sexta-feira, 30 de abril de 2021

IPOJUCA - PERNAMBUCO

Ipojuca é um município da Microrregião de Suape, na Mesorregião Metropolitana do Recife, no estado de Pernambuco, no Brasil. É um dos integrantes da Região Metropolitana do Recife, distando cerca de 43 quilômetros ao sul da capital pernambucana. Ocupa uma área territorial de cerca de 514,8 km², tendo 0,368 km² desse total formando a área urbana municipal, e os 514,5 km² constituindo a zona rural. De acordo com a estimativa populacional do ano de 2013, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a sua população total era de 87.926 habitantes, sendo o décimo quinto mais populoso município de Pernambuco, ocupa ainda a décima colocação quando os números são comparados aos dos municípios do Grande Recife.
A sede do município tem uma temperatura média anual de 24,5 °C, sendo sua vegetação nativa composta por mata atlântica, possuindo vastos manguezais. Aproximadamente 74,06 % da população ipojucana vive no perímetro urbano, dispondo de 29 estabelecimentos de saúde, segundo dados do IBGE, tendo como referência o ano de 2009. Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) municipal foi de 0,619, considerado médio e abaixo da média estadual, ocupando o 43° colocação no comparativo entre os municípios pernambucanos.
A ocupação do atual território é bastante antiga, ocorrendo sobretudo após a doação de sesmarias. Os primeiros colonos a se estabelecerem após a expulsão dos índios caetés do sul de Pernambuco foram as famílias: Lacerda, Cavalcanti, Rolim, Moura e Accioly. O desenvolvimento da monocultura da cana-de-açúcar se deu pela fertilidade do solo massapê predominante no município e pela existência de dois portos naturais: Suape e Porto de Galinhas.
O município se destaca por possuir o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco, impulsionado principalmente pelo turismo no seu litoral, com praias internacionalmente conhecidas, como: Porto de Galinhas, Cupe, Muro Alto, Maracaípe e Serrambi. Detém o quarto maior PIB industrial do estado. Ainda possui um dos principais portos públicos do nordeste e um dos mais tecnologicamente avançados do país, abrangendo, em seu território, o maior estaleiro do hemisfério sul, o Estaleiro Atlântico Sul, responsável pela construção de navios petroleiros, gaseiros, conteineiros, de perfuração e plataformas offshore. Ipojuca ainda abriga, no seu complexo portuário, a Refinaria Abreu e Lima, que processa petróleo pesado, transformando-o majoritariamente em diesel e nafta petroquímica, ambos com propriedades de baixa emissão de enxofre na atmosfera. Além desses produtos, a refinaria também produz GLP (gás liquefeito do petróleo), óleo combustível e coque, entregando seus produtos regionalmente e para outras regiões do país por meio de cabotagem pelo Porto de Suape, por onde também saem cargas da refinaria para exportação. Atualmente, a refinaria se notabiliza por ter a maior produção de diesel S10 do país. Sedia a Petroquímica Suape, responsável pela principal produção de resinas PET e ácido terefitálico purificado (PTA) do país, além de ser o mais importante polo integrado de produção de polímeros e filamentos de poliéster da América Latina.
História
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada por um desses povos tupis: o dos caetés.
A colonização europeia de Ipojuca teve início em 1560, após a escravização dos índios caetés. A partir daí, os colonos de origem europeia puderam ocupar as terras férteis e ricas em massapê de Ipojuca. As terras eram bastante propícias para o cultivo da cana-de-açúcar, o que causou um rápido surgimento de diversos engenhos. Entre eles, os pioneiros, estavam as famílias Lacerda, Cavalcanti, Rolim, Moura. Há inúmeras controvérsias sobre a data de fundação de Ipojuca, mas, segundo um vigário da freguesia, seria no ano de 1596.
Quando os holandeses invadiram Pernambuco, no século XVII, já havia diversos engenhos estabelecidos na região. Este local participou da resistência aos holandeses, sob a liderança do capitão-mor Amador de Araújo, em uma luta iniciada em 17 de julho de 1645. A derrota holandesa deu-se em 23 de julho de 1645.
Dessa forma, Ipojuca consolidou-se como uma das mais importantes regiões do sistema colonial. Com um porto - Suape -, além da maior várzea de massapê da região, Ipojuca fazia parte do comércio colonial triangular. Porto de Galinhas ganhou esse nome porque era assim que eram comumente chamados os escravos chegados da África, naquele período.
A vila surgiu com sede na povoação de Nossa Senhora do Ó. Depois, foi transferida para a povoação de São Miguel de Ipojuca. Com o decreto estadual 23, de 4 de outubro de 1890, a sede foi restabelecida em Nossa Senhora do Ó. O distrito de Ipojuca foi criado pela lei municipal 2, de 12 de novembro de 1895.
Etimologia
O nome do município é uma referência ao Rio Ipojuca, que banha seu território.
Geografia
Localiza-se a 08º23'56" de latitude sul e 35º03'50" de longitude oeste, a uma altitude de 10 metros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o município tem uma população estimada em 87 926 no ano de 2013.
Hidrografia
O município de Ipojuca encontra-se inserido nos domínios das bacias hidrográficas dos rios Ipojuca, Sirinhaém e do Grupo de Bacias de Pequenos Rios Litorâneos.
Clima
O município tem clima tropical, do tipo Am, com verão quentes, cujas máximas podem alcançar os 35 °C. O inverno é chuvoso e ameno, com mínimas que descem a 16 °C em alguns dias. O município registra em média 2.144 mm de precipitação anualmente. A temperatura média é de 24,8 °C.
Relevo
O relevo do município é composto por mar de morros, onde são encontrados muitos engenhos de cana-de-açúcar.
Vegetação
A vegetação é composta por mata atlântica.
Geologia
Geologicamente, o município está inserido na unidade da Província da Borborema. O tipo do solo é o massapê.
Economia
Por conta das praias visitadas por turistas de todas as partes do mundo, Ipojuca tem, como um dos principais fatores econômicos, o turismo. A rede hoteleira é bastante desenvolvida, assim como a gastronômica.
O município de Ipojuca também é considerado um dos grandes polos industriais de Pernambuco, pois, ali, estão situadas algumas grandes empresas surgidas ao redor do Porto de Suape. Em 2005, a Petrobras anunciou a construção de uma refinaria de petróleo em Ipojuca, justamente para aproveitar as facilidades de Suape; a refinaria certamente trará significativo crescimento adicional para a indústria da região.
Além disso, por estar localizada na Região Metropolitana do Recife, também tem o setor de serviços e a indústria de transformação bastante desenvolvida. Ainda existem algumas usinas de açúcar funcionando no município.
Megainvestimentos
Durante a década de 2000, o estado recebeu vários investimentos bilionários. Entre eles, podemos citar como os mais importantes:
- Usina Siderúrgica de Pernambuco, com 10 bilhões de reais investidos. Quando atingir a sua carga máxima, a USP terá a capacidade de processar 3,5 milhões de toneladas de minério de ferro/ano. Ao final de todo o projeto, cerca de 5 600 pernambucanos serão empregados de maneira direta e outros quase 15 mil de forma indireta.
- Refinaria Abreu e Lima, com 20 bilhões de reais investidos. Fará o refino de 200.000 barris/dia. Deve gerar 20 mil empregos durante o processo de construção e outros 1,5 mil quando entrar em operação, em 2015.
- Estaleiro Atlântico Sul, com 2 bilhões de reais investidos. Será o maior estaleiro do hemisfério sul e tem uma receita prevista de 2,4 bilhões de reais dos primeiros dez navios produzidos. Com capacidade de processamento de 100 mil toneladas/ano de aço para a construção de embarcações de grande porte, criação prevista de 5 mil empregos diretos e cerca de 20 mil empregos indiretos.
Shoppings
A cidade abriga o Ipojuca Shopping.
Turismo
A principal característica turística do município não poderia deixar de ser a praia mundialmente famosa de Porto de Galinhas, eleita dez vezes consecutivas a "melhor opção de praia do Brasil" pela revista Viagem & Turismo. Sua principal atração são as piscinas naturais visitadas por milhares de turistas anualmente. Entre os muitos pontos históricos, encontra-se o Convento de Santo Antônio, fundado em 1606 e tombado pelo patrimônio histórico nacional em 1937. Ele representa um grande marco do povoamento do município.
Outras atrações são: a chaminé do extinto vulcão em Camela; o Engenho canoas; e a casa do capitão Brás.
Praias
As praias mais conhecidas de Ipojuca são: Porto de Galinhas, Serrambi, Cupe, Muro Alto, Toquinho, Maracaípe, Camboa.
Engenhos
Dentre os engenhos existentes na cidade podem ser relacionados como principais, os seguintes: Penderama, Saco, Dourado, Maranhão, Guerra, Queluz, Santa Rosa, Cachoeira, Amazonas, Piedade, Arendepe e Tabatinga
Esporte
A cidade possuiu um clube no Campeonato Pernambucano de Futebol, o Intercontinental Futebol Clube do Recife, que, apesar de ter "Recife" no nome, jogava no Estádio Nossa Senhora do Ó, que fica em Ipojuca.. Outro clube é o Ipojuca Atlético Clube. Também se pratica surfe e corrida de jangada, e são realizados os jogos interescolares.
Cultura
A cidade possui diversos grupos culturais espalhados pelos bairros de Nossa Senhora do Ó, Ipojuca Sede, Camela, Serrambi, Porto de Galinhas e Maracaipe. A cultura do município é vasta em sua diversidade, com grupos de maracatu, orquestra de frevo, ciranda, coco, Quadrilha Junina, dança popular etc.
Exemplos de grupos de cultura popular: Okun Jambá, Alfaias da Praia, Orquestra-Frevarte, Peixe Boi, Ciranda de Caicó, Coco de Dona Madá, Junina Flor do São João, Junina Quentão, Grupo Albatroz, Espaço Criativo, Nostra-Rua, Quadro em Branco, Despertarte, Kit-Dance, Malokas do Litoral, Lobos do Passinho.
Referênica para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 27 de abril de 2021

VALENÇA - BAHIA

Valença é um município brasileiro no litoral do estado da Bahia, Região Nordeste do país. Ocupa uma área de 1.124,657 km² e sua população em 2020 era de 98.680 habitantes.
O município é muito visitado principalmente por ser o principal acesso à Ilha de Tinharé, turisticamente famosa pelo povoado de Morro de São Paulo, mas também pela bela praia do Guaibim com o seu extenso areal, localizada a cerca de 17 km da sede do município.
Da sua atividade econômica destaca-se a produção de camarão em cativeiro, de que é o principal produtor da Bahia, e a cultura e beneficiamento de cravo da Índia, pimenta do reino e de azeite de dendê.
História
Valença foi criada inicialmente como distrito subordinado a Cairu, com a denominação de Santíssimo Coração de Jesus de Valença, elevando-se à condição de vila pela Carta Régia de 23 de janeiro de 1799 e instalando-se a 10 de julho do mesmo ano. Pela lei provincial nº 300, de 23 de maio de 1848, é criado o distrito de Guerém, sendo a vila elevada à categoria de cidade pela lei provincial nº 368, 10 de novembro de 1849, recebendo então a denominação de Valença. Nas décadas seguintes foram criados os distritos de Maricoabo (antigo São Félix de Maricoabo, pela lei provincial nº 2.288, de 27 de maio de 1882), Serra Grande (1911) e Guaibim (1999).
Geografia
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Santo Antônio de Jesus e Imediata de Valença. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Valença, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Sul Baiano.
Clima
O clima na cidade de Valença é o tropical úmido.
Praias
As principais praias da cidade são: Praia da Ponta do Curral; Praia de Guaibim; Praia de Guaibizinho; Praia de Taquari; Praia de Atracadouro.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 23 de abril de 2021

SARANDI - PARANÁ

Sarandi é um município brasileiro do estado do Paraná, situado na Mesorregião Norte Central Paranaense. A população, de acordo com a estimativa feita pelo IBGE em 2019, era de 96.688 habitantes.
História
Sarandi foi colonizada pela Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná em 1947. Era o início da venda de lotes urbanos na região, que viria a constituir a localidade e que serviria de “centro de abastecimento” da Ferrovia Rede Viação Paraná/Santa Catarina.
Entretanto, documentos e depoimentos relacionados à posse de terras evidenciam a presença de famílias na área rural desde a década de 1930, vindo a aumentar consideravelmente na década seguinte.
As primeiras famílias desbravam a terra, abriram clareiras e formaram as primeiras lavouras de café. Muitos destes pioneiros, anos depois, foram os primeiros moradores também na área urbana, contribuindo para o desenvolvimento da localidade. Eram, em sua maioria, imigrantes vindos do estado de São Paulo e da região Nordeste brasileira, sonhando com as riquezas do Norte do Paraná. Eles adquiriram suas terras, abrindo a mata e formando grandes lotes rurais. Assim começava o plantio de café.
Na área urbana, em 1974, as loteadoras iniciaram a venda de terrenos, porém, a explosão imobiliária ocorreu em 1976. Na ocasião, um grande número de famílias deixou o campo por força da geada que dizimou os cafezais.
O sucesso na venda de terrenos urbanos viabilizou à abertura de novos loteamentos. O acentuado crescimento econômico, a expansão da área urbana e o aumento na arrecadação de impostos impulsionam a eclosão de um movimento popular pedindo a emancipação política da localidade, que na época pertencia à Marialva. Um plebiscito popular em 1981 aprovou a criação do Município de Sarandi, de acordo com a Lei 7.052/1982.
Economia
A economia é impulsionado pela construção civil e pelo comércio. Dezenas de loteamentos, condomínios e apartamentos tem expandido os limites geográficos da cidade.
Industrias e Comércio
Encontram-se instaladas em Sarandi, dezenas de indústrias de pequeno, médio e grande porte, que geram empregos para toda a região. Se destacam, entre elas, a NOMA do Brasil, uma das maiores empresas do ramo de carrocerias da América Latina, e a CPA Trading, empresa de armazenamento de Etanol. O comércio de Sarandi, embora desfavorecido pela proximidade com a cidade polo Maringá, é forte e está em constante crescimento.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 23º26'37" sul e a uma longitude 51º52'26" oeste, estando a uma altitude de 592 metros.

Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 20 de abril de 2021

BAYEUX - PARAÍBA

Bayeux (pronuncia-se: baiê) é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na Região Metropolitana de João Pessoa. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 96.550 habitantes, distribuídos em 32 km² de área, dos quais sessenta por cento cobertos por manguezais e rios.
História
Índios potiguaras e tabajaras viviam no litoral paraibano, às margens do rio Paraíba e alguns de seus afluentes, como rio Sanhauá e o rio Paroeira, onde atualmente o município de Bayeux se situa. O início de sua colonização foi muito influenciada pela proximidade com a cidade de Filipeia de Nossa Senhora das Neves, como era então chamada João Pessoa.
A colonização do município de Bayeux, localidade outrora denominada Barreiros, está muito ligada às histórias de João Pessoa e Santa Rita. Em 1585 foi fundada a cidade de Filipeia de Nossa Senhora das Neves e anos mais tarde foi iniciado o povoado de Santa Rita. Bayeux, no meio das duas localidades sofreu influência dessas colonizações. A povoação, então distante quatro quilômetros de Filipeia, começou com o nome de Rua do Baralho. Depois, Boa Vista e, em 1634, Barreiros — nome em decorrência do engenho de Barreiros. Sobre tal engenho, há uma citação no livro Diálogos das grandezas do Brasil', de 1610, do escritor Ambrósio Fernandes Brandão:
Fora do Varadouro, subindo o rio [Paraíba] durante uma meia hora, chega-se ao primeiro engenho chamado os Barreiros, que quer dizer sitio onde há muito barro, e aí se costuma cozer muitos vasos e telhas para a coberta das casas. O dono deste engenho era um tal Domingos Carneiro; mas como, antes da conquista [da Paraíba pelos neerlandeses], ele partiu para Portugal, declarou-se confiscado o seu engenho para a Companhia [das Índias Ocidentais], e o Supremo Concelho o vendeu a um mercador de Amsterdam chamado Josias Marscha), que é presentemente o seu dono. Quase confronte a este engenho, rio acima, desemboca o Iniobi (Inoby) no Paraíba (...)
— Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, 1883
O Decreto-Lei estadual nº 546, de 21 junho de 1944, sugestão do então jornalista Assis Chateaubriand ao interventor do estado na época, Rui Carneiro, modificou finalmente o nome para Bayeux em homenagem à primeira cidade francesa (de mesmo nome) a ser libertada do poder nazista pelos aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Já a elevação à categoria de distrito ocorreu através da lei municipal nº. 48, de 10 de dezembro de 1948. Bayeux pertenceu ao município de Santa Rita até então, quando finalmente adquiriu o status de município pela Lei no. 2.148, de 28 de junho de 1959. A instalação oficial do município se deu no dia 15 de dezembro de 1959.
Sua principal artéria urbana é a Avenida Liberdade, cujo nome também remete a libertação da referida cidade francesa do poder nazista.
Geografia
Com 32 km², o município de Bayeux tem uma importante área representativa do ecossistema de manguezal, região que se mostra de grande importância para a preservação da fauna e da flora ameaçadas, mas ainda existentes no estuário do Rio Paraíba. Em torno de 60% do território municipal ainda são constituídos de manguezais e resquícios de Mata Atlântica, como a Unidade de Conservação Estadual da Mata do Xem-xem, com 181,22 hec.
Toda essa diversidade representa um relevante potencial para a geração de renda e empregos com a exploração do ecoturismo (ainda inexplorado pelo município), o qual pode ser viabilizado em virtude da proximidade com João Pessoa, bem como pela facilidade de acesso à própria cidade de Bayeux, que conta com rodovias federais e estaduais, o Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, o maior do estado, e quilômetros de rios navegáveis.
Bayeux insere-se na unidade geoambiental dos Tabuleiros Costeiros e portanto a vegetação que predomina é a floresta subperenifólia, com partes de Floresta Subcaducifólia e transição cerrado/floresta. O município está situado nos domínios da bacia hidrográfica do rio Paraíba, região do Baixo Paraíba e tem como principais tributários os rios Paroeira, Manhaú e Marés, além do riacho do Meio, todos de regime perene. Como recursos hídricos conta ainda com os açudes Santo Amaro e Marés. [carece de fontes] A Ilha do Eixo, ainda parcialmente coberta de manguezais, é parte integrante de seu território e se situa no estuário do rio Paraíba.
Clima
O clima é tropical úmido, com temperatura média anual de 25,6 °C e índice pluviométrico de aproximadamente 1.750 milímetros anuais, concentrados entre os meses de abril e julho. A amplitude térmica é baixa, devido à proximidade com o litoral.
Cultura
O padroeiro do município é São Sebastião, cuja festa se realiza em 20 de Janeiro. O município ainda festeja o dia de São Pedro em 25 de julho, o dia de São Bento no mês de Julho e Nossa Senhora da Conceição em dezembro. Suas manifestações culturais são representadas por quadrilhas juninas, grupos teatrais, Festival do Caranguejo, Carreata do Fusca, Corrida de Canoas, comidas típicas e artesanatos.
O caranguejo é um dos motivos que proporcionaram a realização do ‘’’I Caranga Fest - Festival do Caranguejo’’’, no ano de 1997. O festival é aberto com o Love ao Fusca, uma carreata que já se tornou tradicional e conta com a participação de aproximadamente 200 Fuscas de vários modelos e anos. É realizada sempre no dia 29 de agosto e uma grande variedade de pratos feitos à base de caranguejo são servidos nessa festa, como: "ensopado de caranguejo", "caranguejo ao coco", "patola de caranguejo", "casquinha de caranguejo" e "pirão de caranguejo".
Bayeux tem a maior produção de caranguejo do Estado da Paraíba. No ano de 1996, sua produção chegou a 114,7 toneladas, o que correspondeu a 24,62% da produção estadual. Contudo, com a exploração desenfreada desse crustáceo, a produção tende a cair, segundo estudos de impacto ambiental. Contudo, a coleta ilegal indiscriminada, assim como a poluição dos manguezais,[18] têm tornado esse crustáceo cada vez mais raro na região, o que representa uma ameaça à culinária e às tradições locais. O Ibama tem se mostrado preocupado com a preservação das espécies estuarinas e com isso emitido portarias visando defendê-las.
Referência para o texto: Wikipédia ..

sexta-feira, 16 de abril de 2021

MANACAPURU - AMAZONAS

Manacapuru é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas. É a quarta cidade mais populosa do estado com 98.502 habitantes, segundo estimativas do IBGE de 2020. Situada às margens do rio Solimões, a 93 quilômetros de Manaus via terrestre, o principal acesso à cidade é através da Rodovia Manoel Urbano, onde está a Ponte Jornalista Phelippe Daou, sendo fundamental para a integração e o desenvolvimento da Grande Manaus.
Etimologia
Manacapuru é uma palavra de origem indígena, que deriva das expressões Manacá e Puru. Manacá é uma planta brasileira das dicotiledôneas, da família solanaceae. Em tupi-guarani, a palavra significa "Flor". Já a palavra "Puru" possui a mesma origem, sendo distinto apenas o significado, que quer dizer enfeitado ou matizado. Assim sendo, Manacapuru em tupi-guarani significa Flor Matizada.
Outra possível tradução do nome do município de Manacapuru vem do dialeto indígena mura e significa também "Flor Matizada". Mana: Flor. Capuru: Matizada. O nome Manacapuru faz referência a uma aguerrida cunha poranga que governava com mão de ferro, esta nação das margens esquerda do Rio Solimões onde hoje se encontra a cidade do mesmo nome.
História
Os índios muras, antigos habitantes da região, ocupavam a área que pertence ao atual município de Manacapuru, já no século XVII. Os muras eram conhecidos pelos portugueses como índios belicosos e hostis, motivo pelo qual foram alvos de guerras movidas pelo invasores portugueses, a partir de 1774, sob o comando de Matias Fernandes e do diretor da aldeia de Santo Antônio do Imaripi, situada no Japurá, muito distante da região.
Por conta da grande distância de Japurá à localização dos muras, por volta de 1785 já existia, à margem do rio Solimões, pouco abaixo da foz do rio Manacapuru, uma feitoria de pesca denominada Caldeirão, cuja produção era destinada ao abastecimento da guarnição militar sediada em Barcelos, que a essa época era sede da capitania. A feitoria de pesca era administrada por Sebastião Pereira de Castro.
Sebastião Pereira de Castro comunicou ao general Pereira Caldas a grande migração de índios muras vindos de outras regiões para a localidade. Segundo Castro, em 27 de setembro daquele ano, haviam chegado ali um "grosso número de gentio mura", que desejavam estabelecer-se nas vizinhanças. Em resposta a essa comunicação, o general Pereira Caldas recomendou que os índios fossem deslocados para o povoado de Anamã - que mais tarde viria a ser um município - ou um outro lugar designado pelo administrador. O local escolhido para o estabelecimento dos muras foi a margem do lago Manacapuru. Ali, cerca de 290 indígenas muras se estabeleceram em 15 de fevereiro de 1786, edificando assim, a povoação que recebeu o nome de Manacapuru, nome este pertencente ao lago.
Formação administrativa
A Freguesia de Nossa Senhora de Nazaré de Manacapuru foi criada em 12 de agosto de 1865, a partir da lei n.° 148. A freguesia tinha sede no povoado de Manacapuru. Com a lei n.° 83, de 27 de setembro de 1894, criou-se o município de Manacapuru, com território desmembrado do município de Manaus. A instalação só ocorreu em 16 de junho de 1895.
A Comarca de Manacapuru foi criada pela lei n.° 354 de 10 de setembro de 1901. Através da lei n.° 1.126 de 5 de novembro de 1921, a comarca foi extinta, e só restabelecida no ano seguinte, em 1922, por força da lei n.° 1.133 de 7 de fevereiro. Foi concedido ao município foros de cidade em 16 de julho de 1932, com o ato estadual n.° 1.639.
Com a divisão administrativa vigente em dezembro de 1959, três distritos formavam o município: Manacapuru, Beruri e Caapiranga, sendo que os três já foram emancipados.
Atualmente, o município possui apenas o distrito de Caviana, o qual também já teve proposta, em 2010, sua emancipação, juntamente com outros vinte e sete distritos no estado do Amazonas.
História recente
Em decorrência do crescimento demográfico de Manacapuru, que atualmente ostenta a posição de quarta cidade mais populosa do Amazonas e uma das maiores em população da Região Norte, o município foi incluído à Região Metropolitana de Manaus em 27 de dezembro de 2007.
Geografia
O município de Manacapuru está situado à margem esquerda do rio Solimões, na confluência deste com o rio Manacapuru, a sudoeste da capital do Amazonas, a 93 km via terrestre da mesma. Suas coordenadas geográficas são: 3° 18' 15" de latitude sul e 60° 37' 03" de longitude W. Gr.
Há um grande potencial aquático, florístico e faunístico em seu território. Foi o primeiro município do Amazonas a ter em sua área territorial um Sistema Municipal de Unidade de Conservação (SMUC) - a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Piranha - além da Área de Proteção Ambiental do Miriti e dos Lagos de Manutenção do Paru e Calado.
A vegetação da localidade caracteriza-se em quase sua totalidade por áreas de várzea e terra firme, do qual recebe intensa influência.
Clima
Manacapuru possui clima tropical úmido, presente em toda a Amazônia. O clima é amenizado por alta pluviosidade e pelos ventos alísios que sopram do Atlântico. Quedas de temperatura são comuns no município e diminuem bastante os rigores de calor, acontecendo quase sempre à noite. Há duas estações distintas: inverno, que se inicia em dezembro, e verão, que se inicia em maio.
Hidrografia
Manacapuru está localizada junto à bacia hidrográfica Amazônica. Os rios que passam por Manacapuru são os rios Solimões e o Manacapuru, que dá origem ao nome da cidade. O rio Solimões começa no Peru e, ao entrar no Brasil, no município de Tabatinga, recebe o nome de Solimões.
Além dos rios Solimões e Manacapuru, banham o município os rios Purus e Jará.
Fauna e flora
A fauna e flora da Amazônia é diversificada, sendo encontrada a mesma fauna da floresta tropical úmida presente na Amazônia em diversos municípios. É possível encontrar no município, inúmeras espécies de plantas e pássaros, inúmeros anfíbios e milhões de insetos..
Os grandes mamíferos da água, como o peixe-boi e o boto, são encontrados principalmente em regiões sem muita movimentação do rio Negro. A hidrografia do município é privilegiada, principalmente na divisa com Novo Airão, este conhecido por ser a "terra do Peixe-boi". Algumas árvores de origem amazônica, como a andiroba e mafumeira (também conhecida como Sumaúma), são encontradas em algumas regiões da cidade, principalmente em áreas intactas. Na área urbana, pouco se encontra tais árvores. Répteis como tartarugas, caimões e víboras também ali habitam. Há pássaros e peixes de todas as espécies, plumagens e peles. Em algumas regiões ao longo dos rios, encontramos a planta vitória-régia, cujas folhas circulares chegam a mais de um metro de diâmetro.
Composição étnica
Os traços culturais, políticos e econômicos herdados dos portugueses, espanhóis e holandeses marcam o município de Manacapuru. Cresceu assim, mas voltando um pouco atrás na história, não se pode esquecer a importância dos ameríndios no quesito contribuição étnica. Foram os ameríndios que iniciaram a ocupação humana na Amazônia, e seus descendentes, os caboclos, desenvolveram-se em contato íntimo com o meio ambiente, adaptando-se às peculiaridades regionais e oportunidades oferecidas pela floresta.
Na sua formação histórica, a demografia de Manacapuru é o resultado da miscigenação das três etnias básicas que compõem a população brasileira: o índio, o europeu e o negro, formando, assim, os mestiços da região (caboclos). Mais tarde, com a chegada dos imigrantes, especialmente japoneses e judeus vindos do Marrocos, formou-se um caldo de cultura singular, que caracteriza a população da cidade, seus valores e modo de vida. A cidade abriga uma notável comunidade marroquina, em sua maioria judeus.
Segundo o censo de 2000 do IBGE, a população de Manacapuru está composta por: pardos (69,99 % ou 51 579 habitantes), brancos (22,21 % ou 16 371 habitantes), pretos (5,26 % ou 3 874 habitantes), indígenas (0,85 % ou 630 habitantes) e amarelos (0,18 % ou 129 habitantes).[37][38] Há ainda, 1 113 pessoas que não declararam suas etnias, representando 1,51 % do total da população.
Economia
Caracteriza-se especialmente pela coleta de borracha e castanha, exploração de caça, pesca, pecuária extensiva nos campos naturais e incipiente agricultura itinerante nas terras firmes, salientando-se nos últimos anos a cultura da juta e da pimenta-do-reino. Com relação a Manacapuru, observa-se que, embora tenha nas indústrias extrativas animal e vegetal expressiva fonte de riqueza, é a agricultura, em particular a cultura da Juta, a base econômica do município.
Setor primário
O Amazonas é o maior produtor de fibras do Brasil , com participação de 87% da produção nacional (IBGE -PAM/2014). Os maiores produtores da fibra no Amazonas são da região das Calhas dos Rios Negro e Solimões, como Manacapuru , Anamã , Autazes , Careiro , Careiro da Várzea, Vila Rica de Caviana, Caapiranga , Iranduba, Manaquiri, Novo Airão , Rio Preto da Eva, Manaus, Beruri, Coari, Codajás e Anori . A produção total desses municípios anualmente varia de 20 a 200 toneladas de juta , e de Malva gira em torno de 100 a 744 toneladas. Manacapuru e Beruri se destacam com a produção média de 70 a 100 toneladas de juta.
A agricultura em Manacapuru é uma das principais fontes econômicas. O município é o maior produtor nacional de juta, tendo destaque também para outros produtos como a mandioca, banana, milho, laranja, feijão, café e hortaliças.
A pecuária e a pesca também constituem um forte empreendedor econômico do município, com destaque para a criação de bovinos equinos e suínos. Na pesca, as as espécies mais comuns são o pacu, sardinha, curimatá, branquinha, jaraqui, matrinxã, acari-bodó e outras espécies de peixes oriundos de água doce.
A avicultura também concentra uma representação econômica para a cidade, existindo uma granja com criação de galinhas de postura. O extrativismo vegetal ainda é uma atividade de grande significado para a economia local, através da exploração de produtos como a borracha, pupunha e madeira. Existem diversos viveiros de peixes na localidade, voltados à criação de espécies de peixes da Amazônia. Na fruticultura, produz-se no município maracujá, cupuaçu, mamão, abacaxi, banana, abacate, laranja, limão e melancia.
Setor secundário
A produção industrial no município está intimamente ligada à agricultura e à indústria extrativa local. Há indústrias voltadas a atividades agropecuárias, produção de minerais não metálicos, metalúrgica, mecânica, materiais elétricos, material de transporte, madeira, mobiliário, papel, borracha, couro, produtos farmacêuticos e veterinários, materiais plásticos, têxtil, vestuário, bebida, fumo, editorial e gráfica, calçados e construção.
Em 2008, havia 918 empresas regularizadas no município, de acordo com o IBGE, gerando cerca de 4.850 empregos diretos.
Setor terciário
O município mantém transações comerciais com as praças de Manaus e Belém. Entre os produtos que importa aparecem em primeiro lugar gêneros alimentícios, tecidos, medicamentos, ferragens e material elétrico. De acordo com dados de 2008, a sede municipal conta com 918 estabelecimentos de comércio, gerando aproximadamente 4.850 empregos diretos.
Educação
No ensino superior, o município possui um campus da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Em Manacapuru está sediado o Centro Metropolitano de Estudos Superiores da UEA (CMESU -UEA). O Centro Metropolitano, que abriga os cursos de Engenharia Naval, Engenharia de Pesca, Produção de Alimentos, Produção de Fibras e Arqueologia da Universidade do Estado do Amazonas, dá ênfase a tais cursos para atender as demandas específicas de Novo Airão, onde se encontra um centro de indústria naval regional, Iranduba, que possui grandes sítios arqueológicos, e Manacapuru, maior produtor brasileiro de fibra vegetal.
Manacapuru é uma das sedes do Projeto Rondon, uma iniciativa do governo brasileiro, coordenada pelo Ministério da Defesa, em colaboração com a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação.
Cultura e sociedade
A cultura do município, assim como do Amazonas, foi largamente influenciada pelos povos nativos da região e pelos diversos grupos de imigrantes e migrantes que ali se estabeleceram, principalmente espanhóis. Manacapuru tornou-se uma cidade com ampla miscigenação cultural e diversificadas culturas. Os nordestinos que migraram para a Amazônia no fim do Século XIX e início do Século XX, atraídos pelo Ciclo da borracha, também contribuíram para a formação da cultura municipal. Tudo isso gerou na localidade e no estado uma cultura mestiça e com grande contribuição e permanência da cultura indígena.
A cultura manacapuruense é rica em tradições e festas folclóricas bastante apreciadas. Por conta do Festival de Cirandas, que nos últimos anos tem atraído grande número de turistas para a cidade, Manacapuru ficou conhecido como a "Terra das Cirandas".
Na música, os destaques são a ciranda e o forró. Manacapuru possui um projeto chamado "Caravana da Música", que conta com a participação de diversos artistas regionais e nacionais.
Festival de cirandas
Assim como Parintins, Manacapuru também é conhecida por seu festival folclórico, porém, ao invés do característico boi-bumbá de Parintins, a cidade é conhecida por suas cirandas, agremiações que tocam um estilo de música típico local, e apresentam desfiles competitivos. Realiza-se todos os anos, o Festival de Ciranda de Manacapuru, no Cirandódromo da cidade, localizado no Parque do Ingá geralmente no último fim de semana do mês de agosto ou início de setembro.
O primeiro Festival de Cirandas competitivo aconteceu em 1997. A partir de então, a manifestação cultural recebeu status de manifestação folclórica e a cada ano apresentou mais qualidade e nível técnico nas noites da festividade.
São três as agremiações que compõem o festival do município: Flor Matizada, Guerreiros Mura e Tradicional. O Festival de Ciranda de Manacapuru é um dos maiores do estado do Amazonas e da Região Norte do Brasil, recebendo de 50 a 90 mil turistas todos os anos.
Turismo
Manacapuru é um dos maiores destinos turísticos no Amazonas, recebendo um elevado número de turistas que visitam as praias, lagos e igarapés das proximidades, que contam com diversos hotéis de selva.
O ecoturismo, também chamado de turismo de natureza, atrai milhares de turistas ao município. Entre as atrações naturais da cidade, destacam-se: Reserva Ecológica de Manacapuru, possuindo uma vegetação típica de várzea, com gigantescas árvores, como a Sumaúma. Caracteriza-se como uma área migratória e de produção de aves, sendo também um dos melhores locais para a pesca esportiva, pela variedade de peixes como a piranha e o aruanã. Possui um hotel flutuante e um observatório de pássaros, de jacarés e aves. Situa-se na margem esquerda do Rio Solimões.
A Comunidade Indígena Sahu-Apé também é um atrativo natural da localidade, onde se encontram especiarias indígenas.[79] A Ilha de Santo Afonso, no rio Solimões, também é um atrativo natural muito visitado.
O Cais do Porto, no centro da cidade, é um dos principais pontos turísticos, sendo um porto histórico e regional .
A centenária Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré é o cartão postal mais conhecido de Manacapuru. Um marco, com grande presença na educação e na formação religiosa do povo manacapuruense, erguida com espírito de colaboração e solidariedade, é uma das 10 Paróquias da Prelazia de Coari.
O prédio passou por várias edificações, que melhoraram e ampliaram a estrutura ao longo do tempo. Antes da construção do templo atual, os ofícios religiosos eram realizados em uma capelinha singela, construída no inicio do século XIX e situada onde, atualmente, é a praça 16 de julho . A capela era, a princípio, uma iniciativa da população local, que se responsabilizava pela manutenção e organização dos cultos religiosos. A construção da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré teve início em 1904 e foi concluída em 1907. A família Ventura se destacou pelo apoio dado à construção.
Os investimentos feitos na obra vieram da colaboração de vários comerciantes bem sucedidos e também por meio da realização de arraiais e feiras culturais . O material destinado à edificação do templo foi adquirido em parte na capital amazonense . Grande parte dos tijolos foi comprada no município de Coari .
É de se notar que o material é de boa qualidade, visto que perdura até hoje na estrutura original. Os azulejos, que ornamentaram o altar da capela, por muitos anos foram trazidos de Portugal , mas a última reforma, em 2007, precisou retirá-los, para melhorar a qualidade do piso.
O espírito de colaboração do povo era tão grande que quando os materiais para a construção chegavam ao porto da cidade através dos barcos, o povo era que conduzia até o canteiro de obras. Homens, mulheres e crianças trabalhavam com a maior satisfação, na expectativa de verem a obra concluída.
O altar em forma de canoa que há na igreja foi usado na missa feita pelo Papa João Paulo II, quando visitou Manaus em 1980.
Os padres redentoristas do Brasil foram os responsáveis pela organização da comunidade que mais tarde se tornaria a Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré.
A Câmara Municipal, que abrigou durante a década de 1930 a sede do Poder Executivo, a Coletoria Estadual e o Fórum de Justiça. Em 1976 instalou-se definitivamente no prédio a Câmara Municipal de Manacapuru, fazendo com que este recebesse a denominação de Palácio Antero de Rezende; o Colégio Nossa Senhora de Nazaré , teve suas obras iniciadas em 1946 e concluídas em 1951. Seu desenho arquitetônico tem muito a ver com o estilo europeu. Foi construído com recursos oriundos da própria missão e do governo brasileiro, além da contribuição da comunidade local, que ajudou com a mão-de-obra; Prédio Fórum de Justiça, construído no início da década de 1930, por Francisco do Couto Valle, e destinava-se a cadeia municipal. Serviu como hotel. De 1991 a 1993 o prédio passou a ser utilizado com sede da Secretaria Municipal de Saúde. Passou a hospedar a sede do Fórum de Justiça da Câmara de Manacapuru. Destacam-se ainda os prédios da Prefeitura Municipal, um dos mais antigos da cidade, e a sede da Maçonaria.
É notório ainda, o prédio da Restauração, um edifício centenário.
A Restauração, como era conhecido, é um prédio que foi inaugurado em 1º de janeiro de 1898. O nome é uma homenagem ao movimento conspirativo deflagrado por volta de 1640, por 56 patriotas portugueses , com o objetivo de libertar Portugal do julgo de Castela (1580-1640).
Essa denominação justifica-se pelo fato de que os proprietários eram de origem portuguesa e, sonhando com sua nação restaurada, atribuíram este nome ao prédio.
Enquanto servia de residência para seus proprietários, a Restauração se destaca, historicamente , como sendo, por longos anos, a mais importante casa de comércio de Manacapuru.
Sua historia está intrinsecamente relacionada com o desabrochar do comércio local, sendo fundamental para a introdução das práticas mercantis precursoras do capitalismo .
A casa operava o escambo , a troca, forma primitiva de relação econômica. Era mais que uma loja. Era similar às antigas "casas de aviação”, trazendo vários produtos importados atrativos para a população da época, ribeirinhos , seringueiros, pescadores , indígenas etc.
Os produtos iam desde a panaceia antiofídica, remédio contra picadas de animais de peçonha, aos picolés de formato peculiar, que causavam verdadeiro frenesi na época.
Os produtos eram trocados por outros produtos naturais coletados pela população local . A impressionante resistência da construção, que atravessa gerações, faz com que este velho prédio tenha um amplo valor arquitetônico para Manacapuru.
Após décadas de abandono, a velha construção em ruínas passou a fazer parte de um novo projeto, já em posse do Serviço Social do Comercio (Sesc).
Passou por intensa reforma, ganhando cores e acessórios modernos, num novo contexto histórico.
Após a reinauguração, dia 16 de julho de 2003, recebeu a nova nomenclatura e passou a ser chamado de “Sesc Restauração”.
No local funcionam, atualmente, vários projetos sociais, como Sesc Ler, música e teatro, além de Educação de Jovens e Adultos (EJA) , entre outros. Nele já houve também o Projeto Jovem Cidadão , do governo do estado do Amazonas
O prédio hoje dispõe de biblioteca, sala de cinema com capacidade para 40 pessoas, galeria de exposição de obras de artes e um anfiteatro, tudo disponível para a população manacapuruense e os turistas que visitam a cidade.
O Sesc Restauração foi reinaugurado como uma homenagem à grande façanha dos comerciantes portugueses e a sua grande importância para a historia de Manacapuru.[80]
Na cidade há também o Terminal Fluvial Turístico e Centro de Atendimento ao Turista ; Mercado Municipal, um dos mais antigos da cidade ; Casa da Cultura; Parque do Ingá; Balneário do Miriti e Praça 16 de julho.
Futebol
No futebol, o principal clube de futebol de Manacapuru é o Princesa do Solimões Esporte Clube, tendo sido fundado no dia 18 de agosto de 1971. Sua sede é estabelecida na Avenida Getúlio Vargas, no Centro Histórico de Manacapuru. O Princesa do Solimões fez a primeira partida Oficial do Primeiro Campeonato Amazonense de Futebol em 1987, sendo o terceiro clube de futebol do interior amazonense a participar de tal evento, sendo precedido pelos clubes Penarol, de Itacoatiara e Olaria, de Humaitá. Grande revelador de talentos, fez surgir uma gama de estrelas do futebol nortista, tais como Naílton, Zédvan e Alcimar. O "Tubarão do Solimões", assim como é comumente conhecido pelos amazonenses, tem como símbolo um "Tubarão". Conquistou vice-campeonatos estaduais, em 1985 e 1997, além da conquista do Torneio Início de 1997 e 2007. Em 1989, disputou seu único torneio nacional, ficando em sexto lugar no seu grupo, vencendo apenas dois clubes: O Mixto Esporte Clube, de Cuiabá, capital do Mato Grosso e o Dom Bosco Futebol Clube, da cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul; este feito torna Manacapuru o único município do interior a ter sido representado na Segunda Divisão mais importante do futebol Brasileiro.
Outro clube de Manacapuru a chegar no futebol profissional foi o Operário, fundado em 10 de Junho de 1982 o clube profissionalizou-se em 2010 sagrando-se logo campeão da Série B do campeonato Amazonense, e em menos de dois anos chegando à Série A.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 13 de abril de 2021

GUAÍBA - RIO GRANDE DO SUL

Guaíba é um município da Região Metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil.
História
No atual território do município de Guaíba, encontramos sítios arqueológicos representativos da cultura guarani. Segundo Laroque (2002), a primeira e mais antiga tradição localizada nos campos abertos ao longo da borda do rio Sinos, Caí, Taquari, Pardo, Jacuí e Laguna dos Patos é a tradição umbu, conhecida também, como o povo da flecha. Estas populações indígenas teriam vivido entre 10000 e 6000 a.C.
Os guaranis, pertencentes à família linguística tupi-guarani e portadores da tradição ceramista tupi-guarani, ocupavam as várzeas dos grandes rios, como o Uruguai, Jacuí e seus afluentes ou junto à Laguna dos Patos. Eram horticultores e ótimos ceramistas, mas também se dedicavam à caça e à pesca, além de praticarem a antropofagia.
É possível afirmar que, nas terras onde temos o município de Guaíba, ocorreram muitos confrontos entre índios e colonizadores, tanto espanhóis como portugueses. Estas populações sofreram violenta redução demográfica, lutando por seu espaço. Porém, o avanço colonial e nacional os empurrou para a desestruturação cultural e a redução física de seu território, causando sérias consequências que atingem seus descendentes até hoje.
A disputa de fronteiras travada nos domínios sul-americanos entre Portugal e Espanha envolveu, também, a área que compreende o atual município de Guaíba. A distribuição das sesmarias foi um sistema utilizado pela coroa portuguesa durante o Brasil Colônia, para que terras devolutas, no sul do Brasil, fossem ocupadas. O sesmeiro, de origem portuguesa ou açoriana, deveria ocupar as terras com a criação do gado vacum, cavalar e muar, erguer a sede da sesmaria e benfeitorias como olaria, charqueadas, galpões, senzalas, capela, cemitério e arvoredos. Além de organizar economicamente suas terras, deveria também defendê-las militarmente a favor de Portugal a fim de evitar a ocupação espanhola e guarani.
Sesmarias
Depois da vitória sobre os espanhóis (1776), todo o território ao sul do Rio Jacuí foi ocupado pelos portugueses, até os limites determinados, em 1777, pelo Tratado de Santo Ildefonso. Foram distribuídas sesmarias em toda esta área.
As terras, pertenceram à sesmaria de Antônio Ferreira Leitão. Concedida oficialmente em 1793, possuía três léguas de comprimento e uma légua de largura (13 km²). Ferreira Leitão era casado com Maria Meireles de Meneses, neta de Jerônimo de Ornelas, sesmeiro que se estabeleceu nos altos do Morro Santana, em Porto Alegre, em 1732.
Berço da Revolução Farroupilha
A antiga sesmaria de Antônio Ferreira Leitão passou, por herança, para sua filha dona Isabel Leonor, casada com José Gomes de Vasconcelos Jardim. Esta fazenda foi escolhida pelos líderes farroupilhas como ponto de encontro para as últimas tratativas referentes à tomada de Porto Alegre, por ser um local estratégico militar. Na casa de Gomes Jardim (mais tarde vice-presidente da República Riograndense) e sob a sombra do Cipreste Farroupilha, foram acertados os planos para a invasão da capital da província, o que ocorreu às 23 horas da noite do dia 19 para 20 de setembro de 1835. Gomes Jardim liderando 60 homens, partiu da conhecida Praia da Alegria para atravessar o Guaíba e unir-se às forças de Onofre Pires que já esperavam na margem esquerda.
O título "Guaíba Berço da Revolução Farroupilha" surgiu na década de 1960, quando um Centro de Tradições Gaúchas de Porto Alegre chamado Maragato, com sede provisória em Guaíba, em um desfile de cavalarianos no 20 de setembro, carregou uma faixa com estes dizeres, homenageando o município. Deste momento em diante, a população guaibense nunca mais deixou de citar a homenagem recebida.
Pedras Brancas
O povoado das Pedras Brancas, ao que tudo indica, surgiu na segunda metade do século XIX, por ser ponto de parada obrigatória para o gado. Assim, surgem as charqueadas com a presença da mão-de-obra escrava, do peão campeiro, dos tropeiros e tropas de gado em nossa região. Surgiu então, um pequeno vilamento com infraestrutura voltada para a economia pastoril. Ao mesmo tempo, as terras do atual município de Guaíba eram passagem para todos aqueles que, da região Sul e Oeste, desejassem chegar até Porto Alegre.
A travessia era feita pelas águas do Lago Guaíba. Para o escoamento da produção e transporte de passageiros foram utilizados, inicialmente, pirogas (embarcações indígenas), canoas, barcos a vela e na segunda metade do século XIX o barco a vapor.
A denominação Pedras Brancas está vinculada à formação rochosa existente na região, com aproximadamente 600 milhões de anos, e que apresenta as rochas mais antigas do planeta, entre elas granito em forma de monólitos ou matações. Este tipo de rocha é característico do Escudo Riograndense.
Início da urbanização
Segundo o escritor Fernando Worm, a Igreja de Nossa Senhora do Livramento foi fundada por alvará imperial de Sua Majestade D. Pedro II em 17 de fevereiro de 1857. O terreno foi doado por dona Isabel Leonor por promessa feita à Mãe de Jesus, para a qual pediu, no momento do parto, que protegesse a sua vida e a do filho que esperava. A elevação da Capela do Distrito das Pedras Brancas à condição de Freguesia marca o processo de transformação da antiga fazenda em incipiente vila.
No ano de 1860, encontram-se as primeiras demarcações de lotes com os respectivos nomes de ruas, caracterizando assim o início do processo de urbanização.
No Rio Grande do Sul a corrente imigratória reiniciou com o término da Guerra Farroupilha (1845). Mais tarde em 1889 chegaram à Serra do Herval (denominada assim até 1889), colonos poloneses, italianos e alemães. A demarcação dos lotes terminou em outubro de 1888, envolvendo 34 quadras e mais de 200 lotes. No início a vila era chamada de Vila Bela, depois Serro Negro e finalmente de Mariana Pimentel.
A colônia de Sertão Santana foi criada em 1893 por iniciativa particular, predominando os imigrantes alemães Os colonos dedicaram–se à agricultura familiar, tendo como principais produtos a batata doce, o fumo, o arroz, o milho e a criação de animais.
Quanto aos imigrantes suíço-valesanos, estes chegaram no ano de 1895 na localidade conhecida como Serrinha e Cerro Maximiliano.
O ano de 1926 foi o ano da emancipação política do então Nono Distrito de Porto Alegre – Pedras Brancas. O município criado em 14 de outubro de 1926 foi batizado de Guaíba em homenagem ao Lago Guaíba. Esta denominação aparecia em antigos textos e mapas do século XIX. Segundo Teodoro Sampaio, a palavra Guaíba é de origem tupi, gua-ybe e tem o sentido de "baía de todas as águas". A grafia arcaica era Guahyba. O desejo de emancipação expressou o sentimento de autossuficiência econômica e política. O município de Guaíba criado pelo Decreto 3 697, de 14 de outubro de 1926, do presidente do estado Borges de Medeiros. Foi formado a partir dos territórios de Pedras Brancas, Barra do Ribeiro e Mariana Pimentel ; respectivamente 9º, 10º e 11º distritos de Porto Alegre.
Geografia
Localizado na margem direita do Guaíba, um lago em que cinco rios desembocam daí para o oceano Atlântico após passar pela Lagoa dos Patos e ponto de encontro das duas rodovias federais que ligam o Brasil à Argentina e Uruguai, o município de Guaíba apresenta condições singulares de logística para empreendimentos que visam atender aos mercados do Mercosul com produtos e serviços de qualidade internacional.
Inserida na região metropolitana de Porto Alegre, principal polo econômico e cultural da região, Guaíba conta com ampla infraestrutura de energia, serviços de comunicação, rede de ensino e serviços de saúde, complementados por adequada disponibilidade de mão-de-obra qualificada e a presença de importante indústrias exportadora certificadas pelas normas ISO 9000 e 14000.
O acesso em menos de trinta minutos ao aeroporto internacional completa o quadro favorável ao desenvolvimento acelerado do agro business, indústria, comércio e turismo, neste município com grandes áreas disponíveis para estas atividades. A localização no estado de melhor qualidade de vida do país, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, é um atrativo adicional investidores internacionais que sabem identificar oportunidades.
Relevo
Principalmente campos, várzeas e alguns cerros. Guaíba apresenta também alguns morros como o Morro da Hidráulica, que se localiza ao lado do Centro da cidade, o morro da antena, entre outros. É previsto a criação de um parque no atual Morro da Hidráulica para preservar a região, onde se encontra uma reserva de mata atlântica, com diferentes espécies de pássaros e animais. Há também plantas únicas na região que são encontradas por lá.
Clima
O clima no município é subtropical, com as quatro estações do ano bem definidas. A amplitude térmica é elevada, com calor no verão e frio no inverno. O índice pluviométrico é de aproximadamente 1.390 milímetros anuais, regularmente distribuídos ao longo do ano.
Economia
Empresas e Indústrias
Entre as empresas e indústrias do município destacam-se a Celulose Riograndense, em atual fase de expansão, a Sulfato Rio Grande, Santher, Thyssen Krupp Elevadores, Chimarrito Produtos e Serviços Ltda, Expresso Rio Guaíba Ltda, Boise Cascade do Brasil,(Empresa comprada pela empresa que hoje é a Celulose Riograndense em 2005) Inbrape, Celupa entre outras instalações como o centro de distribuição de automóveis da Toyota.
Rua São José
A Rua São José é o principal ponto de comércio da cidade. Onde está localizada a maior parte das lojas de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis da cidade, bem como lojas de variedades e bazar em geral. É considerada o coração do centro de Guaíba.
Turismo
O roteiro turístico em Guaíba é bem variado, além de museus, parques e pontos turísticos, a cidade recebe eventos casuais. Na Praça da Bandeira, acontecem alguns dos principais eventos da cidade, como o Dia da Bíblia, organizado pelo Conselho de Pastores de Guaíba (COPEG), a Chocoart, a Festpeixe e a Feira do Livro. Acontece também de dois em dois anos, no Ginásio Rui Coelho Gonçalves (Coelhão) a Expofeira, uma feira de eventos, produtos, artigos, espetáculos etc.
Outro pontos de interesse no município são, a Escadaria 14 de Outubro, o Mercado Público (atualmente em reforma), o Parque da Juventude, o Matadouro São Geraldo, a calçada Beira do Guaíba e o Píer, a Praia da Alegria e o Cipreste centenário, que fica ao lado da Casa de Gomes Jardim, e que simboliza um marco na história da Revolução Farroupilha.
Atualmente, Guaíba conta com um passeio de jardineira pelos pontos turísticos da cidade, oferecido principalmente para os turistas que chegam na cidade através de catamarã.
Biblioteca Municipal
Conta com a Biblioteca Municipal Darcy Azambuja e seu grande acervo. Está localizada no centro da cidade, na Rua Serafim Silva, ao lado da Brigada Militar, do antigo presídio municipal e em frente a Praça da Bandeira.
Carnaval
Em 2007, Guaíba retomou seu típico carnaval após dez anos de pausa desde a sua última edição. Desde 2020, desfilam as escolas de samba: Império Serrano, Estado Maior da Colina e Academia de Samba Cohab-Santa Rita.
Orla
É constituída de um calçadão principal na avenida João Pessoa com bancos e um Píer, o qual se localiza no centro da beira. É um local popular nos finais de semana. O público alvo são os jovens e adolescentes, que vão para caminhar, tomar chimarrão, se distrair, namorar e apreciar a bela vista do Lago Guaíba, proporcionada a partir deste lugar. Pode-se avistar com detalhes a capital gaúcha, Porto Alegre, bem como seus montes e edifícios.
Esportes
O Guaíba Futebol Clube é o principal time de futebol da cidade. A Associação Guaibense de Futsal (AGF) é o principal time de futsal da cidade, disputa o Campeonato Gaúcho de Futsal Profissional. A cidade também conta com esportes como a Patinação Artística.
Alguns esportes como o taekwondo, a canoagem e o hapkido também possuem destaque na cidade.
Fonte para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 9 de abril de 2021

MAIRIPORÃ - SÃO PAULO

Mairiporã é um município da Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo. A população estimada em 2020 é de 101.937 habitantes e a área é de 320,697 km².
Mairiporã está localizado na Zona Norte da Grande São Paulo, em conformidade com a Lei Estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011 e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).
Etimologia
"Mairiporã" é um termo oriundo da língua tupi que significa "água bonita de Maíra", através da junção dos termos maíra ("entidade mitológica tupi, que os índios associavam aos franceses"), 'y ("água") e porang ("bonito").
História
Na segunda metade do século XVI, era difícil a penetração para o norte do núcleo urbano surgido em torno do Colégio de São Paulo de Piratininga (atual Pátio do Colégio), conhecido como São Paulo de Piratininga, por causa de dois obstáculos: os rios Tamanduateí e Tietê e a Serra da Cantareira, a qual se apresentava como uma sólida parede ao norte do pequeno núcleo urbano.
No início do século XVII (provavelmente na primeira década deste século), Antonio de Souza Del Mundo ergue uma capela em louvor a Nossa Senhora do Desterro, em torno da qual surge o povoado de Juqueri (palavra tupi que designa uma planta leguminosa, conhecida também como dormideira), dotado de interessante traçado e capacidade de adaptação ao sítio pouco favorável de sua implantação. Este povoado era essencialmente rural e servia de proteção à vila de São Paulo de Piratininga e ponto de apoio às rotas de ligação com o interior.
Em 1610, Salvador Pires de Medeiros recebeu doação de uma sesmaria de Gaspar Conqueiro. Essa sesmaria ia da margem direita do Rio Tietê, subindo a Serra da Cantareira, até as margens do Rio Juqueri.
O povoado de Juqueri foi elevado à condição de freguesia, com o mesmo topônimo, provavelmente em 1640.
Em 1696, a freguesia de Juqueri foi elevada à categoria de Vila, com o topônimo de Nossa Senhora do Desterro de Juqueri.
A Vila de Juqueri adentrou o século XVIII como fonte de produtos agrícolas para São Paulo, chegando a produzir algodão e vinho para exportação. Não prosperou como outras localidades inseridas nas regiões das lavras de ouro e pedras preciosas, caracterizando-se como pouso de tropeiros que faziam o abastecimento de Minas Gerais.
Em 1769, a Câmara de São Paulo determinou a abertura de uma estrada entre Juqueri e São Paulo. O "Caminho de Juqueri" transformou-se, mais tarde, na Estrada Velha de Bragança. No ano de 1783, Juqueri passou a ser paróquia; a capela transformou-se em igreja e passou por diversas modificações (1841, Década de 1940 e 1982). A última reforma descaracterizou o antigo templo, conservando apenas a torre.
Antes distrito de São Paulo (até 1880), Juqueri passa a ser freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos (1880–1889),[16] Juqueri passou a ser município por meio da Lei Provincial nº 67, de 27 de março de 1889. Um ano antes da emancipação, a São Paulo Railway (Estrada de Ferro Santos-Jundiaí) construiu a Estação do Juqueri (hoje a antiga Estação Franco da Rocha). Em 1898, o Governo do Estado inaugurou o Hospital Psiquiátrico do Juqueri (hoje pertencente ao município de Franco da Rocha) para doentes mentais, dirigido pelo psiquiatra Francisco Franco da Rocha, cujo nome denomina a cidade em que hoje fica o hospital.
Dez famílias de imigrantes japoneses chegaram em Juqueri em 1913, lideradas por Akimura, natural de Kumano. A colônia japonesa de Mairiporã é uma das mais antigas do Brasil, juntamente com as colônias de Cerqueira César e Iguape. Estas famílias deram novo impulso a cidade, principalmente pelo trabalho na agricultura. Em outubro de 1913, Chōju Akimura e outras nove famílias teriam adquirido lotes de terra em Juqueri. Anos mais tarde, foi estabelecida a Cooperativa Agrícola do Juqueri, que no pós-guerra transformar-se-ia no principal reduto da imponente Cooperativa Agrícola Sul-Brasil. Nos anos seguintes, centenas de outras famílias japonesas chegaram a Juqueri.
Em 1944, Juqueri sofre a sua primeira perda territorial, quando os distritos de Franco da Rocha e Caieiras são desmembrados para compor o novo município de Franco da Rocha.
A associação do nome da cidade de Juqueri ao hospital psiquiátrico, causando confusão na entrega de correspondências e desconforto entre os moradores locais, criou um movimento para mudar o nome do município. O nome Juqueri era dado como sinônimo de "loucura". Em 1948, o prefeito Bento de Oliveira solicitou à Assembleia Legislativa autorização para a mudança. Na ocasião, o deputado Ulysses Guimarães apoiou o pedido e pronunciou a célebre frase: "Juqueri, terra de loucos. Loucos por cidadania".
No dia 24 de dezembro de 1948, foi aprovada a Lei Estadual nº 233, permitindo a mudança do nome do município. O nome Mairiporã foi sugerido pelo jornalista e poeta Araújo Jorge, significando, em tupi-guarani, "cidade bonita". Por isso, a cidade é conhecida como "Aldeia Pitoresca".
Na década de 1950, Mairiporã foi marcada pela vinda da Companhia Cinematográfica Multifilmes S.A., dirigida pelo cineasta Mário Civelli. Até pouco tempo, ainda existiam os barracões da companhia, aonde foi rodado o primeiro filme colorido no Brasil, destruídos para a construção do pedágio pela Arteris.
Com a implantação da Rodovia Fernão Dias, ligação de São Paulo para Minas Gerais, houve uma redescoberta e valorização intensa de Mairiporã, em razão dos atributos naturais da região para abrigar residências secundárias de alto padrão (lazer/recreio) e posteriormente para moradia fixa. O boom imobiliário ocorreu a partir do final da década de 1970 e década de 1980. A esse movimento, contrapôs-se a Lei de Proteção dos Mananciais (Leis Estaduais 898/75 e 1 172/76), para preservação dos recursos hídricos responsáveis pelo abastecimento de grande parte da população da Região Metropolitana de São Paulo. Em 1992, a região da Serra da Cantareira foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Geografia
Mairiporã situa-se a uma altitude média de 790 metros. As partes mais altas do município estão na Serra da Cantareira, onde as altitudes superam os 1.100 metros em algumas regiões. Já as partes mais baixas estão no entorno do vale do Rio Juqueri e da Represa Paulo de Paiva Castro.
Clima
O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. O verão é relativamente quente e chuvoso e o inverno é ameno, por vezes frio. São comuns eventos como a geada em alguns pontos baixos do município, assim como nevoeiros ocasionados pela existência de diversos corpos d'água e nascentes na cidade.
A temperatura média anual gira em torno de dezoito graus centígrados, sendo o mês mais frio julho (média de 14 °C) e o mais quente fevereiro (média de 22 °C).
O índice pluviométrico anual fica em torno de 1 400 mm.
Turismo
Mairiporã é uma cidade localizada na Serra da Cantareira, ao norte da cidade de São Paulo, e isso lhe proporciona uma posição privilegiada, sendo roteiro de turistas que procuram lugares ligados diretamente com a natureza e tranquilidade.
Pontos turísticos
- Pico do Olho D'água - Muito procurado para contemplação por suas extensas paisagens, voo livre, piqueniques e trilhas de downhill, tem esse nome pelos veios de água que brotam da serra, também é chamado de Morro do Juqueri e é tombado pelo Condephaat. Atualmente existe um projeto que pretende ligar o Pico à rotatória de entrada da cidade através de um teleférico que passaria sobre a Rodovia Fernão Dias.
- Cruzeiro - Localizado na estrada para o pico, é um símbolo da religiosidade do povo. Possui bela vista panorâmica do centro da cidade.
- Represa Paulo de Paiva Castro - Tem seu início no centro de Mairiporã, estendendo-se por dez km até ultrapassar o limite municipal com Franco da Rocha. Represa integrante do sistema Cantareira de abastecimento, é responsável por proporcionar água para mais da metade da população da grande São Paulo. Possui muitas paisagens cênicas e é muito procurada para a prática de esportes náuticos e pesca esportiva e amadora.
- Pedreira Dib -Parte de um complexo que inclui também um restaurante, a pedreira foi desativada pois durante a mineração houve o estouro de um veio de água que obrigou o abandono do local. Usada para diversão nos finais de semana e gravação de comerciais, a paisagem formada pelas rochas continua atraindo visitantes, muitos interessados em praticar o Rapel em seus paredões.
- Rio Juqueri e Sete Quedas - O Caminho do rio Juqueri entre Nazaré Paulista e a represa Paiva Castro também tem interesse turístico, o rio corta a região conhecida como Rio Acima e possui corredeiras ideais para o boia cross, suas margens formam belos circuitos para se fazer a pé ou de bicicleta. Durante o caminho do rio forma-se uma pequena represa que deságua na cachoeira artificial das Sete Quedas, local administrado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo voltado para a contemplação da queda d'água. Os acessos são de terra, o entorno mostra áreas gramadas e pouco arborizadas. Banhistas o frequentam nos fins de semana e feriados de sol e calor. Local inadequado para banho público, em face das águas revoltas e falta de segurança e infraestrutura receptiva.
Devido a quantidade de chácaras e sítios, Mairiporã destaca-se também no turismo rural, com a existência de haras, pousadas, acampamentos de férias e clubes de campo. Em Mairiporã fica também um espaço dedicado para a obra de Monteiro Lobato, o chamado Sítio do Pica Pau Amarelo foi licenciado pela Globo Marcas e é um local voltado para a visitação agendada por grupos.
- Parque Linear - Construído em 2016, o Parque Linear conta com pista Pump Track para prática de esportes radicais como skate, bike, patins e patinete. Além de ciclovia, playground, pista de caminhada, academia ao ar livre e bosque. Reforçando o aspecto turístico da cidade.
Conta também com um espaço exclusivo para as feiras (que ocorrem as quintas-feiras e aos finais de semana) e eventos que ocorrem no município - antes alocados no espaço onde hoje ficam os demais componentes do parque.
- Memorial Municipal de Mairiporã - Inaugurado em 11 de junho de 2017, o Memorial Municipal, conta com objetos materiais e imateriais do passado histórico da cidade de Juqueri-Mairiporã. Ele vem contando um pouco de nossa história, lendas, costumes, das suas Olarias e sua importância econômica no inicio do século passado, as festas da uva, rosas e do gengibre, da colônia japonesa (uma das maiores de São Paulo), a história da Multifilmes do idealizador Mario Civelli, o Vale da música com suas bandas e fanfarras através da Werill instrumentos musicais, etc.
Através do seu idealizador, o funcionário público, pesquisador e memorialista Bethos Massucato , esse Memorial vem contando os 411 anos de história da cidade, desde a época de Juqueri Colônia que incluía o Alto de Santana, Serra do Ajuhá - hoje chamada Serra da Cantareira, e cidades de Caieiras, Franco da Rocha e Francisco Morato, outrora distritos de Juqueri ou seja, todo o Vale de Juqueri, passando pela República até os dias atuais.
Esse Memorial está localizado atualmente nas dependências da Biblioteca Municipal de Mairiporã e esta aberto à visitações. Localizado na Rua Vereador Antonio Nunes, 225- Centro de Mairipora, proximo ao Rotary Club.
- Museu de arqueologia industrial Thomaz Cruz - O museu foi construído em 2006 pelo dr. Thomaz Cruz, e possui máquinas a vapor, máquinas de tear e outras máquinas que lembram a evolução das máquinas por todos esses anos até os nossos dias.
- Outros fatores turísticos - O centro de Mairiporã é repleto de lojas, bares e restaurantes proporcionando opções de lazer e compra. Na área central, podemos destacar também a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Desterro (principal igreja da cidade) e o Dique artificial que separa o centro do leito do Rio Juqueri e passa pelo Espaço Viário Mario Covas (área usada para estacionamento, recreação, feiras e eventos) e o Bosque da Amizade onde a população pratica recreação, pesca amadora e caminhadas.
Mairiporã possui grande quantidade de hotéis e pousadas, inclusive hotéis de luxo. A cidade também é famosa por suas trilhas para downhill, as principais são a trilha do Saracura com acesso pela Estrada da Bucólica e a Trilha dos Macacos com cachoeiras com acesso na Estrada da Roseira, no alto da serra da Cantareira.
Eventos
Os principais eventos incluem o aniversário da cidade (27 de março), carnaval de rua, festa da primavera, romaria das águas, cavalgada, Eco Fest Adventure, tapete de Corpus Christi, festa de Nossa Senhora do Desterro, festa de Bom Jesus da Pedra Fria no distrito de Terra Preta, feira de produtos orgânicos, procissão de veículos no dia de São Cristóvão, encontro nacional de motociclistas, etapas de competições como as do “Nave São Paulo” e de campeonatos como “Campeonato Paulista de Triathlon, além de outros pequenos eventos organizados ao longo do ano.
No carnaval de rua, temos a participação de diversos blocos carnavalescos, dentre os quais destacam-se: Bloco Maria Sapatão – Região Central; Bloco Vem Kum Nóis – Vila Nova; Bloco Fernão Dias – Jardim Fernão Dias; Bloco Esporte Clube Mairiporã – Centro; Bloco Caprichosos – Parque Náutico; Bloco dos Sujos – Jardim Lúcia II, Distrito de Terra Preta.[42]
Além desses eventos, desde 2014 a Aliança das Igrejas Evangélicas do município organiza, anualmente, a Marcha para Jesus conforme garantido pela Lei Municipal nº 3444 de 1 de setembro de 2014[43] que estabelece o evento na segunda semana do mês de março. Nesse evento, os evangélicos reúnem-se em uma caminhada organizada até uma das praças locais, onde é feito um show com bandas e cantores locais como Banda Baque, Pastor e Cantor Rai Cezar, além de cantores e bandas conhecidas no Estado, dentre o qual Ton Carfi.
Referência para o texto: Wikipédia ..

terça-feira, 6 de abril de 2021

VILHENA - RONDÔNIA

Vilhena é um município brasileiro do estado de Rondônia. Sua população foi estimada em 102.211 habitantes, segundo dados de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O município é conhecido como Portal da Amazônia, por estar situado na entrada da região Amazônica Ocidental. Também é conhecida como Cidade Clima da Amazônia, por ter uma temperatura média menor do que outras cidades da Região Norte. Nos tempos de sua colonização, recebeu a alcunha de Eldorado Amazônico, em referência à cidade de Eldorado que, segundo a lenda dos índios, seria feita de ouro maciço.
O nome "Vilhena" foi denominado por Cândido Rondon em homenagem ao engenheiro maranhense chefe da Organização Telegráfica Pública Álvaro Coutinho de Melo Vilhena. Este, em 1908, foi nomeado pelo Presidente da República Diretor Geral dos Telégrafos.
História
A história da colonização de Vilhena tem algo em comum com muitos outros municípios de Rondônia. Começa no século XX, por volta de 1910, quando o tenente-coronel Cândido Mariano da Silva Rondon construiu, nos campos do Planalto dos Parecis, um posto telegráfico, ligando várias cidades entre Cuiabá e Porto Velho e fazendo com que surgissem vilas ao redor. Tal região, porém, já havia sido desbravada, há cerca de 200 anos, quando bandeirantes, como Antonio Pires e Paz de Barro, denominaram a área como Chapadão dos Parecis.
A Comissão Rondon realizou a obra de ligação telegráfica entre Cuiabá e Santo Antônio do Rio Madeira, promovendo a ruptura do isolamento do oeste amazônico. Os trabalhos iniciaram no ano de 1907, no governo Afonso Pena, e foram concluídas em 1912 no governo Hermes da Fonseca. As picadas abertas na mata serviriam anos depois para a trilha da BR-029 (atual 364) e proporcionaram o surgimento de povoados que se transformaram em municípios do estado (Vilhena, Pimenta Bueno e Jaru). O ponto Final da linha telegráfica ultrapassou Santo Antônio do Rio Madeira e chegou a Porto Velho, em Rondônia.
Em 1909, o tenente-coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, que atuava como chefe da comissão e construção da linha telegráfica de Mato Grosso-Amazonas, liderou uma expedição de 42 homens por regiões amazônicas. Em determinado ponto, ergueu um acampamento, visando a realizar estudos sobre o ecossistema e o comportamento dos povos indígenas. Era então desenhado o esboço originário da cidade de Vilhena, no que viria a ser o Estado de Rondônia.
O trabalho de Rondon seria completado alguns meses mais tarde com o estabelecimento de uma estação telegráfica, nas margens do Rio Piracolino. A região da atual cidade de Vilhena distancia-se cerca de cinco quilômetros desse rio.
Concluída a obra da estação telegráfica, Rondon homenageou o antigo engenheiro chefe da Organização da Carta Telegráfica da República, Álvaro Coutinho de Melo Vilhena, falecido havia pouco tempo, batizando-a de Vilhena. Em 1910 a estação começou efetivamente a funcionar, atraindo moradores para a região.
Em 1938, o posto telegráfico de Vilhena tinha como habitantes apenas duas famílias. Abandonadas pela administração de linha telegráfica havia 8 anos, viviam da criação de bodes e cabras. Esse é o testemunho de Claude Lévi-Strauss, que relatou sua passagem pela região em seu livro Tristes Trópicos.
Durante quase 50 anos, foi o Posto Telegráfico da passagem do homem civilizado por esta região e, somente ao final da década de 1950, a sua presença tornou-se mais efetiva. No ano de 1959, o presidente Juscelino Kubitschek iniciou a BR-29 (Brasília/Acre), atual BR-364, que integrava a região Norte com as demais regiões do País. Vilhena é a entrada da Amazônia Ocidental, o que permite receber a denominação "Portal da Amazônia Ocidental", e teve seu povoamento caracterizado por vários fatores:
Fluxo migratório das regiões mais populosas do País (sudeste/sul) á procura de novas áreas para melhoria do desenvolvimento econômico.
-  A existência de um clima saudável, próprio da região do Planalto;
- As riquezas das matas locais (muita madeira, hoje quase esgotada); e
- A construção da verdadeira rodovia de interligação (Brasília/Acre): BR-364.
Em 1964, por meio do Ibra (Instituto Brasileiro de Reforma Agrária), e depois do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), ocorreu distribuição de terras da União a colonos dispostos a se fixarem na região. Este fator atraiu migrantes de todos os quadrantes do País. Nesta ocasião chegavam as primeiras cabeças de gado (80 reses) e instalavam-se o primeiro posto de gasolina, o primeiro hotel e restaurante, tudo propriedade do pioneiro Ferreira Queiroz.
Após o golpe militar de 1964, chega o 5º BEC (Quinto Batalhão de Engenharia e Construção), para a conservação da estrada, tendo à sua frente o comandante Todeschini, que residia em Vilhena. Construiu-se a primeira igreja católica. Vilhena começa a se consolidar com a construção da atual rodovia BR-364. No início de 1960, o presidente Juscelino Kubitschek visitou a região para inaugurar a rodovia Brasília-Acre e vistoriar as obras da BR-364.
Para tanto, uma pista de pouso teve de ser construída de forma urgente para receber o comitiva presidencial, atraindo número significativo de trabalhadores para a região. A pista passou a ser uma referência para as operações do Correio Aéreo Nacional e para empresas como a Vasp e a Cruzeiro do Sul, que tinham dificuldades de implementar suas rotas amazônicas. Outro impulso vindo na esteira da construção da pista foi a instalação de um destacamento da Força Aérea Brasileira na região e um pequeno hospital militar.
A produção cafeeira na região começa a tomar impulso antes mesmo da criação do município. Em 1964, o governo federal incentiva um programa de colonização da região Amazônica. Assim, o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária iniciam a distribuição de terras federais a colonos, sendo que a extração e o beneficiamento de madeira rapidamente ganham impulso. Em menor grau, atividades agrícolas, como café e cacau, além da pecuária, também passam a ser desenvolvidas.
Muitos trabalhadores que vieram construir a pista de pouso e a rodovia fixaram-se na região e grande número de pessoas foi estimulado a buscar melhor sorte na nova cidade que se formava.
A energia elétrica era fornecida por geradores próprios e o fornecimento de água era feito por caminhões, com tambores abastecidos nas águas dos Igarapés. Próximo ao local, instalou-se, em 1966, a primeira serraria (Berneck), e iniciaram-se as obras da Embratel. Em 1968 instalaram-se a Delegacia de Polícia, a Caerd (Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia) e a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia), atual Eletrobrás.
Em 1 de abril de 1969, Vilhena passou a Distrito de Porto Velho pelo Decreto nº 565, sendo criados o Cartório de Registro Civil e o Juizado de Paz, ocasião em que Vilhena possuía 160 casas. Novas indústrias passaram a ver a localidade com potencial de crescimento e a região começou a figurar como um polo de desenvolvimento industrial e comercial do estado.
Em 4 de outubro de 1973, o Incra criou o Projeto Integrado de Colonização Paulo de Assis Ribeiro em áreas da Gleba Guaporé, a 100 quilômetros da vila de Vilhena, na mesma distância da rodovia BR-364, com sede na localidade de Colorado d'Oeste. Em 1973, o distrito de Vilhena teve seu primeiro administrador, Gilberto Barros Lima (20 de março de 1973 a 21 de junho de 1977), na época, fiscal do IBDF, ficou à disposição do Distrito. Na ocasião, esta localidade já contava com algumas avenidas: Marechal Rondon, Major Amarante e Capitão Castro, e também instalaram-se várias serrarias. Sua população era de aproximadamente 600 habitantes.
Devido ao clima ameno, presença de matéria vegetal na região e à localização estratégica, em Vilhena instalaram-se várias serrarias. O apogeu da madeira deu-se no ano de 1974. Na época a produção agrícola em Vilhena se resume a café conilon. Na região existem pesquisas sobre o desenvolvimento da cultura sendo realizadas pela Emater e pela Embrapa, sendo que esta última possui na cidade um campo experimental. Com a instalação do PIC Paulo de Assis Ribeiro (1974), com núcleo de apoio em Colorado do Oeste, ocorre um impulso populacional em Vilhena. Neste mesmo ano, instalou-se a pioneira seção eleitoral (104) no Distrito de Vilhena.
Foi elevado à categoria de município com a denominação de Vilhena, pela Lei Federal n.º 6.448, de 23 de novembro de 1977, porém instalado apenas em 1982.
Clima
O tipo de clima é o tropical com estação seca, quente e úmido, considerado ameno para os padrões climáticos da região amazônica, com friagens no meio do ano (meados de abril a meados de setembro) que frequentemente abaixam a temperatura para a faixa de 12 °C a 15 °C, sendo que, em situações mais esporádicas, massas polares mais fortes podem fazer a temperatura cair para 10 °C ou menos. O período chuvoso vai de setembro a maio. A temperatura média anual é de aproximadamente 25,8 °C. O índice pluviométrico é superior a 2.000 milímetros (mm) por ano.
Hidrografia
A Chapada dos Parecis, em Vilhena, constitui-se em um dos mais importantes centros dispersores de água do estado, nascendo os rios Iquê, Roosevelt (afluente do rio Aripuanã), Barão do Melgaço, Pimenta Bueno - Apediá, Vermelho, Ávila, Cabixi, Piracolino e Pires de Sá.
Cachoeiras
As principais cachoeiras do município são: Salto Paraíso - Rio Iquê; Cachoeira Noite de Abril - Rio Tenente Marques; Cachoeira Uapuru - Rio Tenente Marques; Cachoeira Aprigio - Rio Tenente Marques; Cachoeira Quebra Cabo - Rio Roosevelt; Cachoeira Simplício - Rio Roosevelt; Cachoeira Centelhos - Rio Roosevelt; Cachoeira Pedro Cai - Rio Roosevelt; Cachoeira Quinze de Novembro - Rio Pimenta Bueno; Cachoeira do Rio Ávila - Rio Ávila (Balneário Vale do Ávila)
Economia
As principais atividades econômicas são a agricultura, pecuária, comércio e prestação de serviços. O município conta com 12 (doze) agências bancárias, distribuídas entre 5 (cinco) instituições bancárias e 2 (duas) cooperativas.
Setor primário
Agricultura
Possui vastos campos de produção, principalmente na área agrícola, e também grandes canteiros de horticultura e produtos de viveiro, cultivo de hortaliças, legumes e especiarias hortícolas.
A produção agrícola é bem diversificada, com plantações de milho, feijão, soja, arroz, tomate, dentre outros. Dentre estes produtos, destacam-se o arroz, o milho e a soja, que são comercializados pelos grandes e médios produtores locais, diretamente com as empresas do Centro-Sul do país. O município, atualmente é o maior produtor de milho, soja e tomate de Rondônia, com uma produção de 230.066 e 169.280 e 400 toneladas, respectivamente.
Pecuária
Predominam no setor primário grandes e médios proprietários, que priorizam a criação de gado bovino de corte.
Não é só de bovinos que vive pecuária vilhenense, há uma boa diversificação com a criação de bubalino, caprino, ovino, suíno, equino e a produção de mel de abelha, com destaque ao crescimento vertiginoso da aquicultura. A criação de jatuarana, pirarucu e tambaqui está entre as 50 (cinquenta) maiores do país. Outro destaque está na avicultura, tendo a maior criação de galináceos de Rondônia, além disso mais de um terço da produção de ovos do estado são oriundos de Vilhena.
Setor secundário
Devido a escassez da madeira, o município procurou outras alternativas para conter o desemprego e uma delas foram as hidrelétricas, porém, mesmo com a baixa quantidade de madeira no mercado, a atividade ainda é significativa no setor industrial.
As indústrias de madeira se desenvolveram tanto no setor de exploração como no de construção, e acabaram atraindo indústrias de móveis, que tem interesse pela madeira extraída, como o mogno e cerejeira.
Recentemente, indústrias e fábricas, como o frigorífico Friboi e a fábrica de colchões Portal também foram responsáveis pela absorção da mão de obra excedente.
Setor terciário
A cidade foi contemplada pela Embratur, por quatro anos consecutivos com o Selo de Potencialidade Turística. Suas belezas naturais e pelo fato de possuir uma infraestrutura para recepção de turistas (hotéis, restaurantes, aeroporto, rodoviária e comércio) a cidade recebe muitos turistas do Brasil e de outras partes do mundo. Contudo, tal potencialidade não é aproveitada ao máximo. Diversos locais da cidade que poderiam atrair turistas estão abandonados ou nas mãos de particulares
Educação
Ensino superior
Vilhena se tornou um importante polo educacional de Rondônia possuindo atualmente oito instituições de ensino superior presenciais.
Universidade Federal de Rondônia (UNIR) — [pública]. Cursos: Administração; Ciências Contábeis; Letras/Português; e Pedagogia;
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - (IFRO) — [pública]. Cursos: Matemática; Análise e Desenvolvimento de Sistemas; e Arquitetura e Urbanismo;
- Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena (UNESC) — [particular]; Cursos: Arquitetura e Urbanismo; Biomedicina; Ciências Contábeis; Direito; Educação Física; Enfermagem; Engenharia Agrícola; Engenharia Ambiental; Engenharia da Computação; Farmácia; Fisioterapia; Medicina; e Radiologia;
- Associação Vilhenense de Educação e Cultura (AVEC) — [particular]. Cursos: Administração, Ciências Contábeis; Direito; e Pedagogia;
- Faculdade da Amazônia (FAMA/IESA) — [particular]. Cursos: Agronomia; Psicologia; Serviço Social; e Zootecnia.
- Faculdade Cândido Rondon (FARON) — [particular]. Cursos: Agronomia; Engenharia Civil; Engenharia Florestal; e Medicina Veterinária;
- Faculdades Integradas Aparício Carvalho (FIMCA) — [particular]. Cursos: Direito; Educação física; Enfermagem; Engenharia Civil; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica; Fisioterapia e Odontologia.
- Faculdade Santo André (FASA) — [particular]. Cursos: Pedagogia e Direito
No ensino a distância estão em Vilhena as seguintes instituições.:
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) — particular;
- Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR) — particular;
- Centro Universitário Claretiano (CLARETIANO) — particular;
- Faculdade Educacional da Lapa (FAEL) — particular;
- Universidade Paulista (UNIP) — particular;
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - (IFRO) — pública;
Já no ensino técnico estão presentes.
- IFRO - Instituto Federal de Rondônia;
- Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial;
- Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial;
Cultura
Nos últimos anos a Cultura em Vilhena está se desenvolvendo com mais rapidez, surpreendendo pela quantidade de interessados em diversas manifestações culturais como teatro, música e escrita. O 1º Festival de Música do Cone Sul realizado nas sete cidades do Sul de Rondônia e organizado por Vilhena foi considerado o maior evento musical do Norte do País, reunindo mais de 500 cantores, músicos e bandas com prêmios significativos para cada etapa local, bem como na final geral. Também o 1º Festival de Calouros do Cone Sul, também comandado por Vilhena, movimentou a população do Cone Sul que desejava mostrar seus talentos e receber por isso.
A Cidade possui também uma Orquestra Sinfônica criada em 2001, que executa diversos concertos clássicos e populares.
Além disso, a criação do Espaço JK, único espaço exclusivamente cultural e particular da cidade, representou significativo avanço para a obtenção de um local adequado e centralizado que se possam realizar discussões, debates, apresentações teatrais, exposições artísticas, shows de bandas locais, divulgação da literatura dos escritores da cidade e etc. Com intuito parecido, a livraria Café & Letras passou a desenvolver diversas ações culturais como o conto de histórias para crianças, promoções em livros e o Som das Sete, evento que reúne o melhor da Música Popular Brasileira em uma noite de descontração ao ar livre.
Há ainda certa movimentação na Prefeitura que prevê a criação de uma fundação de cultura no município, o que ajudaria o município a conseguir recursos a serem investidos, por exemplo, nos oito grupos de teatro que se mostram ativos na cidade. Destes, o Wankabuki, o Canaã e o Tempus são os mais expressivos, todos com projetos de peso em andamento, embora não disponham de espaço adequado para se apresentarem.
No que diz respeito aos locais reservados para apresentações teatrais, a Prefeitura Municipal de Vilhena, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento elaborou um projeto de um centro de convenções que abrigaria um teatro, galerias de arte, oficinas de arte, biblioteca e sala de cinema. O início das obras estão previstas para 2011. Enquanto isso, o Ponto de Cultura Cone Sul Plural desenvolve, em parceria com acadêmicos do curso de Jornalismo da Unir (Universidade Federal de Rondônia), o projeto Hatisu - Ação Griô. A iniciativa pretende recuperar as origens históricas dos colonizadores do Cone Sul, que se estabeleceram em quilombos, vilas de pescadores, aldeias indígenas e acampamentos no Vale do Guaporé. Contudo, essa é apenas uma das muitas ações culturais criadas pelo Ponto de Cultura de Vilhena.
Recentemente também foi criada, no jornal impresso de maior circulação e expressividade do Cone Sul, o Folha do Sul, de Vilhena, a editoria de Cultura, que semanalmente destaca os agentes culturais do município e suas atividades.
A prefeitura promove a Cultura por órgãos culturais como a Academia Vilhenense de Letras (AVL), Centro de Tradições Gaúchas (CTG), Fundação Cultura de Vilhena, Associação de Músicos de Vilhena, Centro de Treinamento (futura Casa da Cultura) e o Museu Marechal Rondon (atualmente abandonado).
A Academia Vilhenense de Letras (AVL), fundada em dezembro de 2002, é fruto da vontade e perseverança dos poetas Átila Ibáñez, Castro Lima, Dilma Lessa, Antônio Mantelli. As tentativas de implantar uma academia de letras na cidade de Vilhena, ao Sul de Rondônia, ocorreram desde a última década do século XX. O poeta Ibáñez via seu projeto diluir-se nas dificuldades e, principalmente no desinteresse da comunidade literária. E tentava outra vez. E mais outra. Finalmente, com a participação decisiva de Mário Mileo, Newton Pandolpho, Julio Olivar, José Leocádio, Débora Lessa, Jacyr Rosa, Nilson Ferreira, Ivanir Aguiar e Scalercio Pires, surgiu, então, a Academia Vilhenense de Letras. Os patronos são Vinicius de Moraes (Cadeira 01), Ruben Braga (Cadeira 02), Carlos Gomes (Cadeira 03), Orígenes Lessa (Cadeira 04), Lauro Sodré (Cadeira 05), José de Alencar (Cadeira 06), Euzebio de Queiros (Cadeira 07), Manuel de Almeida (Cadeira 08), Pedro Lessa (Cadeira 09), Castro Alves (Cadeira 10), Drummond de Andrade (Cadeira 11), Manuel Bandeira (Cadeira 12) e Cecilia Meireles (Cadeira 13). Em 20 de março de 2004 foi eleita a poeta Núbia Rodrigues, em decorrência da renúncia do Acadêmico Jacyr Rosa. Em 8 de julho de 2006 a AVL teve seu Estatuto alterado para a criação de mais oito Cadeiras, sendo Patronos Vicente de Carvalho (Cadeira 14), Gonçalves Dias (Cadeira 15), Machado de Assis (Cadeira 16), Rachel de Queiroz (Cadeira 17), Álvares de Azevedo (Cadeira 18), Olavo Bilac (Cadeira 19), Guimarães Rosa (Cadeira 20), Fagundes Varela (Cadeira 21). Foram eleitos para as respectivas novas Cadeiras: Ana Claudia Vinter, Clóvis Brasil, Irondina Zoche, Genoli Kopp, Braz Divino, Gerino Alves, Edmar Ferreira e Valmir Flor. Por ocasião da renúncia de Nilson Ferreira foi eleito José Closs.
Visitas urbanas
- Museu Marechal Rondon.
- Parque Marechal Candido Rondon - Museu.
- Expovil - festa voltada à exposição pecuária;
- Festas Gauchescas no Centro de Tradições Gaúchas (CTG);
- Park Shopping Vilhena;
- Park ecológico.
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