segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Mossoró - Rio Grande do Norte

Mossoró é um município brasileiro no interior do estado do Rio Grande do Norte, situado no oeste Potiguar, Região Nordeste do país.
Localizada entre duas capitais, Natal e Fortaleza, às quais são ligadas pela BR-304, Mossoró é uma das principais cidades do interior nordestino, e atualmente vive um intenso crescimento econômico e de infraestrutura, considerada uma das cidades de médio porte brasileiras mais atraentes para investimentos no país. O município é o maior produtor em terra de petróleo no país, como também de sal marinho. A fruticultura irrigada, voltada em grande parte para a exportação, também possui relevância na economia do estado.
As festividades realizadas na cidade anualmente atraem uma enorme quantidade de turistas, como o Mossoró Cidade Junina, um dos maiores arraiás do Brasil, e o Auto da Liberdade, o maior espetáculo brasileiro em palco ao ar livre.
Reduto cultural, o município é marcado pelo Motim das Mulheres, pelo primeiro voto feminino do país, por ter libertado seus escravos cinco anos antes da Lei Áurea, sem falar da resistência histórica ao bando de Lampião. O município foi desmembrado de Assu em 1852 e tinha o nome de Vila de Santa Luzia de Mossoró. Hoje, conhecida como a "Capital do Oeste", destaca-se também pelo turismo de negócios.
Toponímia - Não se sabe ao certo a origem do topônimo "Mossoró", mas existem várias versões contadas a respeito desse assunto. Conta-se que o nome provém de "Monxoró", nome atribuído aos primeiros indígenas que habitavam a região. Outros dizem que o nome vem de "Mororó", árvore resistente e flexível.
De acordo com as atuais regras de ortografia da língua portuguesa, a grafia correta é Moçoró, pois prescreve-se o uso da letra "ç" para palavras de origem tupi. O nome vem do tupi e quer dizer erosão, corte, ruptura. Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para mo-so-'roka, mossoró e finalmente para moçoró. Do mesmo vocábulo vem moçoroense, que é o natural do município.
História
Origens e emancipação - Por volta de 1600, por meio de cartas e documentos que faziam referência às salinas existentes na região, acredita-se que, pela primeira vez, o território que hoje corresponde ao município de Mossoró teria sido povoado. De acordo com Luís da Câmara Cascudo, historiador potiguar experiente e notório, os holandeses Gedeon Morris de Jonge e Elbert Smiente extraíam o sal existente na região até meados de 1644.
Dom Fernando Martins Mascarenhas, que era governador de Pernambuco, concedeu, em 1701, terras em Paneminha ao Convento do Carmo de Recife, com sesmarias de entrada em volta, que ainda hoje pertencem ao município de Mossoró. Do mesmo modo, foram sendo concedidas mais terras a brasileiros e portugueses.
Durante o século XVIII, às margens de um rio, várias fazendas instaladas por proprietários vindos de outras regiões. A população desses lugares era restrita somente aos vaqueiros, criadores e procuradores da fazenda, uma vez que seus donatários moravam geralmente fora de suas propriedades, como em Natal ou em outras províncias vizinhas, como a Paraíba e o Ceará. Acredita-se que as primeiras pessoas a se instalarem de forma definitiva em suas propriedades foram as famílias Gamboa, Guilherme e Ausentes, que habitavam locais situados às margens do Rio Mossoró, e foram se espalhando para outros lugares até chegarem a Apodi.
Ainda no século XVIII, mudou-se para o mesmo lugar o sargento-mor português Antônio de Souza Machado e sua família, em meados de 1760, com anseio de povoar aquele lugar. Ele foi proprietário da fazenda Santa Luzia e mandou construir uma capela de Santa Luzia, um dos marcos fundamentais ao surgimento de Mossoró. A capela foi fundada oficialmente no dia 5 de agosto de 1772.
Em 1842, o pequeno povoado tornou-se uma freguesia, cuja população se restringia a um quadro em frente à capela de Santa Luzia. Em 15 de março de 1852, a lei n° 246 concedeu autonomia ao povoado de Mossoró, que foi elevado à categoria de vila, desmembrando-se de Assu (na época "Princesa") e tornando-se um novo município do Rio Grande do Norte. Dez anos depois, a capela de Santa Luzia foi reconstruída e tornou-se uma matriz. Mais tarde, em 9 de novembro de 1870, a vila de Mossoró foi elevada à categoria de cidade.
Conforme já citado anteriormente, a capela de Santa Luzia foi demolida e reconstruída para se tornar uma igreja matriz, em 1862. Ela foi reconstruída novamente entre os anos de 1878 e 1880. Tempos depois, o povoado de Mossoró foi experimentando um crescimento, quando a viúva do sargento-mor Antônio de Souza Machado doou terras para o povoamento do município.
Abolição da escravatura - A abolição da escravatura ocorreu em 30 de setembro de 1883, cinco antes da lei áurea. A luta para a libertação dos escravos do intenso trabalho e dos castigos físicos começou muito tempo antes. Mossoró foi, em geral, o primeiro município potiguar a abolir a escravidão. O estado do Rio Grande do Norte não chegou a ser uma unidade da federação dependente da mão de obra escrava para que pudesse ocorrer o desenvolvimento.
Em 1º de setembro de 1848, um deputado geral do Rio Grande do Norte fez um discurso geral durante uma assembleia. Em suas palavras, ele destacou e afirmou:
“Concorda em que o trabalho do escravo não é necessário. No Rio Grande do Norte há poucos escravos, e quase toda a agricultura é feita por braços livres. Conhece muitos senhores de engenho que não têm senão quatro ou cinco escravos, entretanto que têm 20, 25 e 40 trabalhadores livres, e se não os têm em maior número, é pelo pequeno salário que lhes pagão. Disto se convenceu o orador quando ali foi presidente, porque em consequência de elevar o salário a 400 reis por dia, nunca lhe faltarão operários livres para trabalharem na estrada que teve de fazer.”
Em 1862, a população total de Mossoró era de 2.493 pessoas, entre os quais 153 eram escravos. Um dos pontos que teria justificado o movimento de abolição do movimento escravista teria sido a grande seca devastadora ocorrida no Brasil de 1877 e 1878, onde milhares de pessoas sofreram, inclusive os donos e proprietários dos escravos. A partir daí, esses donatários começaram a mandar seus escravos para serem vendidos, em municípios litorâneos. Além disso, o comércio escravista também estava sendo estabelecido em Mossoró. Ao todo, várias casas de comércio foram lugares destinados à comercialização dos escravos, como, por exemplo, a Mossoró & Cia, pertencente ao Barão de Ibiapaba. Esses escravos, ao serem vendidos, eram mandados para Fortaleza, capital do Ceará, e depois enviados para províncias do sul. A ideia de abolir a escravidão ocorreu por volta de 1881, na capital cearense.
Finalmente, em 30 de setembro de 1883, o principal objetivo do movimento abolicionista foi alcançado e a escravidão foi oficialmente abolida. Essa data é considerada importante na história de Mossoró e, desde 1913, é considerado como feriado municipal. Em homenagem a este acontecimento, Mossoró foi, entre 28 e 30 de setembro de 2011, capital do Rio Grande do Norte, sendo o governo estadual transferido temporariamente de Natal para Mossoró, instalado no Casarão Lili Duarte, que é atualmente sede da vice-prefeitura de Mossoró.
Motim das mulheres e primeiro voto feminino - Celina Guimarães, primeira mulher mossoroense a tirar o título de eleitor, votando onde atualmente funciona a Biblioteca Municipal de Mossoró, em 1928. Denomina-se "motim das mulheres" o movimento liderado por Anna Floriano, cujo principal palco do motim foi a sede do jornal O Mossoroense, que ocorreu em 30 de agosto de 1875, quando cerca de trezentas mulheres saíram pelas ruas da cidade em passeata com o objetivo de protestar contra a obrigatoriedade do alistamento militar. As mulheres fizeram de refém o escrivão de paz e em praça pública rasgaram o livro e os papéis que recrutavam os homens mossoroenses para lutar na Guerra do Paraguai. Revoltadas, mulheres nordestinas invadiram repartições públicas e delegacias, armadas com pedras e pedaços de pau, para rasgar documentos que convocavam seus maridos para o Exército ou para a Marinha. Atualmente, o Motim das Mulheres é apresentado em um espetáculo encenado no Auto da Liberdade.
Outro ato libertário considerado importante para toda a história de Mossoró foi o primeiro voto feminino do Brasil, ocorrido em 1928, um episódio considerado de grande relevância no mundo, uma vez que a maioria dos países também proibia o voto feminino. Na época, a constituição brasileira, datada de 1891, permitia apenas aos ricos o direito ao voto. As mulheres, escravos, analfabetos e pobres não tinham esse direito. Foi em 1928 que Celina Guimarães Viana, professora e árbitra de futebol, obteve o primeiro título eleitoral e o primeiro voto feminino do país. Isso levou mulheres potiguares e de outros nove estados brasileiros a fazerem um grande movimento nas ruas das cidades para reivindicarem o direito ao voto, que já havia sido conquistado no Rio Grande do Norte. No Brasil, as mulheres só ganharam o direito ao voto somente seis anos depois, em 1934, durante o governo do presidente Getúlio Vargas.
Resistência ao bando de Lampião - Mais um importante ato libertário ocorrido em Mossoró, ano de 1927, foi a resistência ao bando do cangaceiro mais famoso do nordeste brasileiro: Virgulino Ferreira da Silva, popularmente conhecido como "Lampião". Nesse mesmo ano, o município experimentava um crescimento tanto no comércio e na indústria. O bando entrou no Rio Grande do Norte pelo município de Luís Gomes, entre os dias 9 de 10 de junho, percorrendo várias cidades do oeste do Rio Grande do Norte, chegando até Mossoró poucos dias depois. Nesse ataque, Lampião e seu bando sofreram sua única derrota desde o seu início da vida como cangaceiro. No dia 12 de junho, o cangaceiro e seus companheiros chegaram ao distrito de São Sebastião, atual município de Governador Dix-Sept Rosado, na época um distrito de Mossoró, hoje. Lá, ele enviou um telegrama à população de Mossoró, avisando sobre o ataque do bando, fazendo com que a cidade entrasse em desespero e levando o prefeito Rodolfo Fernandes a organizar um êxodo, montando trincheiras para conter os invasores.
Já em 13 de junho, Lampião e seu bando chegaram ao Sítio Saco. Lá, ele enviou um bilhete, que pedia uma quantidade total de 400 réis em dinheiro, para poupar a cidade de Mossoró. O prefeito de Mossoró negou e depois recebeu um segundo bilhete ameaçador. O ataque a Mossoró só começou de fato às quatro horas da tarde, quando o líder do bando dividiu seus cangaceiros em três grupos diferentes, cada um com a função de atacar um local diferente: o primeiro grupo atacou a casa do prefeito, que hoje abriga a sede da prefeitura municipal; o segundo grupo atacou a estação ferroviária de Mossoró, enquanto o terceiro teve a função de atacar o cemitério. Um hora depois, o bando recuou, deixando Colchete (morto no momento do confronto) e Jararaca para trás. Este último foi ferido, preso e morto 3 dias depois do ataque e encontra-se enterrado no mesmo cemitério que havia sido invadido pelo bando de Lampião, sendo depois um elemento de culto pelos mossoroenses.
Economia - No setor primário do município, o destaque é a fruticultura irrigada. Mossoró forma, com os municípios vizinhos Assu e Baraúna, o Polo Mossoró/Baraúna/Assu, o maior produtor de melão do Brasil, seguido pela região do Médio Jaguaribe, já no vizinho estado do Ceará. A região polarizada por Mossoró é, desde 1990, conhecida pelo Ministério da Agricultura como "Mosca da Fruta" ou "área livre da praga Anastrepha Grandis, condição que proporciona e facilita a entrada de produtos mossoroenses em outros mercados consumidores, entre os quais Estados Unidos, Japão e União Europeia.
Na indústria, Mossoró é tanto o maior produtor nacional de sal quanto de petróleo em terra. Destacam-se ainda a produção de cimento e de cerâmica, sendo encontradas várias filiais de empresas de grande porte. O município é um dos principais polos industriais do Rio Grande do Norte, ao lado de Natal, abrigando uma grande concentração de indústrias têxteis, de confecção e de artigos essencialmente voltados ao turismo. Nos últimos anos, a construção civil também tem ganhando força na economia de Mossoró.
O comércio mossoroense é um dos mais dinâmicos do estado do Rio Grande do Norte. A cidade possui alguns centros comerciais, entre os quais o Partage Shopping Mossoró, antigo Mossoró West Shopping, primeiro shopping center do município, inaugurado em 2007 e o maior centro de compras da região oeste do Rio Grande do Norte; o Atacadão, e o Hiper Bompreço, além das micro e pequenas empresas. Também há o Mercado Público de Mossoró, o mais antigo centro comercial da cidade, que foi construído no século XIX, por volta de 1875, tendo seu acabamento final dois anos depois e sendo reconstruído três décadas mais tarde.
Educação - Mossoró abriga a reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Outras instituições de ensino superior no município são o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), a Faculdade de Enfermagem Nova Esperança (FACENE), a Faculdade Mather Christi, a Faculdade Diocesana de Mossoró, e a Universidade Potiguar (UNP).
Destacam-se também, no município. diversas escolas técnicas como IFRN, SENAI, Apoena Cursos Técnicos e Tereza Neo.
Cultura - É notório que, apesar de ser um polo cultural, a cidade ainda não possua um centro histórico definido. A ONG Salv'Art - Instituto de Serviço e Apoio a Arte, Cultura, Cidadania e Meio Ambiente - tem buscado apoio junto aos poderes públicos para que ele se instale na antiga praça da Redenção, hoje praça Dorian Jorge Freire, visto que ali se encontram ainda intactos muito da arquitetura antiga na cidade.
Espaços culturais e pontos turísticos - O Teatro Municipal Dix-Huit Rosado, construído em 2003 pela prefeitura em conjunto com a parceria da Petrobras, possui capacidade para 740 lugares e é o principal teatro da cidade. Neste teatro, ocorrem diversos tipos de eventos, como danças, assembleias, encenações de peças teatrais e folclore. Também há o Teatro Lauro Monte Filho, com capacidade para seiscentas pessoas, mas que se encontra fechado devido a problemas estruturais.
Mossoró conta com alguns museus. O Memorial da Resistência Mossoroense possui exposições que destacam o tema do cangaço e a resistência ao bando de Lampião durante sua invasão em 1927. A Estação das Artes Elizeu Ventania, antiga estação ferroviária, abriga o Museu do Petróleo, com uma exposição diversa de materiais sobre a história do petróleo em Mossoró e no Rio Grande do Norte. O Museu Municipal Jornalista Lauro Escócia já abrigou uma antiga cadeia pública e foi criado em 1948, sendo hoje um dos monumentos pertencentes ao centro cultural do município, abrangendo exposições referentes à sua história, além de documentos históricos. O Museu de Paleontologia Vingt-Un Rosado, por sua vez, reúne espécies de fósseis da antiga ESAM (Escola Superior de Agricultura de Mossoró), hoje UFERSA.
Mossoró também conta com alguns pontos turísticos, além dos espaços culturais, entre os quais a Capela de São Vicente, a Catedral de Santa Luzia, o Cemitério São Sebastião, o Mercado Municipal e o Mercado do Bode. Principal cidade do Polo Costa Branca, Mossoró é um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte.
O Mossoró Cidade Junina, uma das maiores festas juninas do Nordeste brasileiro, chegando a atrair mais de um milhão de turistas, acontece desde 1996 na estação das artes, ao longo do mês de junho. Conta com apresentações de quadrilhas e apresentações musicais, além de barracas com comidas típicas e projetos culturais. Durante o evento acontece um espetáculo teatral, a Chuva de Bala no País de Mossoró, que lembra a trajetória do cangaceiro Lampião e seu bando na cidade (1927), é realizado desde 2003 em frente à capela de São Vicente, local dos confrontos entre o bando e a população local.
A festa da padroeira Santa Luzia é um dos principais eventos religiosos do Rio Grande do Norte e acontece no mês de dezembro, em frente à catedral, começando no dia 3 com a missa de abertura e prosseguindo durante nove noites de novena. Ao longo da festa acontece o Oratório de Santa Luzia, uma encenação teatral que conta a história de Santa Luzia e acontece logo após o término das novenas. Também realizados diversos outros eventos, como a cavalgada de Santa Luzia, a pedalada da Luz e a Moto Romaria da Luz, além de apresentações musicais. Os festejos se encerram no dia 13 de dezembro com missas e a tradicional procissão, chegando a atrair até cem mil fiéis de Mossoró e outros lugares. Através da lei estadual 10.114, de 7 de outubro de 2016, a festa passou a ser considerada patrimônio cultural, histórico e imaterial do Rio Grande do Norte.
Outros eventos importantes do calendário cultural de Mossoró são: a Festa do Bode, realizada no Parque de Exposição Armando Buá pelo governo do Rio Grande do Norte, em parceria com a prefeitura municipal e associações locais, cuja programação inclui exposições de bovinos, caprinos, ovinos e suínos, bem como de produtos artesanais, além de um festival gastronômico, apresentações artísticas, entre outras atrações; a Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (FICRO), que acontece desde 1987 e é promovida pela Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM); a Feira do Livro de Mossoró, evento de incentivo à leitura que ocorre desde 2005, com exposições de livros e uma vasta programação; a Feira Internacional de Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit), o principal evento da fruticultura irrigada do Brasil, contando com a participação de diversas empresas nacionais e internacionais e o Auto da Liberdade, principal espetáculo teatral realizado dentro da Festa de Liberdade, no final de setembro, que recorda três dos quatro atos libertários de Mossoró: o motim das mulheres (1875), a abolição da escravidão (1883) e o primeiro voto feminino (1927), contando também desfiles e apresentações musicais.
Fonte para o texto: Wikipédia.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Diamantina - Minas Gerais

Diamantina é um município brasileiro do estado de Minas Gerais localizado na Mesorregião do Jequitinhonha.
História - Antes da chegada dos colonizadores portugueses, no século XVI (os primeiros relatos dão conta de expedições que subiram o Rio Jequitinhonha e São Francisco), Diamantina, como toda a região do atual estado de Minas Gerais, era ocupada por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê.
Diamantina foi fundada como Arraial do Tejuco em 1713, com a construção de uma capela que homenageava o padroeiro Santo Antônio. A localidade teve forte crescimento quando da descoberta dos Diamantes em 1729. Em fins do século XVIII era a terceira maior povoação da Capitania Geral da Minas, atrás da capital Vila Rica, hoje Ouro Preto, e com população semelhante à da próspera São João del-Rei. No século XVIII cresceu devido à grande produção local de diamantes, que eram explorados pela coroa portuguesa. Foi conhecida inicialmente como Arraial do Tejuco (ou Tijuco) (do tupi tyîuka, "água podre", Tejuco e Ybyty'ro'y (palavra tupi que significa "montanha fria", pela junção de ybytyra ("montanha") e ro'y ("frio"). Durante o século XVIII, a cidade ficou famosa por ter abrigado Chica da Silva, escrava alforriada que era esposa do homem mais rico do Brasil Colonial, João Fernandes de Oliveira.
Diamantina emancipou-se do município do Serro somente em 1831, passando a se chamar Diamantina por causa do grande volume de diamantes encontrados na região. A demora se devia à necessidade de maior controle local pelas autoridades coloniais visto que já em meados do século XVIII a população era maior que a da Vila do Príncipe do Serro Frio, cabeça da comarca. A vida em Diamantina no final do século XIX foi retratada por Alice Brant no seu livro Minha Vida de Menina, que se tornou um marco da literatura brasileira após ter sido redescoberto por Elizabeth Bishop.
Em 1938, Diamantina comemorou seus cem anos de elevação à categoria de cidade, recebendo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional o título de "patrimônio histórico nacional". E, no ano de 1999, foi elevada à categoria de "patrimônio da humanidade" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Economia - O perfil da economia da cidade mudou muito rápido devido à forte expansão da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri no fim da primeira década de 2000, que acabou por se tornar o motor da economia do município, possuindo 26 cursos de graduação, 23 cursos de pós graduação e cerca de 1200 servidores e 12.000 alunos. A sociedade diamantinense, até certo ponto tradicional, ainda encontra dificuldades em se adaptar à nova dinâmica imposta pela chegada de uma população jovem e com diminutas “raízes” com as tradições locais.
Entretanto, a economia de Diamantina ainda está muito ligada ao turismo, a maior parte do intenso fluxo turístico focado na arquitetura e importância histórica, o município possui um rico e variado ecossistema em seu entorno, com cachoeiras, trilhas seculares e uma enorme área de mata nativa, que teve a felicidade de ser protegida com a criação de Parques Estaduais. A cidade é um dos destinos da Estrada Real, um dos roteiros culturais e turísticos mais ricos do Brasil, e faz parte do circuito turístico dos Diamantes.
Turismo - Apesar do grande número de turistas, a infraestrutura para receber visitantes é considerada inferior à de Ouro Preto, a primeira cidade no estado a ser reconhecida pela Unesco, e na capital de Minas, Belo Horizonte. Um grande gargalo é o trânsito, contando com uma frota local crescente e chegada de muitos carros nos fins de semana. Diamantina é também conhecida por suas serestas e vesperata, que é um evento em que os músicos se apresentam à noite, ao ar livre, das janelas e sacadas de velhos casarões, enquanto o público assiste das ruas. Um dos grandes impulsos turísticos de Diamantina é o famoso Parque Estadual do Biribiri, com suas águas cristalinas e cachoeiras, entre elas se destaca a Cachoeira das Fadas e a Cachoeira do Telésforo localizadas no distrito de Conselheiro Mata. Um grande marco histórico e turístico da cidade é o Centro Histórico de Diamantina, que guarda grandes lembranças do tempo colonial, em destaques por seus grandes e belos casarões e igrejas coloniais que retratam um pouco do Século XVIII. A cidade ainda se localiza no Vale da Serra do Espinhaço, propício para turismo de Diamantina.
Pontos turísticos - Diamantina tem vários pontos turísticos: Parque Estadual do Biribiri; Parque Nacional das Sempre-Vivas; Museu do Diamante; Instituto Casa da Glória; Cachoeira do Telésforo; Cachoeira das Fadas; Gruta do Salitre; Casa da Chica da Silva; Catedral Metropolitana de Diamantina; Centro Histórico de Diamantina; Igreja de Nossa Senhora do Carmo; Casa de Juscelino Kubitschek; Igreja de São Francisco de Assis; Cachoeira dos Cristais; Praça JK; Cachoeira da Sentinela; Teatro Santa Izabel; Antiga Casa da Intendência; Basílica do Sagrado Coração de Jesus; Serra dos Cristais; Igreja de Nossa Senhora do Amparo.
Fonte para o texto: Wikipédia..

sábado, 17 de novembro de 2018

Engenheiro Paulo de Frontin - Rio de Janeiro


Engenheiro Paulo de Frontin é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste do país.
História - A cidade nasceu de um entreposto comercial entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro que se transformou na Vila de Rodeio, ponto convergente entre estes estados e São Paulo. A povoação floresceu no fim do século XIX com a construção da estrada de ferro que passou a cortar a vila.
Mais tarde, em 1943, passou a chamar-se Soledade de Rodeio, e em seguida (1946) Engenheiro Paulo de Frontin, em homenagem ao responsável pela duplicação da linha férrea, especialmente pelo Tunel 12 ou "Túnel Grande", que possui 2.245 metros de comprimento.
Entre outras obras do supracitado engenheiro, destaca-se a de abastecimento de água que, realizada em apenas 6 dias, salvou a cidade do Rio de Janeiro de uma grande seca, obra esta que contou com a participação do também engenheiro Raimundo Teixeira Belfort Roxo. A 22 km da Rodovia Presidente Dutra (BR 116) e 85 km da capital, Engenheiro Paulo de Frontin, está situado na região Centro Sul do estado, na Serra do Mar, com riqueza ambiental e clima que lhe proporcionam qualidade de vida diferenciada, repleta de vida da Mata Atlântica, localizada no histórico Vale do Café. A região engloba ainda os municípios de Mendes, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Vassouras, Barra do Piraí, Japeri e Paracambi.
Ainda existem no Município muitas fazendas que foram construídas período do Ciclo do Café, e que nessa época produziam muitos doces, licores e outras iguarias. Mas que a com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, sofreram grandes agravos, incêndios e por fim se tornaram apenas fazendas históricas abertas à visitação dos turísticas que por aqui passam.
Educação - A principal instituição de educação profissional e superior do município é o IFRJ - Instituto Federal do rio de Janeiro, campus Engenheiro Paulo de Frontin, instalado no local onde outrora abrigou a Escola Rodolfo Fuchs (conhecido pela população local também como aprendizado, criada em 1939, que era destinada a menores em situação de vulnerabilidade social). A sede do campus do IFRJ, inaugurado em 2010, ocupa a antiga sede da fazenda da cachoeira com 60 alqueires possuindo uma área total de 3.261.540 metros quadrados. Atualmente o campus oferece os seguintes cursos públicos e gratuitos: Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais: a primeira e única graduação em Jogos Digitais em toda a rede federal de ensino do país e Curso Técnico em Informática para Internet: forma técnicos para suportar as necessidades de Tecnologia da Informação e Comunicação, com foco em Internet.
Economia - O município possui cultura industrial, por meio de sua única indústria de médio porte, especializada em fabricação de artefatos de borracha, e outras indústrias de pequeno porte, com a especialidade de produção de fogos de artifícios, além de empresas de pequeno porte como: confecções, gráficas, divulgação, comunicação visual, gráficas, caixas de embalagem de joias finas, água mineral, produção de laticínios, doces artesanais, armações de guarda-sóis, entre outras. Com o advento da faculdade de jogos digitais, começam a se instalar pequenos estúdios de games indie. O município possui ainda histórico de baixa rotatividade em RH.
Possui potencial agrícola devido a abundância de água de excelente qualidade, porém, pouco explorado pois há uma grande área de Mata Atlântica intocada, que cobre aproximadamente 56% de todo território municipal.
Frontin Digital - O Frontin Digital, disponível em Sacra Família do Tinguá e Morro Azul, desde 2016 a partir do Programa Cidades Digitais tem o objetivo de modernizar a gestão e o acesso aos serviços públicos nos municípios brasileiros. Para isso, construiu uma rede de fibras ópticas que possibilita a conexão entre sua empresa, os órgãos públicos, e acesso da população a serviços de governo eletrônico e a espaços públicos de uso de internet.
O Frontin Digital é um anel de fibra óptica que interliga órgãos públicos locais, por meio de equipamentos, serviços de instalação, suporte técnico e capacitação da administração municipal. A sede da infraestrutura de acesso à internet do projeto Cidades Digitais está instalada no IFRJ campus Engenheiro Paulo de Frontin. O PEAS, Ponto de Enlace e Acesso Social, o ponto central da rede, é onde chega o backhaul e está instalada a SGI (Solução Gerenciadora da Infraestrutura), onde também estão instalados os servidores de armazenamento de conteúdo, gerenciamento da rede de acesso, controle de usuários (aplicação de políticas de acesso).
A rede também organizada em PAP, Pontos de Acesso Públicos, que são os pontos mais visíveis para acesso público da rede do Programa Cidades Digitais em Engenheiro Paulo de Frontin, terão um alcance, com visada direta a antena de 300 metros e estará disponível aos locais de interesse público, estes PAP serão o ponto divisor entre a sub-rede de acesso e a sub-rede de distribuição. Nele se considera a instalação do Access Point Outdoor. A quantidade de PAPs aumenta a cobertura Wi-Fi na cidade e, consequentemente, a cobertura da sub-rede de acesso. A sub-rede de acesso é considerada como sendo a partir dos PAP, atendida com Wi-Fi (IEEE 802.11b/g/n).
Silício Fluminense: O Vale dos Games - A incubadora Silício Fluminense, Empreendimentos e Economia Criativa de Engenheiro Paulo de Frontin, é um conjunto de ações, geograficamente distribuídas, que operam de forma articulada e em consonância ao conceito da “Hélice Tripla de Etzkowitz” (Instituição de Ensino – Governo – Empresa) com sede no IFRJ campus Eng. Paulo de Frontin. Como unidade de negócios, se propõe a fomentar a pratica da economia criativa e da riqueza empresarial, com produtos e serviços das empresas associadas que serão apresentados ao mercado, principalmente os da cadeia consumidora nacional e internacional de produtos tecnológicos. A fonte dos recursos foi proveniente da FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), sendo investidos mais de R$ 220 mil entre material permanente e equipamentos.
GDG Paulo de Frontin - Lançado pelos alunos do IFRJ campus Eng. Paulo de Frontin no dia 12 de março de 2016, o Google Developer Group (GDG) na unidade. Trata-se de um grupo de desenvolvedores que, de forma voluntária, se reúne para criar e realizar projetos, em áreas como Android e Web.
Proposto pelos estudantes, o desafio e principal objetivo do GDG Paulo de Frontin é criar projetos, desenvolver tecnologias, softwares e jogos digitais. Foram os próprios estudantes que se organizaram, realizaram a submissão da candidatura e conquistaram a aprovação.
Por todo o mundo, os GDGs são focados em desenvolvedores interessados em conhecer em profundidade as tecnologias desenvolvidas pela Google, tais como os estudantes e egressos do curso técnico em Informática para Internet, do Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais e dos cursos de Formação Inicial e Continuada - FIC, entre muitos outros. Android, App Engine, e plataformas do Google Chrome, para APIs de produtos como o Google Maps API, API do YouTube e API do Google Calendar servem como exemplo de tecnologias a serem estudadas pelos membros do GDG.
O capítulo GDG Paulo de Frontin pode assumir diversas formas, desde a mais simples, com alguns estudantes se reunindo para assistir ao vídeo com as mais recentes novidades em tecnologia (clique aqui e assista ao canal do GDG no YouTube), até grandes encontros com demonstrações, palestras ou minicursos técnicos na semana acadêmica do campus, eventos como sprints de código e hackathons, mostra de jogos, entre outras atividades. O GDG Paulo de Frontin é um grupo independente de usuários com interesse em tecnologias Google, e todo seu conteúdo é inteiramente independente da empresa norte-americana.
Turismo - O maior potencial econômico da cidade é o turismo, pois ocupa uma região montanhosa de beleza magnífica. O clima é considerado um dos melhores do mundo com temperaturas amenas e chuvas suficientes ao longo de todo o ano. Há reservas de Mata Atlântica onde é possível visualizar animais silvestres em seu habitat natural, além de cachoeiras e lagos, o que rendeu a cidade, a partir de 1995, através de lei estadual, o cognome de "Cidade Verde". O município dispõe de uma rede hoteleira bem formada.
O pico do Lírio é uma montanha utilizada pelos amantes do radioamadorismo para a realização de contestes. Funciona neste local uma estação repetidora de radioamadores, com links excepcionais alcançando cidades em São Paulo e Espírito Santo. Também é onde se localizam as torres de retransmissão dos canais de televisão e de onde se pode ver, em noites de tempo bom, o Cristo Redentor no Morro do Corcovado, na cidade do Rio de Janeiro.
Fonte para o texto: Wikipédia.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Aparecida do Norte - São Paulo


Aparecida é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, Região Sudeste do país. Localiza-se no vale do Paraíba Paulista, a nordeste da capital do estado.
As origens do município remontam à fé consolidada ao redor do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida no curso do Rio Paraíba do Sul por pescadores, em 1717. Os milagres atribuídos à representação levaram à construção de uma capela, em 1745, ao redor do qual se estabeleceram vários fiéis e os primeiros residentes. Dado o desenvolvimento da localidade, em 1842, foi criada a freguesia, subordinada a Guaratinguetá, da qual Aparecida se desmembrou em 17 de dezembro de 1928.
O número crescente de fiéis implicou na construção de um templo maior, a atual Basílica Velha, que foi inaugurada em 1888 e substituída pela nova Basílica de Nossa Senhora Aparecida na segunda metade do século XX. Esta configura-se como o maior centro de peregrinação religiosa da América Latina, recebendo anualmente milhões de visitantes, os quais fazem do município um dos principais núcleos turísticos do Brasil. O complexo turístico aparecidense abrange ainda marcos como o Porto Itaguaçu, que marca o local onde a imagem de Nossa Senhora foi encontrada; o Seminário Missionário Bom Jesus; o Morro do Cruzeiro, com suas esculturas que representam a Via Sacra; e a Igreja São Benedito, inaugurada em 1918.
História - O surgimento da atual cidade de Aparecida está ligado diretamente com a passagem de Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar e governante da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, pela então Vila de Guaratinguetá, durante uma viagem até Vila Rica, em outubro de 1717. A população decidira realizar uma festa em homenagem à presença da autoridade e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba do Sul com a intenção de oferecerem peixes ao conde. Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus e após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao local conhecido como Porto Itaguaçu, já prestes a desistirem da pescaria, até que João Alves jogou sua rede novamente e em vez de peixes, apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora, sem a cabeça. Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço.
Durante algum tempo, a imagem foi abrigada na residência de Felipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. Dada a fé local atribuída aos frequentes relatos de milagres atribuídos à representação, em 1734 foi ordenada a construção de uma capela à sua alusão, a mando do vigário de Guaratinguetá, no local conhecido como Morro dos Coqueiros. A capela foi aberta à visitação pública em 1745 e uma vez que a fama dos milagres se espalhava por outras regiões do Brasil, tornaram-se comuns peregrinações de fiéis até a localidade. O número crescente de fiéis implicou, em 1834, no início da construção de uma igreja maior, a atual Basílica Velha, sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888.
Pela lei provincial nº 19, de 4 de março de 1842, foi criada a freguesia (equivalente à condição de distrito) denominada Aparecida e subordinada a Guaratinguetá. Chegou a ser extinta pela lei nº 38, de 15 de março de 1844, sendo recriada pela lei nº 131, de 25 de abril de 1880. Deixou de existir novamente pela lei n.º 3, de 15 de fevereiro de 1882, porém foi restabelecida pelo decreto estadual nº 147, de 4 de abril de 1891. A 8 de julho de 1877, a localidade passou a ser atendida pela Estrada de Ferro do Norte (depois Estrada de Ferro Central do Brasil), com a inauguração de sua estação ferroviária, que foi reinaugurada em 1922 e desativada em 1998, em função do fim do transporte de passageiros.
A antiga denominação da via férrea levou a cidade a ser conhecida também como Aparecida do Norte. O desenvolvimento em função do turismo religioso culminou na emancipação de Aparecida, decretada pela lei estadual nº 2.312, de 17 de dezembro de 1928, desmembrando-se de Guaratinguetá e instalando-se a 30 de março de 1929. Pelo decreto-lei estadual nº 14.334, de 30 de novembro de 1944, foi criado o distrito de Roseira, que foi desmembrado e emancipado pela lei estadual n.º 5.285, de 18 de fevereiro de 1959.
Em 1904, a imagem foi coroada pelo Papa Pio X sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, sendo consagrada padroeira do Brasil em 1930 pelo Papa Pio XI. Em 1946, foi implantada a pedra fundamental da construção da atual Basílica de Nossa Senhora Aparecida, com projeto de autoria do engenheiro Benedito Calixto Neto, e a 15 de agosto de 1967, em ocasião da comemoração do 250º aniversário do encontro da imagem no Rio Paraíba do Sul, ocorreu a inauguração do templo, pelo Papa Paulo VI, representado por um legado especial do Vaticano, ofertando-lhe o título da "Rosa de Ouro". 
Em cerimônia presidida pelo Papa João Paulo II, a basílica foi consagrada oficialmente à Nossa Senhora da Conceição Aparecida em julho de 1980. Além de João Paulo II, Aparecida também veio a receber as visitas dos papas Bento XVI, em 2007, durante a Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, e Francisco, como parte da XXVIII Jornada Mundial da Juventude. A localização no Vale do Paraíba, entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com acesso facilitado através da Rodovia Presidente Dutra, favorece a estadia anual de milhões de fiéis e visitantes.
Economia - Em Aparecida, destaca-se a área de prestação de serviços. A indústria, por sua vez, configurava-se como o segundo setor mais relevante para a economia do município.
Comunicação - A TV Aparecida, sediada na cidade, é administrada pelo Santuário Nacional através da Rede Aparecida de Comunicação, bem como a Rádio Aparecida. Também cabe ser ressaltada a Rádio Monumental, pertencente à igreja do Evangelho Vida Abundante. Dentre os periódicos locais, destacam-se o "Dinoite", "O Aparecida", "O Santuário" e "Tranca e Gamela".
Instituições culturais - Aparecida conta com legislações municipais de proteção ao patrimônio cultural material. Dentre os espaços culturais, destaca-se a existência de uma biblioteca mantida pelo poder público municipal, museus, teatros, salas de espetáculos, clubes, associações recreativas e estádios ou ginásios poliesportivos. O Museu Nossa Senhora Aparecida, inaugurado em 8 de setembro de 1956, reúne objetos históricos da região, com destaque para as peças arqueológicas e instrumentos sacros, e funciona em anexo à Basílica. O prédio da antiga estação ferroviária abriga um centro cultural que ocasionalmente organiza apresentações e mostras.
Há existência de equipes artísticas de manifestações tradicionais populares, grupos musicais, orquestras, bandas, associação literária, grupos de capoeira, grupos de artes plásticas e visuais e blocos carnavalescos. O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural aparecidense, sendo que as principais atividades artesanais desenvolvidas são o bordado e trabalhos com madeira e materiais recicláveis. A produção artesanal do município visa, em grande parte, a atender à demanda gerada pelo fluxo turístico.
Atrativos e eventos - Aparecida é um dos municípios paulistas considerados "estâncias turísticas" pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. O município também adquiriu o direito de agregar junto a seu nome o título de "Estância Turística", termo pelo qual passou a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais. Tal status se deve à importância cultural e histórica herdada do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, consolidada pela construção da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, erguida em estilo neoclássico.
A gama do Santuário Nacional abrange a Passarela da Fé, que tem 389 metros de comprimento e 35 metros de altura, liga a Basílica Velha ao novo templo e foi inaugurada em 1972; o aquário, com espécies tanto de água doce quanto salgada; o Centro de Apoio ao Romeiro, que é constituído por uma praça de alimentação e cerca de 380 lojas e está situado no estacionamento da basílica; e o bondinho da cidade, que liga a Basílica, na chamada Estação Santuário, ao alto do Morro do Cruzeiro, com uma extensão de aproximadamente 1.170 metros sobre a cidade e a Rodovia Presidente Dutra e um desnível de 115 metros, tendo sido inaugurado em 25 de junho de 2014. O Morro do Cruzeiro é equipado com um mirante de 30 metros de altura em seu topo, também inaugurado em 2014, sendo marcado por esculturas que representam as estações da Via Sacra.
Além do Santuário Nacional, o complexo turístico do município abriga ainda marcos como o Porto Itaguaçu, que foi estruturado em 1997 e marca o trecho do Rio Paraíba do Sul onde a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi encontrada; a Basílica Velha, com sua arquitetura barroca, que foi inaugurada em 1888 em substituição à primeira capela que abrigou a representação (esta construída em 1734); o Seminário Missionário Bom Jesus, construído no final do século XIX como um grande centro de formação religiosa, tendo abrigado os papas João Paulo II e Bento XVI durante suas estadias em Aparecida; e a Igreja São Benedito, inaugurada em 1918. O Mirante da Santa, situado no alto do morro da Rua Antônio Bittencourt da Costa, tem 17,6 metros de altura e é o maior monumento dedicado à Nossa Senhora Aparecida em todo o mundo.
Dentre os eventos realizados na cidade, integrados ou não com as atividades do Santuário, cabem ser ressaltados o Encontro de Reis, em janeiro; o Carnaval, organizado em fevereiro ou março, com desfiles dos blocos carnavalescos da cidade e espetáculos musicais com bandas regionais; as celebrações da Semana Santa; a Festa de São Benedito, que é realizada desde o começo do século XX, em abril, com missas e procissões pelas ruas da cidade e gincanas envolvendo a comunidade e as escolas; o dia do Sertanejo, em maio, com celebrações religiosas especiais e espetáculos musicais com duplas sertanejas em homenagem às caravanas de viajantes com violeiros; e a Festa de Nossa Senhora Aparecida, em ocasião de seu dia comemorativo, em 12 de outubro, marcada por missas especiais e pela procissão do Porto Itaguaçu até a Basílica antes de amanhecer.
Fonte para o texto: Wikipédia.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Concórdia - Santa Catarina


Concórdia é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. É considerada a mais bela cidade do oeste catarinense. Eleita como a cidade com o melhor índice de desenvolvimento do Estado de Santa Catarina e a 6ª melhor do Brasil pelo IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal).
Foi fundado por colonizadores provenientes do Rio Grande do Sul, principalmente descendentes de italianos e alemães que haviam emigrado para o Brasil no século XIX. Concórdia situa-se na região do Oeste Catarinense, sendo a segunda maior cidade desta região do estado, após Chapecó. Fica a aproximadamente 450 km da capital Florianópolis.
História - A colonização de Concórdia, como a do Meio Oeste e Oeste de Santa Catarina, passou a ser intensificada após a Guerra do Contestado, especialmente nos anos de 1920 e 1930. Nesta época os governos estadual e federal estimularam a venda de pequenas propriedades rurais aos colonos gaúchos. Até então, a região era habitada somente por caboclos.
Ao contrário do que algumas pessoas divulgam, a denominação "Concórdia" não se deve a nenhum acordo de paz para o fim da Guerra do Contestado, que aconteceu no início do século passado na região Meio Oeste de Santa Catarina. Isso pelo simples fato de que não houve qualquer acordo de paz, já que os caboclos foram dizimados pelo Exército Brasileiro e pelas forças policiais do Paraná e Santa Catarina. Ao que tudo indica, o nome Concórdia surgiu em função da necessidade de se estabelecer uma nova denominação para a vila, até então chamada de Queimados, em razão do riacho que corta seu centro. "Queimados" este sim seria um nome pouco charmoso para a cidade, enquanto Concórdia soa melhor e é mais simpático. O nome Concórdia pode estar associado sim ao espírito de pacificação que existia, sem, entretanto, que se fizesse qualquer coisa para a integração social dos caboclos que viviam na região.
Devido ao grande crescimento da cidade, diversas etnias podem ser encontradas em Concórdia, mas sua população mantém as características originais, sendo predominantemente descendente de italianos, alemães e por alguns poloneses.
Geografia - O município de Concórdia é banhado por vários rios da bacia hidrográfica do rio Uruguai. Além do próprio Uruguai, destacam-se o Jacutinga, Rancho Grande e o Queimados que passa pelo centro da cidade , além de inúmeros outros riachos que se destacam por suas belezas. Localizado na divisa com os municípios de Irani, Lindoia do Sul, Ipumirim, Arabutã e Itá, o rio Jacutinga recebe água de uma série de afluentes, com sérios riscos de contaminação com dejetos suínos. A preocupação é maior porque é dele que Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) capta cerca de 80% da água que é distribuída no município.
A construção da Usina Hidrelétrica de Itá fez com que o curso do rio Uruguai em toda a extensão que banha o município de Concórdia, na divisa com o Rio Grande do Sul, se transformasse numa grande represa. O mesmo ocorreu com a parte final dos cursos de seus afluentes (incluindo Rancho Grande, Queimados e Jacutinga e o Lajeado Fragosos). Este lago possui mais de 80 km de extensão, com uma profundidade de mais de 70 metros e uma largura média superior a 500 metros.
A bandeira do município é composta por três listras verticais vermelhas (as laterais) e verde (a central). No centro da bandeira há um losango branco, com o brasão do município.
Economia - A economia de Concórdia se concentra na agroindústria e na agropecuária, principalmente com a criação de suínos e aves e plantações de milho e soja em minifúndios, além de ter um comércio bem desenvolvido e que atende também os municípios vizinhos. A região de Concórdia é berço de algumas das maiores empresas frigoríficas do país. A Sadia S.A. surgiu e tem sua matriz em Concórdia. No início denominada Sociedade Anônima Concórdia, o nome Sadia surgiu da junção do "S" de Sociedade, "A" de Anônima e "DIA" de Concórdia. Em 2009, a Sadia foi incorporada pela Perdigão S.A., quando fundiram-se e passaram a ser uma única empresa, a Brasil Foods S.A., atual BRF.
Cultura
Aniversário - O aniversário do município é comemorado em 29 de julho, tendo em vista a emancipação político-administrativa do município ter ocorrido nesta data, em 1934. As comemorações em geral envolvem uma grande exposição de animais, indústria e comércio, shows, e um festival gastronômico baseado em carne suína. Como parte da festa do município, são oferecidos à população um bolo e uma mortadela com o comprimento, em metros, igual a idade que a cidade comemora.
Festas - Outras grandes festas que acontecem no município, são: Festa Nacional do Leitão Assado (FENAL), que acontece em julho; Expo Concórdia, que acontece de dois em dois anos em novembro; Concórdia Kerb Fest, que é uma festa estilo alemã, com muita música e comida, realizado em novembro.
A Festa do Vizinho é realizada todos os anos, tendo iniciado em 1997 com algumas ruas. Hoje, mais de 500 ruas participam da festa, reunindo mais de 30 mil pessoas. Nesta festa, vizinhos se reúnem e confraternizam durante um almoço, geralmente churrasco, na própria rua, que é totalmente decorada. A festa inicia-se logo de manhã e vai até o anoitecer, e normalmente são realizadas gincanas, brincadeiras e jogos. Geralmente a festa é apoiada pelas emissoras de rádio da cidade, que transmitem informações a respeito da organização da festa e distribuem brindes.
Educação Superior - O ensino superior é outro segmento que cresceu muito nos últimos anos em Concórdia. Hoje são pelo menos 10 instituições que oferecem cursos superiores no município: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense - IFC (antigo IFET e Escola Agrotécnica); Universidade do Contestado - UnC; Faculdade Concórdia - FACC; Fundação Adolfo Bósio de Educação no Transporte - FABET - Faculdade de Tecnologia Pedro Rogério Garcia - FATTEP; SENAC; SENAI; TERRA Cursos e Faculdade UNINTER; UNOPAR - CEMAP I.
Fonte para o texto: Wikipédia.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Caldas Novas - Goiás

Caldas Novas é um município brasileiro do estado de Goiás.
O município é conhecido por ser a maior estância hidrotermal do mundo, possuindo águas que brotam do chão em temperaturas que variam de 43° a 70°. A principal fonte de renda do município é o turismo. Na alta temporada, a cidade chega a comportar mais de 500 mil turistas.
Uma outra grande atração de Caldas Novas é o ecoturismo, vez que a cidade encontra-se às margens do lago da represa de Corumbá e ao lado da Serra de Caldas.
Todos os anos, mais de 3 milhões de turistas visitam Caldas Novas. Possui centenas de piscinas com águas termais em seus hotéis e clubes, que atraem turistas de todo o país, principalmente das regiões Sudeste e Centro Oeste.
História - Caldas Novas pertencia a Capitania de São Paulo, quando Brasil era colônia de Portugal.
Em 1722, época do descobrimento das águas termais de Caldas Novas, o governo português, ávido pelas riquezas minerais da colônia, guardou-as para futuras explorações.
Na parte oriental da Serra de Caldas, as fontes termais de Caldas Novas viraram história.
Uma história com seus lances de lenda, coragem e perseverança conta que Martinho Coelho de Siqueira, numa de suas conhecidas caçadas de animais silvestres, sentiu de perto a agonia dos seus cães.
Em desabalada carreira eles passaram á sua frente como que atiçado por um fogo desconhecido, sendo descoberto a Lagoa Quente do Pirapitinga.
Nascia aí a primeira história das águas quentes de Caldas Novas, história de um arraial que virou cidade. E hoje é a capital mundial das águas quentes.
Liderados por Bento de Godoy vieram Orcalino Santos, Victor Ozeda Alla, João Batista da Cunha e outros. Eles chegaram à pequena vila que já começava a virar cidade a partir de 1900. A autonomia política, concedida a Caldas Novas, deu-se graças à solicitação destes à sede de Morrinhos.
Em 1911, o presidente do Estado, Urbano Gouveia, no dia 5 de julho, nomeou Bento de Godoy como presidente da primeira intendência que foi instalada no dia 21 de Outubro. Desde então, nesta data se comemora o aniversário de Caldas Novas.
Foi durante sua administração (1911 a 1915) que Caldas Novas tomou um novo impulso para o desenvolvimento.
Pontos atrativos - O Parque Estadual da Serra de Caldas Novas apresenta ao turista várias fontes que se transformam em riachos em meio a uma vegetação exuberante. Foi criado com o objetivo de proteger a área de captação da chuva que abastece o lençol termal. Tem a visitação dos turistas controlada, a fim de que o Parque continue sendo um preservador do cerrado goiano e do manancial hidrotermal. Além das trilhas e cachoeiras que o Parque possui, os amantes da natureza ainda podem praticar ciclismo (mountain bike), pois a região é cercada de trilhas com paisagens deslumbrantes. O esporte cresceu tanto na cidade que, anualmente, é realizado uma competição que atrai atletas de todo o país, o Desafio das Águas Quentes de Mountain Bike.
Além de várias estâncias termais, Caldas Novas possui na praça central Mestre Orlando, a Igreja Matriz, um calçadão repleto de bares e restaurantes e um chafariz, lugares mais frequentados pelos turistas, além da sede da Secretaria do Turismo, onde se pode obter informações sobre lugares a serem explorados. Na mesma praça, existe a Igreja Nossa Senhora das Dores, construída em 1850. É a construção mais antiga da cidade.
Hotelaria - A rede hoteleira da cidade é ampla. Desde pousadas e chalés mais baratos para se hospedar, áreas de acampamento, até hotéis cinco estrelas. Até o início de 2014 a cidade tinha exatos 74 hotéis de grande porte. Excluindo pensões e pousadas, praticamente todos os hotéis são edifícios com mais de 10 andares. Caldas é a cidade com o maior número de edifícios de todo o interior do estado.
Parques Aquáticos - São os maiores atrativos turísticos da cidade. Atraem muitos movimento a cidade em busca de lazer e diversão nas águas quentes. Os parques aquáticos tem estrutura completa para toda família e todas as idades. Toboágua tipo radical e para crianças, rio lento, atrações com boias, piscinas termais, de ondas, ofurô, bar molhado, sauna, recreação com monitores e shows musicais. DiRoma Thermas, Clube Privé, CTC, Náutico Praia Clube, Lagoa Termas e outros. Podem ser anexos de hotéis ou clubes,[14] e visitados pelos turistas. Há também condomínios espalhados pela cidade que possuem piscinas termais, toboáguas, saunas e outros atrativos, em menor estrutura.
Festas - A cidade também é conhecida pelas suas festas sertanejas. O Caldas Country é considerado o maior festival de música sertaneja do mundo. Vários cantores passam pela cidade nos dois dias de shows, entre os mais famosos estão: Paula Fernandes, Luan Santana, Chitãozinho e Xororó, Gusttavo Lima, Jorge e Mateus, Humberto e Ronaldo, Fernando e Sorocaba, Banda Eva e Lucas Lucco. A média de público nos dois dias de show é de 100 mil pessoas.
Caldas Novas vem recebendo outro importante festival de música sertaneja, o Verão Sertanejo, realizado no mês de janeiro. São dois dias de shows, com várias atrações consagradas. Durante os dias de eventos, a segurança da cidade é reforçada com o aumento do contingente policial.
Fonte para o texto: Wikipédia.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Cataguases - Minas Gerais



Cataguases é um município brasileiro localizado no estado de Minas Gerais.
Fundação - Em se tratando da fundação de Cataguases, se destaca Guido Thomas Marllière - apontado como o fundador da cidade. A região começou a se erguer conforme as diretrizes de Guido, pois ele se empenhara na elaboração de um delineamento estrutural urbano sofisticado e particularizado para a região.
A cidade recebeu também imenso apoio de estruturação advindo da família Vieira. Primeiramente o major Joaquim Vieira da Silva Pinto fundou a fazenda da Glória em distrito de mesmo nome e o filho dele, coronel José Vieira de Resende e Silva, fundou posteriormente a fazenda do Rochedo, nas proximidades do distrito de Sereno.
A denominação Cataguases causa controvérsias quanto ao verdadeiro sentido: uns alegam ser o nome escolhido por José Vieira em homenagem ao riacho que banhava a casa dele e possuía este nome em sua cidade natal (atual cidade de Prado). Para alguns o nome significa “terra de gente boa”, para outros é “povo que mora no país das matas”.
Polo Industrial - Muito conhecida por suas indústrias, Cataguases conta com parque industrial e diversas indústrias espalhadas pelo seu território. Destacam-se a Companhia Industrial Cataguases; a Cataguazes de Papel; a Mineradora Rio Pomba Cataguases; a Companhia Manufatora; o Grupo Zollern, dentre outras. É também na cidade que está localizada a sede do Grupo Energisa, importante empresa do setor elétrico.
Cultura - Considerada como cidade histórica de Minas Gerais, Cataguases gravou seu nome no cinema brasileiro com Humberto Mauro; nos anos 1920, alcançou grande repercussão com a revista e o Movimento Verde (Rosário Fusco, Guilhermino César, Francisco Inácio Peixoto, Ascânio Lopes, Henrique de Resende, Oswaldo Abritta, dentre outros).
Cataguases esteve à frente no Movimento Moderno de arquitetura na década de 1940, muito por incentivo de Francisco Inácio Peixoto e José Pacheco de Medeiros Filho, que levaram à cidade diversos arquitetos e artistas modernos para desenhar uma nova estética e consequente mentalidade para a cidade. Importantes nomes como Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, Burle Marx, Joaquim Tenreiro, Djanira, José Pedrosa, Jan Zach, deixaram seus traços na cidade.
Em 1941, chega a Cataguases o padre Solindo José da Cunha na Igreja Santa Rita de Cássia (hoje Santuário de Santa Rita de Cássia) – e com ele a ousadia de um novo templo, inaugurado apenas em 1968. O projeto de Edgar Guimarães do Valle traz o arrojo da nave livre, do vão central sem colunas. Na parte frontal externa, “A vida de Santa Rita”, painel de Djanira.
Diversos prédios modernos foram construídos na época e em 1995, o IPHAN decidiu pelo tombamento de uma poligonal no centro da cidade de aproximadamente 60 quadras face à importância de seu patrimônio arquitetônico.
Na década de 1960, contou com diversos movimentos culturais de vanguarda, destacando-se o Centro de Arte de Cataguases (CAC), do qual participaram Carlos Moura, Paulo Martins, Silvério Tôrres, Antônio Jaime Soares (entre outros) e o Centro de Arte Experimental de Cataguases (CAEC), liderado por Silvério Tôrres, tendo como principais integrantes Eucília Santos, Toninho Linhares e Clério Benevenuto; além de um grupo de poesia liderado pelos irmãos Joaquim e Pedro Branco, orbitado por Ronaldo Werneck, do qual também participaram Lina Tâmega Del Peloso, Márcia Carrano, Sebastião Salgado, Arabella Amarante.
Destaque para a produção do filme "O anunciador, o homem das tormentas", de Paulo Martins, que teve início no final da década de 1960 e lançamento no início dos anos 70, vez que se trata de um dos pouquíssimos filmes underground feitos em todo o mundo.
São destaques os trabalhos do escritor Luiz Ruffato, vencedor do Prêmio Jabuti com "Eles Eram Muitos Cavalos", e também do artista plástico Luiz Lopez, com suas séries de obras sobre o tema "campo de futebol". A beleza da cidade e a efervecência cultural evidenciam os trabalhos fotográficos de Vicente Costa, Humberto Ribeiro e Juliano Carvalho.
Destaca-se também as recentes aquisições escultóricas, com obras públicas de Amílcar de Castro e Sonia Ebling.
A cidade, que desde o início do século passado mantém acesa a chama literária, realiza desde 2009, o FELICA (Festival Literário de Cataguases) e que já é uma grande referência literária em toda Zona da Mata Mineira.
Atualmente, Cataguases mantém o o perfil de cidade do cinema realizando anualmente o Festival Ver e Fazer Filmes, que conta com a participação de produtores convidados de várias partes do país e até do exterior para a produção e exibição de curtas.
Cataguases se destaca no campo cultural pelo investimento nas artes, realizado e patrocinado pelas empresas Companhia Industrial Cataguases, Energisa e Bauminas. Destacam-se o Instituto Francisca de Souza Peixoto, a Fundação Ormeu Junqueira Botelho e a Casa de Cultura Simão.
Fonte para o texto: Wikipédia.