sexta-feira, 30 de maio de 2025

SANTA MARIA DE JETIBÁ - ESPÍRITO SANTO

Santa Maria de Jetibá é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. Sua população, de acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, era de 41.636 habitantes.
História
Em 1872 e 1873 desembarcaram no porto de Vitória algumas centenas de famílias alemãs. Esses alemães eram provenientes em sua maioria da Pomerânia, então pertencente à Prússia e atualmente território da Polônia. Ao todo, chegaram ao estado do Espírito Santo 4 mil pomeranos. Os pomeranos eram um povo que vivia isolado entre a Alemanha e a Polônia, com hábitos culturais diferentes do restante da população.
Embora não se considerassem alemães, pois não havia de fato uma unificação alemã à época, os imigrantes pomeranos, assim como os de outras localidades, eram tratados como tal e foram enviados para o alto das serras, onde já tinham se instalado outros imigrantes alemães, numa região isolada por florestas. Na região das serras, antigamente habitada pelo índios botocudos (que foram dizimados), os colonos alemães passaram a se multiplicar em larga escala. Famílias com doze a vinte filhos eram comuns e, ainda hoje, os descendentes de pomeranos formam a maioria da população na região.
Na colônia houve uma divisão étnica: de um lado do rio Jucu viviam os alemães provenientes do Hunsrück e do outro lado os colonos provenientes da Pomerânia. Todavia, os pomeranos estavam em maior número e, com o passar do tempo, os hunsrückers foram assimilados pelos pomeranos. Os colonos viviam em uma região isolada por florestas e esse isolamento criou enormes dificuldades para o desenvolvimento dessa colônia. Os pomeranos vieram para o Brasil fugindo da miséria na Europa e acabaram encontrando no país abandono e passaram por grandes dificuldades.
Porém, esse isolamento contribuiu fortemente para a cultura da região: mantendo pouco contato com o restante da população brasileira, os pomeranos conseguiram manter sua cultura e idioma preservados. Ainda hoje, os descendentes dos pomeranos levam um estilo de vida muito semelhante ao dos imigrantes que ali chegaram no fim do século XIX, vivendo basicamente da agricultura de subsistência e frequentando os cultos luteranos.
Hoje estima-se que vivem no Espírito Santo aproximadamente 250 mil descendentes de imigrantes alemães, dos quais 120 mil são pomeranos.
Em 2018, um projeto de lei encaminhado pela Prefeitura Municipal à Câmara de vereadores e sancionado pelo executivo, tornou o hino da Pomerânia como co oficial de Santa Maria de Jetibá.
Formação administrativa
Até 1943, a localidade era conhecida como Jequitibá, sendo um distrito do município de Cachoeiro de Santa Leopoldina (depois denominado apenas Santa Leopoldina). Pela Lei Estadual nº 4.067, de 6 de maio de 1988, o distrito é elevado à categoria de município com a atual denominação de Santa Maria de Jetibá. Além da sede, figura no município de Santa Maria de Jetibá o distrito de Garrafão.
Demografia
A maioria da população é descendente de pomeranos e alemães.
Geografia
A sede da cidade é localizada a 700 metros de altitude e o ponto mais alto é a Pedra do Garrafão, com 1.450 metros de altitude. O ponto mais baixo é a divisa com Santa Leopoldina, que fica a 300 metros de altitude. Como os demais municípios da região serrana do Estado, Santa Maria de Jetibá tem um clima ameno, influenciado principalmente pela altitude. É o quinto município mais elevado do Estado em termos de altitude na sede, perdendo apenas para Venda Nova do Imigrante, que está a 730 metros acima do nível do mar, Ibatiba com 740 metros e Dores do Rio Preto com 774 metros acima do nível do mar e Ibitirama com 770 metros de altitude.
Relevo
O relevo do Estado é caracterizado por baixada litorânea (40% do território) e serras (interior), formado por rochas cristalinas, sobretudo gnaisses e granitos. Ao longo da costa Atlântica encontra-se uma faixa de planície e à medida que se penetra em direção ao interior, o planalto dá origem a uma região serrana, com altitudes superiores a 2.000 metros.
De largura variável, a Baixada Espírito-santense acompanha toda a costa capixaba, da fronteira com a Bahia até o limite com o Rio de Janeiro. O litoral é rochoso ao sul, com falésias de arenito, e também, na parte central, com grandes morros e afloramentos graníticos à beira-mar, além de ser recortado com enseadas e baías. É arenoso ao norte, com praias longas de mar aberto e cobertas por vegetação rasteira. Destaque para as Dunas de Itaúnas, no extremo Norte capixaba.
A 1.140 quilômetros da costa, no Oceano Atlântico, encontram-se a Ilha da Trindade e as Ilhas de Martim Vaz, por sua vez situadas a 30 quilômetros de Trindade. Ao todo, há 73 ilhas localizadas na costa do Estado, sendo 50 localizadas na capital Vitória.
Outra unidade do relevo são os planaltos e serras, que ocupam 60% do território do Estado. O Espírito Santo é coroado por maciços montanhosos, entre os quais se destacam os picos da Serra do Caparaó, localizado no sudoeste do Estado, próximo à divisa com Minas Gerais. Nela está o Pico da Bandeira (2.892 metros), o terceiro mais alto de todo o país, localizado no município capixaba de Ibitirama.
Na cidade de Castelo está o Pico do Forno Grande, um imponente afloramento rochoso com 2.070 metros, ponto mais alto da Serra do Castelo. Existem vários afloramentos menores, porém importantes, como a Pedra Azul, com 1.822 metros, que também é conhecida como a Pedra do Lagarto, devido a uma saliência em forma de um animal que parece subir pela sua encosta. Aos fundos, na mesma formação rochosa de granito e gnaisse, avista-se a Pedra das Flores, com 1.909 metros de altura.
A noroeste as altitudes diminuem um pouco, porém apresentam algumas elevações rochosas, como os pontões capixabas, entre as quais destacam-se as formações na cidade de Pancas.
Hidrografia
O Rio Doce é o mais importante do Estado, com 853 quilômetros de extensão desde a nascente. Ele nasce em Minas Gerais e desemboca no Oceano Atlântico, na cidade de Linhares. Também se destacam os rios São Mateus, no Norte do Estado, o Itaúnas, o Itapemirim, o Jucu, o Santa Maria da Vitória, que deságua na Baía de Vitória, e o Itabapoana, que separa o Espírito Santo do Rio de Janeiro.
Vegetação
A vegetação é composta por floresta tropical e vegetação litorânea.
Clima
Santa Maria de Jetibá tem um clima tropical de altitude (ou subtropical úmido), tipo Cwa segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, registrando temperaturas entre as mais amenas no Espírito Santo, por causa da altitude. Possui verões relativamente quentes e úmidos e invernos secos e amenos. A primavera e o outono são estações de transição, apresentando características simultâneas do inverno e do verão ao longo de seus dias.
Idioma
Santa Maria de Jetibá é uma cidade bilíngue. É uma das poucas comunidades falantes do pomerano no Brasil, ao lado de Laranja da Terra, de Pomerode em Santa Catarina, e de cidades do Rio Grande do Sul, como São Lourenço do Sul, Arroio do Padre e Canguçu. A língua atualmente conta com uma proposta de grafia elaborada pelo etnolinguista Ismael Tressmann. A grafia elaborada pelo pesquisador culminou na publicação de um dicionário pomerano/português. Nas escolas municipais de Santa Maria de Jetibá são oferecidas aulas em língua pomerana. A cidade também conta com estação de rádio em língua pomerana, a Pommer Rádio.
Economia
Santa Maria de Jetibá é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano. 
De janeiro a novembro de 2024, foram registradas 4,6 mil admissões formais e 4,2 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 427 novos trabalhadores.
Até dezembro de 2024 houve registro de 115 novas empresas em Santa Maria de Jetibá, sendo que 7 atuam pela internet. Neste último mês, 4 novas empresas se instalaram.
Turismo
A cidade conta vários pontos turísticos como o Horto Florestal (reserva de preservação encontrado na comunidade de São Luís), Museu da Imigração Pomerana, Monumento ao Imigrante Pomerano na Praça da Prefeitura, Pedra do Garrafão, e diversas cachoeiras espalhadas pelo interior do município.
Cultura
O Espírito Santo é um caldeirão de diversidade cultural. A rica combinação é uma mistura dos costumes e das tradições indígenas, africanas e dos diversos imigrantes (italianos, alemães, pomeranos, libaneses, entre outros) que fixaram residência no Estado. As manifestações culturais são singulares e podem ser observadas através das danças, das festas, do artesanato e dos costumes de cada município.
O congo é o ritmo mais tradicional capixaba, conhecido em todo o Estado. Ele faz referência aos escravos, aos santos de devoção, ao amor e ao mar. Além dele, o ticumbi também é marcante, com sons de violas e pandeiros, e cantorias em versos e rimas em louvor a São Benedito. O Encontro Nacional de Folia de Reis e o Boi Pintadinho, no Carnaval, no município de Muqui, também são duas manifestações culturais tradicionais capixabas.
A panela de barro é a maior representação do artesanato e da cultura capixaba. De origem indígena, é uma tradição passada de mãe para filhas há pelo menos 400 anos. O feitio da panela de barro é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O Espírito Santo também tem um rico patrimônio histórico cultural. É possível fazer uma viagem entre o passado e o presente nos casarios de Muqui, com mais de duzentas construções tombadas; no Porto de São Mateus; em Santa Leopoldina, que recebeu a visita de D. Pedro II; no Convento da Penha e nas construções do Centro de Vitória.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Site Descubra o Espírito Santo .

quarta-feira, 28 de maio de 2025

PROMISSÃO - SÃO PAULO

Promissão é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 21º32'12" sul e a uma longitude 49º51'29" oeste, estando a uma altitude de 426 metros. A população de Promissão, em 2022 era de 35.131 habitantes. A densidade demográfica era de 45,09 habitantes por quilômetro quadrado., de acordo com censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O município é formado pela sede e pelo distrito de Santa Maria do Gurupá.
Neste município está instalada a Usina Hidrelétrica de Promissão (Mario Lopes Leão), com potência instalada de 264 MW, que é a segunda usina da AES em capacidade, no rio Tietê.
História
A área do atual município de Promissão era originalmente habitada por índios caingangues, e pertencia ao município de Penápolis. A partir de 1908, se tornou atraente para o cultivo de café com a inauguração da Estação Ferroviária Hector Legru da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Uma vila foi aberta junto à estação pelo agrimensor Adolpho Hecht em 1909, mas a primeira casa só seria construída em 1913. A partir de 1917, chegariam os primeiros imigrantes japoneses e italianos, e mais tarde, espanhóis e portugueses. Na mesma época, os habitantes originais, os índios caingangues, foram acometidos pela gripe espanhola; muitos pereceram, e os que sobreviveram foram transferidos para Braúna.
Em 1918, o pioneiro japonês Shuhei Uetsuka adquiriu 1400 alqueires de terreno na região e fundou uma grande comunidade de fazendeiros imigrantes japoneses, a Colônia de Itacolomí, também conhecida como Primeira Colônia Uetsuka. Shuhei era uma figura bem conhecida na comunidade japonesa, pelo fato de ter chegado ao Brasil em 1908 no primeiro navio imigrantes do Japão, o Kasato Maru, como representante da Companhia Imperial de Emigração do Japão (Kokoku Shokumin Kaisha), e ter se dedicado a ajudar os primeiros imigrantes japoneses em suas inúmeras dificuldades no Brasil.
Com a chegada de grande número de colonos imigrantes, especialmente japoneses, a região rapidamente cresceu e foi elevada à condição de distrito do município de Penápolis em 27 de novembro de 1919. Em 30 de setembro de 1921, passou oficialmente a se chamar Promissão, tornando-se município em 29 de novembro de 1923.
No início, os colonos enfrentavam grandes dificuldades financeiras, e sofreram com desastres naturais como geadas, secas e nuvens de gafanhotos. Em 1926, no entanto, Shuhei conseguiu um empréstimo de 850 mil ienes com juros reduzidos do governo do Japão, trazendo mais segurança financeira aos fazendeiros. No ápice, a Colônia de Itacolomí chegou a ter 1.500 famílias de colonos.
A Colônia de Itacolomí tinha o diferencial de possuir um grande número de colonos japoneses católicos, descendentes de Kakure Kirishitans, como eram chamados os cristãos que viviam escondidos no Japão durante o Período Edo, quando o Cristianismo era proibido no Japão. As famílias católicas se concentravam principalmente no bairro do Gonzaga, e grande parte delas tinham na realidade uma origem comum no Japão, a comunidade católica centrada na vila de Imamura, no município de Tachiarai, Prefeitura de Fukuoka. Foram os próprios colonos japoneses católicos que construíram a Igreja Cristo-Rei dos 26 Mártires, também conhecida como Igreja Cristo-Rei do Gonzaga, inaugurada em 1938.
Os colonos cultivavam café através de agricultura intensiva com técnicas pouco sofisticadas, fazendo com que solo arenoso de Promissão começasse a a se degradar a partir dos anos 1940. Após a Segunda Guerra Mundial, muitos japoneses se mudaram para o Paraná, onde havia abundância de terra roxa (mais adequada para o plantio de café), ou para cidades como São Paulo. Em 2008, restavam apenas 150 famílias de descendentes de japoneses nas fazendas de Promissão.
Clima
Em Promissão, a estação com precipitação é quente, abafada e de céu quase encoberto; a estação seca é morna e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 17 °C a 31 °C e raramente é inferior a 12 °C ou superior a 36 °C.
A melhor época do ano para visitar Promissão e realizar atividades de clima quente é do início de maio ao início de setembro.
A estação quente permanece por 6,9 meses, de 1 de setembro a 31 de março, com temperatura máxima média diária acima de 30 °C. O mês mais quente do ano em Promissão é fevereiro, com a máxima de 31 °C e mínima de 23 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,2 meses, de 15 de maio a 21 de julho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 27 °C. O mês mais frio do ano em Promissão é junho, com a mínima de 17 °C e máxima de 26 °C, em média.
Economia
Na economia destaca-se a pecuária e agricultura, tendo dois laticínios e duas unidades frigoríficas, usina de açúcar e álcool e uma Hidroelétrica.
Promissão é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. 
De janeiro a novembro de 2024, foram registradas 4,8 mil admissões formais e 3,8 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 970 novos trabalhadores.
Até dezembro de 2024 houve registro de 136 novas empresas em Promissão, sendo que 6 atuam pela internet. Neste último mês, 4 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet.
Infraestrutura
Em termos de infraestrutura, a cidade dispõe de um hospital estadual (Hospital Miguel Martins Gualda) e um Ambulatório Médico de Especialidades (AME); Corpo de Bombeiros, Delegacia de Polícia Civil, Destacamento de Polícia Militar, 11 farmácias, sendo duas em regime de 24 horas.
Cultura
Atrações históricas

Igreja Cristo-Rei dos 26 Mártires
Popularmente conhecida como "Igreja Cristo-Rei do Gonzaga", a imponente igreja de tijolos vermelhos em estilo neorromânico foi inaugurada em 1938 e surpreende por sua localização numa área rural remota e pouca habitada do município. Ela é na realidade um importante legado da uma grande comunidade de imigrantes japoneses católicos que outrora habitou o bairro do Gonzaga. Essa comunidade tem origem na comunidade católica da Igreja de Imamura, no atual município de Tachiarai, Prefeitura de Fukuoka. Encorajados pelo Padre Tamotsu Honda, os católicos da região passaram a emigrar em massa para o Brasil a partir de 1912, com a pespectiva de melhorar de vida e com a certeza que teriam liberdade para praticar sua religião, diferente da época em que eram "Kakure Kirishitans", como eram chamados os cristãos que viviam escondidos no Japão durante o Período Edo, quando o Cristianismo era proibido no Japão.
A partir de 1928, cerca de 78 famílias dessa comunidade se estabeleceram no bairro do Gonzaga da Colônia de Itacolomí em Promissão. Juntaram-se a elas dezenas de outras famílias japonesas de outras comunidades católicas de Kyushu, em especial da cidade de Hirado (na Prefeitura de Nagasaki), da ilha de Ikitsuki (atualmente parte de Hirado), e das Ilhas Gotō (também parte da Prefeitura de Nagasaki). Para atender às necessidades espirituais dessa comunidade, a Companhia de Jesus enviou para Promissão dois padres, Emílio Kircher em 1929 e Agostinho Utsch em 1933, ambos alemães porém fluentes no idioma japonês.
Padre Utsch também era engenheiro, e a partir de 1935, os dois iniciariam a construção de uma nova igreja para substituir a igreja simples de madeira utilizada pelos colonos, chamada de "Igreja Cristo-Rei". O projeto arquitetônico foi enviado pela Companhia de Jesus do Japão, e tinha semelhanças óbvias com a Igreja de Imamura, tal como o estilo neorromânico, a construção com tijolos vermelhos, e a colocação de uma Gruta de Nossa Senhora de Lourdes em anexo. A nova igreja foi construída com a mão de obra dos próprios colonos japoneses, que construíram uma olaria, anexa à obra. Os colonos transportaram argila, água e outros insumos em carroções puxados por junta de bois, e moldaram e queimaram cada um dos tijolos empregados na construção.
A igreja foi chamada de Igreja Cristo-Rei dos 26 Mártires em homenagem aos 26 Mártires do Japão executados via crucificação pelo Shogun Toyotomi Hideyoshi em 1597. A missa inaugural foi realizada em 15 de agosto 1938 pelo Padre Domingos Chohachi Nakamura, missionário que exerceu um papel fundamental na evangelização dos primeiros imigrantes japoneses.
Turismo
Promissão é privilegiada em termos de acesso. Encontra-se entre duas das principais rodovias do Brasil: SP 300, também conhecida por rodovia Marechal Rondon e BR-153 (Transbrasiliana). Ainda ligam-se aos municípios vizinhos por estradas vicinais, todas com pavimentação asfáltica. Além das estradas, também é servido pela hidrovia Tietê-Paraná.
Áreas de reserva natural
Localizada na Fazenda Reunidas, encontra-se uma área de mais de mil hectares, com característica de cerrado “lato sensu” e importante biodiversidade, atraindo pesquisadores e praticantes de ecoturismo.
Fazenda Reunidas
Propriedade destinada à reforma agrária encontra-se constituída por cerca de 800 famílias, com característica de agricultura familiar. Além de pesquisadores, a área recebe adeptos do turismo rural.
Cachoeiras
O município conta com algumas cachoeiras na região do distrito de Santa Maria do Gurupá.
Além da Festa do Peão, o turista poderá encontrar inúmeros atrativos:
Praça da colônia da imigração japonesa
O município é conhecido como o “berço da imigração japonesa”. Para ele, Shuhei Uetsuka conduziu os primeiros imigrantes vindos com o navio “Kasatu Maru”. Aqui permaneceu até sua morte, estando inclusive sepultado neste município. A tradição oriental move inúmeros descendentes japoneses até seu túmulo, em manifestação de respeito e reconhecimento.
Parque das águas
Trata-se de lagoa de captação de água, com pista para caminhada, equipamentos para exercícios e beleza cênica, o que torna as atividades mais aprazíveis. Esse local tem significativa freqüência diária, de adultos e crianças.
Praias naturais do rio Tietê
Com água límpida, os turistas, sobretudo os oriundos da capital, encontram local para lazer e pesca esportiva. A excelente qualidade da água e a excepcional paisagem fazem deste atrativo uma grande opção, inclusive para lazer em família.
Igrejas Históricas
Temos vários exemplos: a Igreja do Bom Jesus, Igreja da cabeceira dos Patos (ligada à imigração italiana), Igreja do Bairro Bom Sucesso, Igreja do distrito de Santa Maria do Gurupá e Igreja Cristo Rei do Gonzaga, no bairro do Gonzaga, sendo esta construída pela colônia japonesa, quando do início da imigração. Nesta igreja, esporadicamente, realizam-se ofícios religiosos em conjunto com sacerdotes brasileiros e japoneses, tendo, nessas ocasiões, a participação de grande número de pessoas, de toda a região.
Banda Marcial Municipal de Promissão
Com 28 anos de existência, conta com aproximadamente 100 integrantes, e tendo grandes conquistas em vários campeonatos que participam e realiza apresentações por várias cidades do Brasil.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela ; Site da Prefeitura Municipal .

segunda-feira, 26 de maio de 2025

SÃO JOÃO BATISTA - SANTA CATARINA

São João Batista é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Localizado no vale do Rio Tijucas, próximo ao litoral norte do estado, sua população era de 32.687 habitantes, em 2022, de acordo com o censo do IBGE naquele ano. A economia do município se baseia na indústria calçadista.
História
Segundo historiadores confirmam, em 1776 chegaram às primeiras famílias de açorianos em Tijucas, estabelecendo-se no bairro da Praça.
Em 05 de junho de 1788, houve duas expedições, rio acima pelo rio Tijucas. Uma comandada por alferes Antônio José de Freitas, que percorreu todo o rio até onde as canoas pudessem navegar. Outro fato que confirma a presença de moradores no interior do vale, foi à distribuição de sesmarias a muitos moradores nos anos de 1802/1810.
São João Batista foi fundada em 1834, com a chegada do capitão João de Amorim Pereira. Em 1836, chega o primeiro grupo de imigrantes – 132 colonos vindos do reino da Sardenha (desde de 1861 território da Itália), trazidos pela sociedade particular de colonização Demaria & Schutel.
A cidade é conhecida como pioneira na imigração italiana, tendo abrigado a colônia Nova Itália (nome atribuído posteriormente), onde hoje é o bairro Colônia, zona rural do município.
São João Batista tornou-se município em julho de 1958, quando se desmembrou de Tijucas.
Pela Llei nº 49, de 15 de junho de 1836, foi permitido a colonização italiana na Freguesia de São João do Alto Tijucas.
Em 1838 o administrador da Colônia Nova Itália, Lucas M. Boiteux, deu início à construção da primeira escola da Colônia Nova Itália.
Em 13 de junho de 1860, com a criação do município de Tijucas, as freguesias de Porto Belo e São João do Alto Tijucas ficaram incorporados ao município de Tijucas.
Em 1896 foi edificada a capela de São José do bairro Colônia.
Em 1915 foram construídas as primeiras estradas de rodagens SJB até Tijucas.
Em 1921 foi inaugurada a primeira ponte de madeira coberta com zinco e permitia a passagem de um veículo.
No período de 1926 a 1928 houve o registro do primeiro time de futebol de campo denominado Esperança Futebol Clube. Também nessa mesma década foi fundado o Oriente Esporte Clube. 
No ano de 1936 chegou a energia elétrica no distrito de São João Batista.
O Cine São João iniciou suas atividades cinematográficas no ano de 1940. 
A Usina de Açúcar Tijucas foi fundada no ano de 1944, recebendo o nome de Francisca Gallotti, esposa do coronel Benjamim Gallotti.
Em 21 de junho de 1957 foi iniciado o movimento emancipacionista do Distrito de São João Batista, liderado pelo estudante de direito Wilian Duarte da Silva, que começou a campanha da emancipação escrevendo reportagens através dos Jornais “Gazeta e o Estado”, da Capital do Estado de Santa Catarina, sensibilizando os poderes públicos da necessidade da emancipação do Distrito, separando do município de Tijucas. Diante dessas reportagens, o povo batistense, começou a mobilizar-se, através de abaixo-assinados, reforçando a emancipação. Nesse mesmo ano o acadêmico mencionado, em data de 9 de abril, fez um pronunciamento na “Rádio Diário da Manhã”, expondo as razões do postulamento dos batistenses, dando conta da necessidade da emancipação do Distrito de São João Batista. A emancipação política e econômica do Distrito de São João Batista, aconteceu em 21 de junho de 1958, com a promulgação da Lei nº 348. 
No ano de 1962 foi inaugurada a Capela Sagrada Família e no mesmo ano, foi inaugurada a atual matriz de São João Batista.
A Comarca de São João Batista foi criada pela Lei Estadual nº 3.787, em 29 de dezembro de 1965, através de Projeto de Reforma Judiciária do Estado, sendo instalada em 10 de setembro de 1967.
A ponte sobre o rio Tijucas
foi inaugurada em 1966, denominada de deputado Joaquim Ramos.
O brasão e a bandeira do município foram criados pelas Leis de número 130 e 131, respectivamente, ambas de 1967.
Onovo prédio da Prefeitura Municipal foi inaugurado no dia 19 de julho de 1968.
Pelo Decreto Presidencial nº 67.705, de 4 de dezembro de 1970, é decretada a Intervenção Federal em São João Batista. 
Em 25 de março de 1972, foi inaugurada a Biblioteca Pública, com a denominação de José Artur Boiteux, e a sala de leitura com a denominação de Doutor Cesar Benjamim Duarte.
O Hospital Monsenhor José Locks foi inaugurado em 14 de janeiro de 1973 e, no mesmo ano, foi realizada a primeira Jubinespo, com exposições de artes plásticas
Em 10 de Outubro de 1984, foi criada a APAE.
Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de São João Batista, pela Lei Provincial nº 90, de 19 de abril de 1838, subordinado ao município de Tijucas.
Elevado à categoria de município com a denominação de São João Batista, pela Lei Estadual nº 348, de 21de junho de 1958, desmembrado de Tijucas, sendo i
nstalado em 19 de julho de 1958 e constituído de 4 distritos: São João Batista, Boiteuxburgo, Major e Tijipió.
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 2 distritos: São João Batista e Tijipió, assim permanecendo em divisão territorial datada 2023.
Clima
Em São João Batista, o verão é morno e opressivo; o inverno é ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 13 °C a 29 °C e raramente é inferior a 7 °C ou superior a 33 °C.
As melhores épocas do ano para visitar São João Batista e realizar atividades de clima quente são do fim de março ao meio de junho e do início de agosto ao fim de novembro.
A estação quente permanece por 3,8 meses, de 7 de dezembro a 31 de março, com temperatura máxima média diária acima de 28 °C. O mês mais quente do ano em São João Batista é fevereiro, com a máxima de 29 °C e mínima de 22 °C, em média.
A estação fresca permanece por 3,3 meses, de 31 de maio a 8 de setembro, com temperatura máxima diária em média abaixo de 23 °C. O mês mais frio do ano em São João Batista é julho, com a mínima de 13 °C e máxima de 21 °C, em média.
Atividades econômicas
Situada no Vale do rio Tijucas, São João Batista destaca-se pela produção de calçados – são 195 indústrias voltadas para o setor. Colonizada por italianos e açorianos, teve a sua economia inicialmente baseada na agricultura, até surgirem as fábricas de calçados, que transformaram a cidade no maior polo calçadista no Estado. Nos meses de janeiro e fevereiro, São João Batista promove uma grande feira de calçados – a FECCAT, Feira de Calçados Catarinense –, atraindo milhares de turistas, além dos diversos eventos e rodadas de negócios que são promovidas durante o ano. Em 25 de outubro anualmente acontece a Festa do Sapateiro com uma programação variada. A Praça dos Sapateiros foi assim nomeada em homenagem a Nazário de Oliveira, calçadista pioneiro do município.
A cidade promove anualmente uma grande festa de São João, que é o padroeiro da cidade, evento que conta com queima de fogos de artifício à meia noite entre o sábado e o domingo. A festa também traz barracas com vendedores de diversos produtos como coloniais, eletrônicos e vestuário.
Indústria e comércio
A economia da cidade baseia-se principalmente nas indústrias de calçado feminino, sendo considerado o terceiro polo industrial calçadista do Brasil, depois Franca (São Paulo) e Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul). Há ainda expressiva participação das indústrias de componentes para calçados. A cidade possui o título de "Capital Catarinense do Calçado" concedido pela lei estadual 12.076, de 27 de dezembro de 2001.
São João Batista conta atualmente com 270 empresas de fabricação de calçados em atividade e 122 ateliês que produzem em média 1 milhão e 600 mil pares por mês de calçados femininos e o polo emprega diretamente nas linhas de produção mais de 8 mil trabalhadores.
Polo Calçadista
Considerado o 4º principal polo de calçados do país, a história de São João Batista com o calçados é recente, mas de muito sucesso. Quem estuda um pouco sobre o polo, percebe logo. Diante do fechamento da USATI, empresa que empregava a maioria das pessoas na cidade na década de 80, um cenário de abandono se transformou num espaço de trabalho em constante transformação.
São João Batista se emancipou de Tijucas em 1958. Nos anos 60, logo após a emancipação, havia cerca de 20 empresas instaladas na cidade. Eram pequenas fábricas “de fundo de quintal” com poucos funcionários e operadas por famílias.
A economia da cidade começou a aquecer há cerca de 35 anos, quando sinais para a formação de uma estrutura para um polo calçadista apareceram. Sinais que faziam com que a produção caseira fosse substituída por empresas mais eficientes e outras indústrias do ramo fossem instaladas na região. Entre os momentos que mais impulsionaram a economia da cidade, o ano de 1986 com a conjuntura do Plano Cruzado é bastante lembrado. Estima-se que nessa época, havia 300 empresas no município, sendo que 50% delas foram instaladas naquele ano.
Em 2001, a cidade conquistou o título
de Capital Catarinense do Calçado, por meio da Lei nº 12.076, de 27 de dezembro de 2001 .
São João Batista conta atualmente com 395 empresas de fabricação de calçados, que produzem em média 1 milhão e 600 mil pares por mês de calçados femininos.
O polo emprega diretamente nas linhas de produção mais de 10 mil trabalhadores.
A cidade foi nos últimos anos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a segunda cidade que mais cresceu em população no Estado.
Tecnologia
Urna biométrica

Nas eleições para prefeito de 2008 foram usadas as urnas biométricas (em que o eleitor pode ser identificado por meio de suas impressões digitais), numa experiência pioneira no país, ao lado dos municípios de Fátima do Sul e Colorado do Oeste. A expectativa é que em 10 anos todos os estados tenham urnas biométricas.
Esporte
A cidade de São João Batista tem como principal esporte o futebol, o time é o Batistense, time que é apelidado de Tricolor do Vale.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark .

sábado, 24 de maio de 2025

JEREMOABO - BAHIA

Jeremoabo é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população, segundo a estimativa de 2024 do IBGE, era de 39.501 habitantes.
Topônimo
O nome Jeremoabo é oriundo do tupi e significa "plantação de abóbora".
História
A região de Jeremoabo, que teve como primeiros habitantes os indígenas tupinambás dos ramos dos muongorus e cariacás, foi colonizada no século XVII por meio da pecuária, atrelada à Casa da Torre, latifúndio pertencente a Garcia d’Ávila e descendentes.
Na década de 1660, os padres Jacob Roland e João de Barros fundaram a missão de Geremoabo, para a catequese e proteção dos indígenas locais. A Casa da Torre, que queria escravizar os indígenas e estava em conflito com os missionários, incendiou esse aldeamento missionário em 1669. Essa aldeia foi reconstruída pela Casa da Torre, devido à intervenção do Governo Colonial e da Igreja Católica.
Em 1698, a missão de Geremoabo já aparece com a categoria de julgado.
Por meio de Alvará Régio de 11 de abril de 1718, a aldeia de Geremoabo foi elevado à categoria de Freguesia, com o título de São João Batista de Geremoabo do Sertão de Cima, sendo subordinada à vila de Itapicuru.
A Freguesia de São João Batista de Geremoabo do Sertão de Cima foi elevada à categoria de vila, com o nome Geremoabo, por meio de decreto de 25 de outubro de 1831, não havendo informações da data de instalação.
A Lei Estadual nº 1.775, de 6 de julho de 1925, concedeu a Geremoabo o título de cidade.
Por meio do Decreto-Lei Estadual nº 141, de 31 de dezembro de 1943, ratificado pelo Decreto Estadual nº 12.978, de 1° de junho de 1944, o município de Geremoabo teve sua grafia alterada para Jeremoabo.
Ao longo da sua história, Jeremoabo teve partes do seu território desmembradas para a criação de novos municípios: Glória (1886), Santa Brígida (1962), Coronel João Sá (1962), Pedro Alexandre (1962) e Sítio do Quinto (1989).
Geografia
O município de Jeremoabo possui uma área territorial de 4.267,488 km² segundo o IBGE (2022) e faz divisa com Novo Triunfo, Canudos, Pedro Alexandre, Macururé, Santa Brígida, Sítio do Quinto, Coronel João Sá, Rodelas e Paulo Afonso. Sobre o relevo do município, possui altitudes relativamente baixas, estando a sede municipal a uma altitude de 272 metros. As serras do município são de baixa elevação. Além disso, parte do território de Jeremoabo constitui o Raso da Catarina.
O município de Jeremoabo não possui uma hidrografia rica. O principal rio que corta o município é o Vaza-Barris. A vegetação predominante no território municipal é a Caatinga.
Clima
O clima de Jeremoabo é semiárido, com temperatura média anual de 24,6°C e precipitação média anual de 453 mm. Segundo dados da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) de Jeremoabo, em operação desde 18 de agosto de 2015, a menor temperatura registrada na cidade foi de 13,5 °C em 17 de julho de 2017 e a maior alcançou 40,3 °C em 26 de novembro de 2015 e 3 de janeiro de 2016. A maior rajada de vento atingiu 21,5 m/s (77,4 km/h) em 16 de março de 2018.
Em Jeremoabo, o verão é longo, quente, abafado e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno, úmido e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 18 °C a 35 °C e raramente é inferior a 16 °C ou superior a 37 °C.
A melhor época do ano para visitar Jeremoabo e realizar atividades de clima quente é do fim de maio ao meio de outubro.
A estação quente permanece por 6,1 meses, de 27 de setembro a 1 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 34 °C. O mês mais quente do ano em Jeremoabo é janeiro, com a máxima de 35 °C e mínima de 22 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,2 meses, de 7 de junho a 15 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 30 °C. O mês mais frio do ano em Jeremoabo é julho, com a mínima de 18 °C e máxima de 29 °C, em média.
Economia
Jeremoabo é um município de grande relevância na região que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .

quinta-feira, 22 de maio de 2025

RIO BRILHANTE - MATO GROSSO DO SUL

Rio Brilhante é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no interior do estado de Mato Grosso do Sul. O município possui fácil acesso às duas maiores cidades do estado (Campo Grande e Dourados, estando distante cerca de 161 km da primeira e 67 km da outra), além de fácil escoamento da produção com estradas vicinais de boa qualidade, sendo servida por duas Rodovias Federais: BR-163, BR-267, que liga aos grandes centros e portos, como é o caso do Porto Murtinho no Rio Paraguai. Com isso a cidade está num ponto estratégico para o Mercosul.
A população de Rio Brilhante (MS),
segundo censo do IBGE, de 2022, era de 37.601 habitantes.
História
Desbravamento e primeiros anos

Na terceira década do século XIX, as famílias Lopes, Souza Leal, Pereira, Garcia e Barbosa foram os primeiros a desbravar os campos da Paranaíba, se tornando os pioneiros que habitaram o sul do estado. As terras do atual município de Rio Brilhante começaram a ser desbravadas por Gabriel Francisco Lopes, que mais tarde, em 1841, levou seu sogro, Antônio Gonçalves Barbosa, para a região chamada de campos de Vacaria.[nota 1] Gonçalves Barbosa chamou de Boa Vista o local entre os rios Vacaria e Brilhante e se tornou seu o primeiro morador.
Com o tempo, imigrantes vindos do Rio Grande do Sul, que traziam rebanhos de bovinos, equinos e ovinos, passaram a povoar a região, assim como descendentes das famílias pioneiras, que se instalaram nas margens dos rios: Ivinhema e Vacaria e o afluente Dourados. Eles iniciaram a prática da pecuária e da agricultura no local. No entanto, devido aos conflitos entre Brasil e Paraguai, em 1862, os habitantes tiveram que abandonar a região, que só voltou a prosperar a partir extração e industrialização da erva-mate. O produto despertou novamente o interesse de gaúchos e paraguaios, que retomaram a pecuária e agricultura.
Em 1900, Francisco Cardoso construiu um grande cruzeiro perto da atual sede da prefeitura, onde se iniciou o povoado. Após doze anos, através da Resolução nº 611, de 10 de julho, o governo do estado e Mato Grosso criou, com sede na povoação de Entre-Rios, o Distrito de Paz de Vacaria, em Campo Grande, e por meio do Decreto nº 653, de 29 de janeiro de 1924, concedeu à região uma área de 3.600 hectares, onde a população começou a se estabelecer.
Formação administrativa e história recente
O então distrito de Vacaria foi elevado à categoria de vila, em 26 de setembro de 1929, pela Lei Estadual nº 1.025, e passou a se chamar Entre Rios, devido a sua localização. Constituída de dois distritos: Entre Rios e Vacaria, e com sede neste último, foi emancipada em 1º de janeiro de 1930. Nas divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e de 1937, o município é formado por Entre Rios e Ivinhema (atual Anaurilandia). Em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei Estadual nº 545, o município ganhou a denominação de Caiuás e, em 30 de setembro de 1948, tem o nome atual oficializado, por meio da Lei Estadual nº 136. No dia seguinte, o distrito de Aroeira é criado e anexado a Rio Brilhante, pela Lei Estadual nº 174.
Pela Lei Estadual nº 683, instituída em 11 de dezembro de 1953, o distrito de Ivinhema, atual Anaurilandia foi transferido para o município de Bataguaçu. Em 16 de junho de 1977, através da Lei Estadual nº 3.876, o distrito de Nova Alvorada é criado e anexado ao município. Ainda no mesmo dia, por meio da Lei Estadual nº 3.877, o distrito de Aroeira recebe a denominação de Prudêncio Thomaz. Em 18 de dezembro de 1991, o distrito de Nova Alvorada, pela Lei Estadual nº 1.233, é desmembrando de Rio Brilhante e sob o nome de Nova Alvorada do Sul passa a ser considerado um município.
O crescimento econômico da cidade foi impulsionado pela agricultura e com a chegada dos primeiros imigrantes vindos das regiões Sul, Sudeste e Nordeste na década de 70. No entanto, o maior desenvolvimento ocorreu após as instalações de usinas do ramo sucroalcooleiro, que, segundo estimativas da prefeitura, aumentaram a arrecadação do município em 450%, o que tornou Rio Brilhante o maior produtor de cana-de-açúcar do estado. Isso também fez com que o município não dependesse somente da agricultura no setor da economia.
Geografia
Localização

Rio Brilhante pertence a Microrregião de Dourados e a Mesorregião do Sudoeste de Mato Grosso do Sul. Situa-se a 21º48'07" de latitude sul e 44º32'47" de longitude oeste. Está a uma distância de 150 km quilômetros da capital sul-mato-grossense e 1.184 km da capital federal.
Geografia física
Solo

O solo apresenta características de Latossolo Roxo de textura orgânica e fertilidade natural variável, a margem de cursos d’água podem ser encontrados Glei Húmico e Pouco Húmico, normalmente de elevada fertilidade. Na porção leste do município encontra-se de forma significativa Latossolo Vermelho Escuro de textura média e de caráter álico e solos hidromórficos (solo de várzeas).
Relevo e altitude
Com altitude de 312 metros acima do nível do mar, em Rio Brilhante há o predomínio de formas tabulares e planas, com declividades suaves, associadas à área de acumulação junto às principais drenagens. A topografia do município é constituída de 95% plano e 5% de terreno ondulado. O solo do município apresenta características Latossolo Roxo de textura orgânica e fertilidade natural variável, com Glei Húmico e Pouco Húmico podendo ser encontrado a margem de cursos d'água. Latossolo Vermelho Escuro de textura média e de caráter álico e solos hidromórficos podem ser encontrados no leste de Rio Brilhante.
Hidrografia
Todo o território de Rio Brilhante está localizado sobre o Aquífero Guarani. O município é banhado pelos rios Brilhante, Vacaria e Ivinhema, sendo o primeiro o responsável por definir os limites entre Rio Brilhante e Maracaju. A o Sul o Rio Ivinhema que recebe nome de Rio Brilhante separa o municipio de Douradina, Itaporã e Dourados, e o segundo por estabelecer a divisa com Nova Alvorada do Sul.
A bacia hidrográfica do Rio Brilhante é a maior do município, nascendo em Sidrolândia e indo sentido oeste onde se uni aos rio Rio Ivinhema, o qual, recebe o nome de Rio Brilhante ao passar pelo municipio, eis que o Rio Ivinhema nasce na serra de Maracaju. Ao norte o rio Vacaria também tem sua nascente em Sidrolândia e deságua no Ivinhema.
Clima
O município de Rio Brilhante está sob influência de dois tipos de clima: tropical, do tipo Aw; e subtropical, do tipo Cfa (segundo Köppen-Geiger), possuindo invernos secos e verões úmidos, chuvosos e quentes, característicos do clima tropical. Mas durante as estações outono/inverno é também frequente a ocorrência de geadas, no mínimo três vezes ao ano, e também de dias frios e madrugadas geladas (para os padrões brasileiros) com a chegada de frentes frias e massas de ar polar, característicos do clima subtropical. A temperatura média anual é de 20 °C, sendo a média da temperatura máxima 22 °C e a média da temperatura mínima 18 °C.
Segundo dados da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no município, em operação desde junho de 2008, a menor temperatura registrada em Rio Brilhante foi de −2,4 °C em 25 de julho de 2013 e a maior atingiu 41,2 °C em 1 de outubro de 2020. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 133,6 milímetros (mm) em 11 de outubro de 2011. A rajada de vento mais forte alcançou 25 m/s (90 km/h) em 16 de outubro de 2012 e o menor índice de umidade relativa do ar (URA) foi de 10% em nove ocasiões, a última em 5 de setembro de 2018.
Vegetação
Por estar numa área de transição climática, no município encontramos dois tipos de biomas: o Cerrado, sobretudo na porção oeste, e a Mata Atlântica na porção leste; a sede do município está situada praticamente na confluência desses dois domínios. Encontramos ainda áreas cobertas por campos naturais, os chamados Campos de Vacaria, o que lembra vagamente os pampas gaúchos. É coberto em 80% de sua totalidade por pastagem enquanto o restante da área é constituída de savanas, floresta estacional, várzeas e lavouras. É preciso conscientizar-se da importância de proteger as manchas de Floresta Tropicais e Matas Galerias, e os resquícios de Cerrado e Campos ainda existentes no município.
Geografia política
Fuso horário

Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação ao Meridiano de Greenwich (Tempo Universal Coordenado).
Área
Ocupa uma área de 3.987,529 km², o que o torna o 29° maior município do estado.
Subdivisões
Rio Brilhante (sede) e possui outro distrito denominado Prudêncio Thomaz, mais conhecido pelos rio-brilhantenses com Aroeira, o antigo nome do distrito.
Limites
Seus municípios limítrofes são Nova Alvorada do Sul, ao norte, a nordeste e ao leste; Angélica, ao sudeste; Deodápolis, Dourados e Douradina, ao sul; Itaporã, ao sudoeste; Maracaju, a oeste; e Sidrolândia, a noroeste
Economia
A economia do município é baseada na agropecuária e na agroindústria (usina Sucroalcooleira) que impulsiona relativamente a economia da cidade, sendo fonte de emprego para cidadãos residentes e migrantes, mas podendo certamente trazer profundos impactos socioculturais e ambientais aos residentes por sua volta ao município.
Infraestrutura
Educação

O município conta com 7 Colégios do pré-escolar ao ensino fundamental; 7 Creches Municipais; 1 Escola Particular de pré-escolar; 1 Escola Particular do pré-escolar ao ensino médio; 6 Escolas "Criança Esperança"; 2 Escolas municipais Rurais e 1 Escola Agrícola.
Transporte
O município é atendido por uma Estação Rodoviária e um Aeroporto para aeronaves de médio porte.
Cultura
A responsável pelo setor cultural de Rio Brilhante é a Fundação de Cultura, Esporte e Lazer (FUNCERB) que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural, como, por exemplo, eventos esportivos e musicais.
Esporte
No futebol a cidade está representada pelo Esporte Clube Águia Negra, fundado em 31 de maio de 1972. Seu estádio é o Estádio Iliê Vidal que atualmente conta com capacidade para cerca de cinco mil pessoas. Embora sua fundação tenha ocorrido há pouco tempo, o clube já acumula três títulos do Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol, ganhos em 2007 e 2012. A equipe também é conhecida por ter revelado Alex Dias, jogador que atuou em grandes equipes nacionais, como São Paulo e Fluminense, e até mesmo, em clubes do exterior, como o Saint-Étienne e Boavista.
Rio Brilhante possui também espaços que possibilitam a prática de outros esportes, tais como os ginásios poliesportivos Ângelo Fernando Novais Saggin e Luiz Alberto Lima Portel, além de centros esportivos como o Prefeito Athayde Nogueira e Felix Arevalo. A cidade também tem um estádio municipal, o Complexo Esportivo Prefeito Theofanes Barbosa de Moraes, que é o maior complexo esportivo da cidade. Apesar da maior parte dos investimentos da cidade em esportes serem no futebol, o município conta também com um Motodrómo Municipal e com a Associação de Ciclismo de Rio Brilhante.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 20 de maio de 2025

CASTELO - ESPÍRITO SANTO VOZ

Castelo é um município brasileiro localizado no sul estado do Espírito Santo, estando a uma altitude de 100 metros. Segundo o Censo do IBGE em 2022, a população do município é de 36.930 habitantes, tornando-se o quarto município mais populoso do sul capixaba. Devido às elevadas altitudes que cercam sua cidade, ela possui uma grande concentração urbana verticalizada, destacando-se como a 16ª cidade mais vertical do país e a 3ª no estado.
Localizada ao sul, é uma provinciana cidade do Espírito Santo. Sua população descende predominantemente de italianos das províncias do nordeste da Itália. 
O município tem seu relevo bastante acidentado, com temperatura média de 22 °C.
História
Castelo foi inicialmente, como a maioria do território brasileiro, povoado por índios, estes, da etnia Botocudos e Puris que habitavam as montanhas e vales da região.
Os registros iniciais da colonização, no início do século XVIII, surge das viagens às minas gerais e da procura de ouro pelos mineradores em busca deste metal nobre. Porém a vida dos destemidos desbravadores não era nada fácil, devido aos embates com os nativos que viam suas terras serem invadidas por estranhos.
A colonização se originou especificamente na Serra do Castelo, que mais tarde daria nome à cidade, assim chamada devido a formação dos montes e vales que lembravam os castelos medievais europeus. Neste local foram encontrado os primeiros vestígios do mineral, sendo pioneiro nesta atividade extrativista o minerador Pedro Bueno Cacunda, que viria posteriormente a viver no seu Arraial de Santana. Os conflitos entre os índios e mineradores não findariam por ai. Após 1770 a crise entre os nativos e os invasores se acirraram de tal maneira que os primeiros se refugiaram na gruta do Limoeiro e logo ofereceram resistência aos desbravadores, expulsando-os para as regiões vizinhas em direção à vila de Itapemirim, acompanhando o curso do rio Caxixe, aproximadamente nas imediações da Fazenda do Centro, que viria a receber esse nome posteriormente.
Por volta de 1845 os primeiros fazendeiros da região, iniciando a exploração agrícola nas margens do rio Castelo e do Caxixe, já utilizando nesse período a mão de obra escrava, impulsionaram sobremaneira o desenvolvimento da localidade.
A partir de então, a Fazenda do Centro passou de arraial de mineração à qualidade de povoado servido de capela, senzala, engenho, paióis de café. Ressalte-se que essa propriedade foi posteriormente palco daquela que seria a primeira reforma agrária no Brasil com a aquisição da Fazenda pelos padres agostinianos que, tempos depois, a repassariam, em pequenas propriedades, a imigrantes italianos. A fazenda do Centro encontra-se exposta a visitações onde podemos ver e estar em um grande ícone do passado, história, "escravatura".
O distrito de Castelo foi criado em 31 de julho de 1881, pertencendo assim ao município de Cachoeiro de Itapemirim, vindo a conseguir sua autonomia administrativa em 25 de dezembro de 1928, junto ao distrito de Conceição do Castelo, atualmente emancipado e também originado o município de Venda Nova do Imigrante que outrora não havia figurado como distrito de Cachoeiro.
No ano de 1887, quando Castelo ainda era um distrito, a estatal Cia. Lloyd Brasileiro construiu um ramal ferroviário que o ligava à sede do município de Cachoeiro de Itapemirim, para o escoamento da produção cafeeira da região (que vivia em seu auge) além do transporte de passageiros, sobretudo, os imigrantes italianos recém-chegados. Em 1903, o ramal foi repassado para a Estrada de Ferro Leopoldina, que acompanhou toda a transição local de distrito para município e o manteve ativo até o dia 6 de dezembro de 1963. Por exigência de um decreto federal, o então Ramal de Castelo foi erradicado do município em 1968, fato que gerou muita controvérsia e mal-estar entre os seus moradores, pois além deste não possuir na época uma estrada pavimentada, acabou por isolá-lo dos grandes centros comerciais, afetando toda sua produção cafeeira. A estação de trens da cidade foi demolida no início dos anos 1970.
Geografia
Coberto pelo relevo de rochas cristalinas, com terreno acidentado pelas derivações da Serra da Mantiqueira, a cidade exibe diversas belezas naturais: Forno Grande, Serra da Povoação, da Estrela do Norte, da Prata, do Pontão e Sete Voltas. O ponto culminante é o Pico do Forno Grande, um afloramento rochoso com cerca de 2,039 m de altitude situado no Parque Estadual do Forno Grande. Do cume avista-se o Pico da Bandeira de um lado e o mar e as cidades litorâneas do outro.
No município há também o Parque Estadual de Mata das Flores, com remanescentes da Mata Atlântica. Assim como o Parque Estadual do Forno Grande, também é administrado pelo IEMA.
Clima
Em Castelo, a estação com precipitação é quente, opressiva e de céu quase encoberto; a estação seca é morna, úmida e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 16 °C a 33 °C e raramente é inferior a 13 °C ou superior a 36 °C.
A melhor época do ano para visitar Castelo e realizar atividades de clima quente é do meio de maio ao meio de setembro.
A estação quente permanece por 2,6 meses, de 1 de janeiro a 20 de março, com temperatura máxima média diária acima de 32 °C. O mês mais quente do ano em Castelo é fevereiro, com a máxima de 33 °C e mínima de 22 °C, em média.
A estação fresca permanece por 3,2 meses, de 11 de maio a 17 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 29 °C. O mês mais frio do ano em Castelo é julho, com a mínima de 17 °C e máxima de 28 °C, em média.
Economia
Castelo é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O pequeno número de novas oportunidades claras de negócios e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a fevereiro de 2025, foram registradas 707 admissões formais e 684 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 23 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 56.
Abertura de Empresas
Até março de 2025 houve registro de 33 novas empresas em Castelo, sendo que 2 atuam pela internet. Neste último mês, 8 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (11). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 156 empresas.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .

sábado, 17 de maio de 2025

SÃO GONÇALO DOS CAMPOS - BAHIA

São Gonçalo dos Campos é um município brasileiro do estado da Bahia, localizado a 108 km da sua capital, Salvador, a cidade está na Região Metropolitana de Feira de Santana. Sua população estimada em 2024 pelo IBGE era de 41.909 habitantes, sendo o segundo município mais populoso da RMFS. Conhecida como cidade Jardim, pelo seu alto índice de arborização e árvores centenárias. É banhado pelo Rio Jacuípe e possui uma vegetação que alterna Florestas Tropicais e Cerrados. Está geograficamente e historicamente no Centro-Norte baiano.
História
Com o aparecimento de uma imagem do Santo São Gonçalo na área denominada Campos da Cachoeira, no início do século XVIII, foi construído então uma capela com o nome de São Gonçalo do Amarante, em torno da qual se formou um arraial de Jesuítas e Nativos.
O Município criado então, com os territórios das freguesias de São Gonçalo dos Campos da Cachoeira e de Nossa Senhora do Resgate das Umburanas, que foram desmembrados de Cachoeira por Lei Provincial de 28 de julho de 1884, chamando-se então São Gonçalo dos Campos. Em 1931, teve o nome simplificado para São Gonçalo, mas ,em 1943, retomou a denominação atual. Antigamente os enfermos de tuberculose iam até a São Gonçalo, pois seu clima era considerado propício ao tratamento e existe arquivos e pessoas que comprovam que D.Pedro II passou pela cidade para se curar da doença.
A sede, criada freguesia com a denominação de São Gonçalo dos Campos da Cachoeira, foi elevada em 1689 à categoria de cidade por Lei Estadual de 25de junho de 1895.
Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de São Gonçalo dos Campos, em 1696.
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Gonçalo dos Campos, pela Lei Provincial nº 2.460, de 28 de julho de 1884, desmembrado de Cachoeira. Sede na antiga vila de São Gonçalo dos Campos. Constituído de 2 distritos: São Gonçalo dos Campos e Resgates de Umburanas. Instalada em 23 de fevereiro de 1897.
Elevado à condição de cidade com a denominação de São Gonçalo dos Campos, pela Lei Estadual nº 176, de 25 de junho de 1897.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: São Gonçalo dos Campos e Resgate de Umburanas.
Nos quadros do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, o município aparece constituído de 3 distritos: São Gonçalo dos Campos, Mercês e Umburanas (ex-Resgate de Umburanas).
Pelos Decretos Estaduais nº 7.455, de 23 de junho de 1931 e 7.479, de 08 de julho de 1931, o município de São Gonçalo dos Campos passou a denominar-se simplesmente São Gonçalo.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município já denominado São Gonçalo é constituído de 3 distritos: São Gonçalo, Mêrces e Umburanas.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1936.
Pela Lei Estadual nº 227, de 12 de outubro de 1937, é criado o distrito de Afligidos e anexado ao município de São Gonçalo.
Pelo Decreto Estadual nº 11.089, de 30 de novembro de 1938, o distrito de Umburanas passou a denominar-se Uberlândia.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: São Gonçalo, Afligidos, Mêrces e Uberlândia (ex-Umburunas).
Pelo Decreto Estadual nº 141, de 31 de dezembro de 1943, retificado pelo Decreto Estadual nº 12.978, de 01 de junho de 1944, o município de São Gonçalo voltou a denominar-se São Gonçalo dos Campos. Sob os mesmos Decretos o distrito de Mercês passou a denominar-se Sergi e ainda sob os mesmos decretos o distrito de Uberlândia passou a denominar-se Tinguatiba.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 4 distritos: São Gonçalo dos Campos (ex-São Gonçalo), Afligidos, Sergi (ex-Mêrces) e Tinguatiba (ex-Uberlândia).
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960.
Pela Lei Estadual nº 1.682, de 18 de abril de 1962, é desmembrado do município de São Gonçalo dos Campos o distrito de Tinguatiba. Elevado à categoria de município com a denominação de Antônio Cardoso.
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 3 distritos: São Gonçalo dos Campos, Afligidos e Sergi.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Clima

Em São Gonçalo dos Campos, o verão é longo, quente, opressivo e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável, abafado, com precipitação e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 18 °C a 34 °C e raramente é inferior a 16 °C ou superior a 37 °C.
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar São Gonçalo dos Campos e realizar atividades de clima quente é do meio de junho ao meio de outubro.
A estação quente permanece por 5,2 meses, de 28 de outubro a 4 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 33 °C. O mês mais quente do ano em São Gonçalo dos Campos é fevereiro, com a máxima de 34 °C e mínima de 22 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,6 meses, de 3 de junho a 24 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 30 °C. O mês mais frio do ano em São Gonçalo dos Campos é julho, com a mínima de 18 °C e máxima de 28 °C, em média.
Economia
O município de São Gonçalo dos Campos está no Centro Industrial do Subaé que está localizado entre o Sul de Feira de Santana e o Norte de São Gonçalo dos Campos, é o terceiro maior Centro Industrial da Bahia perdendo apenas para o Polo Petroquímico de Camaçari e para o Centro Industrial de Aratu, o CIS é o maior centro industrial da Região Metropolitana de Feira de Santana. Outras fontes de renda de grande importância para o município são a Fumicultura, a Avicultura, a Agricultura em geral e a Pecuária. São Gonçalo dos Campos por estar localizada na região da Mata Fina possui o clima e o solo ideal para o plantio do fumo, está é a principal região fumageira do estado da Bahia e engloba vários municípios do Recôncavo Baiano entre São Gonçalo dos Campos e Cruz das Almas. É em São Gonçalo dos Campos que está instalada a Menendez & Amerino, maior fabricante de charutos do Brasil detendo 70% do mercado nacional. Atualmente a renda do município também está voltada diretamente a avicultura tornando-se um novo polo regional com a Perdigão S/A e a Gujão Alimentos. O município de São Gonçalo dos Campos faz parte do Polo Avícola da Bahia que engloba vários municípios da Região do Recôncavo Baiano em que se destaca a cidade vizinha Conceição da Feira que é considerada a Capital do Frango. São Gonçalo dos Campos é a cidade em que se localiza a única indústria de tintas automotivas do nordeste a Alquimia Tintas (Ultracolor), o Centro de Distribuição do Grupo Boticário com investimentos de 155 milhões de reais, está no limite municipal com Feira de Santana na BR 101, embora a SEI considera como pertencente a São Gonçalo, a situação do limite territorial ainda está em análise na assembleia legislativa. No centro da Cidade também podemos encontrar uma filial da Mundial Promotora correspondente bancário representante das maiores instituições bancárias do país cuja matriz está localizada na cidade vizinha, Conceição da Feira.
Turismo e Lazer
Possui como principais pontos turísticos a Igreja de mais de 300 anos, a fonte denominada Fonte da Gameleira sendo que a área ao entorno possui pequenos trechos preservados da Mata Atlântica, a fabrica Cubana de charutos artesanais Menendez & Amerino que se destaca por ser uma das maiores fabricas de charuto do Brasil, os belos jardins e grande arborização que a fizeram ser conhecida como a cidade jardim e a festa do padroeiro no mês de janeiro de cada ano; a cidade também foi incluída na Rota do Charuto que inclui 12 municípios do Recôncavo Baiano para visitas a três fabricas de charuto da região: Dannemman em São Félix, Menendez & Amerino em São Gonçalo dos Campos e Leite Alves em Cachoeira (Bahia) além de uma Casa de Cultura em Cruz das Almas que conta com produtos de pequenos fabricantes da região. No lago da usina hidrelétrica de pedra do cavalo, encontra-se marinas, passeios de barcos e pesca artesanal, a cidade possui um clube recreativo com um parque aquático no distrito de Tapera, o Águas Claras Place Club. A cidade é famosa por suas festas juninas e vaquejadas. É realizado no começo do segundo semestre o festival de inverno de São Gonçalo.
Outros pontos turísticos da cidade são: Alto do Gaia ; Grutas do Spar (Inoã); Capela de Santa Sara Kali; Fazenda Colubandê; Praça Leonor Corrêa (Trindade); Shopping São Gonçalo; Feira de Rua Yolanda Saad Abuzaid e Bagdá Paintball.
Infraestrutura
São Gonçalo dos Campos possui boa infraestrutura básica, cortada pela BA-502 e a BR-101, possui um polo industrial com grandes empresas, bibliotecas, muitas escolas municipais, postos de saúde, cine-teatro, e um sistema de transporte coletivo de vans que liga São Gonçalo dos Campos a Feira de Santana diariamente.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark .

sexta-feira, 16 de maio de 2025

PENTECOSTE - CEARÁ

Pentecoste é um município brasileiro do estado do Ceará. A população do município de Pentecoste era de 37.813 habitantes em 2022, segundo o censo do IBGE.
História
Tudo começou por volta de 1862, quando Bernardino Gomes Bezerra, Um fazendeiro de Canindé, construiu uma casa a fim de trazer a família para vir passa o inverno. Certo dia aproveitando a passagem do padre Francisco da Rocha, naquele lugar Bernardino consultou-o sobre a posição de construir uma igreja naquele local, de acorde os dois e mais pessoas interessadas assentaram os alicerces da igreja, cuja obra ia se edificando, ainda em construção as pessoas foram fazendo suas casas aos arredores da igreja, e começaram a cogitar uma nova freguesia, por que esse detrito era de Canindé. Apartes disso as autoridades conseguiram através da lei 1283, elevaram à pequena povoação uma nova freguesia, cujo nome denominado de “Barra”. Sendo que na primeira missa celebrada no dia 4 de julho de 1864 dia de Pentecostes, o padre Manuel Lins aproveitando a oportunidade de todos estarem presentes pediu ao povo, que para servir de memória aquele dia, o lugar fosse mudado de nome pra Pentecostes. Todos concordaram, sendo que houve um lamentável erro de imprensa quando foi registrado, pois o “S” foi omitido, e ficou Pentecoste.
Os moradores, liderados por “mestre” Bernardino Gomes Bezerra, lançaram a pedra fundamental para construção de uma capela dedicada ao culto de Nossa Senhora da Conceição. Achando-se a povoação colocada a poucos metros da junção dos rios Canindé e Curu, deram-lhe o nome de “Barra da Conceição” ou Conceição da Barra”. Rezou a primeira missa naquelas paragens, no domingo de Pentecoste de 1864, o Padre Manuel Lima. Esse fato singular da vida Cristã naquela incipiente comunidade marcaria o início de sua gradativa emancipação, além de lhe conferir a bela denominação Pentecoste, perpetuando naquele rincão a memória da descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos.
O Cangaço
Nas duas primeiras décadas passadas Pentecoste era uma aldeia de pessoas que poderiam ser chamados de selvagens, por que não tinha escolas publicas não havia autoridades, e em 1950 havia cerca de 500 habitantes. Na época os cangaceiros viviam mexendo com a população, todo mundo sofria não havia lei, nem segurança, eram eles quem mandava. Pentecoste tem dezenas de pontos, onde foi derramado sangue na época do cangaço.
Inauguração do açude de Pentecoste
O açude Pereira de Miranda foi inaugurado no dia 14 de janeiro de 1957, onde o Presidente da República Juscelino Kubitschek esteve presente. Um acontecimento muito marcante para historia de Pentecoste. O povo estava numa alegria sem tamanho por assistir aquela solenidade tendo a frente o chefe da nação com aquela impressionante simplicidade, ouvindo atentamente os discursos dos principais representantes do País.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Pentecoste, pela Lei Provincial ou Resolução Provincial nº 1.283, de 29 de setembro de 1869.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Pentecoste, pela Lei Provincial nº 1.542, de 23 de agosto de 1873, desmembrado de Canindé.
Pelo Decreto Estadual nº 18, de 05 de abril de 1892, a vila é extinta, sendo seu território anexado a vila de Canindé, como simples distrito.
Elevado novamente à categoria de vila com a denominação de Pentecoste, pela Lei Estadual nº 457, de 27 de agosto de 1898.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila aparece constituídos de 2 distritos: Pentecoste e Jacu.
Pelo Decreto Estadual nº 1.893, de 20 de maio de 1931, é extinta a vila de Pentecoste, sendo seu território anexado ao município de Arraial, como simples distrito.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Pentecoste figura no município de Arraial.
Elevado novamente à categoria de vila com a denominação de Pentecoste, pelo Decreto nº 1.540, de 03 de maio de 1935, desmembrado de Arraial. Constituído de 2 distritos: Pentecoste e Jacu, ambos desmembrados de Arraial.
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município aparece constituído de 4 distritos: Pentecoste, Cruz do Matia, General Sampaio e Jacu.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Pentecoste, pelo Decreto Estadual nº 448, de 20 de dezembro de 1938, sob o mesmo decreto o distrito de Cruz do Matias passou a denominar-se simplesmente Matias.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Pentecoste, General Sampaio, Jacu e Matias (ex-Cruz do Matias).
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1.114, de 30 de dezembro de 1943, o distrito de Jacu passou a denominar-se Apuiarés.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 4 distritos: Pentecoste, Apuiarés (ex-Jacú), General Sampaio e Matias.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955.
Pela Lei Estadual nº 3.338, de 15 de setembro de 1956, são desmembrados do município de Pentecoste os distritos de General Sampaio e Apuiarés, para constituírem o novo município de General Sampaio.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 2 distritos: Pentecoste e Matias.
Pela Lei Estadual nº 6.419, de 07 de julho de 1963, é criado o distrito de Serrota e anexado ao município de Pentecoste.
Pela Lei Estadual nº 6.569, de 18 de setembro de 1963, é criado o distrito de Porfírio Sampaio e anexado ao município de Pentecoste.
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 4 distritos: Pentecoste, Matias, Porfírio Sampaio e Serrota.
Pela Lei Estadual nº 7.852, de 2 de dezembro de 1964, o distrito de Serrota passou a denominar-se Sebastião de Abreu.
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1968, o município é constituído de 4 distritos: Pentecoste, Maias, Porfírio Sampaio e Sebastião de Abreu (ex-Serrota).
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Pentecoste pertence à microrregião vale do Médio Curu. Para se chegar à cidade, a partir da capital Fortaleza, o visitante deve acessar a BR- 222. Logo após o distrito de Croatá, no município de São Gonçalo do Amarante, deve entrar à esquerda na Rodovia CE-341 e, cerca de meia hora depois, estará em Pentecoste.
Clima
O clima é tropical quente semiárido brando na maior parte do território e tropical quente subúmido no extremo sul, na região mais próxima ao maciço de Baturité. A pluviometria média na sede é de 818 mm com chuvas concentradas de fevereiro a maio.
Hidrografia e recursos hídricos
Açude Pereira de Miranda

Pentecoste fica localizado na bacia hidrográfica do rio Curu e ainda conta com um dos maiores açudes do estado, o Pereira de Miranda, além do Caxitoré.
Subdivisão
O município está dividido em quatro unidades, a sede e três distritos: Porfírio Sampaio, Sebastião de Abreu, e Matias.
Geologia
Recursos minerais

Há registros de ocorrência de manganês no distrito de Matias. O minério ocorre na forma de lentes e blocos dispersos e com uma cobertura coluvionar. A associação mineral é formada por granada, quartzo e grafita. Essas ocorrências são correlacionáveis com as do município de Ocara.
Economia
A economia do município está baseada na agricultura de subsistência das culturas de milho, feijão e mandioca, além de banana e coco em áreas irrigadas, próximas à faixa do rio Curu perenizado e do açude Pereira de Miranda, bem como da fábrica de Calçados Paquetá, filial de empresa do Rio Grande do Sul, que tem toda sua produção exportada para fora do estado e do país.
Vale ressaltar também que, no município, fica localizado um dos maiores centros de pesquisas ictiológicas da América do Sul, de onde são exportados alevinos de várias espécies e tecnologia de desenvolvimento de criatórios e reprodução para todo o estado e regiões Nordeste e Norte do país.
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Notícias de Pentecoste .

quinta-feira, 15 de maio de 2025

GOIANÉSIA DO PARÁ - PARÁ

Goianésia do Pará é um município brasileiro do estado do Pará. Localiza-se a uma latitude 03º50'33" sul e a uma longitude 49º05'49" oeste, estando a uma altitude de 103 metros. A população estimada de Goianésia do Pará, em 2024, era de 77.014 pessoas.
História
A ocupação da área de Goianésia iniciou-se na década de 1970 com o advento das obras da hidroelétrica de Tucuruí. A penetração no território de Goianésia beneficiou-se da necessidade da construção dos linhões de transmissão que levariam energia à Marabá e às minas de ferro da Serra dos Carajás, e das estradas que dariam suporte logístico tanto para a construção, como para a manutenção da rede elétrica e ligação rodoviária de Tucuruí com o restante do território nacional.
Colonização pelos imigrantes
Conforme as construtoras abriam as rodovias PA-263 e PA-150 (rodovia Paulo Fontelles), vários imigrantes vindos sobretudo de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais e do Paraná, instalaram-se à beira das estradas.
Em 1977 a PA-263 alcança a PA-150, formando assim um entroncamento rodoviário. Neste entroncamento foi montado um grande canteiro de obras, que servia de suporte aos operários de ambas as rodovias, e aos operários construtores dos linhões de transmissão. Os imigrantes deslocaram-se para lá e montaram seus acampamentos ao lado dos canteiros, assim formando a primeira comunidade com características urbanas de Goianésia. Em pouco tempo os canteiros de obras foram desmontados, mas os colonos imigrantes resolveram permanecer na área. O local deste acampamento fazia parte da Fazenda Baronesa, de propriedade do Sr. Anézio Guerra, imigrante goiano natural da cidade de Goianésia de Goiás. O Sr. Guerra doou as terras de sua propriedade e organizou a ocupação dos colonos, nomeando a vila recém-formada de "Goianésia" (em homenagem à sua terra natal). A vila Goianésia era formada por somente 12 casas em sua fundação.
A grande oferta de terras atraiu muitos imigrantes para a região, e a vila cresceu demograficamente entre as décadas de 1970 e 1980. Neste período floresceu na vila de Goianésia atividades relacionadas à extração de madeira. Foram instaladas inúmeras madeireiras e serrarias que contribuíram para o primeiro grande ciclo econômico local.
Luta pela emancipação
Em 1986 Goianésia foi elevada à categoria de distrito de Rondon do Pará. Neste mesmo ano, é fundada a Associação de Moradores de Goianésia, que tinha como principal objetivo a emancipação política da localidade. A associação organizou os debates e juntou os grupos de classe que já lutavam pelo desenvolvimento local separadamente. Antes da organização da associação, o principal organismo de articulação local era a Comissão Pastoral da Terra.
Em 1988 foi levantado pela Associação dos Moradores, um abaixo-assinado nas localidades que comporiam o novo município. O abaixo assinado foi encaminhado à assembleia legislativa estadual e tornou-se o ponto crucial para que fosse aprovada a realização do plebiscito emancipatório de 1991.
Em 28 de janeiro de 1991 foi realizado o plebiscito em todas as regiões que comporiam o município, que confirmou com 95,83% de aprovação, o desejo pela emancipação. No total, 1.727 eleitores votaram, sendo que 1.655 optaram pelo sim à emancipação.
O município de Goianésia do Pará foi criado em 13 de dezembro de 1991, pela Lei n° 5.686. Teve sua área desmembrada dos municípios de Rondon do Pará, Jacundá,Moju e Tucuruí.
No pleito municipal de 3 de outubro de 1992 foi eleito o primeiro prefeito do município, Amário Lopes Fernandes. A prefeitura foi instalada no dia 1º de janeiro de 1993, com a posse do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores eleitos.
Décadas de 1990 e 2000
A década de 1990, marca a formação do município, que ainda tinha uma economia muito fragilizada e dependente das atividades econômicas relacionadas à madeira.
Este período marcou a explosão da atividade madeireira em todo o município. Goianésia tornou-se um dos maiores produtores de madeira semi beneficiada de toda a região norte, abastecendo a demanda do mercado internacional e do centro-sul brasileiro. Entretanto desde 2005 o município vem sofrendo com a crise do setor, que acabou deixando o município em dificuldades econômicas.
Fatos recentes
Em 2011 Goianésia participou ativamente com todo o sudeste do Pará, da consulta plebiscitária que definiu sobre a divisão do estado do Pará. Desde a emancipação municipal, Goianésia insere-se como parte da proposta do estado do Carajás, tanto que o município é filiado desde a sua fundação ao principal organismo de luta pela causa na região, a "AMAT Carajás".
Embora a expressiva votação favorável no plebiscito em Goianésia, tendo alcançado entre a população local mais de 85% de aprovação pela criação do estado do Carajás, o peso da região de Belém se fez maior, e se sobrepôs ao anseio local. Entretanto, mesmo com a derrota na votação, o município continua, juntamente com a região, a pleitear a separação para criação do estado do Carajás.
Geografia
A sede de Goianésia apresenta as seguintes coordenadas: 3° 50’ 35’’ de latitude sul e 49° 05’ 49’’ de longitude WGr.
Clima
O seu clima insere-se na categoria tropical semi úmido, tipo As na classificação de Koppen, no limite da transição para o Aw. Possui temperatura média anual de 26,35 °C, apresentando máxima em torno de 32,01 °C, e mínima de 22,71 °C. A umidade relativa do ar é elevada, sendo a média real de novembro a maio, e o mais seco, de junho a outubro, estando o índice pluviométrico anual em torno de 2.000 mm.
Relevo, solos e vegetação
O solo do município está representado pelo latossolo amarelo, podzóico vermelho amarelo, concrecionário laterítico e gley pouco úmido nas áreas aluviais.
O relevo de Goianésia apresenta-se com altitudes modestas, em que suas formas são representadas por colinas, chapadas, superfícies aplainadas e tabuleiros aplainados ou dissecados. Nas margens dos rios; áreas aluviais como as várzeas dos rios Surubijú, Moju e Tocantins. Geomorfologicamente o relevo insere-se na unidade que corresponde a depressão periférica do sul do Pará.
A vegetação do município é representada pela floresta densa de platôs, floresta densa de terraço e pela floresta densa de planície aluvial.
Economia
O município de Goianésia insere-se na chamada fronteira agrícola Amazônica, maior região produtora de commodities agrícolas desta porção do território nacional. O município produz principalmente carnes, leite, cereais e madeira beneficiada e semi beneficiada.
Infraestrutura
Transportes

Goianésia é um grande entroncamento rodoviário, sendo que suas principais vias são: a rodovia PA-150, que dá acesso às cidades ao sul, ou seja, Jacundá, Nova Ipixuna e Marabá, e; a PA-475, que dá acesso às cidades ao norte, ou seja, Tailândia e Belém. As outras rodovias são: a PA-263, que dá acesso à Breu Branco e à Tucuruí, no oeste, e; à Ulianópolis, no leste, e; a PA-151, que serve de escoamento à zona rural de Goianésia, permitindo acesso desta à Jacundá e Breu Branco.
Turismo
Os principais pontos turísticos da cidade são: Terminal Rodoviário de Goianésia do Pará; Praça dos Três Poderes; Praça da Bíblia e Estádio Municipal Almir Gabriel.
Referência para o texto: Wikipédia .

quarta-feira, 14 de maio de 2025

AMÉRICO BRASILIENSE - SÃO PAULO

Américo Brasiliense é um município brasileiro do estado de São Paulo, pertencente à Região Administrativa Central. Possui área de 123 km². Sua população, segundo o Censo 2022 do IBGE, era de 33.019 habitantes. O município está conurbado com Araraquara. Américo Brasiliense, uma doçura de cidade “Cidade Doçura”, como é conhecido o município de Américo Brasiliense fica na região central do estado de São Paulo. A cidade leva esse título devido à atividade canavieira predominar no município, sendo essa a principal fonte da economia. Américo está localizada numa região estratégica, de fácil escoamento de produtos, próxima a grandes centros como Araraquara (7km), São Carlos(57km), Ribeirão Preto (80km), São José do Rio Preto (180km) e da Capital (260km). Nela estão instalados importantes expoentes de saúde, como o Hospital Estadual de Américo Brasiliense (HEAB) que atende pacientes de toda a micro-região de Araraquara e também a Fábrica de Remédios do Governo do Estado (Furp), que exportará medicamentos para outros países, evidenciando o nome da cidade internacionalmente. 
História
Em 1790, o pioneiro a chegar na região foi Pedro José Neto que era o dono das Sesmarias que originaram o povoado Américo Brasiliense, Rancho Queimado e Cruzes, além das sesmarias do Ouro, que deram origem a Araraquara.
Por volta de 1820, começou o povoamento das sesmarias Rancho Queimado e Cruzes com a chegada das primeiras famílias; Germano Xavier de Mendonça, Martiniano de Oliveira, Manoel Antônio Borba e o coronel Américo de Toledo Pizza.
Já o município de Américo Brasiliense começou sua história em 1854, com a cultura do café naquela região, pelas famílias Xavier Machado e Martiniano de Oliveira. A primeira família, Xavier Machado, se estabeleceu na sesmaria de Rancho Queimado e a segunda, Martiniano de Oliveira, na sesmaria de Cruzes.

Em 21 de março de 1965 foi emancipada do município de Araraquara.
Geografia
Possui uma área de 123,5 km² que se eleva a 715 metros de altitude. 
Clima 
O clima é do tipo subtropical, com temperaturas médias anuais de 22 °C, com inverno ameno, sendo raro o fenômeno da geada. Chuvas (1.250 mm) bem distribuídas durante o ano, sendo abundantes no verão e pequena a pluviosidade no inverno, derivada das intermitentes frentes frias que passam pela região nessa estação.
Hidrografia
O município de Américo Brasiliense é um dos mais ricos em minas de água do estado de São Paulo; no total são 25 nascentes.
Relevo
A cidade está situada no Planalto Ocidental Paulista, desfrutando de uma suave topografia, com altitudes médias em torno de 700 metros, permitindo um fácil escoamento das águas pluviais, portanto, livre de enchentes.
Economia
Rodovias

- SP-257 - Rodovia Deputado Aldo Lupo - liga Américo Brasiliense a Araraquara pela SPA-004/257
- SP-257 - Rodovia Deputado Aldo Lupo - liga Américo Brasiliense a Rincão no entroncamento com SPA-051/255
- SP-257 - Rodovia Deputado Aldo Lupo - liga Américo Brasiliense a Ribeirão Preto no entroncamento com SP-255; São Carlos e São Paulo pelo mesmo entroncamento SP-255 até o entroncamento com a Rodovia Washington Luís
Ferrovias
- Linha Tronco da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
Agroindústrias
Américo Brasiliense teve escolhido o título "Cidade Doçura" pelo fato da atividade canavieira predominar no município. Localizada no município, a Usina São Martinho está entre as 15 maiores usinas do país, considerando-se o volume de cana moída e atende ao mercado nacional e internacional de açúcar e álcool e seus subprodutos energéticos.
Indústrias
Foi construída e inaugurada na cidade, em junho de 2009, pelo governo do estado de São Paulo, a segunda Fundação para o Remédio Popular (FURP). Com 27 mil m² de área construída, tem capacidade para produção de 1,2 bilhões de unidades farmacotécnicas sólidas e 22 milhões de ampolas-vidro por ano, com um turno de produção. Na iniciativa privada, também encontramos inúmeras indústrias alocadas na cidade, entre elas a Whitford, que desenvolve e fabrica revestimentos antiaderentes.
Referências para o texto: Wikipédia.

terça-feira, 13 de maio de 2025

URUAÇU - GOIÁS

Uruaçu é um município brasileiro localizado no estado de Goiás. Sua população, conforme o censo demográfico de 2024 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 44.150 habitantes. O município abriga o Lago de Serra da Mesa, um dos maiores lagos artificiais do Brasil, formado para a geração de energia hidrelétrica.
História
A origem do povoamento desta região remonta à Fazenda Passa Três, adquirida em 1910 pela família Fernandes. Essa família, originária de São José do Tocantins (atual Niquelândia-GO), precisou abandonar sua terra natal em 1909 devido a embates políticos e à perseguição dos Taveiras. A fazenda estava localizada no interior do município de Pilar de Goiás, às margens da antiga estrada real usada por tropeiros e comerciantes vindos do sul.
Uruaçu, devido à sua localização, rapidamente atraiu numerosas famílias das regiões vizinhas. Em 1913, o Coronel Gaspar iniciou a construção da Capela de Sant’Ana e doou uma área de terras para a formação do povoado, também chamado Sant’Ana, em homenagem à santa de devoção da família do fundador. A capela foi inaugurada em 1922 e, dois anos depois, o povoado de Sant’Ana foi elevado à categoria de distrito, sendo instalado no mesmo ano. Em 1931, Sant’Ana alcançou a emancipação político-administrativa e, a partir de 1953, recebeu o nome de Uruaçu, que em tupi significa “pássaro grande”.
Em 1949, foi instalada a sede dos Correios e Telégrafos de Uruaçu. A partir de 1950, a criação da companhia de produção e distribuição de energia elétrica impulsionou o desenvolvimento da cidade, levando ao surgimento de diversos estabelecimentos comerciais e serviços, como oficinas, bancos e escolas.
Nos últimos anos da década de 1950, Uruaçu experimentou desenvolvimento em todos os setores, impulsionado pela inauguração da Rodovia Belém-Brasília (BR-153), às margens da qual a cidade está localizada. Em 1968, foi inaugurado o serviço telefônico municipal.
Em 1997, com a formação do Lago de Serra da Mesa, Uruaçu passou a ganhar destaque nacional como a cidade banhada pelo maior lago artificial do Brasil em volume de água.
A história de Uruaçu, Goiás, é rica e repleta de transformações, refletindo as diversas influências que moldaram a cidade ao longo dos séculos. Aqui está um resumo dos principais marcos históricos de Uruaçu:
Fundação e Colonização
Origem do Nome: O nome "Uruaçu" deriva da palavra indígena "uru", que significa "maior" ou "grande", e "açu", que significa "tamanho" ou "grandeza". Essa nomenclatura reflete a presença e influência das comunidades indígenas na região.
Colonização: A história da cidade começa no final do século XVIII e início do século XIX, quando os primeiros colonizadores, em sua maioria oriundos de Minas Gerais, começaram a se estabelecer na região. A região era habitada por diversas etnias indígenas, incluindo os Timbira, que mantinham um modo de vida tradicional.
Crescimento e Desenvolvimento
Atração de Imigrantes: Durante o século XIX, a cidade começou a se desenvolver como um importante ponto de passagem e comércio na rota que ligava Goiás a Minas Gerais. O crescimento populacional foi impulsionado pela chegada de imigrantes em busca de oportunidades na agricultura e pecuária.
Criação do Município: Uruaçu foi oficialmente reconhecida como município em 1948, após desmembrar-se de municípios vizinhos. Desde então, a cidade passou a se desenvolver com maior infraestrutura e serviços públicos.
Economia e Agricultura
Agricultura e Pecuária: A economia de Uruaçu sempre foi baseada na agricultura e pecuária. As terras férteis da região favoreceram o cultivo de grãos, como soja e milho, e a criação de gado, principalmente bovinos. A cidade se tornou um importante produtor agrícola, contribuindo para a economia do estado de Goiás.
Desenvolvimento Industrial: Com o passar do tempo, Uruaçu começou a atrair indústrias, diversificando sua economia. O Distrito Agroindustrial de Uruaçu, criado em 2007, abriga diversas empresas que contribuem para o crescimento econômico local.
Cultura e Tradições
Cultura Popular: A cidade é rica em tradições culturais, incluindo festas populares como a Cavalgada de Sant'Ana, que homenageia a padroeira do município. Essas festividades são importantes para a preservação da cultura local e atraem turistas de toda a região.
Patrimônio Cultural: Uruaçu possui importantes referências culturais, como o Museu Dom Prada Carrera e o Centro Cultural Quilombola, que ajudam a contar a história da cidade e de suas comunidades.
Desafios e Avanços
Infraestrutura e Serviços: Ao longo das últimas décadas, Uruaçu enfrentou desafios relacionados à infraestrutura e aos serviços públicos, mas tem avançado em áreas como saúde, educação e segurança.
Turismo: Nos últimos anos, Uruaçu tem investido no turismo, promovendo suas belezas naturais e patrimônios culturais como forma de atrair visitantes e fortalecer a economia local.
A história de Uruaçu é um reflexo da evolução de uma cidade que, ao longo do tempo, soube se adaptar às mudanças e desafios, mantendo suas raízes culturais e promovendo o desenvolvimento econômico. Com um rico patrimônio cultural e natural, Uruaçu se destaca como um importante município no estado de Goiás, continuando a crescer e se transformar ao longo do tempo.
Geografia
A cidade de Uruaçu encontra-se às margens da BR-153 (Rodovia Belém-Brasília), a 280 quilômetros de Goiânia(via BR-153 e GO-080) e a 270 quilômetros de Brasília (via BR-080). Sua área territorial é de 2.141,824 km². Na zona rural do município, localiza-se o entroncamento entre a BR-153 e a BR-080. Uruaçu também está às margens da GO-237, que a conecta ao município de Niquelândia. Além disso, possui um longo trecho da Ferrovia Norte-Sul, que interliga as principais malhas ferroviárias das cinco regiões do país. Localizada no norte goiano, Uruaçu oferece amplo acesso a todas as cidades da região.
Uruaçu possui diversos atrativos turísticos, como o Lago Serra da Mesa, a Praia Generosa, a Ciclovia do Cerrado, várias cachoeiras e trilhas, museus, praças e parques, incluindo o Parque das Araras e o Parque dos Buritis, além de um parque aquático. Destaca-se também o Memorial Serra da Mesa, considerado patrimônio nacional.
Clima
O clima em Uruaçu é tropical, com duas estações bem definidas: uma seca, que vai de maio a setembro, e uma chuvosa, de outubro a abril. As temperaturas variam ao longo do ano, com médias que podem variar entre 18°C e 30°C.
Uruaçu possui duas estações bem definidas: a estação seca, de abril ao início de setembro, e a estação chuvosa, também chamada de “inverno goiano”, que se estende de setembro a março. O clima é classificado como Tropical Úmido, com temperatura máxima de 38°C, mínima de 18°C e média de 28°C.
A precipitação média anual é de aproximadamente 1.500 mm, concentrando-se principalmente durante a estação chuvosa.
Vegetação
A vegetação predominante na região é o cerrado (72%) e as matas (20%), que se apresentam de forma diversificada em função das condições de solo e topografia. Ao longo dos córregos e rios, a formação vegetal densa indica a presença da floresta tropical, com suas matas de galeria, onde espécies como o jatobá, o cedro, a peroba e o tamboril crescem ao lado dos bacuris, das guarirobas e de outras palmeiras. Nas cabeceiras, o buriti prevalece, enquanto nas várzeas, dominadas por palmáceas, destaca-se o babaçu pela sua abundância e imponência. O município é um dos mais tradicionais no cultivo do caju, com uma produção em larga escala, sendo que a maioria (80%) dessa produção é oriunda de cultivos nativos e dispersos.
Hidrografia
A área do município é banhada por dois importantes rios: o Rio Maranhão e o Rio das Almas e, ainda, é cortada por uma infinidade de cursos d’água, córregos e ribeirões entre eles o ribeirão Machambombo, que possui uma largura inferior a dez metros. Este ribeirão divide a cidade ao meio. Vale citar também o Rio Passa Três que é afluente do Rio Maranhão. Hoje a cidade vem despontando entre as cidades turísticas de Goiás. O município tem o seu perímetro urbano banhado pelo Lago de Serra da Mesa, que ocupa uma área correspondente a 13% da área total do município, isto é 277,5 km², e 15,5% da área total do reservatório, que é de 1.784 km².
A geografia de Uruaçu, Goiás, é marcada por uma diversidade de características naturais e um ambiente que favorece tanto a agricultura quanto a pecuária. Aqui estão os principais aspectos geográficos do município:
Localização
Região: Uruaçu está situada no norte do estado de Goiás, a cerca de 290 km da capital, Goiânia. O município faz parte da mesorregião do Norte Goiano e da microrregião de Uruaçu.
Acessibilidade: A cidade é cortada por importantes rodovias, que facilita o acesso a outras regiões do estado e contribui para o escoamento da produção agrícola.
Área e Topografia
Área Total: Uruaçu abrange uma área de aproximadamente 2.254,3 km², tornando-se um dos municípios de maior extensão territorial em Goiás.
Topografia: A topografia de Uruaçu é predominantemente plana a levemente ondulada, com algumas áreas montanhosas. A altitude média é de cerca de 600 metros acima do nível do mar.
Uso do Solo
Agricultura e Pecuária:
A geografia de Uruaçu é altamente favorável à prática da agricultura, com a produção de grãos como soja e milho, além da criação de gado. A fertilidade do solo e a disponibilidade de água nas regiões ribeirinhas são fatores que impulsionam a economia local.
Expansão Urbana: O crescimento da área urbana também tem impactado o uso do solo, com a expansão de loteamentos e infraestrutura para atender à população crescente.
A geografia de Uruaçu é diversificada e rica em recursos naturais, com características que favorecem o desenvolvimento econômico, especialmente na agricultura e pecuária. O município possui um ambiente natural que não apenas sustenta a economia local, mas também oferece oportunidades para o turismo e a conservação ambiental. A presença de rios e do Lago de Serra da Mesa é um destaque, tornando a geografia de Uruaçu única e importante para a região.
Divisão territorial do município
Uruaçu, Goiás, é um município que possui vários povoados e distritos que contribuem para sua diversidade cultural e social. Abaixo estão alguns dos principais povoados e distritos de Uruaçu:
Distritos
Distrito de Uruaçu: É o distrito sede, onde se concentra a maior parte das atividades administrativas, comerciais e de serviços do município.
Distrito de Nova Uruaçu: Localizado a cerca de 30 km do centro, Nova Uruaçu é uma área em crescimento, com características rurais e uma comunidade unida.
Comunidades Rurais
Comunidades Quilombolas:
Uruaçu abriga comunidades quilombolas, que são grupos formados por descendentes de africanos escravizados. Estas comunidades preservam suas tradições, cultura e modos de vida.
Comunidades de Agricultura Familiar: Há diversas comunidades que praticam a agricultura familiar, contribuindo para a produção de alimentos e a manutenção de práticas sustentáveis.
Características Comuns
Cultura e Tradições:
Os povoados e distritos de Uruaçu têm suas próprias tradições culturais, festas e celebrações, que são uma mistura das influências indígenas, africanas e portuguesas.
Atividades Econômicas: A economia local em muitos desses povoados gira em torno da agropecuária, com destaque para a produção de leite, gado, e cultivo de grãos como soja e milho.
Importância
Os povoados e distritos de Uruaçu são essenciais para a identidade do município, contribuindo com suas peculiaridades culturais, sociais e econômicas. Além disso, esses locais desempenham um papel fundamental na preservação de tradições e na convivência entre diferentes comunidades.
Essas comunidades enriquecem a história de Uruaçu e promovem um ambiente diversificado, onde a cultura local e as tradições são valorizadas e mantidas vivas.
Povoados e Distritos: Água Branca; Cruzeiro; Funil; Geriaçu; Pau Terra; Riachão; Taquaral e Urualina.
Economia
A economia de Uruaçu, Goiás, é diversificada, abrangendo setores como agricultura, pecuária, indústria e comércio. A cidade se destaca por seu potencial agropecuário e por abrigar um distrito agroindustrial que contribui significativamente para a economia local. Aqui estão os principais aspectos da economia em Uruaçu:
Agronegócio
Agricultura: Uruaçu é conhecida por sua produção agrícola, com destaque para culturas como cana-de-açúcar e soja. A cidade tem visto um crescimento na produção de grãos, aproveitando as condições climáticas e de solo favoráveis.
Pecuária: A criação de aves, suínos e bovinos é uma parte importante da economia local. A cidade está investindo em setores como a produção de leite e a criação de gado de corte, que têm apresentado tendências de crescimento.
Indústria
Distrito Agroindustrial:
Uruaçu abriga o Distrito Agroindustrial, que possui mais de 30 empresas de diversos segmentos, incluindo metalúrgica, moveleira e de grãos. Este distrito é fundamental para a geração de empregos e para o desenvolvimento econômico da região.
Indústrias Locais: Além das empresas no distrito, existem outras indústrias em Uruaçu que contribuem para a economia local, abrangendo desde o processamento de alimentos até a produção de materiais de construção.
Comércio e Serviços
O comércio em Uruaçu é dinâmico e inclui uma variedade de lojas, mercados e prestadores de serviços. A cidade é um centro comercial para as cidades vizinhas, atraindo consumidores de regiões adjacentes.
Setor de Serviços: O setor de serviços também desempenha um papel significativo na economia, com a presença de instituições financeiras, escolas e serviços de saúde.
Turismo
Uruaçu tem se tornado um destino turístico, especialmente com o Lago de Serra da Mesa, que atrai visitantes para atividades recreativas e de lazer. O potencial turístico está sendo explorado, com iniciativas voltadas para o desenvolvimento de eventos e atrativos que valorizem a cultura local.
Desafios e Oportunidades
A economia de Uruaçu enfrenta desafios como a necessidade de diversificação e a melhoria da infraestrutura para suportar o crescimento econômico. Contudo, há oportunidades significativas para o investimento em setores emergentes, como o turismo e a agroindústria, que podem impulsionar ainda mais a economia local.
A economia de Uruaçu é robusta e multifacetada, com um forte enfoque no agronegócio e um crescente desenvolvimento industrial. A combinação dessas atividades, juntamente com o potencial turístico da região, proporciona uma base sólida para o crescimento econômico futuro, destacando Uruaçu como um importante polo na região norte de Goiás.
Uruaçu, Goiás, possui um setor econômico diversificado, com várias empresas de destaque. 
Educação
A educação em Uruaçu, Goiás, apresenta uma estrutura diversificada e abrange desde a educação infantil até o ensino superior, com várias instituições que atendem a população local. Aqui estão os principais aspectos da educação no município:
Educação Infantil
CMEIs (Centros de Educação Infantil): Uruaçu conta com várias creches e Centros de Educação Infantil que atendem crianças de 0 a 5 anos. Essas instituições têm como objetivo promover o desenvolvimento integral da criança, oferecendo atividades lúdicas e educativas.
Ensino Fundamental
A cidade possui diversas escolas públicas e privadas que oferecem educação fundamental para crianças de 6 a 14 anos. O ensino é dividido entre anos iniciais e finais, com a rede pública sendo composta por escolas municipais e estaduais.
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Uruaçu também oferece programas de Educação de Jovens e Adultos, visando atender aqueles que não concluíram seus estudos na idade apropriada. Essas iniciativas são importantes para promover a inclusão educacional e a formação contínua.
Ensino Médio
O município tem várias opções de escolas para o ensino médio, tanto em instituições públicas quanto privadas. O ensino médio é crucial para preparar os estudantes para o ensino superior ou para o mercado de trabalho.
Ensino Superior
Uruaçu abriga instituições de ensino superior, como a Universidade Estadual de Goiás (UEG), o Instituto Federal de Goiás (IFG), a Faculdade Serra da Mesa (FaSeM) e a UNOPAR. Essas instituições oferecem cursos em diversas áreas do conhecimento, contribuindo para a formação profissional e acadêmica dos estudantes da região.
Saúde
A saúde em Uruaçu, Goiás, apresenta um sistema que combina serviços públicos e privados, com esforços contínuos para atender às necessidades da população da região norte do estado. Aqui estão alguns aspectos importantes sobre a saúde na cidade:
Estrutura de Saúde
Hospitais e Clínicas:
Uruaçu conta com vários hospitais, clínicas e laboratórios que oferecem uma ampla gama de serviços médicos. Entre as principais instituições de saúde estão:
Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN): Unidade de referência em média e alta complexidade, atendendo pacientes de 60 municípios da macrorregião.
Hospital Serra da Mesa: Oferece serviços de urgência e emergência, além de internações.
Hospital Edmundo Fernandes: Outra opção para atendimento hospitalar na cidade.
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs): Essenciais para o atendimento primário e emergencial da população.
Ambulância e Emergências: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o Corpo de Bombeiros Militar são fundamentais para situações de emergência, proporcionando uma resposta rápida para casos críticos.
Cultura
A força das tradições religiosas e populares se manifesta em dezenas de folias, grupos de danças quilombolas, ciganas e indígenas. Entre as referências culturais do município, destacam-se o Museu Dom Prada Carrera, o Memorial Serra da Mesa e o Centro Cultural Quilombola Uruaçu.
O Memorial Serra da Mesa, considerado um patrimônio nacional, é um projeto cultural diferenciado que busca resgatar e valorizar as raízes culturais da região. Em tamanho natural, foi reconstituída uma aldeia da Tradição Uru, representando uma aldeia típica de índios que viveram na área, como os Timbira. O cenário urbano é retratado na vila cenográfica, que inclui uma reprodução em tamanho natural de uma igrejinha, uma cadeia, uma sapataria, um armazém e as casas dos moradores.
O Centro Cultural Quilombola busca resgatar a cultura afrodescendente e faz parte da comunidade quilombola urbana João Borges Vieira, composta por 326 famílias que residem nos espaços rural e urbano do município. As mulheres da comunidade confeccionam colchas de retalhos, camisetas e bonecas, conhecidas como Marias-Negras, inspiradas nas tradições quilombolas, resgatando uma produção secular das mulheres da comunidade. Há também a Casa do Artesão, coordenada pela Associação dos Produtores de Artesanatos e Manufaturados de Uruaçu, responsável pela Feira do Sol.
A Cavalgada de Sant’Ana, realizada todos os anos em julho, desde 2002, se tornou Patrimônio Cultural Imaterial Goiano (Lei n° 22.472 de 12/12/2023). O nome do evento homenageia Nossa Senhora de Sant'Ana, Padroeira do município de Uruaçu. A cavalgada revive a tradição das tropas e boiadas, como na época da fundação do município.
A cultura de Uruaçu, Goiás, é rica e diversificada, refletindo a influência das tradições indígenas, afrodescendentes e da colonização portuguesa. Essa mistura de heranças culturais se manifesta em várias dimensões da vida social e artística do município. Aqui estão alguns aspectos destacados da cultura de Uruaçu:
Tradições Religiosas e Festividades
Festas Populares:
Uruaçu celebra diversas festas religiosas e populares ao longo do ano. Entre as mais importantes está a Cavalgada de Sant'Ana, realizada em julho, que homenageia a padroeira da cidade. Este evento revive tradições do passado, como as tropas e boiadas, e é considerado Patrimônio Cultural Imaterial Goiano.
Festas Juninas: As festividades juninas também são amplamente celebradas, com danças, comidas típicas e apresentações culturais que envolvem a comunidade.
Música e Dança
Folias e Grupos Culturais:
A cidade conta com várias folias e grupos de danças, incluindo danças quilombolas, ciganas e indígenas. Esses grupos mantêm vivas as tradições e os ritmos que são característicos da região.
Música: A música tradicional é uma parte importante da cultura local, com influência do sertanejo, da música folclórica e de ritmos afro-brasileiros.
Artesanato
Centro Cultural Quilombola:
O Centro Cultural Quilombola Uruaçu é um espaço que resgata a cultura afrodescendente e valoriza a produção artesanal. As mulheres da comunidade confeccionam colchas de retalhos, camisetas e bonecas chamadas Marias-Negras, inspiradas nas tradições quilombolas.
Casa do Artesão: Também há a Casa do Artesão, que promove e comercializa produtos artesanais, ajudando a valorizar o trabalho local e a preservação das tradições.
Patrimônio Cultural
Museu Dom Prada Carrera:
Este museu é um importante espaço de preservação da história e cultura local, com exposições que retratam a história de Uruaçu e suas tradições.
Memorial Serra da Mesa: Considerado um patrimônio nacional, o memorial busca resgatar e valorizar as raízes culturais da região, apresentando uma reconstituição em tamanho natural de uma aldeia da Tradição Uru, que habitou a área.
Gastronomia
Comida Típica:
A culinária de Uruaçu é rica e variada, com pratos típicos que refletem a cultura goiana, como o pamonha, pequi, arroz com pequi, guariroba, e outros alimentos que valorizam os ingredientes locais. As festas e celebrações frequentemente incluem barracas de comidas típicas, que atraem moradores e turistas.
Literatura e Educação
Literatura:
A literatura também é uma parte importante da cultura local, com escritores e poetas que refletem a realidade e as tradições da região em suas obras.
Instituições Educacionais: Uruaçu conta com várias instituições de ensino que promovem a educação e a cultura, como a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e o Instituto Federal de Goiás (IFG), que contribuem para a formação cultural e acadêmica da população.
Esportes e Atividades Recreativas
Clubes e Associações:
A cidade possui uma variedade de clubes e associações esportivas que promovem a prática de esportes e atividades recreativas, integrando a comunidade e promovendo o convívio social.
A cultura de Uruaçu é um reflexo da diversidade e riqueza das tradições que compõem a identidade do município. A convivência harmoniosa entre diferentes grupos culturais, a valorização das festividades, a preservação do patrimônio histórico e a produção artesanal são aspectos que fortalecem a identidade local e promovem o orgulho da comunidade. A cidade continua a preservar suas tradições enquanto se adapta às influências modernas, criando um ambiente cultural vibrante e dinâmico.
Esporte e Lazer
O esporte em Uruaçu, Goiás, desempenha um papel importante na cultura local e na promoção da saúde e bem-estar da população. Aqui estão alguns dos principais aspectos relacionados ao esporte na cidade:
Esportes Populares
Futebol:
O futebol é o esporte mais popular em Uruaçu. A cidade conta com um time profissional, o Uruaçu Futebol Clube (UFC), fundado em 1959, que já competiu na Segunda Divisão do Campeonato Goiano. O esporte é amplamente praticado em campos e quadras, e há muitos torcedores e aficionados pela modalidade.
Clubes e Associações
Uruaçu possui uma variedade de clubes e associações esportivas que promovem diferentes modalidades, como vôlei, atletismo, ciclismo e natação. Essas organizações incentivam a participação da comunidade em atividades esportivas e competições.
Eventos Esportivos
O município realiza diversas competições e eventos esportivos ao longo do ano, que promovem o engajamento da população e estimulam a prática de esportes. Esses eventos podem incluir torneios de futebol, campeonatos de vôlei e corridas de rua.
Infraestrutura Esportiva
Uruaçu conta com instalações adequadas para a prática esportiva, como campos de futebol, ginásios, quadras de esportes e áreas destinadas a atividades ao ar livre. Essas instalações são fundamentais para a promoção de eventos esportivos e para a prática regular de esportes pela população.
Referência para o texto: Wikipédia .