados em grande leva, ajudou a dinamizar a economia baseada na pecuária e extração de madeira.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Planejamento do Pará (SEPLAN), somente em 1989, a agricultura ocupava mais de 3.000 postos serviços, para 500 empregadores e 30 autônomos, ganhando a perder de vista a pecuária, com 220 trabalhadores para 50 estabelecimentos. A outra parcela da economia estava distribuída no comércio varejista, serviços públicos e em atividades de profissionais liberais.
Assim, é notório compreender a estratificação da sociedade tailandense, onde a maior renda era concentrada nas mãos de proprietários de grandes áreas e empresários do setor madeireiro; a média renda, entre pequenos proprietários, profissionais liberais, comerciantes e funcionários públicos; e a menor renda, distribuída aos trabalhadores de serrarias, carvoarias e trabalhadores rurais.Outro destaque importante para a economia da região é a implantação do Grupo AGROPALMA, na produção de dendê, e a agro-indústria, sem falar do interesse de empresas como a Petrobrás, na extração de óleo vegetal para a produção de Bio-Combustível. Embora, contribuindo com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 266.236,00 (IBGE/2007), até 2008 foi mesmo a madeira que dominava a economia municipal.
Operação Arco de Fogo em Tailândia
Tailândia ganhou fama nacional com a Operação Arco de Fogo, de combate à extração ilegal de madeira. O desmatamento, porém, continuava avançando em todo o Estado. A Operação Arco de Fogo, quando decidida nas salas do Ministério do Meio Ambiente, com a então ministra Marina Silva, visava combater o desmatamento ilegal na Amazônia por meio de ações de segurança pública promovidas pelas Polícias Federal, Civil, Militar, Força Nacional e órgãos das três instâncias governamentais, sem ter a noção dos impactos sociais que acarretaria tal intervenção militar.
A economia local dependia fundamentalmente da exploração de madeira. Muitos moradores foram feridos em confronto direto com os soldados. Toda madeira apreendida em Tailândia foi a leilão, pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará e todos os valores arrecadados voltaram-se para financiar o combate ao desmatamento, sem levar em consideração políticas necessárias para gerar um novo modelo de desenvolvimento para o município.
Aqui Tinha uma Floresta
Há mais de vinte e sete anos atrás, antes mesmo de se tornar vila, o local era uma grande floresta. Tailândia surgiu de um projeto de colonização que atraiu brasileiros que vieram de longe para produzir alimento na agricultura. Só que era preciso derrubar a floresta. Como a produção não foi para frente, por falta de ajuda financeira e tecnológica, o que sobrou foi o ganho fácil do comércio da madeira. Hoje metade da área do município está devastada e parte da madeira é queimada em carvoarias clandestinas. Seus trabalhadores são a prova de que o desmatamento só traz riqueza para muito poucos, trabalho escravo e miséria para muitos, que não sabem fazer outra coisa.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

RIO DAS OSTRAS - RIO DE JANEIRO

Rio das Ostras é um município brasileiro das Baixadas Litorâneas, no estado do Rio de Janeiro. Localiza-se no litoral norte do estado. Sua população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, foi de 150.674 habitantes.
Dotado de belas praias, tem recebido altos investimentos aplicáveis em infra-estrutura provenientes dos royalties concedidos pela Petrobras na área em questão. As praias mais conhecidas são: Praia da Tartaruga, Praia do Centro, Praia do Bosque e Costazul. Nesta última existe a possibilidade da prática do surfe. Um dos pontos mais visitados no município é a Praça da Baleia, ao final da praia de Costazul. Nesta praça, há uma estátua de baleia Jubarte esculpida em bronze.
Divisão administrativa
A lei estadual nº 1984/92 criou o município de Rio das Ostras, com sede na atual Vila do mesmo nome, formado do território do distrito de Rio das Ostras, desmembrado do município de Casimiro de Abreu.
No artigo 2º, ao contrário do que muitos pensam, se extrai que o território do município de Rio das Ostras é constituído de um único distrito.
História
A história de Rio das Ostras perde-se nos meados de 1575, comprovada em relatos de antigos navegadores que passavam por esta região.
Situada na Capitania de São Vicente e habitada pelos índios Tamoios e Goitacases, Rio das Ostras tinha a denominação de Rio Leripe (molusco ou ostra grande), ou Seripe. Parte das terras da Sesmaria cedida pelo capitão-mor governador Martim Correia de Sá, no dia 20 de novembro de 1630 foi delimitada com dois marcos de pedra, colocados em Itapebussus e na barreta do rio Leripe, com a insígnia do Colégio dos Jesuítas.
Os índios e os jesuítas deixaram suas marcas nas obras erguidas nestes trezentos anos, como o da antiga igreja de Nossa Senhora da Conceição, o poço de pedras e o cemitério, com a ajuda dos índios e dos escravos. Após a expulsão dos jesuítas no ano de 1759, a igreja foi terminada no final do século XVIII, provavelmente pelos Beneditinos e Carmelitas.
A antiga igreja desmoronou totalmente na década de 1950 e sem restar ruínas, foi construída em 1950 uma nova igreja, próximo ao local onde se situava a primeira.
Um grande marco na cidade é a passagem do Imperador D. Pedro II. Que veio a descansar na sombra da figueira centenária.
O crescimento da cidade deu-se ao redor da igreja, e Rio das Ostras como rota de tropeiros e comerciantes rumo à Campos dos Goytacazes e Macaé, teve um progressivo desenvolvimento com a atividade da pesca, que foi o sustentáculo econômico da cidade até os meados do século XX.
A construção da Rodovia Amaral Peixoto, a expansão turística da Região dos Lagos pela instalação da Petrobras em Macaé, foram de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento de Rio das Ostras, que viu sua população crescer até chegar ao momento de sua emancipação político-administrativa, do município de Casimiro de Abreu, em 10 de abril de 1992.
Com 228 km² de área total, a cidade tem em sua geografia, um mapa de maravilhosos caminhos para o embevecimento e estímulo aos que reverenciam a mãe Natureza.
Pontos turísticos
Conforme a Prefeitura Municipal, os principais pontos turísticos da cidade são:[4]
Píer do Emissário de Costazul - localizado na praia de Costazul, o emissário possui um píer com 200 metros para dentro da praia liberado para as pessoas onde é possível ter uma bela vista da região serrana da cidade e a prática de pesca amadora
Orla do Centro.
Figueira centenária - figueira centenária onde o imperador brasileiro Dom Pedro II se sentou a sua sombra para descansar. Na mesma figueira também repousaram o presidente Getúlio Vargas, o príncipe Maximiliano, o príncipe João Henrique e a princesa Fernanda Beatriz.
Poço de Pedras do Largo de Nossa Senhora da Conceição - construído em meados do século XVIII, por mão-de-obra escrava, era a fonte de água à beira-mar, onde o povo servia-se de água para beber e lavar louça. Recuperado no ano 2000, é o resgate da memória e identidade cultural de Rio das Ostras.
Praça da Baleia - área de lazer e contemplação abriga a escultura de uma baleia-jubarte com 20 metros de comprimento, toda estrutura metálica, recoberta com chapas de bronze e liga de latão, feita pelo artista plástico, Roberto Sá, conhecido internacionalmente pelas esculturas hiper-realistas. Esta é a maior homenagem a um cetáceo no mundo.
Museu do Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba - inaugurado em 1998, com exposição de peças catalogadas pela época, origem e denominação em reconstituição da pré-história desta região e é um dos únicos in situ do Brasil.
APA da Lagoa de Iriry - lagoa com uma água escura, apelidada pelos moradores de "lagoa da Coca-Cola", pois apresenta uma intensa concentração de iodo, o que deixa a água com uma coloração semelhante à do refrigerante. Possui um mirante com cerca de 20 metros de altura.
Centro Ferroviário de Cultura Guilherme Nogueira - estação centenária que faz parte da linha da Estrada de Ferro Mauá que ligava Barão de Mauá a Vitória.
Praça do Trem - tem uma área total de aproximadamente 6.500m², sendo 420m² de área construída.
Monumento Natural dos Costões Rochosos - é uma faixa de rochas e praias entre a Praia da Joana e a Praça da Baleia, é unidade de conservação do Município, com riqueza e diversificação de fauna e flora.
Casa da Cultura Doutor Bento Costa Júnior - casa construída no final do século XIX para abrigar material de pesca e mais tarde como depósito de sal, transformada, por volta de 1940, na residência da família do médico Bento Costa Júnior. Foi considerada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) como patrimônio histórico e cultural da cidade. São realizadas mostras de artistas regionais no salão de exposições.
Poço de Pedras do Largo de Nossa Senhora da Conceição (Poço das Pedras) - construído pelos escravos em meados do século XVIII é o marco para a construção da cidade. Registros históricos indicam que o poço permitia acesso a água potável para a tribulação de embarcações que cruzavam a Baía Formosa e aportavam no cais do morro do Limão (atual Iate Clube).
Parque Natural Municipal dos Pássaros - horto florestal com vegetação preservada da Mata Atlântica. Oferece informações de plantas e possui grande variedade de mudas ornamentais, medicinais e silvestres. Mini-zoo com animais domésticos e aves raras. São realizados passeios nas trilhas do Parque. Estes passeios são gratuitos. No mais longo deles, são gastos 40 minutos de caminhada pela restinga. No mais curto, é visitado um grande viveiro onde ficam espécies variadas de pássaros.
Orla de Costazul - obra de urbanização realizada pela Prefeitura, que em sua 1ª fase, criou 850 metros lineares de área de lazer e preservação, com ciclovia, academia de ginástica ao ar livre, quiosques, playgrounds e 15 mil m² de área de restinga preservada.
Centro Ferroviário de Cultura
Parque Municipal Roberto Cação
Alguns outros locais de destaque:
Reserva Biológica União (REBIO União) - administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) possui cerca de 53% do seu território localizado em Rio das Ostras e se estende aos municípios de Casimiro de Abreu (46%) e Macaé (1%), a REBIO União possui uma área total de 2.548 hectares de Mata Atlântica, onde ainda podem ser encontrados trechos de mata primária e ser observados exemplares da flora como: o vinhático, o jequitibá, o xaxim ou samambaiaçú, o palmito, etc. Pesquisas apontam que a Mata Atlântica da REBIO União possui a maior riqueza e diversidade vegetal entre todos remanescentes estudados no estado do Rio de Janeiro. Originalmente, as terras da REBIO União pertenciam a "Fazenda União", que durante o século XIX, pertenceu à Joaquim Luiz Pereira de Souza, pai do ex-presidente Washington Luís.
Manguezais (Ecossistema) - grande área preservada que se inicia perto da ponte de Costazul. Reserva ecológica. Possui riqueza de fauna e flora marinha.
Principais eventos
Esses são os principais eventos oficiais:
Março - Ostras Cycle (encontro de internacional de motociclistas).
10 de abril - aniversário do município.
Feriado de Corpus Christi - Rio das Ostras Jazz & Blues Festival.
Novembro - Festival de Frutos do Mar.
4 de agosto - Corrida Rústica Solidária- Lagoa do Iriry (Organizado pela prefeitura e pela Igreja Presbiteriana do Brasil).
Outros eventos
24 de junho - Festa de São João Batista.
29 de junho a 2 de julho - Festa de São Pedro.
5 de outubro - Festa de São Benedito.
8 de dezembro - Festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 22 de maio de 2020

IGUATU - CEARÁ

Iguatu é um município brasileiro do estado do Ceará. Localizado na Região Centro-Sul do estado, configura-se como o principal pólo econômico da região. Foi, ao longo das décadas de 1960, 70 e 80, um importante centro produtor de algodão, chegando a cravar sucessivos recordes nacionais de produtividade da fibra. Hoje, as indústrias moveleiras, de calçados e de serviços são os condutores da economia da cidade. Terra natal dos músicos e compositores Eleazar de Carvalho, Humberto Teixeira e do Bispo Mário Teixeira Gurgel.
Iguatu está na lista dos 299 municípios mais populosos do Brasil e dos 9 mais populosos do Ceará. É a cidade do centro-sul que possui mais cursos de graduação.
Etimologia
O topônimo Iguatu vem da língua ig ou i (água) e catu (bom, boa) significado rio bom ou água boa. É uma alusão a grande lagoa, a maior do estado do Ceará, situada na parte leste da cidade.
Sua denominação original era Venda, depois Sitio Telha, Capela da Telha, Matriz da Telha, Povoação da Telha, Missão da Telha, Telha e desde 1883 chama-se Iguatu.
História
A localidade anteriormente abrigava uma aldeia de índios Quixelôs. A região era conhecida pelo nome de Telha, fazendo menção a uma grande lagoa de mesmo nome dos arredores, quando os jesuítas chegaram à região a partir de 1707. Depois de lutas de resistências por parte dos indígenas e rendição destes, estes colaboravam com os colonizadores.
Em 1831,o povoado da Telha já se tornara tão grande e próspero que foi elevado a freguesia e sua elevação à categoria de Vila ocorreu na forma de Lei nº 553, de 27 de novembro de 1851, quando foi desmembrada do município de Icó e instalada a 25 de janeiro de 1853. Sua elevação à categoria de cidade ocorreu em virtude de Lei Provincial nº 1.612, de 21 de agosto de 1874. Logo após a proclamação da República em 1889, foi nomeado o seu primeiro intendente, Cel. Celso Ferreira Lima Verde. O primeiro prefeito municipal foi nomeado em 1914, Cel. José Adolfo de Oliveira. O segundo prefeito foi Eduardo de Lavor Paes Barreto, de 1915 a 1917. Um fato curioso na política local é que na primeira eleição para o cargo de prefeito por voto direto, em 1926, o segundo colocado assumiu o cargo a partir de 1 de dezembro. Concorreram ao cargo Manoel Carlos de Gouvêa (344 votos) e o industrial Otaviano Jaime de Alencar Benevides (542 votos), este considerado inelegível, assume o cargo Gouvêa até a data de 14 de agosto de 1928.
Iguatu destacou-se ao longo da história do Ceará por está ao lado da Estrada das Boiadas, e depois como importante centro produtor de algodão, mas o grande impulso econômico se deu com a expansão da Estrada de Ferro de Baturité até a cidade do Crato. A estação ferroviária de Iguatu foi inaugurada a 5 novembro de 1910. Isso resultou no impulso da economia local com a instalação de hotéis, usinas de beneficiamento de algodão e casas comerciais e a expansão do centro comercial. Com a estação, Iguatu tornou-se o centro econômico da região em detrimento de Icó. Somente a partir de 1910, com o fortalecimento da economia algodoeira a expansão urbana direciona-se para as proximidades da estação ferroviária. O progresso urbano foi tão significativo tanto que em 1925, foi inaugurado o Cine-Teatro Iguatu, considerado à época como o melhor prédio do gênero no interior do Ceará. O aformoseamento urbano verificava-se já pela existência de muitos palacetes e sobrados onde residiam as famílias ricas e influentes na sociedade, principalmente nas ruas Floriano Peixoto, João Pessoa, Epitácio Pessoa e no entorno da Praça da Matriz. Com a expansão da linha ferroviária até o município do Crato, inaugurada a 9 de novembro de 1926, Iguatu recebe um novo impulso na sua economia e nos aspectos cultural e social, pois a ferrovia permitiu a comunicação mais rápida com o Cariri, próspero e importante centro cultural, político e econômico do sul do Ceará.
No município de Iguatu são inauguradas quatro estações de trem (Sussuaruna, Iguatu, Jaguaribe Mirim e José de Alencar), as quais consolidaram a base econômica do município. A estação foi a terminal da linha da EF Baturité até agosto de 1916, quando ela foi prolongada até Cedro, e no ano seguinte, até Lavras. Por isso, os habitantes de Lavras, mais ao sul, tinham de ir até Iguatu para embarcarem. Hoje é uma das estações operacionais da CFN, atual concessionária do trecho. Segundo Assis Lima, o prédio sofreu grande reforma em meados dos anos 1970, perdendo suas características originais.
Em 2009, o município viu o fim de uma das indústrias de beneficiamento do algodão (CIDAO), que certamente alimentaram os trens para Fortaleza, que transportavam o algodão e o óleo ali produzidos. Foi demolida para dar lugar a uma Universidade (é criado o Campus Avançado de Iguatu da Universidade Regional do Cariri). Seus trilhos e até vagões que existiam até novembro em seus depósitos foram sucateados. Em uma notícia do início de 2009, a afirmação de que o material ferroviário seria mantido ali: "Dentro do projeto feito por Campelo, está a ideia de deixar a linha férrea que passa dentro da área e dois vagões de trem estacionados dentro da CIDAO como forma histórica de preservação da memória das antigas edificações".
Numa região onde os missionários católicos tentaram evangelizar os nativos, os índios, as primeiras manifestações de apoio eclesial provêm desse trabalho. Em 1746 iniciaram-se as obras da primitiva capela, orago que se dedicou a Nossa Senhora Santana, sendo concluída em 1775 e tendo como subordinante a Paróquia de São Mateus (Jucás). A Igreja Matriz Senhora Santana é o único patrimônio arquitetônico do município tombado pelo IPHAN, em 13 de março de 1974. Foi inaugurada e sagrada pelo segundo bispo do Ceará, Dom Joaquim José Vieira, no dia 29 de agosto de 1886, na presença de Padre Cícero Romão Batista. A freguesia, desmembrada da jurisdição anterior, provém do Decreto Provincial de 11 de outubro de 1831 e assentou-se em área central constante de 200x400 braças. Consta como seu primeiro vigário, no período compreendido entre 1832 e 1844, o Padre Vicente José Ferreira.
No dia 28 de janeiro de 1961, o Papa João XXIII editou a bula "In apostolicis muneris" criando a Diocese de Iguatu. Sendo seu primeiro Bispo D. José Mauro Ramalho de Alarcon e Santiago,empossado a 4 de fevereiro de 1962.
Relevo e solos
Está a uma altitude de 217 metros. As terras do município são de relevo plano suave, com formas ligeiramente entalhadas e altitudes entre 200 e 500 m, resultantes da superfície de aplainamento do Cenozóico; faz parte da denominada Depressão Sertaneja. Os solos são podzólicos, litólicos, solos aluviais e vertissolos. As principais elevações são as serras: do Casquilho, do Esse, do Morais e do Mundo Novo.
Vegetação
A vegetação predominante é a caatinga arbustiva densa.
Clima
A pluviosidade no município é de aproximadamente 1.000 milímetros anuais, com chuvas concentradas de janeiro a maio. Com temperaturas que variam, conforme a época do ano e local, de mínimas de aproximadamente 21 °C até máximas de 36 °C. As médias térmicas mensais, no entanto, giram entre 26 ºC e 29 °C. O tempo de insolação chega a 3.000 horas anuais.
Educação
Ensino básico
Na Educação Básica, conta com quase cem escolas. Fazendo parte da rede pública podem-se citar as escolas: EEEP Amélia Figueiredo de Lavor; EEF Elze Lima Verde Montenegro; Liceu de Iguatu; EEEP Lucas Emmanuel Lima Pinheiro; EEM Francisco Holanda Montenegro (Distrito José de Alencar); Escola Maria Pacífico (Ex. Escola Carlos de Gouvêa); Escola Filgueiras Lima; Escola Adauto Bezerra; Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; Colégio Adahil Barreto; CEJA; IFCE; EEEP Antônio Albuquerque.
Na rede particular, destacam-se as escolas: SESC; Colégio Pólos; Escola Modelo; Colégio JBC.
Obs: Além dessas escolas citadas acima, Iguatu possui mais de 105 escolas publicadas espalhados por diversos bairros e sítios do município, sendo 68 delas do ensino fundamental, 10 de ensino médio, 27 de educação de adultos e 4 escola de ensino profissional.
Ensino Superior
Atualmente o município conta com alguns cursos oferecidos pelas seguintes escolas: Universidade Estadual do Ceará (UECE)- (FECLI) - Faculdade de Ciências e Letras de Iguatu); Universidade Regional do Cariri (URCA); Instituto Federal do Ceará (IFCE); Universidade Vale do Acaraú (IDJ - Instituto Dom José); Faculdade de Tecnologia Centec (FATEC) Cidade Universitária (UECE e URCA); Faculdade São Francisco do Ceará (FASC); Faculdades Integradas do Ceará (FIC); Universidadee Paulista (UNIP); Universidade Planalto (UNIPLAN); Faculdade Randara Mello; Faculdade Uniasselvi.
Ensino Profissional
O município conta com escolas voltadas para o ensino profissionalizante, tais como: Serviço Social do Comércio - SESC - CE; Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC-CE; Escola Estadual de Educação Profissional Lucas Emmanuel Lima Pinheiro e Escola Estadual de Educação Profissional Amélia Figueiredo de Lavor.
Economia
O município exerce papel de centro regional de comércio e serviços, oferecendo apoio para mais de 10 municípios da região onde se localiza. Sua economia é baseada na agricultura: algodão herbáceo e arbóreo, arroz, banana, feijão, milho; pecuária: bovino, suíno e avícola.
Além de diversas olarias, a base econômica mais antiga ainda encontram-se algumas indústrias, tendo destaques as de ramo calçadista, alimentícia e de transformação de produtos à base de alumínio.
Turismo e cultura
Atrações
Áreas públicas - Praça Adil Mendonça; Praça da Bandeira; Praça da Matriz; Complexo Dr° José Ilo Dantas; Centro de Lazer Celso Montenegro - 7 de setembro; Centro de Lazer Francisco Alcântara Nogueira; Praça Cel. Belisário; Praça Caxias; Ponte Demócrito Rocha; Ponte Metálica (Trem); Complexo Turístico do Trussu; Praça da Bíblia; Praça D. Pedro l; Praça Gonçalves de Carvalho; Praça da Criança.
Patrimônio - Açude Orós; Açude do Governo; Açude Trussu; Igreja e Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; Igreja Matriz de Senhora Santana (antiga Sé Catedral); Lagoa Baú; Lagoa da Bastiana; Lagoa da Telha; Lagoa do Barro Alto; Lagoa do Saco; Lagoa Iguatu; Riacho Antônio; Rio Jaguaribe; AABB; CRI; Policlínica (antiga Hospital Santo Antônio dos Pobres), entre outros.
Biblioteca Pública
A prefeitura realizou um conjunto de reformas no prédio da biblioteca Municipal Matos Peixoto que deixou o ambiente mais agradável e confortável para os visitantes. Além de 8.500 exemplares, o acervo disponibiliza periodicamente receitas de poesia, contação de histórias, leituras dramatizadas de contos e peças teatrais com a temática do livro e da leitura.
Eventos Culturais
Os principais eventos culturais são: Moto Fest - Maio; Festa da Padroeira - Senhora Santana - 26 de julho; Expoiguatu (exposição agropecuária municipal); Fenercsul (Feira de Negócios da Região Centro-Sul); Semana do Município - janeiro; Iguatu Festeiro; Iguatu Junino Escolar (realizado em Junho); Festival do Dia Mundial do Teatro - 27 de março; FEST JOVEM - Torneio de futebol; Comemoração do dia 7 de Setembro dia da Idependência do Brasil; Expoleite (Feira do leite da região centro sul- UPECE); Festival de Violeiros do SESC
Marcha para Jesus; Dia da Bíblia (Dezembro) organizado pela APOEI.
Museus
- MIS - Museu da Imagem e do Som Alcântara Nogueira - que funciona anexo ao prédio do SESC Iguatu, com um acervo de vídeos, discos, fotos e recortes sobre a historia cultural e dos artistas de Iguatu e da região.
- Museu de Arte Sacra - com projeto aprovado pela Câmara Municipal há mais de 20 anos, que deveria funcionar na antiga capela do Prado, vizinha à atual igreja.
Teatro
Iguatu tem um teatro, sem infraestrutura adequada, com nome de 'Pedro Lima Verde' (talentoso ator e dramaturgo iguatuense morto precocemente), mantido pela prefeitura municipal e conta com companhias e grupos de teatro: Companhia Ortaet de Teatro; EVT Elo Vanguarda de Theatro (A palavra "Elo" substitui "Grupo", "Companhia", "CIA" ou "Trupe"); Guardiões Teatrais (fundado em Maio de 2016); Cia. Dupla Face de Humor e Animações (Jadilene do Iguatu); Cia. Persona de Teatro; Cia. Damtear teatro e dança; Companhia Chacoalho de Teatro de Bonecos; Grupo Metamorfose de Teatro; Grupo GETAP de Teatro.
Outras atrações - Café Líder; Marco Zero; Museu Iguatuense da Imagem e do Som; Palácio da Microempresa de Iguatu; SESC Iguatu; Pista de skate.
Ação Social
Creche Pró Infância
Em parceria com o Governo Federal, a Prefeitura de Iguatu está construindo uma creche no bairro Altiplano.O objetivo dessa iniciativa é oferecer educação de qualidade para crianças com idades até 6 anos.Quando concluída, a creche do Altiplano vai oferecer uma estrutura completa: teatro, brinquedos e salas de aula com espaço para banho de sol. previsão do prefeito Agenor Neto é beneficiar 2.000 crianças com educação de qualidade.
Cursinho Força Jovem
O projeto que tem como objetivo e ações complementar nas áreas do conhecimento através de cursos, aulas de reforço escolar e acompanhamento das informações dos alunos beneficiários do Bolsa família bem como aos seus familiares e as famílias em Vulnerabilidade Social. Estamos falando do Projeto Força Jovem que é uma realização da Prefeitura Municipal de Iguatu através da Secretaria de Ação Social em parceria com Secretaria de Educação e com os recursos do IGB/Bolsa Família.com esta oportunidade demonstram que possuem condições intelectuais de competirem com qualquer um em provas de vestibulares.
Cozinha Comunitária
A Cozinha Comunitária Dulce Ricarte de Araújo compõe a Rede de Equipamentos Públicos de Alimentação e Nutrição, a qual brevemente estará sendo fortalecida com a conclusão do Banco de Alimentos. Ambos fazem parte da estratégia de garantia de uma alimentação segura e do Direito Humano a uma Alimentação Adequada, regidos pela Política de Segurança Alimentar e Nutricional do município de Iguatu.
A Cozinha Comunitária teve início em 20 de Novembro de 2010, com objetivo de fornecer e promover o acompanhamento nutricional aos beneficiários cadastrados e referenciados pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS IV) que abrange os bairros João Paulo, Jardim Oásis e Areias. Desde então, fornece diariamente 200 refeições, a um valor acessível, planejadas por nutricionista, garantindo um cardápio variado e nutricionalmente adequado.
Além do público cadastrado, indiretamente, a Cozinha Comunitária beneficia através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), 150 agricultores da Agricultura Familiar, que fornecem seus produtos pela modalidade “Compra direta com doação simultânea” em parceria com Secretaria de Agricultura e Pecuária do município.
Ao longo dos seus 5 anos de funcionamento a Cozinha Comunitária ofereceu em média 264.000 refeições, promoveu atividades de educação e avaliação nutricional. Constantemente, busca capacitar e orientar a equipe de manipuladores de alimentos a respeito das Boas Práticas no Serviço de Alimentação.
Em 2013 a Prefeitura Municipal de Iguatu visando garantir a continuidade do programa e potencializar o funcionamento do equipamento propôs um projeto de Modernização para melhorar a estrutura física para o fluxo de recebimento de gêneros e o armazenamento, a recepção, distribuição e administração das refeições.
Casa Azul
A casa azul é o centro de atenção psicossocial para a infância e a adolescência de Iguatu. A casa atende crianças e adolescentes de 0 a 18 anos,portadores de transtornos mentais de diversos municípios da região centro-sul. A unidade que conta com psiquiatria, neurologista, pediatra, psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, enfermeiros de três pedagogas, foi o primeiro centro para a infância e adolescência a ser implantado no estado do Ceará.
Residência Terapêutica para pacientes especiais
A prefeitura de Iguatu instalou uma residência terapêutica de saúde mental,concluindo a rede de saúde mental composta por quatro unidades: CAPS III, CAPS ad, CAPSi e a residência terapêutica.O objetivo da casa é atender pacientes com transtornos mentais,graves e crônicos,sem amparo da família,evitando o internamento em hospitais psiquiátricos.
Esporte
Agremiações esportivas - Associação Desportiva de Iguatu; IHC Iguatu Handebol Clube
ACEBI- Associação esportiva de Basquete Iguatuense.
Estádio - Estádio Agenor Gomes de Araújo, antigo Estádio Elmo Moreno (ou "Morenão"), tem capacidade para 8.000 torcedores.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 18 de maio de 2020

ITUMBIARA - GOIÁS

Itumbiara é um município brasileiro localizado no sul do estado de Goiás, na divisa com o estado de Minas Gerais. Com uma área de 2.461 km², Itumbiara é o décimo terceiro município mais populoso de seu estado, com 104.742 habitantes, segundo estimativas de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A história de Itumbiara remonta ao início da década de 1820, quando ocorreu a construção de uma estrada passando sobre o rio Paranaíba, visando interligar Uberaba ao centro de Goiás. Com a grande concentração de habitantes no local, atraídos principalmente pela construção da estrada, uma resolução provincial criou um distrito, denominado Santa Rita do Paranaíba, em 1852. Com a Proclamação da República do Brasil, a instalação do município se efetivou, em 1909, ainda com o nome de Santa Rita do Paranaíba. O nome "Itumbiara" tem origem tupi-guarani e foi uma sugestão do engenheiro Inácio Pais Leme, mentor da construção da estrada.
O município de Itumbiara é considerado o portal de entrada do estado de Goiás. Também é um dos maiores exportadores do estado, devido à sua localização próxima a Minas Gerais e São Paulo, garantindo o escoamento da produção agrícola do sudoeste goiano através das regiões Sul e Sudeste. Seus principais pontos turísticos são o Rio Paranaíba, a Cachoeira do Salitre, o Farol da Beira Rio e a Ponte Affonso Penna, sendo esta última responsável por interligar os estados de Goiás e Minas Gerais.
Topônimo
Em língua Tupi-Guarani, o topônimo Itumbiara significa "Caminho da Cachoeira", através da junção dos termos ytu ("cachoeira") e piara ("caminho para"). Ignácio Paes Leme, um dos exploradores da região, nomeou assim um posto fiscal na estrada construída por ele próprio, que interligava a vila de Santa Rita do Paranaíba (hoje distrito do município) a Cachoeira Dourada.
História
Por volta de 1824, a iniciativa do general Cunha Matos fez construir uma estrada, ligando a localidade goiana denominada Anhanguera à cidade mineira de Uberaba. Os pontos iniciais e terminais da referida estrada forçaram a sua passagem no Rio Paranaíba, divisa dos estados de Goiás e Minas Gerais.
Essa passagem foi construída num porto e, no local, o governo estadual da época, fez instalar um posto de arrecadação de rendas. Tratando-se de travessia interestadual, o objetivo era forçar o trânsito naquele ponto. Este fato auxiliado pela fertilidade das terras da região, facilitando enormemente a agricultura e a criação de gado, contribuiu para que, aos poucos, surgisse ali uma pequena povoação. Formado esse rudimentar núcleo urbano, os seus moradores erigiram uma capela e elegeram-lhe a padroeira Santa Rita. Posteriormente em homenagem à sua Santa, o lugarejo recebeu a denominada de Porto de Santa Rita.
Foi à categoria de distrito de Santa Rita do Paranaíba em 21 de agosto de 1852, pela resolução provincial nº 18. Foi elevado a município pela Lei Estadual nº 349, de 16 de julho de 1909, sendo Urbano Coelho de Gouveia o então governador. O município foi instalado em 12 de outubro de 1909, e foi elevado à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 518, de 27 de julho de 1915, e à categoria de Comarca pela Lei nº 621, de 29 de julho de 1918. Apesar da abundância de água cercando a cidade, a energia elétrica só foi implantada em 1933.
Itumbiara foi palco de duas revoluções na década de 1930: o primeiro grande confronto foi um dos episódios da Revolução de 30, ocorrido entre as forças militares leais ao Presidente Washington Luís e os simpatizantes da ideias reformistas do futuro Presidente Getúlio Vargas. Esse episódio contou com a participação de cerca de cem itumbiarenses. A Avenida Washington Luís, localizada na zona central da cidade, marca o local do confronto. O segundo confronto violento que também deu-se na cidade, foi entre o Exército com as forças rebeldes do Estado de São Paulo, durante a Revolução Constitucionalista de 1932. O Movimento Revolucionário era formado principalmente por advogados, professores, comerciantes e universitários, que tinham como objetivo principal a convocação imediata de eleições gerais para Presidente da República do Brasil, Deputados e Senadores e a consequente elaboração de uma nova Constituição para o Brasil. Embora Getúlio Vargas, então Presidente do Brasil, tenha sufocado os revolucionários paulistas, as eleições foram convocadas para 1933 e os brasileiros passaram a viver num Estado de Direito a partir da promulgação da Constituição de 1934. A Ponte Affonso Penna guarda ainda hoje, através de perfurações à bala, marcas desse episódio da História Brasileira.
O engenheiro Inácio Pais Leme, construtor da estrada "Itumbiara" de Santa Rita do Paranaíba a Cachoeira Dourada, a quarenta quilômetros da cidade, lançou a ideia de dar-se ao município o nome da estrada que em tupi-guarani, significa "Caminho da Cachoeira", sugestão aprovada pelo Governo de Goiás.
Itumbiara teve como seu primeiro administrador municipal o Sr. Antônio Joaquim da Silva, dias após sua emancipação. Outros nomes pioneiros que ocuparam cargos relevantes durante a instalação do município foram: Major Rogério Prates Cotrim, primeiro juiz municipal; José Olimpio Xavier de Barros, Promotor de Justiça; Pedro Gomes de Oliveira, Tabelião de Notas; e o Major Militão Pereira de Almeida, o primeiro delegado de polícia da localidade. No Poder Legislativo, os pioneiros no município foram Jacinto Brandão, ocupando o cargo de Presidente, e o Coronel Sidney Pereira de Almeida, como secretário.
A boa localização geográfica e estratégica de Itumbiara fez da cidade uma das mais desenvolvidas da Região Centro-Oeste do país. O município cresceu gradativamente e tornou-se um dos principais exportadores do estado de Goiás, juntamente com a capital, Goiânia e outras cidades, como Anápolis e Rio Verde.
O município perdeu parte de sua área geográfica com a emancipação dos distritos de Panamá, em 1952; Cachoeira Dourada, em 1982, principal atrativo turístico da cidade à época de sua emancipação; e Inaciolândia, em 1993. Recebeu a visita de oito Presidentes da República: Afonso Pena, Juscelino Kubitschek, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel, João Batista de Oliveira Figueiredo, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
Geografia
No município predomina um relevo montanhoso com partes onduladas. Entretanto, sua maioria é plana, ideal para o plantio de lavouras e pastoril. A Serra de Santa Rita, à beira do Rio Paranaíba, apresenta derivações e penetrações dos seus contrafortes pelo interior, separando divisões de massas hídricas. Além dessa serra, existem diversos morros, mas sem destaque algum. A região possui uma altitude variando de 320 a 448 metros.
Clima
O clima de Itumbiara é tropical (tipo Aw segundo Köppen), com estação chuvosa compreendida entre outubro e abril, com temperaturas moderadamente altas, e outra seca de maio a setembro, com temperaturas mais amenas. Outono e primavera são estações de transição. É comum na região de Itumbiara a alteração repentina de temperaturas. Suas alterações climáticas mais significativas se dão em meados de agosto até o mês de janeiro, quando o clima fica substancialmente quente com temperaturas, com sensação térmica podendo se aproximar ou até mesmo passar dos 40 °C.
Economia
Setor primário
Agricultura
O município está localizado no vale do Rio Paranaíba, uma região de terras férteis que faz da agricultura a principal fonte de recursos da localidade. Apesar de ainda responder por grande parte da economia local, a agricultura está perdendo espaço para a indústria.
Em 1996, conforme o Censo Agropecuário, a área cultivada em Itumbiara foi de 50 489 hectares de culturas temporárias; 720 hectares de culturas permanentes; 17.085 hectares de pastagens naturais; 106.946 hectares de pastagens artificiais (plantadas); 20.222 hectares de matas naturais e artificiais e 2.132 hectares de culturas irrigadas. Apresenta ainda um total de 246.460 hectares, sendo que deste total, 202.610 são propícios para a agricultura e formação de pastagens. Ainda em 1996, o município apresentava 1.240 propriedades rurais, 981 tratores, 755 arados de tração mecânica, 19 arados de tração animal, 141 colheitadeiras e 3 645 máquinas de plantio.
Itumbiara possui 39 estabelecimentos de armazenagem e estocagem a seco, suficientes para comportar e atender toda a produção do município e ainda, as produções dos municípios vizinhos. Em 1997, possuía capacidade de armazenagem de 573.500 toneladas ou 9 550 000 sacas de 60 quilos, assim distribuídos: 346.141 m³ de armazéns convencional, equivalendo a 186 920 toneladas, 193.240 toneladas em armazéns tipo graneleiro e 193 340 toneladas em armazéns tipo silos.
O número de empregos diretos gerado pela agropecuária no município em 2006, foi de 4.441, sendo 3.548 vagas ocupadas por homens e 893 por mulheres. Destes, 4.142 vagas eram ocupadas por pessoas acima de 14 anos.
Pecuária
De acordo com o Censo Agropecuário de 1996, Itumbiara apresentou uma densidade de rebanho bovino de 66,09 cabeças por km². No mesmo ano, a quantidade de bovinos existente era de 162.896 cabeças. Em 2006, a quantidade de bovinos era de 120.792, apresentando um decréscimo, sendo também 2.271 cabeças de equinos, 50 cabeças de bubalinos e 16 de asininos.
Outros animais notáveis existentes no município, em 1996 eram: Búfalos, com 46 cabeças; suínos 5.886 cabeças; ovinos, com 756 cabeças; caprinos, com 2.013 cabeças e aves (frango, frangas, galinhas e galos), com 95.580 unidades - com uma produção anual de 140.438 dúzias de ovos - e outras aves (patos, marrecos, gansos e perus), com 10 235 unidades.
Setor secundário
Itumbiara destaca-se a nível estadual na área industrial. A indústria responde por grande parte da economia do município e vem ganhando espaço nos últimos anos. Há destaque para diversos produtos, como derivados do milho, da soja, do algodão e do leite. Entretanto, o principal motor econômico industrial é nos ramos de metalúrgicas, calçados, têxtil, mecânico e alimentação.
Conta com um distrito industrial, este situado às margens da BR-452, com acesso para a BR-153, esta última responsável por interligar os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, chegando também a Brasília. O distrito industrial possui uma infraestrutura estável, com energia elétrica, água, esgoto, telefone e asfalto. Possui uma área de aproximadamente 1.100.000 m², distribuídos em quadras e ruas, localizando-se a 8 quilômetros do centro da cidade. As indústrias ali presentes recebem apoio do FOMENTAR - Sistema de financiamento de até 70% do ICMS pelo período de 15 anos, com encargos de 2,6% ao ano e ainda, com os benefícios da municipalidade, oferecendo vantagens e inclusive ajuda na limpeza dos terrenos. Atualmente, há 167 indústrias em atividade.
O município sedia diversas empresas nacionais exportadoras, com destaque para a Caramuru Alimentos (exportadora de soja), Louis Dreyfus Commodities (exportadora de derivados de algodão), JBS (exportadora de couro) e Stemac (Geradores de energia).
Setor terciário
Itumbiara é considerada um pólo de distribuição comercial, destacando-se entre as demais da Microrregião do Meia Ponte. Todos os 18 municípios circunvizinhos dependem do comércio de Itumbiara, que possui uma arrecadação de aproximadamente 36% do montante do ICMS. Empresas como Peugeot, Renault, Ford, Volkswagen, FIAT, Toyota, Hyundai,  Nissan, Chery, Mitsubishi, Chevrolet e Jeep que estão presentes na cidade, atendem toda a região. A cidade também conta com várias redes de lojas como Lojas Americanas, Ricardo Eletro, Magazine Luiza, Casas Bahia, Pernambucanas, Drogasil, Pague Menos e com a rede de supermercados Bretas.
Conforme dados da Delegacia Fiscal de Itumbiara, em 1997, o município apresentava 1.098 estabelecimentos comerciais ativos, 1.322 estabelecimentos comerciais suspensos, 542 estabelecimentos de prestação de serviços, 45 empresas de transporte rodoviário de cargas e passageiros, 36 estabelecimentos de armazenagem e estocagem a seco de cereais, 9 estabelecimentos bancário e 12 hotéis com leitos superior a 530 leitos.Hoje em 2018 conta com uma das maiores empresas do ramo de bebidas a Multinacional Polonesa CanPack. Com mais de 11 empresas pelo mundo, hoje tem filial em Itumbiara, tendo uma produção diária com mais de 3 milhões de latas de alumínio.
Educação
Itumbiara possui escolas em todas as regiões do município. O município em 2009 contava com aproximadamente 13.708 matrículas de ensino fundamental, 4.000 matrículas de ensino médio e 2.146 matrículas destinadas ao ensino pré-escolar. Das instituições escolares do município, 48,9% eram de ensino fundamental; 34,1% eram de ensino pré-escolar; e 17% de ensino médio. Em relação aos docentes, 64,8% lecionavam para o ensino fundamental; 25% para o ensino médio; e 10,2% para o ensino pré-escolar.
No ensino superior, o município possui um campus da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e do Instituto Federal de Goiás, as duas únicas instituições de ensino superior públicas. Possui ainda, outras instituições de ensino superior particulares, como o Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara, pertencente à Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Faculdade Santa Rita de Cássia (UNIFASC), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), e a Uniasselvi.
O município dispõe ainda de unidades do SENAI, SENAC e SESI e, em função disso, os índices de alfabetização e capacitação profissional do municípios estão entre os mais altos de Goiás. A nota geral alcançada por Itumbiara no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em 2013, nos anos iniciais do ensino fundamental, foi de 6.4 pontos. Entretanto, nos anos finais do ensino fundamental, o município alcançou nota de 5.2 pontos, superando a nota anterior, porém, ficando abaixo da média estadual.
Cultura e sociedade
Turismo
O ecoturismo é o grande responsável pelo turismo de Itumbiara, um dos caminhos para o desenvolvimento da cidade. isso caracteriza-se pelas vantagens competitivas da localidade neste quesito, com um destaque maior para o grande Lago da Represa de Itumbiara, que possui profundidades de 521,20 metros, uma área inundada de 778 km² e um volume total de 17 bilhões m³. Isso corresponde a duas Baías da Guanabara.
Nos últimos anos, tornou-se freqüentes na região do Lago da Represa do Rio Paranaíba encontros entre pescadores e equipes de pesca para a prática de pesca esportiva, fato que se tornou destaque em revistas especializadas que considera Itumbiara o 2º melhor lugar do Brasil para a pesca esportiva do Tucunaré. O rio também sedia modalidades esportivas aquáticas.
O Kartódromo Internacional Dr Henrique Santillo, situado ao centro-oeste da cidade, é sede de eventos regionais, nacionais e internacionais. Possui capacidade para 5.000 pessoas.
Entre os principais pontos turísticos naturais do município estão o Rio Paranaíba, destacando-se como um enorme espelho que reflete de os edifícios bem construídos que lhe margeiam, de um lado, e do lado oposto, o estado de Minas Gerais; e a Cachoeira do Salitre, situada na zona rural, nos limites territoriais com o município de Buriti Alegre, possuindo trilhas e escaladas.
Entre os pontos turísticos históricos estão a A Praça Matriz, construída pelo decreto municipal nº 538 de abril de 1934, de autoria de Sidney Pereira de Almeida. À época de sua construção, era o primeiro jardim público da cidade. O projeto foi executado pelo engenheiro Eduardo Figueiredo Mendes, e entregue ao público em 23 de junho de 1935. Seu nome atual é Praça da República; a ponte pênsil Affonso Penna, que se deu pela grande necessidade para o desenvolvimento da região do Sudoeste goiano e para maior ligação com os grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro; e a Ponte Engenheiro Cyro Gomes de Almeida, construída no Rio Paranaíba em 1958, em substituição a antiga Ponte Affonso Penna, que ocorreu durante a transferência da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, em 1960. Seu nome é uma homenagem ao seu construtor, Cyro Gomes de Almeida.
Artes
Há alguns grupos de teatro no município. Em 1919 originou-se na cidade o primeiro grupo de teatro, tendo sido também um dos pioneiros na área no sul de Goiás. Foi criado e idealizado por José Flávio Soares, um jornalista natural da região. Ainda em 1919, estreou-se a primeira peça teatral no município, também de autoria de José Flávio Soares.
O primeiro cinema em Itumbiara recebeu o nome de Cine Brasil e fora de propriedade de Sidney Pereira de Almeida. Foi neste estabelecimento que foi exibido o filme “O Az do Oeste”, de estilo cowboy, o primeiro a ser exibido na cidade.
Eventos
Itumbiara realiza diversos eventos todos os anos. Alguns já são bem conhecidos pela população local. Há grandes eventos religiosos e culturais sediados e realizados na cidade. Entre os de destaque, estão a festa de São Sebastião, realizada em 20 de janeiro; festa de Santa Rita de Cássia, em maio e a Quermesse de Cristo Rei, realizada entre os dias 1º e 10 de maio. A procissão fluvial de Nossa Senhora das Graças acontece há mais de 50 anos no mês de agosto. A exposição agropecuária da cidade, realizada em setembro, também é uma das comemorações culturais do município. Há ainda a Semana Ecológica, realizada em junho, a Feira de Indústria e Comércio do Sul de Goiás (Expossul), sediada na cidade, e o aniversário do município, comemorado em 12 de outubro.
Futebol
No futebol, o principal clube de futebol de Itumbiara é o Itumbiara Esporte Clube, tendo sido fundado no dia 9 de março de 1970. Sua sede é estabelecida na Rua Goiânia, no Centro Histórico de Itumbiara. O Itumbiara Esporte Clube obteve seu primeiro título estadual em 2003, quando foi Campeão Goiano da Segunda Divisão. Desde 2004 integra a Primeira Divisão do Campeonato Goiano de Futebol. Em 1979, fez sua primeira partida oficial no Campeonato Brasileiro de Futebol, onde obteve a 64ª colocação. Participou, ainda, da Taça de Prata, nos anos de 1980, 1983 e 1984; Taça de Bronze, em 1981, e da Terceira Divisão nos anos de 1987, 1994, 1995, 1997 e 1998. Venceu o Campeonato Goiano de Futebol em 2008 e ganhou o direito de disputar a Copa do Brasil em 2009, onde seu adversário foi o Corinthians.
O clube de futebol realiza seus jogos no Estádio Municipal Juscelino Kubitschek, situado no bairro Planalto. O estádio tem capacidade para 33 000 pessoas. Foi inaugurado em 10 de outubro de 1976, contra o Club de Regatas Vasco da Gama, seu recorde de público ocorreu em 2008, quando o Itumbiara enfrentou o Goiás Esporte Clube, sob o testemunho de 31.000 pessoas.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 15 de maio de 2020

ASSIS - SÃO PAULO

Assis é um município brasileiro do interior do estado de São Paulo. Pertence à microrregião e mesorregião de mesmo nome, localiza-se a oeste da capital do estado, distante 434 km da capital estadual e abriga uma população total de 104.386 habitantes (Estimativa IBGE/2019) em seus pouco mais de 462 km².
Origem do nome
O nome Assis, o qual o município é conhecido hoje, era originalmente Acis e foi batizada assim em homenagem ao fundador do município: Capitão Francisco de Acis Nogueira. Assis teve sua grafia alterada por força do decreto-lei estadual nº 14334, de 30/­11/1944.
História
Antecedentes históricos e doação de terras (até 1914)
A cidade nasceu a partir de viajantes como José Teodoro de Souza, que garimpou pela região a partir de Botucatu. Com a doação de terras de fazendeiros da região, em especial o "Capitão Assis", que doou para a igreja, e o povoado foi crescendo no entorno da igreja, atual Catedral de Assis, constituindo um pequeno povoado, criando o Patrimônio do Assiz. Até então o desenvolvimento da cidade era a passos pequenos. Ainda era um pequeno povoado próximo dos antigos polos regionais da época como Campos Novos do Paranapanema, Platina e Conceição do Monte Alegre, atual distrito de Paraguaçu Paulista.
Chegada da ferrovia (1914 - 1930)
O desenvolvimento veio a partir da linha férrea da Estrada de Ferro Sorocabana (em 1914) que ligava o município à capital. Junto com a ferrovia também vieram os ferroviários, o comércio começou a crescer e a atender a região e ao Norte do Paraná que ainda estava sendo desbravado.
Além disso, o centro da cidade se deslocou da Rua Capitão Assis, próximo a atual Casa de Taípa, para a Avenida Rui Barbosa, que era chamada de Rua da Estação, sendo planejada para ligar a antiga capela até a Estação de Assis, onde seria concentrado o comércio e boa parte dos edifícios estatais e privados no entorno. Com a instalação da Estação de Assis se tornou um importante eixo ferroviário (contando com depósitos e sindicato, tendo assim os funcionários da ferrovia um certo destaque), contando com uma das maiores oficinas de trens do Brasil.
Na década de 20 foi elevada a Comarca e recebeu uma Delegacia de Polícia, Grupo Escolar, Fórum e a Diocese de Assis. O desenvolvimento com a chegada da ferrovia permitiu que, em 1917 o Distrito de Paz se tornasse "Município de Assis". O crescimento começou na Avenida Rui Barbosa, o atual centro comercial da cidade. Na época a cidade era considerada um polo regional da boca do sertão do Oeste Paulista, porém com o crescimento no final dos anos 20 e nos anos 30 de Presidente Prudente e Marília, além de uma certa estagnação no crescimento da cidade fizeram com que a mesma perdesse esse posto e se mantivesse apenas como polo regional da Alta Sorocabana de Assis. Nos anos 20 ocorreu a emancipação da cidade de Cândido Mota e criação de vários distritos. Também ocorreu a instalação da Santa Casa de Misericórdia, Seminário e Bispado de Assis. Na década de 30 a cidade participou da Revolução Constitucionalista.
Aprofundamento do estatismo (1930 - 1990)
Mesmo com a perda de importância regional a cidade continuava a manter seu desenvolvimento devido a participação estatal no município. A criação de bancos, correios, hospitais, escolas e universidade passaram a sustentar a economia do município e de forma paralela, a agricultura e a nascente indústria. Na década de 40, a cidade recebeu a instalação da Escola Normal de Assis; a cidade também participou da Segunda Guerra Mundial, tendo um monumento em homenagem aos participantes na Praça Arlindo Luz, em frente da Estação Ferroviária. Na década seguinte, recebeu a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Escola Industrial e iniciou as operações da atual Cervejaria Malta.
Já na década de 60, foi criado Ginásio Estadual de Assis (atual EE "Ernani Rodrigues"), na Vila Xavier e o primeiro prédio de 6 pavimentos da cidade - o Santa Rosa Pallace Hotel. Com o início do Regime Militar a cidade passou a perder a importância política e com a Crise do Café passou a declinar economicamente e diversos cidadãos assisenses sofreram repressão do regime, sendo o caso da Helenira Rezende, o caso mais conhecido nacionalmente e alvo de diversas pesquisas. Mesmo assim diversos bairros foram criados no período e a cidade passou a crescer populacionalmente, saindo de 32 mil habitantes nos anos 50 e chegando a quase 60 mil habitantes nos anos 70. Nesse período também começaram a ser construídos os primeiros edifícios verticais acima dos 6 andares como o Edifício Burali, Telesp e Banco do Brasil; surgiu a Avenida Dom Antonio e começou de forma tímida o nascimento de indústrias de cana-de-açúcar.
As tentativas de Industrialização foram iniciadas na década de 70 e no final dos anos 80 houve a criação do rudimentar Distrito Industrial (Chamado de Centro de Desenvolvimento de Assis - CDA). A economia do município foi impulsionada na década de 80 por vários segmentos como comércio, eletrônica e agroindústria (sendo maior parte as usinas de cana de açúcar). Parte do desenvolvimento industrial de Assis foi freado após a emancipação de Tarumã, onde parte das grandes indústrias da cidade estavam instaladas. Surge nessa época a FEMA com o propósito de ser uma universidade de interesse regional, uma forma de tentar desenvolver a região e evitar a migração para outros centros.
Após a emancipação de Tarumã e desindustrialização (1991 - 2000)
A emancipação de Tarumã faz com que parte da arrecadação de impostos do município caísse e perdesse parte do desenvolvimento industrial, uma vez que parte das indústrias do município, localizavam-se no distrito, tendo destaque a Usina Nova América, que era a maior responsável pelos impostos recolhidos na época. Além disso, como a economia do país atravessava dificuldades, muitas empresas foram levadas à falência, como a Construtora Melior, Mecapel e outras. Algumas surgiram no distrito industrial, outras migraram para outras cidades. Com a crise algumas franquias deixaram a cidade como a Riachuelo. A década foi agitada para a cidade e a região devido a eventos como: a instalação da Canoas I e Canoas II (anos 1990), a duplicação da Raposo Tavares (1990-2000), a instalação de indústrias, shopping center, condomínios e edifícios que chegaram na cidade (principalmente nos anos 2000).
A cidade começou a se planejar para se transformar em uma cidade de 100 mil habitantes, algo que só iria acontecer na década de 10 dos anos 2000. Além disso, o endividamento do aparelho estatal e a má gestão da linha férrea pela FEPASA fez com que a mesma fosse concedida para a ALL, em regime de monopólio. No entanto, desde 1999 a cidade não possui mais trens de passageiros, raramente há trens de carga. Apesar disso, a linha férrea que foi construída nos anos de 1910 continua cortando a cidade no sentido Norte-Sul.
Migração para o setor de serviços (2000 - atualidade)
Na primeira década dos anos 2000 a cidade vivenciou a parcial estabilidade econômica que o país estava vivenciando. Em 2001 a duplicação da Raposo Tavares chegou ao fim, tendo então conexão rápida e segura por meio de uma autoestrada com Ourinhos, em uma rodovia de 4 pistas (duas por sentido), além da criação de pedágios na região. O comércio voltou a ser diversificado e passou a crescer, com o Assis Plaza Shopping e em um vago período com a rede Supermercados Pavão, mas devido a falência da mesma, o supermercado foi fechado. Novamente houve uma explosão de criação de bairros residenciais, condomínios e edifícios, iniciando pelo Residencial D'Ville (2003) e o Renascence Residencial (2003).
Houve também a criação e crescimento de diversas empresas de tecnologia, sendo a PRX e a VSM as mais relevantes nacionalmente, sendo que a PRX, em 2013, teve parte de sua participação acionária comprada pela TOTVS, e na área de publicidade e marketing, como a NovaMCP e a Quest, as mais relevantes neste segmento, ainda tendo outras agências na casa de dezenas de unidades que atendem clientes em todo o Brasil. Em 2003 também aconteceu a inauguração da UNIP com o campus às margens da Rodovia Raposo Tavares e a criação de diversos supermercados no restante da década como novas unidades da Rede de Supermercados Avenida, o Supermercado Amigão (de Lins), o São Judas Tadeu Supermercados (de Ourinhos) e o Walmart.
Com a crise econômica de 2014 no país, essa bolha de crescimento de Assis estourou e investimentos passaram a ser mais raros e em menor grau, como uma redução brutal na construção cívil, na expansão supermercadista e automotiva. Ainda assim, mesmo com a crise de 2014, aconteceram os lançamentos de residenciais verticais e horizontais, bem como a criação de novos cursos na FEMA, tendo o curso de Medicina como um dos mais importantes na segunda metade desta década; a criação da Faculdade de Tecnologia de Assis e a expansão do ensino superior privado regulado principalmente com faculdades com cursos EADs ou semipresenciais. Além disso, nesta década inaugurou-se o Poupatempo de Assis, o Instituto Médico Legal, reformas asfálticas no Centro de Desenvolvimento de Assis, anda que estas reformas, não tenham de imediato, traduzido em novas indústrias para a cidade. Foram inauguradas concessionárias de veículos da Toyota e Jeep, bem como franquias e lojas locais de diversos componentes automotivos.
Clima
O clima de Assis é tropical com estação seca (fronteiriço com o clima subtropical úmido), com temperatura média anual de 21,37 °C. A temperatura da cidade varia muito no mesmo dia, o que dificulta uma média exata.
Esporte
Futebol
Assis também se destaca no esporte. Nos anos 80 o Vila Operária Clube Esporte Mariano, chegou a disputar o quadrangular final do campeonato paulista A2, além disso, o VOCEM voltou a competir no ano de 2014, após 12 anos fora dos jogos. Hoje o Clube Atlético Assisense representa a cidade no campeonato paulista sub-20. A cidade possui alguns estádios, como o Estádio Antônio Viana Silva (Tonicão) com capacidade para 10 mil pessoas fora outros estádios menores
Ciclismo
Há alguns anos uma equipe de ciclismo profissional representa a cidade nas principais competições brasileiras da modalidade.
Basquete
O Assis Basket fundado em 2002 conseguiu o acesso a divisão especial do campeonato paulista e ficou com o vice campeonato. Desde 2008, a equipe participava da primeira divisão do NBB; o campeonato brasileiro de basquete. Em meados de 2011 o clube oficializou suas atividades como suspensas devido à falta de apoio da administração municipal e dos decorrentes problemas financeiros.
Economia
A composição do PIB do município demonstra a força do setor de serviços na economia local, sendo relativamente bem diversificado, porém altamente concentrado no setor de comércio e serviços. O desenvolvimento da cidade iniciou-se com a ferrovia; devido ao solo arenoso a atividade que sempre teve destaque na economia foi o setor terciário e de comércio, uma vez que o desenvolvimento agrícola seria maior nas cidades e distritos vizinhos, que possuíam melhor qualidade de terra. Com isso a cidade passou a ser referência de comércio, prestação de serviços de Educação, Saúde e Comunicações para a sua pequena região (na época a Alta Sorocabana) ajudando os agricultores e pioneiros a desbravarem o Oeste Paulista e o Norte do Paraná.
Até hoje o comércio possui papel importante, além de possuir maior parte na composição da economia, é o que emprega a maior parte dos assisenses, além disso, é do comércio que vem a maior parte do PIB do município. O comércio é diversificado, principalmente na parte de Supermercados, abrigando diversas lojas. O Setor Industrial, apesar de ser o segundo mais relevante, é fraco devido ao processo relativamente recente de investimentos, o Distrito Industrial com baixa infraestrutura (que não conta com ruas asfaltadas, serviço de esgoto e outros), alta regulação de mercado e altos impostos que acabam destoando a capacidade de empreendimentos industriais na cidade. Além disso, na cultura local, existe uma grande crença que intervenções estatais e regulamentações municipais, estaduais e federais possam elevar o crescimento da cidade. Mesmo com esses problemas que impedem o desenvolvimento local, há algumas indústrias dentro e fora dele
Diversas autoridades políticas tentam, sem sucesso, definir qual é a vocação econômica para o município. Com o passar dos anos, a cidade recebeu inúmeras propostas de aprimoramento no segmento da agroindústria e de tecnologia, sendo a maioria absoluta delas, por meio de intervenção estatal, com a criação de zonas econômicas ou por outros meios legais, que não obtêm efetividade sendo geralmente abandonadas após o uso político destas iniciativas. Portanto, podemos dizer que Assis sofre com uma alta dose de regulamentação e intervenção estatal, que barra novos investimentos que possam aumentar a renda local e muitas destas interferências ocorrem com um intuito oportunista e regulador, sob a perspectiva de crescimento.
A cidade possui um potencial turístico na região do Médio Paranapanema, graças a Casa de Taípa (em que é abrigado parte do acervo histórico da região), o Parque Buracão, o Centro Social Urbano e alguns pontos de turismo, embora alguns estejam sem acesso ao público e outros em deterioramento total.
Além disso, o município é servido pelo projeto Incubadora de Empresas de Assis - Núcleo de Desenvolvimento Empresarial "Renato de Rezende Barbosa", criada no dia 25 de junho de 2004, com o apoio das entidades parceiras FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, a FEMA e Prefeitura Municipal de Assis, localizada no antigo prédio das Oficinas de Locomotivas da FEPASA - Ferrovia Paulista S/A (antiga Estrada de Ferro Sorocabana), onde oferece serviços de apoio gerencial e administrativo às micro e pequenas indústrias do município, através do processo de incubação. Os serviços compreendem, oferta de espaço para instalação da indústria, treinamento e capacitação dos empresários. Segundo um artigo de 2009 do site Vigor Econômico, as empresas são de pequeno porte e estão em crescimento para se lançarem no mercado, na época havia 10 empresas incubadas e mais uma por incubar: a CANTEC (Mecatrônica), Brasileirice (Moda), Diferenti (Moda), Dom Spinosa (Vinagres naturais e de frutas orgânicas - Biotecnologia), BioHengel (controle biológico - Biotecnologia), Biscoilito (Alimentos), Marcenaria Sob Medida (Movelaria), Celeri Bolsas (Moda), Ecovale (Indústria Química) e SDC Eletrônica (Eletrônica). Além dessa incubadora, há também outras como a PreInova, da Unesp Assis, que visa incorporar projetos de alunos durante a graduação e realizar estudos para lançamentos dos mesmos no mercado. A Unesp também mantém uma Incubadora de Cooperativas Populares, uma das poucas no estado (mantidas por universidades estatais) segundo o site Universia. No setor de empreendedorismo portanto, a cidade está bem servida e pronta para receber novos investimentos, mesmo com os entraves regulatórios.
Setor primário - Agronomia
É o setor que atualmente é o menos relevante para a cidade, é baseado na pecuária de corte e no cultivo de soja, trigo, milho e cana-de-açúcar.
Setor secundário - Indústria
A indústria, apesar de ser o segunto setor mais relevante na economia local, possui uma infraestrutura incipiente. Possui um Parque Industrial, chamado de CDA - Centro de Desenvolvimento de Assis, divididos em três zonas, existindo os CDA I, II e III, com destaque para as empresas de construção civil. Conta com diversas concessionárias de veículos de passeio (sendo elas concessionárias da Fiat, Chevrolet, Toyota, Volkswagen, Ford e Jeep), caminhões e máquinas agrícolas.
As indústrias mais relevantes são a Cervejaria Malta (bebidas) , Entringer (agroindústria, construção de silos), Sollus (agroindústria, manutenção), Moinho Nacional (alimentos), Regional Telhas (construção cívil, telhas), Duaço (construção cívil e urbanização), Taiga (eletrônica, áudio profissional), Frigorífico Santa Amélia (Abatedouro de Frangos) e outras empresas. Nos anos 80, a cidade abrigou a Mecapel, uma empresa de equipamentos de som com a famosa linha EMC.
Contudo, são as indústrias de cana-de-açúcar da região, sobretudo aquelas de Tarumã, Paraguaçu Paulista e Maracaí as mais relevantes e de maior peso regional, são representadas pela Raízen, Zilor e Agroterenas.
Setor terciário - Comércio e Serviços
Assis é destaque no comércio, sendo o setor mais importante de sua economia, principalmente para o segmento de supermercados. A Rede de Supermercados Avenida é uma rede local que durante muitos anos era quem possuía maior fatia de mercado nesse segmento na cidade e possui lojas em inúmeras cidades da região e no Norte do Paraná. Com a inauguração da rede de Lins, o Supermercados Amigão, a cidade começou a oferecer inúmeras opções no ramo supermercadista, em pouco tempo, a Rede Avenida restaurou, ampliou e reformou várias de suas lojas, inaugurou o Avenida Max (na Avenida Dom Antonio, perto do campus da Unesp); o Assis Plaza Shopping foi reestruturado (em 2012), após a aquisição pela Rede Torra Torra; em 2013 a cidade recebeu uma unidade do Walmart, do McDonald's, do Burger King e do Habib's.
Setor quaternário - Tecnologia da Informação, Telecomunicações e etc
Recentemente, a cidade passou a contar com um número respeitável de empresas de Tecnologia da Informação (segundo o site Skyscrappercity, o número é na ordem de 65 empresas de Tecnologia), como a antiga PRX, hoje parte da TOTVS - uma das maiores empresas no ramo de serviços e soluções para o agronegócio. Apesar da aquisição da PRX, existem inúmeras empresas de desenvolvimento de software na cidade, com ênfase em diversos segmentos da economia como Sistemas de Informações Geográficas (como a empresa Comunicar TI), até segmentos de gestão de farmácia (como a VSM )
Assis é a maior concentradora das maiores empresas de TI da região, tendo sedes ou unidades também na cidade, além das empresas citadas, segundo o AssisCity há também a Web Managers (desenvolvimento web e sistemas de gerenciamento), a Engemap (Sistemas de Cartografia) e outras de menor porte. O principal fator dessas empresas crescerem na Região do Vale Paranapanema é a mão de obra qualificada e formada pela FEMA (e principalmente por ter sido a primeira com cursos de TI em toda a região) com os cursos de Análise de Sistemas (1988) e Ciência da Computação (1998). Todavia, devemos considerar também a participação de outras instituições de ensino, a economia favorável da região para a criação de fábricas de software naquela região e também a baixa regulamentação do setor - principalmente por ser uma área que ainda não sofreu nenhum tipo grave de regulamentação nas esferas federais, estaduais e principalmente das municipais. Todavia, a cidade sofre inúmeras ameaças de criações de APL (Arranjo Produtivo Local) sob o argumento que, a criação das mesmas, serviria para unir as empresas da área-fim para torna-las mais desenvolvidas e competitivas, bem como integração com universidades.
Assis como outras cidades brasileiras não possui uma economia de mercado, sofrendo inúmeras regulações e impostos, a maioria deles gera monopólios, baixa competitividade e outros problemas quanto a liberdade econômica e o problema do cálculo econômico.
Além do segmento de software, há empresas como a OAI, Olá Telecom, Cabonnet, iFastnet, Webby Telecom, Vivo e a InfoAssis que trabalham em serviços de internet banda-larga sem fio (via rádio), ADSL, conexão coaxial e em determinadas regiões opera com fibra óptica, ainda que algumas destas trabalham exclusivamente com a fibra óptica. Há também diversas empresas que atuam na venda de equipamentos de tecnologia e lojas de serviço de várias operadoras de nível nacional como a Vivo, TIM, Oi e Claro, algumas delas com o sinal 3G (ou ainda 4G, casos de Vivo e TIM) operante em todas as regiões urbanas da cidade.
A internet chegou na cidade em meados dos anos 1990 pela FEMANET (provedor local, discado, mantido pela Fundação Educacional do Município de Assis que visava colocar a região na Internet e ainda melhorar a capacitação de seus alunos) e também uma rede rudimentar de intranet da UnespNET restrita ao meio acadêmico. Outros provedores também fizeram parte daquele momento importante, como a iTOPnet (que não está mais atuante) e a Cabonnet (que se manteve até 2017 com esta marca).
Assis é coberta pela rede da estatal Eletronet embora não haja venda direta ao consumidor e tenha uma operação desconhecida ao público geral mas, a cidade é referenciada no site da rede de transmissão da mesma.
Educação
A educação oficial no município iniciou-se em 1917 com a criação da chamada Escola Isolada de Assis, por meio de transferência de uma escola de Campos Novos do Paranapanema, essa daria origem futuramente ao Grupo Escolar "João Mendes Júnior". Em 22 de Maio de 1950 é instalada a Escola Normal Oficial de Assis, destinada a formação de professores que seria transformada em Instituto Estadual de Educação (em 1957) e na década de 70, com a extinção dos Institutos de Educação no Estado de São Paulo, assumiu a denominação de EEPSG "Dr. Clybas Pinto Ferraz", atual EE "Dr. Clybas Pinto Ferraz", sediada na Vila Santa Cecília.
Ainda anos 50 foram criadas a Escola Artesanal de Assis (posteriormente Escola Industrial, atual Etec Pedro D'Arcádia Neto) e também a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis (FAFIA) na condição de Instituto Isolado de Ensino Superior. A FAFIA foi a primeira instituição de ensino estatal superior de todo o Oeste Paulista (a mais próxima, naquele tempo, era a Faculdade de Filosofia de Londrina) e seu modelo, indiretamente inspirou as demais faculdades que seriam criadas posteriormente em um raio de 100 km de Assis. A Faculdade de Filosofia de Assis, entretanto, é apontada em diversas literaturas como uma faculdade de inspiração no modelo clássico da USP, com uma Faculdade de Filosofia para ser usada futuramente como núcleo de uma universidade e produção acadêmica voltada para pesquisas de alto nível. O corpo docente do curso de Letras foi um dos mais expressivos de seu tempo. Nessa época a cidade teve sua onda de modernidade e vislumbrava um futuro através da educação. Outras tentativas de criação, da Faculdade de Agronomia, Faculdade de Ciências Econômicas e Faculdade de Odontologia e Farmácia fracassaram, nas palavras de José Santilli Sobrinho devido "a falta de tempo", embora outros considerem a falta de interesse político para tal. Em um vídeo em seu site, Santilli diz que se tais instalações tivessem ocorrido, era provável que os Institutos Isolados tivessem sido transformados na hipotética Universidade Estadual de Assis. Após a FAFIA, demorariam mais de 50 anos para ser instalada uma nova instituição estatais de ensino superior, com a chegada da Faculdade de Tecnologia de Assis.
Nos anos 70, criada com vínculo ao Pontifício Instituto das Missões Exteriores a Escola de Educação Física de Assis, a atual Faculdade de Educação Física do IEDA. No final dos anos 80 é instalado o Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis (IMESA), mantido pela Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA) como parte do sistema estatal municipal de ensino ministrando cursos superiores, naquele tempo com Matemática e Tecnologia em Processamento de Dados, tornando-se referência regional em educação superior.
A cidade é uma das 7 que possuem o Centro para Desenvolvimento do Potencial e Talento (CEDET), que atende crianças e adolescentes superdotados (utiliza-se também outros termos como talentosas), o CEDET - Assis é considerado por muitos, um dos melhores do país.
Destaca-se atualmente entre as escolas de Ensino Médio estatais, a instituição mantida pelo Centro Paula Souza a Etec Pedro D'Arcádia Neto, que oferece cursos de ensino técnico como Enfermagem, Administração, Contabilidade, Açúcar e Álcool, Informática, Comércio (EAD), Mecânica e o Ensino Médio. Recentemente foi instalada uma unidade do IFSP no campus do IMESA com os Cursos Técnicos de Administração e Manutenção e Suporte em Informática.
Institutos Superiores
O município é considerado um importante centro educacional e tecnológico possuindo 7 unidades de ensino superior, a saber: UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Assis; UNIP; Fema - IMESA; Uniesp - Instituto Educacional de Assis; UNOPAR - Universidade Norte do Paraná (Ensino à Distância); Centro Universitário Uninter (EAD) oferecido pelo Colégio Mais Ensino; Faculdade de Tecnologia de Assis (Fatec Assis); UNICESUMAR - Centro Universitário de Maringá (EAD), oferecido pelo Colégio Einstein
Além das faculdades e universidades referidas, a cidade de Assis possui um polo de Pós Graduação da USP - ESALQ, recebe o curso de Pedagogia pela parceria da Unesp/Univesp e foi anunciado recentemente a parceria entre a Prefeitura Muncipal e o CEETEPS para a implantação de uma unidade da Fatec na cidade, após a perda da Classe Descentralizada da Fatec Ourinhos nos anos 2000. No dia 17 de Março de 2014, foi anunciada a instalação da Faculdade de Tecnologia de Assis, publicada no Diário Oficial, com previsão de início das atividades no 2º semestre de 2014 com o curso de Tecnologia em Gestão Comercial
Turismo
São pontos de destaque no turismo da cidade de Assis: Wikivoyage (o Wikivoyage possui o guia Assis); Turismo Rural - Água da Fortuna; Floresta Estadual de Assis (Horto Florestal); Estação Experimental de Assis; Parque Buracão "João Domingos Coelho"; Bispado de Assis; Cinema Municipal "Piracaia"; Assis Plaza Shopping; Shopping Pertutti; Teatro Municipal "Pe Enzo Ticinelli"; MAHA - Museu e Arquivo Histórico de Assis - Casa de Taipa "José de Freitas Garcez"; MAPA - Museu de Arte Primitiva "José Nazareno Mimessi"; Memorial Rezende Barbosa; Paróquia Sagrado Coração de Jesus - Catedral; Centro Cultural "Dona Pimpa"; Centro Social Urbano; Centro de Documentação e Apoio a Pesquisa - UNESP; Biblioteca Comunitária "Angelina Iarede"; Biblioteca Municipal "Nina Silva"; Estação Parada das Artes; Concha Acústica "Cornélio Fortuna - O Maestro"; Fundação Assisense de Cultura "Joshey Leão"; Associação dos Artesões de Assis (ao lado do Museu Ferroviário); Ponto de Cultura Galpão Cultural.
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