segunda-feira, 28 de outubro de 2019

PARNAMIRIM - RIO GRANDE DO NORTE

Parnamirim é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte, distante doze quilômetros ao sul da capital estadual. Integrante da Região Metropolitana de Natal Emancipado de Natal no ano de 1958, Parnamirim é reconhecido internacionalmente como "Trampolim da Vitória", tendo fortes ligações históricas com a Segunda Guerra Mundial quando se tornou sede da então base aérea americana Parnamirim Field — hoje Base Aérea de Natal — devido à sua localização estratégica global, servindo de ponto da partida de muitas aeronaves americanas, de todos os tipos, para levar tropas para o front da África. A grande movimentação de soldados americanos influenciou a população local, introduzindo sua cultura e movimentando, de certa forma, a economia da cidade e até mesmo participando da vida social dos habitantes à época.
Conurbada à capital, Parnamirim vive um intenso crescimento econômico, especialmente no setor imobiliário, se tornando uma verdadeira extensão de Natal. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é alto, de 0,766, o maior entre os municípios potiguares. Abriga o antigo Aeroporto Internacional Augusto Severo, durante muito tempo o principal aeroporto do Rio Grande do Norte até sua desativação em 2014, além de ser sede do Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno, primeira base do tipo no país. Pontos turísticos como o Cajueiro de Pirangi e as praias de Cotovelo e Pirangi do Norte, somando por abrigar eventos e shows musicais durante a alta estação, fazem da cidade um dos principais destinos turísticos do estado.
Etimologia
A origem do nome Parnamirim vem da expressão “Paranãmirim” da língua tupi, que significa "rio volumoso pequeno", de paranã "rio volumoso; mar" + mirĩ "pequeno". Apesar de ainda hoje existirem vários rios e riachos na área que corresponde ao município de Parnamirim, acredita-se que o “Paranã-mirim” conhecido pelos índios potiguares, habitantes da capitania do Rio Grande na época da colonização (século XVII), tenha sido algum curso d’água já desaparecido.
História
Há registros a respeito da doação de extensas áreas a capitães-mores, datadas entre 1600 e 1633 (sendo este último ano em que começaram as invasões holandesas), com várias referências a topônimos que hoje fazem parte do município de Parnamirim. O Rio Pitimbu, com seus nomes antigos, é uma delas. Porém, apesar das distribuições feitas pelos capitães-mores e da cobiça dos fidalgos por propriedades, as terras de Parnamirim permaneceram inaproveitadas e despovoadas por séculos.
Em 1881, a região foi cortada pelos trilhos da linha férrea entre Natal e Nova Cruz, seguindo de perto o traçado do velho caminho para a Paraíba e o Recife. Sabe-se também que as terras ao sul do Pitimbu estavam, em 1889, nas mãos do senhor do Engenho Pitimbu, João Duarte da Silva. Posteriormente, o fidalgo comprou a maioria das propriedades vizinhas, incluindo uma grande área de tabuleiro plano ao sul do rio que dava nome à propriedade, distante dezoito quilômetros de Natal. A área era conhecida como "a planície de Parnamirim" e fazia parte do Engenho Cajupiranga.
Em 1927, o português Manuel Duarte Machado passou a ser o novo dono das terras do Engenho Pitimbu, que se estendiam dos limites com os Guarapes, Macaíba, ao norte, e as terras do Engenho Cajupiranga, ao sul. Ele adquiriu fazendas, sítios, engenhos e terras férteis, mas também áreas extensas e desabitadas. Com a posse das terras não esperava ganhar nenhum título nobiliárquico, mas apenas que a cidade crescesse e exigisse novos espaços para moradias. No entanto foi em meio à aventura dos pioneiros da aviação civil que Parnamirim nasceu. Ainda no ano de 1927, foram abertas diversas rotas aéreas no Brasil. Para isso, foram escolhidas algumas áreas ao longo dessas rotas a fim de que se pudesse ser instalada uma rede de aeroportos. Dessa forma, a Compagnie Generale Aéropostale – CGA (antiga Compagnie Générale d´Entreprise Aéronautique – CGEA) instalou um campo de pouso em uma área doada pelo comerciante Manuel Machado (que era dono da maior parte das terras pertencentes ao município), que contava com a imediata valorização do restante da sua propriedade.
Nesse mesmo período, foi construída uma estrada carroçável (que passava pelo porto dos Guarapes, em Macaíba, estendendo-se pelo engenho Pitimbu e acompanhando a linha férrea Natal/Nova Cruz, até o novo campo), ligando a capital ao campo de aviação em Pitimbu, facilitando, assim, a instalação da Aéropostale no estado. Nos anos seguintes, com a expansão das atividades da Aéropostale, que viria a ser absorvida em outubro de 1933 pela Air France, Manuel Machado vendeu novos pedaços de terra para a ampliação do aeroporto de Parnamirim. Novos investimentos foram feitos no campo e a companhia estatal francesa transferiu os hangares e demais instalações para o outro lado da pista de pouso, onde hoje estão as instalações da Base Aérea de Natal. A partir daí, ficou reconhecida a importância de Parnamirim para o desenvolvimento da aviação internacional.
Com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o governo de Getúlio Vargas assinou, em julho de 1941, um acordo de defesa mútua que cedia áreas para a instalação de bases norte-americanas no Nordeste (em outubro de 1941), rompendo relações diplomáticas com a Alemanha, Itália e Japão, em janeiro de 1942 e, finalmente, em 22 de agosto do mesmo ano, declarar guerra aos países do eixo. A construção das bases naval e aérea, em Natal, seria fruto desses acordos.
Para manter as aparências da participação conjunta nos esforços de guerra e salvar a autoestima nacional, o governo brasileiro criou, por meio de um decreto, a Base Aérea de Natal, que daria o impulso decisivo para ao surgimento da cidade de Parnamirim. A pista de pouso das companhias comerciais dividia ao meio o campo de Parnamirim. Os brasileiros ficaram com o lado oeste, onde já estavam as instalações da Air France e da companhia de aviação italiana (LATI), desativadas desde o início da grande guerra na Europa. Eram instalações modestas demais para atender o esforço de guerra dos aliados e os americanos preferiram ocupar o lado leste. Lá, estava sendo construído um novo campo, na base leste: o Parnamirim Field, considerado o maior campo de aviação e base de operações militares que os Estados Unidos viriam a ter, durante a Segunda Guerra, fora do seu território.
Em termos estratégicos, Parnamirim Field foi a base de um triângulo que apontava para o teatro de operações (o norte da África e o sul da Europa), onde a sorte dos aliados contra os nazistas estava sendo lançada. Este triângulo era identificado nos mapas estratégicos norte-americanos como Trampoline of Victory (trampolim da vitória). Mas foi somente em outubro de 1946, dezessete meses após a rendição alemã, que a Base Leste foi entregue à Força Aérea Brasileira. No mesmo ano foi inaugurada a Estação de Passageiros da Base Aérea de Natal, elevada à condição de Aeroporto Internacional Augusto Severo, em 1951.
Em 23 de dezembro de 1948, foi criado e anexado ao município de Natal o distrito de Parnamirim, elevado à categoria de município apenas dez anos depois, em 17 de dezembro de 1958, desmembrando-se da capital.
Para não deixar o Brasil por fora dos conhecimentos tecnológicos que a corrida espacial certamente traria à humanidade, Jânio Quadros, durante os seus sete meses de mandato na presidência do Brasil, criou a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CNAE). Como consequência, em 12 de outubro de 1965, o Ministério da Aeronáutica oficializou a criação do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), instalado em área do município de Parnamirim, e que nos dez anos seguintes, deu a Natal a fama de "Capital Espacial do Brasil", desenvolvendo vários projetos internacionais em parceria com a NASA. Um dos motivos que levou à escolha do Nordeste para a instalação de uma base brasileira de lançamento de foguetes já é conhecido e comprovado pela sua posição estratégica, em relação ao tráfego aéreo entre a Europa, Norte da África e Estados Unidos.
Em 1973, sem consulta à população local, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte mudou o nome do município para "Eduardo Gomes". Em 1987, um movimento que reuniu mais de quatro mil assinaturas levou à assembleia a devolver o nome inicial à cidade.
Geografia
O relevo do município, com altitudes médias inferiores a cem metros, é formado pela planície costeira, que compreende terrenos alterados em sua forma devido à presença de dunas em sua constituição, além dos tabuleiros costeiros ou "planaltos rebaixados", constituídos de argila, podendo chegar ou não ao litoral. Parnamirim está situado em área de abrangência de rochas do Grupo Barreiras, formadas durante o período Terciário Superior, com a predominância de arenitos com espessura entre fina e média e intercalações de siltitos e argilitos associados sistemas fluviais. No litoral, encontram-se dunas modeladas pela ação dos ventos, de origem marinha, cuja constituição é formada basicamente por areia, as chamadas "paleodunas". O tipo de solo predominante é areia quartzosa distrófica, cujas características são a drenagem excessiva, baixo nível de fertilidade e textura formada por areia. Há também os latossolo vermelho amarelo distrófico, profundo, poroso, com média textura, pouca fertilidade e drenagem forte.
O município está situado em um conjunto distinto de duas bacias hidrográficas, sendo a maior parte inserida dentro da bacia do rio Piranji, seguida pela faixa litorânea leste de escoamento difuso. Os principais rios que cortam Parnamirim são o Pitimbu, que nasce no município de Macaíba, corta o bairro natalense Pitimbu (daí seu nome) e deságua na Lagoa do Jiqui, em Parnamirim, e o rio Pium, que nasce na divisa entre Parnamirim e Nísia Floresta e desemboca no Oceano Atlântico. A principal lagoa é a do Jiqui e os principais riachos são Água Vermelha, Cajupiranga, Lamarão, Mendes e Ponte Velha.
Clima
O clima de Parnamirim é tropical chuvoso, quente e úmido (do tipo As na classificação climática de Köppen-Geiger), com índice pluviométrico superior a 1.600 milímetros (mm) por ano, concentrados entre os meses de março e julho. O tempo médio de insolação é de aproximadamente 2.700 horas anuais, com elevada umidade relativa do ar, cuja média gira em torno dos 79%.
Ecologia e meio ambiente
A cobertura vegetal de Parnamirim é formada pela Mata Atlântica, mais especificamente pela floresta subperenifólia, cujas espécies possuem folhas verdes e largas, troncos densos e delgados e solo coberto por uma camada de húmus, além dos tabuleiros litorâneos, que predominam em áreas modificadas pela ação humana. O pouco da vegetação original que restou encontra-se protegido.
O município possui, em sua lei orgânica, um código ambiental, publicado com o objetivo de preservar as belezas naturais existentes em todo o município e garantir a qualidade de vida de gerações consideradas futuras. Parnamirim possui seis unidades de conservação ambiental: o Parque das Exposições, a unidade de Emaús, a lagoa do Jiqui, a praia de Cotovelo e o cajueiro de Pirangi, além de zonas de proteção ambiental, definidas pelo plano diretor, que se dividem em três subzonas distintas: I, II e III.
Segundo estudos divulgados em 2009, na fauna municipal foram cadastradas 98 espécies de aves, 70 de artrópodes, dezessete de mamíferos e nove de anfíbios, entre as quais estão o chorozinho-de-papo-preto e o patinho-do-nordeste (aves ameaçadas de extinção, comuns em áreas verdes); morcegos das famílias phyllostomidae e vespertilionidae (mamíferos); a cobra-coral-verdadeira e o teiú (répteis). Já na flora foram encontradas 59 espécies de árvores, sendo as principais o pau-brasil, a sapucaia, o louro-canela, a pitombeira e o goiti-trubá.
Economia
Setor primário
A agricultura é o setor que tem menos participação na economia de Parnamirim. De todo o PIB da cidade 20.982 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Na lavoura temporária são produzidos principalmente o milho, mandioca, o feijão e a cana-de-açúcar.
Setor secundário
A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município. 310.041 reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). Grande parte deste valor é originário do Distrito Industrial. Está instalado às margens da BR-101 e é composto de várias empresas de diferentes ramos e chegou inclusive a ter a primeira fábrica de Coca-cola do país. É um distrito industrial/misto, pois possui empresas de pequeno, médio e grande porte.
Setor terciário
A prestação de serviços rende 1.081,317 reais ao PIB municipal. O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB da cidade. De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2008, 2.958 unidades locais, 2.890 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes e 55 994 trabalhadores, sendo 29.678 pessoal ocupado total e 26.316 ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 332.401 reais e o salário médio mensal de todo município era de 2,4 salários mínimos.
Educação
Entre as melhores escolas de Parnamirim estão a Nossa Senhora da Guia e Homero de Oliveira Dantas. Atualmente, o governo do estado vem trabalhando e realizando estudos para melhorar o IDEB do estado e dos municípios. O município possui em seu território algumas instituições de ensino superior instaladas, como a Faculdade União Americana e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Este último foi inaugurado em uma cerimônia em Brasília, onde estavam presentes Luís Inácio Lula da Silva (presidente brasileiro na época) e o reitor do instituto, Belchior de Oliveira Rocha.
Cultura
A responsável pelo setor cultural de Parnamirim é a Fundação Parnamirim de Cultura, que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Está vinculada ao Gabinete do Prefeito, integra a administração pública indireta do município e possui autonomia administrativa e financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias, patrimônio próprio, aplicação de suas receitas e assinatura de contratos e convênios com outras instituições.
Artes
No cenário teatral de Parnamirim, destacam-se o Cine Teatro Municipal Paulo Barbosa da Silva, um dos mais recentes espaços culturais do estado do Rio Grande do Norte, inaugurado em setembro de 2014 e com capacidade para mais de 500 pessoas. Também se destacam os serviços disponibilizados pelos órgãos municipais. A Fundação Parnamirim de Cultura, por exemplo, ajuda anualmente, em maio, nas comemorações da festa de Nossa Senhora de Fátima. Em 2011 também houve a organização da opereta Oratório de Nossa Senhora de Fátima, em homenagem à santa padroeira da cidade, além de espetáculos teatrais e shows religiosos. A Fundação ainda organiza todos os anos, desde 2006, o espetáculo Nas Asas da História, que conta em forma de teatro à população sobre a história da cidade, sendo exibido em vários bairros e distritos nos meses de dezembro, nas proximidades do aniversário de emancipação política. O Projeto de Leitura Conto e Encanto é realizado desde 2009 e conta com a exibição de peças infantis às crianças de 2 a 6 anos nos Centros Infantis de Parnamirim.
O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural parnamirinense. Em várias partes do município é possível encontrar uma produção artesanal diferenciada, feita com matérias-primas regionais e criada de acordo com a cultura e o modo de vida local. Alguns grupos, ou mesmo a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), reúnem diversos artesãos da região, disponibilizando espaço para confecção, exposição e venda dos produtos artesanais. Normalmente essas peças são vendidas em feiras, exposições ou lojas de artesanato, como a Feira de Artesanato da Praça Paz de Deus, realizada anualmente em maio.
Turismo e eventos
Parnamirim ainda conta com diversos pontos turísticos por toda a cidade, que vão desde construções até atrativos naturais. O Planetário Aluísio Alves foi inaugurado em dezembro de 2008 e conta com 53 cadeiras dispostas ao redor de um aparelho semelhante a um semi globo, sendo um dos únicos do Nordeste brasileiro. Realiza palestras sobre astronomia e cursos práticos. O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno é uma base da Força Aérea Brasileira (FAB) para lançamentos de foguetes, contando ainda com uma praia e um museu aeroespacial. O Mercado Público Municipal é uma das principais áreas de comércio popular da cidade, vendendo produtos como roupas, sapatos e alimentos. O Parque Aluízio Alves foi inaugurado em 18 de março de 2007 e faz parte de um complexo que conta com uma fonte luminosa, banheiros, pista de skate, playgroud e teatro de arena, além de um pequeno rio artificial e uma réplica do Pico do Cabugi e uma estátua em tamanho natural do ex-governador potiguar Aluízio Alves.
As praias de Cotovelo e de Piranji são alguns dos principais atrativos naturais, e têm boa arborização e estrutura, além de falésias e possuírem relevante valor paisagístico. A segunda citada ainda destaca-se pelos Parrachos de Pirangi e abriga o cajueiro de Pirangi, que tem 10 mil m² quadrados de copa e já foi o maior do mundo, tendo entrado em 1994 para o Guiness Book. Atualmente tramita-se a poda parcial da árvore, que estaria causando lentidão do trânsito da região, já que os galhos estão atingindo a Rota do Sol, o que está gerando polêmica entre a população.
Para estimular o desenvolvimento socioeconômico local, a prefeitura de Parnamirim, juntamente ou não com empresas locais, investe no segmento de festas e eventos. Essas festas, muitas vezes atraem pessoas de outras cidades, exigindo uma melhor infraestrutura no município e estimulando a profissionalização do setor, o que é benéfico não só aos turistas, mas também a toda população da cidade. As atividades ocorrem durante o ano inteiro. Dentre elas destaca-se o a Exposição de Animais e Máquinas Agrícolas do Rio Grande do Norte, mais conhecida como "Festa do Boi". Maior evento de agronegócio do estado onde também são realizados exposição de animais, concursos, leilões e muitos negócios, além de uma movimentada programação cultural incluindo principalmente shows de vários artistas.

Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

EMBU DAS ARTES - SÃO PAULO

Embu das Artes, ou simplesmente Embu é um município da Região Metropolitana de São Paulo, na Microrregião de Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se na Zona Sudoeste da Grande São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011 e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).
É considerado, oficialmente, uma estância turística.
Sua história curiosa lhe trouxe uma especialização contemporânea imprevista: ser uma cidade especialmente vocacionada para acolher artistas. Isto aporta dividendos turísticos à cidade.
Topônimo
"Embu" é uma corruptela do nome da aldeia jesuítica que deu origem à cidade: Mboy. Existem duas propostas etimológicas para o topônimo Mboy: 1 - é um termo oriundo do tupi antigo mboî'y ("rio das cobras", a partir da junção dos termos mboîa, "cobra" e 'y , "rio"); 2 - se origina do termo tupi antigo mboîa ("cobras").
Estância Turística
Embu das Artes é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Clima
O clima é tipo C, segundo a Classificação de Köppen, subtropical ou mesotérmico de latitudes médias e com grande quantidade de chuvas no verão. A região possui altitude média, juntamente com ilhas de vegetação de Mata Atlântica, que amenizam a temperatura. O índice pluviométrico é de aproximadamente 1.530 milímetros por ano e a temperatura média anual gira em torno dos 18 °C.
Patrimônio Histórico-cultural
Capela de São Lázaro - Sua origem está ligada a uma imagem do santo São Lázaro esculpida em madeira pelo artista Cássio M'Boy nos anos 1920. A imagem atraiu grande número de devotos e, em 1934, foi construída uma capela para abrigá-la. Em 1969, a capela foi restaurada, aproximando-se das linhas da arquitetura jesuítica da igreja do Conjunto Nossa Senhora do Rosário.
Museu de Arte Sacra - Sua arquitetura apresenta características do estilo barroco paulista e um acervo rico em imagens de anjos, santos e personagens bíblicos, quase todos entalhados em madeira, modelados em terracota ou em armações em roca, produzidas entre os séculos XVII e XIX. A principal obra do museu é o "Senhor Morto", esculpido em uma tora de madeira, bem como as imagens de Nossa Senhora das Dores e da Santa Ceia, em roca, de autoria do Padre Macaré. As demais obras foram esculpidas pelos jesuítas e índios. Foi a primeira construção arquitetônica tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no Estado de São Paulo em 1938, passando por restauração posterior, pela mesma instituição nos anos de 1939 e 1941. O arquiteto responsável pelo projeto de restauro foi Luís Saia, sendo um arquiteto de destaque para o estudo e compreensão das primeiras intervenções de restauro no Brasil. O edifício também é protegido pelo CONDEPHAAT desde 1974.
Conjunto Nossa Senhora do Rosário - É formado pela igreja e pela antiga residência dos padres, conjugadas numa mesma edificação. Trata-se de uma das mais importantes construções jesuítas em São Paulo, caracterizadas pela simplicidade das linhas retas. A igreja começou a ser construída por volta de 1700 pelo Padre Belchior de Pontes. A intenção era a de que ela tivesse capacidade para que os índios e vizinhos pudessem comodamente observar os preceitos a que estavam obrigados, como registrou o Padre Manuel da Fonseca no livro "A Vida do Venerável Padre Belchior de Pontes", diferentemente da antiga capela da fazenda de Catarina Camacho situada não muito longe dali.
Centro Histórico - No Centro Histórico, encontra-se grande quantidade de galerias de arte, lojas de móveis rústicos e lojas de artesanato, bem como uma grande variedade gastronômica de comida típica brasileira e culinária internacional.
Centro Cultural Mestre Assis do Embu - O Centro Cultural Mestre Assis do Embu oferece ao público, gratuitamente, acesso à arte, cultura e ao conhecimento. Ocupa, hoje, o histórico prédio da prefeitura. Nele, o público tem à disposição três salas para exposições e o auditório Cássio M’Boy, com capacidade para 150 pessoas destinado a palestras, recitais, espetáculos musicais e teatrais. Instalada em frente ao Centro, fica a tenda Embu das Artes ao Vivo, onde artistas do município montaram uma extensão de seus ateliês, possibilitando ao público acompanhar em tempo real todo o processo criativo de pintores, escultores, ceramistas e forjadores da cidade.

Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

NOVO HAMBURGO - RIO GRANDE DO SUL

Novo Hamburgo é um município do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. O nome da cidade é uma referência à cidade alemã de Hamburgo.
História
Antes da chegada dos primeiros europeus à região, no século XVI, a mesma era habitada por índios carijós. As primeiras povoações permanentes de Novo Hamburgo datam do século XVIII, quando portugueses, sendo maioritariamente imigrantes açorianos se instalaram na parte noroeste da cidade, no bairro hoje conhecido como Rincão dos Ilhéus, ou simplesmente Rincão. Em 25 de Julho de 1824, os imigrantes alemães começaram a chegar à Colônia de São Leopoldo e logo desenvolveram uma próspera sociedade rural na região do Vale dos Sinos. Pouco depois, começaram a aparecer pequenos núcleos urbanos nas colônias. Um deles ficava na área de Hamburgerberg (que hoje é o bairro Hamburgo Velho), a partir de onde se originou a Novo Hamburgo atual. A falta de recursos para concluir a estrada de ferro Porto Alegre-Hamburgerberg, em 1876, fez com que os ingleses que a construíam erguessem uma estação onde a obra parou, denominando-a New Hamburg-Novo Hamburgo. O local, até então um descampado, começou a atrair moradores e comércio, dando início à cidade.
O movimento emancipacionista começou a se delinear no início dos anos 1920. A Liga Pró-vilamento, formada em 1926 por várias importantes personalidades da cidade, foi recebida pelo governador do estado e, em 5 de abril de 1927, houve a emancipação do município. Guilherme Ludwig foi eleito para o cargo de vice-intendente, sendo Leopoldo Petry o primeiro intendente de Novo Hamburgo.
Tendo a cidade se emancipado de São Leopoldo, sua industrialização se acelerou, tornando-se um dos polos econômicos do Vale do Sinos. Por muito tempo, a indústria foi praticamente formada apenas pela cadeia coureiro-calçadista, com várias empresas de destaque. Entre os pioneiros se destacam Nicolau Becker, criador do primeiro curtume da cidade, Guilherme Ludwig, Pedro Adams Filho, Augusto Jung, Pedro Alles e Artur Haas. A cidade é conhecida como "Capital Nacional do Calçado".
O crescimento trazido pelo calçado atraiu inúmeros imigrantes, inchando a cidade a partir da década de 1960 e originando a maior parte dos problemas sociais, dada a incapacidade dos governantes de acomodar a todos adequadamente. Embora a crise dos anos 1990 tenha estancado o crescimento populacional hamburguense, agudizou os problemas mais graves da cidade como favelização, transporte insuficiente e deficiências na infraestrutura. Atualmente, a cidade possui um dos edifícios mais altos do Rio Grande do Sul, o Residencial Sunset, situado no alto do bairro Hamburgo Velho, com 28 andares, assim como o Porto Brasil, no bairro Vila Rosa, também com 28 andares.
A preponderância coureiro-calçadista, com forte caráter exportador, na economia permaneceu até o início da década de 1990, quando uma forte crise econômica na região, a partir do governo de Fernando Collor de Mello, forçou uma diversificação econômica. A situação foi agravada com a concorrência chinesa nos mercados internacionais e, a partir do ano de 1998, pela valorização do real que levou ao fechamento de diversos curtumes e fábricas de calçados e à demissão de milhares de pessoas.
Economia
A economia de Novo Hamburgo nasceu e desenvolveu-se com a indústria do calçado. Foi uma fase muito rápida, persistente e organizada, sendo reconhecida como a Capital Nacional do Calçado. Por causa disso, surgiu o chamado setor coureiro-calçadista formado por curtumes, indústrias químicas, componentes para calçados, indústria metalúrgica e componentes eletrônicos. Aparecendo ainda o setor de plástico e o metal-mecânico que começam a fazer parte na economia do município.
Hoje Novo Hamburgo inicia a desfrutar uma nova fase de diversificação industrial, acompanhada com especial atenção pela administração municipal. Como incentivo fiscais com a instalação de novas indústrias, facilitando sua implantação e abrindo a porta para novas atividades. O município já inclui indústrias de farmácia, vestuário, cosméticos, móveis, eletrodomésticos, gráficas de última geração, informática, química, construção civil, carrocerias, alimentos, entre outras.
Devido a atividade industrial e comercial conta com a administração da Associação Comercial, Industrial e de Serviços e Câmara de Diretores Lojistas, com participação efetiva junto aos governos estadual e federal.
A Feira Internacional de Calçados e Artefatos de Couro é considerada uma das importantes feiras do setor calçadista em Novo Hamburgo. Se realiza anualmente desde 1963 e, além de divulgar a cidade internacionalmente, esta promovendo o potencial da indústria calçadista na região do Vale dos Sinos. O parque de exposições da feira tem oito pavilhões climatizados, construídos numa área de 25.000 metros quadrados com salão de convenções e palestras, lancherias, hotel, restaurante panorâmico e quadras de tênis.
Comércio e serviços
Novo Hamburgo é considerado como maior polo comercial do Vale dos Sinos e possui, no setor de serviços, uma de suas principais atividades econômicas. Conta com uma atividade comercial com mais de 5 600 estabelecimentos.
Possui um shopping center (Companhia Zaffari) com aproximadamente de cem lojas e um diversificado mix de produtos. A diversidade de empresas atuando na área de prestadores de serviços também é grande, alcançado o número de 7.739. Para prestar um serviço com eficácia e segundo as exigências do comércio internacional, existem, em Novo Hamburgo, serviços de apoio tais como agentes de carga, despachantes, corretoras, transportadoras, escritórios de empresas de navegação, agentes de exportação, exportadoras e tradings com a presença de importantes bancos ou instituições financeiras.
Esportes
Na década de 1980 recebeu a alcunha de "capital nacional do skate", destacando muitos atletas, pistas e empresas direcionadas ao esporte. Também é a terra do Esporte Clube Novo Hamburgo, um dos mais tradicionais clubes de futebol do interior do estado do Rio Grande do Sul, e da Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo que se destaca em várias modalidades esportivas, principalmente o vôlei, o punhobol e a patinação artística. Atualmente também pode contar com a prática de rugby, sendo o maior expoente do município o Brummers Rugby Clube, equipe que disputou a segunda divisão do campeonato brasileiro da modalidade em 2014, conhecida como Taça Tupi.
É a cidade natal de Alisson Becker, goleiro que fez parte da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2018.
Geografia
Novo Hamburgo está situado no Vale do Rio dos Sinos, a cerca de quarenta quilômetros da capital do estado e pertence à Região Metropolitana de Porto Alegre.
O município, banhado pelo Rio dos Sinos, compreende uma área de 223 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 246.452 habitantes.
Clima
O clima de Novo Hamburgo é subtropical, com temperatura média anual de 19 °C. Mesmo que muito rara, precipitações de neve já foram registradas na cidade em 1975, 1984, 1994, 2000 e 2006.
Educação
As principais instituições de ensino de Novo Hamburgo são: Universidade Feevale; Universidade Estadual do Rio Grande do Sul; Escola de Educação Básica Feevale - Escola de Aplicação; Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha; Colégio Marista Pio XII; Instituição Evangélica Novo Hamburgo; Colégio Santa Catarina; Escola Sagrado Coração de Jesus; Colégio Sinodal da Paz; Colégio Adventista de Novo Hamburgo; Colégio Estadual 25 de Julho; Escola Estadual de Ensino Medio Osvaldo Aranha; Escola Estadual Doutor Wolfram Metzler; Escola Estadual Alvino Henrique Weber; Colégio Estadual Senador Alberto Pasqualini; Colégio Estadual Borges de Medeiros; Colégio Estadual Ignácio Plangg; CIEP-NH (Col. Estadual Seno Frederico Ludwig); Escola Estadual de Ensino Funda mental Otávio Rosa; Escola Estadual Especial Keli Meise Machado; Colégio Cenecista Felipe Tiago Gomes; Escola Estadual Ayrton Senna do Brasil; Escola Estadual Frederica Schutz Pacheco.
Cultura
Patrimônio histórico
No centro histórico, localizado no bairro Hamburgo Velho, encontra-se ainda algumas edificações construídas na técnica enxaimel, como o atual Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser (primeiro exemplar da técnica tombado pelo IPHAN no Brasil), a Casa Kayser e a Casa Ody (trata-se de uma réplica da original, já demolida).
Existem ainda as obras do arquiteto alemão Ernst Seubert, posteriores a esta etapa construtiva. Entre as conhecidas, estão a Igreja dos Reis Magos (IECLB), a Igreja Nossa Senhora da Piedade, a antiga Padaria Reiss, a Casa Schmitt ("Casa Rosa"), entre outras. Destacam-se ainda, o prédio neoclássico da Fundação Scheffel, o art déco do antigo Bar Olá Maracanã, no encontro das Ruas General Daltro Filho e Maurício Cardoso, a Casa Pittanti, entre outras.
Ligando o Centro Histórico ao atual Centro da cidade, existe um corredor histórico-cultural. Trata-se da Rua General Osório, ao longo da qual encontram-se dezenas de prédios históricos de diversas épocas. Destacam-se neste corredor, o prédio do Colégio Santa Catarina, o prédio da antiga Sociedade Frohsin (atualmente GSFM), projetado pelo arquiteto alemão Theo Wiederspahn, as casas das famílias Richter, Klein, Momberger, Snel, Grünn; o antigo Posto Engel, entre outras. Esta rua é reconhecida pelo Plano Diretor do Município como área de interesse histórico-cultural.
No bairro Centro, destacam-se a Catedral Basílica São Luís Gonzaga e a Igreja Evangélica Luterana da Ascensão, ambas construções historicistas da década de 1950. A segunda segue o estilo neogótico, com formas puras do gótico original, algo já incomum para esta época tão recente.
Existem, ainda, dezenas de casas ecléticas distribuídas pelos eixos históricos, porém estas não são reconhecidas oficialmente.
A cidade apresenta ainda alguns interessantes exemplares do modernismo, principalmente residências construídas a partir das décadas de 1950-1960.
No bairro rural de Lomba Grande, existe significativo patrimônio, ainda não reconhecido e devidamente inventariado. A Rua João Aloísio Allgayer, no entanto, também é considerada um corredor de interesse cultural no Plano Diretor.
Além dos imóveis tombados, existe um Inventário do Patrimônio Cultural, cuja manutenção segue diretrizes da Comissão de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural. Apesar da estrutura, a preservação do patrimônio na cidade ainda enfrenta muitas deficiências.

Referência para o texto: Wikipedia .

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

IPATINGA - MINAS GERAIS

Ipatinga é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no Vale do Rio Doce e pertence à Região Metropolitana do Vale do Aço, estando situado a cerca de 210 km a leste da capital do estado.
Etimologia
A origem do nome "Ipatinga" varia conforme a fonte. Enquanto uma versão defende que seja um termo da língua tupi que significa "pouso de água limpa" ou "lagoa clara" (upaba, lagoa e tinga, clara), outra afirma que se trata de um arranjo elaborado pelo engenheiro Pedro Nolasco, responsável pelo projeto da Estrada de Ferro Vitória a Minas, aproveitando os elementos "Ipa" (da cidade de Ipanema) e "tinga" (de Caratinga).
História
Colonização da região
A exploração da região conhecida inicialmente como Sertões do Rio Doce teve início no final do século XVI, em expedições à procura de metais preciosos, no entanto o desbravamento dessas terras foi proibido no começo do século XVII, a fim de evitar contrabando do ouro extraído nas redondezas de Diamantina. O povoamento foi liberado em 1755 e no século XIX, durante mandato de Dom Pedro I do Brasil, bandeirantes estiveram na região, onde constataram a presença de indígenas. Ainda assim, até o século XX a área de Ipatinga não reportou uma significativa colonização. Por volta de 1920, já existiam pequenos núcleos habitacionais nos atuais bairros Barra Alegre, Ipaneminha, Taúbas e Bom Jardim, frutos de apossamentos de terras ou, no caso do Ipaneminha, pontos de parada de uma estrada por onde passavam tropeiros rumo a Ouro Preto e Diamantina.
A locação da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) pelo leste mineiro, no entanto, vinha estimulando o desenvolvimento populacional nas áreas próximas das margens dos rios Doce e Piracicaba, assim como viria a ocorrer na região do Vale do Aço. Em 1º de agosto de 1922, foi inaugurada a Estação Pedra Mole, próxima ao atual bairro Cariru, e no mesmo ano foi construída a Estação Nossa Senhora, onde surgiu o povoado de Córrego de Nossa Senhora ou Horto de Nossa Senhora, no atual bairro Horto. Nesse local, foi criada a primeira farmácia da atual Região Metropolitana do Vale do Aço, pelo farmacêutico (e futuro político) Raimundo Alves de Carvalho.
A Estação Pedra Mole foi desativada poucos anos depois de sua inauguração, devido a uma alteração no traçado da EFVM, e um novo terminal foi construído no atual Centro de Ipatinga. Em 1924, houve a fundação da Estação do Calado, em Coronel Fabriciano, onde se instalou a Companha Siderúrgica Belgo-Mineira na década de 1930. Vastas áreas foram adquiridas com objetivo de centralizar a extração de madeira da empresa pela região, visando a alimentar seus fornos em João Monlevade. Todavia, apenas Coronel Fabriciano experimentou um desenvolvimento populacional e urbano entre as décadas de 30 e 40, intensificado com a instalação da Acesita, em 1944, culminando em sua emancipação do município de Antônio Dias, em 1948. Pela Lei nº 1.039, de 12 de dezembro de 1953, o povoado de Ipatinga foi elevado a distrito de Fabriciano.
A presença das carvoarias da Belgo-Mineira e da Acesita incentivou o fluxo comercial da localidade, que também foi beneficiada pela construção da Usina Hidrelétrica de Salto Grande, situada no município de Braúnas. O maquinário destinado às obras desse complexo era descarregado no povoamento, onde era armazenado e aos poucos transportado até a barragem. Mesmo assim, o distrito de Ipatinga atraiu pouca atenção da sede até o final da década de 1950. Até então, suas principais atividades econômicas ainda foram ligadas à agricultura e à pecuária.
Expansão econômica e siderúrgica
Em 1956, uma comissão japonesa visitou o então distrito de Ipatinga, sendo escolhido como sede da instalação da Usiminas. Para essa decisão, foram levados em conta a topografia apropriada, pequena distância entre as fontes de matéria prima e os centros consumidores, disponibilidade de recursos hídricos, abundância de energia elétrica, malha ferroviária local e proximidade com outros centros siderúrgicos. Com as notícias da construção da siderúrgica que se instalaria na região, foi grande a chegada de novos moradores, antes de sua instalação. Isso aumentou a necessidade de um planejamento urbano para a cidade.
Com a instalação da Usiminas em Ipatinga, houve a construção de bairros inteiros destinados a servir de abrigo aos seus trabalhadores, sendo o Horto o primeiro deles. Até essa ocasião, o povoamento contava com cerca de 60 casas e 300 habitantes. A elaboração do primeiro plano urbanístico da atual cidade, então chamada de Vila Operária, projetado pelo arquiteto Raphael Hardy Filho em 1958, possibilitou a locação dos primeiros bairros do atual município. Os conjuntos habitacionais da antiga Vila Operária encontram-se localizados entre o rio Piracicaba e a usina e foram distribuídos de acordo com a hierarquia da empresa, distinguindo-se entre engenheiros, técnicos, operários e chefes. A Usiminas entrou em operação em 26 de outubro de 1962, após o então presidente do Brasil João Goulart acender o alto-forno pela primeira vez, permitindo a primeira corrida de gusa.
Contudo, os investimentos do Estado, responsável por 55% do capital estatal da Usiminas — outros 5% pertenciam a empresários nacionais e 40% a japoneses —, restringia-se aos arredores da empresa e pouco levavam em consideração o município de Coronel Fabriciano como um todo, cuja administração havia isentado a Usiminas de impostos. Além disso, a infraestrutura disponibilizada pela empresa se mostrava insuficiente para atender à demanda de operários da região ou que vinham de diferentes áreas do Brasil à procura de trabalho, tampouco àqueles que não se empregavam na indústria. Em Ipatinga, os alojamentos se tornaram poucos e os índices de violência eram elevados.
Consolidação urbana
Até 1967, encontravam-se implantados na Vila Operária os bairros Amaro Lanari, Bom Retiro, Cariru, Castelo, Horto, Imbaúbas e Vila Ipanema. Dentre outros bens infraestruturais básicos, foram construídos o Colégio São Francisco Xavier (1962) e o Hospital Márcio Cunha (1967). Ainda sob influência do massacre de 1963, a Usiminas adotou a partir da década de 1960 ações de recursos humanos e políticas de assistência social, tendo em vista que, ser empregado na siderúrgica era garantia de acesso à habitação, infraestrutura e saúde. Com objetivo de controlar a compra e venda de residências e terrenos e evitar que características originais do projeto da cidade original fossem rompidas, Rafael Hardy Filho criou um plano habitacional em 1965, no qual fora definido que qualquer obra que fosse realizada nos complexos residenciais devia receber a aprovação de um Departamento de Habitação e Urbanismo da empresa. Entre as décadas de 70 e 80, foram construídos cemitérios, salas de cinema, fundações culturais e teatrais, o terminal rodoviário e o Ipatingão.

Paralelo à original Vila Operária, o crescimento da população não industrial induziu o surgimento de novas divisões sem relação com a empresa, em especial na periferia da cidade, no decorrer da segunda metade do século XX. O crescimento desordenado, aliado às condições naturais, proporcionou tragédias da natureza das enchentes de 1979. Em fevereiro daquele ano, enchentes, quedas de pontes e barreiras deixaram a cidade isolada após dias seguidos de chuvas intensas que atingiram toda a bacia do rio Doce.
A Avenida 28 de Abril (antiga Rua do Comércio ou Rua do Buraco), no Centro de Ipatinga, também ficou inundada durante as chuvas de 1979. A via é outro exemplo onde o desenvolvimento ocorreu de forma desorganizada e com uma considerável presença de cortiços, fazendo com que a área configurasse como uma zona de altos índices de violência e prostituição, além de problemas com enchentes. No começo da década de 1990, a efervescência da atividade comercial incentivou a estruturação dessa região, com parte de sua população sendo remanejada para casas populares.

A privatização da Usiminas, no início da década de 90, ajudou a desvincular a administração pública com foco à empresa para priorizar a cidade como um todo. O Plano Diretor Municipal, elaborado em 1991, enaltece as metas de "evidenciar a história da cidade e dos espaços, propor formas de integrá-la no seu cotidiano, permitir a criação de referências coletivas e o reconhecimento e apropriação da cidade pela população". Após sua privatização, a empresa intensificou os investimentos em arte e equipamentos culturais com objetivo de manter sua credibilidade frente aos acontecimentos no passado, como exemplo a fundação do Teatro Zélia Olguin em 1994 e do Centro Cultural Usiminas em 1998. Ser fichado na Usiminas também era garantia de acompanhamento odontológico gratuito a toda a família, o que fez com que Ipatinga registrasse um índice de 0,3 problemas com dentes cariados, perdidos ou obturados por habitante segundo informações de 2001, frente a médias de 4,9 do Brasil e 1,2 da Finlândia (país com o menor índice do mundo de acordo com a ONU). Seus funcionários arrecadavam 10% do capital da empresa com direito a participação nos lucros. Em 2002, investimentos de recursos do município, dos governos federal e estadual e da Usiminas tornaram Ipatinga em uma das primeiras cidades de seu porte na América Latina a ter 100% de suas águas residuais tratadas.
História recente
Ipatinga e o Vale do Aço iniciam o século XXI com destaque à vocação industrial já conhecida, mas com setores de comércio e prestação de serviços em desenvolvimento, caracterizando-se como polo regional para vários municípios do leste de Minas. Pesquisas econômicas recorrentemente citam Ipatinga, como a que foi realizada pelo SEBRAE, apontando quais as melhores cidades de cada estado para se abrir um negócio em 2012, e os 100 melhores municípios do Brasil para investir em imóveis em 2015. Em 2016, figurou na 48ª posição dentre as cidades mais inteligentes do Brasil, segundo o ranking da Bloomberg Philanthropies que pontua inovações em projetos das administrações públicas que visem a sanar problemas sociais. Sob os reflexos da Grande Recessão global que teve início em 2008, no entanto, houve uma relevante diminuição da demanda por aço e posteriormente de sua produção em todo o Brasil, a exemplo do Vale do Aço. Registra-se a partir de então uma considerável queda da população industrial local em função do fechamento de postos de trabalho e cortes de investimentos, com impactos diretos nos setores de serviços e comércio.
Relevo e hidrografia
Ipatinga está inserida na depressão interplanáltica do Vale do Rio Doce, cujo relevo é resultado de uma dissecação fluvial atuante nas rochas granito-gnáissicas do período Pré-Cambriano. O conjunto apresenta rochas do complexo gnáissico-magmático-metamórfico, que incluem biotita-gnaisse, rochas graníticas e granito-gnaisse. O relevo é heterogêneo, sendo 55% do território ipatinguense plano, enquanto que 30% são de terras onduladas e nos 15% restantes os terrenos são montanhosos.
As maiores elevações podem ser encontradas a noroeste, na região dos maciços da Serra dos Cocais, onde a altitude chega aos 1.163 metros. Por outro lado, as menores altitudes são notadas nas margens dos rios, ao passo que a altitude mínima, de 235 metros, está localizada na foz do rio Piracicaba no rio Doce. A posição do rio Piracicaba e o relevo plano em suas proximidades serviram como pretexto para a instalação da Estrada de Ferro Vitória a Minas e da Usiminas e, posteriormente, para o estabelecimento do perímetro urbano de Ipatinga, que foi forçado a se expandir em direção às altitudes mais elevadas. Dessa forma, é considerável a ocupação e o surgimento de bairros, em especial de classes baixas, em áreas com forte declividade.
Clima
O clima ipatinguense é caracterizado como tropical quente semiúmido (tipo Aw segundo Köppen), com temperatura média compensada anual de 23 °C e pluviosidade média de 1. 360 mm/ano, concentrados entre os meses de outubro e abril, sendo dezembro o mês de maior precipitação.
Ecologia e meio ambiente
A vegetação nativa pertence ao domínio florestal Atlântico (Mata Atlântica), restando poucas regiões fragmentadas em meio a áreas reflorestadas, pastagens e ao perímetro urbano. A monocultura de reflorestamento com eucalipto, no entanto, apresenta uma considerável relevância e ocupa área maior que o bioma original, tendo como finalidade a produção de matéria-prima para a fábrica de celulose da Cenibra, localizada em Belo Oriente.
Ipatinga conta com uma área de proteção ambiental (APA) e duas reservas particulares do patrimônio natural (RPPN), que aliadas a áreas de preservação vizinhas, como a Serra dos Cocais em Coronel Fabriciano e a APA de Santana do Paraíso, constituem um corredor ecológico até o Parque Estadual do Rio Doce (PERD), que por sua vez faz limite com o município e é considerado o maior remanescente de Mata Atlântica e um dos principais sistemas lacustres do estado. Parte das áreas de preservação locais, no entanto, é usada para pastagens ou cultivo de eucalipto. A APA Ipanema, como é denominada, foi criada em 1997 e abriga remanescentes de Mata Atlântica que atuam como mata ciliar para a região da nascente do ribeirão Ipanema e de outros cursos hidrográficos menores. As RPPNs Fazenda Córrego da Bucaina e Sítio do Zaca são propriedades particulares, mas ambas têm registro em âmbito estadual como áreas de conservação.
O município administra cinco parques municipais, sendo eles: Ipanema, Samambaias, Parque das Montanhas, Parque Ecológico das Águas e Parque da União. Dentre esses se destaca o Parque Ipanema, que é a maior área verde urbana de Minas Gerais, com cerca de 1 milhão de m². O Parque Municipal Samambaia, que está situado no bairro Bom Jardim e foi criado em 2000, possui um lago e um remanescente de Mata Atlântica. Também em 2000, houve a criação do Parque da União, localizado no Veneza. Os demais tiveram suas demarcações pelo Plano Diretor Municipal em 2014. A prefeitura também mantém um viveiro municipal, onde são cultivadas as mudas frutíferas, ornamentais, arbóreas e medicinais utilizadas nos logradouros ou que podem ser adquiridas pela população. O Centro de Biodiversidade da Usipa (CEBUS), que é administrado sob intermédio da Usiminas, conta com um mini-jardim zoológico, um viveiro de mudas e uma área de conservação, atendendo às escolas e à comunidade da região com visitas, atividades ecológicas e dinâmicas.
Ipatinga é considerada uma das cidades mais arborizadas do Brasil, contando com mais de 100 m² de área verde por habitante. Segundo a prefeitura, havia cerca de 100 mil árvores plantadas em áreas públicas da cidade em 2014, com presença de espécies típicas locais, como mognos, pinheiros, palmeiras, cajás, mangueiras, goiabeiras e o ipê-amarelo. No mesmo ano, existiam 450.000 m² de áreas gramadas em praças e parques, 40.000 m² de jardins e cerca de 100 praças públicas e áreas verdes, os quais são ornamentados com aproximadamente 20 espécies típicas, dentre elas: trapoeraba-roxa, clorofito, coleus, erica, ixora, onze-horas, vinca e margarida-branca. Sabiá-laranjeira, sanhaço, tico-tico, rolinha, saíra e bem-te-vi são aves típicas da fauna local, ao passo que animais silvestres podem ser encontrados sobretudo em áreas de florestas remanescentes, a exemplo de gato-do-mato, tatu, paca, raposa e rato silvestre.
Economia
No Produto Interno Bruto (PIB) de Ipatinga, destaca-se o setor industrial. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2016, o PIB a preços recorrentes do município era de R$ 8.482.789,91 mil. R$ 902.437,86 mil eram de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes e o PIB per capita era de R$ 32.711,16. Em 2010, 65,23% da população maior de 18 anos era economicamente ativa, enquanto que a taxa de desocupação era de 8,77%. Cabe ressaltar, no entanto, que em 2010, cerca de 10% da população se deslocava para outro município para trabalhar, dadas a proximidade e o fácil acesso aos demais municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço.
Em 2014, salários juntamente com outras remunerações somavam 1.966.288 mil reais e o salário médio mensal de todo município era de 2,8 salários mínimos. Havia 7.572 unidades locais e 7.178 empresas atuantes. Segundo o IBGE, 49,92% das residências sobreviviam com menos de um salário mínimo mensal por morador (36 384 domicílios), 36,82% sobreviviam com entre um e três salários mínimos para cada pessoa (26.840 domicílios), 6,37% recebiam entre três e cinco salários (4.646 domicílios), 4,09% tinham rendimento mensal acima de cinco salários mínimos (2.980 domicílios) e 2,80% não tinham rendimento (2.040 domicílios).
Ipatinga foi apontada como a sétima melhor cidade para iniciar uma empresa em Minas Gerais, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) em 2012, porém a redução da demanda por aço no mercado nacional e internacional culminou em demissões e cortes de investimentos e salários pelas indústrias locais nos primeiros anos da década de 2010. Somente no município, 7.879 vagas na área da indústria foram eliminadas de 2011 a 2013, gerando impactos diretos também nos setores comercial e de prestação de serviços locais. Foi registrado um total de 10.871 demissões em todos os setores entre janeiro e março de 2015, sendo a maior parte delas (3.782) na construção civil, e 25% dos cargos comissionados da prefeitura haviam sido suspensos até dezembro de 2015.
Agropecuária
Em 2016, a pecuária e a agricultura acrescentavam 1.122,47 mil reais na economia de Ipatinga, enquanto que em 2010, 0,75% da população economicamente ativa do município estava ocupada no setor. Em 2015, Ipatinga configurava-se como o segundo maior município exportador internacional de mel de Minas Gerais, perdendo apenas para Timóteo.
Indústria e prestação de serviços
A indústria, em 2016, era o setor mais relevante para a economia do município. 2.952.580,96 mil reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor secundário. Boa parte desse valor se deve à presença da Usiminas, com um considerável volume de produtos exportados, destacando-se em relação à produção de aço, aço inoxidável e produtos metalmecânicos. O estabelecimento do complexo industrial é o responsável por atrair empresas fornecedoras, complementares e de prestação de serviços às atividades produtivas tanto em Ipatinga quanto nos municípios ao redor. Ipatinga também possui um distrito industrial, que é administrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), foi estruturado em 1998 e conta com área de cerca de 35.113.336 m².
Dentre outros ramos industriais, fazem-se presentes em Ipatinga a confecção de artigos e acessórios de vestuário, extração e manipulação de minerais não-metálicos, fabricação de móveis e artefatos mobilísticos, produção de alimentos e bebidas e fabricação de produtos oriundos da metalurgia, além da extração de eucalipto destinado a abastecer a usina de celulose da Cenibra, situada no município de Belo Oriente. Em 2012, de acordo com o IBGE, foram extraídos 1 137 metros cúbicos de madeira em tora, sendo 100% desse total destinado à produção de papel e celulose. Segundo estatísticas do ano de 2010, 0,39% dos trabalhadores do município estavam ocupados no setor industrial extrativo e 21,42% na indústria de transformação.
Em 2010, 8,91% da população ocupada estava empregada no setor de construção, 1,02% nos setores de utilidade pública, 18,41% no comércio e 41,89% no setor de serviços e em 2016, 3.617.070,04 mil reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor de serviços e 1.009.578,56 mil reais do valor adicionado da administração pública. O movimento comercial em Ipatinga possui uma representatividade especial na região da Avenida 28 de Abril (antiga Rua do Comércio), no Centro, que foi revitalizada na década de 1990. Assim como parte do Centro, as regiões dos bairros Bom Retiro, Canaã, Horto e Veneza são consideradas centralidades metropolitanas que exercem um considerável grau de polarização na RMVA, em função da presença de serviços públicos e comércio que atraem consumidores das cidades próximas. Em alguns bairros também funcionam feiras livres regulares, a exemplo da Feira do Ipatingão, que acontece no estacionamento do Estádio Municipal João Lamego Netto. O Shopping Vale do Aço, por sua vez, está localizado próximo ao bairro Horto e constitui um dos maiores centros de compra do interior mineiro.
Educação
Cabe ressaltar que 5,6% dos estudantes de Ipatinga frequentam a escola em outra cidade, enquanto que é considerável a demanda de alunos nas instituições de ensino do município que residem nas cidades vizinhas. Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2016, o Colégio Fibonacci obteve média de 720,21 nas provas objetivas e 827,65 na redação, posicionando-se na segunda colocação do ranking estadual e na sexta a nível nacional. Em 2013, o município dispunha de nove unidades de ensino técnico e sediava nove instituições particulares de ensino superior, sendo algumas delas os campi do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), da Faculdade Pitágoras, da Faculdade de Direito de Ipatinga (FADIPA) e da Faculdade de Medicina do Vale do Aço (FAMEVAÇO). Em 2014, houve a instalação de um campus do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e em 2015, foi anunciada a criação de um campus da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Cultura
Na ocasião da instalação da Usiminas as únicas opções de lazer existentes em Ipatinga se restringiam a pequenos bares. Os trabalhos pesados na usina, as longas filas para os restaurantes, as diferenças culturais e a distância das famílias contribuíam para que as relações entre os habitantes não fossem boas, haja vista a concentração de residentes oriundos de diferentes regiões do país. Esse conjunto de fatores foi um dos pretextos para as revoltas que culminaram no Massacre de Ipatinga, em 1963, e somente então foram adotadas políticas de assistência social visando a minimizar os conflitos entre as relações de trabalho, incluindo a expansão dos investimentos em lazer.
Ipatinga conta com um conselho municipal de cultura e conselho de preservação do patrimônio, sendo ambos paritários e de caráter deliberativo. Também há legislações municipais tanto de proteção ao patrimônio cultural material quanto ao patrimônio imaterial, ministradas por uma secretaria municipal exclusiva, que é o órgão gestor da cultura no município. Apesar da administração pública do setor cultural, a Usiminas também mantém investimentos em arte e equipamentos culturais. A cidade possui um folclore rico e diversificado. Há existência de equipes artísticas de teatro, dança, coral, folclore e grupos musicais de acordo com o IBGE em 2012. Uma de suas principais manifestações culturais é o Congado do Ipaneminha, um tradicional grupo de marujada que canta marchas em homenagem à Nossa Senhora do Rosário em ocasiões festivas. Foi fundado por descendentes de tropeiros que herdaram uma tradição de origem africana em 1925. A Folia de Reis, a Festa do Divino, a Festa do Rosário, o bumba meu boi, as festas juninas e o Festival da Banana são outros exemplos de manifestações culturais populares que podem ser encontradas no município. No dia de Corpus Christi, tapetes são confeccionados nas ruas dos bairros por algumas paróquias. O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural ipatinguense, sendo que, segundo o IBGE, as principais atividades artesanais desenvolvidas são o bordado e trabalhos que envolvem o couro e metal.
Dentre os espaços culturais destinados à manutenção e à preservação das manifestações populares, destaca-se a existência de bibliotecas mantidas pelo poder público municipal, teatros, estádios, ginásios poliesportivos, salas de cinema, clubes e associações recreativas, segundo o IBGE em 2005 e 2012. A antiga estação ferroviária do Centro de Ipatinga foi inaugurada em 1930 e desativada em 1951, porém seu prédio foi reinaugurado como um museu em 1992. Chamado de Estação Memória Zeza Souto, desde então abriga atividades culturais e documentos relativos à história da cidade. Sob recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Usiminas, em parceria com a prefeitura, ocasionalmente organiza uma programação diversificada que envolve a realização de oficinas, espetáculos culturais e cinema. Esses eventos ocorrem tanto nas escolas quanto nas principais praças da cidade, abertos para a população em geral. A prefeitura mantém programas como a Escola de Música Tenente Oswaldo Machado e a Escola Municipal de Iniciação Teatral Sete de Outubro, que possuem turmas de várias idades.urais, incluindo sob recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A pontuação de políticas culturais do município para o cálculo do ICMS Cultural, válida para exercício em 2020, foi de 2,55 em uma escala que vai de 0 a 4. Ipatinga obteve nota 2, a máxima possível, em relação à realização de inventário. A pontuação total, considerando variantes como conservação, despesas e quantidade de bens tombados e/ou registrados, foi de 6,77, valor que era o maior dentre os municípios da RMVA.
Manifestações e espaços culturais
A cidade possui um folclore rico e diversificado. Há existência de equipes artísticas de teatro, dança, coral, folclore e grupos musicais de acordo com o IBGE em 2012. Uma de suas principais manifestações culturais é o Congado do Ipaneminha, um tradicional grupo de marujada que canta marchas em homenagem à Nossa Senhora do Rosário em ocasiões festivas. Foi fundado por descendentes de tropeiros que herdaram uma tradição de origem africana em 1925. A Folia de Reis, a Festa do Divino, a Festa do Rosário, o bumba meu boi, as festas juninas e o Festival da Banana são outros exemplos de manifestações culturais populares que podem ser encontradas no município. No dia de Corpus Christi, tapetes são confeccionados nas ruas dos bairros por algumas paróquias. O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural ipatinguense, sendo que, segundo o IBGE, as principais atividades artesanais desenvolvidas são o bordado e trabalhos que envolvem o couro e metal.

Dentre os espaços culturais destinados à manutenção e à preservação das manifestações populares, destaca-se a existência de bibliotecas mantidas pelo poder público municipal, teatros, estádios, ginásios poliesportivos, salas de cinema, clubes e associações recreativas, segundo o IBGE em 2005 e 2012. A antiga estação ferroviária do Centro de Ipatinga foi inaugurada em 1930 e desativada em 1951, porém seu prédio foi reinaugurado como um museu em 1992. Chamado de Estação Memória Zeza Souto, desde então abriga atividades culturais e documentos relativos à história da cidade. Sob recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Usiminas, em parceria com a prefeitura, ocasionalmente organiza uma programação diversificada que envolve a realização de oficinas, espetáculos culturais e cinema. Esses eventos ocorrem tanto nas escolas quanto nas principais praças da cidade, abertos para a população em geral. A prefeitura mantém programas como a Escola de Música Tenente Oswaldo Machado e a Escola Municipal de Iniciação Teatral Sete de Outubro, que possuem turmas de várias idades.
A Usiminas, por meio do Instituto Cultural Usiminas, atua como um agente promotor de projetos e mantenedor de espaços que versam as artes na região, como é o caso do Centro Cultural Usiminas, que tem uma abrangência regional e disponibiliza para os habitantes oficinas culturais e uma programação teatral diversificada, possibilitando também acesso a uma galeria de arte e biblioteca. Situado em anexo ao Shopping Vale do Aço, seu teatro é considerado um dos mais modernos do Brasil e em 2015 recebeu a certificação Herity, que é reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e tem como critérios aspectos que envolvem conservação, qualidade e relevância.[246] O Teatro Zélia Olguin, situado no bairro Cariru, também é administrado pelo Instituto Cultural Usiminas.

O Shopping Vale do Aço, além de sediar o Centro Cultural Usiminas, é considerado o maior equipamento de lazer e entretenimento da Região Metropolitana do Vale do Aço e suas salas de cinema são as principais da região. Os espaços culturais de Ipatinga recorrentemente são sede de eventos de relevância regional ou mesmo nacional, a exemplo das atrações da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e o Ipatinga Live Jazz. Na Usipa ocorrem regularmente o Projeto Xerimbabo (voltado ao meio ambiente e à conscientização ambiental) e a Expo Usipa (exposição de negócios locais). De acordo com a Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais, as intensas manifestações, grupos teatrais e eventos diversos fazem da cidade um dos principais polos culturais do estado.
Marcos e atrativos
Ipatinga faz parte do Circuito Turístico Mata Atlântica de Minas Gerais, que foi oficializado em 2010 pela Secretaria de Estado de Turismo com o objetivo de estimular o turismo nas cidades integrantes. Segundo o Ministério do Turismo (MTur) em 2015, o município, juntamente com outras 166 cidades brasileiras, é classificado na categoria hierárquica "B", de uma escala que vai de "A" para os melhores municípios avaliados em quesitos de desenvolvimento econômico, estabelecimentos no setor de hospedagem e fluxo de turistas a "E" para os piores.
Os principais atrativos naturais são as diversas trilhas, matas, lagoas e cachoeiras existentes na zona rural, alguns equipados com infraestrutura para os frequentadores. Nesse ponto cabe ser ressaltado o Parque das Cachoeiras, de administração particular, que possui cerca de 5 milhões de m² e também dispõe de área de camping, chalés para hospedagem e restaurante.[244] De forma especial na região das áreas de preservação ambiental e nascentes da sub-bacia do ribeirão Ipanema, existem outros sítios e pousadas que propiciam o turismo rural e o ecoturismo, ramos os quais recebem apoio da Associação dos Empreendedores do Turismo Rural de Ipatinga (AETRI).
A zona urbana também concentra uma gama de equipamentos de lazer que por vezes atraem frequentadores de outras cidades. A Usipa, além de seu Centro de Biodiversidade equipado com mini-jardim zoológico e jardim botânico, também abriga trilhas ecológicas, parque aquático, áreas esportivas, lanchonetes e área de lazer para as crianças. O Parque Ipanema é uma das maiores áreas verdes do país situadas dentro de um perímetro urbano e foi um dos últimos projetos do paisagista Roberto Burle Marx, contando com mais de 1 milhão de m² e 12 mil árvores plantadas. O complexo do Parque Ipanema também abrange o Parque da Ciência, onde são apresentados fenômenos físicos, biológicos, químicos ou astronômicos que podem ser observados ou interagidos pelo visitante, além de playground, quadras poliesportivas, campos de futebol, pista de caminhada, ciclovias e anfiteatro. O Shopping Vale do Aço, conforme já citado, configura-se como o maior centro de compras do leste mineiro e entre os maiores do interior do estado e é considerado o principal equipamento de lazer e entretenimento em âmbito metropolitano.
Dentre os marcos já citados, cabem ser destacados aqueles tombados como patrimônios culturais de Ipatinga. Além da Estação Memória Zeza Souto, do Teatro Zélia Olguin e do Parque Ipanema, detalhados anteriormente, são exemplos de bens tombados pelo município: o Pontilhão de Ferro entre os bairros Centro e Veneza, que foi construído para a passagem de trens com a locação da EFVM em 1930, desativado com a alteração do traçado da ferrovia e adaptado para veículos e pedestres em 1986; a Casa dos Ferroviários, construída pela Vale na década de 1930 para abrigar seus trabalhadores; a Estação Pouso de Água Limpa, réplica de uma estação ferroviária anexa ao Parque Ipanema; a Academia Olguin, que depois de servir como restaurante da Usiminas passou a sediar aulas de caratê e dança na década de 70; a Igreja Nossa Senhora da Esperança do bairro Horto, sede da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, construída em 12 dias por trabalhadores da Usiminas em 1959; o Grande Hotel Ipatinga, projetado por Raphael Hardy Filho no bairro Castelo e concluído em 1961; e as ruínas da Estação Pedra Mole.
Esportes
Ipatinga disponibiliza uma série de espaços e equipamentos destinados às práticas esportivas. Cabe ser ressaltada a Associação Esportiva e Recreativa Usipa, que dispõe de parque aquático com piscina olímpica aquecida, estádio de futebol, quadras poliesportivas, um ginásio coberto e pista de atletismo, além de área de lazer para as crianças. A instituição também oferece formação de atletas do esporte especializado e futebol. Dentre os atletas que obtiveram reconhecimento nacional e mesmo internacional estão os nomes da judoca Edilene Andrade, da corredora Lucimar Aparecida de Moura, da nadadora Flávia Delaroli e dos futebolistas Somália e Edivaldo.
O Centro Esportivo e Cultural Sete de Outubro, localizado no bairro Veneza, oferece projetos sociais na área esportiva e cultural e conta com quadras esportivas propícias às práticas de basquetebol, futsal, handebol e caratê, além de campos de futebol. 
O Kartódromo Emerson Fittipaldi (Kart Clube Ipatinga), que foi inaugurado em 1982, ocasionalmente sedia etapas estaduais ou nacionais de competições de kart. 
Os Jogos Escolares de Ipatinga (JEI), realizados pela prefeitura de Ipatinga sob recursos da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, reúnem anualmente alunos de escolas públicas e particulares que se enfrentam em partidas de diversos esportes, como atletismo, basquete, handebol, vôlei e xadrez. A mesma lei beneficia a organização de outros eventos esportivos no município, inclusive aqueles organizados pela iniciativa privada.
O Estádio Municipal João Lamego Netto é o principal estádio da cidade e do Vale do Aço e tem capacidade para até 23 mil pessoas. O Ipatingão, como também é conhecido, é considerado a "casa" do Ipatinga Futebol Clube, o time de futebol mais bem sucedido da região, com participações nas divisões principais dos campeonatos Brasileiro e Mineiro. Em 2010, com a reforma do Estádio Governador Magalhães Pinto (o Mineirão, em Belo Horizonte) para a Copa do Mundo FIFA de 2014, o Ipatingão passou a sediar alguns dos jogos das principais equipes da capital mineira (Cruzeiro e Atlético). 
O Estádio Amaro Lanari Júnior, como é chamado o estádio da Usipa, foi inaugurado em 7 de setembro de 1961 e seu centro de treinamento já foi utilizado por clubes de futebol da elite nacional e mesmo internacional, como Atlético Mineiro, São Paulo e San Lorenzo da Argentina.
A Liga Desportiva de Ipatinga comanda as competições de futebol amador do município de todas as categorias (divididas por idades), que em alguns anos movimentam mais de 10 mil atletas.
Referência para o texto: Wikipédia .

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

FOZ DO IGUAÇU - PARANÁ

Foz do Iguaçu é um município brasileiro do estado do Paraná. 
Segundo artigo publicado pela revista Exame em março de 2014, é o terceiro destino de turistas estrangeiros no país e o primeiro da região sul.
Conhecida internacionalmente pelas Cataratas do Iguaçu, uma das vencedoras do concurso que escolheu as 7 Maravilhas da Natureza, e pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo em tamanho e primeira em geração de energia, que em 1996 foi considerada uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis.
História
Primeiros povos e fundação
Pesquisas arqueológicas realizadas pela Universidade Federal do Paraná no espaço brasileiro do reservatório de Itaipu, antes de sua formação, situaram em 6.000 a.C. os vestígios da mais remota presença humana na região; vários grupos humanos sucederam-se ao longo dos séculos. Os últimos que precederam os europeus (espanhóis e portugueses) eram os índios. Em 1542, o espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca chegou ao rio Iguaçu e por ele seguiu guiado por índios Caingangues, atingindo as Cataratas e batizando o Paraguai. É registrado como o "descobridor" das Cataratas. Em seu diário, ele narra a própria vivência no início da colonização europeia nas Américas.
Século XIX
Em 1881 Foz do Iguaçu recebeu seus dois primeiros habitantes: o brasileiro Pedro Martins da Silva e o espanhol Manuel González. Pouco depois chegaram os irmãos Goycochéa, que iniciaram a exploração da erva-mate. Oito anos após foi fundada a colônia Militar na fronteira, marco do início da ocupação efetiva do lugar por brasileiros.
A expedição do Engenheiro e Tenente José Joaquim Firmino chegou a Foz do Iguaçu em julho de 1889. Foi levantada a população e identificadas 324 pessoas, em sua maioria paraguaios e argentinos. Mas havia também a presença de espanhóis e ingleses dedicados à extração da erva-mate e da madeira, exportadas via rio Paraná.
Em 22 de novembro do mesmo ano, o Tenente Antônio Batista da Costa Júnior e o Sargento José Maria de Brito fundaram a Colônia Militar, que tinha competência para distribuir terrenos a colonos interessados.
No ano de 1897 foi criada a Agência Fiscal, chefiada pelo Capitão Lindolfo Siqueira Bastos. Ele registrou a existência de apenas 13 casas e alguns ranchos de palha. Nos primeiros anos do século XX a população de Foz do Iguaçu chegou a aproximadamente 2 mil pessoas e o vilarejo dispunha de uma hospedaria, quatro mercearias, um rústico quartel militar, mesa de rendas e estação telegráfica, engenhos de açúcar e cachaça e uma agricultura de subsistência.
Século XX
Em 1910 a Colônia Militar passou à condição de Vila Iguassu, distrito do município de Guarapuava. Dois anos depois, o Ministro da Guerra emancipou a Colônia tornando-a um povoamento civil entregue aos cuidados do governo do Paraná, que criou então a Coletoria Estadual da Vila. Em 14 de março de 1914, pela Lei 1.383, foi criado o município de Vila Iguassu, instalado efetivamente no dia 10 de junho do mesmo ano, com a posse do primeiro prefeito, Jorge Schimmelpfeng, e da primeira Câmara de Vereadores. O município passou a denominar-se Foz do Iguaçu em 1918.
A estrada que liga Foz do Iguaçu a Curitiba tomou sua primeira forma em 1920. Era precária e cheia de obstáculos. Na segunda metade da década de 1950 iniciou-se o asfaltamento da estrada que cortaria o Paraná de leste a oeste, ligando Foz do Iguaçu à Paranaguá, que foi inaugurada em 1969.
Em 1924 os revoltosos da Coluna Prestes saíram da capital paulista iniciando sua marcha pelo interior do estado na direção sudoeste. Ao ingressar no Paraná, conquistaram muitas cidades fronteiriças ao Paraguai e estabeleceram seu quartel-general em Foz do Iguaçu. Permaneceram até 1925, quando atravessaram o rio Paraná penetrando no Paraguai rumo a Mato Grosso.
A história do Parque Nacional do Iguaçu começa no ano de 1916, com a passagem por Foz do Iguaçu de Alberto Santos Dumont, o pai da aviação.
A área pertencia ao uruguaio Jesus Val. Santos Dumont intercedeu junto ao Presidente do Estado do Paraná, Affonso Alves de Camargo, para que fosse desapropriada e tornada patrimônio público. No dia 28 de julho, através do decreto nº 63, foi declarada de utilidade pública, com 1.008 hectares. Em 1939, por decreto do Presidente Getúlio Vargas, a área foi expandida para 156.235,77 hectares.
Em 1994 os decretos nº 6.506, de 17 de maio, e de nº 6.587, de 14 de junho, consolidam e ampliam a área do Parque Nacional, dando-lhes os limites propostos pelo chefe da seção de Parques Nacionais; hoje os limites atuais são 185.000 hectares.
Com a inauguração da Ponte Internacional da Amizade (Brasil - Paraguai) em 1965 e inauguração da BR-277, ligando Foz do Iguaçu a Curitiba e ao litoral, em 1969, Foz do Iguaçu teve seu desenvolvimento acelerado, intensificando seu comércio, principalmente com a cidade paraguaia de Ciudad del Este.
A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, iniciada na década de 1970, causou fortes impactos em toda a região, aumentando consideravelmente o contingente populacional do município, passando de 33.970 habitantes em 1970 para 136.320 habitantes em 1980, registrando um crescimento de 385%.
Geografia
Relevo
Foz do Iguaçu está localizado no extremo oeste do terceiro planalto paranaense, sendo o município mais a oeste do Paraná. O relevo é suavemente ondulado, o que contribui muito para o desenvolvimento da agricultura. Sua altitude varia em torno dos duzentos metros. A oeste do município corre o rio Paraná, ao sul o rio Iguaçu, ao norte fica o Lago de Itaipu e a sudeste o Parque Nacional do Iguaçu, uma das últimas reservas de mata nativa intacta que existem no Paraná. No sudoeste de Foz os Rios Iguaçu e Paraná se unem formando a tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Clima
O clima de Foz do Iguaçu é subtropical úmido mesotérmico, classificado por Köppen como Cfa. A cidade tem uma das maiores amplitudes térmicas anuais do estado, cerca de 14 °C de diferença média entre o inverno e o verão, isto deve-se a uma menor influência da maritimidade do que a que ocorre em outros municípios. Por isso os verões costumam ser muito quentes, com máximas médias em torno dos 33 °C e sensação térmica chegando a cerca de 40 °C, e os invernos apesar de, na média, serem considerados amenos, ainda sim propiciarem quedas bruscas de temperaturas que podem fazer a temperatura cair abaixo de zero durante a passagem de frentes frias com a massas de ar polar na retaguarda. As chuvas costumam ser bem distribuídas durante o ano, com uma pequena redução no inverno, e a precipitação anual é de aproximadamente 1.900 milímetros (mm).
Economia
As principais fontes de renda de Foz do Iguaçu são o turismo, que alavanca também o comércio e a prestação de serviços na região, e a geração de energia elétrica. É o segundo destino de turistas estrangeiros no país e o primeiro da região sul.
Foz do Iguaçu é conhecida internacionalmente por suas atrações turísticas, que trazem visitantes do Brasil e do mundo. As mais famosas são o conjunto de quedas denominadas Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu e a Usina Hidrelétrica de Itaipu (maior hidrelétrica do mundo em produção anual de energia).
Além dos tradicionais atrativos da cidade, outro fator de atração de turistas é a possibilidade de compra de produtos com preços reduzidos na vizinha Ciudad del Este. Durante todo o ano é grande o fluxo de sacoleiros (como são conhecidas as pessoas que compram em grande quantidade no Paraguai para revender no Brasil) que atravessam a Ponte da Amizade apenas para comprar, uma vez que normalmente pernoitam em Foz.
Outro atrativo oferecido pelas cidades vizinhas é a possibilidade de conhecer o lado argentino das Cataratas; nas proximidades também é possível frequentar os cassinos, atividade não permitida no Brasil.
Turismo
As principais atrações da cidade são o conjunto de quedas denominadas Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu (Patrimônio Mundial Natural da Humanidade tombado pela UNESCO), a Hidrelétrica Binacional de Itaipu (maior hidrelétrica do mundo em produção anual de energia), o Marco das Três Fronteiras, a foz do Rio Iguaçu no Rio Paraná (área onde as fronteiras da Argentina, Brasil e Paraguai se encontram), a Ponte Internacional da Amizade (divisa entre Brasil e Paraguai) e Ponte da Fraternidade (divisa entre Brasil e Argentina), o Parque das Aves (com aproximadamente 900 aves de 150 espécies), entre outras.
Educação
Foi escolhida para alocar a Universidade Federal da Integração Latino-Americana. A Universidade, criada pela lei nº 12.189/2010, é uma instituição pública de ensino superior preocupada com a criação de um ambiente multicultural e interdisciplinar capaz de produzir profissionais e pesquisadores voltados para o desenvolvimento econômico, social, cultural e político da região, num espírito de igualdade entre todos os povos e culturas do continente. A universidade é um projeto único na história do ensino superior na América Latina. A sua vocação é a de contribuir para o desenvolvimento e a integração latino-americana, com ênfase no Mercosul, por meio do conhecimento humanístico, científico e tecnológico e da cooperação solidária entre as universidades, organismos governamentais e internacionais. Será uma universidade aberta para a América Latina e Caribe: a metade dos 10.000 alunos e dos 500 professores, previstos como meta, serão selecionados e recrutados nos vários países latino-americanos e caribenhos, sendo a outra metade formada por brasileiros.
No ensino superior público, a cidade ainda conta com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná. No ensino superior privado, há a Faculdade de Foz do Iguaçu (FAFIG), o Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu (CESUFOZ), a Faculdade União das Américas (Uniamérica), e a Faculdades Unificadas de Foz do Iguaçu (UNIFOZ).
Cultura
Gastronomia
A comida típica da cidade é o Pirá de Foz, porém o Dourado (peixe de escamas encontrado no Rio Paraná) Assado faz grande sucesso na gastronomia local. Anualmente, acontece o Concurso do Dourado Assado, atraindo milhares de pessoas. Em Foz do Iguaçu, encontram-se diversos estilos de restaurantes, de variadas gastronomias, inclusive os tradicionais fast foods.
A culinária libanesa também recebe o seu destaque em Foz do Iguaçu, que possui vários estabelecimentos neste segmento, com destaque para o shawarma, um sanduíche feito com carne ou frango, muito apreciado por moradores e turistas.
Literatura
Na literatura contemporânea, um dos bairros de Foz Iguaçu, a Vila Carimã, surge de forma subjetiva na obra do escritor Leonid Bózio, que relata no livro Tempos Sombrios, da série Autofagia, o misticismo local por meio da figura do Pombero, criatura da mitologia Guarani.
Referência para o texto: Wikipédia .