Braço do Norte é um município brasileiro, localizado no sul do estado de Santa Catarina, a 75 m de altitude. Pertencente à mesorregião do Sul Catarinense e microrregião de Tubarão, localiza-se ao sul de Florianópolis, capital estadual, distando desta cerca de 173 km. Ocupa uma área de 212,045 km², tendo uma população de 33.773 habitantes, segundo censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A cidade é banhada pelo rio Braço do Norte.
Os primeiros moradores a fixarem-se na região, ao longo do rio Braço do Norte, entre a Barra do Norte e o atual centro de Braço do Norte, estabeleceram-se oficialmente em 1873, guiados pelo padre Guilherme Roer. Fundaram a Colônia Espontânea do Braço do Norte.
Braço do Norte foi desmembrado de Tubarão em 1955. De Braço do Norte foram desmembrados: Rio Fortuna, em 21 de junho de 1958; Santa Rosa de Lima, em 10 de maio de 1962 e São Ludgero, em 12 de junho de 1962.
O centro de Braço do Norte localiza-se principalmente entre e no entorno das praças Padre Roer e Coronel Collaço.
Toponímia
A origem do topônimo Braço do Norte provém da época da conquista de terras a montante do rio Tubarão após a ocupação do atual centro da cidade de Tubarão, quando os desbravadores encontraram a foz do atual rio Braço do Norte no rio Tubarão, braço fluindo do norte geográfico, no atual distrito de Barra do Norte pertencente ao município de São Ludgero. A partir do início do século XIX, com a subsequente abertura de caminhos para Lages por tropeiros serranos, quando Lages foi integrada à Capitania de Santa Catarina em 1820, um desses caminhos foi a estrada da Serra do Imaruí, partindo do rio Tubarão em sentido norte e margeando o rio Braço do Norte passando em Braço do Norte no atual bairro Lado da União, onde Guerrilha instalou uma pousada destinada aos tropeiros.
O atual município de Braço do Norte, a primeira colonização alemã no litoral sul de Santa Catarina, teve diferentes denominações:
- Guerrilha, devido ao posseiro José Mariano Guerrilha (1839);
- Quadro do Norte, devido ao formato de suas quadras, projeto do agrimensor Carlos Othon Schlappal, que projetou as largas ruas do centro, quando somente cargueiros (animais de carga, cavalos e muares) conseguiam transitar até o porto de Gravatal (1879). Os colonos estabelecidos em Braço do Norte, acompanhados pelo padre Guilherme Roer, estabeleceram-se onde está situado atualmente o centro de São Ludgero;
- Collaçópolis, devido ao Coronel Collaço, de acordo com lei do ano 1926;
- Braço do Norte, denominação definitiva fixada por lei do ano 1928.
Primitivos habitantes: os bugres
Os índios das matas do vale do Braço do Norte não eram carijós. Entre o litoral e a serra viviam os bugres, xoklengs, botocudos e aweikomas, os últimos senhores primitivos das terras do vale. No vale do Braço do Norte jamais foi feita qualquer tentativa séria de pacificação.
Ocupação inicial do Vale do Braço do Norte
A ocupação do vale do Braço do Norte iniciou com a abertura de um caminho dos tropeiros do Planalto Serrano até o Porto de Laguna em 1773, passando então pelas margens do rio Tubarão onde aflui o rio Braço do Norte, localidade conhecida como Barra do Norte. A evolução de sua ocupação foi mapeada pelo trabalho investigativo do padre João Leonir Dall'Alba.
Caminho dos Tropeiros - Serra do Imaruí
Na grafia antiga, Imaruí era grafado como Imaruhy e Maroim.
Por alvará de 9 de setembro de 1820, Lages, então pertencente à capitania de São Paulo, teve seu território transferido para a capitania de Santa Catarina. Fato este que ativou o tráfego de mercadorias entre o planalto e o litoral catarinense, transportadas sobre o lombo de animais de montaria. Sobre a ligação entre o planalto serrano catarinense (Lages) e seu litoral sul (Laguna), passando pelo vale do Braço do Norte, estabelecem dois registros do historiador João Leonir Dall'Alba:
- Talvez ainda na primeira metade do século XIX abriu-se nova serra e nova estrada, esta pela Serra do Imaruí, nome que lhe foi atribuído quase na certeza por tratar-se de estrada de tropas que contornava a lagoa de Imaruí e passava em Imaruí.
- Via de ligação entre o planalto serrano catarinense e o litoral, o caminho das tropas, aberto mais a casco que a picareta, conduz até o Porto de Gravatal ou diretamente à Lagoa de Imaruí. No caminho um único morador, no atual Lado da União, o famigerado ex-revolucionário Guerrilha. Isto por volta de 1840.
Era a estrada dos serranos, ou estrada do Imaruí. Partindo da localidade que lhe deu o nome, passava nas proximidades do atual Braço do Norte e, alcançando e margeando o rio Laranjeiras, escalava os contrafortes da Serra Geral, pelas fraldas do Morro da Igreja. Estrada de tropas, mas de Gravatal a Braço do Norte prestava-se a carro de boi. O Gravatal, aliás, era um centro de irradiação de estradas: Para a serra, para Imaruí, para Teresópolis, para a vila de Tubarão. Sem contar sua via principal, o rio Capivari, que conduzia a maioria dos produtos coloniais para Laguna. A canoa era o meio de condução mais rápido e cômodo, largamente utilizada por todos. Canoas escavadas em grandes troncos, guarnecidas de tábuas na parte superior. Impulsionadas a remo, puxadas da praia ou, nos campos de Piratuba e da Laguna, tocadas a vela.
Guerrilha
José Mariano Guerrilha, proveniente de Lages, fugindo com os rebeldes farroupilhas após a entrada das forças legalistas em 1838, estabelece-se com venda e pousada de tropas na margem direita do rio Braço do Norte, no caminho da Serra do Imaruí, no atual bairro Lado da União, ocupando terras como posseiro.
História
Em abril de 1862, fixaram-se no local onde hoje se encontra a cidade de Braço do Norte os primeiros povoadores.
Procedentes da antiga Desterro, atual Florianópolis, Tomaz Pinto, após haver cometido crime de morte, rumou, acompanhado de Manoel Nazário Corrêa, José Marculino Rosa, Leandro Demétrio e suas famílias por trilhas, na direção de Imaruí, de lá para a cidade de Laguna, e desta para Tubarão, cruzando o rio Braço de Cima (antigo nome do Rio Braço do Norte) na altura da localidade de Pedrinhas, estabelecendo-se, após quatro dias de viagem. Ao agrupamento deram o nome de “Quadro do Norte”. Ali fixados, abriram nova picada na direção de São Sebastião de Gravatá (atual Gravatal), aonde iam periodicamente à procura de provisões.
Três anos mais tarde, em 1865, provindos de Tubarão, chegaram os primeiros moradores de São Ludgero, situado a 9 km da povoação principal. Eram eles: Pedro Zeferino, Tomaz da Silva, Marcos Fernandes de Lima e Pedro Martins de Souza.
Em 1870, com a influência de colonos alemães conduzidos à região pelo Padre Guilherme Roher, conseguiram junto ao Imperador Dom Pedro II, doações de terra no vale, dando início ao desenvolvimento de Braço do Norte. Em 1875 chegaram os italianos. E, no ano seguinte, 1876 os portugueses.
Em 1877 as terras foram demarcadas pelo agrimensor Carlos Othon Schlappal. Em junho de 1926, Braço do Norte recebeu o nome de Collaçopolis, em homenagem a um ex- prefeito de Tubarão.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Braço do Norte, por Decreto Estadual n.º 152, de 17 de maio de 1892, subordinado de Tubarão.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Braço do Norte figura no município de Tubarão.
Pela Lei Municipal de agosto de 1922, o distrito de Braço do Norte passou a denominar-se Colaçópolis.
Pela Lei Municipal n.º 149, de 26 de junho de 1928, o distrito de Colaçópolis voltou a denominar-se Braço do Norte.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Braço do Norte figura no município de Tubarão.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o distrito de Braço do Norte figura no município de Tubarão.
Elevado à categoria de município com a denominação de Braço do Norte, pela Lei Estadual n.º 1.022, de 30 de novembro de 1953, desmembrado de Tubarão. Sede no antigo distrito de Braço do Norte. Constituído de 2 distritos: Braço do Norte e Rio Fortuna.
Pelo Acordão do Supremo Tribunal Federal de 1º de dezembro de 1954, o município de Braço do Norte foi extinto, sendo seu território anexado ao município de Tubarão.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Braço do Norte, pela Lei Estadual n.º 231, de 22 de outubro de 1955, desmembrado de Tubarão. Sede no antigo distrito de Braço do Norte. Constituído de 2 distritos: Braço do Norte e Rio Fortuna. Instalado em 26 de novembro de 1955.
Pela Lei Municipal n.º 348, de 21 de junho de 1958, é desmembrado do município de Braço Forte o distrito de Rio Fortuna. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Sesmarias de Rabello e dos Mirandas
Os atuais distritos de Barra do Norte (São Ludgero) e Ilhota (Orleans) foram as primeiras terras efetivamente ocupadas no vale do Braço do Norte, por duas famílias que obtiveram grandes extensões de terra, em 1839: as sesmarias de Rabello e dos Mirandas. No Arquivo Nacional, documento 54 da caixa 1148, lavra de João Leonir Dall'Alba, consta: "Terra do Rabello". A primitiva concessão, na foz do rio Braço do Norte com o Tubarão, limitava-se com estes rios. Subia o Tubarão, até alcançar a linha Miranda, e o Braço do Norte, até o rio Mar Grosso. Em 1860 já fora subdividida entre herdeiros: na Barra do Norte, Francisco Rabello Vieira. Seguia-se-lhe, Tubarão acima, José Antônio Amorim, Manuel Pereira Gomes, Ana Carolina de Figueiredo, Ana Garcia e Manuel Domingos de Oliveira. Em frente, na outra margem, morava Marcos Fernandes.
Antes porém, em 1807, uma sesmaria tinha sido concedida a José de Souza Pacheco, na margem direita do rio Tubarão, na região do atual Pindotiba.
Gravatal
No curso da penetração conquistadora da região, em 1842 instala-se em Gravatal João Martins de Souza. Mais tarde, usando canoas para fazer o transporte de mercadorias pelo rio Capivari, foi o fundador do Porto de Gravatal, transportando os colonizadores das terras do Braço do Norte e da Colônia Grão Pará, e depois levando por via fluvial seus produtos para comercialização no Porto de Laguna.
Registro de Robert Christian Avé-Lallemant
O médico e viajante alemão Robert Christian Avé-Lallemant esteve de 5 a 7 de junho de 1858 em Tubarão, onde foi hóspede do Coronel Collaço, que na época era capitão da Guarda Nacional. Partiu em 7 de junho de 1858 para Lages, passando por Pindotiba, na época denominada Raposa, e seguindo o Rio Tubarão até suas nascentes na Serra Geral. Sobre o início de sua viagem ao longo do rio Tubarão descreve: "... O braço principal do rio já está cultivado até Raposa; mas, a partir dali, tudo está no mato e no silêncio da natureza, embora aquelas brenhas ocultem maravilhosos pedaços de terra, capazes de melhor cultura. Há um braço setentrional do rio, com a sua zona florestal, inteiramente inaproveitado. Dali parte uma via fluvial para o pequeníssimo tráfego do planalto. O Braço do Norte reúne as mais belas terras de pastagem à planície do Capivari; ali está escondido o germe de uma colônia alemã, na qual fique em equilíbrio a lavoura e a criação de gado."
Distrito de Rio Bonito
Em 1860 instalam-se no atual distrito de Rio Bonito, vindo por Gravatal, Manoel Augusto, Francisco Sombrio, Jerônimo André, o velho Sabino, João Costa, Manoel Ferreira e Antônio Geremias. Nesta época foi aberta uma estrada para tropas e carro de boi.
Pioneiros do Quadro do Norte
Em 1862 Tomás Pinto interna-se nas matas do Vale do Braço do Norte, fugindo da justiça, após cometer um crime de morte em Desterro. Acompanham-no José Marcolino da Rosa, Leandro Demétrio e Manuel Nazário Correia, com as respectivas famílias.
Barra do Norte
Os Rabello e Miranda foram os primeiros a obter terras na região, em 1839. Em 1865, provindos de Tubarão, estabeleceram-se na Barra do Norte Pedro Zeferino, Tomás da Silva, Marcos Fernandes de Lima e Pedro Martins de Sousa. Em 1908 foi feita uma balsa, em frente a Pedrinhas. Foi depois aberta a estação Braço do Norte da Estrada de Ferro Donna Thereza Christina.
Sesmaria Gaspar Xavier Neves
Na confluência do rio Bonito com o rio Braço do Norte havia uma sesmaria do coronel Gaspar Xavier Neves, desde o rio Capivari (em Gravatal). Gaspar Xavier Neves foi um sesmeiro que não se instalou nestas suas terras e nem seus descendentes lá estiveram. O agrimensor Carlos Othon Schlappal relata que "estas terras foram deixadas em mata, também pelos herdeiros". A rodovia SC-438, do bairro Trevo de Braço do Norte seguindo para Gravatal percorre suas antigas terras, sobre o caminho aberto pelos tropeiros da Serra do Imaruí, ligando Braço do Norte ao Porto de Gravatal.
Travessão
No atual bairro Travessão (sua denominação provém da faixa de terras conhecida como Travessão dos Neves, relativo à família de Gaspar Xavier Neves, faixa esta que se estendia desde Braço do Norte até Gravatal), atual distrito de Braço do Norte, residia na época da instalação das 52 famílias de colonos alemãs o capitão Vasco Fernandes de Oliveira.
Estrada de Ferro Donna Thereza Christina
A Estrada de Ferro Donna Thereza Christina, inaugurada em 1884, teve seu ramal de Tubarão a Lauro Müller destruído definitivamente na catastrófica Enchente em Tubarão em 1974. Esta via férrea foi severamente marcada por diversas enchentes, registrando-se em maio de 1887 a destruição parcial da ponte de João Rabelo no km 96,400 em Orleans, e o desabamento de parte do paredão Miranda no km 86,600.
Tropeiros
Os tropeiros que comerciavam na região eram provenientes dos Campos de Lages, que se deslocavam com as tropas e o gado, seguindo rumo até Laguna, por picadas barrentas coleando entre cem quilômetros de floresta.
Os serranos comerciavam muito com os colonos. Braço do Norte e São Ludgero eram passagens quase obrigatórias para as tropas que descessem a serra pela Estrada do Imaruí. Traziam charque, couros, pinhão, queijo e frutas. Pera e maçã eram a delícia dos colonos. Com os alemães comerciavam muito era fruta seca, melhor, maçã cortada em fatias, secadas ao sol. Aqui eram muito usadas em sopas de maçã. Os tropeiros levavam daqui farinha, ferramentas, açúcar de cana, barris de cachaça e tudo o que era provisão do comércio. Até de Lages e mesmo de Campos Novos vinham os serranos e comerciantes abastecer seus estoques na região. Fazendas, sal e ferragens, em geral, em Laguna. Mas farinha, açúcar e cana era na colônia. Tropas de gado era de não acabar mais. Quinhentas e mais cabeças. Até de Bom Jesus e Vacaria vinham. Trocava-se um boi velho por garrote ou uma novilha, comprava-se uma mula de cargueiro ou um cavalo de montaria. Mas o grosso do gado ia para as charqueadas de Laguna e Tubarão, para os campos de Pirituba.
A Colônia Espontânea do Braço do Norte
A origem do atual município de Braço do Norte remonta ao deslocamento de colonos alemães assentados inicialmente na região da Colônia Teresópolis, de relevo inóspito à agricultura, que em busca de melhores terras foram conduzidos pelo padre Guilherme Roer para assentar-se na região do atual município de São Ludgero, às margens do rio Braço do Norte, entre dois núcleos coloniais portugueses fixados um na Barra do Norte, foz do rio Braço do Norte no rio Tubarão, e outro no atual centro de Braço do Norte, na margem esquerda do rio Braço do Norte, diretamente oposta à antiga hospedaria de Manoel Guerrilha, no caminho lageano da Serra do Imaruí.
A colônia espontânea do Braço do Norte teve seu começo em 1873, com 52 famílias alemãs. Não foi uma colônia oficialmente estabelecida com incentivos imperiais. O colono pagou meio real pela braça quadrada, estabelecendo-se nos dois lados do rio Braço do Norte. Os lotes foram medidos a partir da Barra do Norte em ambas as margens do rio, respeitando pela margem direita as terras da concessão Rabello. Mediam 150 braças de frente por 833 e 1/3 braças de fundo, totalizando 125000 braças quadradas. Assim, cada lote custou apenas 62$500 réis (62 mil e quinhentos réis).
Entraram pela Barra (do Norte)... Vieram por Tubarão porque era tudo mata virgem. Um pouco acima da Barra do Norte acharam um morador... foram se lançando para cima, até meia viagem entre a Barra e São Ludgero, e ... começaram a derrubada. Ocuparam ambas as margens. Se alastraram dos dois lados, até a boca do rio Bonito, até o Travessão dos Neves. Dali pra cima já tinha entrado a origem brasileira.
Os alimentos que eles precisavam, sal, café e açúcar, iam comprar em Tubarão. Vendiam seus produtos em Tubarão e Laguna. Eles mesmos foram abrindo as picadas.
Primeiros moradores
Os que primeiro aportaram haviam chegado na Colônia Teresópolis em 1863. A tradição conta que vieram uns quinze fazer uma roça de experiência. Contam que num domingo se atreveram a chegar até o rancho dos brasileiros de Guerrilha. O encontro foi acolhedor. Estes até ficaram animados com a vinda possível de imigrantes alemães. A experiência deu certo. De Tubarão o Coronel Collaço estava interessado que viessem imigrantes povoar esse interior, todo em mata. Só em maio de 1873 veio a comunicação definitiva. A cada um dos signatários concedia-se um lote de terras pelo preço mínimo da lei, meio real a braça quadrada, pouco mais de sessenta mil réis ao lote. Sabendo da notícia os homens e moços signatários da petição e outros em suas pegadas encheram os alforges, afiaram os machados e vieram. Parece que vieram por Tubarão, de onde trouxeram um agrimensor mais ou menos entendido no assunto. Entraram pela Barra do Norte, onde haviam-se estabelecido os brasileiros e logo cada um ocupou um lote, ora à esquerda, ora à direita do rio, acima da Linha Miranda. Seria o mês de junho de 1873.
Um dos primeiros atos sociais dos colonos foi uma missa solene em ação de graças, rezada pelo padre Roer. Foi celebrada à sombra de uma grande figueira, cujas raízes serviram até de confessionário. O altar esteve a cargo da senhorita Ana, filha de Henrique Füchter, mais tarde esposa de Germano Gesing, de cujo matrimônio saiu o primeiro padre filho da terra, o cônego Nicolau Gesing.
Padre Guilherme Roer
Atendendo a vasta região do atual município, o padre Guilherme Roer foi o principal responsável por trazer as famílias dos 52 colonos provenientes da colônia Teresópolis que se fixaram na região, entre a Barra do Norte e Braço do Norte, atualmente o município de São Ludgero.
Coronel Luís Martins Collaço
Luís Martins Collaço, o coronel Collaço, indicou ao padre Guilherme Roer as terras pertencentes então ao município de Tubarão onde foram assentados os colonos alemães fundadores da colônia espontânea do Braço do Norte. Em sua memória é denominada a Praça Coronel Collaço.
Agrimensor Carlos Othon Schlappal
Sobre a planta da sede de Braço do Norte, o documento 8-81 de João Leonir Dall'Alba no seu livro "O Vale do Braço do Norte" relata: "Memorial e explicação da planta da sede da colônia do Rio Braço do Norte, no município de Tubarão, Província de Santa Catarina, pelo engenheiro Carlos Othon Schlappal, 1881:
Ocupando a colônia do rio Braço do Norte desde a junção do dito rio com o Tubarão, o seu vale em ambas as margens, numa extensão de 70 km, sem ter ficado um terreno reservado para a sede do referido núcleo colonial, e tendo um lugar muito próprio para este fim, de propriedade particular, dirigi-me respeitosamente em 15 de janeiro de 1879 ao Exmo. Sr. Presidente da Província, fazendo Sua Excia. ciente da conveniência de efetuar a troca com particulares, por terras pertencentes ao Estado, do lugar onde deve ser a sede do referido núcleo colonial. Por ofício da Presidência de 15 de maio do mesmo ano em resposta ao meu dito Ofício, foi-me enviado por cópia o Aviso do Ministro da Agricultura de 30 de abril do mesmo ano, autorizando a efetuar a referida troca, por terrenos pertencentes ao Estado, para fundar a dita sede, cuja troca, achando-se realizada com Luís Nazário Correia e Francisco de Oliveira Sousa, conforme planta e Ofício que tive honra de dirigir à Presidência, em 18 de outubro de 1879, sendo de uma área de 193 600 km².
A sede acha-se dividida em 89 lotes urbanos, conforme a tabela junta, as ruas com 20 m de largura, e a praça de um quadrado de 220 m de lado.
A planta junto, de que remeti um exemplar à Inspetoria Geral de Terras e Colonização, em 14 de outubro de 1879, que acompanhava o meu projeto, o qual foi aprovado em 17 de dezembro de 1879, e assim tenho efetuada a medição e divisão dos lotes urbanos, que devem ser vendidos por conta do Estado aos requerentes que ali querem edificar casas."
João Leonir Dall'Alba
O padre João Leonir Dall'Alba foi o maior historiador da colonização do Sul Catarinense, abrangendo a região correspondente à Colônia Espontânea do Braço do Norte e Colônia Grão Pará. A cronologia a seguir foi expandida a partir das datas históricas de seu livro "O Vale do Braço do Norte", páginas 275 a 279.
Lei de criação do município
A Lei n° 231, de 22 de outubro de 1955, cria o município de Braço do Norte.
Entretenimento
Braço do Norte já teve dois cinemas, ambos na praça Padre Roer. O mais antigo foi o Cine Guarani, de propriedade de Turíbio Schmidt. O segundo foi o Cine Guadalajara, fundado no início da década de 1970, de propriedade de Martinho Rech. Ambos estão desativados.
Esporte
O "Sete de Setembro" é o clube de futebol tradicional da cidade, fundado na década de 1940.
Geografia
Sua área é de 223,91 km².
O Vale do Braço do Norte tem início na Barra do Norte (afluência do Rio Braço do Norte no Rio Tubarão), no município de São Ludgero, e estende-se até o município de Anitápolis.
A distância até a capital Florianópolis é de 170 km, seguindo inicialmente no sentido sul até Tubarão e então no sentido norte pela BR-101. A distância até a capital pode ser reduzida a 150 km, partindo de Braço do Norte a Rio Fortuna, passando por São Bonifácio, e prosseguindo então pela BR-282 até Florianópolis. O inconveniente deste percurso são os 48 km entre Rio Fortuna e São Bonifácio, pois a estrada é em leito natural e repleta de curvas.
Altitude
A sede do município está situada a 75 metros de altitude acima do nível do mar. (Turismo Braço do Norte) O relevo de Braço do Norte é variado: há áreas planas e de várgea (especialmente ao redor do rio), além de vales, morros e encostas — sobretudo nas partes mais próximas à Serra Geral.
Solos
Os solos do município são férteis, adequados para agricultura, com bom teor de nutrientes em muitas áreas, principalmente nas planícies e vales, embora em encostas ou morros possa haver solos mais rasos ou com menor profundidade.
Os primeiros moradores a fixarem-se na região, ao longo do rio Braço do Norte, entre a Barra do Norte e o atual centro de Braço do Norte, estabeleceram-se oficialmente em 1873, guiados pelo padre Guilherme Roer. Fundaram a Colônia Espontânea do Braço do Norte.
Braço do Norte foi desmembrado de Tubarão em 1955. De Braço do Norte foram desmembrados: Rio Fortuna, em 21 de junho de 1958; Santa Rosa de Lima, em 10 de maio de 1962 e São Ludgero, em 12 de junho de 1962.
O centro de Braço do Norte localiza-se principalmente entre e no entorno das praças Padre Roer e Coronel Collaço.
Toponímia
A origem do topônimo Braço do Norte provém da época da conquista de terras a montante do rio Tubarão após a ocupação do atual centro da cidade de Tubarão, quando os desbravadores encontraram a foz do atual rio Braço do Norte no rio Tubarão, braço fluindo do norte geográfico, no atual distrito de Barra do Norte pertencente ao município de São Ludgero. A partir do início do século XIX, com a subsequente abertura de caminhos para Lages por tropeiros serranos, quando Lages foi integrada à Capitania de Santa Catarina em 1820, um desses caminhos foi a estrada da Serra do Imaruí, partindo do rio Tubarão em sentido norte e margeando o rio Braço do Norte passando em Braço do Norte no atual bairro Lado da União, onde Guerrilha instalou uma pousada destinada aos tropeiros.
O atual município de Braço do Norte, a primeira colonização alemã no litoral sul de Santa Catarina, teve diferentes denominações:
- Guerrilha, devido ao posseiro José Mariano Guerrilha (1839);
- Quadro do Norte, devido ao formato de suas quadras, projeto do agrimensor Carlos Othon Schlappal, que projetou as largas ruas do centro, quando somente cargueiros (animais de carga, cavalos e muares) conseguiam transitar até o porto de Gravatal (1879). Os colonos estabelecidos em Braço do Norte, acompanhados pelo padre Guilherme Roer, estabeleceram-se onde está situado atualmente o centro de São Ludgero;
- Collaçópolis, devido ao Coronel Collaço, de acordo com lei do ano 1926;
- Braço do Norte, denominação definitiva fixada por lei do ano 1928.
Primitivos habitantes: os bugres
Os índios das matas do vale do Braço do Norte não eram carijós. Entre o litoral e a serra viviam os bugres, xoklengs, botocudos e aweikomas, os últimos senhores primitivos das terras do vale. No vale do Braço do Norte jamais foi feita qualquer tentativa séria de pacificação.
Ocupação inicial do Vale do Braço do Norte
A ocupação do vale do Braço do Norte iniciou com a abertura de um caminho dos tropeiros do Planalto Serrano até o Porto de Laguna em 1773, passando então pelas margens do rio Tubarão onde aflui o rio Braço do Norte, localidade conhecida como Barra do Norte. A evolução de sua ocupação foi mapeada pelo trabalho investigativo do padre João Leonir Dall'Alba.
Caminho dos Tropeiros - Serra do Imaruí
Na grafia antiga, Imaruí era grafado como Imaruhy e Maroim.
Por alvará de 9 de setembro de 1820, Lages, então pertencente à capitania de São Paulo, teve seu território transferido para a capitania de Santa Catarina. Fato este que ativou o tráfego de mercadorias entre o planalto e o litoral catarinense, transportadas sobre o lombo de animais de montaria. Sobre a ligação entre o planalto serrano catarinense (Lages) e seu litoral sul (Laguna), passando pelo vale do Braço do Norte, estabelecem dois registros do historiador João Leonir Dall'Alba:
- Talvez ainda na primeira metade do século XIX abriu-se nova serra e nova estrada, esta pela Serra do Imaruí, nome que lhe foi atribuído quase na certeza por tratar-se de estrada de tropas que contornava a lagoa de Imaruí e passava em Imaruí.
- Via de ligação entre o planalto serrano catarinense e o litoral, o caminho das tropas, aberto mais a casco que a picareta, conduz até o Porto de Gravatal ou diretamente à Lagoa de Imaruí. No caminho um único morador, no atual Lado da União, o famigerado ex-revolucionário Guerrilha. Isto por volta de 1840.
Era a estrada dos serranos, ou estrada do Imaruí. Partindo da localidade que lhe deu o nome, passava nas proximidades do atual Braço do Norte e, alcançando e margeando o rio Laranjeiras, escalava os contrafortes da Serra Geral, pelas fraldas do Morro da Igreja. Estrada de tropas, mas de Gravatal a Braço do Norte prestava-se a carro de boi. O Gravatal, aliás, era um centro de irradiação de estradas: Para a serra, para Imaruí, para Teresópolis, para a vila de Tubarão. Sem contar sua via principal, o rio Capivari, que conduzia a maioria dos produtos coloniais para Laguna. A canoa era o meio de condução mais rápido e cômodo, largamente utilizada por todos. Canoas escavadas em grandes troncos, guarnecidas de tábuas na parte superior. Impulsionadas a remo, puxadas da praia ou, nos campos de Piratuba e da Laguna, tocadas a vela.
Guerrilha
José Mariano Guerrilha, proveniente de Lages, fugindo com os rebeldes farroupilhas após a entrada das forças legalistas em 1838, estabelece-se com venda e pousada de tropas na margem direita do rio Braço do Norte, no caminho da Serra do Imaruí, no atual bairro Lado da União, ocupando terras como posseiro.
História
Em abril de 1862, fixaram-se no local onde hoje se encontra a cidade de Braço do Norte os primeiros povoadores.
Procedentes da antiga Desterro, atual Florianópolis, Tomaz Pinto, após haver cometido crime de morte, rumou, acompanhado de Manoel Nazário Corrêa, José Marculino Rosa, Leandro Demétrio e suas famílias por trilhas, na direção de Imaruí, de lá para a cidade de Laguna, e desta para Tubarão, cruzando o rio Braço de Cima (antigo nome do Rio Braço do Norte) na altura da localidade de Pedrinhas, estabelecendo-se, após quatro dias de viagem. Ao agrupamento deram o nome de “Quadro do Norte”. Ali fixados, abriram nova picada na direção de São Sebastião de Gravatá (atual Gravatal), aonde iam periodicamente à procura de provisões.
Três anos mais tarde, em 1865, provindos de Tubarão, chegaram os primeiros moradores de São Ludgero, situado a 9 km da povoação principal. Eram eles: Pedro Zeferino, Tomaz da Silva, Marcos Fernandes de Lima e Pedro Martins de Souza.
Em 1870, com a influência de colonos alemães conduzidos à região pelo Padre Guilherme Roher, conseguiram junto ao Imperador Dom Pedro II, doações de terra no vale, dando início ao desenvolvimento de Braço do Norte. Em 1875 chegaram os italianos. E, no ano seguinte, 1876 os portugueses.
Em 1877 as terras foram demarcadas pelo agrimensor Carlos Othon Schlappal. Em junho de 1926, Braço do Norte recebeu o nome de Collaçopolis, em homenagem a um ex- prefeito de Tubarão.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Braço do Norte, por Decreto Estadual n.º 152, de 17 de maio de 1892, subordinado de Tubarão.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Braço do Norte figura no município de Tubarão.
Pela Lei Municipal de agosto de 1922, o distrito de Braço do Norte passou a denominar-se Colaçópolis.
Pela Lei Municipal n.º 149, de 26 de junho de 1928, o distrito de Colaçópolis voltou a denominar-se Braço do Norte.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Braço do Norte figura no município de Tubarão.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o distrito de Braço do Norte figura no município de Tubarão.
Elevado à categoria de município com a denominação de Braço do Norte, pela Lei Estadual n.º 1.022, de 30 de novembro de 1953, desmembrado de Tubarão. Sede no antigo distrito de Braço do Norte. Constituído de 2 distritos: Braço do Norte e Rio Fortuna.
Pelo Acordão do Supremo Tribunal Federal de 1º de dezembro de 1954, o município de Braço do Norte foi extinto, sendo seu território anexado ao município de Tubarão.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Braço do Norte, pela Lei Estadual n.º 231, de 22 de outubro de 1955, desmembrado de Tubarão. Sede no antigo distrito de Braço do Norte. Constituído de 2 distritos: Braço do Norte e Rio Fortuna. Instalado em 26 de novembro de 1955.
Pela Lei Municipal n.º 348, de 21 de junho de 1958, é desmembrado do município de Braço Forte o distrito de Rio Fortuna. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Sesmarias de Rabello e dos Mirandas
Os atuais distritos de Barra do Norte (São Ludgero) e Ilhota (Orleans) foram as primeiras terras efetivamente ocupadas no vale do Braço do Norte, por duas famílias que obtiveram grandes extensões de terra, em 1839: as sesmarias de Rabello e dos Mirandas. No Arquivo Nacional, documento 54 da caixa 1148, lavra de João Leonir Dall'Alba, consta: "Terra do Rabello". A primitiva concessão, na foz do rio Braço do Norte com o Tubarão, limitava-se com estes rios. Subia o Tubarão, até alcançar a linha Miranda, e o Braço do Norte, até o rio Mar Grosso. Em 1860 já fora subdividida entre herdeiros: na Barra do Norte, Francisco Rabello Vieira. Seguia-se-lhe, Tubarão acima, José Antônio Amorim, Manuel Pereira Gomes, Ana Carolina de Figueiredo, Ana Garcia e Manuel Domingos de Oliveira. Em frente, na outra margem, morava Marcos Fernandes.
Antes porém, em 1807, uma sesmaria tinha sido concedida a José de Souza Pacheco, na margem direita do rio Tubarão, na região do atual Pindotiba.
Gravatal
No curso da penetração conquistadora da região, em 1842 instala-se em Gravatal João Martins de Souza. Mais tarde, usando canoas para fazer o transporte de mercadorias pelo rio Capivari, foi o fundador do Porto de Gravatal, transportando os colonizadores das terras do Braço do Norte e da Colônia Grão Pará, e depois levando por via fluvial seus produtos para comercialização no Porto de Laguna.
Registro de Robert Christian Avé-Lallemant
O médico e viajante alemão Robert Christian Avé-Lallemant esteve de 5 a 7 de junho de 1858 em Tubarão, onde foi hóspede do Coronel Collaço, que na época era capitão da Guarda Nacional. Partiu em 7 de junho de 1858 para Lages, passando por Pindotiba, na época denominada Raposa, e seguindo o Rio Tubarão até suas nascentes na Serra Geral. Sobre o início de sua viagem ao longo do rio Tubarão descreve: "... O braço principal do rio já está cultivado até Raposa; mas, a partir dali, tudo está no mato e no silêncio da natureza, embora aquelas brenhas ocultem maravilhosos pedaços de terra, capazes de melhor cultura. Há um braço setentrional do rio, com a sua zona florestal, inteiramente inaproveitado. Dali parte uma via fluvial para o pequeníssimo tráfego do planalto. O Braço do Norte reúne as mais belas terras de pastagem à planície do Capivari; ali está escondido o germe de uma colônia alemã, na qual fique em equilíbrio a lavoura e a criação de gado."
Distrito de Rio Bonito
Em 1860 instalam-se no atual distrito de Rio Bonito, vindo por Gravatal, Manoel Augusto, Francisco Sombrio, Jerônimo André, o velho Sabino, João Costa, Manoel Ferreira e Antônio Geremias. Nesta época foi aberta uma estrada para tropas e carro de boi.
Pioneiros do Quadro do Norte
Em 1862 Tomás Pinto interna-se nas matas do Vale do Braço do Norte, fugindo da justiça, após cometer um crime de morte em Desterro. Acompanham-no José Marcolino da Rosa, Leandro Demétrio e Manuel Nazário Correia, com as respectivas famílias.
Barra do Norte
Os Rabello e Miranda foram os primeiros a obter terras na região, em 1839. Em 1865, provindos de Tubarão, estabeleceram-se na Barra do Norte Pedro Zeferino, Tomás da Silva, Marcos Fernandes de Lima e Pedro Martins de Sousa. Em 1908 foi feita uma balsa, em frente a Pedrinhas. Foi depois aberta a estação Braço do Norte da Estrada de Ferro Donna Thereza Christina.
Sesmaria Gaspar Xavier Neves
Na confluência do rio Bonito com o rio Braço do Norte havia uma sesmaria do coronel Gaspar Xavier Neves, desde o rio Capivari (em Gravatal). Gaspar Xavier Neves foi um sesmeiro que não se instalou nestas suas terras e nem seus descendentes lá estiveram. O agrimensor Carlos Othon Schlappal relata que "estas terras foram deixadas em mata, também pelos herdeiros". A rodovia SC-438, do bairro Trevo de Braço do Norte seguindo para Gravatal percorre suas antigas terras, sobre o caminho aberto pelos tropeiros da Serra do Imaruí, ligando Braço do Norte ao Porto de Gravatal.
Travessão
No atual bairro Travessão (sua denominação provém da faixa de terras conhecida como Travessão dos Neves, relativo à família de Gaspar Xavier Neves, faixa esta que se estendia desde Braço do Norte até Gravatal), atual distrito de Braço do Norte, residia na época da instalação das 52 famílias de colonos alemãs o capitão Vasco Fernandes de Oliveira.
Estrada de Ferro Donna Thereza Christina
A Estrada de Ferro Donna Thereza Christina, inaugurada em 1884, teve seu ramal de Tubarão a Lauro Müller destruído definitivamente na catastrófica Enchente em Tubarão em 1974. Esta via férrea foi severamente marcada por diversas enchentes, registrando-se em maio de 1887 a destruição parcial da ponte de João Rabelo no km 96,400 em Orleans, e o desabamento de parte do paredão Miranda no km 86,600.
Tropeiros
Os tropeiros que comerciavam na região eram provenientes dos Campos de Lages, que se deslocavam com as tropas e o gado, seguindo rumo até Laguna, por picadas barrentas coleando entre cem quilômetros de floresta.
Os serranos comerciavam muito com os colonos. Braço do Norte e São Ludgero eram passagens quase obrigatórias para as tropas que descessem a serra pela Estrada do Imaruí. Traziam charque, couros, pinhão, queijo e frutas. Pera e maçã eram a delícia dos colonos. Com os alemães comerciavam muito era fruta seca, melhor, maçã cortada em fatias, secadas ao sol. Aqui eram muito usadas em sopas de maçã. Os tropeiros levavam daqui farinha, ferramentas, açúcar de cana, barris de cachaça e tudo o que era provisão do comércio. Até de Lages e mesmo de Campos Novos vinham os serranos e comerciantes abastecer seus estoques na região. Fazendas, sal e ferragens, em geral, em Laguna. Mas farinha, açúcar e cana era na colônia. Tropas de gado era de não acabar mais. Quinhentas e mais cabeças. Até de Bom Jesus e Vacaria vinham. Trocava-se um boi velho por garrote ou uma novilha, comprava-se uma mula de cargueiro ou um cavalo de montaria. Mas o grosso do gado ia para as charqueadas de Laguna e Tubarão, para os campos de Pirituba.
A Colônia Espontânea do Braço do Norte
A origem do atual município de Braço do Norte remonta ao deslocamento de colonos alemães assentados inicialmente na região da Colônia Teresópolis, de relevo inóspito à agricultura, que em busca de melhores terras foram conduzidos pelo padre Guilherme Roer para assentar-se na região do atual município de São Ludgero, às margens do rio Braço do Norte, entre dois núcleos coloniais portugueses fixados um na Barra do Norte, foz do rio Braço do Norte no rio Tubarão, e outro no atual centro de Braço do Norte, na margem esquerda do rio Braço do Norte, diretamente oposta à antiga hospedaria de Manoel Guerrilha, no caminho lageano da Serra do Imaruí.
A colônia espontânea do Braço do Norte teve seu começo em 1873, com 52 famílias alemãs. Não foi uma colônia oficialmente estabelecida com incentivos imperiais. O colono pagou meio real pela braça quadrada, estabelecendo-se nos dois lados do rio Braço do Norte. Os lotes foram medidos a partir da Barra do Norte em ambas as margens do rio, respeitando pela margem direita as terras da concessão Rabello. Mediam 150 braças de frente por 833 e 1/3 braças de fundo, totalizando 125000 braças quadradas. Assim, cada lote custou apenas 62$500 réis (62 mil e quinhentos réis).
Entraram pela Barra (do Norte)... Vieram por Tubarão porque era tudo mata virgem. Um pouco acima da Barra do Norte acharam um morador... foram se lançando para cima, até meia viagem entre a Barra e São Ludgero, e ... começaram a derrubada. Ocuparam ambas as margens. Se alastraram dos dois lados, até a boca do rio Bonito, até o Travessão dos Neves. Dali pra cima já tinha entrado a origem brasileira.
Os alimentos que eles precisavam, sal, café e açúcar, iam comprar em Tubarão. Vendiam seus produtos em Tubarão e Laguna. Eles mesmos foram abrindo as picadas.
Primeiros moradores
Os que primeiro aportaram haviam chegado na Colônia Teresópolis em 1863. A tradição conta que vieram uns quinze fazer uma roça de experiência. Contam que num domingo se atreveram a chegar até o rancho dos brasileiros de Guerrilha. O encontro foi acolhedor. Estes até ficaram animados com a vinda possível de imigrantes alemães. A experiência deu certo. De Tubarão o Coronel Collaço estava interessado que viessem imigrantes povoar esse interior, todo em mata. Só em maio de 1873 veio a comunicação definitiva. A cada um dos signatários concedia-se um lote de terras pelo preço mínimo da lei, meio real a braça quadrada, pouco mais de sessenta mil réis ao lote. Sabendo da notícia os homens e moços signatários da petição e outros em suas pegadas encheram os alforges, afiaram os machados e vieram. Parece que vieram por Tubarão, de onde trouxeram um agrimensor mais ou menos entendido no assunto. Entraram pela Barra do Norte, onde haviam-se estabelecido os brasileiros e logo cada um ocupou um lote, ora à esquerda, ora à direita do rio, acima da Linha Miranda. Seria o mês de junho de 1873.
Um dos primeiros atos sociais dos colonos foi uma missa solene em ação de graças, rezada pelo padre Roer. Foi celebrada à sombra de uma grande figueira, cujas raízes serviram até de confessionário. O altar esteve a cargo da senhorita Ana, filha de Henrique Füchter, mais tarde esposa de Germano Gesing, de cujo matrimônio saiu o primeiro padre filho da terra, o cônego Nicolau Gesing.
Padre Guilherme Roer
Atendendo a vasta região do atual município, o padre Guilherme Roer foi o principal responsável por trazer as famílias dos 52 colonos provenientes da colônia Teresópolis que se fixaram na região, entre a Barra do Norte e Braço do Norte, atualmente o município de São Ludgero.
Coronel Luís Martins Collaço
Luís Martins Collaço, o coronel Collaço, indicou ao padre Guilherme Roer as terras pertencentes então ao município de Tubarão onde foram assentados os colonos alemães fundadores da colônia espontânea do Braço do Norte. Em sua memória é denominada a Praça Coronel Collaço.
Agrimensor Carlos Othon Schlappal
Sobre a planta da sede de Braço do Norte, o documento 8-81 de João Leonir Dall'Alba no seu livro "O Vale do Braço do Norte" relata: "Memorial e explicação da planta da sede da colônia do Rio Braço do Norte, no município de Tubarão, Província de Santa Catarina, pelo engenheiro Carlos Othon Schlappal, 1881:
Ocupando a colônia do rio Braço do Norte desde a junção do dito rio com o Tubarão, o seu vale em ambas as margens, numa extensão de 70 km, sem ter ficado um terreno reservado para a sede do referido núcleo colonial, e tendo um lugar muito próprio para este fim, de propriedade particular, dirigi-me respeitosamente em 15 de janeiro de 1879 ao Exmo. Sr. Presidente da Província, fazendo Sua Excia. ciente da conveniência de efetuar a troca com particulares, por terras pertencentes ao Estado, do lugar onde deve ser a sede do referido núcleo colonial. Por ofício da Presidência de 15 de maio do mesmo ano em resposta ao meu dito Ofício, foi-me enviado por cópia o Aviso do Ministro da Agricultura de 30 de abril do mesmo ano, autorizando a efetuar a referida troca, por terrenos pertencentes ao Estado, para fundar a dita sede, cuja troca, achando-se realizada com Luís Nazário Correia e Francisco de Oliveira Sousa, conforme planta e Ofício que tive honra de dirigir à Presidência, em 18 de outubro de 1879, sendo de uma área de 193 600 km².
A sede acha-se dividida em 89 lotes urbanos, conforme a tabela junta, as ruas com 20 m de largura, e a praça de um quadrado de 220 m de lado.
A planta junto, de que remeti um exemplar à Inspetoria Geral de Terras e Colonização, em 14 de outubro de 1879, que acompanhava o meu projeto, o qual foi aprovado em 17 de dezembro de 1879, e assim tenho efetuada a medição e divisão dos lotes urbanos, que devem ser vendidos por conta do Estado aos requerentes que ali querem edificar casas."
João Leonir Dall'Alba
O padre João Leonir Dall'Alba foi o maior historiador da colonização do Sul Catarinense, abrangendo a região correspondente à Colônia Espontânea do Braço do Norte e Colônia Grão Pará. A cronologia a seguir foi expandida a partir das datas históricas de seu livro "O Vale do Braço do Norte", páginas 275 a 279.
Lei de criação do município
A Lei n° 231, de 22 de outubro de 1955, cria o município de Braço do Norte.
Entretenimento
Braço do Norte já teve dois cinemas, ambos na praça Padre Roer. O mais antigo foi o Cine Guarani, de propriedade de Turíbio Schmidt. O segundo foi o Cine Guadalajara, fundado no início da década de 1970, de propriedade de Martinho Rech. Ambos estão desativados.
Esporte
O "Sete de Setembro" é o clube de futebol tradicional da cidade, fundado na década de 1940.
Geografia
Sua área é de 223,91 km².
O Vale do Braço do Norte tem início na Barra do Norte (afluência do Rio Braço do Norte no Rio Tubarão), no município de São Ludgero, e estende-se até o município de Anitápolis.
A distância até a capital Florianópolis é de 170 km, seguindo inicialmente no sentido sul até Tubarão e então no sentido norte pela BR-101. A distância até a capital pode ser reduzida a 150 km, partindo de Braço do Norte a Rio Fortuna, passando por São Bonifácio, e prosseguindo então pela BR-282 até Florianópolis. O inconveniente deste percurso são os 48 km entre Rio Fortuna e São Bonifácio, pois a estrada é em leito natural e repleta de curvas.
Altitude
A sede do município está situada a 75 metros de altitude acima do nível do mar. (Turismo Braço do Norte) O relevo de Braço do Norte é variado: há áreas planas e de várgea (especialmente ao redor do rio), além de vales, morros e encostas — sobretudo nas partes mais próximas à Serra Geral.
Solos
Os solos do município são férteis, adequados para agricultura, com bom teor de nutrientes em muitas áreas, principalmente nas planícies e vales, embora em encostas ou morros possa haver solos mais rasos ou com menor profundidade.
Vegetação
A vegetação nativa de Braço do Norte pertence ao bioma da Mata Atlântica, com remanescentes de mata de encosta, floresta ciliar ao redor dos rios, vegetação de encostas serranas, e em áreas mais baixas, vegetação litorânea ou influenciada pelo clima úmido, ventos marítimos e proximidade do litoral. Há preservações de remanescentes naturais, embora muitas áreas já estejam ocupadas pela agricultura, pastagens ou uso urbano.
Clima
Em Braço do Norte, o verão é morno e abafado; o inverno é curto e ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 11 °C a 30 °C e raramente é inferior a 6 °C ou superior a 34 °C.
As melhores épocas do ano para visitar Braço do Norte e realizar atividades de clima quente são do meio de março ao fim de maio e do meio de agosto ao início de dezembro.
A estação quente permanece por 3,7 meses, de 2 de dezembro a 24 de março, com temperatura máxima média diária acima de 28 °C. O mês mais quente do ano em Braço do Norte é fevereiro, com a máxima de 29 °C e mínima de 21 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,8 meses, de 23 de maio a 16 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 23 °C. O mês mais frio do ano em Braço do Norte é julho, com a mínima de 11 °C e máxima de 21 °C, em média.
Ligações rodoviárias regionais
Municípios fronteiriços
A vegetação nativa de Braço do Norte pertence ao bioma da Mata Atlântica, com remanescentes de mata de encosta, floresta ciliar ao redor dos rios, vegetação de encostas serranas, e em áreas mais baixas, vegetação litorânea ou influenciada pelo clima úmido, ventos marítimos e proximidade do litoral. Há preservações de remanescentes naturais, embora muitas áreas já estejam ocupadas pela agricultura, pastagens ou uso urbano.
Clima
Em Braço do Norte, o verão é morno e abafado; o inverno é curto e ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 11 °C a 30 °C e raramente é inferior a 6 °C ou superior a 34 °C.
As melhores épocas do ano para visitar Braço do Norte e realizar atividades de clima quente são do meio de março ao fim de maio e do meio de agosto ao início de dezembro.
A estação quente permanece por 3,7 meses, de 2 de dezembro a 24 de março, com temperatura máxima média diária acima de 28 °C. O mês mais quente do ano em Braço do Norte é fevereiro, com a máxima de 29 °C e mínima de 21 °C, em média.
A estação fresca permanece por 2,8 meses, de 23 de maio a 16 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 23 °C. O mês mais frio do ano em Braço do Norte é julho, com a mínima de 11 °C e máxima de 21 °C, em média.
Ligações rodoviárias regionais
Municípios fronteiriços
As conexões de Braço do Norte com os municípios fronteiriços, por rodovias estaduais pavimentadas, são:
- Armazém, a partir de Gravatal, distância de 8 quilômetros pela rodovia SC-431 (rodovia Sílvio João de Oliveira)
- Grão-Pará, distância de 12 km pela rodovia SC-439 (rodovia Oswaldo Westphal)
- Gravatal, distância de 16 km pela rodovia SC-438 (rodovia Hercílio Zappellini)
- Orleans, a partir de São Ludgero, distância de 15 km, prosseguindo pela rodovia SC-438 (rodovia Daniel Brüning)
- Rio Fortuna, distância de 19 km pela rodovia SC-482 (rodovia Frederico Kuerten)
- São Ludgero, distância de 7 km pela rodovia SC-438 (rodovia Daniel Brüning)
Municípios próximos
- Urussanga, distante 39 km, passando por Orleans e seguindo a rodovia SC-446
- Criciúma, distante 59 km, passando por São Ludgero, Orleans, Urussanga e Cocal do Sul
- Laguna, distante 60 km via Tubarão e BR-101
- Tubarão, distante 33 km via SC-438 (rodovia Hercílio Zappelini)
Economia
Até a década de 1960 a economia do município era fundamentada na agropecuária.
O município de Braço do Norte tem um parque industrial diversificado, produzindo entre outros bebidas e refrigerantes (por exemplo, Água da Serra), doces e produtos alimentícios (por exemplo, Áurea Alimentos), máquina para acabamento de molduras (por exemplo, Unesa Máquinas), principalmente os derivados de leite, suinos e aves.
Destacam-se os setores de máquinas e equipamentos, produtos de uso doméstico (higiene e limpeza), produtos têxteis e esmaltados. Porém de realce maior é o parque industrial dedicado à produção de molduras.
O parque industrial moldureiro, iniciado por Heriberto Effting em Braço do Norte, abrange atualmente os municípios de Grão-Pará, Orleans e São Ludgero, constituindo o maior parque sul-americano na produção de molduras.
Turismo
Braço do Norte oferece vários atrativos turísticos culturais, religiosos, rurais e naturais:
- Turismo religioso: atrações como a Igreja Matriz de Nosso Senhor do Bom Fim, construída na década de 1930 em estilo gótico, Capela Santa Augusta (1887), a Gruta Nossa Senhora de Fátima, Instituto Coração de Jesus. Festas religiosas como a Festa de Santa Augusta, que tem tradição de mais de um século.
- Turismo rural e de lazer: pesque-pagues no interior do município, onde visitantes podem pescar, descansar, fazer refeições, convívio com a natureza. Também há cascatas (quedas d’água) de até 35 metros nas localidades de Rio Santo Antônio e São José.
- Paisagens naturais: vales, colinas, encostas serranas e a proximidade da serra tornam o cenário ideal para contemplação, trilhas, caminhadas, observação da natureza. Há presença de neblinas e climas diferenciados no inverno, o que adiciona charme.
- Eventos culturais: a Festa de Santa Augusta, festas dos imigrantes, festividades religiosas, além da “Schweinfest” (festa do porco) que atrai público e fortalece a identidade cultural local.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark .
- Armazém, a partir de Gravatal, distância de 8 quilômetros pela rodovia SC-431 (rodovia Sílvio João de Oliveira)
- Grão-Pará, distância de 12 km pela rodovia SC-439 (rodovia Oswaldo Westphal)
- Gravatal, distância de 16 km pela rodovia SC-438 (rodovia Hercílio Zappellini)
- Orleans, a partir de São Ludgero, distância de 15 km, prosseguindo pela rodovia SC-438 (rodovia Daniel Brüning)
- Rio Fortuna, distância de 19 km pela rodovia SC-482 (rodovia Frederico Kuerten)
- São Ludgero, distância de 7 km pela rodovia SC-438 (rodovia Daniel Brüning)
Municípios próximos
- Urussanga, distante 39 km, passando por Orleans e seguindo a rodovia SC-446
- Criciúma, distante 59 km, passando por São Ludgero, Orleans, Urussanga e Cocal do Sul
- Laguna, distante 60 km via Tubarão e BR-101
- Tubarão, distante 33 km via SC-438 (rodovia Hercílio Zappelini)
Economia
Até a década de 1960 a economia do município era fundamentada na agropecuária.
O município de Braço do Norte tem um parque industrial diversificado, produzindo entre outros bebidas e refrigerantes (por exemplo, Água da Serra), doces e produtos alimentícios (por exemplo, Áurea Alimentos), máquina para acabamento de molduras (por exemplo, Unesa Máquinas), principalmente os derivados de leite, suinos e aves.
Destacam-se os setores de máquinas e equipamentos, produtos de uso doméstico (higiene e limpeza), produtos têxteis e esmaltados. Porém de realce maior é o parque industrial dedicado à produção de molduras.
O parque industrial moldureiro, iniciado por Heriberto Effting em Braço do Norte, abrange atualmente os municípios de Grão-Pará, Orleans e São Ludgero, constituindo o maior parque sul-americano na produção de molduras.
Turismo
Braço do Norte oferece vários atrativos turísticos culturais, religiosos, rurais e naturais:
- Turismo religioso: atrações como a Igreja Matriz de Nosso Senhor do Bom Fim, construída na década de 1930 em estilo gótico, Capela Santa Augusta (1887), a Gruta Nossa Senhora de Fátima, Instituto Coração de Jesus. Festas religiosas como a Festa de Santa Augusta, que tem tradição de mais de um século.
- Turismo rural e de lazer: pesque-pagues no interior do município, onde visitantes podem pescar, descansar, fazer refeições, convívio com a natureza. Também há cascatas (quedas d’água) de até 35 metros nas localidades de Rio Santo Antônio e São José.
- Paisagens naturais: vales, colinas, encostas serranas e a proximidade da serra tornam o cenário ideal para contemplação, trilhas, caminhadas, observação da natureza. Há presença de neblinas e climas diferenciados no inverno, o que adiciona charme.
- Eventos culturais: a Festa de Santa Augusta, festas dos imigrantes, festividades religiosas, além da “Schweinfest” (festa do porco) que atrai público e fortalece a identidade cultural local.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark .