terça-feira, 29 de junho de 2021

SORRISO - MATO GROSSO

Sorriso é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. É reconhecido como a Capital Nacional do Agronegócio e o maior produtor individual de soja do mundo. Segundo levantamento feito pelo IBGE, ocupa atualmente a terceira posição no ranking das maiores economias agrícolas do País. Pertence a microrregião de Alto Teles Pires e mesorregião do Norte Mato-grossense e sua população é estimada em 92.769 habitantes, conforme dados do IBGE de 2020. Está a uma altitude de 365 metros.
História
O Município de Sorriso está situado na região norte do Estado de Mato Grosso, no km 742 da rodovia federal BR-163, Cuiabá - Santarém, a 398 km da capital, Cuiabá. Sua fundação deu-se através de um projeto de colonização privada, com a maioria absoluta da sua população constituída por migrantes provenientes da região Sul do País.
Em 26 de dezembro de 1980, foi elevada à categoria de Distrito, pertencente ao município de Nobres. Em 20 de março de 1982, foi instalada a subprefeitura no distrito de Sorriso. Em 13 maio de 1986, a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso aprovou e o Governo Estadual, através da Lei 5.002/86, elevou o então distrito de Sorriso à categoria de município, desmembrado do município de Nobres.
Sua formação administrativa atual é: Sorriso (sede), além dos distritos de Boa Esperança, Caravágio e Primavera.
Economia
Segundo o IBGE, em 2015 o PIB (Produto Interno Bruto) de Sorriso é 4.ª maior de Mato Grosso, e 13.ª maior economia do Centro-Oeste do Brasil, ficando atrás da capital Cuiabá, de Várzea Grande e de Rondonópolis.
A economia do município está diretamente relacionada ao agronegócio, sendo o cultivo da soja a principal atividade. É considerado o maior produtor de soja e milho do país, produz 17% da soja de Mato Grosso e 3% do Brasil. Destaca-se por ser o município com maior rentabilidade no Agronegócio do Brasil, sendo um dos integrantes da chamada fronteira agrícola Amazônica. Além da soja e milho, Sorriso é o maior produtor de peixes do país. Em 2013 o Brasil produziu 392,3 mil toneladas de peixes, Mato Grosso produziu 47,3 mil toneladas, das quais 21,5 mil toneladas foram produzidas somente em Sorriso.
Em Sorriso encontram-se instaladas grandes empresas do agronegócio como a Amaggi (2 unidades), Archer Daniels Midland (ADM) (2 unidades), Bertuol (2 unidades), Bunge (3 unidades), Cargill (3 unidades), Caramuru Alimentos, Coacen, Cooavil, Cofco Agri (3 unidades), C-Vale, Fiagril (2 unidades), Glencore, LDC Commodities (2 unidades), Monsanto, Mosaic, Multigrain, Nidera, Noble, Ovetril, Safras Armazéns (2 unidades), entre outras que tem grande participação no desenvolvimento da cidade. Além do destaque na Soja, Sorriso também possui abatedouros de aves, peixes e suínos que suprem o mercado interno e externo, dentre eles a Marombi Frangos, Nutribrás e Nativ Pescados.
Em 2004 Sorriso ganhou o Park Shopping Sorriso, com 65 lojas e um cinema que possui 2 salas uma com tecnologia 3D e um de 2D.
Infraestrutura
Sorriso é ponto referencial da rodovia BR-163, ligação de Cuiabá a Santarém, formando um eixo rodoviário de ligação norte/sul/leste/este juntamente com a BR-242, que corta o estado do Mato Grosso, ligando-o ao estado de Goiás (a Leste) e Rondônia (a Oeste), favorecendo o transporte da produção. O Rio Teles Pires também é uma fonte de riquezas.
Em junho de 2016 entrou em funcionamento o Aeroporto Regional de Sorriso Adolino Bedin, com voos para Cuiabá.
Geografia
A vegetação do município de Sorriso é constituída por cerrado, arbóreo denso (cerradão), florestas abertas (matas ciliares), e 65% da área do município é de campos cerrados.
Encravada em meio ao cerrado e Amazônia Legal, Sorriso desfruta, além das riquezas naturais, de uma posição geográfica privilegiada, com excelentes condições de clima, relevo, solo, hidrografia e todas as condições para dimensionar o município como um dos maiores polos de desenvolvimento do país.
Educação
A cidade atende cerca de 16 mil estudantes, dos ensinos básico, fundamental, médio e superior.
Na área do ensinos básico, fundamental e médio podem ser citados: Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs): 12; Escolas municipais: 22; Escolas estaduais: 7.
Já na área do ensino superior encontram-se as unidades de: Faculdade Centro Matogrossense (FACEM); Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT); Universidade de Cuiabá (UNIC); Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT); UNINTER e UNIP; UNIASSELVI
UNOPAR e Faculdade FASIPE.
Turismo e Cultura
Localizado no Distrito de Boa Esperança (a 140 km da sede do Município), o Salto Magessi do Rio Teles Pires é um lugar aprazível. por sua beleza exuberante, o local enche os olhos dos turistas.
Nos fins de semana, é comum ver pais levando as crianças para se banharem nas pequenas cachoeiras que se formam entre as pedras. Outros, aproveitam as águas geladas para a prática do mergulho.
Como forma de preservar o local, foi criada a Unidade de conservação do Salto Magessi.
Ainda nas águas do Teles Pires, todos os anos acontece o Festival de Pesca. O objetivo é estimular o potencial turístico da cidade e incentivar a prática da pesca esportiva.
Através do CTG Recordando os Pagos, a população participa de eventos como a Semana Farroupilha. Ainda no tradicionalismo podemos destacar também a participação do Centro de Tradições Nordestinas (CTN) na formação cultural dos sorrisenses. Anualmente, a cultura do Nordeste brasileira tem seu avivamento por meio da Festrilha Nordestina. A Festrilha é um evento que acontece tradicionalmente no mês de julho, tem a duração de quatro dias e reúne milhares de pessoas.
Na semana de aniversario de Sorriso - 13 de Maio, acontece o Rodeio Crioulo e a Exporriso, que movimenta a cidade com Shows, Negócios, Exposições de máquinas e animais e o Rodeio.
Cultura
Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato
A Biblioteca Municipal também é um dos lugares do turismo da cidade de Sorriso, sendo uma das opções de cultura e lazer A Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato está localizada na Praça da Juventude, Avenida Natalino João Brescansin, 1.220, Centro.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 25 de junho de 2021

AVARÉ - SÃO PAULO

Avaré é um município do interior do estado de São Paulo, no Brasil. Distancia-se 263 quilômetros da capital paulista. É oficialmente considerada uma estância turística. O município é formado somente pelo distrito sede, que inclui o povoado de Barra Grande.
Topônimo
Na entrada da sertania passava um rio ao qual os índios Caiuás chamavam "Abaré-i" (rio do homem solitário ou da sentinela, segundo uns, ou do padre ou monge, conforme interpretação de outros).
Com efeito, o nome Avaré é uma deturpação linguística de "abiré" que, em língua indígena, significa "solitário", nome atribuído a um monte de 625 metros de altitude que se avista entre o Rio dos Veados e o Ribeirão Tamanduá, no atual município de Itatinga, onde se situava a velha Fazenda Avaré, propriedade do Coronel Eduardo Lopes de Oliveira, político republicano e primeiro prefeito de Avaré.
Estância turística
Avaré é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de "Estância Turística", termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
História
A fundação de Avaré ocorreu em 15 de setembro de 1861 e sua emancipação, em 7 de julho de 1875[10]
Foi fundada em meados do século XIX pelo major Vitoriano de Sousa Rocha e Domiciano Santana, o município surgiu em torno de uma capela votiva dedicada a Nossa Senhora das Dores.
Em busca de um lugar ideal para viver, com terras agricultáveis e água em abundância, os pioneiros de origem europeia chegaram à região da atual Avaré por volta de 1840, segundo as pesquisas mais recentes. Ao major Vitoriano de Sousa Rocha e a seu compadre, Domiciano Santana, é atribuída a fundação do município, cujo local, com vegetação exuberante e muitos recursos naturais, levou ambos, procedentes de Bragança Paulista e de Pouso Alegre, a enfrentarem as dificuldades iniciais, como os ataques de índios botocudos, e se estabelecerem
Por volta de 1861, ao cumprir uma antiga promessa - a vida salva de sua mulher depois de parto difícil - o major construiu uma capela bem no lugar onde hoje está erguido Santuário de Nossa Senhora das Dores. No altar da pequena igreja e futura matriz ele colocou a imagem daquela que se tornaria a padroeira do município.
Junto com o amigo Domiciano, fez, ainda, a doação de onze alqueires ao patrimônio da futura vila, isto no dia 15 de maio de 1862. Ao redor da capela, nasceu o povoado, chamado Rio Novo.
O major e Domiciano são considerados os fundadores e a data em que se comemora a festa do município é 15 de setembro, dia em que a liturgia católica celebra a festa de Nossa Senhora das Dores. A Vila do Rio Novo foi elevada à categoria de município com o nome de Avaré em 1891.
Dentre os imigrantes que formaram a sociedade avareense, os integrantes da colônia portuguesa estão entre os de maior número. Também contribuíram para o desenvolvimento local: espanhóis, italianos, árabes, japoneses,lituanos, suíços e afrodescendentes.
Participaram ativamente da formação do povoado nomes hoje ligados à história social e política de Avaré, como o capitão Israel Pinto de Araújo Novais, o coronel João Baptista da Cruz e o alferes Manuel Marcelino de Sousa Franco, o Maneco Dionísio, que intercedeu no governo do estado para que a Estrada de Ferro Sorocabana, um marco do progresso local, passasse na antiga Rio Novo, o que não aconteceria segundo o projeto original.
Avaré (ou Abaré) vem do tupi-guarani abaré-y, nome dado pelo intendente ("prefeito") da época, coronel Eduardo Lopes de Oliveira, ao município, nome este que é de um morro arredondado (morro Avaré) que existe ao sul do município de Itatinga e que fica na então sua propriedade "Fazenda Avaré". Provavelmente Avaré queira apenas dizer "solitário", pois o tal morro está isolado de outros. A solicitação da troca do nome de "Rio Novo" para "Avaré" foi feita pelo coronel Eduardo ao então presidente do estado de São Paulo Américo Brasiliense de Almeida Melo, quando, então, o município ganhou autonomia política.
Hidrografia
A hidrografia de Avaré é constituída como segue: Rio Paranapanema; Rio Pardo; Rio Novo
Barragem de Jurumirim; Represa de Jurumirim; Usina Hidrelétrica do Rio Novo; Ribeirão do Lajeado - Atravessa a zona urbana e Rio Palmital (São Paulo)
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período entre 1931 e 1960 e a partir de 1968, a menor temperatura registrada em Avaré foi de −2 °C em 1942, nos dias 20 de junho e 12 de julho, e novamente em 5 de julho de 1953. A máxima histórica é de 40,5 °C em 9 de outubro de 1944. O recorde de precipitação em 24 horas é de 135,4 milímetros (mm) em 29 de dezembro de 1955 e 25 de maio de 2005.
Turismo
O turismo é um ponto forte do município, que hoje é uma estância turística. "Terra da Água, do Verde e do Sol", Avaré é um convite à beleza e à paz de sua represa.
Todo ano acontecem eventos tradicionais como a EMAPA (Exposição Municipal Agropecuária de Avaré), mostra que reúne criadores e pecuaristas de várias partes do País, o que levou o município a ser conhecido como "Capital Nacional do Cavalo" e a FAMPOP (Feira Avareense de Música Popular Brasileira), que tem como objetivo despertar a nova geração de músicos, compositores e intérpretes da música brasileira.
O Horto Florestal (Floresta Estadual de Avaré), criado em 1945 pelo governo do estado, é um roteiro turístico obrigatório.
Economia
A economia gira em torno da agricultura, pecuária, serviços e do turismo explorado às margens da Represa de Jurumirim. Na agricultura foi considerado nos anos 30 como a capital nacional do algodão. Até a grande geada de 1975 foi grande produtor de café. A pecuária é muito desenvolvida, a partir do ano de 2006 é visível o desenvolvimento das plantações de cítricos e de cana-de-açúcar pela instalação de uma usina de açúcar e álcool.
Educação
Possui 4 instituições de ensino superior instaladas, sofrendo migração de estudantes da região. Ainda oferece ensino técnico gratuito em duas instituições publicas (federal e estadual)
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 22 de junho de 2021

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS

Patrocínio é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população recenseada em 2018 foi estimada em 90.041 habitantes. É o principal município da microrregião de Patrocínio, que pertence à mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
História
As origens da região começam com os bandeirantes, exploradores paulistas durante o período colonial, em que passaram por seu caminho para a Capitania de Goiás à procura de ouro e escravos. Em 1771 o Conde de Valadares, Capitão General de Minas Gerais, pediu para Inácio de Oliveira Campos fazer explorações e escavações na região. Em 1773, no vale do Rio Dourados, ele iniciou uma fazenda chamada Brumado dos Pavões. Este pequeno assentamento tornou-se parte da Capitania de Goiás, e o nome foi alterado para o Salitre. Em 1793 apareceram os primeiros habitantes e em 1800 foi construída a primeira capela. No momento da liquidação foi apenas um "Arraial", uma aldeia, e foi chamado Senhora do Patrocínio. Em 1819, tinha cerca de 40 casas feitas de barro e madeira coberta com telhas e sem qualquer argamassa. Em 1839 foi criada a freguesia e foi nomeado o primeiro pároco. Em 1840, Nossa Senhora do Patrocínio foi declarado um município separado de Araxá. Em 1858 parte do município foi desmembrado para criar Estrela do Sul . Em 1868 ocorreu outro desmembramento, criando Patos de Minas.
Topônimo
O nome da cidade é, supostamente, devido a um proprietário muito rico, que, segundo a lenda, vendo a sua única filha gravemente doente, pediu a proteção da Virgem Maria, prometendo a construção de uma capela se a menina fosse curada. Quando isso ocorreu, ele havia construído uma igreja, lhe sendo atribuído o nome de Nossa Senhora do Patrocínio.
Serras de Patrocínio
A leste de Patrocínio ocorre uma grande região elevada denominada de Serra Negra, que localmente também é conhecida como Chapadão de Ferro. A Serra Negra tem origem pela atividade vulcânica que gerou uma intrusão de rochas vulcânicas com mais de 10 km de extensão há aproximadamente 90 milhões de anos atrás.
A mesma atividade vulcânica também foi responsável por gerar as serras de Salitre 1, 2 e 3.
Geografia
Patrocínio é um município que compõe a região do Alto Paranaíba, da mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Sua localização geográfica é de latitude 18º56'38 S; longitude: 46°59'34 W. Sua extensão territorial é de 2.866,559 km². A sua altitude varia muito, com máxima de 1.258 metros, no Morro das Pedras, e mínima de 750 metros, na Foz do Córrego dos Cocais, com uma média de 972 metros acima do mar. Seus municípios vizinhos são: Monte Carmelo, Coromandel, Perdizes, Serra do Salitre, Guimarânia,Cruzeiro da Fortaleza e Iraí de Minas.
Hidrografia
Sua rede hidrográfica é bastante densa e pertence a bacia do Rio Paranaíba. Seus principais rios são: Quebranzol, Dourados, Perdizes, Espírito Santo, Santo Antônio. Há também diversos ribeirões, são eles: Córrego do Ouro, Pirapitinga, Pavões. Há também belíssimas cachoeiras; são elas: Cachoeira dos Borges, Cachoeira dos Lemos, entre outras. Patrocínio e banhada ainda por inúmeros córregos e riachos que permite a população a irrigação de lavouras, lazer e piscicultura. O município tem a maior área de terras inundadas pela represa hidrelétrica de Nova Ponte: 135,44 km3. A 18 km da cidade, no distrito de São João da Serra Negra, está localizada a Estância Hidromineral de Serra Negra, que é conhecida internacionalmente pela sua água de excelente qualidade e sua lama sulfurosa. Nas proximidades da estância está localizada a Lagoa do Chapadão.
Vegetação
A vegetação predominante da cidade é o cerrado, uma paisagem caracterizada por formações extensas savanas e florestas atravessadas por galeria fluxo vales. Tradicionalmente esta região foi utilizada para a pecuária, mas nos últimos anos, o crescimento da soja causou a perda da maior parte das árvores. Precipitação é abundante, entre 1.100 e 1.600 milímetros por ano, embora esta chuva esteja concentrada em um período de seis a sete meses entre outubro e abril.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1974 a 1994, a menor temperatura registrada em Patrocínio foi de 0,2 °C em 21 de julho de 1981, e a maior atingiu 35,4 °C em 18 de outubro de 1986. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 153,5 mm em 17 de dezembro de 1978. Outros grandes acumulados foram 129,2 mm em 13 de novembro de 1976 e 110,4 mm em 5 de março de 1988.
Turismo
Apesar de Patrocínio oferecer uma vasta variedade de opções turísticas (fazendas antigas, cachoeiras, Espaço Cultural, kartódromo, as trilhas para motocross, locais próprios para esportes radicais, entre outros) não existe uma estrutura organizada para que se possa explorar essas potencialidades. Há também belíssimas praças, são elas: Matriz, Santa Luzia, Honorato Borges, entre outras. A infraestrutura hoteleira tem mais de 1.000 leitos distribuídos em 15 hotéis. Existe uma ferrovia que passa no meio da cidade que foi construída entre as décadas de 10 e 20. Há também, no alto da Serra do Cruzeiro, o ponto mais alto da cidade, onde está localizado o Cristo Redentor de Patrocínio, que foi inaugurado em outubro de 1994 em uma cerimônia religiosa celebrada pelo Padre Marcus Vinícius Maciel.
Cultura
Patrocínio conta com diversos lugares e celebrações que contam um pouco sobre a cultura da cidade, algumas são: Fundação Casa da Cultura de Patrocínio; Museu Professor Hugo Machado da Silveira; Pinacoteca; Fototeca; Corporação Musical “Abel Ferreira”; UNAPP ; Feira de Artesanato e Cultura de Patrocínio; Escola Municipal de Música “Dr. José Figueiredo”; Escola Estadual Dom Lustosa; Centro Universitário do Cerrado - Patrocínio (UNICERP); Instituto Federal de Educação Cência e Tecnológica do Triângulo Mineiro (IFTM) e Banda Marcial Maestro João de Souza (Fanfarra Dom Lustosa).
As manifestações culturais da cidade ficam por conta de Grupos Folclóricos, tais como Moçambique; Folias de Reis; Fanfarras e Companhia Máxima de Teatro.
A Casa da Cultura de Patrocínio promove e estimula as atividades culturais da cidade. É um lugar onde os artistas locais possam mostrar suas obras. As explorações composto de 243 pinturas de artistas nacionais e locais. Existe uma coleção de 843 fotos históricas do Patrocínio.
O Museu Professor Hugo Machado da Silveira detém os arquivos, documentos, espécimes de história natural, raras fotografias, vestuário, máquinas e ferramentas, utilizados em toda a história da cidade.
Há uma rica tradição das danças folclóricas chamado congadas. Estes grupos dança mostram uma forte influência afro-brasileira. As festividades são em homenagem a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito e Santa Luzia. A maior parte das comemorações são realizadas entre os meses de agosto e janeiro. Esta é uma das mais ricas tradições trazidas pelos escravos que viviam na região, no décimo sétimo e décimo oitavo séculos.
Economia
A região tem uma economia baseada na pecuária e agricultura, com gado leiteiro sendo a mais importante atividade juntamente com o café. É também o terceiro maior produtor de hogs no país.
Patrocínio tem um rebanho bovino levantadas principalmente para o leite. De acordo com o IBGE, existem cerca de 132.000 cabeças, distribuído entre 2.166 produtores, responsáveis pela produção de cerca de 130.000 litros por dia, que é enviado principalmente para Belo Horizonte, seu principal mercado. Uma parte do leite é transformado em queijo e doces tradicionais.
Em termos de suinocultura, existem 14 grandes produtores, com milhares de porcos e porcas. Estes grandes criações, juntamente com dezenas de pequenos produtores, levantar aproximadamente 5.399 animais, com uma produção média de 22 leitões por ano, com um total de mais de 125.000 cabeças. A produção é comercializada em Uberlândia e Belo Horizonte.
O café abrange uma área plantada de 37 mil hectares, sendo 31.300 em produção, segundo estimativas do IBGE . Conforme dados do levantamento final de previsão de safras 2003/2004 (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), aprovado pelo Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias de Minas Gerais (GCEA-MG), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Patrocínio foi o maior produtor do Estado, colhendo 406.033 sacas de 60 kg , numa área de 26.452 hectares e produtividade de 15,35 sacas/ha*. A produção no município estende-se, ainda, ao cultivo de milho, soja, feijão, algodão, arroz, batata inglesa, banana, mandioca, cana-de-açúcar, frutas e hortifrutigranjeiros, que abastecem ao CEASA de Uberlândia e são exportados para São Paulo, Paraná, Manaus e Rio de Janeiro em sua maioria. Patrocínio é, também, a segunda bacia leiteira do Estado de Minas Gerais, concentrada a maior produção nos associados da Cooperativa Agropecuária de Patrocínio. Outra associação de sucesso é a Associação dos Suinocultores do Triângulo e Alto Paranaíba, que desenvolve o projeto “Merenda Forte”, que inclui carne suína na merenda escolar de mais de 6 cidades da região. Patrocínio foi pioneira no “Merenda Forte”. Destacamos ainda associações como Expocaccer e Acarpa.
Café
Patrocínio tornou-se uma das mais importantes regiões produtoras de café do Brasil. Cerca de 78% da economia está ligado ao café, com a atividade emprega mais de 30.000 pessoas.
A cultura do café teve início na década de 1970, quando fortes geadas dizimaram as grandes fazendas do Paraná e São Paulo. A região tem um clima ameno, boa distribuição da água, com um grande número de riachos, e uma precipitação anual considerado ideal para o café - cerca de 1.600 mililitros.
Educação
Faculdades
Pública federal - Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM)
Particulares - Centro Universitário do Cerrado - Patrocínio (UNICERP) e Faculdade de Patrocínio - FAP (IESP).
Esporte
A cidade conta com 2 clubes de futebol que participam do Campeonato Mineiro, como o Clube Atlético Patrocinense (campeão do Campeonato Mineiro Módulo II 2017) e a Sociedade Esportiva Patrocinense.
Patrocínio têm se destacado nos últimos anos no xadrez, onde várias escolas já aderiram o esporte como matéria escolar, com destaque nos Jogos Escolares de Minas Gerais e em etapas regionais e microrregional[carece de fontes].
A cidade conta com 7 poliesportivos, 5 estádios e 2 centros esportivos com campo de futebol oficial, além do Espaço Cultural Municipal Joaquim Constantino Neto, onde são praticadas corridas de bicicross, kart, entre outros esportes. As principais competições feitas na cidade são: jogos escolares, jogos interbairros, campeonato regional de futebol sub 15/17, enduros de motocross (Bandeirantes off roand de regularidade e velocidade e cross country), jogos escolares de Minas Gerais, corridas de kart (Kartódromo Felipe Massa) e diversos campeonatos de xadrez.
Fonte para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 18 de junho de 2021

SÃO ROQUE - SÃO PAULO

São Roque é um município brasileiro do interior do estado de São Paulo, situado na Região Metropolitana de Sorocaba, na Mesorregião Macro Metropolitana Paulista e na Microrregião de Sorocaba. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 92.060 habitantes, distribuídos em 307,55 km² de área, com 106 bairros. O município é formado pela sede e pelos distritos de Canguera, Mailasqui e São João Novo.
Estância turística
São Roque é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
O turismo “bate volta” é muito importante na cidade. Pessoas de toda a região no raio aproximado de 100 km visitam a cidade semanalmente onde usufruem de belos passeios, restaurantes variados e dos vinhos, licores, destilados, alcachofra e doces produzidos na cidade.
História
Fundada na segunda metade do século XVII pelo bandeirante Pedro Vaz de Barros - mais conhecido como Vaz-Guaçu - a cidade surgiu de uma enorme fazenda e uma capela por ele erigida no local. A capela - então localizada onde hoje é a Praça da Matriz - foi levantada em devoção a São Roque. A fazenda tinha por objeto o cultivo de vinhedos e de trigais, utilizando-se mão-de-obra indígena e mais tarde, de escravos africanos. Pouco depois da criação dessa fazenda, o irmão de Pedro Vaz - Fernão Paes de Barros, também veio a se instalar em São Roque, nos mesmos moldes que seu irmão, fundando uma fazenda e uma capela, contudo em louvor a Santo Antônio.
A capela original a São Roque, bem como as igrejas barrocas que a sucederam no Largo da Matriz foram derrubadas e sucessivamente "modernizadas", assim como todo o entorno paisagístico do Largo da Matriz. Ao que consta, até a década de 1940, o Largo da Matriz era formado por um conjunto arquitetônico barroco, tendo a sua volta casarões.
Antes de ter sido elevado à condição de vila em 1832, o povoado foi declarado freguesia de Santana de Parnaíba, no ano de 1764. Em 1864, é elevado à categoria de município. Entre 1872 e 1875, é inaugurada a Santa Casa de Misericórdia e a estação da Estrada de Ferro Sorocabana. No final do século XIX, tem sua economia impulsionada pela chegada de imigrantes italianos.
Em 8 de abril de 1834, é criado o 1º Cartório de Protesto de Notas e Títulos. O fórum judicial é criado em 15.04.1873, com a instalação de dois ofícios judiciais. Um ano depois, é criado o 1º Cartório de Registro de Imóveis. Em 01.01.1889, é instalado o Primeiro Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais. Em 1893, é instalado o 2º Cartório de Protesto de Notas e Títulos.
Ao que consta, essas melhorias foram levadas a cabo em função da influência político do Sr. Antônio Joaquim da Rosa, o Barão de Piratininga, importante personalidade são-roquense, e ao que consta, amigo pessoal do Imperador D. Pedro II. O Barão de Piratininga chegou, inclusive, a ser nomeado presidente da província de São Paulo no ano de 1869.
Em 1890, o industrial italiano Enrico Dell'Acqua funda a BRASITAL, uma das primeiras indústrias têxteis do Brasil, a qual funcionou até meados dos anos 1970. Hoje, faz parte do patrimônio público municipal, abrigando um centro cultural e educativo, bem como a biblioteca municipal.
A primeira tipografia da cidade é criada pelos irmãos Boccato, que passam a editar um semanário chamado "O Democrata". O jornal foi fundado em 1 de maio de 1917. O primeiro ginásio da cidade, a escola "Horácio Manley Lane" foi fundada em 1947.
Geografia
Topografia
O município de São Roque localiza-se numa região de morfologia bastante acidentada, atingindo 1200 metros de altitude em alguns locais, e caindo para 600 metros em outros. Pontos destacados de maior altitude podem ser citados, como:
- Alto da Serra: Estrada da Aeronáutica: 1.100 metros de altitude;
- Morro do Saboó: cerca de 1.000 metros de altitude (visível de áreas de municípios vizinhos);
- Morro do Sky Mountain Park: cerca de 1.200 metros de altitude.
Clima
O clima de São Roque é o subtropical Cwa, segundo a classificação climática de Köppen, com média no mês mais quente, fevereiro, de 30 °C e média no mês mais frio, julho, de 15,5 °C e a média de precipitação anual é de 1352mm, geadas ocorrem em praticamente todos os invernos.
Hidrografia
A hidrografia de São Roque é composta pelo Rio Aracaí, Rio Carambeí e Rio Guaçu.
Turismo
São Roque é conhecida como a Terra do Vinho, pois possui em seu território diversas vinícolas, que produzem os mais variados tipos de vinho. Pode-se fazer gratuitamente o famoso Roteiro do Vinho, com degustação dos vinhos e produtos da região. Anualmente, no mês de outubro, a cidade promove a "Expo São Roque", exposição que reúne produtores de vinhos, uvas e alcachofras, com o objetivo de vender os seus produtos diretamente para o consumidor final.
Digna de ser visitada é a reserva ecológica conhecida localmente como "Mata da Câmara", um parque municipal no qual se pode admirar a vegetação natural da Mata Atlântica, com suas típicas orquídeas, bromélias, etc. A área faz parte do chamado "cinturão verde da Mata Atlântica", reconhecido como patrimônio natural da humanidade pela UNESCO.
São Roque também abriga a "Casa e a Capela do Sítio Santo Antonio", um bem cultural de relevância nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional IPHAN no ano de 1941. A casa-grande foi edificada no século XVII, no ano de 1681, pelo bandeirante Fernão Paes de Barros. Trata-se de conjunto arquitetônico de natureza singular, formado por uma casa-grande e uma capela feitas em taipas de pilão, sendo a mais antiga da região. Um dos primeiros a reconhecer seu valor arquitetônico e histórico foi o escritor modernista Mário de Andrade- cuja família doou o imóvel ao Patrimônio Histórico Nacional após sua morte, conforme desejo do escritor.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 15 de junho de 2021

FRANCISCO BELTRÃO - PARANÁ

Francisco Beltrão é um município brasileiro localizado no sudoeste do estado do Paraná. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2019, era de 91.093 habitantes.
História
A princípio a região onde hoje encontra-se a cidade era mata virgem, cerrada e formada principalmente por Pinheiros-do-paraná (Araucaria angustifolia). Os primeiros registros de habitantes datam de 1922, todavia somente nos anos 1940 intensificou-se o processo de povoamento efetivo. Os primeiros habitantes foram gaúchos e catarinenses, principalmente descendentes de imigrantes alemães e italianos, fato que reflete até hoje na cultura da cidade.
Em 1943, foi instalada na margem norte do Rio Marrecas a CANGO (Colônia Agrícola Nacional General Osório), com a função de organizar a distribuição de terras entre os colonos recém-chegados.
A CANGO situava-se onde hoje encontra-se o exército, no lado oposto do rio a onde situa-se hoje a parte central da cidade. À época a ligação entre as duas partes era feita por uma ponte de madeira coberta por tabuinhas, onde hoje existe uma ponte de concreto que liga as avenidas Júlio Assis Cavalheiro (em homenagem ao pioneiro que loteou a parte central da cidade), e a avenida Cristo Rei.
A CANGO era a principal instituição de Francisco Beltrão. Quase toda a renda do povoado, chamado à época de Vila Marrecas, provinha dela. Sua ação fomentadora foi tanta que logo a vila atingiu um desenvolvimento razoável a ponto de tornar-se cidade.
Em 1948 foi instalado na cidade, junto a sede da CANGO, o exército. Devido a proximidade da cidade com a fronteira Argentina, a necessidade de garantir o território motivou a instalação dessa instituição. Algo similar ao que ocorre hoje com as bases brasileiras próximo as fronteiras da Amazônia.
Logo uma estrada foi aberta ligando a vila a outra localidade, a Vila Ampére, essa estrada era denominada Estrada do Picadão.
O rápido progresso demandou a instalação de um município, fato consolidado em 14 de novembro de 1951, quando desmembrou-se de Clevelândia a área que hoje pertence a Beltrão. O nome da cidade foi escolhido em homenagem ao engenheiro Francisco Beltrão, uma das primeiras pessoas a passar pela cidade. A instalação oficial deu-se em 14 de dezembro de 1952, sendo esta data atualmente feriado comemorativo da criação da cidade.
A distribuição das terras criou logo um conflito entre os colonos que moravam nas terras mas não possuíam escritura e Companhias de Terras que alegavam ser as proprietárias legais. Esse conflito eclodiu no dia 10 de outubro de 1957 e ficou conhecido como A revolta dos posseiros. Neste dia centenas de colonos tomaram a sede da CITLA, e expulsaram a companhia da cidade. Foi um marco na história do município este movimento.
Economia
A economia beltronense é a segunda maior na mesorregião, com um PIB de R$2.621.480.000,00, o que perfaz um PIB per capita de R$30.306,48. Por ser o maior município da região, a cidade acaba concentrando a maior parte dos serviços e do comércio da região. As atividades econômicas que mais geram empregos são a indústria de produtos alimentícios, a indústria têxtil, o comércio varejista e a administração pública. Entre os anos de 2000 e 2007 o PIB do município apresenta uma expansão real de 43,62%, ou uma expansão geométrica anual de 5,30%, acima da média do estado e do país, no mesmo período.
Setor primário
A extensa área territorial e o latossolo roxo de excelente qualidade contribuem para que a agricultura e a pecuária tenham expressiva importância na formação do PIB municipal. Todavia o relevo é algo acidentado em boa parte do território, impedindo um melhor aproveitamento do potencial agrícola. Na agricultura as duas principais culturas são a soja e o milho. 
No município também são cultivados comercialmente aveia, batata-doce, cana-de-açúcar, feijão, fumo, mandioca, trigo e uva. 
Na pecuária as principais atividades são a bovinocultura, a suinocultura, a avicultura, a produção de leite, de mel e de ovos de galinha e codorna. A avicultura ocupa lugar de destaque na composição do PIB do setor primário, devido a existência de uma unidade industrial da Sadia, que absorve uma expressiva parcela da População Economicamente Ativa municipal (cerca de 8%) e ainda mantém cerca de 800 aviários em toda a região, sendo de grande importância para o município.
Na indústria extrativista a produção mineral se concentra basicamente em dois tipos de produtos, argila e pedra-brita (basalto).
Setor secundário
No setor secundário destacam-se o polo de confecções de vestuário, com mais de 100 empresas do ramo na mesorregião, o setor moveleiro concentrando um pequeno polo do ramo, o setor de metal-leve (produtos de alumínio e outras chapas leves), além do setor da agroindústria que conta com grandes empresas como a Sadia e a Perdigão. Existem atualmente 4 distritos industriais delimitados (Romano Zanchet, Ulderico Sabbadin, CONAB, e São Miguel).
Setor terciário
O setor terciário tem grande importância não só em nível municipal, mas também em nível regional, sendo que na cidade de Francisco Beltrão está instalado boa parte da área de segurança publica da região, com a concentração regional de serviços médico-hospitalares (Policlínica São Vicente de Paula, Hospital Regional, Hospital São Francisco, Centro de Oncologia, diversas clínicas e laboratórios), serviços automotivos (peças e concessionárias), além de um comércio varejista diversificado e diversos órgãos governamentais.
Clima
O clima predominante de Francisco Beltrão na Classificação de Köppen é Cfa (temperado, com invernos amenos cuja temperatura é superior a -3 °C e inferior a 18 °C e verões quentes com temperatura superior a 22 °C). Entretanto no extremo oeste do município, nas áreas acima de 850 m de altitude ocorre a classificação climática Cfb. Em termos quantitativos, podem ocorrer em dias de condições atmosféricas semelhantes, gradientes de até 5 °C entre as baixadas no nordeste do município (450 m de altitude) e as terras altas da Serra no oeste (até 950 m).
Graças à distância de cerca de 400 km do oceano, a amplitude térmica anual é de 9 °C, sendo uma das maiores do estado. Com isso os invernos tendem a ser mais frios e os verões mais quentes que regiões com latitude e altitude semelhantes, porém localizadas em lugares mais próximos ao mar.
A parte urbana da cidade sofre pouca ação dos ventos, pois está localizada em uma espécie de "bacia", sendo totalmente cercada por morros com altitudes de cerca de 100 m superiores ao da área central. Deste modo o vento costuma ser de fraca intensidade, e ventos fortes só são registrados durante tempestades.
O verão é muito quente e chuvoso, muitas vezes a temperatura passa dos 30 °C, raramente passando de 35 °C. Todavia já foram registados até 38,3 °C em Novembro de 1985, recorde máximo para a cidade desde 1974. No verão são comuns as chuvas de fim de tarde, quando a umidade associada ao calor gera nuvens pesadas com chuvas de curta duração.
O inverno apresenta-se como uma estação um pouco mais seca que o verão, chovendo apenas com a passagem de frentes frias. Junto com a chuva vem geralmente o frio, que pode chegar a até -5 °C, conforme registrado em Julho de 1975, ano inclusive em que foi registrada a última queda de neve na cidade (no dia 20 de Julho). De modo geral pode-se dizer que nesta época os dias são amenos, sendo relativamente frio no início da manhã e depois que o sol se põe.
As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano com maior incidência na Primavera e Outono e a menor durante o inverno (em volume). Já considerando-se os dias chuvosos, observa-se uma média de 11 a 14 dias chuvosos por mês entre os meses de Setembro até Março e de 8 a 10 dias entre Abril até Agosto. A precipitação anual é superior a 2 mil milímetros, mas costuma variar bastante, principalmente devido a eventos como o El Niño.
Geologia
O município encontra-se sobre um derrame basáltico antigo, no Terceiro Planalto do Paraná, ou Planalto de Guarapuava. A composição do solo é basicamente Latossolo Distrófico Roxo de textura argilosa.
Relevo
O relevo do município é bastante variável, indo de áreas praticamente planas, principalmente ao leste e ao centro, até áreas com acentuados declives, principalmente ao oeste, próximo a divisa com o município de Manfrinópolis, na chamada Serra do Jacutinga. A altitude varia entre 450 m nas partes planas ao nordeste, até 950 m nas partes altas da serra. Na área urbana a altitude predominante gira ao redor de 560 m, sendo nas partes mais baixas de 530 m e nas partes mais altas, até 670 m.
Hidrografia
O município é servido por duas bacias hidrográficas distintas. A maior, em área, e mais importante é a do Rio Marrecas, que serve como fonte primária de captação de água para a parte urbana. Este Rio corre de Oeste para leste, corta a cidade ao meio, onde sua largura é aproximadamente 20 metros com profundidade inferior a um metro, e que deságua no Rio Chopim, que por sua vez deságua no Rio Iguaçu. Já na parte Oeste do município, a bacia hidrográfica é a do Rio Jaracatiá, que desagua diretamente no Rio Iguaçu, próximo ao município de Nova Prata do Iguaçu.
A captação de água é realizada pela Sanepar, no Rio Marrecas, pouco antes deste entrar na área urbana da cidade. O tratamento é realizado no Morro da Sanepar, que fica a 640 m de altitude, cerca de 70 metros acima da maior parte da área urbana, facilitando assim a distribuição.
Educação
Ensino Superior
Francisco Beltrão conta com algumas Instituições de Ensino Superior: UNIOESTE, UTFPR, UNIPAR, UNISEP, CESUL, Uninter, Facinter e Unopar. O setor teve forte crescimento, saindo de nenhum aluno no começo de 2001, para o número atual, com 3.374 matrículas. Por outro lado o setor público vem perdendo participação já há longo tempo. Ao fim de 2013, a Unioeste possuía 944 matrículas, quase 500 matrículas abaixo do seu pico de 1.440 alunos em 2005. A federal UTFPR, que foi estabelecida em 2007, possuía ao fim de 2012, 385 matrículas ativas, não obstante seja uma universidade ainda com vários cursos com turmas nos anos iniciais.
No começo de 2010 o município fez forte lobby político junto ao governo estadual para angariar o curso de Medicina para o campus local da UNIOESTE. O curso foi instalado e a primeira turma iniciou as aulas em 2013. Francisco Beltrão tornou-se assim, a sexta cidade do Paraná a contar com a graduação.
Turismo
Dentre os atrativos turísticos e de lazer da cidade, os principais pontos são:
- Cristo Redentor: estátua erguida no Morro do Calvário, é um ponto de peregrinação religiosa na época da Páscoa, a partir do alto da estátua tem-se visão panorâmica do centro de vários bairros da cidade.
- Torre da Concatedral: torre na praça central da cidade, com 100 metros de altura, possui um deck a 78 metros de altura que possibilita a visualização de grande parte da cidade.
- Museu do Colonizador: localizado no Parque de Exposições Jaime Canet Júnior, abriga vasto acervo fotográfico e de utensílios utilizados na época do início da colonização do sudoeste do Paraná. O prédio que abriga o museu foi uma das primeiras casas da cidade.
- Parque Alvorada: localizado na parte oeste do município, é atualmente o parque mais visitado da região, possui um lago no centro, uma ATI e o restaurante Voga Bistro.
- Parque de Exposições: instalado no sudoeste da cidade o Parque de Exposições Jaime Canet Junior é uma imensa área verde que, assim como o Parque Alvorada, é muito frequentado pelos moradores da região para caminhadas. Além disso conta com pista de Kart, Centro de Convenções, diversos barracões para feiras e eventos, além de palco para shows e casa para leilões. É utilizado bienalmente nos meses de Março para a realização da EXPOBEL. As atrações da Expobel são os diversos stands de empresas da região que expõe seus produtos e ofertam seus serviços. Todas as noites ocorrem shows e nos finais de semana inclusive com artistas de grande renome. Na 24° edição realizada em março de 2010 a feira atingiu o público de 263 mil visitantes.
Cultura
Museus
O município conta com o Museu do Colonizador, localizado no Parque de Exposições Jaime Canet Jr. No local estão expostos artefatos e fotografias do período de colonização do município, datados da época das décadas de 1940 até 1960.
Esporte
O esporte desempenha importante papel na cultura do município, que conta com diversas associações desportivas que disputam anualmente torneios estaduais. No futebol, a cidade conta com o Francisco Beltrão Futebol Clube e o Clube Esportivo União, que participam do Campeonato Paranaense de Futebol e no passado, também participou o Real Esportivo e Recreativo Beltronense. O estádio onde ocorrem jogos de futebol, profissional é o Anilado.
No futsal a cidade é representada pelo Marreco Futsal, que disputa a Série Ouro do Paranaense de Futsal e a Liga Nacional de Futsal, a principal competição do salonismo brasileiro, manda seus jogos no Ginásio Arrudão, com capacidade para cerca de 4500 pessoas.
No automobilismo, a cidade conta com um representante na Fórmula Truck, o beltronense Wellington Cirino.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 11 de junho de 2021

SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SÃO PAULO

São João da Boa Vista é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se na região Centro-Leste do estado a uma latitude 21º58'09" sul e a uma longitude 46º47'53" oeste, estando a uma altitude de 767 metros. Segundo a estimativa do IBGE de 2017, São João da Boa Vista tinha uma população de 90.089 habitantes e seu IDH é de 0,797, considerado o 28º melhor do estado de São Paulo.
História
As origens de São João da Boa Vista apresentam pontos controversos que jamais serão perfeitamente esclarecidos. Não há documentação fidedigna que traga prova irrefutável de como se deu sua fundação.
Aceita-se, no entanto, como fato comprovado que as terras que formam hoje o município pertenciam a Mogi Mirim e foram ocupadas por Antônio Manuel de Oliveira (vulgo Antônio Machado), que, juntamente com seus cunhados Ignácio e Francisco, chegou às margens do Rio Jaguari-Mirim, vindos de Itajubá no ano de 1821.
Antônio Machado doou o terreno para o patrimônio da futura população e, desde quando fora erguida a capela sob o patrocínio do monsenhor João José Vieira Ramalho, vinha o eclesiástico a ela, de sua Fazenda Pinheiros, a fim de celebrar missa aos domingos e, possivelmente, celebrar batismos e matrimônios. Nessas viagens, monsenhor tomou-se de amores pelo povoado incipiente, acabando por mudar-se para lá, adquirindo propriedades rurais e casas na parte povoada. Padre Ramalho deve ter sido um interessante tipo de pioneiro, destemido e que sabia batalhar pelas suas opiniões políticas. Sabe-se que tomou parte da revolução de 1842. Ainda hoje existem na Estação da Prata os córregos do Quartel e do Polvarinho, assim como a Serra do Paiol, que devem ser remanescentes dos nomes dados a pontos estratégicos utilizados nas empreitadas bélicas do ativo sacerdote.
O nome da cidade deriva do fato seguinte: os Machado chegaram aqui em vésperas de São João e resolveram dar o nome do santo festejado ao pouso onde se instalaram. Quanto ao resto do nome da cidade (da Boa Vista), explica-se pelas paisagens encantadoras que se descortinam das serras e da maravilhosa mutação de cores que apresentam aos que a admiram da cidade.
Em 28 de fevereiro de 1838, o pequeno povoado foi elevado à freguesia e, em 24 de março de 1859, lei provincial elevou a freguesia a vila. Existe ainda nos arquivos da Prefeitura a ata da instalação da nova vila, em cerimônia realizada em 7 de setembro de 1859.
O verdadeiro patrono do município foi Monsenhor João José Vieira Ramalho, pois sem seu interesse e sua proteção não se desenvolveria o pequenino burgo; o povo queria ser assistido por padre e sentia a necessidade de uma capelinha para a celebração da missa dominical e dos sacramentos. Padre Ramalho incentivou o aumento de população propiciando aos moradores aquilo que mais desejavam; estabelecendo-se depois aqui, deu ao município o impulso necessário para progredir.
Com os trilhos da Mogiana, chegou mais tarde um novo estímulo para o progresso pois facilitavam o intercâmbio econômico e cultural com cidades mais adiantadas e com a capital da então Província de São Paulo.
O município compreendia a própria sede e as vilas de Aguaí (então Cascavel), Vargem Grande e Prata que com o decorrer do tempo foram conseguindo sua autonomia, erigindo-se em cidades progressistas dignos rebentos de sua laboriosa cidade-mãe.
Surgiu então a primeira escola municipal, sendo primeiros professores registrados o casal Sandeville; a Prefeitura recebeu de Joaquim José de Oliveira, um prédio onde pudesse funcionar e a cidade foi crescendo devagar, espalhando-se pelos terrenos que margeiam o Jaguari, o rio da Prata e o córrego São João. As casas foram surgindo em depressões e colinas formando com os anos um aglomerado bastante denso.
Patrocinada por um sacerdote, como a cidade de São Paulo, São João da Boa Vista constituiu uma população extremamente religiosa. Em 1848 foi construída a primeira Igreja Matriz. Em 1890 foi construída a nova igreja e em 1912 foi ampliada, e quase toda reconstruída; a torre foi aumentada, foram edificadas duas capelas laterais e foi instalado o altar-mor, todo de mármore importado da Itália. O atual pároco, Cônego Antônio David, no início de suas funções realizou grande reforma no templo, pondo em ação os planos de seu antecessor, Monsenhor Vinhetas.
Geografia
Aspectos Físicos e Geográficos
São João da Boa Vista está na região cristalina da Serra da Mantiqueira (Região geomorfológica de Lindoia e Serra Negra) e próximas à linha de contato com a região sedimentar (Depressão Periférica), que estão a oeste do município, em direção a Aguaí.
As terras do município se encontram na Média Mogiana, fazendo parte da 5ª Região Administrativa do Estado e ainda é sede da microrregião de São João da Boa Vista. O clima e o tipo de solo propiciam ao município a predominância das culturas agrícolas e pecuárias.
Topografia
A cidade ocupa as primeiras colinas dessa área, que, se elevam, gradativamente, até o rebordo do também chamado de planalto de Poços de Caldas.
As colinas da parte urbana possuem altitudes de 730 metros, em média, e tendo como ponto mais alto o Morro do Mirante, com 1.663 metros. Este sítio urbano, acidentado, explica a irregular malha urbana de São João da Boa Vista: algumas ruas, em ladeiras, não retilíneas, sem saídas ou praças parcialmente fechadas (Joaquim José). Tudo isto oferece ao habitante paisagens belíssimas, mesmo estando em meio aos edifícios. Para leste, pode se ver a belíssima serra, os horizontes são mais amplos e abertos, possibilitando assistir ao colorido “pôr do sol”, nos meses de abril a maio. A cidade faz jus ao “slogan” – “Cidade dos Crepúsculos Maravilhosos”.
Clima
O clima é tropical quente. Os invernos não são rigorosos. Os dias são quentes, no verão, mas a brisa agradável das noites refresca as madrugadas. Junto às serras, que funcionam como barreiras interceptoras das massas de ar, que participam da formação do clima do Estado de São Paulo, há descarregamento maior da umidade, em forma de chuvas orográficas. Muitas vezes fortes e copiosas. A pluviosidade está em 1.140 mm anuais e as chuvas se concentram nos meses mais quentes, a partir de outubro. Não há no município um posto meteorológico com funcionamento pleno. Os mais próximos são os de Casa Branca e de Mococa. Assim os dados sobre a temperatura do ar podem ser estimados aproximadamente em: média 28°C, máxima 34°C, mínima 5°C. Média no verão: 22°C e média no inverno: 18°C.
Hidrografia
Os principais rios que cortam o município são: Rio Jaguari-Mirim, Córrego São João e Rio da Prata.
O nome Jaguari-Mirim vem do tupi-guarani. Segundo o professor Doutor Plínio Airosa significa: Jaguari - "rio da onça ou rio do cão", Isto é, onde a onça (ou o cão) bebe água. Mirim - rio pequeno. Grande só o Guaçu. O rio Jaguari-Mirim é tão emblemático para São João da Boa Vista figurando, por isto, em sua bandeira. É o "listrão" de prata na parte inferior de sua flâmula atravessando-a por completo simbolizando que faz o rio em terras são-joanenses.
Economia
Comércio
São João da Boa Vista tem mais de 1.500 (um mil e quinhentos) estabelecimentos comerciais apoiados e fomentados por uma Associação Comercial e Empresarial atuante e de fundamental importância para o setor. A cidade cuida para que o comércio local se desenvolva sempre e mantenha-se na posição de centro regional de compras, firmando-se como uma importante atividade geradora de emprego e renda.
Agricultura
Na agricultura, São João da Boa Vista destaca-se pela produção de milho, café, feijão, e principalmente cana-de-açúcar. Na pecuária, o principal produto é o gado de corte. Nesta região pode se encontrar uma usina de açúcar e álcool, que atende também municípios vizinhos.
Indústria
A atual política de industrialização oferece uma série de benefícios visando atrair investimentos nos diversos setores produtivos, comerciais e de serviços. Entre os principais benefícios oferecidos por São João da Boa Vista destacam-se: a doação de área em distritos industriais com infraestrutura; isenção de tributos municipais; acompanhamento de todo o processo de transferência e instalação da Empresa no município quer nos aspectos de integração ao Grupo de Empresários local e regional, quer no relacionamento com as Instituições locais e finalmente na adaptação dos funcionários e familiares vindos com a Empresa à nova cidade.
No grupo que constitui as empresas locais, a de maior porte e capital, inclusive estrangeiro, é a usina de Álcool e Açúcar do município.
Cultura
São destaques na área da cultura:
- Teatro Municipal: inaugurado em 1914 sendo restaurado nas décadas de 1980 e 90 e transformado em Centro Cultural da Região. Tombado pelo CONDEPHAAT e CONDEPHIC (Conselho do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Município de São João da Boa Vista). Possui capacidade para cerca de 760 pessoas.
- Museu Histórico e Pedagógico Armando Salles Oliveira: construção de 1870, possui acervo histórico. Pertence à prefeitura.
- Museu de Arte Sacra da Diocese: possui um acervo rico em paramentos dos séculos XIX e XX, em tecidos bordados à ouro e prata. Imagens em madeira do século XVIII, objetos religiosos, pinturas e mobiliário da época.
- Academia de Letras de São João da Boa Vista: é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1971. Foi declarada de "Utilidade Pública" pela lei estadual 3.041/81 e pela lei municipal 112/75. Seu lema: "Os livros governam o mundo".
- Espaço Cultural Fernando Arrigucci.
- Centro Cultural Pagu: abriga a Biblioteca Municipal "Jaçanã Altair" com acervo completo de jornais, revistas, biblioteca infantil, sala de leitura de periódicos, gibiteca, mapoteca, grande quantidade de livros para pesquisa, leitura. Junto ao Centro Cultural também está a Casa do Artesão, onde vários artesãos da cidade expõe e vende seus mais variados trabalhos. O nome do Centro Cultural homenageia a escritora sanjoanense Patrícia Rehder Galvão (Pagú).
- Cine Ouro Branco: possui uma grande sala de cinema, com capacidade para 1.000 assentos.
- Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial (EAPIC ): mais tradicional festa de toda a região de São João da Boa Vista e atrai visitantes de vários estados do Brasil. O evento é conhecido como "a festa country mais completa do país", por reunir diversos eventos simultâneos, que vão de exposições agropecuárias a shows com os "tops" no cenário musical, do sertanejo ao pop-rock. Sua exposição agropecuária é reconhecida e muito respeitada em todo o Brasil, reunindo animais de todo o País e também do exterior, com julgamentos ranqueados por associações.
Dentro da programação, o público pode conferir diversas outras atrações além das tradicionais exposições de bovinos e equinos, como exposições de ovinos e caprinos (que tem por finalidade fomentar o desenvolvimento da cadeia produtiva da ovinocultura na região de São João da Boa Vista), prova de Charrete, prova de Hipismo Clássico e Marcha de Equinos e Muares.
O Rodeio é outro atrativo da EAPIC. As provas de montaria em touros e em cavalos fazem parte do Circuito Nacional de Rodeio, organizado pela CNAR – Confederação Nacional de Rodeio. O primeiro colocado em montarias em touros disputará a grande final do Circuito Barretos de Rodeio, em agosto.
O evento ocorre sempre na 2ª semana de julho, no Recinto de Exposições José Ruy de Lima Azevedo.
Em 2011, aconteceu a 38ª edição do evento, completando 73 anos, pois a sua primeira edição ocorreu em 1938 e voltou no final dos anos 1960 simultaneamente com a Exposição Regional de Animais e Produtos Derivados da Região Agrícola de Campinas.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 8 de junho de 2021

CARATINGA - MINAS GERAIS

Caratinga é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no Vale do Rio Doce e pertence ao colar metropolitano do Vale do Aço, estando situado a cerca de 310 km a leste da capital do estado. Ocupa uma área de 1.258,479 km², sendo que 15,9 km² estão em área urbana, e sua população em 2020 era de 92.603 habitantes.
Topônimo
Teria sido Domingos Lana que deu a denominação "Caratinga" às formações rochosas que cercam a atual cidade, devido à grande quantidade do cará, tubérculo comestível que também é conhecido como caratinga. É um termo originário do termo tupi aka'ratin'ga, que significa "cará branco". Seguindo o curso do rio Caratinga, a expedição seguiu rumo a Cuité, próximo a Conselheiro Pena.
História
Exploração e colonização da região
A área do atual município de Caratinga não reportou uma significativa colonização até meados do século XIX, exceto dos representantes dos índios bugres, da tribo dos aimorés. Ocasionalmente os botocudos adentravam o curso do rio Caratinga a partir de sua foz no rio Doce, à procura de alimentos ou forçados pelo tempo. O desbravamento teve início em expedições como a de Spinosa em 1553, rumando o rio São Francisco, e Sebastião Fernandes Tourinho, que teria adentrado o curso do rio Caratinga em 1573.
No início do século XVIII, ainda no período colonial, alguns sertanejos partindo da capitania do Espírito Santo se arriscaram a penetrar o interior atrás principalmente de ouro. Pode-se destacar Pedro Bueno Cacunda, que no ano de 1733, juntamente com companheiros subindo o rio Doce e seus afluentes acima, explorou a região onde fica grande parte do município de Caratinga entre os rios Itapeba (posteriormente denominado rio Cuiethé, e hoje conhecido por rio Caratinga) e rio Mayguassu (rio Manhuaçu), à procura principalmente de ouro em córregos e ribeirões. No final do século XVIII, foi aberta a Estrada do Degredo, que cruzava o atual território municipal, ligando a Estrada Real em Ouro Preto ao presídio de Cuité, atual Conselheiro Pena, como um atalho alternativo ao trajeto do rio Doce.
No século XIX, Domingos Fernandes Lana, natural de Araponga, esteve na região à procura da poaia, uma planta medicinal de considerável valor comercial. Acompanhado de amigos, serviçais, escravos e índios catequizados, chegou à localidade por volta de 1841, quando percorria o curso do rio Caratinga. 
As terras férteis e a passividade dos indígenas locais foram atrativos para que João Caetano do Nascimento, amigo de Domingos Fernandes Lana, viesse em busca da localidade com seus filhos mais velhos e os companheiros João da Cunha, João José e João Antonio de Oliveira, que também trouxeram familiares e serviçais. Após chegarem à localidade, comemoraram o dia de São João com uma grande fogueira em 23 de junho de 1848, dedicando as terras e a fundação da cidade em homenagem ao padroeiro. João Caetano posteriormente fixou-se na região conhecida atualmente como Serra da Jacutinga e tomou posse das terras na condição de grandes sesmarias. Deu início à derrubada da vegetação e à preparação das terras para cultivo de cereais, frutas e legumes, além da criação de pequenos animais e aves, incentivando parentes e amigos a darem procedimento à exploração e ao povoamento. Ainda em junho de 1848, houve a criação da paróquia, subordinada à comarca de Mariana.
Emancipação e configuração administrativa
O desenvolvimento da localidade ocorreu, inicialmente, de forma irregular. Em 1867, teve início a construção da Igreja São João, que ainda existe e é tombada como patrimônio cultural.
As terras férteis e o fato de ser o único núcleo urbano da margem direita do rio Caratinga mantiveram o incentivo ao crescimento populacional, atraindo levas de forasteiros que vinham de regiões a sul e desejavam alcançar o rio Doce. Dessa forma estabeleceu-se como importante centro regional, impulsionando a emancipação pelo decreto estadual nº 16, assinado pelo governador José Cesário de Faria Alvim em 6 de fevereiro de 1890, com a denominação de Caratinga.
A instalação do município ocorreu em 12 de maio de 1890 e confirmada pela lei estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891.
Consolidação urbana e história recente
O desenvolvimento da cultura do café foi impulsionado na década de 1950, com a instalação de um escritório do Instituto Brasileiro do Café, tornando o município um polo da cafeicultura. Em contrapartida, entre as décadas de 50 e 60 foi notável a migração da população caratinguense para as cidades do Vale do Aço em busca de oportunidades de desenvolvimento, tendo em vista a efervescência daquela região em função dos complexos industriais da Acesita (em Timóteo) e Usiminas (Ipatinga). Mesmo assim, expansões da zona urbana foram necessárias na década de 1970, sendo realizadas pelo então prefeito Moacyr de Mattos, em direção ao atual bairro Limoeiro, e na década de 1990, por Dário da Anunciação Grossi, em direção à unidade II do Centro Universitário de Caratinga. O crescimento urbano, no entanto, ocorre de forma desordenada e em direção aos morros e montanhas que cercam a cidade, com a presença de ocupações e cortes irregulares de terra e o surgimento de favelas.
Paralelamente à sede original da cidade, uma nova zona de desenvolvimento se estabeleceu em outro trecho do território municipal, próximo à divisa com Ipatinga. Com a diminuição da disponibilidade de áreas para expansão urbana nos municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço e o fácil acesso a esta por meio da BR-458, os investidores passaram a utilizar áreas do município de Caratinga para a criação de loteamentos e ocupações relativamente recentes. Com isso, no decorrer das décadas de 1980 e 1990, o município passou a ser englobado pelo aglomerado urbano do Vale do Aço, processo que também ocorreu com os municípios de Belo Oriente e Santana do Paraíso. Em janeiro de 2012, Caratinga foi oficialmente incorporada ao colar metropolitano do Vale do Aço, mediante a Lei Complementar 122.
Relevo e hidrografia
De forma geral, o relevo predominante na região do município é de mares de morros e montanhas, caracterizado por ondulações topográficas alternadas por formações rochosas pontuais e propensão a processos erosivos e de escorregamentos. A altitude máxima encontra-se a 1.516 metros acima do nível do mar, na Serra do Rio Preto.
O solo local apresenta predomínio de rochas de complexos graníticos e gnáissicos, intercaladas por minerais máficos, que possibilitam a ocorrência dos latossolos vermelho-amarelo com presença de óxido de ferro. Essa classe de solo é favorável à cafeicultura da região.
Clima
O clima caratinguense varia entre tropical mesotérmico brando semiúmido e tropical sub-quente semiúmido (tipo Aw segundo Köppen), apresentando clima quente semiúmido nas extremidades próximas ao rio Doce. A temperatura média compensada anual é de 22 °C e a pluviosidade média de 1.200 mm/ano, concentrados entre os meses de outubro e abril. A estação chuvosa compreende os meses mais quentes, enquanto que a estação seca abrange os meses mornos. Outono e primavera, por sua vez, são estações de transição. A passagem entre os períodos seco e chuvoso é marcada por tempestades, sobretudo entre o fim do inverno e a primavera.
As precipitações caem principalmente sob a forma de chuva e, esporadicamente, de granizo, provocando danos materiais tanto na cidade quanto na zona rural. As chuvas podem ainda vir acompanhadas de descargas elétricas e fortes rajadas de vento. De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ELAT/INPE) em 2018, o município apresenta uma densidade de descargas de 1,395 raio por km²/ano, estando na 642ª posição a nível estadual e na 4 241ª a nível nacional.
Ecologia e meio ambiente
A vegetação nativa do município pertence ao domínio florestal atlântico (Mata Atlântica), cujas reservas remanescentes ocupavam 11156 hectares em 2011, ou 8,9% da área total municipal. Boa parte da vegetação nativa, no entanto, foi suprimida para ceder espaço a pastagens e à agropecuária, que ainda representa uma pressão antrópica sobre as áreas de conservação da região. A monocultura de reflorestamento com eucalipto também é desenvolvida em alguns trechos do município, tendo como finalidade a produção de matéria-prima para a fábrica de celulose da Cenibra, localizada em Belo Oriente. Caratinga conta com duas áreas de proteção ambiental (APA), que são a APA Lagoas de Caratinga e a APA Pedra Itaúna. Boa parte da APA Lagoas de Caratinga, no entanto, é utilizada pela Cenibra para o cultivo do eucalipto, enquanto que a APA Pedra Itaúna, situada próxima ao perímetro urbano, apresenta-se degradada por incêndios ocasionais que atingem a unidade de conservação. O Parque Municipal de Caratinga é outra área destinada à preservação e conta com 402 hectares, mas também apresenta degradação.
O município possui duas reservas particulares do patrimônio natural (RPPN), que são a RPPN Estadual Lagoa Silvana e a RPPN Federal Feliciano Miguel Abdala. A primeira encontra-se na região da Lagoa Silvana, em área remanescente ao Parque Estadual do Rio Doce de propriedade da Usiminas, tendo sido criada em 2000 e oficializada em 2012. A Reserva Feliciano Miguel Abdala, por sua vez, foi criada em uma área comprada por Feliciano Miguel Abdala em 1942 e destinada por ele à preservação da fauna e flora local original, mas em especial do muriqui-do-norte (também conhecido como mono-carvoeiro), conhecido por ser um dos maiores primatas das Américas. Em 2015, restavam cerca de mil representantes da espécie no Brasil, sendo a maior concentração deles em Caratinga, onde eram encontrados 361 indivíduos. Com 957 hectares, dos quais 80% de matas conservadas, a reserva foi reconhecida como RPPN em 2001 e é utilizada para estudos de cientistas de diversos países, disponibilizando infraestrutura para estudos na Estação Biológica de Caratinga (EBC).
Os remanescentes conservados apresentam uma notável biodiversidade, podendo ser notados, além dos primatas, representantes de gato-do-mato-grande, gato-mourisco, quati, cutia, irara, preguiça-de-dedinhos, mão-pelada, furão, esquilo-brasileiro, capivara e veado-mateiro. Quanto às aves, são relativamente comuns o jacuguaçu e o macuco, além de diversas espécies de gaviões.
Economia
Agropecuária
Na lavoura temporária, são produzidos principalmente a cana-de-açúcar (11.500 toneladas produzidas e 230 hectares cultivados), o milho (4.575 toneladas produzidas e 1.530 hectares cultivados) e a mandioca (4.200 toneladas e 335 hectares), além do arroz, batata, feijão e tomate. Já na lavoura permanente, destacam-se o café (6.863 toneladas produzidas e 6.355 hectares cultivados), a laranja (3.690 toneladas produzidas e 205 hectares cultivados) e a banana (1.634 toneladas e 86 hectares), além do abacate, coco, látex, limão, maracujá e tangerina.
Caratinga é um importante produtor de café de montanha, apesar da atividade ter apresentado ligeiro declínio em função do aumento de gastos. No período da safra, que ocorre de abril a setembro, o comércio local registra um aumento no movimento. Também cabe ser ressaltada a importância dos hortifrutigranjeiros, cuja produção atinge em média 3 000 toneladas ao mês. A cidade possui uma Central de Abastecimento (CEASA), onde é comercializada a produção hortifrutigranjeira local e atende a cerca de 50 municípios da região, porém 51% do que é comercializado na CEASA de Caratinga é produzido no próprio município.
Indústria e prestação de serviços
A indústria, em 2018, era o segundo setor mais relevante para a economia do município. Dentre outros ramos, fazem-se presentes em Caratinga a indústria têxtil, manipulação de minerais não-metálicos, fabricação de produtos químicos, fabricação de artigos de borracha e plástico, fabricação de móveis e artefatos mobilísticos, a produção de alimentos e bebidas e a indústria metalmecânica. O município conta com um distrito industrial, que foi criado em 1996, inicialmente com 78 lotes e uma área de 120.144 km².
As áreas próximas da Região Metropolitana do Vale do Aço apresentaram investimentos em estabelecimentos industriais a partir da década de 1980, dados o esgotamento imobiliário da região metropolitana e o fácil acesso a esta por meio da BR-458.Também é relevante a extração de eucalipto destinado a abastecer a usina de celulose da Cenibra, situada em Belo Oriente. Em 2015, de acordo com o IBGE, foram extraídos 69.915 metros cúbicos de madeira em tora, sendo 98,6% desse total destinado à produção de papel e celulose.
O centro de Caratinga é um dos principais núcleos comerciais da cidade, sendo considerável a presença de micro e pequenas empresas com sede no próprio município e que contam com uma boa estrutura física. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caratinga contava com 458 associados em abril de 2016.
Educação
Existem campi de instituições de ensino superior privadas, a exemplo do Centro Universitário de Caratinga (UNEC) e das Faculdades Doctum de Caratinga, que atraem estudantes de cidades vizinhas.
Cultura
Em janeiro de 2018, estavam tombados como patrimônio cultural municipal os seguintes bens materiais: a antiga Estação Ferroviária de Caratinga; o Casarão do Deputado Agenor Ludgero Alves, conhecido como Casarão das Artes; a Igreja São João, primeira igreja paroquial; a Praça Cesário Alvim; a Catedral de São João Batista; o Palácio Episcopal; o Cine Brasil; a Escola Estadual Princesa Isabel; o Coreto Ronaldinho Calazans, na Praça Cesário Alvim; a Pedra Itaúna; o Fórum Desembargador Faria e Sousa, antigo fórum da Comarca de Caratinga; a Cachoeira Bom Será; e o Vitral das Carmelitas, no Instituto Hélio Amaral. Os bens imateriais tombados eram: a Banda Musical Santa Cecília e o Coral São João Batista.
Manifestações e espaços culturais
A cidade conta com equipes artísticas de manifestações culturais populares, dança e capoeira, cineclube, bandas musicais, coral e associação literária, de acordo com o IBGE em 2012. A Academia Caratinguense de Letras, criada em 18 de novembro de 1983, reúne os nomes que se destacam na área da cultura e letras do município. O chamado projeto Cineclube, por sua vez, envolve a exibição de filmes alternativos nas escolas ou em espaços públicos para a comunidade em geral tanto na cidade quanto nos distritos, por meio do chamado cinema itinerante, com apoio do governo municipal. Ocasionalmente atrações musicais, teatrais ou de dança são organizadas e custeadas pela prefeitura em festivais ou eventos de cunho cultural ou artístico.
A Festa da Folia de Reis, as festas juninas e as comemorações do aniversário da cidade, celebrado em junho com cerimônias cívicas, competições esportivas e espetáculos musicais, são outros exemplos de manifestações culturais populares que podem ser encontradas no município. Cabe ressaltar a existência passada do carnaval de Caratinga, que contou com desfiles de blocos carnavalescos e escolas de samba da cidade até sua extinção na década de 80. O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural caratinguense, sendo que, segundo o IBGE, as principais atividades artesanais desenvolvidas são o bordado e a manutenção da culinária típica.
Dentre os espaços culturais destinados à manutenção e à preservação das manifestações populares, destaca-se a existência de bibliotecas mantidas pelo poder público municipal, museus, estádios, ginásios poliesportivos, clubes, associações recreativas e arquivo público municipal, segundo o IBGE em 2012. A Casa Ziraldo de Cultura, inaugurada em novembro de 2009, constitui um acervo do cartunista Ziraldo, nascido na cidade, abrigando também exposições, apresentações artísticas e outras atividades culturais. O Instituto Hélio Amaral, instituição sem fins lucrativos fundada em 2004 e instituída como bem de utilidade pública em 2007, administra um museu que organiza exposições abertas à comunidade e ocasionalmente recebe parcerias da prefeitura, que promove visitas com as escolas da rede municipal. O Casarão das Artes, cuja edificação é datada de 1893, também é palco de exposições, atividades artísticas, culturais e acadêmicas, palestras e apresentações musicais e teatrais, abrigando um acervo do jornalista, dramaturgo, desenhista e escritor Millôr Fernandes.
Marcos e atrativos
Caratinga faz parte do Circuito Turístico Rota do Muriqui, que foi oficializado em 2009 pela Secretaria de Estado de Turismo com o objetivo de estimular o turismo nas cidades integrantes. Dentre os principais atrativos naturais cabe ressaltar a RPPN Feliciano Miguel Abdalla, que constitui um dos principais remanescentes de Mata Atlântica de Minas Gerais e abriga o muriqui-do-norte, conhecido por ser um dos maiores primatas das Américas. A reserva é utilizada para estudos de cientistas de diversos países, mas também é aberta para o ecoturismo. Fazendas e propriedades rurais, algumas de origem centenária, propiciam o turismo rural. O município conta com diversas cachoeiras propícias a banhos em seu território, além das lagoas, das quais se destacam da Silvana e do Piau. A Lagoa Silvana abrange uma área de recreação localizada próxima a Ipatinga, que oferece trilhas, praias, restaurantes e área de camping.
Próxima à zona urbana, está localizada a Pedra Itaúna, que concede valor paisagístico à cidade e é utilizada para a prática de esportes radicais. Outros marcos presentes no perímetro urbano são: a Praça Cesário Alvim, cujas obras tiveram início no século XIX e foram complementadas pela construção da Catedral de São João Batista, ao seu lado, por volta de 1930, e de seu coreto planejado por Oscar Niemeyer em 1980; o Santuário de Adoração Perpétua, utilizado para preces e adorações de fiéis Católicos; o Palácio Episcopal, que serve como residência dos Bispos da Diocese de Caratinga e foi inaugurado em 28 de abril de 1944; e a Escola Estadual Princesa Isabel, que foi fundada em 24 de agosto de 1909 e cujo prédio preserva suas características originais.
Esportes
Caratinga disponibiliza uma série de espaços e equipamentos destinados às práticas esportivas. A prefeitura investe na formação profissional de atletas concedendo subsídios em participações individuais e coletivas em torneios regionais de diversas modalidades esportivas, das quais cabem ser ressaltadas o atletismo de pista, ciclismo, jiu-jitsu, taekwondo e tiro esportivo, que tiveram atletas que conquistaram resultados expressivos em competições de âmbito nacional e mesmo internacional. Nas escolas do município são desenvolvidos os jogos estudantis, que são competições esportivas entre as instituições de ensino, e há grupos de prática de atividade física para a população idosa, além de hipertensos e diabéticos. A Pedra Itaúna, por sua vez, apresenta condições adequadas para saltos de voo livre.
Dentre os clubes de futebol, cabe ser ressaltado o Esporte Clube Caratinga, que foi fundado pelo ex-prefeito Euclides Etiene Arreguy em 1917 e prevalece como um dos mais tradicionais da cidade. Também há o América Futebol Clube, que foi oficializado em 1959 e em seu auge obteve êxito nos campeonatos amadores locais na década de 1980. O Estádio Doutor Euclides Etienne Arreguy, também chamado de Doutor Maninho, é considerado a "casa" do Esporte Clube Caratinga e possui capacidade de aproximadamente 7 mil pessoas.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 4 de junho de 2021

PONTA PORÃ - MATO GROSSO DO SUL

Ponta Porã é um município brasileiro do estado de Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste do país. Faz divisa com a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Constitui uma área conurbada internacional com a cidade Pedro Juan Caballero, capital do departamento de Amambay, no Paraguai. O símbolo da cidade é uma cuia de chimarrão e outra de tereré, que representa duas culturas que se tornam apenas uma.
Ponta Porã está distante 1.346 km de Brasília, a capital federal, e 324 km de Campo Grande, capital do estado, e ligada por meio de rodovias federais que dão acesso aos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. A população do município é de mais de 110 mil habitantes. A cidade que foi capital do extinto Território Federal do mesmo nome (1943-1946) está situada ao sudoeste do Estado e possui clima temperado com temperatura de 20°. A cidade possui uma boa rede hoteleira, tanto do lado brasileiro como do paraguaio. A economia do município está voltada para a agricultura e pecuária. A lavoura é uma das pujantes do território nacional produzindo, principalmente, soja, trigo e milho.
Etimologia
Antes de chamar-se Ponta Porã, o município e toda a região de Pedro Juan Caballero era chamada de Punta Porá. A Serra e alguns capões de mata que existiam caracterizavam a geografia da região, que passou a ser denominado de Ponta Porã, que em guarani quer dizer Ponta Bonita.
A origem do nome Ponta Porá, provavelmente também estaria ligada às três culturas: guarani, espanhola e portuguesa. Na região de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, adotou-se a terminologia da língua "Portunhol", pois os moradores dessa região se comunicam em Português e Espanhol; há ainda o termo "Guaraportunhol", para aqueles que se comunicam em Guarany, Português e Espanhol.
História
A origem de Ponta Porã começa com a formação de um povoado denominado inicialmente Punta Porá, que surgiu dentre os campos de erva-mate. Antes da Guerra do Paraguai, Punta Porá era apenas uma região deserta no interior do Paraguai habitada somente por algumas tribos de índios, como os Nhandevas e os Caiuás, descendentes do povo Guarani, que viviam em harmonia com a natureza, caçavam, coletavam frutos e pescavam, além do cultivo de pequenas roças. A região era também local de parada de carreteiros que faziam o transporte de erva-mate. Em 1777 uma expedição militar chegou a esta região, tendo como objetivo, explorar o solo. Em 1862 chegou o grupo do tenente militar Antônio João Ribeiro que se fixou na cabeceira do rio Dourados (onde hoje é o município de Antônio João) e fundaram ali a Colônia Militar dos Dourados. Em 1864, época da Guerra da Tríplice Aliança, a Colônia Militar dos Dourados foi destruída pelos paraguaios, onde veio a falecer o tenente Antônio João Ribeiro.
Em 1872, após o fim da Guerra do Paraguai, houve a fixação da região fronteiriça do Brasil com o Paraguai, na qual também constavam os respectivos limites com o Brasil, e que segundo Hélio Vianna, respeitava os convênios da época colonial e reivindicava ao Brasil somente as terras já ocupadas ou exploradas por portugueses e brasileiros. A partir daí a região de Ponta Porã passa a ser possessão territorial brasileira. Em 1880 chega na região o senhor Nazareth, um militar que vem com a missão de comandante e ergue seu acampamento junto à lagoa do Paraguai, onde hoje é a cidade de Pedro Juan Caballero. Em 1882 Tomás Laranjeiras já explora e industrializa a erva-mate em Ponta Porã e a exporta para a Argentina. Em 1892 chegou ali a Guarnição da Colônia Militar de Dourados para proteger a região. Nesse mesmo ano Ponta Porã começa a tomar seus primeiros impulsos de progresso econômico, com a chegada até ali de muitos migrantes gaúchos, que vieram com a finalidade de cultivar a terra e criar gados. Em 1897 surge o primeiro destacamento policial em Ponta Porã e nomeado seu comandante o senhor Nazareth.
Em 1900 Ponta Porã torna-se distrito de Bela Vista. Em 18 de julho de 1912 foi criado o Município de Ponta Porã, deixando de ser distrito de Bela Vista. No ano seguinte foi instalado o município e toma posse seu primeiro prefeito, Ponciano de Matos Pereira. Em 1915 o Governador do Estado de Mato Grosso, Caetano de Albuquerque eleva o município de Ponta Porã para a categoria de comarca no ano seguinte, 1916 toma posse o primeiro Juiz de Direito da Comarca de Ponta Porã, Possidônio de Souza Guimarães e o primeiro Promotor de Justiça é Henrique Carlos Guatemozim. Em 1919 é criado em Ponta Porã o 11º RC (Regimento de Cavalaria) e instalado no ano seguinte, sendo seu primeiro Comandante o Capitão Hipólito Paes Campos. Em 1943, o Presidente Getúlio Vargas cria o Território Federal de Ponta Porã, tendo como capital a cidade de Ponta Porã e formado também por outros municípios vizinhos. Em 1947 o território é extinto. Em 1977 é criado o estado de Mato Grosso do Sul, a qual Ponta Porã faz parte atualmente.
Geografia física
Solo
Latossolo vermelho escuro com predominância de latossolo roxo, em suas imediações.
Relevo
Está a uma altitude média de 755 m. Ponta Porã está situada na Serra de Amambai, que é uma continuidade da Serra de Maracaju. Apresenta uma topografia plana e levemente ondulada, sendo o ponto culminante a Serra de Maracaju, iniciando a elevação máxima no distrito de Cabeceira do Apa a 850 metros acima do nível do mar.
Clima
Apesar de se situar acima do Trópico de Capricórnio, portanto acima da zona temperada do globo terrestre, predomina em Ponta Porã o clima subtropical úmido, do tipo Cfa, de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, com índice pluviométrico de 1700 milímetros (mm), apresentando diminuição de chuvas no inverno, mas não o suficiente para classificá-lo como Cwa (clima subtropical com inverno seco).
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1984 e a partir de 2000, a menor temperatura registrada em Ponta Porã foi de −3 °C em 18 de julho de 1975 e a maior atingiu 38,4 °C em 26 de setembro de 2004. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 172,4 mm em 28 de fevereiro de 2008.
Hidrografia
Está sob influência da Bacia do Rio da Prata, sendo atendido principalmente pelo rio Dourados.
Vegetação
Tem em sua vegetação a predominância dos campos limpos como característica do município, formado por grandes áreas de gramíneas rasteiras, constituindo as famosas pastagens naturais.
Geografia política
Fuso horário
Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 horas com relação ao Meridiano de Greenwich (Tempo Universal Coordenado)
Área
Ocupa uma superfície total de 5 328,621 km² e a superfície urbana é de 13,715 km².
Subdivisões
Ponta Porã tem três distritos: Cabeceira do Apa, Nova Itamarati e Sanga Puitã.
Arredores
Faz divisa ao norte com Antônio João, Bela Vista, Jardim e Guia Lopes da Laguna; ao sul com Aral Moreira e Laguna Carapã; ao leste com Dourados e Maracaju e ao oeste com a República do Paraguai.
Educação
Ensino Superior
Atualmente o município conta com duas universidades, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e mais quatro faculdades: Faculdades Integradas de Ponta Porã/Magsul; Faculdade de Ponta Porã/Uniesp; Faculdade Anhanguera de Ponta Porã e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul.
Os índios caiuás
Os índios Caiouás habitavam toda a parte sul de Mato groso do Sul, isto é, toda região de Ponta Porã, Dourados, Amambaí e vizinhanças. Caçavam, pescavam e colhiam frutos e raízes, cultivavam o milho e a mandioca, apenas para o consumo da tribo. Atualmente o número de índios é muito pequeno. Vivendo em aldeias, suas casas são de taquara e cobertas com folhas de coqueiro. Estas aldeias hoje estão dentro das reservas. As reservas são áreas de terra reservadas para os índios pelo Governo Federal. Eles fabricam arcos, chocalhos e outros produtos que vendem nas cidades vizinhas e nas margens das rodovias e vivem praticamente entrelaçados com a sociedade brasileira. Vestem roupas e compram utensílios nos comércio da cidade. Dos costumes antigos ainda cultivam a dança tradicional, usam enfeites e pintam o corpo para as festas tradicionais, também fabricam uma bebida chamada chicha, que é feito de milho fermentado. Hoje a maior festa indígena é a Festa do Índio em que os fazendeiros doam vacas.
Economia
Tem como atividades econômicas a pecuária, agricultura, extração de madeiras. O trabalho é sempre relacionado com o comércio, a indústria, a prestação de serviços e os serviços públicos.
Contexto regional
Ponta Porã, com 94 mil habitantes e 3 relacionamentos diretos, é um Centro de Zona A. Nível formado por cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; exercem funções de gestão elementares. Ponta Porã é uma das 192 cidades no Brasil com a classificação Centro de Zona A. A cidade exerce influência sobre os seguintes municípios: Centros de Zona B - Bela Vista; Centros Locais - Antônio João e Aral Moreira
Potencial de consumo
O índice de potencial de consumo (IPC Maps, divulgado divulgado pela IPC Marketing Editora) mapeia o potencial de consumo dos municípios brasileiros baseado em dados divulgados por várias instituições oficiais, sendo utilizado atualmente por mais de 700 empresas e elabora um ranking classificando os 500 maiores municípios relativo ao poder de consumo, contemplando o perfil de consumo urbano e rural dos 5.565 municípios brasileiros. O município de Ponta Porã é o quinto maior share de consumo do Estado, crescendo 11,12%, o que passou de R$ 1,061 bilhão em 2013 para R$ 1,179 bilhão de previsão para 2014. Ponta Porã cresceu 16 posições no ranking saltando de 392 (0,03534) para 376 (0,03614).
Agropecuária
O município hoje tem uma área produtiva de 217.000 hectares e conta com um rebanho de 318.910 cabeças de gado. Recentemente foi ativado o frigorífico Frigoforte, que gera 120 empregos diretos e inicia o processo de transformar a cidade além de polo produtor, também num polo industrial. Com a criação do assentamento da Fazenda Itamarati, beneficiando mais de 3000 famílias, espera-se nos próximos anos um avanço na economia local, estimulada pela produção do projeto. Há também uma fecularia, estimulando e transformando a produção de mandioca em geração de trabalho e renda.
Indústria
As principais indústrias da cidade são a indústria de beneficiamento de madeira (serrarias), de óleo, de móveis, de tijolos, de erva-mate, de carvão, entre outros. Ponta Porã vem buscando consolidar o seu perfil de produção, atraindo indústrias de transformação para agregar valor à economia local, baseada na agricultura e pecuária. A Prefeitura criou o Indusporã, programa que oferece incentivos aos investidores que operem no município, gerando novas fontes de renda e oportunidades de trabalho.
Comércio
O comércio de Ponta Porã é dos mais variados, possuindo supermercados, lojas de tecidos, de móveis de eletrodomésticos, farmácias, padarias, sorveterias, livrarias, discotecas, entre outros, sem contar com o comércio de Pedro Juan Caballero, para onde grande parte dos moradores compram produtos, principalmente eletrodomésticos, tv, rádios, computadores e celulares.
Turismo
O município de Ponta Porã vem focando a interação entre a população local e os seus visitantes, tendo como objetivo central a expansão do turismo na fronteira de forma equilibrada respeitando a natureza de toda região. As opções de lazer vão desde o turismo de compras com uma fronteira seca (Pedro Juan Caballero, que possui um comércio diversificado), além do Cassino Amambay. Possui passeios ecológicos como riachos, quedas de água, muito verde, cercado de serros no lado paraguaio.
- Museu da Erva Mate: Museu que narra a história do ciclo da Erva Mate no estado do Mato Grosso do Sul.
- Parque Estadual dos Ervais: O principal parque urbano de Ponta Porã, um dos maiores parques urbanos no interior de Mato Grosso do Sul.
- Parque Nacional de Cerro Corá: Local com estrutura para acampamentos, banhos de rio, passeios e visitas aos monumentos dos combatentes da Guerra Del Chaco.
- Linha Internacional: há uma grande concentração de lojas na fronteira que atraem vários turistas à procura de produtos com preços baixos.
Cultura
O município de Ponta Porã faz divisa com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, com quem mantém um forte laço comercial, social e cultural, permitindo aos dois povos uma convivência pacífica, consolidando a harmonia dos seus habitantes, através da manutenção de suas diversidades culturais. Possui também uma rica variedade gastronômica e a língua utilizada pelos moradores é o idioma portunhol, pois não se fala puramente o guarani, nem o espanhol e nem o português. Esta população aceita a cultura de outros estrangeiros que fazem comércio (chineses, coreanos, japoneses, libaneses, árabes).
A arquitetura também exibe suas diferenças. No lado paraguaio pode-se encontrar, ainda, residências de madeira e sapé ao lado de uma grande construção com arquitetura moderna. No lado brasileiro as pessoas não escondem o orgulho de compartilhar da cultura paraguaia que se mistura com a contaminante cultura gaúcha.
Chopin
Dança bem animada e antiga muito conhecida na região. Consiste em no casal ficar de frente para o outro, viram-se em círculos e dão se as mãos.
Lenda da origem da Erva-Mate
A bebida mais consumida atualmente em Ponta Porã é o Tereré (feito com erva-mate verde, água e gelo). As rodas de tereré então são vistas em qualquer parte da cidade, unindo brasileiros e paraguaios. Por isso, as duas cidades (Ponta Porã e Pedro Juan Caballero) são consideradas cidades gêmeas por causa de sua proximidade cultural: a cultura fronteiriça.
Sobre a erva-mate, uma das lendas de sua origem refere-se a uma das passagens de Cristo pela terra americana. Jesus, Pedro e João, cansados e com fome chegaram a um riacho onde um velho alquebrado pelos anos, mas filósofo e humano pela vivência, recebe-os. Ele abriga-os, dando de beber a eles e prepara-lhes uma saborosa comida com a sua última galinha. Refeitos e dispostos, os três se erguem para reiniciar a caminhada.
Cristo, desejando então marcar o seu agradecimento à bondade, à humanidade e à fraternidade, dirigiu-se ao idoso hospedeiro dizendo-lhe que sua filha já falecida, tão bela e querida renasceria em um arbusto verde e encorpado, de folhas vigorosas, vivificantes, saborosas e restauradoras e guardaria vitalidade, disposição, saúde, amizade, e esperança para sempre. Alguns meses depois, ela a filha singular do velho rancheiro sepultada, ressurge da terra na forma de uma erveira.
Referência para o teto: Wikipédia .