quinta-feira, 28 de julho de 2022

GRAJAÚ - MARANHÃO

Grajaú é um município do estado brasileiro do Maranhão. Sua população, de acordo com a estimativa populacional de 2021 foi de 70.692 habitantes.
O município é sede da Região de Planejamento das Serras.
Topônimo
O topônimo "Grajaú" é derivado do termo tupi karaîá'y, que significa "rio dos carajás" (karaîá, carajá + 'y, rio).
História
Grajaú, estabelecida no centro-sul do estado do Maranhão, foi fundada pelo navegador e alferes Antônio Francisco dos Reis, em 11 de março de 1811, à margem leste do Rio Grajaú, no local denominado Fazenda Chapada, que era de propriedade de Manoel Valentim Fernandes. O local também era conhecido como Porto da Chapada. A margem oeste, à época, era habitada pelos índios Timbiras e Piocobjés. Esses índios, no ano de 1814, promoveram uma chacina contra os habitantes da povoação fundada por Antônio Francisco dos Reis, que já contava com quarenta pessoas, das quais escaparam apenas seis, que se encontravam ausentes no momento da chacina.
No ano de 1816, os moradores restantes reiniciaram a povoação, dando-lhe o nome de São Paulo do Norte, contando então com um pequeno destacamento de tropas. Em 1817, o então governador do estado mandou fundar no lugar chamado Estrião Grande a Colônia Leopoldina, para maior segurança dos habitantes da região. A colônia compunha-se de quarenta soldados de linha, liderados por Francisco José Pinto Magalhães.
Pela Lei Provincial Sete, de 29 de abril de 1835, Pedro da Costa Ferreira, então presidente da província, elevou a povoação São Paulo do Norte à categoria de vila, passando esta a chamar-se Vila da Chapada.
Durante os anos seguintes, mais precisamente no ano de 1856, a situação da Vila da Chapada foi das mais promissoras. A vila compunha-se de 79 casas, das quais seis eram cobertas de telhas. Era habitada por 341 pessoas, na margem direita e, na margem esquerda do rio, havia onze casas com 79 pessoas.
Esse ano marcou a chegada de Militão Bandeira Barros, filho bastardo do capitão-mor Antônio Bandeira, como juiz de paz. Tratava-se de um homem de grande cultura intelectual, além de gostar de literatura. Imortalizou-se com a criação da Roda de Amigos, iniciativa que ensejou a formação de uma sociedade, ganhando foro de cultura e permanecendo assim por muitos anos. Neste grupo, destacaram-se Cláudio Saraiva Chaves, Miguel Olímpio de Carvalho, Liberalino Tavares Bastos, Manoel Mariano Bandeira da Gama, Bernardo Costa, Raimundo Junqueira, Gustavo Tavares, Francisco de Araújo Costa e Sabino Alves Lima.
Em 1869, foi criado o plano de incorporação de uma companhia a vapor no Rio Grajaú, a qual surgiu através de Antônio Luis Soares. Essa navegação teve início dois anos depois da incorporação. Surgiu, assim, o centro comercial da cidade, tendo, como ponto principal, a Rua do Porto Grande, atual Rua 7 de Setembro.
Foi da Vila da Chapada que se originou a cidade de Grajaú, através da Lei Provincial 1.225, de 7 de abril de 1881, que a elevou à categoria de cidade com o nome de Grajaú.
Histórico econômico
Grajaú foi construída e conquistada com o objetivo puramente lucrativo, ou seja, econômico, sendo assim toda a sua história está intensamente ligada a sua produção econômica.
Quando descoberta a navegação do Rio Grajaú e consequentemente, a ligação do sertão com a metrópole, várias sesmarias foram compradas e logo começou a povoação daquelas paragens, implantando-se fazendas para a pastagem dos rebanhos de gado e cavalo, atividade esta que se tornaria a principal fonte geradora de economia do Porto da Chapada, sendo que até hoje tem papel importante na economia, gerando empregos e movimentando recursos.
Era visível a importância daquele Porto no contexto sócio econômico no Sul do Maranhão, sendo que fora destinado para este porto fluvial, diante de sua privilegiada posição geográfica, o empório comercial dos nossos e de outros sertões.
Em O Sertão, Carlota Carvalho nos diz que: “Nas ruas, se vê o movimento humano desdobrando-se em aplicações de atividade: pessoas tratando de negócios e conduzindo tropas de burros e cavalos com cargas que chegam e que saem para os sertões do Maranhão, Goiás e sul do Pará, os quais se abastecem de mercadorias nesse empório”.
Grajaú era a cidade que abastecia todo o sul maranhense, entre outros estados, sendo que sua economia e suas famílias giravam em torno das benesses do rio e do gado, tendo como meio de transporte canoas e lanchas (batelões). No inverno, usavam-se os batelões que traziam sacas de produtos para estes sertões, o sal sendo o maior produto comercializado neste entreposto, pois necessário para o consumo humano e do gado e vendido em saca de quarenta kg, por quinhentos réis cada, como também o açúcar o café, a farinha, o querosene, a bolacha e o arroz, entre outros, recebendo anualmente mais de duzentos contos de réis em fazendas secas e molhadas, tudo demorando mais ou menos três ou quatro meses para chegar, sendo que os produtos eram encomendados com um ano de antecedência. Já no verão, quem fazia este trabalho eram os vareiros, que, em canoas, subiam e desciam o rio, demorando normalmente de quinze a vinte dias, fazendo, assim, o tráfego dos produtos.
Nos portos, os batelões e canoas eram puxados por manilhas, aportando em um tipo de rampa, onde estas são rebocadas para o desembarque e embarque de mercadorias, sendo transferidas para os armazéns ora pela submissão do animal equino e ora pela força humana, onde cada saca carregada do produto era negociada a um tostão.
Macio Coutinho, em "Grajaú: um Estudo de sua História", nos diz que “Grajaú era o ponto de armazenagem para o abastecimento de Pastos Bons e mais da metade do sertão maranhense, alcançando ainda o norte de Goiás e sul do Pará, passando pela região do Tocantins e do Araguaia. Essa extensa área do comércio, abastecida a partir do rio, foi garantindo ao longo dos anos o rápido desenvolvimento (…). Já em meados de 1900, tem-se a implantação de marcantes indústrias, destacando-se as sete usinas de algodão, as duas usinas de beneficiamento de arroz e uma de torrefação de café. Carlota Carvalho, em O Sertão, ainda nos diz que "Efeito disso, as casas de negócio são disseminadas pelas extremidades. Há, contudo um bairro comercial no centro da cidade. É na Rua do Porto, onde descarregam as canoas e é passagem pública, serviço municipal".
Por muito tempo, tanto a navegação do Rio Grajaú como o gado foram os principais fatores econômicos da região, fazendo com que a cidade de mesmo nome que se formava figurasse como uma das mais promissoras da região.
Já em meados de 1930, este rio, que tanto beneficiou a cidade, começava a dar indícios do desfalecimento da sua navegação. Todavia a população de Grajaú mantinha a esperança de um futuro promissor, agora embalada no sonho do progresso econômico pela exploração de suas riquezas minerais e pesqueiras, além da agricultura.
Os primeiros relatos que temos de minérios nestes sertões são com os franceses, como nos conta Sálvio Dino: "os franceses no tempo do seu domínio exploraram este rio até suas cabeceiras, onde descobriram mina de lápis-lazúli, salitre e sal-gema…".
Em 1856, o comendador Antônio da Cruz Machado, afirmou ser, aquela região, a mais rica do estado em "minerais de toda sorte" entre eles, grafite, chumbo e gipsita. Depois, um engenheiro da província declarou ter descoberto, à margem do Rio Grajaú, alguns pedaços de cobre, em "pequena quantidade, mas de qualidade superior". Já em 1890, José Lourenço da Silva Milanês, delegado de polícia de Grajaú, informou a existência de pedras decorativas à semelhança de quartzo nas redondezas da Cachoeira do Viriato.
Geografia
Localizado na mesorregião Centro Maranhense, Grajaú integra com os municípios de Arame, Barra do Corda, Joselândia, Sítio Novo e Tuntum a microrregião do Alto Mearim e Grajaú. Possui uma área de 8 863 quilômetros quadrados,sendo este o terceiro município em área territorial do Maranhão. O município é um dos vinte mais populosos do Maranhão.
A sede do município encontra-se a 130 metros de altitude, limitando-se ao norte com Arame, ao nordeste com Itaipava do Grajaú, a leste com Barra do Corda, ao sul com Formosa da Serra Negra, a oeste com Sítio Novo e ao noroeste com Amarante do Maranhão.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1995, a menor temperatura registrada em Grajaú foi de 10 °C em quatro ocasiões, todas em 1978, a primeira em 20 de junho e as demais em agosto (nos dias 3, 5 e 22), e a maior atingiu 38,5 °C em 27 de setembro de 1972. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 204,2 milímetros (mm) em 16 de novembro de 1974.
Economia
Agricultura
Já na Agricultura, podemos destacar o arroz, a soja, o milho entre outros, sendo que existem três indústrias de beneficiamento de arroz.
Ainda no agronegócio, destacam-se a uva, que, no ano de 2009, passou a ser comercializada nacionalmente e a pecuária bovina, sendo que, todo ano, acontece uma exposição agropecuária.
Durante a Exposição Agropecuária de Grajaú, evento realizado anualmente há mais de trinta anos, animais e máquinas agrícolas são comercializadas com produtores de toda a região central e sul do Maranhão. O evento é sempre realizado na última semana completa do mês de julho.
Piscicultura
Já na Piscicultura, temos um grande sortimento e diferenciado de peixes, como é o caso do: mandubé, mandi, surubim, piau, cumaru, sardinha, Curimatá, corvina, piranha, corró, cari e variadas piabas. Tão importante é essa cultura para Grajaú, que, antigamente existia um lugar com o nome de Rua da Tarrafa, em homenagem aos pescadores que ali moravam e de toda a cidade, lugar este chamado hoje de Rua Patrocínio Jorge.
Antes da cheia do rio, ocorre a piracema, época de proteção e reprodução dos peixes. A proibição da pesca nesse período tem o objetivo de, após o fim da cheia, o rio ficar bastante abastecido de peixes.
Do rio para os criatórios, o peixe passou a incrementar a economia do setor primário, como atividade profissionalizada. No projeto Boa Vista, oitenta famílias estão dedicadas à criação de peixes. Em duzentos tanques, são produzidas trezentas toneladas a cada mês. Na comunidade do Baixão, os produtores já chegam na casa de dez toneladas por safra. Além desses projetos comunitários, muitos empresários e produtores individuais exploram essa atividade.
O peixe mais comum nos lagos artificiais construídos para a criação de peixes é o tambaqui (Colossoma macropomum), cuja distribuição geográfica constitui-se, principalmente, na Bacia Amazônica.
Polo gesseiro
Hoje em dia, o principal minério encontrado no rio Grajaú é a gipsita, havendo vários polos e firmas gesseiras, como oito calcinadoras e cinquenta fábricas de placa de gesso. O polo gesseiro de Grajaú é o segundo do Brasil, atrás apenas do polo gesseiro da Região do Araripe, no Oeste Pernambucano. 
Polo de soja
O município de Grajaú é considerado, atualmente, o segundo maior polo de produção de soja do Maranhão, atraindo produtores de outras partes do país para esta região. Apresenta além da soja, uma variedade de produtos agrícolas como o arroz, mandioca, milho, fava, inhame, macaxeira, abóbora, batata doce, algodão herbáceo, algodão arbóreo, feijão, banana, melancia e tomate.
Apesar da diversidade agrícola no município, a soja é a que mais apresenta desenvolvimento. Devido a importância adquirida por este produto no Brasil a partir dos anos 40, os agricultores perceberam o potencial que algumas regiões do país poderiam ter para o cultivo da soja. Nas décadas de 80 e 90 houve um grande aumento em sua produção no Estado do Maranhão, graças a vários fatores tais como: maior demanda pelas gordura vegetais, incentivos fiscais dados aos produtores para construção de grandes armazéns, facilidades para aquisição de máquinas agrícolas e as condições ideais do solo na região sul do Maranhão. Graças ao cultivo da soja, hoje há uma revolução socioeconômica em toda a região, evidenciando-se pelo aumento da cidade e maior poder de compra da população.
Extrativismo vegetal
No extrativismo vegetal destacam-se as madeiras de lei, pau d'arco, cedro, aroeira, candeia, jatobá, sucupira, andiroba e bacuri, usadas na fabricação de móveis, construções e artesanatos. Já no extrativismo animal, as espécies são variadas, sendo que algumas estão em extinção: veado, paca, cutia, peba, tatu, guariba, macaco, capivara e porco-do-mato. Entre as aves em extinção destacam-se a seriema, a ema, o jacu e o curió.
Turismo
Ainda destaca-se, como fonte econômica, o turismo nos balneários, nas cachoeiras e no leito do Rio Grajaú. No verão, após o esvaziamento da cheia, precisamente no mês de Julho, este rio transforma-se basicamente na maior força de produção desta cidade e seus povoados, pois atraem inúmeros turistas para apreciarem suas belas Cachoeiras e suas águas no Canecão, Limoeiro, Prainha,Porto da Nanana e Zé Mulato; além de movimentar o comércio local, através de Pousadas, Hotéis, Lojas locais e o artesanato grajauense. 
Uma das maiores atrações turísticas é o Rio Grajaú e suas cachoeiros ao longo de seu percurso pelo Estado do Maranhão. 
Educação
Na educação superior, a Universidade Estadual do Maranhão, atende a sessenta alunos nos cursos de enfermagem. Este curso está em funcionamento na cidade desde o ano 2005. A partir de 2010, Grajaú já conta com profissionais formados na própria cidade. A universidade Federal do Maranhão UFMA no campus Grajaú, oferece apenas dois cursos como Química e Geografia. Há também faculdades particulares como Ahanguera, Uninter. O Instituto Federal do Maranhão IFMA , o campus Grajaú está situado nos arredores do bairro Expoagra e Nova Grajaú (conhecido popularmente como bairro Quem Dera). O mesmo os cursos técnicos em: Agronegócio, administração, agropecuária, edificações e informática. Em forma integrada (ensino médio mais o curso técnico) e na forma subsequente (apenas o curso técnico para aqueles que já terminaram o ensino médio).
Cultura
Culturalmente, apresenta alguns destaques, como na literatura. A cidade possui uma academia de letras, a Academia Grajauense de Letras, onde estão reunidos os pensadores, escritores que residem em Grajaú e a os Mestres de Cultura Popular, que são sete. Já que recentemente faleceu uma mestra, a carnavalesca Graça Onça.
Durante o período Junino a principal atração é o Arraial Zeca Teixeira, em homenagem ao gritador de quadrilha, carnavalesco e artesão José Teixeira Filho, com destaque para o concurso de quadrilhas Municipais e regionais, sendo os grupos de quadrilhas Mocidade Junina e Forasteiros os principais representantes local. O Arraial fica localizado no centro da cidade em frente a catedral Nosso Senhor do Bonfim.
Possui um grande legado no artesanato, como o artesão Atenas. Na pintura, com Itamar Fernandes Dantas, que possui algumas de suas obras, no museu Museu Histórico e Artístico do Maranhão.
Todo ano é realizada a Trilha do Jacaré , um evento que virou tradição e reúne pessoas de diversas cidades do estado, como Porto Franco, Sitio Novo, Imperatriz, São Luís, Barra do Corda, Arame Maranhão, Formosa da Serra Negra, Balsas. O evento ocorre sempre no início do ano, geralmente entre janeiro e fevereiro.
Referência para o texto: Wikipédia .

terça-feira, 26 de julho de 2022

GASPAR - SANTA CATARINA

Gaspar é um município brasileiro do estado de Santa Catarina, região Sul. Localiza-se na região do Vale do Itajaí, entre Blumenau e Itajaí. Sua população em 2019 é de 69.639 habitantes, segundo estimativas do IBGE.
A cidade ganha grande destaque com a rota das águas, devido ao grande número de parques aquáticos. O primeiro parque fundado na região foi o Parque Aquático Cascata Carolina. No verão, a cidade recebe mais de 300.000 turistas, inclusive estrangeiros.
As principais atividades econômicas do município são a indústria, o comércio e a agricultura, destacando-se a rizicultura e a indústria têxtil.
Origem do nome do município
O território do atual município de Gaspar já era assim denominado em relatos escritos e desenhos de mapas antigos, no final do século XVIII (1701-1800), quando exploradores de metais preciosos, denominaram os ribeirões Belchior (Bairro Belchior), Gaspar Grande e Gaspar Mirim (com foz no centro da cidade).
Portugueses exploradores, seguindo a fé católica, costumavam nomear lugares e acidentes geográficos com nomes de santos ou festas religiosas. Daí, a suposição de que os nomes Belchior e Gaspar, tenham relação os festejos natalinos da “Festa dos Reis Magos.”
História
A colonização da região onde hoje é o município iniciou-se com a chegada dos Xoclengues e Caingangues que buscavam um local seguro dos caçadores de índios, os chamados bugreiros. Esses índios foram exterminados durante os séculos XVII e XIX.
Durante esse período houve também a chegada dos novos colonizadores, que se instalaram na Região do Médio Vale do Itajaí, onde havia temor constante pelos ataques dos silvícolas. Existem registros de autores da época como Augusto Zitlow que confirmam as caçadas de indígenas pelos bugreiros, estes financiados pelos colonos, .
Os Vicentistas, homens oriundos da Capitania de São Vicente, que aportaram às margens do Rio Itajaí em busca de ouro, índios e riquezas foram sucedidos pelos açorianos, que segundo relatos, chegaram ao litoral catarinense com o intuito de efetivar a posse da Coroa Portuguesa dessas terras que eram cobiçadas pelos espanhóis.
Com os europeus começou a se formar a base econômica e populacional da cidade. A colonização italiana, muito forte na cultura da cidade, foi propiciada pelo fato de que a Itália estava saturada de mão de obra, assim como a Áustria, Suíça e Alemanha, que sempre acolheram a mão de obra ociosa daquele país. A solução passou a ser a migração para Santa Catarina, a qual já era o destino de milhares de italianos.
Os “negreiros” que eram os agentes de imigração, vendiam uma imagem falsa do que era a América na Europa, ao omitir e deturpar a verdade. A vida nas colônias no Sul do Brasil era árdua e sofrida. Os italianos acharam a terra muito estranha e diferente de sua pátria.
Com o passar dos anos os lotes se valorizaram, o que gerou grande disputa por terras nas proximidades do Rio Itajaí-Açu, tornando poderosos seus proprietários.
Após se estabelecerem, já no século XX, os imigrantes iniciaram o plantio do arroz irrigado, até hoje um dos produtos de maior destaque na economia do município.
Com a chegada dos imigrantes alemães, tiroleses, poloneses e russos, iniciou-se de maneira ampla o cultivo também do feijão, milho, aipim, taiá, batata, abóbora, verduras e amendoim.
Anos mais tarde, em 1880, as freguesias de São Paulo Apóstolo de Blumenau e São Pedro Apóstolo de Gaspar (pertencentes até então ao município de Itajaí) passaram a formar um município, chamado Blumenau. Nessa data, o número de habitantes do então município, com 11 mil quilômetros quadrados, era de 16.308 pessoas. Havia três mil residências, 255 engenhos de açúcar, 152 engenhos de farinha de mandioca, seis descascadores de arroz, 29 moinhos de fubá, fábricas de louças de barro, tecidos, serrarias, olarias, cervejarias, vinho e vinagre, padarias, açougues, entre outros.
Durante os 54 anos que seguiram, Gaspar foi distrito de Blumenau, para qual recolhia tributos, que eram devolvidos na forma de serviços para a comunidade, porém, segundo relatos da época, os mesmos eram de má qualidade e deveras precário.
Em 1870 já haviam sido estabelecidos alguns lotes urbanos na área que hoje é conhecida como o centro do município. O comércio começou a impulsionar o crescimento do distrito, porém apenas em 18 de março de 1934 houve a emancipação, com Leopoldo Schramm se tornando o primeiro prefeito.
Geografia
Gaspar possui uma área de 386,35 km², das quais 40 km² de área urbana e 346,35 km² de área rural.
Localiza-se na latitude 26°55'53" sul, longitude 48°57'32" oeste. A altitude média do município é de 18 metros, seu território é composto por planícies situadas próximas ao rio Itajaí-Açu e serras localizadas nos extremos Norte e Sul.
O ponto mais alto do município é o Morro do Cachorro, situado na divisa com Blumenau e Luis Alves, com 857 metros acima do nível do mar.
Clima
Seu Clima é considerado Subtropical, com verões quentes. Os invernos são frios mas dificilmente chegam a 0 graus. Durante os períodos de outono e primavera os dias podem variar muito entre frios, amenos e quentes. Há poucas ocasiões de temperaturas negativas, mas apenas nos extremos da cidade, que são bairros mais altos.
Economia
Em 2018 alcançou a primeira colocação no Ranking de Exportações – Estado, Jan-Dez/2018, o que representa mais de 30% da exportação do estado e sétimo colocado a nível Brasil com um superávit de mais de 04 bilhões de dólares. Hoje esta entre as 20 principais economias do estado, sendo 15ª colocada em movimentação econômica.
Gaspar se consolida como um polo têxtil, com confecção e manuseio de malhas, porém, nem só as malharias, tinturarias e estamparias sustentam a economia. O setor alimentício traz divisas para nossa economia, a indústria de plásticos é outra atividade que nos últimos anos oferece empregos e modernidade ao nosso parque industrial.   O setor da metalurgia dá lugar ao potencial do município perante o mercado competitivo, e que exige criatividade, num segmento dinâmico e diversificado.
O setor turístico, que atrai pessoas do mundo inteiro, tem como fator favorável nossa localização geográfica, com a proximidade do litoral e rodovias federais como a BR 101 e BR 470 de enorme fluxo de veículos de passeio. O Porto de Itajaí e o Aeroporto Internacional de Navegantes também contribuem para a facilidade no acesso.
Vale lembrar dos excelentes equipamentos turísticos de nossa cidade que oferecem oportunidades de descanso, conforto e aventura, assim como a indiscutível culinária. Um turismo de temporada, os Parques Aquáticos; turismo o ano inteiro com um dos maiores hotéis fazenda do país, com atrações diárias, além dos hotéis e pousadas rurais, que ao todo contabilizam mais de 1.300 leitos.
Uma diversa atividade econômica, com prestação de serviços, comércio fortalecido pela variedade de produtos. Produção artesanal de geleias, doces e pães caseiros e cachaça produzida nos alambiques de nosso município.
Na agricultura, nossos produtores de arroz, encantam a paisagem, e agregam a beleza a excelentes resultados, pois a produtividade é uma das melhores de Santa Catarina, gerando entre 150 e 180 sacas de 50 kg por hectare. A produção de peixes de lagoa e pesque-pagues, unem o útil ao agradável na economia de nosso município.
Um conjunto de ações, entre poder público e iniciativa privada, fortalecem a economia de nossa cidade, com o acompanhamento e parcerias das entidades empresarias e de classe, consolidando a busca permanente da qualidade de vida ao cidadão que escolheu Gaspar para viver.
Referência para o texto: Wikipédia ; Site da Prefeitura de Gaspar .

quinta-feira, 21 de julho de 2022

ESMERALDAS - MINAS GERIAS

Esmeraldas é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua população, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 66 237 habitantes em 2014.
História
Esmeraldas, antigo distrito criado com denominação de Santa Quitéria em 1832/1891 e subordinado ao município de Sabará, tornou-se vila pela Lei Estadual nº 319, de 16 de setembro de 1901, e recebeu status de cidade em 1925. A partir de 1943 recebeu a sua denominação atual.
Os habitantes da cidade se chamam esmeraldenses.
Geografia
Apesar de bem próxima da capital - apenas 60 quilômetros separam Esmeraldas e Belo Horizonte - a cidade preserva características típicas do interior. Por conta das comunidades rurais no entorno, as cachoeiras, as fazendas coloniais e hotéis-fazenda são grandes atrativos, assim como os haras e as criações de ovelhas.
O município se estende por 911,4 km² e está situado a 754 metros de altitude.
Esmeraldas tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 19° 45' 46'' Sul, Longitude: 44° 18' 47'' Oeste..
 
Apesar de bem próxima da capital - apenas 60 quilômetros separam Esmeraldas e Belo Horizonte - a cidade preserva características típicas do interior.
Economia
Em qualquer época do ano, porém, a dica é visitar a Associação dos Agricultores Familiares e da Agroindústria de Esmeraldas, que fabrica e vende delícias como pão de queijo assado em folha de bananeira, compotas, defumados e cachaça, na Praça Getúlio Vargas. E a Feira de Artesanato, dentro do Mercado Municipal, que reúne bordados e artesanato, além das comidas típicas.
Atrações
Por conta das comunidades rurais no entorno, as cachoeiras, as fazendas coloniais e hotéis fazenda são grandes atrativos, assim como os haras e as criações de ovelhas.
No Centro, a atração é o casario preservado. Entre os prédios mais interessantes está o da Prefeitura, que ocupa uma antiga fábrica de tecidos. Construída nas décadas de 20 a 30, tem estilo art deco. Já a Igreja de Santa Quitéria, padroeira de Esmeraldas, exibe arquitetura modernista. Em maio, o santuário é cenário de festejos por conta da Festa da Padroeira.
Mas quando chega dezembro, quem chama a atenção são os grupos de Folia de Reis. Durante 12 dias - entre o Natal e o dia 06 de janeiro -, a folia bate à porta dos moradores com os palhaços do reisado e seus instrumentos de percussão. A manifestação popular comemora o nascimento de Cristo.
Referências para o texto: Wikipédia ; Férias Brasil .

segunda-feira, 18 de julho de 2022

SANTA IZABEL DO PARÁ - PARÁ

Santa Izabel do Pará é um município brasileiro do estado do Pará, situado na Região Norte do Brasil. Fundado em 1934, faz parte da Região Metropolitana de Belém. Sua população estimada em 2017 era de 68.836 habitantes, segundo estimativas do IBGE.
História
A história de Santa Izabel está ligada à construção da antiga Estrada de Ferro de Bragança que ligava as cidades de Bragança e Belém (localizadas no nordeste do estado) com objetivo de fornecer produtos agrícolas à capital paraense (período de expansão da atividade gomífera).
Por esta estrada vieram muitos migrantes nordestinos cooptados para a região principalmente durante a "Batalha da Borracha" e dos projetos de "colonização agrícolas" promovidos pelo Governo Federal para colonizar a zona bragantina paraense,[8] ocupando o corredor logístico da estrada de ferro.
O povoado surgiu com a implantação do Núcleo Colonial Nossa Senhora de Benevides em 1877, quando fora encarregado de demarcar essas terras o Cap. Valentim José Ferreira que se instalou estrategicamente na Boca da Sexta Travessa (Aratanha), (hoje um extenso bairro), dando início ao povoado -sendo portanto considerado o fundador do município.
O morador mais famoso da cidade foi o cantor e drag queen Pabllo Vittar, que ali residiu durante sua juventude.
A Cidade também é o berço de Artistas da Terra como Valéria Paiva .Vocalista da Banda Fruto Sensual e da Cantora Viviane Batidão
Geografia
Localiza-se a uma latitude 01º17'55" sul e a uma longitude 48º09'38" oeste, estando a uma altitude de 24 metros. Pertence à Região Metropolitana de Belém, distando 36 Km desta capital. Possui uma área territorial de 717,6 Km2. em como principal acidente geográfico o Rio Caraparu que nasce no distrito de Americano, com uma extensão aproximada de 85 km, deságua no Rio Guamá (limite Sul do município). A bacia caraparuense se completa com os afluentes: Maguari, Itá, Mucuiambá e Jundiaí, com uma área aproximada de 380 km2.
O município é composto de 3 distritos sendo, a sede municipal (Sta. Izabel), Americano e Caraparu e inúmeros lugarejos.
O município carrega na sua economia a presença marcante da produção de hortaliças, bovinos, suínos, equinos e aves. O Município é um grande produtor de ração, abastecendo o mesmo e outros pelo estado.
Cultura
No município de Santa Izabel, a população realiza o Círio de Nossa Senhora da Conceição de Itá, no segundo domingo de maio, com procissão que sai do povoado do Carmo para o distrito de Caraparú. Além dessa, outras manifestações religiosas marcam o calendário de festas locais. O Círio de Santa Izabel acontece no primeiro domingo de julho e o Círio de Nossa Senhora do Carmo, no dia 26 do mesmo mês. No mês de novembro, comemora-se no Distrito de Americano, o Círio de Nossa Senhora da Conceição que, como as demais festas, é acompanhado de arraial. A festividade de caráter eminentemente popular mais significativa de Santa Izabel é a Festa das Flores, no fim do mês de maio.
No artesanato, destaca-se a produção de entalhes em madeira, sem, no entanto, se constituir um elemento caracterizado do Município. A cidade dispõe de uma Biblioteca-Pública, inexistindo qualquer outro equipamento cultural.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 14 de julho de 2022

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS

São Sebastião do Paraíso é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, situado na divisa com o estado de São Paulo. A população estimada em 2021 era de 71.915] habitantes. A área é de 814,925 km².
O município tem como principal atividade a produção de café.
História
A corrida pela descoberta de ouro no Sul de Minas fez surgir no século XVII, a cidade de Jacuí, precursora de todas as cidades da região. Após a mineração entrar em declínio, cujos efeitos ainda podem ser vistos nos limites perímetros da cidade, seus moradores começaram a se dedicar tanto a agricultura quanto a pecuária. A partir da adaptação natural surgiram inúmeras fazendas, e dentre essas, 'Fazenda da Serra', propriedade da família Antunel Maciel, família essa constituída de grandes criadores de gado.
A expansão do café na região de Campinas para o oeste Paulista, impulsionou a cafeicultura na região de Ribeirão Preto. A proximidade com a zona cafeicultora de Ribeirão Preto e a própria vocação agrícola de Paraíso fez da cidade umas das maiores produtoras de café no Estado na época, chegando a colher, no final do século XIX, doze milhões de sacas anuais. A participação da cidade no surto cafeeiro do Segundo Reinado fez com a cidade fosse beneficiada com a vinda de primeiras levas de imigrantes, que chegavam em carros de boi, depois de desembarcar na estação da Cia Ferroviária São Paulo e Minas em Mococa. No começo de 1870, crianças de pais italianos já haviam sido registradas na cidade. Porém, as primeiras estações de trem da cidade chegaram apenas no ano de 1911, apesar de preencher as atas da Câmara desde 1901.
Em meados de 1893 em diante, a cidade recebeu cerca de 500 colonos italianos, contribuindo para o desenvolvimento da cidade. Visto a grande contribuição dos imigrantes italianos para a cidade foi criado pelo então prefeito Luiz Calafiori, um monumento que homenageasse os italianos e seus descendentes. O artista tcheco Johann Musil foi o responsável pela criação da peça em bronze 'Monumento aos Imigrantes' localizada na Praça dos Imigrantes.
São Sebastião do Paraíso, antigo distrito criado em 1855, foi elevado à categoria de vila em 13 de setembro de 1870. A cidade foi criada em 01 de dezembro de 1873, pela lei n.º 2.042.
Geografia
O município de São Sebastião do Paraíso está distante 400 km de Belo Horizonte, capital estadual, e 755 km de Brasília, capital federal. Ocupa uma área de 814,925 km², e se limita com os municípios de São Tomás de Aquino e Patrocínio Paulista a noroeste, Pratápolis a nordeste, Capetinga a norte, Itamogi e Monte Santo de Minas a sul, Jacuí a sudeste, Santo Antônio da Alegria a sudoeste, Altinópolis a oeste.
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Varginha e Imediata de São Sebastião do Paraíso.
Clima
O clima paraisense é caracterizado, segundo a classificação climática de Köppen, como tropical de altitude (ou Cwb) com invernos secos, verões chuvosos e temperaturas moderadas durante todo o ano. Com temperatura média compensada anual de 21 °C e pluviosidade média de aproximadamente 1.750 mm/ano, concentrados entre os meses de outubro e março, sendo janeiro o mês de maior precipitação (335,5 mm). O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 23 °C, sendo a média máxima de 29,2 °C e a mínima de 18,1 °C. E o mês mais frio, junho, de 17,3 °C, sendo 25,4 °C e 11 °C as médias máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição.
Demografia
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do município é considerado elevado, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Segundo dados do relatório de 2010, divulgado em 2013, seu valor era de 0,722, sendo o centésimo vigésimo segundo de Minas Gerais (PNUD) e o 1.373º do Brasil.
Economia
Em 2018, o Produto Interno Bruto do município de São Sebastião do Paraíso era de R$ 1.766.205,38 mil reais, dos quais R$ 845.234,85 mil do setor terciário; R$ 306.595,69 mil da administração, saúde e educação e seguridade social; R$ 207.854,10 mil de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes; R$ 306.866,03 mil da indústria e R$ 99.654,72 mil do setor primário. O PIB per capita é de R$ 25.070,54.
Segundo o IBGE, em 2019 o município possuía um rebanho de 863.100 galináceos (frangos, galinhas, galos e pintinhos), 36.212 bovinos, 163 ovinos, 1.440 suínos e 1.250 equinos. Na lavoura temporária de 2019 foram produzidos cana-de-açúcar (170 000 t), mandioca (3.408 t), milho (9.900 t), feijão (678 t), soja 2.970 t e tomate (9.600 t), e na lavoura permanente abacate (1.000 t frutos), banana (300 t), café (17.302 t), figo (990 t), laranja (55.100 t), pêssego (150 t). Ainda no mesmo ano o município também produziu 14.439 mil litros de leite, de 4.489 vacas ordenhadas; 1.009 de ovos de galinha e 3.000 quilos de mel de abelha.
Em 2010, considerando-se a população municipal com idade igual ou superior a dezoito anos, 69,1% eram economicamente ativas ocupadas, 27,0% inativas e 3,9% ativas desocupadas. Ainda no mesmo ano, levando-se em conta a população ativa ocupada na mesma faixa etária, 37,80% trabalhavam no setor de serviços, 17,98% em indústrias de transformação, 15,48% na agropecuária, 14,31% no comércio, 6,40% na construção civil, e 1,11% na utilidade pública. Conforme a Estatística do Cadastral de Empresas de 2015, São Sebastião do Paraíso possuía, no ano de 2015, 2 206 unidades locais, 2 132 delas atuantes. Salários juntamente com outras remunerações somavam 311 556 mil reais e o salário médio mensal de todo o município era de 1,9 salários mínimos.
Educação
O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2010 a marca de 0,613, ao passo que a taxa de alfabetização da população acima dos dez anos indicada pelo último censo demográfico do mesmo ano foi de 94,1% (94,2% para os homens e 94,0% para as mulheres). As taxas de conclusão dos ensinos fundamental (15 a 17 anos) e médio (18 a 24 anos) era de 55,2% e 45,0%, respectivamente, e o percentual de alfabetização da população entre 15 e 24 anos de 99,0%.
Ainda em 2010, São Sebastião do Paraíso possuía uma expectativa de anos de estudos de 9,66 anos, valor superior à média estadual (9,38 anos).
São Sebastião do Paraíso dispõe de duas faculdades privadas, são elas a Faculdade Calafiori e Libertas Faculdades Integradas. O município está sendo avaliado para receber um campus da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Em janeiro de 2018, foi aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Lavras a construção do campus em Paraíso, dependendo apenas da liberação de verbas para a construção da estrutura do campus e a autorização para o concurso público dos professores e técnicos. Em março de 2018, o ministro da educação, Mendonça Filho, anunciou a instalação em Paraíso do campus avançado da Universidade Federal de Lavras.
Cultura
As manifestações culturais encontradas em São Sebastião do Paraíso são a Folia de Reis que abriga, também, comidas típicas e a Festa do Divino Espírito Santo, que ocorre cinquenta dias após a comemoração da páscoa. É existente também no município a festa das congadas, que é uma festividade de cunho religioso introduzida no município por escravos africanos, desde de sua fundação em 1821.
No município também está a Casa da Cultura de São Sebastião do Paraíso. A sede está localizada no prédio da antiga Estação Ferroviária Mogiana, o espaço também abriga o Museu Histórico Napoleão Joele.
São Sebastião do Paraíso foi sede do time de futsal Intelli por dois anos. Além disso, a cidade possui a Arena Olímpica João Mambrini, inaugurada em 2010 e com capacidade para quatro mil pessoas. E além dos jogos de futsal da Intelli, a Arena também já recebeu seleções sul-americanas de basquetebol em competições sul-americanas.
Em setembro de 2011, Paraíso realizou o Campeonato Brasileiro de Xadrez Escolar, a maior competição de xadrez escolar do país.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 11 de julho de 2022

CAMPO FORMOSO - BAHIA

Campo Formoso é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 71 754 habitantes.
Histórico
O Município de Campo Formoso teve sua emancipação política em 28 de julho de 1880, através da lei provincial de nº 2051, sendo desmembrado do município de Senhor do Bonfim.
O local onde está situada a cidade de Campo Formoso foi, nos seus primórdios, um aldeamento indígena. Os missionários da Companhia de Jesus incumbidos da catequese dos silvícolas da região, prestando aos primeiros habitantes assistência espiritual e orientando-os também na vida secular, contribuíram decisivamente para a prosperidade da povoação que aí se formou. Seus primeiros colonizadores foram os portugueses, que escravizaram os índios que existiam. Esses colonizadores trouxeram novos hábitos culturais, tradições e heranças religiosas do catolicismo, e o culto aos santos. As primeiras edificações dos portugueses, além de suas casas, foram as igrejas, para as cerimônias religiosas e dias santos. Santo Antônio foi adotado como padroeiro da cidade e ainda hoje é comemorado o dia de Santo Antônio.
Campo Formoso também é conhecido como "cidade das esmeraldas", por existir no povoado de Tuiutiba um garimpo com esmeraldas distinguidas como de melhor qualidade, em comparação com outros garimpos de esmeraldas do Brasil. A cidade também recebe esse título pela comercialização dessas pedras no centro da cidade - "feira do rato" - onde se comercializam as pedras do município e das cidades vizinhas, e que é o conhecido "rolo", troca de pedras por televisores, celulares, casas, entre outros. A "feira do rato" surgiu com a descoberta das minas em Carnaíba, a 42 km de Campo Formoso. Os garimpeiros costumavam se encontrar nesse local porque era de fácil acesso para os compradores e por lá existirem bares e restaurantes.
Belezas naturais da cidade
A cidade de Campo Formoso é conhecida por suas grutas e pelo comércio de esmeraldas. Localiza-se na Chapada Diamantina e tem em seu território muitas cavernas com diversos tipos de formação interior, além maior gruta, em extensão, do Hemisfério Sul: a Toca da Boa Vista, maior caverna conhecida do Brasil e Hemisfério Sul com mais de 120km de galerias mapeadas até 2007, é um dos mais importantes sítios espeleológicos e paleontológicos brasileiros. Conjuntamente com as cavernas vizinhas Toca da Barriguda, Toca do Calor de Cima, Gruta do Convento, Toca do Pitu e Toca do Morrinho, constituem um conjunto de relevância geológica mundial.
Comunidades quilombolas
Dentro do município de Campo Formoso há diversas comunidades quilombolas reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares, sendo a maior delas, a Lage dos Negros que tem mais de 15.000 habitantes e distante quase 100 km da sede do município. Outra comunidade quilombola de destaque é o povoado de São Tomé.
Clima
Em função de sua localização geográfica, na região norte do município de Campo Formoso encontra-se no Polígono das secas, onde predomina o clima semiárido. Já na região sul, encontra-se a sede do município, o clima é semi tropical.
A zona das grotas e a dos tabuleiros apresenta um clima mais ameno. A zona das grotas apresenta maior incidência de chuvas, as quais concentram-se no inverno, que são bastante frios.
Relevo
Todo o município é cercado de serras pertencentes à Chapada Diamantina. Dentre elas destacam-se a Serra da Jacobina, Serra dos Morgados, a Serra do São Francisco, a Serra do Mulato e a Serra do Angelim. A geologia revela a existência de rochas antigas e metassedimentares da Serra da Jacobina, além de coberturas Terciárias e Quaternárias recentes em planícies aluviais dos rios. Nas áreas mais elevadas da Serra da Jacobina prevalecem solos podzólicos que apresentam boas condições físicas e de fertilidade.
O município possui inúmeras cavernas, dentre elas destacam-se:
- Gruta do Convento, situa-se nas proximidades do povoado de Baixa Grande e Abreus, sua extensão é calculada em 6 km;
- Gruta da Toca da Onça, se encontra no Povoado de Tiquara, tem grande importância científica, pois, no seu interior encontramos uma grande variedade de pinturas rupestres, embora em sua maioria já depredadas;
- Gruta de Abreus ou do Cesário, apresenta inscrições atribuídas aos índios que viviam nas suas imediações;
- Gruta Icó, situa-se proximidades do povoado de Caraíbas.
Nas proximidades do povoado de Lage dos Negros estão a Gruta da Barriguda e Toca da Boa Vista, as quais têm sido atrativas para estudiosos não somente devido à beleza, mas também devido as suas extensões e à presença de fósseis no interior dessas cavidades.
Vegetação
No município predominam as formações vegetais de caatinga dos tipos arbórea, arbustiva e de aluviões distribuídas segundo as condições climáticas, o relevo e as condições hídricas. A floresta estacional decidual surge nas áreas mais úmidas, na Serra da Jacobina.
Conforme a vegetação o município é dividido em três zonas distintas: a Zona da Caatinga, Zona das Grotas e zona da jacobina Nova.
A Zona da Caatinga é formada por vegetação com predominância de arbustos de pequeno porte com galhos retorcidos e desfolhados. Os rios são temporários e as chuvas são escassas. A Zona das Grotas é de vales e grotões férteis com rios e riachos permanentes. Está situada entre os morros que formam a serra da Jacobina. A vegetação ai é exuberante com árvores frondosas  bosques e matas. A Zona da Jacobina Nova é formada por extensos tabuleiros situados entre a Serra do São Francisco, Serra Escurial, Serra do Mulato e Rio Salitre. A vegetação ai assemelha-se à das grotas com árvores de grande porte formando matas e bosques.  A sede do município está a 600 m acima do nível do mar.
Hidrografia
O município é banhado por muitos rios e ribeiros, perenes e temporários, sendo estes últimos os predominantes. Na zona da caatinga os rios são temporários devido à escassez de chuvas. Na zona das grotas predominam rios e riachos permanentes.  A zona dos tabuleiros assemelha-se à das grotas com a predominância de lindos riachos e cachoeiras.
O município é drenado por duas grandes bacias hidrográficas, a Bacia do Rio Itapicuru e a Bacia do Rio Salitre. A Bacia do Rio Itapicuru é de grande relevância para a região uma vez que a maior parte dos povoados que formam a grande área habitada do município se abastece das águas dessa bacia. Muitos dos rios e riachos da região têm suas nascentes em grotões e vales próximos à cidade. Os rios mais importantes desta bacia que cortam o município são: Rio Campo Formoso, Rio das Pedras, Rio Gia, Rio Água Branca, Rio Brejo do Coelho, Rio Itapicuru Mirim, Rio Barroca. A Bacia do Salitre está interligada a bacia do São Francisco e drena a zona da caatinga e tabuleiros, abrangendo assim a área mais árida do município. São seus principais afluentes: Rio Pacui, Rio Preto, Rio da Lage, Rio Escurial, Rio Tanquinho, Riacho das Piabas, Riacho do Morim e Riacho Ventura.
Turismo
Localizada na encosta da Serra da Jacobina, Campo Formoso é uma cidade cheia de ladeiras e colinas. Sobre o Morro dos Alecrins situa-se o centro comercial, as repartições públicas, os hotéis, hospital, igrejas e antigas residências. O visitante pode percorrer a pé ou em montarias de cavalo ou jumento trilhas encantadoras, entre prados e campos verdejantes, contemplando cenários emoldurados por serras e montes, rios e riachos.
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 7 de julho de 2022

CIDADE OCIDENTAL - GOIÁS

Cidade Ocidental é um município brasileiro do estado de Goiás. Localizado no entorno do Distrito Federal, sua população estimada em 2021 era de 74 370 habitantes.
História
Teve sua origem na implantação de um núcleo residencial ao norte do município de Luziânia, quando em 1974, João Batista de Souza, proprietário da Fazenda Aracati, onde se fabricava o aguardente “Caninha Aracati” vendeu 5,04 km² ao Sr. Cleto Campelo Meireles, ficando esta gleba pertencente à Zona Suburbana do município de Luziânia.
Em 15 de dezembro de 1976 deu-se a fundação do núcleo, cuja construção ficou a cargo da Construtora Ocidental - daí a origem do nome "Cidade Ocidental", projetada pelo arquiteto e urbanista Marco Casalini.
O projeto inicial previa a construção de 14.349 unidades habitacionais, mas apenas 6.796 casas foram construídas. O restante, 7.533 lotes onde não foram construídos, foram repassados ao Banco Regional de Brasília como forma de pagamentos de dívidas da construtora junto àquela instituição financeira. O banco, por sua vez, repassou estes lotes para o Governo do Distrito Federal, que até hoje detém a propriedade destes lotes.
Em 1989 o núcleo habitacional foi elevado à condição de distrito de Luziânia e em 9 de dezembro de 1990 deu-se a emancipação político-administrativa do distrito e o primeiro prefeito municipal tomou posse em 1º de janeiro de 1993.
Localizada a uma distância de 48 km de Brasília, é por muitos considerada ainda cidade dormitório, sendo que grande parte de seus moradores se deslocam até a capital federal para trabalhar. A cidade possui um traçado urbano organizado, a partir de seu núcleo original, sendo que os novos loteamentos foram sendo adequados ao mesmo tipo de traçado.
Trata-se de um avanço político-administrativo que só foi possível em decorrência da emancipação alcançada no final do ano de 1990 pela consciência social de seus habitantes. No entanto, não há mais controvérsia sobre a importância da emancipação de Cidade Ocidental, pois este vem tendo um significado particularmente importante na concepção dos cidadãos deste município, devido ao processo acelerado de desenvolvimento que vem alcançando.
Afinal temos um espelho muito forte que é o próprio desenvolvimento Goiano desde 1592, quando Sebastião Marinho descobriu as terras goianas no alto do rio Tocantins e graças às primeiras povoações em Goiás. Devido à tenacidade desse povo e a luta de vários parlamentares o progresso chegou nesta região.
O município de Cidade Ocidental faz parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. A RIDE foi criada em 1998 e tem como objetivo principal implantar soluções imediatas e a médio prazo para os problemas existentes nos municípios do entorno do Distrito Federal.
Geografia
Localizado na mesorregião do Leste Goiano e na microrregião do entorno do Distrito Federal, a 48 km de Brasília e a cerca de 192 km de Goiânia, faz divisa com Valparaíso de Goiás (oeste), Santa Maria (DF), Jardim Botânico (DF), São Sebastião (DF) (norte), Cristalina (leste) e Luziânia (sul).
O relevo do município é levemente ondulado com vales nos cursos de rios e córregos. A altitude nas margens do lago é de 951 metros acima do nível do mar, já na praça central chega a 1.014 metros. Sendo o ponto culminante localizado na divisa com o Distrito Federal, no Monumento às Árvores no final do loteamento Dom Bosco a 1.115 metros de altitude. Ao sul do município o relevo torna-se mais baixo e ondulado com formações serranas nos vales que descem a menos de 830 metros no extremo sul do município.
A vegetação da região do município de Cidade Ocidental constitui-se basicamente de cerradão, cerrado, campo cerrado, campo e matas de galeria nos cursos de rios e córregos. Hoje restam remanescentes desses conjuntos florísticos, devido à extrema destruição desse ecótone para a constituição de pastos e lavouras.
Hidrografia
- Ribeirão Saia Velha: serve de linha limítrofe entre o município e os municípios de Luziânia e Valparaíso de Goiás. Sendo também o principal curso d'água de Cidade Ocidental, pois abastece o centro da cidade e os bairros próximos. Em 1970, a construtora Ocidental criou a barragem do córrego Jacob, um espelho d'água na entrada da cidade, conhecido pelos nomes de Lago Jacob ou Lago Saia Velha e a transformou no Clube Recreativo de Lazer.
- Ribeirão Mesquita: afluente do braço direito do Rio São Bartolomeu, banha parte do povoado Mesquita; apresenta-se com forte poluição, oriunda do centro urbano que está bem próximo. Isso prejudica muito as atividades relacionadas à pecuária, que necessita das águas do Ribeirão Mesquita.
- Rio São Bartolomeu: recebe as águas do Ribeirão Mesquita e do Ribeirão Saia Velha e deságua no Rio Corumbá. Suas bacias abrigam intensa atividade agrícola e em seu curso é extraída areia para construção civil. Servindo também de limite entre Cidade Ocidental e o município de Cristalina.
- Ribeirão Água Quente: localizado a norte do município ,numa região que recebe seu nome,este córrego possui águas termais.Suas origens ainda estão sendo investigadas.
- Poções e cachoeiras: localizados a menos de 30 minutos de caminhada do centro da cidade pode-se encontrar córregos com águas límpidas entre matas de galeria, mas somente entre os meses de dezembro e maio.
Clima
O clima de cidade Ocidental, de acordo com a classificação de Köppem é do tipo Cwa, tropical de altitude, em altitudes próximas a 1.000m, com verões chuvosos e quentes e invernos frios e secos. Sendo comum temperaturas de 28 °C de máximas no verão e de 12 °C de mínimas no inverno.
A altitude do município constitui uma determinante para atenuação térmica no mês de janeiro, bem como média inferior a 18 °C no mês de julho.
A região no inverno, período de estiagem, está sob o domínio dos ventos de leste, nordeste e sudeste. Enquanto os dois primeiros encontram-se vinculados ao domínio da massa Tropical Atlântica, nesse período dissecado e, portanto responsável por estabilidade atmosférica, o terceiro refere-se as ingressões do fluxo extra tropical, caracterizado pela massa polar.
A baixa umidade absoluta reduz a possibilidade de ocorrência pluviométrica frontal no referido período, constituindo se como a principal causa da queda da temperatura. Nesse momento, a posição altimétrica da área contribui para o aumento da velocidade dos ventos, e pode implicar em desconforto térmico.
Economia
A economia ocidentalense baseia-se na criação de gado bovino de corte e leite, do plantio de soja e da produção de doces de marmelo. Na zona rural do município está localizado um frigorífico que abastece toda a região.
O comércio varejista de Cidade Ocidental é bem diversificado sendo composto pelos ramos de: confecção, bares e restaurantes, hotéis, panificação, supermercados, lojas de informática, oficinas mecânicas etc. Todos os Sábados, pela manhã, ocorre a Feira Livre da Cidade Ocidental, na Av. Principal na altura da Super Quadra 10, ao lado da CELG e a Feira do Produtor que reúne apenas os produtores rurais do município,às Terça-feiras, à noite, Ocorre na Av. Principal na rua larga entre as quadras 15 e 17 e às quinta-feiras, à noite, ocorre na Av. Principalna na altura da Super Quadra 10, ao lado da CELG.
Recentemente a AGETUR - Agência Goiana de Turismo - classificou o município de Cidade Ocidental como sendo de potencial turístico, o que pode alavancar a economia municipal.
No município está localizada a primeira usina hidrelétrica da região, fornecedora de energia elétrica para a construção de Brasília, a Usina Saia Velha.
Atualmente a cidade recebe maciços investimentos imobiliários. Tais investimentos ocorrem devido a instalação dos condomínios Alphaville Brasília Residencial e do Damha Residencial Brasília no bairro Jardim ABC. O município contempla ainda muitas áreas que podem servir como base para outros empreendimentos imobiliários e/ou voltados para o turismo rural.
Cultura
A cidade também tem suas lendas, assim como as "bolas-de-fogo", bolas de prata (para os ufólogos), a "árvore mística" que situa-se em Colina Verde" (no Zé Leão) e a mais famosa, a lenda da noiva do lago.
- Parque Ecológico Chico Mendes: trata-se de um bosque urbanizado localizado no centro da cidade. Rodeado de árvores nativas do cerrado o Parque Ecológico Chico Mendes é uma opção de lazer, pois oferece lago artificial com peixes exóticos, quiosque com lanchonete, duas áreas de convivência cobertas, aparelhos de ginástica, parque infantil, campo de futebol de areia, trilhas para caminhada ecológica, área de piquenique e paisagismo.
- Povoado Mesquita: localizada na Zona Rural da Cidade Ocidental, trata-se de comunidade de remanescentes de quilombos. A comunidade Quilombola do Mesquita surgiu a partir de uma doação de terras feita a três escravas da Fazenda Mesquita, há mais de 200 anos. Hoje é formada por 300 famílias, que cultivam marmelo, goiaba, laranja, cana de açúcar, mandioca e contam também, com uma pequena indústria artesanal de marmelada e goiabada. No artesanato produz caixinhas, biscoitos e tapetes, que são comercializados em feiras. As festas são comemoradas com a dança Catira, dança tradicional de Goiás.
- Clubes: Suleste Clube, Recanto das Águas, Toca do Leão e Recanto Primavera.
Eventos e datas comemorativas
Feriados Municipais
- 9 de dezembro: Emancipação da Cidade Ocidental
- 13 de Junho: Padroeiro da Cidade
Eventos e Festejos
- Corrida do Marmelo: Janeiro
- Paixão de Cristo: Abril
- Festa de Santo Antônio, Dia do Padroeiro: Junho
- Congresso Evangélico: Julho
- Canta Jardim: Agosto
- Festa dos Nordestinos: Agosto
- Comemoração do Dia do cerrado: Setembro
- Desfile da Independência: Setembro
- Festa dos Estados: Setembro
- Cavalgada dos Veteranos: Setembro
- Aniversário de Cidade Ocidental: Dezembro.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 4 de julho de 2022

CASTRO - PARANÁ

Castro é um município brasileiro do estado do Paraná. Às margens do rio Iapó, tem um potencial turístico devido ao relevo privilegiado (Canyon Guartelá e às belezas próprias da região dos Campos Gerais). Sua fundação ocorreu em 1778 e fez parte do caminho dos tropeiros que iam de Viamão até Sorocaba, tendo forte origem no tropeirismo. Possui o primeiro Museu do Tropeiro do Brasil.
Etimologia
O nome da cidade deve-se a uma homenagem a Martinho de Melo e Castro, Ministro dos Negócios Ultramarinos de Portugal, nos anos de 1785 e 1790. Etimologicamente Castro origina-se do latim "Castru" que significa fortaleza.
História
Castro surgiu às margens do histórico Caminho de Sorocaba, que ligava esta cidade paulista a Viamão, na antiga Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Inicialmente, o atual município de Castro foi um "pouso de tropeiros" à beira da antiga via, ponto de passagem de tropeiros e gado que iam à feira de Sorocaba. Segundo Milleit de Saint' Adolphe, esta região era morada de aborígenes, notadamente os guarapiabas, do grupo tupi. Também há o registro de ataques de índios caingangues aos tropeiros e colonos que circulavam pela região no século XIX.
O local onde atualmente se encontram as pontes rodoviárias sobre o rio Iapó era exatamente era o ponto que oferecia vau, onde cruzavam os tropeiros. A boa aguada, pastagens e clima atraíram as primeiras famílias paulistas de Sorocaba, Santos e Itu, que estabeleceram-se a fim de incrementar a criação de gado, dando a uma povoação que se chamou Pouso do Iapó. Contemporaneamente, ao começo da colonização foram requeridas, por paulistas, as primeiras sesmarias da região.
Pouso do Iapó se firmou como povoação, e, em 1751 foi construída uma pequena capela de "pau a pique", onde os ofícios religiosos eram conduzidos pelo frei Bento Rodrigues de Santo Ângelo. Em 1769, os Padres Carmelitas, vindos de uma frustrada experiência na capela do Capão Alto, ergueram uma nova igreja às margens do rio Iapó, para sede da freguesia que pretendiam criar.
Em 15 de março de 1771, o Pouso do Iapó recebeu a visita do tenente-coronel Afonso Botelho de Sam Payo e Souza, ajudante de ordens do governador-geral da capitania e comandante das forças da ouvidoria de Paranaguá, que não mediu esforços para o desenvolvimento do lugar. A partir daí, foi criada a Freguesia de Sant'Ana do Iapó. Depois de cumpridas as formalidades exigidas pelo direito canônico, o frei Manoel da Ressurreição, bispo da Capitania de São Paulo, em provisão de 5 de março de 1775, determinou as novas divisas da freguesia.
Na nova povoação, estabeleceram-se o capitão-mor Rodrigo Feliz Martins, o capitão Francisco Carneiro Lobo, um dos chefes expedicionários da primeira conquista de Guarapuava, Inácio Taques de Almeida, Manoel da Fonseca Paes, doutor Manoel de Mello Rego, Inácio de Sá Arruda, José Rodrigo Betim, Antonio Pereira dos Santos, João Batista de Oliveira e João Batista Pereira.
A freguesia de Sant'Ana do Iapó desenvolveu-se a contento, sendo que esta elevação à categoria de vila e alteração na denominação prende-se um fato ocorrido na prisão de Limoeiro, em Portugal. Encontrava-se o capitão Manoel Gonçalves Guimarães, grande potentado, enriquecido no contrabando de ouro e dono de extensa área de terras, tanto na freguesia, quanto na Vila de Curitiba. Em determinado dia, o Ministro dos Negócios Ultramarinos d'aquém e d'além mar, Martinho de Melo e Castro, fez uma visita à célebre prisão política, lá encontrou Manoel Guimarães, que, ajoelhado, pediu clemência e liberdade. Em troca, informou que morava no Brasil, numa florescente freguesia, na qual não havia justiça, e os crimes ficavam impunes, mas que, se lhe fosse concedida a liberdade, trataria de elevar a freguesia à categoria de vila, e com o nome do ministro português, e melhorar a vida dos que ali moravam.
O pedido sensibilizou o Ministro, além do que mexeu com sua vaidade, permitindo a libertação de Manoel Gonçalves Guimarães, que, imediatamente, pôs-se a elaborar um plano para cumprir o prometido. Em São Paulo encontrou-se com dr. Francisco Leandro de Toledo Rondon, Ouvidor de Paranaguá, a quem expôs o acontecido. O próprio Ouvidor representou o pedido junto ao Capitão-General Bento José de Lorena. Em 24 de setembro de 1788, a Freguesia de Sant'Ana do Iapó foi elevada à categoria de vila, com território desmembrado de Curitiba e denominação alterada para Vila Nova de Castro. Em julho de 1854, através da lei provincial nº 2, foi criada a Comarca da Vila Nova de Castro, instalada em 21 de dezembro do mesmo ano. Pela lei provincial nº 14, de 21 de janeiro de 1857, a vila ganhou foros de cidade, porém com denominação simplificada para Castro.
Foi grande o fluxo de imigrantes no território castrense, sendo que os primeiros grupos chegaram em 1885. Eram colonos de origem polonesa e alemã, vindo às expensas do governo Imperial. Posteriormente, vieram imigrantes italianos, neerlandeses e russos. Nominam-se as colônias Santa Cândida, Santa Leopoldina, Santa Clara, Carambeí, Iapó, Agostinhos e Russos. O crescimento da Cooperativa Batavo em Carambeí, possibilitou a vinda de novos colonos neerlandeses para o Paraná e, às margens do rio Iapó, foi fundada a Colônia de Castrolanda, onde os imigrantes construíram casas e estradas, além dos estábulos para os reprodutores bovinos de produção leiteira, o que deu início à Cooperativa Castrolanda.
No período da Revolução Federalista (1893-1894), Castro tornou-se temporariamente a capital interina do Paraná, em decorrência do Decreto Estadual nº 24, de 18 de janeiro de 1894. Este fato deu-se em função de Curitiba ter sido ocupada por tropas gaúchas, é rechaçado o poder estadual, que só voltou à normalidade em 18 de abril do mesmo ano, através do decreto-lei estadual nº 25. A lei estadual nº 1 049, de 4 de abril de 1911 criou o Distrito de Socavão, e em 10 de abril de 1930, pela Lei nº 2 768, foi criado o Distrito de Morros, mais tarde denominado Abapã
Clima
O clima é subtropical úmido, com ocorrência de geadas e ocasionalmente neve, com predominância de baixas temperaturas durante o inverno e o outono e temperaturas amenas durante o verão e a primavera, havendo, portanto, grande amplitude térmica. A temperatura média compensada anual é de 17 °C, podendo ficar abaixo de zero no inverno, durante a incursão de massas de ar polares. Embora as precipitações sejam abundantes durante todo o ano, há uma menor frequência nos meses de inverno.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1925 a menor temperatura registrada em Castro foi de −8,4 °C em 6 de agosto de 1963 e a maior atingiu 35,5 °C em 4 de janeiro de 1949. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 153,6 milímetros (mm) em 1° de agosto de 2011.
Economia
A atividade agropecuária é bastante expressiva no município, com plantação de soja, milho, feijão, arroz, cenoura, batata,uva, entre outras e possuindo milhares de propriedades rurais, que se dedicam à criação de gado leiteiro, suínos e aves. A bacia leiteira da região é considerada a principal do Brasil em produtividade e qualidade genética com capacidade aproximada de 400.000 litros/dia.
A Sociedade Cooperativa Castrolanda Ltda, mantém um rebanho de gado Holandês PO e PC com alto padrão genético, além da produção e comercialização de grãos e sementes, sendo que esta Cooperativa, juntamente com a CAPAL - Cooperativa Agropecuária Arapoti Ltda e a Cooperativa Agropecuária Batavo Ltda de Carambeí, fornecem matéria-prima para a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná industrializar os produtos Batavo.
Castro também se sobressai na exploração mineral, com a extração de calcário e talco e na indústria gráfica, moveleira, alimentícia e de pincéis.
Turismo
Paróquia Sant’Ana

A primitiva capela, de barro socado foi construída por escravos em 1704, em honra a Sant’Ana. Em 1769, foi realizada a primeira missa, tendo neste ano sofrido uma reforma. O primeiro pároco, Frei de Santa Teresa de Jesus, chegou dois anos mais tarde em 1771. Passou por diversas outras reformas, sendo que no ano de 1876 foi totalmente concluída, tomando seu aspecto atual. Um ano depois foi construída uma das torres e a segunda, anos mais tarde, no período entre 1945 - 1960, finalizada por Domiciano de Oliveira, que ao reconstruí-la cometeu um erro, esqueceu de inserir ao lado da segunda torre (construída posteriormente) quatro pilares. Anos mais tarde, Domiciano de Oliveira vinha junto a órgãos competentes requerer a correção da segunda torre, o que não foi permitido, pois essa característica passou a ser considerada um marco na história do município.
Museu do Tropeiro
Criado pelas leis 13/75 e 71/76, na gestão do prefeito Lauro Lopes, a casa onde foi instalado o museu foi construída no século XVIII pela família Carneiro Lobo. Sua construção é de estuque, de fiel estilo. Pertenceu ao Padre Damaso, que a comprou de Francisco de Deos Martins e sua mulher Victoriana Alves de Nunciação. Em 1912, foi novamente vendida à Balbina Marques Ribas, que deixou por herança a cinco herdeiros. Em 1975, o imóvel pertencia à Leonilda Madureira e foi adquirido, por compra, pela prefeitura sendo submetido a restauração mediante orientação do Serviço do Patrimônio Histórico do Estado. Seu acervo conta com aproximadamente 400 peças. Além de retratar a vida do tropeiro, apresenta documentos e objetos históricos, peças sacras, aferições e artesanato. Está localizado na Praça Dr. Getúlio Vargas.
Colônia de Castrolanda
Em Castrolanda situa-se um dos maiores moinhos de vento do mundo: inaugurado em 2001, De Immigrant (O Imigrante) é um grande monumento de 26 metros de envergadura, possui duas mós conseguindo produzir até 3.000 kg de farinha de trigo, e mecanismos, engrenagens, pinos e encaixes feitos quase que totalmente em madeira. O projeto é assinado e executado pelo holandês Jan Heijdra, especialista em de moinhos de vento, como uma homenagem aos imigrantes neerlandeses da década de 50 que colonizaram a região. O moinho é acionado pelo moleiro. Além do moinho, a construção abriga salão de eventos, museu, restaurante e biblioteca. No local também são expostos e comercializados artesanato e souvenirs da colônia e da Holanda.
Casa da Cultura Emília Erichsen
Neste edifício em 1862 foi fundado o primeiro jardim de infância do Brasil por Dona Emília Erichsen. O prédio foi vendido em 1 de agosto de 1905 à Carlos Betenheuser, e posteriormente, em 20 de julho de 1982 foi adquirido para desmembramento e instalações do Banestado (antigo Banco do Estado do Paraná, comprado pelo Banco Itaú). Em 16 de agosto de 1982, parte do prédio foi doada ao município, funcionando hoje como a Casa da Cultura. Localiza-se na Rua Dr. Jorge Xavier da Silva.
Morro do Cristo
Situa-se num dos pontos mais altos de Castro, e pode ser avistado de todos os lados da cidade e arredores. Sobre ele está uma estátua do Cristo Redentor e um pequeno parque de diversões. Localizado na Rua Coronel Olegário de Macedo.
Rio Iapó
Corta o perímetro urbano e permite a navegabilidade de canoas e lanchas de pequeno porte. Seu leito é sinuoso e bastante piscoso. Encontra-se a 18 km do centro e, nele está a queda do Pulo.
Saltos
O município possui um potencial hídrico representativo e de exuberante beleza, com inúmeros saltos, quedas e corredeiras, onde se destacam a queda do Pulo no rio Iapó, os saltos São João, da Cotia e das Andorinhas e as corredeiras do rio Guararema.
Prainha - Parque Balneário Dr. Libânio Estanislau Cardoso
Praia do rio Iapó, no perímetro urbano e com total infraestrutura de lazer. É um dos principais balneários fluviais do Paraná e, tornou-se um ponto turístico e de lazer, com cascata d’água, lanchonete, campos de futebol, quadra de esporte, churrasqueira, ringue de patinação etc.
Fazenda Capão Alto
A vocação hospitaleira de Castro começou no século XVIII, quando tropeiros que faziam o caminho Viamão - Sorocaba transportando gado encontraram às margens do rio Iapó um pouso seguro. É nesta época, 1704, que se deu a fundação da Fazenda Capão Alto, localizada em terras de sesmaria concedidas a Pedro Taques de Almeida, seus filhos e genros. Por ocasião da morte do patriarca, os direitos da vasta concessão de terras passaram a seus descendentes, ficando Timóteo Corrêa de Góes com a gerência das terras localizadas no Capão Alto.
Em 1749, a fazenda foi levada a leilão e arrematada por José de Góes Moraes que, em 1751 teria feito doação ou venda da mesma, aos religiosos de Nossa Senhora de Monte Carmelo. Os carmelitas ali permaneceram por mais de um século como agricultores e criadores de gado. Em meados do século passado os religiosos deixaram a fazenda em quase completo abandono, sendo que seus inúmeros escravos passaram a tomar conta, organizando um quilombo ordeiro e pacífico. Dentro de um sistema de república altamente democrático, os negros do Capão Alto consideravam-se apenas de Nossa Senhora. Diariamente compareciam à capela, onde oravam, e pediam ordens da Virgem. Sempre sob sua inspiração elegiam semanalmente um diretor para orientar o serviço de distribuição de prêmios e sanções, segundo as necessidades. Em 1864, os "escravos carmelitas" foram vendidos para uma firma de São Paulo, mas quando seus donos vieram buscá-los, recusaram-se a sair da fazenda. Iniciou-se uma revolta que só foi dissipada pela intervenção do chefe de polícia de Curitiba.
Em 1870, Bonifácio José Batista, o Barão de Monte Carmelo, comprou a fazenda, que foi passando para seus herdeiros até chegar à sua neta Evangelina Madureira.
Após 1940 esteve em mãos de dois compradores estranhos à família e em 1979 foi vendida à Cooperativa Central de Laticínios do Paraná. Suas construções refletem a imagem dos casarões coloniais típicos das fazendas de café. A casa central foi erguida em taipa de pilão, uma das únicas do gênero do Paraná, achando-se tombada como patrimônio pelo Estado.
Fazenda Potreiro Grande
A casa sede de uma fazenda de gado toda construída em pedra é o local aconchegante e rústico onde são recepcionados os visitantes, admiradores da vida no campo e que podem desfrutar de uma área de 1200ha, incluindo matas nativas, trilhas ecológicas, passeios a cavalo, tanques para pescaria e piscina. Toda a alimentação é preparada com produtos da própria fazenda, como o leite, o pão, os peixes e os legumes. Distante de Curitiba 142 km, o acesso é feito pela BR-376 até Ponta Grossa, pegando a PR-151 por Alagados até o distrito de Abapã em Castro.
Sítio Santa Olívia
Situado no Canyon Guartelá às margens do rio Iapó possui pousada com acomodações para 12 pessoas, churrasqueiras, trilhas para passeios a pé e a cavalo em meio a exuberante vegetação. Corredeiras com pequenas cascatas e subida ao morro de São Francisco são algumas opções de lazer que juntamente com a pesca das famosas tubaranas ou tabaranas, proporcionam um excelente ambiente para relaxamento. Existe também um recanto para os esotéricos e místicos exercitarem suas mentes.
Artesanato, gastronomia e folclore
O artesanato local é bastante rico e variado, utilizando como matéria-prima argila, palha de milho, madeira, piri e lã de carneiro.
O prato típico é o "Castropeiro", uma homenagem aos tropeiros que colonizaram a cidade de Castro. Consiste no feijão tropeiro temperado, carne de gado e de porco, quibebe de abóbora, couve com torresmo acompanhado de pão caseiro.
O folclore manifesta-se através do Grupo Folclórico Holandês de Castrolanda formado em 1953 que visa a apresentação de danças típicas tradicionais das diversas regiões da Holanda. Há também o CTG Querência Campeira, que revive o folclore gaúcho.
Esporte
No passado a cidade de Castro possuiu algumas equipes no Campeonato Paranaense de Futebol: o Caramuru Esporte Clube e o Juventude.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 1 de julho de 2022

VENÂNCIO AIRES - RIO GRANDE DO SUL

Venâncio Aires é um município brasileiro no centro do estado do Rio Grande do Sul. Emancipado de General Câmara em 1849 e instalado em 1891, seu nome é uma homenagem ao jornalista Venâncio de Oliveira Ayres.
A população total do município, segundo os Dados Preliminares do Censo 2007, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 64.524 habitantes, 59,11% destes na zona urbana e 40,89% na zona rural, sendo o 30° município mais populoso do Rio Grande do Sul. Fala-se lá tanto o português como o alemão, em especial o dialeto hunsrückisch. É considerada a "capital nacional do chimarrão", devido à sua produção de erva-mate, sendo também um dos maiores produtores de fumo do Brasil.
História
A região de Venâncio Aires era habitada, no século XVI, por indígenas, principalmente nos vales dos rios e arroios. Os primeiros registros escritos de povoamento da região onde está Venâncio Aires datam de 1762, com a compra de terras do posseiro Francisco Machado Fagundes da Silveira.
O município de Venâncio Aires intensificou sua povoação a partir de 1800, com a chegada e fixação dos açorianos às margens do Rio Taquari e do Arroio Castelhano. Os colonos açorianos dedicavam-se, primeiramente, à pecuária, à exploração de madeira e à produção de erva-mate.
Em 1849, o município de Taquari se emancipou de Triunfo, levando, consigo, General Câmara (na época, Santo Amaro) e Venâncio Aires, nomeado Faxinal dos Fagundes. Entre os anos de 1853 e 1856, os primeiros imigrantes alemães chegaram à região, dedicando-se à agricultura e localizando-se no vale do Arroio Sampaio. Santo Amaro conquistou autonomia de Taquari em 1881. O Arroio Castelhano ganhou sua primeira ponte em 1878, o que foi importante para o escoamento de produtos para a região.
Em 8 de maio de 1884, a localidade de Faxinal dos Fagundes alcançou sete mil habitantes e se elevou a "Freguesia de São Sebastião Mártir". Neste ano, também se iniciou a construção de uma capela para o santo padroeiro, São Sebastião.
"Ato nº 371 de 30 de abril de 1891, o vice Governador do Estado resolve elevar a villa, a Freguesia de São Sebastião Mártir a condição de Distrito do município de Santo Amaro, com a denominação de Venâncio Aires"..
Através desta declaração do então governador do Rio Grande do Sul Fernando Abbott, de 30 de abril de 1891, surgiu o município de Venâncio Aires, ainda que sua sede fosse uma vila. O nome originou-se como homenagem ao jornalista Venâncio de Oliveira Aires, que foi do estado de São Paulo viver no Rio Grande do Sul. A vila elevou-se à cidade no dia 11 de maio de 1891.
Em 1913, começou-se o planejamento das ruas do centro da cidade, em linhas retas. Em 1920, a iluminação pública passou a ser com lâmpadas. Surgiram os primeiros telefones na cidade e a população atingia 17 mil habitantes. Em 1924, a sociedade já possuía 48 grupos alemães. Em 1934, os negros entraram na comunidade venancio-airense.
Entre 1940 e 1960, o Porto de Mariante, na localidade de Mariante, transformou Venâncio em um centro comercial, impulsionando a economia. Em 1968, alcançou a liderança na produção de fumo, com uma colheita de 7 400 toneladas. Na década de 1970, iniciou-se o processo de industrialização do município, com continuação na década de 1980, fazendo com que o município chegasse às primeiras posições no cenário econômico do Rio Grande do Sul nos anos 1990. Em 2005, com a crise no agronegócio e prejuízos com a produção de erva-mate e fumo, foi feito o Seminário do Plano de Desenvolvimento Estratégico - Venâncio 2020, onde foram tracejadas as próximas metas para o desenvolvimento da cidade.
Geografia
Localiza-se na Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense e na Microrregião de Santa Cruz do Sul, estando entre o Vale do Rio Pardo e o Vale do Taquari, pertencendo ao Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo e à Diocese de Santa Cruz do Sul.
Atinge uma altitude média de 210 metros ao nível do mar. Encontra-se às margens da rodovia RSC-287 e distancia-se 130 quilômetros da capital estadual, Porto Alegre.
Venâncio Aires ostenta o título de "Capital Nacional do Chimarrão".[8] Em comemoração a isso, a cidade sedia a Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), uma das mais completas do Rio Grande do Sul. O município também foi durante muitos anos o maior produtor de fumo do Brasil, mesmo que a "Capital Nacional do Fumo" seja a cidade vizinha de Santa Cruz do Sul.
Idiomas
Como outros municípios das chamadas Colônias Velhas (die Altkolonie) que formam as zonas de colonização alemã do estado do Rio Grande do Sul, uma porção significante da população de Venâncio Aires é bilíngue. Desde a sua fundação em tempos pioneiros, fala-se tanto a língua nacional, o português, quanto o dialeto alemão Riograndenser Hunsrückisch neste município, sendo que a vasta maioria de falantes teutófonos do estado fala esta variedade linguística regional.
Em 2012, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul declarou o Riograndenser Hunsrückisch patrimônio linguístico e bem cultural imaterial do Rio Grande do Sul.
Economia
Em 2018, Venâncio Aires foi classificada como sendo a 22ª maior economia do Rio Grande do Sul. A cidade é uma das 30 maiores arrecadadoras de ICMS e uma das top 10 em exportações no Estado. A cidade está no top 5 nacional da produção de tabaco. Outras culturas agrícolas importantes são a produção de erva-mate e milho, cultivando também soja, mandioca e arroz, além de outros produtos. A cidade também tem importantes indústrias ervateiras. Em relação ao estado do Rio Grande do Sul, é o 2º maior polo metal-mecânico, a 2ª maior cidade em abate de bovinos e a 3ª maior produtora de milho do estado. Tem mais de 4 mil empresas, onde se destacam os setores metal-mecânico, confecções e móveis, com 30% dos empregos da cidade. A cidade tem dois Distritos Industriais com 135 hectares de terras.
Em 2020, as 10 maiores empresas da cidade eram: Alliance One (Tabaco), China Brasil (Tabaco), CTA Continental (Tabaco), Metalúrgica Venâncio, Marasca (Tabaco), UTC Brasil (Tabaco), Família Kroth (Carnes), America (Embalagens), Refrimate (equipamentos de refrigeração) e Venax (Eletrodomésticos), destancando-se também: RPC Packaging (embalagens), Tabacum Interamerican, Madrugada (erva-mate), Madeireira Haas, Frigorífico Sapé e Fundição Venâncio Aires.
Esporte e lazer
Na atualidade, o principal destaque esportivo é a Assoeva (Associação Esportiva de Venâncio Aires), que, atualmente, disputa a Liga Nacional de Futsal, a principal competição do salonismo brasileiro. A equipe também é a atual vice-campeã nacional da LNF (Liga Nacional de Futsal) e campeã da Liga Gaúcha de Futsal Série Ouro.
No futebol de campo, o principal clube esportivo de Venâncio Aires é o Esporte Clube Guarani, popularmente conhecido como Guarani de Venâncio, que, atualmente, disputa a segunda divisão gaúcha. No clube, surgiram o técnico Mano Menezes e o zagueiro Bolívar.
O município ainda conta com um time de futebol americano: O Bulldogs FA. O time comandado pelo Head Coach Miguel Greiner sagrou-se campeão da II Copa RS organizada pela Federação Gaúcha de Futebol Americano, realizada no segundo semestre de 2017.
Turismo
Dentre as rotas turísticas e pontos de lazer do município estão a Rota do Chimarrão, que percorre locais de produção e comércio de erva mate, além de igrejas fundadas no início do século XX. A dez quilômetros da cidade localiza-se a Cascata Chuveirão, cena do filme A Paixão de Jacobina, com local para camping e de propriedade de um morador local. No distrito de Vila Deodoro, há o Mirante Lauro Erdmann, e uma figueira de aproximadamente 300 anos e que ocupa uma área de 500m2 que atrai alguns visitantes.
Referência para o texto: Wikipédia .