Abaetetuba é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente à Microrregião de Cametá. É a cidade-pólo da Região do Baixo Tocantins e, a 7° mais populosa do Estado. O Município é formado por dois distritos: Abaetetuba (sede) e a Vila de Beja.
Etimologia
O nome primitivo do município era "Abaeté", que, na língua tupi, significa "homem verdadeiro", através da junção dos termos abá (homem) e eté (verdadeiro). Por meio do Decreto-lei 4.505, de 30 de dezembro de 1943, foi-lhe acrescentado o sufixo "tuba", oriundo do termo tupi tyba (ajuntamento), para diferenciá-lo do município homônimo no estado de Minas Gerais. Portanto, "Abaetetuba" significa, na língua tupi, "ajuntamento de homens verdadeiros".
História
O distrito de Beja foi o berço da colonização de Abaetetuba. Por volta de 1635, padres capuchinhos vindos do Convento do Una, em Belém, após percorrerem os rios da região, juntaram-se a uma aldeia de tribos indígenas nômades. O aglomerado foi chamado de "Samaúma" e, depois, batizado de "Beja" pelo governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado.
Embora Francisco de Azevedo Monteiro seja considerado, no imaginário popular, o fundador, pois chegou para tomar posse desse território como proprietário de uma sesmaria. Na beira do rio Maratauíra, num local protegido das marés pela ilha de Sirituba e nas proximidades do sítio Campompema e da Ilha da Pacoca, fundou um pequeno povoado, em 1724.
O município de Abaetetuba foi desmembrado do território da capital do Estado, Belém, em 1880, de acordo com a Lei 973, de 23 de março, que também constituiu o município como autônomo.
Um ano depois, em 1881, o presidente interino da Câmara em Belém, José Cardoso da Cunha Coimbra, instalou, no município, a Câmara Municipal de Abaeté. Por meio do Decreto-Lei 4.505, de 30 de dezembro de 1943, foi instituído o nome "Abaetetuba".
Povo nativo
Os primeiros habitantes do território Abaetetubense foram os Motiguás, uma tribo indígena relativamente populosa da etnia Guaraní, esses que chamavam essa terra de "Aba samaúma, que significaria Terra de samaúma fazendo referencia as "Samaúmeiras", arvores muito altas e de grande porte que segundo os colonizadores europeus, encontrava-se em grande escala por todo o território da cidade, na praça da igreja de Nossa Senhora da Conceição(igreja mais antiga da cidade), encontram-se exemplares dessas arvores com cerca de 25 anos.
Sabe-se que a sociedade dos Motiguás era composta principalmente por caçadores e agricultores seminômades, com uma alimentação baseada principalmente na caça e coleta, bem como no plantio de diversas variedades de vegetais, como mandioca(Da qual os índios produziam uma variedade de coisas como: a farinha de Mandióca,o Tucupí, a Maniçoba, etc.), batata, amendoim, feijão, milho.
Geografia
O município possui uma rede hidrográfica bastante vasta, navegável em quase toda a sua extensão. Existem cerca de 72 ilhas que constituem a chamada Região das Ilhas. O clima é comum da Amazônia, equatorial e super-úmido. Registra-se no município a existência de florestas de terra firme e florestas de várzeas.
Cultura
A cidade é uma surpresa agradável para aqueles que visitam pela primeira vez, simples eu seu traçado urbano, é uma típica cidade da amazônia. Abaetetuba cresceu às margens do Rio Maratauíra (ou Meruú), que é um afluente do rio Tocantins. Seu povo é alegre, hospitaleiro e, acima de tudo apaixonada por sua terra. Abaetetuba é uma cidade que guarda tantas peculiaridades que a soma destes acaba gerando uma paixão pela terra natal, com tons de bairrismo. Seus poemas sobre "a terra maratuia " são verdadeiras declarações de amor.
A cidade tem um Patrimônio histórico, paisagísticos e culturais digno de ser visitado e admirado. Exemplos disso são as belas igrejas, algumas muito antigas como a Igreja de São Miguel Arcanjo, na centenária Vila de Beja e a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, sede da Diocese de Abaetetuba, e outros mais moderno como a de Nossa Sra. de Nazaré e o Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, uma das maiores do estado.
No passado, o município ficou conhecido como “a Terra da Cachaça”, devido a próspera indústria de aguardente de cana localizado na época em Abaetetuba. Os Engenhos, no início do Século XX eram contados às dezenas, porem hoje só existe as ruínas e apenas uma pequena unidade fabril, o Engenho Pacheco, que produz perto de 1.000 litros por mês de uma excelente cachaça que é usufruída por um pequeno número de privilegiados dentro do próprio município. Esse símbolo local foi imortalizado nos versos de Ruy Barata ao cantar "só lembrar da mardita me lembrei de Abaeté".
Turismo
Praias
Para aqueles que amam o verão e o sol, a cidade de Abaetetuba apresenta algumas oportunidades de férias encantadoras. A famosa praia de Beja, localizada nas margens do rio Pará, praia de água doce, que encanta os visitantes com a beleza, em julho é uma das mais visitadas do verão paraense, atraindo mais de 80 mil pessoas por fim de semana.
Existem outras praias como a de Guajará de Beja e da Ilha de Capim, que são um convite ao ecoturismo, com trilhas pela mata e paisagem exuberante.
Há também muitos balneários como Zico, Paraíso, Conceição, Colônia Velha, Camotim, Abaetezinho com riachos de águas frias cercado por uma bela vegetação.
Carnaval
Abaetetuba consolida-se como detentora de um dos maiores e mais animados carnavais do estado. Mais de 50 mil brincantes invadem a avenida da folia no mês de fevereiro, número que cresce exponencialmente a cada ano. São blocos, trios elétricos, escolas de samba, shows de bandas, e ainda tem os tradicionais blocos como o Canto nu Xadrez (Bloco do Sujo), e o Bloco das Virgens, tudo o que faz a alegria daqueles que buscam a diversão. Mas são as micaretas o grande destaque do carnaval abaetetubense, atraindo foliões de várias partes do Pará e de outros estados, como Maranhão e Tocantins.
Quadra junina
No mês de Junho a grande atração fica por conta do Concurso de Quadrilhas Tradicionais e Modernas, o maior e mais belo evento dessa categoria no estado.
Um exemplo de organização e riqueza no figurino e nas apresentações, as quadrilhas superam os limites da mera dança junina e o expandem para encenações de diversos temas nacionais e internacionais.uma das melhores quadrilhas é a flor de algodão…e muitos espetáculos.
Miritifest
Abaetetuba é conhecida como a Capital Mundial do Brinquedo de Miriti. Em 2004, o Governo Municipal apoiou a criação do Festival de Miriti (MIRITIFEST). O evento destaca o Artesanato de Miriti e apresenta obras de grande nível artístico criado e apresentado por muitos artesãos locais, além da exposição de produtos e serviços de empresas locais e de outros municípios. A cada ano aumenta a participação da população e de visitantes vindos de todo o Estado, e do Brasil, atraídos pelo extenso programa cultural, incluindo apresentações artísticas e mostra bandas regionais. O MIRITIFEST tornou-se rapidamente o maior evento cultural do Baixo Tocantins. O Brinquedo de Miriti é um dos maiores símbolos do Círio de Nazaré em Belém do Pará.
Tiração de Reis
A Tiração de Reis (nome que a Folia de Reis recebia em Abaetetuba desde os tempos das antigas Folias de Santos ou Tiração de Esmolas em Abaeté), veio da tradição folclórica da Folia de Reis e que em alguns lugares do Brasil ficou sendo conhecida como Tiração de Reis, especialmente no Sertão Nordestino que chegou em Abaeté na época da migração nordestina do Ciclo da Borracha. Em Abaeté as festas da Tiração de Reis eram tradicionais e eram realizadas tanto na cidade como pelo interior do município. Envolviam, muita musicalidade e atualmente as músicas saíram um pouco da tradição religiosa do fato, incorporando outras músicas populares alegres, como o carimbó, frevos, sambas, forrós e outras. A Fundação Cultural Abaetetubense (FCA), a partir do ano de 2005, recuperou a tradição da Tiração de Reis, que hoje possui vários grupos de folias.
Economia
Cidade-polo da região do Baixo Tocantins que abrange os municípios de Moju, Igarapé-Miri, Barcarena, Limoeiro do Ajurú, Mocajuba, Baião, Cametá, Tailandia, Acará e Oeiras do Pará (somando uma população de mais de 740.045,00 habitantes), Abaetetuba é a sétima mais populosa cidade do estado. A cidade proporciona fácil acesso aos portos de Belém e de Vila do Conde e ao sul do Pará, além de ser próxima ao Polo Industrial na Vila dos Cabanos, que se localiza a 30 km. Diversas empresas estão se instalando no município aproveitando a grande rede de serviços da cidade, fato refletido no produto interno bruto municipal, que triplicou em quatro anos.
A atividade econômica predominante no município é o setor terciário (comércio e serviços), que conta com uma ampla rede de estabelecimentos das mais diversas atividades.
Indústria
A atividade industrial tem pequena participação na economia abaetetubense, compõe-se sobretudo dos ramos alimentício e de beneficiamento de produtos agroflorestais. De um modo geral, as indústrias da cidade são de médio e pequeno portes e distribuem-se principalmente nos ramos de bebidas, moveleiro, madeireiro e oleiro-cerâmico. A cidade conta também com metalúrgicas e estaleiros.
Agricultura
No setor agroflorestal, o município destaca-se como o 2º maior produtor de açaí do Pará, como o 3º maior produtor de bacuri e cupuaçu, e como o maior produtor de manga do estado. Outras culturas também marcam fortemente a agricultura abaetetubense, como mandioca, coco, miriti e bacaba.
Pecuária
Na pecuária, o município conta com bovinos, suínos e caprinos, além de possuir um abatedouro público.
Piscicultura
Na piscicultura o município caracteriza-se como o 5º maior pólo pesqueiro do estado,apresentando grande produção de camarão e peixe.
Futebol
Abaetetuba tem muita tradição no futebol, sua seleção já foi campeã de 11 edições do Campeonato Intermunicipal de Futebol (nos anos de 1955, 1958, 1961, 1962, 1967, 1969, 1973, 1976, 1982, 1983 e 2014), sendo a seleção que possui mais títulos da competição. Os Clubes de futebol mais conhecidos são o Abaeté Futebol Clube e o Vênus Atlético Clube. Os Jogos de futebol oficiais acontecem no Estádio Humberto Parente.
Universidades e Faculdades
A cidade conta com as seguintes Universidades: Universidade Federal do Pará - UFPA; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA); Faculdade Integrada do Brasil (FAIBRA); Faculdade Montenegro; Faculdade de Educação e Tecnologia da Amazônia (FAM); Famac Anhanguera; UNIP; Esamaz; Faculdade Católica de Abaetetuba (FCAB); Uniasselvi.
Alagoinhas é um município brasileiro do estado da Bahia, localizado no Agreste deste estado. Sua área é de 718,089 quilômetros quadrados e sua população em 2019 era de 151 596 habitantes, tendo portanto uma densidade demográfica de 210,05 habitantes por quilômetro quadrado. Limita-se ao norte com o município de Inhambupe, ao sul com o município de Catu, a leste com o município de Araças, a oeste com o município de Aramari, a nordeste com o município de Entre Rios e a sudoeste com o município de Teodoro Sampaio.
Seu nome se deve aos rios Sauípe, Catu, Subaúma e Quiricó e às pequenas lagoas e córregos existentes na região. E assim sua água é considerada de excelente qualidade e pode ser considerada a segunda melhor do mundo, sendo uma de suas maiores riquezas, e que faz parte do aquífero que vai desde Dias d'Ávila a Tucano.
História
O povoamento de Alagoinhas foi iniciado no final do século XVIII, quando um padre português, cuja identidade não foi guardada pela História, fundou uma capela no município, em louvor a Santo Antônio, em torno da qual forma-se o povoado de Santo Antônio das Alagoinhas, cujo nome se deve às muitas lagoas pequenas existentes na região.
É criada, por Alvará datado de 7 de novembro de 1816, a Freguesia de Santo Antônio das Alagoinhas, subordinada à Vila de Inhambupe.
Por ser um importante ponto de passada para boiadas e de acesso para o Sertão (daí o título dado por Ruy Barbosa à cidade, "Pórtico de Ouro do Sertão Baiano"), a freguesia prospera e recebe muitos habitantes, vindos principalmente de Inhambupe (vila da qual pertencia), Irará e Santo Amaro. Como consequência, se inicia, por volta da década de 1840, o processo de emancipação da freguesia.
Em 16 de junho de 1852, a Freguesia de Santo Antônio das Alagoinhas é desmembrada de Inhambupe e elevada à categoria de vila, com o mesmo topônimo, sendo instalada em 2 de julho do ano seguinte, com a posse da primeira Câmara Municipal e do presidente do Conselho, o coronel José Joaquim Leal.
O grande desenvolvimento e crescimento populacional da vila veio devido à abertura da Estação Ferroviária (inaugurada em 1863), pertencente à Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco, pois ela era centro de atividades econômicas, devido ao grande fluxo de pessoas e mercadorias. Com isso, a Vila de Santo Antônio das Alagoinhas é elevada à categoria de cidade, pela Lei Provincial n.º 1.957, de 7 de julho de 1880, tendo seu topônimo simplificado para "Alagoinhas".
Em 18 de novembro de 1880, foi construído um dos maiores símbolos de Alagoinhas, a Segunda Estação de São Francisco. Erguida em estilo inglês, com a estação de passageiros em estilo francês, possui todo o material importado da Inglaterra, e é a única réplica do mundo de outra estação em Liverpool. Até hoje, todos os tijolos utilizados na sua construção possuem os nomes dos fabricantes ingleses e franceses.
Em 1897, Alagoinhas teve um papel fundamental durante a Guerra de Canudos, quando acolheu tropas federais e estaduais, que utilizavam a cidade como rota para o destino final. A cidade ainda prestou assistência e mantimentos aos soldados feridos que a utilizavam como ponto médico.
A década de 1920 foi um momento de revolução arquitetônica e tecnológica na cidade, com a inauguração da Santa Casa de Misericórdia, do Serviço de Transportes Coletivos, do Coreto Municipal, e da Capela "da Praça Kennedy", além da chegada da energia elétrica em 1924, com o auxílio e o trabalho dos irmãos Robatto.
Em 11 de novembro de 1931, por meio de um plebiscito popular, Alagoinhas passou a se chamar "Cidade Joaquim Távora", em homenagem ao irmão do tenente Juarez Távora, que comandou a revolução que acabou com Getúlio Vargas no poder, mas o nome não pegou e a cidade continuou com a denominação antiga.
Alagoinhas também contribuiu durante a Segunda Guerra Mundial, onde diversos jovens se ofereceram para viajarem na frente brasileira de batalha na Itália e se juntaram aos outros "pracinhas". Após a vitória aliada e o retorno de vários deles à cidade, o Totem dos Pracinhas foi erguido em 1972, em homenagem aos pracinhas Dionísio Chagas e Evilásio Assis, mortos em combate.
A década de 1950 também foi importante no rápido desenvolvimento da cidade, pois houve a instalação de um complexo sistema de rede de esgotos na parte central do município, beneficiando famílias e trabalhadores. Além disso, diversos centros culturais e de lazer, como a biblioteca central, foram instalados na cidade. Vários centros públicos obtiveram reformas que acabaram ampliando a beleza arquitetônica da cidade. Ainda durante esta década, foi construída a Catedral de São Francisco, com estilo italiano único na região, investe na altura e na diversidade de torres. É uma réplica da Catedral de São Francisco de Ascoli Piceno, na Itália.
Em 1964, foi descoberto um poço de petróleo no município, o MG-1-BA. Três anos depois, já haviam 30 poços, motivo que fez com que a Petrobras se instalasse no município, gerando seu desenvolvimento e aumentando os investimentos, mas também crescimento desordenado, deixando várias pessoas sem saneamento básico e acesso aos serviços de saúde.
Com o desenvolvimento ferroviário e a descoberta de poços de petróleo, Alagoinhas cresceu bastante economicamente, tornando-se polo de sua região. Se voltou aos serviços, portanto seu desenvolvimento se deu, principalmente, no comércio, polarizando mais de 30 municípios vizinhos.
Em 10 de junho de 2010, o então prefeito Paulo Cezar assinou, juntamente com o então presidente Lula, a adesão e o reconhecimento de Alagoinhas como sendo uma cidade patrimônio Histórico do Brasil, devido aos seus inúmeros casarões e igrejas que remontam à séculos passados, ainda em estado de conservação assegurado.
Alguns alagoinhenses se destacaram bastante no campo da literatura e educação, como Maria Feijó (1918), José Olívio Paranhos Lima (1955), o poeta e dramaturgo Lázaro Zacaríades, o poeta, professor e pesquisador acadêmico Ednaldo Soares, publicado no Brasil e na Itália, e o escritor e mestre em Linguística Adson Vasconcelos (1965), autor de diversos livros didáticos, pedagógicos e literário.
Geografia
Localizado no leste da Bahia, no Agreste deste estado, com área de 734 quilômetros quadrados. Está situado nas unidades geomórficas dos Tabuleiros do Recôncavo e dos Tabuleiros Interioranos. De clima quente e semi-úmido, possui vegetação de floresta estacional semidecidual e de parque sem floresta de galeria.
Sua geologia pode ser resumida, segundo a CEI e IBMB 1993-1994, em arenitos médios e grosseiros, conglomerados/brechas, paraconglomerados.
A cidade é servida pela malha rodoviária e ferroviária. A BR-101, que corta o Brasil de Norte a Sul, serve a cidade fornecendo importante acesso e meio de escoamento de produtos para cidades do Nordeste como Recife e Aracaju, além de cidades como Vitória e Rio de Janeiro, no Sudeste do país. Também corta a cidade a BR-110, que a une ao Nordeste pelo interior da região. A ferrovia possui na cidade, além do seu papel histórico, um entrocamento que já foi de grande importância para o país e teve o seu declínio de acordo com a subvalorização do transporte ferroviário no país. Possui ainda rodovias estaduais que ligam a cidade à BR-116 e também à Linha Verde.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1970, 1977 a 1980, 1986 a 1989 (até 31 de março) e a partir de 1992, a menor temperatura registrada em Alagoinhas foi de 10,4 °C em 21 de dezembro de 1962, e a maior atingiu 40,2 °C em 1° de janeiro de 1988. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 181,7 mm em 20 de dezembro de 1999. Outros grandes acumulados foram 121,7 mm em 12 de janeiro de 2011, 112,9 mm em 20 de janeiro de 1964, 109,2 mm em 26 de maio de 1966 e 102,5 mm em 8 de maio de 1963. O mês de maior precipitação foi abril de 1964, quando foram registrados 474,6 mm.
Economia
Primeiro setor
Alagoinhas se destaca na produção agrícola de limão (maior produtor baiano), abacate, laranja (3º maior produtor baiano), de batata doce (10º maior produtor baiano) e de amendoim (11º maior produtor baiano).
No setor de bens minerais, é um grande produtor de areia, argila e pedra.
Segundo setor
Segundo a Junta Comercial do Estado da Bahia (JUCEB), o município possui 669 indústrias, ocupando o 13º lugar na posição geral do estado da Bahia, e 3.711 estabelecimentos comerciais, 14ª posição dentre os municípios baianos.
Terceiro setor
Seus serviços crescem bastante, desde a descoberta dos poços de petróleo e da implantação da ferrovia, ampliando os serviços para os municípios vizinhos também. E seu parque hoteleiro registra 500 leitos.
Possui diversos outros serviços com qualidade reconhecida nacionalmente. Servida por diversos estabelecimentos de ensino de nível fundamental a superior. Em nível de saúde é servida principalmente, pelo Hospital Regional Dantas Bião e Maternidade de Alagoinhas. Alguns serviços médicos especializados são realizados na cidade, evitando assim o deslocamento à capital do estado, Salvador, em busca de atendimento
Educação
Alagoinhas possui 152 escolas, sendo 87 municipais, 29 estaduais, 1 federal e 35 particulares; e 12 instituições de ensino superior autorizadas pelo MEC. São destaques na rede municipal o Colégio Municipal de Alagoinhas, na rede estadual, o Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães, Colégio Estadual Deputado Luís Eduardo Magalhães (no Barreiro),o CETEP (Centro Territorial de Educação Profissional), Colégio da Polícia Militar Professor Carlos Rosa e o Colégio Estadual São Francisco. O campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF BAIANO), inaugurado em 2016, é uma unidade da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica que oferta cursos profissionalizantes desde a formação básica (Ensino Médio) até a pós-graduação (especialização). Na rede privada, têm-se como destaques o Colégio Dínamo, Colégio Star, Colégio Santíssimo Sacramento, Colégio São Francisco das Irmãs Franciscanas, Colégio Destaque e o Centro Educacional Cenecista Alcindo de Camargo.
Camaragibe é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Pertence à Região Metropolitana do Recife, sendo o seu sexto município mais populoso (atrás de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Cabo de Santo Agostinho) e a oitava de Pernambuco.
História
A área onde hoje está localizado o município de Camaragibe era povoada por minorias indígenas, até a chegada dos portugueses com Duarte Coelho Pereira, em meados do século XVI.
As terras eram utilizadas para a exploração do pau-brasil e, posteriormente, a produção da cana-de-açúcar.
O município surgiu com os antigos engenhos, como o Camaragibe, fundado em 1549 e considerado um dos mais prósperos da região até a invasão holandesa em 1645. O engenho foi incendiado pelas tribos indígenas que viviam no local.
Entre 1891 e 1895 foi implantada uma fábrica de tecidos pelo engenheiro Carlos Alberto de Menezes, e o engenheiro francês Pierre Collier o que modificou a feição do local.
Em 20 de dezembro de 1963 a Lei Estadual nº 4.988 elevou o distrito à categoria de município, o qual foi extinto em 6 de julho de 1964, por acórdão do Tribunal de Justiça (mandado de segurança nº 59.906), sendo seu território reanexado ao do município de São Lourenço da Mata. Sendo novamente elevado a categoria de município só em 13 de maio de 1982, desmembrando-se de São Lourenço da Mata, segundo a Lei nº 8.951, publicada no Diário Oficial do Estado de Pernambuco daquela data.
Topônimo
O topônimo Camaragibe significa "rio dos camarás" (camara: a planta, y: rio, pe: em). Camará ou cambará é o nome de um arbusto presente na região.
Segundo as normas ortográficas vigentes da língua portuguesa, este topônimo deveria ser grafado como Camarajibe. Prescreve-se o uso da letra "j" para palavras indígenas ou africanas (exceções: angico e angical). O nome vem do tupi Rio de Camará, em referência ao arbusto camará ('Lantana camará'), popularmente conhecido como chumbinho. Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para Camaragype, Camaragipe e finalmente para Camaragibe.
Relevo
O relevo predominante no município é o de Tabuleiros Costeiros, relevo que predomina em todo litoral leste do nordeste, tendo altitudes médias que variam entre 50 e 100 metros acima do nível do mar.
Vegetação
A vegetação nativa municipal é a mata atlântica, composta por florestas sub-perenifólias, com partes de floresta sub-caducifólia.
Solo
Os solos do município são representados pelos Latossolos e Podzólicos nos topos de chapadas e topos residuais.
Clima
O município tem o clima tropical, do tipo As´. Os verões são quentes e secos. Os invernos são amenos e úmidos, com o aumento de chuvas; as mínimas podem chegar a 15 °C. As primaveras são muito quentes e secas, com temperaturas que em algumas ocasiões podem chegar aos 35 °C.
Economia
Segundo dados sobre o produto interno bruto dos municípios, divulgado pelo IBGE referente ao ano de 2013, a soma das riquezas produzidas no município é de 1.116.399 mil reais (14° maior do estado), sendo o setor de serviços o mais mais representativo na economia camaragibense, somando 642.002 milhões. Já os setores industrial e da agricultura representam 127.605 milhões e 10.817 milhões, respectivamente. O PIB per capita do município é de 7.364,74 mil reais (83° maior do estado), um dos menores da Região Metropolitana do Recife.
Educação
O município possui as seguinte(s) escola(s) estadual(s): Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins; Escola Antônio Correia de Araújo; Escola Conselheiro Samuel Mac Dowell; Escola de Referência em Ensino Médio Deputado Oscar Carneiro; Escola Estadual Pio XII; Escola Francisco de Paula Correia de Araújo; Escola Frei Caneca; Escola Joaquim Amazonas; Escola Maria da Conceição do Rego Barros Lacerda; Escola Major Lélio; Escola Ministro Jarbas Passarinho; Escola Nossa Senhora das Dores; Escola Nossa Senhora Perpetuo Socorro; Escola de Referência em Ensino Médio Prof. Antônio Carneiro Leão; Escola de Referência em Ensino Médio Prof. Carlos Frederico do Rego Maciel; Escola Prof. Nelson Chaves; Escola Santa Apolônia; Escola Santa Sofia; Escola de Referência em Ensino Médio Tito Pereira de Oliveira; Escola Timbi; Escola Torquato de Castro; Escola Vale das Pedreiras.
Saúde
A cidade conta com cinquenta e seis estabelecimentos de saúde, sendo nove públicos.
Cultura
Religiosidade
Existem na cidade cinco paróquias que são pertencente a Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR).
- Paróquia do Sagrado Coração de Jesus (Padroeiro do Município) - Situada no Bairro da Vila da Fábrica, tem sua área pastoral os bairros da Vila da Fábrica, Jardim Primavera, Lot Nazaré, Lot Inabi, Vale das Pedreiras, Baixinha, Tabatinga e Lot São Jorge.
- Paróquia de São Pio X - Situada no Bairro Novo Carmelo.
- Paróquia de São Francisco de Assis - Situada no Bairro do Timbi
- Paróquia de São Sebastião
Turismo
O principal ponto turístico da cidade é a região do bairro de Aldeia, onde está a parte mais alta de Camaragibe, que atrai um maior número de visitantes ao município. Com clima agradável e coberto de verde, o local abriga diversos clubes de campos que alugam cavalos, spas, restaurantes acolhedores e hotéis campestres. Principalmente nos finais de semana, é grande o movimento de carros subindo a ladeira de Aldeia com passageiros dispostos a desfrutar da tranquilidade do campo nos confortáveis chalés, localizados em sítios rodeados de fruteiras e flores. Distante apenas 16 km do Recife, o local já passou a ser residência fixa de muitas pessoas que, diariamente, "descem" para trabalhar e à noite retornam para a tranqüilidade do campo.
Barreiras é um município brasileiro no interior do estado da Bahia, Região Nordeste do país. Sua população estimada em 2019 era de 155.439 habitantes, sendo assim, o décimo primeiro mais populoso do estado e o 18º do interior da Região Nordeste. Pertence às regiões intermediária e imediata de Barreiras.
É cortada pelo Rio Grande, principal afluente da margem esquerda do Rio São Francisco, e é atravessada por três rodovias federais sendo elas a BR-020, a BR-135 e a BR-242 tornando-a no principal entroncamento rodoviário da região.
Faz fronteira com os municípios de Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Cristópolis, Angical, Riachão das Neves, Formosa do Rio Preto, Novo Jardim (TO) e Ponte Alta do Bom Jesus (TO).
Foi categorizada em 2007 pelo IBGE como capital regional C na hierarquia urbana do Brasil, sendo um importante polo agropecuário e o principal centro urbano, político, educacional, médico, tecnológico, econômico, turístico e cultural de toda a sua região. Barreiras, junto às suas cidades circunvizinhas, compõe a maior fronteira agrícola do Nordeste.
Além dessas potencialidades, pode-se perceber também intensa atividade comercial abastecendo toda região num raio de 300 km. Hoje, por força de seu grande desempenho nos setores do comércio e da prestação de serviços, Barreiras ocupa posição de destaque entre os maiores centros econômicos e populacionais do estado, e é uma das principais cidades da região nacionalmente conhecida como MATOPIBA.
Nesse contexto de cidade polo regional, Barreiras cada vez mais tem se fortalecido economicamente dado ao seu desenvolvimento em segmentos e setores diversificados dando-lhe um ritmo de desenvolvimento mais acentuado, sustentável e seguro, com fornecimento de serviços diversos (com destaque na educação e saúde), comércio pujante e agronegócio, forte incremento imobiliário e em construção civil, entre outros segmentos que complementam entre si.
Etimologia
O porto da localidade era o último, no Rio Grande, pois, 5 km acima, havia grandes barreiras de pedra, o que impossibilitava a navegação. Por isso, era chamada de O Porto das Barreiras Ao surgir como povoado, ao redor do seu porto, a atual cidade de Barreiras, recebeu o nome de São João, em homenagem ao seu padroeiro. No entanto, como o local já era chamado de Porto das Barreiras o povoado passou a ser chamado de São João das Barreiras, até, que por ocasião da sua emancipação política, foi abreviado para apenas Barreiras.
História
Na época da chegada dos colonizadores europeus ao Brasil (século XVI), a porção central do país era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés, dentre outros.
A região onde está localizada a cidade de Barreiras pertenceu a Pernambuco até meados de 1824. D. Pedro I desligou o atual oeste da Bahia do território pernambucano como punição pelo movimento separatista conhecido como Confederação do Equador. A então Comarca do São Francisco foi o último território desmembrado de Pernambuco, impondo àquele estado uma grande redução da extensão territorial, de 250 mil km² para os 98.311 km² atuais. Após três anos sob administração mineira, a região foi anexada à Bahia em 1827.
Até 1890 o território pertencia ao primeiro município da região extremo oeste baiano, (Campo Largo) que em 1925 teve seu nome mudado para Barão de Cotegipe e mais tarde simplificado para Cotegipe, onde foi emancipado as terras que se denominaram Brejo de Angical em virtude das extensas matas de angico, que mais tarde simplificou para Angical. Em 1850, habitava uma casinha junto ao porto, em terreno da Fazenda Malhada, de propriedade do coronel José Joaquim de Almeida, o barqueiro Plácido Barbosa, tido como o pioneiro do município, que juntamente com seu patrão, Francisco José das Chagas, morador a meia légua dali, se ocupava de receber e descarregar as barcas chegadas, cujas mercadorias fazia seguir em tropas de animais para localidades vizinhas do estado de Goiás ou para fadas da Ribeira. Em 1880 era um povoado com 20 casebres de taipa ou adobe. A grande abundância, nas matas locais, da mangabeira, de cuja seiva se fazia a borracha, foi fator definitivo de crescimento e de uma nova atividade econômica, pela qual o acanhado povoado pôde progredir mais rapidamente e obter, logo no ano seguinte, 1881, a criação de sua freguesia. Mais 10 anos de franca prosperidade passou a ser distrito de paz do município de Angical, em virtude de Lei municipal de 20 de fevereiro de 1891. Em seguida ganhou a categoria de vila, a que foi elevado pela Lei estadual nº 237, de 6 de abril de 1891, que também criou o município respectivo, com território desmembrado do de Angical. A vila e o Conselho Municipal começaram a funcionar em 26 de maio de 1891, enquanto o "Fórum", em agosto do mesmo ano.
A sede municipal adquiriu foro de cidade pela Lei estadual nº 449, de 19 de maio de 1902 investindo-se nessa categoria em 15 de novembro desse mesmo ano, quando já possuía mais de 630 casas e 2.500 habitantes.
Em 15 de março de 1943 começou a operar uma agência do Banco do Brasil, o primeiro banco da cidade.
No início do século XX o progresso chega a Barreiras e deixa marcas dessa época, nos imponentes casarões de arquitetura neoclássica. Verdadeiro monumento arquitetônico, que em parte sobrevive até hoje mesmo com o acelerado crescimento urbano da cidade.
Em 1908, um jornal semanal "Correio de Barreiras" era publicado e editado pela Tipografia Lima. No ano de 1918, Geraldo Rocha, inaugura o Cine Teatro Ideal, onde programas de auditórios e espetáculos musicais fizeram o maior sucesso, sob o comando do talentoso Mário Cardoso.
Na década de 1920, com o aumento do consumo de energia elétrica, o aproveitamento dos rios tornou-se importante.
Agraciada com a segunda hidrelétrica da Bahia, Barreiras atraiu muitas indústrias, que foram fechadas quando a usina foi desativada.
A chegada da energia elétrica impulsionou as usinas beneficiadoras de cereais e algodão, possibilitou a instalação de uma fábrica de tecidos e fios de algodão e de um curtume industrial instalados pelo Cel. Baylon Boaventura. Nesta mesma época, Dr. Geraldo Rocha, havia fundado a empresa Cia. Sertaneja e, através dela, muito realizou para o progresso de Barreiras. Na década de 1930, Dr. Geraldo Rocha, constrói um grande Frigorífico Industrial que produzia e exportava charque, paio, salame e salsicha.
Até 1850, no entanto, a futura capital regional não passava de um agrupamento de 20 casebres de taipa. A ocupação dos Cerrados Baianos era devagar e rarefeita, mantendo-se assim até os anos de 1940 - 1950. Essa situação deve-se aos seguintes fatos: primeiro, o limitado dinamismo da economia baiana, o comércio decadente em Salvador, além de na região sul ocorrer um surto do cacau; e segundo, a ausência de atividades dinâmicas na região.
Nesse contexto socioeconômico, foram montadas as bases de uma economia regional que conjuntamente ao transporte de mercadorias, via porto, dinamizava a produção agrícola, bem como estreitava as relações comerciais e pessoais. De certa forma, a cidade de Barreiras estabelecia a polarização econômica, após ter se desmembrado do município de Angical, fator que influenciou ainda a formação de uma classe política local.
A situação geográfica às margens do Rio Grande permitiu ao município de Barreiras alcançar um desenvolvimento maior do que outros municípios vizinhos. Era pelo porto de Barreiras que escoavam além da borracha da mangabeira, gêneros alimentícios e até ouro dos garimpos de Goiás.
A região estava marcada pelas relações estabelecidas com outros estados do Brasil Central e menos com a capital Salvador. O comércio era realizado, após os barcos subirem o rio São Francisco, com povoados de Goiás, os do atual Tocantins, e ainda com a Amazônia. O isolamento dessa região em relação ao litoral é marcante até o final da década de 1950.
Na década de 1970, marco das transformações produtivas no campo, o baixo valor das terras, a destinação governamental de créditos agrícolas e o movimento migratório sulista introduziram formas modernas de produção agrícola. A participação do Governo Federal permitiu tirar o isolamento que o município vivia em relação aos outros centros urbanos, seja do ponto de vista das rodovias ou dos investimentos em pesquisa científica. Mesmo assim, a pecuária extensiva e a agricultura familiar desenvolvida nos vales ainda representavam as principais fontes econômicas de subsistência e de trocas comerciais com outros municípios do Oeste Baiano.
A economia, até então, estava pautada no poder dos latifundiários, com os coronéis detentores de vastas terras. Quanto ao Cerrado, “inexplorado” pela pecuária, ainda possuía extensas áreas preservadas. Com a chegada do 4º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção) em 1969, oriundo de Crateús - CE, deu-se início a construção parcial da BR 242 para Salvador, que promoveu a interligação do município com outras cidades na Bahia e com o restante do Brasil pelas rodovias federais.
No início da década de 1980, o município passou a receber grande número de produtores rurais migrantes da Região Sul, atraídos pelo seu potencial agrícola.
Clima
Tipo climático: tropical semiúmido; temperatura anual: média compensada de 25 °C, máxima de 33 °C e mínima de 19 °C; pluviosidade anual: média 1.140 mm; máxima: 1.684 mm; mínima 295 mm; período chuvoso: outubro a abril.
Economia
Agropecuária
Barreiras se destaca no Agronegócio nacional como grande produtora de algodão. É importante ressaltar, possui grande potencial de expansão da área agricultável, pois do total de 7 861,762 km², se utiliza apenas 34 % dessa área ainda tendo muito que crescer de forma sustentável e ambientalmente correta na Agricultura e Pecuária.
Há uma previsão de grande incremento no agronegócio em Barreiras, dado ao interesse de grupos para investimentos na indústria têxtil e confecções, bem como esmagamento de soja e aumento considerável de extensão de suas áreas agricultáveis.
Na pecuária, o incremento e investimento em tecnologia é fato público e notório, não somente no cerrado (na localidade de Placas, por exemplo, que pertence a Barreiras) mas, também, notadamente na região do vale onde surgem novas propriedade rurais, inclusive com investimentos de grandes grupos que estão influenciando positivamente pequenos e médios pecuaristas a investirem em aprimoramentos tecnológicos sustentáveis o que tem refletido na qualidade e capacidade produtiva de arrobas de carne por hectare, sem falar nos investimentos em genética de ponta em reprodução bovina.
Outro diferencial que destaca Barreiras é que, além de um cerrado altamente produtivo, também possui um vale com grande potencial para a pequena agricultura, piscicultura e pecuária de corte e leite, bem servido de mananciais de água e clima apropriado.
Comércio
Essa cidade baiana é um dos principais centros comerciais do estado da Bahia abastecendo outros municípios num raio de 300 km e tem um dos maiores índices de pontencial de consumo do interior do nordeste ocupando o 13º lugar. Barreiras conta com um centro de abastecimento comercial na região central onde se vende produtos alimentícios de horta, artigos importados, roupas, entre outros. O município possui alguns estabelecimentos comerciais de atuação nacional e multinacional como as Lojas Havan, Atacadão, Le Biscuit, Lojas Americanas, Armazém Paraíba, Casas Bahia, Magazine Luiza; como também um número expressivo de franquias do ramo alimentício fast food, especificamente, com unidades do Bob’s, Subway, Spolleto, Domino's Pizza, Giraffas, além dos foods trucks espalhados nas diversas áreas onde há maior movimentação de pessoas na cidade.
Há em Barreiras algumas empresas de distribuição como a AmBev distribuidora, a Coca-Cola, ArcelorMittal, a Gerdau e a Danone. Além também de concessionárias da Fiat, Volkswagen, Chevrolet, Honda, Nissan, Toyota, Mitsubishi, Hyundai, Jeep, Volvo, Ford, Renault.
Mineração
Foi encontrado na área do município de Barreiras, o tálio que é um metal muito raro, e só existem três jazidas conhecidas deste mineral no mundo. A mais recente delas encontra-se em Barreiras. Tal jazida encontrada tem potencial de ser maior que as da China e do Cazaquistão, os únicos produtores atuais, pois tem volume capaz de atender toda demanda mundial por seis anos.
Indústria e agroindústria
Barreiras ainda conta com um Distrito Industrial integrado ao sistema estadual com aproximadamente sete indústrias e agroindústrias (com empresas voltadas para o mármore, refrigerantes, velas, sacos plásticos, metalúrgicas, e outros) instaladas e disponibilidade de lotes para futuros empreendimentos.
E no setor agroindustrial encontra se presente no município uma multinacional, a beneficiando da soja aqui produzida – grãos, farelo e óleo, A Cargill com uma planta industrial em Barreiras. O frigorífico para abate de bovinos, caprinos e ovinos, no município, promove o processo de verticalização da cadeia da carne produzida na região, FriBarreiras. Encontra se também na cidade um frigorífico de abate de frangos do único frigorífico de aves da Região – Avícola Barreiras Ltda., adotando-se o sistema de integração e contando com a transferência de tecnologia da Embrapa Suínos e Aves. Algumas poucas beneficiadoras de arroz estão instaladas.
A cidade tem a Unidade Integrada Antônio Balbino de Carvalho Filho, que é sistema FIEB - Federação de Indústrias do Estado da Bahia composto dos serviços SESI, SENAI e IEL, para educação, qualificação profissional, capacitação empresarial, apoio à inovação, saúde segurança do trabalhador. A Federação das Indústrias já voltou os olhos para Barreiras reconhecendo sua importância regional.
Educação
Ensino Superior
O município dispõe de várias unidades de ensino superior dentre elas se destacam: Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB; Universidade do Estado da Bahia - UNEB; Instituto Federal da Bahia - IFBA; Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB; Instituto de Educação UNYAHNA - IESUB; Faculdade João Calvino - UNIRB; Universidade Paulista - UNIP EAD; Centro Universitário de Maringá - Unicesumar EAD; Centro Universitário Jorge Amado - Unijorge EAD; Universidade Norte do Paraná - UNOPAR EAD
Turismo
Barreiras é hoje uma cidade de porte médio com um centro comercial e de serviços em pleno desenvolvimento. Começa a despontar no cenário nacional como porta de entrada do mais novo polo de ecoturismo da Bahia, Caminhos do Oeste.
Lazer
Cachoeira do Acaba Vida
Alimentada pelo Rio de Janeiro, a Cachoeira do Acaba Vida inunda um vale verde de veredas preservadas e matas exuberantes altamente preservadas. São 36 metros de queda livre e um visual deslumbrante, emoldurado pela mata. A nascente forma uma piscina natural de rara beleza. A cachoeira fica a 58 km da cidade, pela BR-020. Também é possível praticar rapel.
Cachoeira do Redondo
Cerca de 20 km adiante do Acaba Vida, em estrada de terra na beira do Rio de Janeiro que percorre formações de serras e poucas modificações humanas na vegetação está a Cachoeira do Redondo, uma queda d’água arredondada que forma uma grande piscina transparente com três metros de profundidade.
Rio de Ondas
Saindo da zona urbana de Barreiras, partindo pela BR-020 no sentido Brasília, são 7 km até chegar no Rio de Ondas. Margeado por cajueiros, pequis e palmeiras de buritis - além de balneários e hotéis - a diversão é garantida com o bóia-cross e os passeios de bote. A imagem encanta, lembra uma pequena praia. Astraedeiras provocam ondas que tornam a paisagem mais exuberante. São 144 km de rio. Um cartão postal, um representante oficial da cidade de Barreiras. Na localidade, o turista conta com toda a infraestrutura, como restaurantes, bares e pousadas.
Locais históricos
Arraial da Penha
A 15 km do centro da cidade o Povoado de Arraial da Penha, antigo vilarejo de Buracão, foi o primeiro núcleo urbano de Barreiras. Povoado simples e muito bem conservado, onde na tradicional pracinha fica a capela em homenagem a Nossa Senhora da Penha construída em 1841. O cenário em volta é o mais rural possível.
Neste ambiente as mulheres fabricam doces e biscoitos típicos da região. Nos vales férteis os engenhos ainda movidos a tração animal, produzem a cachaça brejeira de forma rudimentar.
Cantinho do Senhor dos Aflitos
No Vale do Rio Branco a 20 km da cidade, encontra-se o Povoado do Cantinho que ficou conhecido por manter viva uma tradição de fé e religiosidade através da devoção ao Senhor dos Aflitos, onde todos os anos no dia 2 de julho acontece uma grande romaria. Durante todo o dia muita animação nas barracas e no final da tarde missa e procissão.
Centro Histórico
No Centro Histórico estão concentradas as ruas e praças mais antigas da cidade e onde ainda podemos apreciar os casarões construídos no final do século XIX e no começo do século XX.
Praça Duque de Caxias
Localizada na Rua Rui Barbosa, Centro Histórico, é a praça mais antiga de Barreiras com o tradicional coreto. Na praça está localizado o prédio onde funcionou o Paço Municipal.
Paço Municipal
Construído no final do século XIX pelo Cel. Francisco Rocha, neste prédio foi instalada a Intendência Municipal, ainda na época do Brasil Colônia, onde por muitos anos funcionou a Prefeitura de Barreiras. O Paço Municipal está localizado na Rua Rui Barbosa, Centro Histórico.
Catedral São João Batista
Construída em estilo mourisco (árabe) e inaugurada em 1925. Sofreu uma grande reforma e foi reinaugurada em junho de 1997. A catedral está localizada na Praça São Batista, Rua 24 de Outubro no Centro Histórico.
Igreja de Santa Terezinha
Construída em 1881, em estilo neoclássico bem conservada, foi a primeira capela de Barreiras. A Igreja de Santa Terezinha está localizada na Praça Amphilóphio Lopes, Centro Histórico.
Mercado Cultural Caparrosa
Prédio construído na década de 1950 para abrigar a feira municipal. É um espaço turístico, onde são realizadas apresentações culturais e exposições de artesanatos. O Mercado Caparrosa está situado na Praça Landulfo Alves, Centro Histórico.
Colégio Costa Borges
Prédio ainda em bom estado de conservação, inaugurado em 1927, para funcionar o primeiro Grupo Escolar de Barreiras, na gestão do prefeito Amphilóphio Lopes, sendo sua primeira diretora a professora Guiomar Fábia da Rocha Porto. Endereço: Rua Profª Guiomar Porto - Centro Histórico.
Usina Hidrelétrica
Prédio construído em 1928 por Dr. Geraldo Rocha, para abrigar as três turbinas que eram movidas por uma queda d'água artificial, foi a segunda hidrelétrica da Bahia. Endereço: Av. Sebastião Ferreira - Barreirinhas.
Antigo Frigorífico Prédio construído na década de 1930 por Geraldo Rocha, durante algum tempo produziu e exportou charque e defumados marcando uma época de prosperidade. Endereço: Av. Eduardo Catalão - Barreirinhas.
Casa da Sertaneja Casarão em estilo neoclássico datado de 1919 em bom estado de conservação. Construído por Dr. Geraldo Rocha para sediar a Cia. Sertaneja - Empresa Agropastoril S/A. Em pavilhões distintos funcionava a sede da companhia e o Cine Teatro Ideal, primeiro espaço cultural de Barreiras. Endereço: Av. Presidente Vargas 53 - Centro Histórico.
Filarmônicas
A existência de filarmônicas em Barreiras, segundo registros encontrados, data de 1902. Destacando-se as Filarmônicas "8 de Dezembro" e "24 de Junho". Esta tradição musical mantida através do tempo fez com que a Filarmônica "24 de Junho", composta por músicos de Barreiras e Angical sob a regência do maestro Dulvamerino Coité, o popular Mureco, que foi convidada para tocar na inauguração de Brasília. Atualmente a Banda "26 de Maio" anima os eventos culturais e solenidades da cidade e mantêm viva esta tradição musical.
Comidas típicas
No coração do Oeste Baiano, as comidas típicas na cidade de Barreiras, reúnem diversas influências, com especial destaque para as cozinhas gaúcha e cearense. O tradicional churrasco divide o paladar com pratos inusitados, tipicamente nordestinos, como o pirão de cabeça de surubim e a galinha caipira com pirão de mulher parida. As peixadas e o feijão tropeiro endossam a diversidade de sabores da cidade. Para adoçar o paladar, a sobremesa fica por conta dos doces feitos da fruta, com destaque para o de maracujá nativo e o de buriti. Os Biscoitos, peta, ginete e queijada são os mais clássicos.
Cultura
Festas
Lavagem do Kimarrei
Acontece todos os anos desde 1997 sempre no dia 1º de janeiro onde mais de cinco mil foliões participam da tradicional Lavagem do Cais. A festa, que é uma prévia do carnaval da cidade, atrai barreirenses e muitos visitantes. A concentração acontece no entorno do Cais do Rio Grande, nas praças Duque de Caxias, Presidente Vargas e Landulfo Alves, onde os camarotes são instalados.
A lavagem, que antes acontecia na esquina dos Correios, originalmente se chamava Lavagem do Mariana (em alusão a um bar badalado que existia nas proximidades). Com o crescimento da festa, então as comemorações foram transferidas para a área externa, com carros pipa, um palco maior e mais atrações. Desde 1997, a organização é do Bloco Kimarrei e acontece nas imediações do cais.
Carnaval
O Carnaval de Barreiras é considerado o maior do interior da Bahia e atrai mais de 300 mil foliões todos os anos. O carnaval cultural acontece na praça Landulfo Alves no cais da cidade e recebe um público em torno de 40 mil pessoas. O carnaval dos trios elétricos ocorre nas Avenidas Clériston Andrade e Antonio Carlos Magalhães e garante atrações regionais e grandes nomes da música nacional.
Romaria do Cantinho do Senhor dos Aflitos
Com 300 anos de tradição, a romaria do Senhor dos Aflitos no povoado do Cantinho, na zona rural de Barreiras, tem seu ponto alto no dia 2 de julho. A festa prossegue com a missa do romeiro às 7h, e, encerra com missa solene, às 17h. Para percorrer os 18 km, a maior parte em estrada de chão, os peregrinos saem por volta da meia-noite da porta da Catedral São João Batista.
Desde o ano de 2016 a igreja da localidade é considerada pela diocese de Barreiras como O Santuário do Senhor dos Aflitos. O povoado foi recuperado e urbanizado na gestão do prefeito Zito Barbosa e foi inaugurada uma praça, aumentando assim a infraestrutura do local estimulando ainda mais o turismo, atraindo para o povoado um número em torno de 20 mil fiéis todos os anos.
A imagem do Senhor dos Aflitos, esculpida em madeira, foi trazida de Portugal pelos irmãos Francisco e José Ayres da Fonseca. Em 1710, a imagem chegou em Barra. Dez anos depois, a família Ayres da Fonseca construiu a primeira capela no povoado do Cantinho e teve início a peregrinação ao local. Em 1946 foi erguida a atual capelinha.
São João
A comemoração dos festejos juninos é em família. Os moradores fazem na frente das casas as tradicionais fogueiras e comidas típicas como a canjica, o mingau do milho, a pamonha, a pipoca o amendoim torrado, a tapioca, os caldos de mandioca e bebidas como o quentão. O barreirense comemora estourando foguetes e morteiros ao som de músicas dessa época do ano como o forró, o baião, e o xaxado. Também há as tradicionais quermesses que comemoram o início das novenas preparatórias para saudar o padroeiro de Barreiras, São João Batista, essas são significativamente visitadas por causa das missas e programações religiosas nas comunidades urbanas e rurais do município. Por conta dos recessos escolares e dos feriados sucessivos a população da cidade aumenta significativamente nesse período.
A praça da igreja matriz fica enfeitada com bandeirolas coloridas para recepcionar os numerosos fieis que vêem fazer suas preces e comemorar o dia do padroeiro da cidade, o qual já fez parte do seu nome que antigamente se chamava São João das Barreiras.[143]
No parque de exposições da cidade acontece o Arraiá do Parque, onde se apresentam as quadrilhas representando cada comunidade de Barreiras como de outras cidades circunvizinhas. É considerada a maior festa de São João do Oeste da Bahia tendo um público de 25 a 100 mil visitantes.
Expo Agro Barreiras
Acontece todos os anos no Parque Engenheiro Geraldo Rocha a Expoagro Barreiras, onde há leilões, algumas palestras e negociações, como também exposição de novas tecnologias no setor agroindustrial, e animais de raças comercias. Além de shows de atrações locais de relevância nacional que atraem um público que supera os 40 mil visitantes.
Dia do Evangélico
Desde 2001 a cidade comemora o dia do evangélico em 2 de agosto. Onde é feita a entrega simbólica de Bíblias, orações e atrações de artistas do meio gospel nacionalmente conhecido.
Desfiles de 7 de setembro
Durante toda a manhã passam pelas avenidas do centro de Barreiras, em comemoração e memória ao 7 de setembro o Dia da Independência do Brasil, escolas estaduais e municipais, a Guarda Municipal, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o 4º BEC. As fanfarras das escolas são uma atração a parte, como de costume, vêem com repertórios e evoluções que encantaram o público presente. A cerimônia sempre encerrada com um belíssimo desfile militar.
Nilópolis é um município brasileiro da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro.
É um dos treze municípios da Baixada Fluminense e um dos menores municípios do Brasil, com dezenove quilômetros de extensão, sendo apenas nove quilômetros em perímetro urbano.
Emancipou-se de Nova Iguaçu no ano de 1947, sendo antigo distrito iguaçuano.
Seu nome é uma homenagem ao político brasileiro, ex-Presidente do Estado do Rio de Janeiro e ex-Presidente do Brasil Nilo Peçanha.
História
Nilópolis foi parte integrante da capitania hereditária de São Vicente, que pertenceu a Martim Afonso de Sousa, em 1531, que a dividiu em sesmarias, doando grande parte a Brás Cubas, fundador de Santos, em São Paulo, constando três mil braças por costa do lombo do Salgado e nove mil braças para dentro do rio Meriti, correndo pela piaçaba de Jacutinga, habitada pelos índios jacutingas, em 1568.
Nessa sesmaria incluía-se Nilópolis, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Duque de Caxias, até às fraldas do Gericinó, que depois foram transformadas em novas sesmarias e grandes fazendas.
Em 1621, a área denominada Fazenda de São Mateus, veio a pertencer a João Alvares Pereira, tendo os limites até a cachoeira dos engenhos de Francisco Dutra e André S. Mateus, entre a data da Cachoeira (rio Pioim), até parte da serra da Maxambomba (atual Nova Iguaçu).
Em 1637, João Álvares Pereira manda construir a Capela de São Mateus, no alto da colina de Nilópolis, de barro batido (adobe) pelos índios aqui existentes, já escravizados.
Sucedeu a João Álvares Pereira, Diogo Pereira, certamente seu parente, até o ano de 1700, quando as terras passam a pertencer a Domingos Machado Homem, cujo filho o Padre Mateus, casa a irmã Maria Gaga Machado com o capitão Manuel Pimenta Sampaio, em 1742.
Em 1747, a capela de São Mateus é elevada a matriz de São João de Meriti, dando origem à cidade, e recebe a visita do Monsenhor Pizzaro, em 1788, atestando o uso como curada, portanto, pronta para todos os atos da fé cristã.
Falecendo Domingos Machado Homem, casado com Joana de Barcelos, sucede-lhe o padre Mateus Homem Machado, que continuou a administrá-la com engenhos e grande produção de açúcar e aguardente que escoava no Porto da Pavuna.
Quando do falecimento do padre Mateus Homem Machado, do seu testamento consta que a fazenda tinha 1.280 braças de terra, que fazem testada no rio Pavuna, que as dividia das terras de Oliveira Braga (engenho Nazaré, o atual bairro vizinho de Anchieta), correndo aos fundos com o rio chamado Cachoeira Pequena (Maxambomba), que divide as terras do capitão Manuel Correia Vasques. De uma banda partem as terras com o engenho da Pavuna, do capitão Inácio Rodrigues da Silva e da outra com terras do capitão Manuel Cabral de Melo e do ajudante Inácio Barcelos Machado.
E, no ano de 1779, seu proprietário é o alferes Ambrósio de Sousa Coutinho. A fazenda atinge seu esplendor com a produção de 30 caixas de açúcar e 14 pipas de aguardente, tendo uma população de 50 escravos sendo a mais importante da região.
O engenho situava-se na atual rua Antônio José Bittencourt (anteriormente rua Coronel Júlio de Abreu) esquina da rua Lúcio Tavares, e que através de um caminho, dava acesso à capela São Mateus, onde residiam e pernoitavam os sucessivos proprietários da área da então fazenda de São Mateus.
Com a inauguração a 29 de março de 1858 da linha de trem da Estrada de Ferro Dom Pedro II (posteriormente denominada Estrada de Ferro Central do Brasil), cortando a fazenda com destino a Queimados, a população nativa foi abandonando as terras, não só devido ao movimento abolicionista, como também por novas opções de mão-de-obra devido ao progresso e outras novas atividades.
E as terras da Fazenda São Mateus a partir de 1866, tinham como proprietários os capitalistas do Rio de Janeiro o Conde e o Barão de Bonfim, e por fim, Jerônimo José de Mesquita, que as negociou com o criador de cavalos e mulas, João Alves Mirandela, que tinha como sócio Lázaro de Almeida, conforme escritura lavrada no dia 22 de setembro de 1900, no valor de vinte e cinco contos de réis.
Da escritura consta que além das terras negociadas havia dois barracões e imóvel, que era a capela de São Mateus, e sede da fazenda que limitava-se pelo lado de Maxambomba (atual Nova Iguaçu) com a fazenda da Cachoeira, de propriedade do Barão de Mesquita e com as terras dos herdeiros de Antônio Rocha; pelo lado da Pavuna, com as terras dos herdeiros do capitão Augusto da Costa Barreto e Sebastião Alves de Almeida; pelo lado direito, com o Distrito Federal, com as terras da fazenda de Nazaré (Anchieta) e terras da fazenda do Cabral (do capitão Manuel Cabral).
João Alves Mirandela e seu irmão Manuel Alves Mirandela, grandes criadores de animais para o Exército, cercaram uma área, junto à cerca da fazenda do Gericinó, até que seu enteado Vitor Ribeiro de Faria Braga, convenceu-o a desmatar a fazenda para um possível loteamento.
Procedido ao desmatamento o mesmo enteado propôs a João Alves Mirandela que se fizesse uma planta da área, que foi aceito por um documento público, chamando o então engenheiro da Central do Brasil, Teodomiro Gonçalves Ferreira, para executar a planta da cidade que iria surgir das matas da fazenda.
E, já no final de 1913 os jornais anunciavam lotes medindo 12,50 metros por 50,00 metros, em suaves prestações.
Um destes anúncios chamou a atenção do coronel Júlio de Abreu que veio pessoalmente conhecer a cidade que estava surgindo, e logo enamorou-se, comprando vários lotes e trazendo após, vários importantes amigos, objetivando erguer uma cidade promissora.
Ele mesmo construiu a primeira casa de pedra e cal, dando o nome de Vila Ema, em homenagem à sua esposa, inaugurando-a festivamente, com as presenças de comerciantes, banqueiros, políticos, homens públicos, ligados ao Rio de Janeiro, no dia 6 de setembro de 1914, marco de fundação da cidade de Nilópolis.
No mesmo local fundou o bloco do Progresso de São Mateus, depois de Nilópolis, sob sua inspiração e presidência, tendo como presidente de honra, Nilo Peçanha, que aqui esteve duas vezes, com o pensamento voltado para obter os melhoramentos de que uma cidade carece.
Foi através dele que a cidade teve imediatamente ligação d'água; ligação de luz e iluminação pública; agência do correio; escolas particulares e públicas; comunicação; horário de trens; pontes ligando ao Rio de Janeiro e Nova Iguaçu; serviço de profilaxia rural; bandas de música e uma grande revista "Nilópolis". Nilópolis, já se chamou parada de São Mateus; parada e estação de Engenheiro Neiva, em homenagem a Lucas Soares Neiva, construtor da parada e plataforma dos trens; e, enfim, Nilópolis, em homenagem a Nilo Peçanha, grande benfeitor do município, a partir de 1° de Janeiro de 1921, numa festividade inesquecível.
Nilópolis esteve por muito tempo vinculado e fazia parte integrante da vila de São João de Meriti, então quarto distrito de Nova Iguaçu, até que por solicitação do deputado Manuel Reis, pela Lei nº 1.332, foi elevado a sétimo distrito de Nova Iguaçu a partir de 1916, com apenas dois anos de existência.
E seu desenvolvimento foi num crescendo extraordinário, graças ao empenho de sua população laboriosa até que estando em discussão a nova carta constitucional do estado do Rio de Janeiro, o Deputado Lucas de Andrade Figueira propôs uma emenda, promulgada a 20 de junho de 1947, transformando-se na Lei estadual nº 67, emancipando Nilópolis juntamente com São João de Meriti, e que se comemora a 21 de agosto de cada ano.
A área de 22 km², que era a mesma da Fazenda de São Mateus, ficou reduzida a apenas 9 km², perdendo 5,60 km² para Gericinó; 5,60 km² para São João de Meriti e 1,80 km² para Nova Iguaçu, naturalmente os bairros da Chatuba e Édson Passos (em Mesquita), Vila Norma, Éden, Tomazinho e São Mateus (em São João de Meriti) eram na verdade os bairros do município de Nilópolis. Há projetos para ingressar a Chatuba, Tomazinho e Vila Norma novamente ao município.[carece de fontes]
No plano esportivo, a maior expressão futebolística do município é o Esporte Clube Nova Cidade, segunda agremiação esportiva da Baixada Fluminense a integrar a Primeira Divisão do estado do Rio de Janeiro, entre 1989 e 1990, após sagrar-se campeã estadual da Segunda Divisão, em 1988, e vice da Terceirona em 1986. O time manda os seus jogos no estádio Joaquim de Almeida Flores, que lhe pertence. Atualmente o Nova Cidade disputa a Segunda Divisão Estadual. O outro representante da cidade na mesma divisão é o Nilópolis Futebol Clube.
Turismo
O Parque Municipal de Nova Iguaçu por onde tem partes nos municípios de Nilópolis e Mesquita (antigos distritos iguaçuanos). Na parte de Nilópolis, é chamado de "Gericinó" ou "Mata" como é conhecido pelos nilopolitanos. Tem 10,2 km de extensão, trata-se de uma área de proteção ambiental e área militar, já que o Exército Brasileiro usa essa área em algumas épocas do ano para treinamentos, sendo assim proibido por lei a ocupação de moradia e comércio. Tem um clima agradável e mais de 9 km de pista de bicicletas e aparelhos de academia. Essa pista termina numa área rural na encosta do Rio Pavuna já na entrada do bairro carioca de Realengo. Possui muitas árvores e bosques. Bastante sinalizado e com segurança realizada pela polícia militar. Possui um Centro de Visitantes no centro do parque. E a Serra do Mendanha servindo para modular a paisagem da região. No mesmo parque possui a primeira escola pública de Parapente do Brasil inaugurada no atual governo.
São Caetano do Sul é um município brasileiro do estado de São Paulo, na mesorregião Metropolitana de São Paulo e microrregião de São Paulo. Está localizado na Zona Sudeste da Grande São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011 e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).
A estimativa de população, calculada pelo IBGE com data de referência 1 de julho de 2017, foi de 159.608 habitantes.
História
Segundo o sociólogo e historiador José de Souza Martins, da Universidade de São Paulo, a região em que hoje se situa o município de São Caetano do Sul é ocupada desde o século XVI, quando era conhecida como Tijucuçu. Foi área de fazendas de moradores do antigo povoado, depois vila (1553), de Santo André da Borda do Campo, extinta por ordem do governador-geral Mem de Sá. Sua população e seu predicamento de vila (município) foram transferidos para o povoado jesuítico de São Paulo de Piratininga em 1560.
A partir do começo do século XVII, fazendeiros e sitiantes da hoje região do ABC começaram a migrar para o Vale do Paraíba, onde surgiriam as vilas de Taubaté e de Santana das Cruzes de Mogi (Mogi das Cruzes). Dois desses fazendeiros e criadores de gado doaram suas terras para o Mosteiro de São Bento da vila de São Paulo, um onde viria a ser São Bernardo e outro onde viria a ser São Caetano. Nesta última região, o doador foi o capitão Duarte Machado, em 1631, que participara da bandeira de Nicolau Barreto aos sertões dos índios temiminós, em 1602, para captura e escravização de indígenas. Foi ele também membro da Câmara da Vila de Piratininga, onde exerceu a função de almotacel.
Quarenta anos depois, em 1671, Fernão Dias Pais Leme arrematou em leilão o sítio do falecido capitão Manuel Temudo, também no Tijucuçu, e o doou ao mesmo Mosteiro de São Bento. Formou-se, assim, a Fazenda do Tijucuçu, utilizada pelos monges beneditinos na criação de gado.
Em 1717, os monges começaram a erguer no lugar onde está hoje a Matriz Velha de São Caetano uma capela dedicada a são Caetano di Thiène, o santo patrono do pão e do trabalho. Passou a fazenda a chamar-se Fazenda de São Caetano do Tijucuçu, depois apenas Fazenda de São Caetano. Alguns anos depois, em 1730, os monges fundaram ali uma fábrica de telhas, tijolos, lajotas, louças e adornos cerâmicos para ornamento de casas e igrejas na cidade de São Paulo. Esse material era diariamente transportado, pelo Rio Tamanduateí, de um porto que havia na Fazenda para o Porto Geral de São Bento, onde é hoje a rua 25 de Março, pouco adiante do atual pé da Ladeira Porto Geral. Até o século XVIII, o trabalho da fazenda era realizado por índios administrados sujeitos a servidão, libertados em 1755 pelo Diretório dos Índios do Grão-Pará e Maranhão, cujos efeitos foram, em 1757, estendidos ao Estado do Brasil. A partir dessa época por escravos negros de origem africana. A fábrica funcionou até 1871, durante 141 anos. Dessa época, subsistem no centro do atual município os canais abertos pelos escravos no século XVIII para drenagem dos terrenos próximos aos rios Tamanduateí e Meninos.
Ao redor da Fazenda desenvolveu-se o bairro de São Caetano, no mesmo território da cidade de São Paulo. Foi recenseado pela primeira vez em 1765, quando o Morgado de Mateus determinou que se fizesse o censo da população da Capitania de São Paulo. Seus habitantes eram agricultores e tropeiros e recebiam os sacramentos na Capela de São Caetano. O bairro desenvolveu-se ao redor da Fazenda de São Caetano. Concentrou moradores entre os atuais rio dos Meninos e Córrego do Moinho Velho, entre o atual Córrego do Moinho antigo Ribeirão Muiguera e a divisa entre São Caetano e Santo André.
Em 1871, no dia seguinte ao da Lei do Ventre Livre, a Ordem de São Bento decidiu, em seu Capítulo-Geral da Bahia, libertar todos os seus escravos, em todo o Brasil, mais de quatro mil, sem qualquer compensação. Privada de mão-de-obra, a Fazenda de São Caetano foi desapropriada pelo Governo Imperial para nela instalar o Núcleo Colonial de São Caetano em 28 de julho de 1877. As terras da Fazenda foram divididas em lotes e vendidas a colonos italianos entre 1877 e 1892, quando entrou no Núcleo a última família de imigrantes. O primeiro grupo de famílias assentado no núcleo embarcara no porto de Gênova e chegara ao Brasil no navio italiano Europa. Procediam todas as famílias da comuna de Cappella Maggiore e arredores, província de Treviso, na região do Vêneto, norte da Itália.
Em 1883 a São Paulo Railway inaugurou a estação de São Caetano e em 1889 o governo da província refez o Caminho do Mar e o Caminho Velho de Santo André da Borda do Campo, que desde o século XVI atravessava a região, de modo a torná-lo tributário da ferrovia.
Originalmente, os colonos do Núcleo Colonial dedicaram-se à produção da batata inglesa, ou batatinha. Mas em seguida vários deles plantaram videiras e passaram a produzir vinho de mesa, o vinho "São Caetano", comercializado num estabelecimento de Emilio Rossi, colono de São Caetano, que havia no Largo do Tesouro, em São Paulo. As videiras de São Caetano foram contaminadas pela filoxera, a partir de parreiras do bairro da Mooca. Em dois anos a produção de uva e vinho caiu verticalmente. Essa praga destruiu parreirais no mundo todo. Emilio Rossi, que em 1887 e 1888 trocou ideias a respeito com o médico e cientista Luís Pereira Barreto, resolveu fazer enxertias com cepas da chamada uva americana, resistente à praga, que deram certo, mas era tarde. Muitos colonos empobrecidos começaram a vender seus lotes de terra e pela época da proclamação da República as primeiras indústrias começaram a instalar-se na região, em terras compradas aos colonos. O núcleo agrícola se transformava em bairro operário.
Nesse período os colonos que haviam recebido terras nas várzeas úmidas do rio Tamanduateí e do rio dos Meninos, remanescentes do antigo pântano do Tijucuçu, montaram olarias e começaram a produzir tijolos. Um desses colonos, Giuseppe Ferrari foi um dos fornecedores de tijolos para construção do Museu do Ipiranga, a partir de 1895, de que se encarregara o italiano Luigi Pucci.
Pouco antes da proclamação da República foi criado o município de São Bernardo, desmembrado do de São Paulo, e a maior parte do Núcleo Colonial e do antigo bairro de São Caetano foi a ele anexada. Cerca de um quinto da antiga localidade de São Caetano permaneceu no território do município de São Paulo e constitui a área dos hoje bairros de Vila Carioca, Sacomã e Heliópolis. Nesse mesmo ano, um censo do Núcleo Colonial contou 322 habitantes, cujas famílias estavam distribuídas em 92 lotes de terra.
Em 1905, São Caetano era elevado a Distrito Fiscal. A fixação das primeiras indústrias coincidiu com a elevação de São Caetano a Distrito de Paz, em 1916. Em 1924, o arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, dava ao núcleo a sua primeira paróquia e seu primeiro vigário, o padre José Tondin. A vila transformava-se em cidade.
A primeira manifestação de autonomia para o Distrito de São Caetano aconteceu em 1928, com a liderança do engenheiro Armando de Arruda Pereira, diretor da Cerâmica São Caetano, residente na localidade. Para divulgar a ideia emancipacionista, foi fundado o São Caetano Jornal que convocava a população para votar nos seus candidatos a vereador e Juiz de paz nas eleições municipais de 1928. Entretanto, os resultados não foram os esperados. Na década de 1940, o sonho da emancipação voltou a empolgar os caetanenses, com o segundo movimento emancipacionista.
Em 1947, em movimento liderado pelo Jornal de São Caetano, foi realizada uma lista com 5.197 assinaturas e enviada à Assembleia Legislativa do Estado, solicitando um plebiscito. A consulta popular foi realizada em 24 de outubro de 1948; 8.463 pessoas votaram a favor da autonomia, e 1.020 votaram contra. A 24 de dezembro de 1948, o governador do estado de São Paulo, Ademar de Barros, ratificou a decisão e criou o "município de São Caetano do Sul", através da Lei Estadual nº 233, de 24/12/1948, acrescentando-lhe o qualificativo do Sul, para distingui-lo de homônimo pernambucano. Em 30 de dezembro de 1953, foi criada a Comarca de São Caetano do Sul, instalada no dia 3 de abril de 1955.
Clima
O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o Subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 18 °C, sendo o mês mais frio julho (média de 15 °C) e o mais quente Fevereiro (média de 21 °C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1.360 mm.
Economia
São Caetano do Sul pertence à região do ABC Paulista, a qual foi marcada pelo desenvolvimento industrial e automobilístico. Alguns exemplos são as indústrias localizadas na divisa com São Paulo, e a sede da General Motors no Brasil, na avenida Goiás, o principal centro financeiro da cidade. Atualmente, na avenida, encontram-se instaladas matrizes e filais de várias empresas.
Pessoas de várias regiões da metrópole vão a cidade a trabalho, vindas principalmente da região do próprio ABC e dos distritos das zonas sul e leste paulistanas que fazem divisa com a cidade.
O comércio é também um forte alvo econômico da cidade, que abriga a matriz da rede de lojas Casas Bahia, fundada em 1952 pelo imigrante judeu Samuel Klein.
Com o crescimento imobiliário na região surgiram diversos empreendimentos, entre eles o Moov Espaço Cerâmica que contribuíram para a geração de empregos na construção civil da cidade.
Lazer e turismo
São Caetano do Sul assim como toda a região metropolitana de São Paulo, é beneficiada pelo fluxo turístico da capital paulista, recebendo visitantes de várias localidades.
A cidade se baseia no turismo de negócios, cultural e de lazer, contando com diversos hotéis, dentre eles, o Mercure, teatros, anfiteatros e diversos auditórios, sete parques municipais: Espaço Verde Chico Mendes, Parque Botânico e Escola Municipal de Ecologia Jânio da Silva Quadros, Parque Catarina Scarparo D’Agostini, Parque Santa Maria, Cidade das Crianças, Parque Municipal São José (Bosque do Povo) e Espaço de Lazer e Recreação José Agostinho Leal. São Caetano também recebe diversos eventos. Em novembro de 2011, foi inaugurado o ParkShopping São Caetano, dentro do complexo Espaço Cerâmica.
Carnaval
O Carnaval da cidade é formado pelas escolas de samba Acadêmicos de Vila Gerti, Ébanos, Imperatriz de Nova Gerty, União da Ilha Prosperidade e Tradição da Ponte. que desfilam na Avenida Guido Aliberti, sendo filiadas a Liga Independente das Escolas de Samba de São Caetano do Sul.
Futebol
O município conta com a Associação Desportiva São Caetano, time de futebol da cidade. Manda seus jogos no Estádio Municipal Anacleto Campanella. Um dos maiores feitos do clube é ter chegado à final da Copa Libertadores da América de 2002, perdendo a decisão para o Olímpia (PAR) e a dois vices consecutivos do Campeonato Brasileiro (2000 e 2001). O São Caetano possui 1 título do Campeonato Paulista (2004).