segunda-feira, 27 de setembro de 2021

RIO ANTIGO 5

A cidade foi, sucessivamente, capital da colônia portuguesa do Estado do Brasil (1763-1815), depois do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), do Império do Brasil (1822-1889) e da República dos Estados Unidos do Brasil (1889-1968) até 1960, quando a sede do governo foi transferida definitivamente para a recém-construída Brasília.
O litoral do atual estado do Rio de Janeiro era habitado por índios do tronco linguístico macro-jê há milhares de anos. Por volta do ano 1000, a região foi conquistada por povos de língua tupi procedentes da Amazônia. Um destes povos, os tamoios, também conhecidos como tupinambás, ocupava a região ao redor da Baía de Guanabara no século XVI, quando os portugueses chegaram à região.
A Baía de Guanabara, à margem da qual a cidade foi fundada, foi descoberta pelo explorador português Gaspar de Lemos em 1 de janeiro de 1502. No entanto, em 1 de novembro de 1555, os franceses, capitaneados por Nicolas Durand de Villegagnon, apossaram-se da Baía da Guanabara, estabelecendo uma colônia na ilha de Sergipe (atual ilha de Villegagnon). Lá, ergueram o Forte Coligny, enquanto consolidavam alianças com os índios tupinambás locais. Enquanto isso, os portugueses se aliaram a um grupo indígena rival dos tupinambás, os temiminós e foi com o auxílio destes que atacaram e destruíram a colônia francesa em 1560. Os franceses só foram completamente expulsos da região pelos portugueses em 1567.
Persistindo a presença francesa na região, os portugueses, sob o comando de Estácio de Sá, acompanhado por um grupo de fundadores incluindo também D. Antônio de Mariz, desembarcaram num istmo entre o Morro Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, fundando, a 1 de março de 1565, a cidade de "São Sebastião do Rio de Janeiro". Uma vez conquistado o território, em uma pequena praia protegida pelo Morro do Pão de Açúcar, edificaram uma fortificação de faxina e terra, o embrião da Fortaleza de São João.
A expulsão e derrota definitiva dos franceses e seus aliados indígenas, no entanto, só se deu em janeiro de 1567. A vitória de Estácio de Sá, subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados aos tamoios, dedicavam-se ao comércio e ameaçavam o domínio português na costa do Brasil), garantiu a posse do Rio de Janeiro, rechaçando, a partir daí, novas tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa de guerras, seu domínio sobre as ilhas e o continente. A povoação foi refundada no alto do antigo Morro do Castelo, que se localizava no atual centro da cidade. O morro foi removido em 1922 como parte de uma reforma urbanística. O novo povoado marcou o começo de fato da expansão da cidade.
Durante quase todo o século XVII, a cidade acenou com um desenvolvimento lento. Uma rede de pequenas ruelas conectava entre si as igrejas, ligando-as ao Paço e ao Mercado do Peixe, à beira do cais. A partir delas, nasceram as principais ruas do atual Centro. Com cerca de 30.000 habitantes na segunda metade do século XVII, o Rio de Janeiro tornara-se a cidade mais populosa do Brasil, passando a ter importância fundamental para o domínio colonial.
Em 1763, o ministro português Marquês de Pombal transferiu a sede da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
A vinda da corte portuguesa, em 1808, marcaria profundamente a cidade, então convertida no centro de decisão do Império Português, debilitado com as guerras napoleônicas. Após a Abertura dos Portos, tornou-se um proeminente centro comercial. Nos primeiros decênios, foram criados diversos estabelecimentos de ensino, como a Academia Militar, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e a Academia Imperial de Belas Artes, além da Biblioteca Nacional - com o maior acervo da América Latina - e o Jardim Botânico. O primeiro jornal impresso do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, entrou em circulação nesse período. Foi a única cidade no mundo a sediar um império europeu fora da Europa.
Após a Independência do Brasil (1822), a cidade tornou-se a capital do Império do Brasil, enquanto a província enriquecia com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Em 1823, o Rio de Janeiro recebeu o título de Muito Leal e Heroica por carta imperial de D. Pedro I, por seus habitantes terem apoiado o então príncipe regente em sua decisão de permanecer no Brasil, no que viria ser conhecido como Dia do Fico. De modo a separar a província da capital do Império, a cidade foi convertida, no ano de 1834, em Município Neutro, passando a província do Rio de Janeiro a ter Niterói como capital.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

GUANAMBI - BAHIA

Guanambi é um município brasileiro do estado da Bahia, distante 796 km a sudoeste de Salvador. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 84.928 habitantes, perfilando na vigésimo primeiro município mais populoso da Bahia. É município polo da Microrregião de Guanambi, estabelecendo influência comercial e de infraestrutura para uma área de aproximadamente 400 mil habitantes. Abriga, ao lado de Caetité e Igaporã, o maior complexo eólico da América Latina. É o município mais desenvolvido da Bahia, segundo o IFDM
Topônimo
A denominação "Guanambi" deriva do nome Beija-Flor dado ao antigo arraial, pois, em tupi-guarani, as palavras guainumbi, guanumbi, guanambi significariam "beija-flor". Há duas versões sobre o motivo pelo qual foi dada esta denominação ao povoado.
A primeira diz que, o terreno de vazante, sempre úmido, contíguo ao local do arraial, permitia a existência de flores silvestres e, em consequência, a presença de colibris, daí a escolha do nome da localidade.
Outra versão, muitas vezes repetida, é que a antiga moradora Belarmina (mais conhecida como "Bela") tinha uma filha chamada Florinda (conhecida como "Flor"), sendo comum que, durante as cerimônias de Santo Antônio, as festividades se iniciassem apenas depois que todos beijassem a imagem do santo, a começar pela bela Flor, a filha da dona da casa. Querendo que a festa se iniciasse logo, todos os presentes pediam: “Beija, Flor! Beija, Flor!”. Assim, a população teria passado a chamar o referido lugar de Beija Flor.
História
Origens
A região de Guanambi originalmente era habitada por povos indígenas tapuias, como os aimorés e camacãs. Com a chegada do colonizador, houve a dizimação e a aculturação dos índios.
Nos séculos XVII e XVIII, a Coroa Portuguesa cede na região do município sesmarias, para que ocorresse o povoamento da região e a exploração das suas terras para a agropecuária e o extrativismo. O colonizador foi criando suas fazendas, as quais foram se subdividindo com o passar do tempo. A colonização da região foi intensificada no início do século XVIII, com a descoberta de ouro nas nascentes dos rios Brumado, Paramirim e das Contas, situadas na região entre a Serra Geral e a Chapada Diamantina, e em Minas Gerais e também a descoberta de salitre em Palmas de Monte Alto, ocorrida décadas mais tarde.
No final do século XVIII e início do século XIX, houve migração de pessoas vindas de Minas Gerais e das nascentes dos rios citados para a região da Serra Geral Baiana, por causa da decadência da mineração de ouro nestes lugares.
No século XIX, a sede de Guanambi estava situada num ponto de encontro entre rotas de tropeiros, comerciantes e viajantes que se dirigiam para diversos pontos da Bahia e de Minas Gerais, surgindo ali um comércio e uma feira. Neste cruzamento, situado nas margens do Rio Carnaíba de Dentro, em meados do século XIX, começou a se formar um povoado, que recebeu o nome de "Bela Flor" ou "Beija Flor". Outro fator que fez o povoado crescer foram os festejos em louvor a Santo Antônio feitos por Belarmina ("Bela") e sua filha Florinda ("Flor"), cuja casa, feita no estilo pau a pique, era a primeira da sede municipal, conforme relatos orais.
Em 1870, quando o Arraial de Bela Flor já se encontrava em desenvolvimento e contava com uma dezena de casas, durante uma missão católica no local, o fazendeiro Joaquim Dias Guimarães doou um terreno para a construção de uma igreja em louvor a Santo Antônio. O arraial foi constituído inicialmente das famílias de João Pereira de Castro, José Pereira da Silva Castro, Gasparino Pereira da Costa, João Dias Guimarães, Inocêncio Pereira de Oliveira, Manoel Pereira do Nascimento e muitos outros, que intensificaram a exploração da agricultura e da pecuária na região
Emancipação política
Pela lei provincial nº. 1979 de 23 de junho de 1880, foi criado o “Distrito de Paz no Distrito da Subdelegacia de Beija-Flor do termo de Monte Alto". Mais tarde, seria adotada a designação de Distrito de Bela-Flor.
Em 14 de agosto de 1919, através da Lei Estadual nº 1.364, o distrito de Bela Flor foi elevado à categoria de município, com a denominação de Guanambi, desmembrado de Palmas de Monte Alto, porém a instalação do novo município só se deu em 1 de janeiro de 1920, quando Balbino Gabriel de Araújo Cajaíba tomou posse como o primeiro intendente.
História recente
Em 1992, um volume de chuvas muito além da média histórica causou alagamento de grande parte da cidade e a manteve ilhada por mais de uma semana. Pontes, trechos de estradas edificações e obras de infraestrutura foram destruídas. Ocorreram vários deslizamentos de encostas e destruição de propriedades rurais. o exército brasileiro auxiliou a população ilhada organizando distribuição de alimentos por meio de aviões locais. A maior represa da região, a barragem de Ceraíma, atingiu sua capacidade máxima, porém, não sofreu avarias. A cidade, então, assistia ao maior desastre natural de sua história.
Em janeiro de 2017, o novo prefeito municipal, Jairo Magalhães, decretou a entrega da chave do município a Deus em seu primeiro decreto oficial, o que causou polêmica. O Ministério Público do Estado da Bahia, por considerar que o decreto fere a Constituição Federal, que afirma que o Estado não está vinculado a nenhuma religião, recomendou a revogação do ato.  Em março de 2018, a justiça declarou o decreto inconstitucional e o suspendeu. A prefeitura de Guanambi recorre da decisão.
Geografia
A área total do município, segundo o IBGE, é de 1.296,657 km², com densidade populacional igual a 60,80 hab/km².A altitude média da cidade é de 525 metros, tendo como o ponto mais alto no perímetro urbano o morro do Monte Pascoal, onde se situam torres de transmissão de rádio e telefonia. Seus municípios limítrofes são Caetité, a leste; Riacho de Santana, ao norte; Palmas de Monte Alto a oeste; e Urandi e Pindaí, ao sul.
A vegetação predominante atual, devido ao desmatamento, é do tipo rasteira, onde se destacam os terrenos de capoeira, apresentando uma grande fertilidade para o cultivo de algodão, feijão, mandioca e milho, sendo grandes problemas para o governo municipal o elevado desmatamento e erosão, que tiram a fertilidade dos solos. A vegetação original, bastante degradada, era composta por Floresta Estacional Decidual, que era uma mistura de espécies da caatinga com árvores de mata tropical, sendo nas áreas mais férteis uma mata fechada com grandes árvores, já nas áreas de maior altitude, denominadas serras, que apresentam solo mais pobre em nutrientes, havia a ocorrência de vegetação do tipo cerrado. O tipo de solo, como o podzóico vermelho-amarelo distrófico e planossolo solódico eutrófico encontrados na região, proporcionam condições regulares para o cultivo de lavouras, silviculturas e para pastagem natural.
Seu relevo caracteriza-se pela presença do Pediplano Sertanejo, das superfícies dos Gerais e do Planalto do Espinhaço. Como potencial hidrográfico há o Rio Carnaíba de Dentro e seus riachos afluentes, como o Riacho Belém, que corta o centro da cidade. As principais represas são as de Ceraíma e a barragem Poço do Magro, além das represas de Mutans (Lagoa d'Água, Taboinha, Lagoa da Espera) e de Morrinhos. A região pertence a bacia hidrográfica do São Francisco e se encontra na área de atuação da CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), sendo abastecida pela água do Rio São Francisco trazida pela Adutora do Algodão, implantada em 2012, com iniciativas do Governo Federal.
Seu clima é basicamente semiárido, com temperatura média anual de 23 °C. O período da chuva se dá entre os meses de outubro a março. Segundo dados da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) do município, em operação desde abril de 2008, a menor temperatura registrada em Guanambi foi de 15,3 °C em 19 de setembro de 2011 e a maior atingiu 40,6 °C em 13 de novembro de 2015. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 105,4 milímetros (mm) em 30 de abril de 2015. A rajada de vento mais forte alcançou 23,5 m/s (84,6 km/h) em 20 de março de 2019 e o menor índice de umidade relativa do ar foi de 9% em 14 de setembro de 2008, 11 de novembro de 2019 e em 2020, nos dias 28 de setembro e 4 de outubro.
Educação
A primeira escola primária de Guanambi começou a funcionar por volta de 1928 e sua primeira escola estadual, o Getúlio Vargas, foi inaugurada em 10 de novembro de 1938 pelo intendente José Ferreira Costa.
Em 2015, foi inaugurada a Biblioteca Pública Messias Pereira Donato na sede da Justiça do Trabalho em Guanambi, com mais de 3500 títulos de direito e literatura, doada por Messias Pereira Donato, primeiro advogado nascido em Guanambi, que migrou para Belo Horizonte e ali se tornou juiz do trabalho e diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais.
Ensino Superior
O município dispõe de várias unidades de ensino superior sendo elas públicas e privadas, dentre elas se destacam: Universidade do Estado da Bahia - UNEB; Instituto Federal Baiano - IFBAIANO; Faculdades Integradas Padrão - FIPGuanambi; Centro Universitario FG - UniFG e Unopar 
Economia
Até a década de 1970, a cidade era sustentada pela agropecuária. Nas décadas de 1970 e 1980, o município passou por intensa modificação socioeconômica impulsionada pela indústria algodoeira. O processo culminou na transformação de Guanambi em cidade-polo regional. Em 2013, o setor de serviços constituía a maior parte (74,4%) do produto interno bruto do município, seguido pela indústria (13%).
Cidade-polo do extenso e populoso estado da Bahia, Guanambi, no despertar das últimas décadas, se tornou um médio centro comercial na região. A cidade chama um pouco de atenção também devido aos seus diversos estabelecimentos de ensino, que concentram pessoas de todo o Brasil.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

SÃO BENTO DO SUL - SANTA CATARINA

São Bento do Sul é um município brasileiro localizado no Planalto Norte do estado de Santa Catarina. Sua população é de 85.421 habitantes, conforme estimativa do IBGE publicada em agosto de 2020. A distância rodoviária até a Florianópolis, capital administrativa estadual, é de 250 quilômetros.
História
Antes da colonização europeia
Cabeza de Vaca
Acredita-se que os primeiros europeus que pisaram na área do atual município de São Bento do Sul foram o conquistador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca e seus 250 homens, os quais, no ano de 1541, ao partir numa expedição a pé e a cavalo da Ilha de Santa Catarina com destino a Assunção, cruzaram a região.
Presença indígena
A região correspondente ao município de São Bento do Sul era regularmente frequentada nos séculos XVIII e XIX por grupos de indígenas nômades da etnia Xokleng, também conhecidos como "botocudos" ou "bugres", os quais eram filiados ao grupo Kain-gang e ao macro-grupo Jê.
Paranaenses
Pouco antes do início da colonização europeia, a região de São Bento do Sul já era habitada por algumas famílias vindas do Paraná, como a de Francisco Antônio Maximiano (o popular "Chico David") e a de Antônio dos Santos Siqueira, os quais apresentaram títulos de posse emitidos em seus estados de origem. Como eles habitavam áreas também destinadas aos imigrantes, diversos litígios quanto à legítima propriedade de suas terras aconteceriam na década de 1870.
Fundação
A história de São Bento do Sul está ligada à da Colônia Dona Francisca, empreendimento privado promovido pela Sociedade Colonizadora de 1849, em Hamburgo (Kolonisationsverein von 1849, Hamburg), organizada na cidade portuária homônima, na Alemanha. Da Colônia Dona Francisca evoluíram algumas extensões, a primeira dessas localizada nas margens do Rio São Bento, que evoluiu mais tarde para o município.
Uma de suas figuras mais importentes foi Carl August Wunderwald, pioneiro agrimensor da Sociedade Colonizadora que explorou a região e concebeu a Estrada da Serra, hoje Estrada Dona Francisca.
Inicialmente, a direção da Colônia Dona Francisca havia tentado estabelecer um núcleo na localidade de São Miguel, em Campo Alegre, mas logo se verificou que as terras na região eram inférteis, de modo que os planos de uma nova colônia foram transferidos para o planalto, às margens do Rio São Bento.
Lotes foram demarcados naquela região e, em setembro de 1873, partiram da atual cidade de Joinville setenta imigrantes destinado a iniciar a nova colonização. Chegaram à sede da colônia, local da atual Praça Jardim dos Imigrantes, no dia 22 de setembro, mas seria apenas no dia seguinte que iniciaram o trabalho de preparação dos lotes recebidos.
Por meio de um sistema de cooperação mútua, os imigrantes derrubaram as matas, iniciaram as suas casas e prepararam as suas primeiras roças. Depois de algumas semanas de trabalho, puderam trazer as esposas e crianças que haviam ficado em Joinville. Como forma de se sustentar, os homens se empregaram então na construção da Estrada Dona Francisca.
Composição étnica
Os imigrantes que povoaram São Bento do Sul eram, majoritariamente, oriundos de localidades na Boêmia, na Pomerânia e na Polônia. Os imigrantes boêmios eram a maioria entre os católicos, sendo quase todos de etnia germânica e provenientes da região conhecida como Böhmerwald, na fronteira com a Baviera (alguns, inclusive, vinham do lado bávaro), e também do Reichenberg, no norte da Boêmia.
Depois dos boêmios, o principal grupo étnico entre os católicos era o dos poloneses, vindos da Galícia e da Prússia Ocidental, que habitavam lugares como Rio Vermelho e Rio Natal.
Os pomeranos, por sua vez, constituíam a maioria dos imigrantes que professavam a fé luterana em São Bento. Também houve imigrantes da Silésia, da Saxônia e, em menor número, da Vestfália, da Renânia, do Tirol, da Alsácia, da Turíngia, de Brandemburgo, de Mecklenburgo, de Hamburgo e mesmo da Dinamarca.
A esses imigrantes se somava um expressivo contingente de brasileiros, sobretudo paranaenses, alguns deles já habitando a região antes mesmo da chegada dos europeus. A maioria desses brasileiros tinha como origem São José dos Pinhais, mas também havia outros da Lapa, de Curitiba, de Campo Largo, de Araucária e de Rio Negro, além de catarinenses de São Francisco do Sul. Entre os brasileiros mais abastados, havia também aqueles que eram proprietários de escravos.
Economia
A economia da cidade é essencialmente conduzida por empresas de grande porte, como as empresas Tuper (fabricação de metalúrgicos), Oxford (cerâmica), Buddemeyer (têxtil), Condor (escovas) e Rudnick (moveis). Além de ter um grande setor moveleiro, que respondia pela maior parte das exportações desse setor no Brasil. Desde 2005, com a volatilidade cambial e com o aumento da concorrência internacional, sobretudo dos países asiáticos, o setor moveleiro vem perdendo espaço na participação da produção industrial da cidade. Isso foi acentuado após a crise no mercado internacional iniciada em 2008. Ademais, houve alto crescimento dos outros setores industriais predominantes na economia local, com destaque para os setores metal-mecânico, plástico, cerâmico e têxtil.
Geografia
Localizada no planalto Norte de Santa Catarina, limita-se diretamente com os municípios de Rio Negrinho a oeste, Jaraguá do Sul a sudeste, Corupá a sul e sudeste, Campo Alegre a nordeste e o estado do Paraná a noroeste.
A altitude em relação ao nível do mar é de 838,39 metros no centro da cidade, de acordo com a RN (referência de nível) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) localizado na Praça Getúlio Vargas.
Clima
O clima é ameno e distribuição de chuvas irregular durante o ano, com registros pluviométricos médios de 1200/1600mm de precipitação anual, o déficit hídrico é nulo. Apesar da isoterma ser relativamente baixa (16,3 °C como média anual), as temperaturas absolutas apresentam grandes contrastes pois chegam a ultrapassar 35°C positivos no verão no chamado Vale do Rio Natal, descendo a 5°C negativos nos campos altos do planalto no inverno, predominando, no entanto, valores médios entre 17 e 23°C durante o dia, na maior parte do ano.
Geomorfologia
A característica geográfica é de terreno extremamente acidentado, o que dificulta sobremaneira a prática da agricultura extensiva a grandes áreas, o que acabou por direcionar a economia do município ao modelo de atividade industrial, mas por outro lado com grande potencial para as práticas de lazer ecológico.
Meio ambiente
O município localiza-se em uma região de transição entre o complexo da Mata Atlântica, nas encostas da Serra do Mar e os campos de floresta sub-tropical de araucárias, tornando sua flora e fauna muito rica em número e variedade de espécies.
A Mata Atlântica ou tropical de encosta, denominada Floresta Ombrófila Densa, é uma mata higrófila (que gosta de água) latifoliada (plantas de diversas espécies) que possui muitas espécies de árvores como cedro, embaúba, peroba, etc. além de palmitos e outros vegetais como xaxins, cipós, bromélias, musgos, etc. É dominante originalmente nos vales dos rios Natal, Humboldt e Floresta, enquanto no planalto se confunde com a mata de Araucárias formando o que se denomina Floresta Ombrófila Mista, de Araucária e latifoliada, com ocorrência de alguns campos submontanos, caracteriza-se claramente uma zona de transição. Esses campos foram predominantes até tempos muito recentes, coisa de poucas centenas de anos, entre São Bento do Sul e Mafra. Essa formação vegetativa compreendia uma área que os geólogos denominam Formação Mafra e Formação Serra Alta do Grupo Geológico Itararé. Com a interferência humana advinda da colonização europeia, esses campos perderam muito de suas características ao serem substituídos pela agricultura, pecuária e mais recentemente por reflorestamentos.
Geologia
A formação geológica da região do planalto de São Bento do Sul vai de pré-cambriana (de idade incerta correspondente até 3/4 dos tempos geológicos em que se formaram as rochas e o chamado complexo cristalino brasileiro) até zonas de formação na era cenozóica de existência bem mais recente (a partir de formações do período carbonífero até o terciário e quaternário que ocorreu “apenas” entre 60 e 70 milhões de anos atrás). Esta era geológica corresponde aos tempos da origem da Serra do Mar, submersão da faixa litorânea e no falhamento da borda oriental do continente sul-americano; compreende a região de Rio Natal, Bechelbronn, Bonpland, Floresta e Ano Bom.
A grande exuberância geológica e paisagística da Serra do Mar na região de São Bento do Sul é consequência deste falhamento. Os períodos quaternários recentes correspondem à formação dos sedimentos de várzeas (ex. Rio Banhados) e das planícies de inundação dos rios formando as bacias hidrográficas. Os depósitos de sedimentos fluviolacustres da bacia oriental secundária sul rios que correm diretamente para o Atlântico pela Serra do Mar (ex. rios Humboldt, Natal etc.) também são considerados quaternários.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

CAMPO LIMPO PAULISTA - SÃO PAULO

Campo Limpo Paulista é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se à latitude 23º12'23" sul e à longitude 46º47'04" oeste, estando a 745 metros de altitude. A cidade tem uma área territorial de 80,048 km² e sua população foi estimada em 84.650 habitantes, conforme dados do IBGE de 2019. Integra a Aglomeração Urbana de Jundiaí e é formado pela distrito sede e o distrito de Botujuru
Toponímia
O nome Campo Limpo surgiu pelo fato de que os moradores do bairro encontraram um enorme campo limpo no local. Com a emancipação, Campo Limpo, teve sua denominação alterada para Campo Limpo Paulista, pela Lei Estadual nº 9.842, de 19 de setembro de 1967. O Paulista adicionado ao nome, foi dado para não se confundir com o bairro de mesmo nome em São Paulo, Campo Limpo.
História
Campo Limpo Paulista foi fundada em 21 de Março de 1963. Inicialmente era fazenda integrante de Jundiaí, suas terras eram então latifúndio cafeeiro. O surgimento da primeira rua, a Avenida Alfried Krupp, se deu com o alojamento dos ferroviários construtores da via Jundiaí-Santos. As terras eram pertencentes durante o século passado ao Barão de Jundiaí, passando depois à família Pereira Pinto e uma parte menor a família Rebolho até sua emancipação em 1963. Depois dessa data, a família contratou procuradores e as terras ganharam administradores locais. O mais famoso foi João Zeferino e ainda hoje seus netos vivem na região, entre eles o ilustrador, publicitário e designer Luiz Carlos Zeferino e Antonio Rebolho Nunes Jr. que dá nome à ruas na região e em Cajamar (Metalúrgica Brasforja).
Plebiscito de emancipação
Os poucos moradores do então bairro de Jundiaí, Campo Limpo, estavam descontentes com a administração central de Jundiaí, pois consideravam que a administração não dava atenção ao bairro distante e abandonado, dando início, assim, ao movimento de emancipação de Campo Limpo. O movimento ganhou força com a vinda da Metalúrgica Krupp, que foi inaugurada em 1961 e contou com a presença do governador Carvalho Pinto e do presidente Jânio Quadros. A Metalúrgica era o que faltava para a emancipação político-administrativa. A cidade tornou-se município independente pela lei estadual n° 8.092.
Saúde
Campo Limpo Paulista tem atendimento médico na cidade, contando atualmente com o Hospital de Clínicas e mais oito UBS distribuídas nos principais bairros da cidade. Também conta com um ambulatório de Saúde Mental, uma unidade de serviços de Fisioterapia e uma unidade central de Especialidades. Os moradores da cidade contam também com uma central de ambulâncias, que funciona 24 horas.
Educação
A educação é um dos motivos de orgulho da cidade, no total, Campo Limpo Paulista tem 18 escolas de Ensino Fundamental, 8 creches, 6 escolas Estaduais de Ensino Médio, 5 escolas de Ensino Infantil, 11 instituições de ensino particulares, 1 Escola Técnica Estadual (ETEC), 1 Sesi e uma unidade do Senai. Campo Limpo Paulista ainda conta com a Unifaccamp (Centro Universitário Campo Limpo Paulista).
Esportes
Campo Limpo Paulista possui um estádio de futebol chamado Estádio Aldevio Barbosa de Lemos, onde é disputado os campeonatos de futebol da cidade. A Secretária municipal de Esportes, oferece escolinhas de atletismo, basquete, capoeira, damas, futebol de campo, futebol de salão, handebol, judô, jiu-jítsu, natação, vôlei, xadrez e ginástica rítmica.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 14 de setembro de 2021

RIO ANTIGO 4

Videoclipe sobre o Rio de Janeiro de antigamente, episódio 4, trazendo mais imagens sobre o passado da cidade do Rio de Janeiro..

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

REDENÇÃO - PARÁ

Redenção é um município brasileiro do estado do Pará.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 08º01'43" sul e a uma longitude 50º01'53" oeste, estando a uma altitude de 227 metros. Sua população em 2016 era de aproximadamente 81 mil habitantes.
Clima
O clima do município é do tipo equatorial. Possui temperatura média anual de 32,35 °C, apresentando temperaturas máximas em torno de 39,00 °C e mínima de 24,00 °C. A umidade relativa do ar é de aproximadamente 60%. O período chuvoso ocorre, notadamente, de dezembro a março, e o mais seco de maio a novembro, estando o índice pluviométrico anual em torno de 2.000 mm.
Vegetação
A vegetação do Município apresenta manchas de Cerrado e Cerradão. Grandes áreas de vegetação tem sido desmatadas anualmente, para a prática da agropecuária.
Topografia
O município de Redenção apresenta altitudes médias variando entre 160 m e 730 m.
Hidrografia
A hidrografia do município de Redenção é representada por três rios principais, os quais nascem na da Serra dos Gradaús. São eles: Salobro, ao norte do Município e limite natural com o município de Rio Maria; o rio Pau d'Arco, que constitui o rio mais importante do Município, e que também recebe o Ribeirão Pau d'Arquinho, bastante utilizado pela população para lazer; ao sul do Município, está o rio Arraias, que faz limite natural entre os municípios de Redenção e Santa Maria das Barreiras.
Economia
A economia do município é baseada na pecuária de corte que fornece gado para vários frigoríficos, inclusive a JBS. A cultura da soja também está presente e que foi incluída recentemente e vem atraindo muitos investidores de diversas regiões do Brasil por ter em seu clima um grande atrativo que colabora muito no cultivo do grão.
O comércio também é muito forte na cidade, que recebe pessoas de várias cidades menores e ajuda na geração de empregos.
Cultura e lazer
Quadrilhas juninas e eventos agropecuários como a Expo Polo Carajás realizada anualmente são os elementos característicos do município.
Em Redenção emigrantes gaúchos, paranaenses, cearenses, goianos, mineiros e maranhenses estão por toda a parte da cidade, trazendo consigo os traços culturais dos seus estados de origem.
Educação
O município dispõe de duas unidades de ensino superior públicas, sendo a principal a da Universidade do Estado do Pará e o Instituto Federal do Pará.
Esportes
A mais popular prática esportiva em Redenção é o futebol, tanto que há até mesmo uma equipe profissional do município que disputa campeonatos estaduais e regionais, o Redenção Esporte Clube.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 7 de setembro de 2021

COARI - AMAZONAS

Coari é um município brasileiro no interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população estimada do município era de 85.910 em 2020, sendo o quinto município mais populoso do estado.
O município está localizado no rio Solimões entre o Lago de Mamiá e o Lago de Coari. Na área territorial de Coari, localiza-se a Província Petrolífera de Urucu, onde se extrai petróleo e gás natural.
Coari tem sua origem ligada aos índios catuxy, jurimauas, passés, irijus, jumas, purus, solimões, uaiupis, uamanis e uaupés. O nome Coari também está ligado às raízes indígenas.: 
Etimologia
O nome Coari também está ligado às raízes indígenas e há duas versões: vem das palavras indígenas "Coaya Cory", ou "Huary-yu", ou significa respectivamente "rio do ouro" e "rio dos deuses".
História
A história de Coari se remonta ao Século XVIII. O primeiro núcleo de povoamento na região é fundado numa aldeia de índios pelo jesuíta tcheco Samuel Fritz. O povoamento recebe o nome de Coari, por estar situado às margens de um lago com esse nome, próximo ao rio Coari. A denominação recebida pelo rio que banha o município foi dada também ao lago que banha a sede municipal, sendo estendida a denominação também ao município, posteriormente.
Os índios Catauixis, Irijus, Jumas, Jurimauas e outros, habitavam a região nos primórdios do povoamento. A aldeia de Coari foi elevada a lugar apenas em 1759, quando recebeu o nome de Alvelos, nome este de origem portuguesa. Por virtude da Lei nº 37, de 30 de setembro de 1854, a sede da freguesia foi transferida para a foz do lago de Coari. Alvelos, a primeira povoação, desapareceu por completo poucos anos depois.
Vinte anos após a mudança da sede da freguesia, a mesma foi elevada à Vila pela Lei nº 287, de 1 de maio de 1874. A vila recebeu o nome de Coari, sendo que sua instalação ocorreu em dezembro do mesmo ano.
Em 15 de novembro de 1890, o termo judiciário de Coari foi instalado. Pelo decreto 95-A, de 10 de abril de 1891, foi criada a Comarca da vila, que recebeu sua instalação definitiva em 30 de junho do mesmo ano. Entretanto, a Comarca coariense foi extinta em 1913, através da Lei nº 741, de 30 de outubro. Assim sendo, Coari teve seu termo subordinado à comarca de Tefé, município vizinho.
A Comarca de Coari foi novamente instalada três anos depois, em 1916, em virtude da Lei n° 844, de 14 de fevereiro daquele ano. No entanto, mais uma vez a Comarca foi suprimida, por força da Lei n° 133, de 7 de fevereiro de 1922. A comarca foi restaurada, outra vez, através da Lei n° 122, de 10 de março de 1924, não sendo mais suprimida.
Formação administrativa
A fundação de Coari deu início com a elevação à vila pela Lei nº 287, de 1 de maio de 1874. A vila recebeu o nome de Vila de Coari.
Foi elevada à categoria de cidade em 1932, pelo Ato Estadual N° 1.665, datado de 2 de agosto do mesmo ano. De acordo com a divisão administrativa judiciária vigente, apenas um distrito compõe o município, e a comarca também compreende apenas um único termo.
História recente
O município conhecido pela produção de banana, hoje se destaca por produzir petróleo e gás natural, que ocorre em uma região denominada de Urucu. A produção de petróleo gira em torno de 53.500 bbl/d (2007) e de gás natural chega a 10 milhões de m³/d. Outro fato importante é que está sendo construído um gasoduto que ligará sua província produtora ao mercado consumidor localizado em Manaus. Serão 450 km de distância da sede da cidade à Manaus a serem construídos, somando aos 278 km de um gasoduto, já existente, que interliga os campos produtores à cidade de Coari e outro gasoduto que interliga Coari a cidade de Manaus, mas que ainda não está em funcionamento. Coari se tornou também um polo na área de Educação, com o Campus da Universidade Federal do Amazonas-UFAM, um campus da Universidade do Estado do Amazonas-UEA, um campus do Instituto Federal do Amazonas -IFAM, um pólo do Centro Universitário Leonardo Da Vinci-Uniasselvi e outras 3 faculdades particulares, além do CETAM, SENAC e SENAI e SESC.
Geografia
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, o município pertence à região geográfica intermediária de Manaus e à região imediata de Coari. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Coari, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Centro Amazonense.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1969 a 1990 e de 1993 a 2016, a menor temperatura registrada em Coari foi de 11 °C em 18 de julho de 1975, e a maior atingiu 38,8 °C em 27 de setembro de 2015. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 170 milímetros (mm) em 16 de fevereiro de 2012. Janeiro de 2012, com 576,5 mm, foi o mês de maior precipitação.
Economia
Setor primário
- Agricultura: Cultiva-se principalmente produtos como a mandioca, feijão, coentro, pepino, maxixe, pimenta e couve-flor em períodos temporários. Na cultura permanente destaque maior para a produção de banana, limão, goiaba, mamão, cupuaçú e maracujá.
- Pecuária: O criatório no município consiste no desenvolvimento de espécies como Mestiço e Nelore.
- Avicultura: A criação é tipicamente doméstica e o consumo é familiar, representado pela criação de galinhas e perus.
- Extrativismo vegetal: A produção e extração de madeira é uma atividade de destaque na cidade. Figuram também a extração do cacau, castanha-do-pará e sorva.
Setor secundário
Indústrias: além da indústria extrativa de petróleo e gás natural na Província Petrolífera de Urucu, o município também apresenta concentrações de indústrias alimentícias e de materiais de construção.
Setor terciário
- Comércio: varejista e atacadista.
- Serviços: administração pública, hotéis, universidades, agências bancárias, entre outros.
Cultura e sociedade
As principais festas populares são:
- Festival Folclórico:  na segunda quinzena de julho. 
Nos meses que antecedem a festa junina, a cidade fica bastante movimentada, pois é época de festa culturais diversas como as noitadas caipiras que movimentam as escolas e a cidade em geral, onde as danças regionais fazem uma prévia para o Festival Folclórico de Coari disputado em junho. As cirandas, quadrilhas caipiras, adultas de luxo, boi-bumbá mirim, danças internacionais assim como outras categorias, se manifestam para abrilhantar a todos que gostam de prestigiar a cultura do município.
A maior rivalidade das brincadeiras é entre as Cirandas Luxos (Categoria Adulto), pois desde 1999, com o surgimento da Ciranda Renovação, surgiu uma nova remodelagem nessa categoria, ficando conhecida a partir daquele ano como a era da "ciranda moderna", já que antes de 1999 as ciranda do Amor (a mais antiga) e a extinta Ciranda Paraíso (sucessora da Ciranda Renovação), apresentavam-se nos moldes da ciranda tradicional, conhecida como a era da "ciranda de xita". Então, com a extinção da Ciranda Paraíso em 1998, surgiu a Ciranda Renovação, fundada no dia 4 de abril de 1999, e no ano seguinte (2000), com um rachão dos brincantes da Ciranda do Amor, esses fundaram a Ciranda Paixão, atualmente a mais nova entre as três, da categoria adulta. É grande a expectativa para prestigiá-las. Desde então, a maior campeã dentre elas é a Ciranda Renovação, com cinco Títulos (1999, 2000, 2003, 2006 e 2007), em segundo vem a Ciranda Paixão, com dois títulos apenas (2001 e 2008), e a Ciranda do Amor ganhou a última edição do festival cultural de Coari (2013), sendo que já tinha sido tricampeã na era da "ciranda de xita", (1996, 1997 e 1998).
Outras festas populares de destaque também ocorrem no município:
- Festejo do Padroeiro São Sebastião: 2ª quinzena de janeiro;
- Carnaval de Rua de Coari: entre fevereiro e março conforme calendário nacional dessa festa;
- Festejo do Divino Espírito Santo: 2ª quinzena de abril;
- Festejo de N. S. do Perpétuo Socorro: 1ª quinzena de maio;
- Festejo de Santana: 2ª quinzena de junho;
- Aniversário da cidade: em 1 e 2 de agosto;
- Festejos de Santo Afonso: 1ª quinzena de agosto;
- Festival da Música Popular de Coari: 24 a 26 de Outubro;
- Festejos de São Sebastião: 2ª quinzena de outubro;
- Autos de Natal: 1ª quinzena de dezembro;
- Festa do Gás Natural (Substituta da Festa da Banana desde do ano 2000); 1ª quinzena de dezembro.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

CACOAL - RONDÔNIA

Cacoal é um município brasileiro do estado de Rondônia. O seringueiro Anísio Serrão de Carvalho nomeou o município de Cacoal devido à grande quantidade de cacau nativo que infestava a área, tendo boa aceitação pelo solo, vindo a se tornar juntamente com a lavoura cafeeira, que fez deste município a Capital do Café, tornando-se a cultura mais importante da região, dando base de sustentação a economia local.
História
Sua história começou com a chegada da linha telegráfica na região, aberta pelo marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, no ano de 1909. Um dos postos telegráficos foi instalado no local onde atualmente está o município de Pimenta Bueno, sendo necessário a contratação de homens para trabalhar como guarda-fios.
Em torno de 1920 chega à região para trabalhar como guarda-fios o paraibano Anísio Serrão de Carvalho. Este, membro da comissão de Rondon, adquiriu a área de terra às margens do Igarapé Pirarara, e se fixou no local, denominando-o de Cacoal. Porém, o povoamento de Cacoal só teve início na década de 1970, com a chegada de vários imigrantes da região sul e sudeste do país, dando origem ao povoado conhecido como Nova Cassilândia. Nessa mesma época, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) implantou o Projeto Integrado de Colonização, para orientar a sua ocupação, coordenando a distribuição de lotes e o assentamento dos colonos.
Em 1972 foi elevado a distrito de Porto Velho e em 1975 foi organizada a Primeira Igreja Batista de Cacoal. Mas a primeira Igreja a se instalar na ainda vila de Cacoal foi a Igreja Católica por meio da congregação Comboniana, sendo Francesco Vialetto o primeiro padre, cuja diocese se fixou na então Vila de Ji-Parana, a aproximadamente 100 km. Antes mesmo da emancipação política de Cacoal. E assim ficou até 26 de novembro de 1977, quando foi elevado a município. A partir de 1979 o governo do Território Federal de Rondônia elaborou o plano de orientação urbano de Cacoal.
Geografia
Sua população, é a quinta maior do Estado, ficando atrás da cidade de Vilhena com 100.000 habitantes. De acordo com o IBGE em 2016, Cacoal é estimada em 87.877 habitantes. O município é movido principalmente pelas grandes indústrias do setor madeireiro, agropecuário e comércio. É um dos municípios mais prósperos do estado por sua sólida economia em expansão.
Cacoal está localizado na porção centro-leste do estado, na microrregião de Cacoal e na mesorregião do Leste Rondoniense.
Clima
O clima da região segundo Koppen, do tipo Aw, corresponde às florestas tropicais com chuvas do tipo monção. Caracteriza-se por elevadas precipitações cujo total compensa a estação seca (junho a agosto), permitindo a existência de floresta. Esse tipo climático domina toda a área, onde a temperatura média fica em torno de 26 °C. O índice pluviométrico é superior a 2 000 mm/ano.
Hidrografia
O principal curso de água é o rio Machado, chamado mais adiante de rio Ji-Paraná, afluente do rio Madeira, pela margem direita.
Fazem parte também da hidrografia deste município pequenos rios como: Tamarupá e Pírarara.
Fauna
A fauna da região de Cacoal é composta por animais de pequeno e grande porte como mamíferos, aves, répteis, peixes e insetos. São encontrados frequentemente nas matas do município exemplares de mamíferos comuns à fauna da região como tatu-peba, tamanduá-mirim, cachorro-do-mato (graxaim). Estas espécies são encontradas em grande número, vitimadas por atropelamentos nas estradas que interligam o município de Cacoal à Rolim de Moura e Ji-Paraná.
Vegetação
A vegetação observada localmente no Município de Cacoal é do tipo cerrado, predominando, no entanto um tipo de transição entre floresta aberta e cerrado, dado o caráter típico da transição climática e entre os dois biomas (amazônico e cerrado).
Economia
Setor primário
A base econômica da agricultura permanente é o café. O município já foi considerado o maior produtor do estado, já chegou a produzir 46 mil toneladas de café no ano de 1990, mas essa produção vem caindo gradativamente, e em 2005 passou a ser o segundo maior, com uma produção de 8.040 toneladas, onde o maior produtor é o município de São Miguel do Guaporé (9.708 toneladas), logo após o café, a segunda maior produção é a de banana, com 4.074 toneladas em 2005. Já no desenvolvimento de culturas temporárias, os mais importantes são o arroz, o feijão, a mandioca e o milho, com uma produção de 9.832 toneladas em 2005, sendo um dos maiores produtores do mesmo.
Cacoal possui um dos maiores rebanhos do estado, sendo de grande importância para a economia agropecuária. Possui mais de 420 mil cabeças de gado bovino, ficando como quarto maior rebanho de Rondônia. Em 2005 teve uma produção de leite de 8,5 mil litros.
A criação de suínos teve uma grande queda, de 120 mil em 1992 para 12 mil suínos em 2005 devido a grande migração da população rural para o município, que reduziu não só a criação de suínos como a de bovinos e a produção de alimentos. A queda da importância da suinocultura para a economia do município também foi um fator que influenciou. A população rural ainda representa 20% da população total. O município também está inserido na fronteira agrícola Amazônica.
Setor terciário
Com empresas de diversos ramos de atividade, o município de Cacoal atrai consumidores de diversas cidades vizinhas, e os setores que mais se destacam são: alimentícios (supermercado), auto peças, concessionárias de veículos, confecções, materiais de construção.
Com um forte setor atacadista que fornece produtos para revenda, com preços competitivos e com uma quantidade enorme de produtos oferecidos, que podem ser adquiridos tanto no varejo como no atacado.
Tendo agora um forte crescimento nas áreas de saúde e educação, e consecutivamente, trazendo um incremento para o comércio.
Pontos turísticos
Os principais pontos turísticos da cidade são:
- Cachoeira na Linha 11: com maior fluxo de visitantes nos finais de semana, quando acontecem rodeios, bingos, churrascos, música ao vivo, dentre outras atividades realizadas no local. As pessoas têm a possibilidade de tomar banho de cachoeira, ou então, para aqueles que gostam, apreciar a natureza.
- Cachoeira do Protazio: Lugar muito bonito e tranquilo, ótimo banho de cachoeira nas águas frias do igarapé, área para camping, pesque-pague, e quiosques com mesas e churrasqueira. Localizada na Zona Rural com acesso pela Linha 06 após o travessão uns 300 metros do lado esquerdo da Linha, distante cerca de 25 km do Centro de Cacoal. O acesso pode ser feito também pela Linha 05 (asfalto) entrando no travessão a direita (em frente aos eucaliptos na beira da estrada - 21 km da BR-364 sentido Ministro Andreazza)e seguindo 4 km até a Linha 06.
- Cacoal Selva Park: uma área rural preservada há mais de 20 anos; que se tornou uma das principais áreas de lazer da região e do estado. Hoje aberta ao público, a propriedade ficou conhecida como "Chácara ou Sítio do Nério", espaço que em março de 2000 foi transformado em Reserva Particular do Patrimônio Natural. Possui estruturas ecológicas, que atualmente conta com cabanas equipadas para acomodação familiar, pedalinhos, rodas d'água, área de camping, quiosques, salão de jogos, restaurante, lanchonetes, animais silvestres em exposição, dentre outros.
- Lagoa Azul: devido às algas e à pigmentação da argila a cor da água faz jus ao nome do local. Existem várias nascentes que foram represadas, formando uma lagoa com água limpa. Nos finais de semana o lugar é muito frequentado por excursões de cidades da região. Existe no local trampolim, área de camping, lanchonete e churrasqueiras.
- Lago do Parque Sabiá: o lago também conhecido como lago do BNH, é formado por nascentes existentes no local. Está localizado numa área verde no centro do bairro e tem uma infraestrutura de lazer, como pista para caminhadas, quadra coberta de esportes, parque infantil e uma grande área gramada para o lazer da população. Dentre suas estruturas, há um parque para as crianças, um local para picnic e uma pista para caminhada.
- Pedra na Linha 7: é um local onde há a sobreposição natural de uma pedra sobre a outra, formando uma bela paisagem para ser admirada.
- Pedra na Linha 10: lugar propício para aqueles que desejam apreciar a natureza e ter um pouco de aventura, próprio para escaladas, devido ao paredão de aproximadamente 50 metros de altura. O local também serve para caminhadas ecológicas, pela região com muita vegetação. Do alto da pedra tem-se uma boa visão do município de Cacoal.
Referência para o texto: Wikipédia .