sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

IBIRITÉ - MINAS GERAIS

Ibirité é um município do estado de Minas Gerais, Brasil. Sua população estimada é de 177.475 habitantes (IBGE/2017). Integra a Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ibirité está localizada na zona metalúrgica, de acordo com a classificação de hierarquia urbana adotada pela Fundação João Pinheiro para o estado de Minas Gerais, em 1988, Ibirité foi identificada como centro local de 9º nível, integrando a região polarizada por Belo Horizonte.
História
Durante os séculos 17 e 18, a região foi desbravada pelos bandeirantes em busca de ouro, pedras preciosas e escravos índios. A região de Ibirité passou então a ser ocupada por fazendas que forneciam gêneros alimentícios aos bandeirantes. Desde 1810, a região era conhecida como "Vargem da Pantana" ou "Várzea do Pantana", em referência a um dos primeiros moradores da região, Manoel Galvão Pantana.
Ibirité surgiu aproximadamente em 1890 como um povoado de nome "Vargem de Pantana", na freguesia de Sabará. Em 1890, passou à condição de vila, ainda pertencendo a Sabará. Em 1897, passou a pertencer ao município de Santa Quitéria, atualmente Esmeraldas. Em 1911, a região passa a integrar o município de Betim. Em 1923, tem sua denominação mudada para "Ibiritê" (logo popularizada para "Ibirité"), palavra derivada do tupi antigo ybyreté, que significa "muito verdor" (ybyra, "verdor" + eté, "muito"). Tal povoado foi escolhido pela educadora russa Helena Antipoff para ser a sede de suas obras, que ainda são a referência maior da cidade. Em 1938, passa à categoria de distrito pertencendo ao município de Betim, figurando a denominação atual.
No dia 30 de dezembro de 1962, passa à categoria de município, com os distritos Sede e Sarzedo. A 1 de março de 1963, Chaffir Ferreira é nomeado pelo governador do estado como intendente municipal. Na primeira eleição para prefeito, a 30 de junho de 1963, foi eleito José Wanderlei de Barros. Em 1976, foi criado o distrito de Durval de Barros e, em 1985, o distrito de Mário Campos. Em 1988, pela lei estadual 954 888, Ibirité ganha a categoria de comarca.
Relevo
Quase todo o território caracteriza-se por terrenos bastante acidentados. É uma cidade repleta de morros. A maior altitude é de 1 438 metros e a menor é de 797 metros. Um dos destaques do relevo da cidade é a Serra do Rola Moça, que atravessa a região sul do município.
O município possui um relevo bastante movimentado, cujo aspecto predominante é a formação, pelo Sul, do maciço denominado Serra Três Irmãos, com as denominações locais de Serra da Jangada e Serra do Rola - Moça. Essa formação limita o município de Ibirité ao sul com Brumadinho e atinge altitudes que superam os 1.400 metros. No sentido de leste para oeste, essa serra vai decrescendo até constituir a formação característica de garganta conhecida como Fecho do Funil, por onde passa o rio Paraopeba, que a atravessa no sentido sul - norte.
Hidrografia
O município faz parte da Bacia do Paraopeba. Os principais cursos d'água são o Ribeirão Ibirité e o Córrego Capão da Serra. Há também uma lagoa de tamanho considerável: a Lagoa da Petrobrás. Ibirité também possui vários mananciais e pequenos córregos.
Clima
Ibirité possui duas estações meteorológicas, sendo uma delas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), situado no campus da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), e outra próxima aos bairros Vista Alegre e Bosque. A primeira estação está situada a 816 metros de altitude e tem um clima ameno graças à vegetação densa desta parte da cidade.
Conforme dados da estação do INMET, referentes aos períodos de 1961 a 1984, 1986 a 1987, 1991 a 1995 e 2001 a 2015, a menor temperatura registrada em Ibirité foi de -1,2 °C em 22 de junho de 1963, e a maior atingiu 37 °C em 21 de outubro de 2003 e 28 de outubro de 2008. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 135,2 milímetros (mm) em 15 de fevereiro de 1961. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram 120 mm em 14 de janeiro de 1981, 116,4 mm em 28 de janeiro de 1991, 114 mm em 2 de fevereiro de 1966, 113 mm em 15 de novembro de 2008, 112,6 mm em 12 de dezembro de 1992, 110,8 mm em 14 de janeiro de 1964, 110,7 mm em 27 de novembro de 2011, 107,2 mm em 12 de novembro de 1961 e 100,8 mm em 16 de dezembro de 1984. Dezembro de 2011, com 685,1 mm, foi o mês de maior precipitação.
Economia
A economia de Ibirité não é de grande peso se comparada à sua população. Há até alguns que apelidam o lugar de "cidade dormitório". Grande parte dos residentes de Ibirité trabalha em cidades vizinhas, principalmente Belo Horizonte, Contagem e Betim. Suas principais atividades econômicas são a plantação de hortaliças e a mineração.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, as maiores produções são de: banana (30 toneladas em 2003), cana-de-açúcar (133 toneladas em 2003), cebola (610 toneladas em 2003), feijão (15 toneladas em 2003), mandioca (70 toneladas em 2003), milho (240 toneladas em 2003), tomate (3691 toneladas em 2003). A pecuária representa pouco para o município: em 2003 Ibirité possuía 1 225 cabeças de gado bovino, 78 cabeças de equinos, 9 cabeças de bubalinos e 295 cabeças de vacas ordenhadas (IBGE).
O comércio é uma atividade bastante limitada no município, com grande parte dos estabelecimentos comerciais no centro. A cidade está bem abastecida de estabelecimentos variados, principalmente nos grandes bairros em torno da área central. Conta com grandes lojas de renome nacional e um shopping em plena expansão.
Na década de 1990, instalou-se, no município, um distrito industrial que abriga empresas de diversos ramos. Há também algumas indústrias que atuam fora do distrito. Os principais setores de produção são: confecção de artigos para vestuário, extração de minerais, fabricação de peças para veículos automotores, fabricação de artigos de borracha e plástico, fabricação de máquinas e equipamentos, fabricação de móveis, fabricação de produtos alimentícios e bebidas, fabricação de produtos de madeira, fabricação de produtos têxteis, fabricação de aparelhos elétricos e fabricação de produtos de metal. Um ponto de destaque para a indústria de Ibirité é a Ibiritermo, usina termoelétrica a gás inaugurada no ano de 2002. Mais da metade da área ocupada pela Refinaria Gabriel Passos, da Petrobras, está em território Ibiriteense.
Ensino superior
Existem quatro instituições de nível superior na cidade de Ibirité: A atual Universidade do Estado UEMG - Universidade do Estado de Minas Gerais, Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura, Universidade Norte do Paraná Universidade Cruzeiro do Zul e EADCOM.
Educação especial
A Associação Pestalozzi de Minas Gerais é uma obra de renome mundial, fundada por Helena Antipoff. É a única de suas obras que ainda se mantém fiel aos princípios de sua fundadora.
Referência para o texto: Wikipedia .

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

BARRA MANSA - RIO DE JANEIRO

Barra Mansa é um município brasileiro situado no sul do estado do Rio de Janeiro. Fica na microrregião do Vale do Paraíba, dentro da mesorregião do Sul Fluminense.
História
Por volta do ano de 1700, chegar a São Paulo era uma tarefa quase impossível, por causa da barreira natural criada pela Serra do Mar. Mas, para que a viagem se tornasse mais rápida, o então governador Luís Vaía Monteiro ordenou que fosse aberto um caminho através da serra de Itaguaí.
Depois de concluído o caminho, várias incursões foram feitas até o rio Paraíba do Sul, mas sem o compromisso de se formar povoados ou vilas. Estas incursões eram quase sempre formadas por aventureiros à procura de ouro. O primeiro indício de povoamento se deu em 1764 quando Francisco Gonçalves de Carvalho obteve junto ao vice-rei D. Antônio Álvares da Cunha, uma sesmaria para fundar uma fazenda de gado e mantimentos (Fazenda da Posse) entre o rio Paraíba do Sul e o rio Bananal, exatamente no local onde se encontrava um córrego chamado de Barra Seca ou Barra Mansa.
Em 1764, o Vice Rei do Brasil, D. Antônio Álvares da Cunha, concedeu uma sesmaria ao fazendeiro Francisco Gonçalves de Carvalho. Assim nascia nessas terras a primeira edificação da Vila de São Sebastião da Barra Mansa. Construída às margens do Rio Barra Mansa e do Rio Paraíba do Sul, a fazenda da Posse, datada de 1768.
Em 1765, José Alberto Monteiro também obteve do vice-rei uma sesmaria à margem do Rio Paraíba, onde é hoje a cidade de Volta Redonda. Com o passar dos anos, estas sesmarias foram mudando de donos, até que, por volta de 1827, chegaram, por herança, às mãos do Coronel Custódio Ferreira Leite, o Barão de Aiuruoca, fundador do município. A partir daí, o local tornou-se ponto obrigatório de passagem de tropas de viajantes a caminho de portos marítimos. Em 1800, nas terras de Henrique Magalhães, bem próximas à foz do rio Barra Mansa, já existia um engenho e uma capela. Aos poucos, um pequeno núcleo populacional começou a surgir e o início do povoamento animou o Coronel Custódio Ferreira Leite, que mandou construir outra capela, à margem direita do Paraíba, também dedicada a São Sebastião, localizava-se quase em frente à Fazenda Ano Bom, na margem oposta do rio.
O pequeno povoado foi crescendo e, em 3 de outubro de 1832, graças a um ofício dirigido à Assembleia Geral Legislativa do Império, foi criada a Vila de São Sebastião de Barra Mansa, passando a fazer parte da vila terras desmembradas das vizinhas Resende, Valença e São João Marcos. Em 1954, devido a uma manobra política, teve emancipado o até então distrito de Santo Antônio de Volta Redonda e em 1991 os distritos de Quatis, Falcão e Ribeirão de São Joaquim.
Cronologia de eventos históricos
- Em 1768, é feita a construção da primeira edificação de Barra Mansa a fazenda da Posse;
- Em 1860, Barra Mansa foi o maior produtor de café do país;
- Em 1861, foi erguido o Palácio Barão do Guapi;
 -Em 1874, o Palácio Barão do Guapi ganhou um grande jardim que atualmente é o Parque Centenário;
- Por volta de 1870, o Palácio Barão do Guapi foi considerado a melhor câmara de toda a província;
- Em 1871, Barra Mansa foi visitada pela Princesa Isabel filha de D. Pedro II ,e também seu marido Conde d’Eu para a Inauguração da Estação Ferroviária;
- Em 1908, Barra Mansa montou o primeiro clube de futebol da região o Barra Mansa Futebol Clube;
- Em 1911, o Barra Mansa Futebol Clube se tornou o primeiro clube profissional do Brasil;
Na década de 1930, Barra Mansa foi o maior produtor de leite do país, com 500 mil litros;
- Em 1937, Barra Mansa Inaugurou as duas primeiras indústrias metalúrgica da região a Siderúrgica de Barra Mansa  e a Companhia Metalúrgica de Barbará;
- Em 1946, Barra Mansa foi a primeira cidade do sul fluminense a incentivar o basquete, graças ao incentivo de Nelson Geraidine, o fundador da quadra do colégio Barão de Aiuruoca;
- Em 1962, Barra Mansa foi o quarto maior produtor de leite do mundo.
Topografia
O relevo do município é constituído por planaltos, com altitude média de 381 metros, porém, está média diminui em direção ao Rio Paraíba do Sul, para formar a planície aluvial que é contornada pelo "mar de morros" com nível topográfico mais elevado. O ponto culminante encontra-se a 1.305,15 metros de altitude, na Serra do Rio Bonito (contrafortes da Serra da Mantiqueira), no Distrito de Nossa Senhora do Amparo.
Fauna e Flora
Floresta do Cafundó - Também chamada de Mata do Cafundó. Sua área distribui-se pelos Distritos de Sede, Floriano, e Rialto, e é equivalente a 1% do território do município, sendo um dos remanescentes mais representativos de Mata Atlântica em excelente estado de conservação. Por lei municipal é considerada Área de Preservação Ambiental. Segundo moradores locais ainda podem ser encontrados representantes da fauna ameaçados de extinção, como a suçuarana ou onça-parda (Puma concolor), o caititu (Tayassu tajacu) e várias espécies de aves, além de exuberante flora nativa. Dado o interesse científico desta área, é fundamental que seja designada uma Unidade de Conservação, visto que ainda podem ser encontrados nesta floresta grupos de sagui-da-serra escuro ou sagui-do-Vale do Paraíba (Callithrix aurita), espécie das matas do sudeste brasileiro e ameaçado de extinção, devido ao intenso desmatamento ocorrido no Vale do Paraíba, podendo ser esta área um dos últimos remanescentes do vale, onde ela pode ser encontrada.
- Mata do Pavão - Situada no distrito de Rialto, é uma das áreas remanescentes mais representativas da Mata Atlântica e encontra-se em excelente estado de conservação. Segundo moradores locais, ainda podem ser encontrados representantes da fauna ameaçados de extinção, como a onça parda (Felix sussuarana), porco do mato (Cateto), várias espécies de aves, além da exuberante flora nativa.
Floresta da Cicuta - Uma área ecológica destinada a preservação da fauna, mananciais, vegetação, estudos e recreação. A floresta encontra-se na Fazenda Santa Cecília, de propriedade da Companhia Siderúrgica Nacional. A Floresta da Cicuta compreende cerca de 800 hectares, sendo que 85% da floresta está em território barra-mansense e o restante no município de Volta Redonda. É um importante remanescente da Mata Atlântica fluminense. Na Floresta de Cicuta é comum a presença de árvores imponentes da Mata Atlântica, como o jequitibá, o pau-ferro, o chichá e a figueira branca, muitas delas tendo de 35 a 40 metros de altura. Em termos de fauna, aparecem aves como o juriti, a rolinha, o joão-de-barro e o tiê-sangue. Dentre os mamíferos destacam-se a paca, a cutia, o caxinguelê, a capivara, o bugio e a jaguatirica, sendo os dois últimos espécies ameaçadas de extinção.
Recursos naturais
Destacam-se areia, argila, berilo, calcário, dolomita, feldspato, lenhito, mica, e floresta primitiva da Mata Atlântica (Mata da Cicuta). São Explorados economicamente a areia, argila, feldspato, gnaisse para brita.
Clima
O clima é mesotérmico, com verões quentes e chuvosos e inverno seco. A umidade relativa do ar varia entre 77% a 69%; a temperatura média encontra-se entre 22,25 °C, sendo que as mais baixas registram-se no período de maio a setembro (média mínima de 13,7 °C) e as mais altas entre novembro a março (média máxima 29,74 °C).
O período de chuvas está entre os meses de outubro a abril com pluviosidade de 1.192,8 mm/ano. 
Economia
Contando com uma ocupação de mão-de-obra de cerca de 15 mil pessoas, o setor industrial apresenta crescimento de micro e pequenas empresas, responsáveis por 60% dos empregos nesta área. Levando-se em conta a proximidade entre os municípios e a facilidade de locomoção criada por estes fatores, o setor industrial da região tornou-se um dos mais importantes do estado do Rio de Janeiro, dados o grande porte das instalações e a consequente presença das empresas fornecedoras de insumos, das prestadoras de serviços e das que terceirizam as operações das grandes empresas. A economia de Barra Mansa é uma das maiores do estado do Rio de Janeiro.
Setor primário
Cafeicultura
A produção de café em nossa região surge no início do século XIX, quando ocorre o esgotamento das reservas de ouro de Minas Gerais e o plantio de cana-de-açúcar sofre sucessivas crises motivadas pelo mercado internacional.
Em Barra Mansa foram encontradas as condições ideais para o cultivo do café: solo fértil, altitude adequada e mão de obra escrava ociosa vinda da mineração. Rapidamente alastrou-se ao longo do vale do Rio Paraíba uma das mais promissoras atividades econômicas do Brasil: o chamado ciclo do café. Ainda em nossos dias podemos encontrar em Barra Mansa a imagem daqueles tempos na presença de antigas fazendas que resistiram ao tempo, integrando um importante acervo arquitetônico que mantém viva a memória histórica de nossa terra. É a casa grande destacando-se na paisagem, fronteira ao terreiro de secagem do café; são as tulhas, os depósitos e as senzalas.
O neoclassicismo, em moda na Europa, vem influenciar tanto a arquitetura da corte quando a das fazendas. Inúmeros são os cômodos das fazendas interligados por corredores. A personalidade sofisticada dos barões refletiu-se nas feições palacianas que davam às suas residências rurais.
A produção regional ganha tal vulto que são necessárias medidas administrativas para atuar na solução dos problemas de exportação de café. O Governo Federal resolve escolher Barra Mansa como polo de armazenamento e distribuição da produção cafeeira regional, dadas a características locais que facilitavam a implantação da logística necessária à movimentação da produção estocada visando a exportação. Grandes galpões são construídos para abrigar milhares de toneladas de café. A movimentação é intensa, até que no correr da década de 1930, dadas as crises de mercado geradas pela superprodução, o governo vê-se obrigado a modificar os rumos da economia brasileira, de agro–exportadora, passando a urbano-industrial. Merece destaques a tradição de Barra Mansa como centro de distribuição da produção econômica que permanece até hoje.
Olericultura
Apresentando uma expressiva área de produção de olerícolas, o bairro de Santa Rita de Cássia, possui características estritamente agrícolas, destacando-se como maior produtor de folhosas do Sul Fluminense. Com uma ampla base produtiva a comunidade apresenta cerca de 150 produtores em áreas de dimensões variadas. As principais espécies cultivadas são a alface e a couve, mas ainda podemos encontrar cultivos de repolho, brócolis, vagem, quiabo e pimentão. Com a manutenção da estufa chega a produzir 1.800.000 mudas por mês. Uma parcela de 70% é comercializada nos supermercados da região e 30% em feiras livres.
Os agricultores de Santa Rita são filiados à APASRRICA (Associação dos produtores de Santa Rita de Cássia), tutora do “Programa Nossa Merenda”, de Barra Mansa e Volta Redonda cujas hortas geram empregos para 650 pessoas.
No Distrito de Amparo existe a APRONAM (Associação dos Produtores de Nossa Senhora do Amparo), voltada para a melhoria da qualidade da produção: eletrificação, estradas, escolas e cursos em conjunto com a EMATER/RJ, Cooperativa Agropecuária de Amparo, Secretaria Municipal de Agricultura e Sindicato Rural. A APRONAM encarrega-se, também, da promoção da Feira da Roça e dos eventos Torneio Leiteiro e Cavalgada.
Bovinocultura
Barra Mansa destaca-se como uma das principais bacias leiteiras do sul fluminense, atuando centralizada na pequena e média propriedade familiar. Dentro de sua rede de empresas do setor lácteo, destaca-se a Cooperativa Agropecuária de Nossa Senhora do Amparo, situada no distrito de mesmo nome, operando também com leite oriundo de outros municípios: Quatis, Valença, Barra do Piraí e Volta Redonda. Uma referência especial cabe à Beneficiadora de Produtos Lácteos Nestlé S.A. que, desde a sua instalação no município, em 1937, manteve níveis invejáveis de produtividade. Em 2007 a Nestlé encerrou suas atividades no município.
Bovino de corte
O município de Barra Mansa não apresenta uma área tão expressiva para a produção de bovino de corte se comparada com áreas tradicionalmente produtoras, mas a partir daí a necessidade de se tornar a exploração de bovinos de corte mais competitiva dentro do mercado de carnes está abrindo uma grande perspectiva para nossa pecuária, a produção de "Novilho Precoce", na qual se busca a redução da idade de abate dos machos bovinos, associada à redução da idade à primeira cria das fêmeas (novilhas) e à redução do intervalo entre os partos das vacas.
Inseminação artificial
A inseminação artificial tornou-se uma das mais importantes técnicas disponíveis para o melhoramento genético do gado bovino. O trabalho é desenvolvido por profissionais autônomos sendo também, um serviço prestado pelas cooperativas agropecuárias.
Avicultura
A avicultura é uma atividade onde o tamanho da propriedade não é o principal. Pode ser adequada ao espaço disponível, sendo um negócio dinâmico cujos avanços tecnológicos e genéticos surgem cada vez mais rápidos. O desenvolvimento da avicultura no município é atribuído principalmente a uma associação entre genética, nutrição, manejo e sanidade, aliada ao grande interesse do setor avícola em obter melhores índices de produtividade adotando, constantemente, novas tecnologias. Barra Mansa é um importante polo de criação de frangos de corte. Além de abastecer integralmente o município, produz o suficiente para fornecer aos mercados do Rio de Janeiro e São Paulo. As Fazendas Reunidas Antônio Rocha, situadas em Ataúlfo de Paiva, são as principais produtoras avícolas do município, contando com amplos e modernos galpões equipados com ventiladores, alimentadores automáticos, rações próprias, bebedouros modernos e geradores de energia elétrica. O abate, em nível industrial, é centralizado na empresa RICA, sediada no vizinho município de Rio Claro, de onde é exportada a carne para os grandes centros.
Caprinocultura
Em Barra Mansa pelo seu relevo movimentado a caprinocultura tem sido uma atividade crescente, mesmo que ainda incipiente, apresentando um plantel de animais de alto padrão genético e alta produtividade. A raça predominante é a Saanen.
Piscicultura
A busca por carnes mais saudáveis e nobres, além do crescimento das atividades de lazer tipo “pesque-pague”, está levando a piscicultura a tomar grande impulso no município. A Secretaria de Agricultura de Barra Mansa junto com a EMATER-RJ e o governo do estado, implementaram a extensão do Polo de Piscicultura do Sul Fluminense aos produtores do município, criando suporte para o desenvolvimento dessas atividades. O programa consiste na construção de tanques, capacitação dos produtores e técnicos e implantação de entreposto para industrialização e comercialização. Abrangerá produtores em toda a extensão do município, tornando-se uma boa alternativa de desenvolvimento econômico. Contando com 6 novos produtores atendidos pelo programa perfazendo uma área de 9.250m² de espelho de água em cultivo. A Fazenda São Lucas do Brandão conta com doze represas que perfazem um total aproximadamente de 8m² de lâmina d'água, cultivando as espécies: carpa, (capim, húngara, espelho, vermelha, cabeça grande), tilápia (nilótica, tailandesa, vermelha saint-peter), traíra, curimbatá, surubim (pintado), piauçu, tambacu, dourado e pacu. Recentemente, no distrito de Amparo, desenvolve-se a implantação de criadouro com certificação nacional, de jacarés de papo amarelo, com as finalidades de comercialização e preservação da espécie.
Equinocultura
A Fazenda da Bocaina mantém significativos plantel de cavalos Mangalarga, estando presente nos principais eventos nacionais referentes à raça. O empenho dos proprietários no sentido de manter elevado os padrões genéticos tem sido o principal fator do seu sucesso como importante criatório do Mangalarga na região.
No Haras Paraíso, anexo à Fazenda Paraíso, podem ser encontrados animais das raças Quarto de Milha e Mangalarga. Além das qualidades genéticas dos animais, indispensáveis às suas finalidades (trabalho e esporte), o haras mantém curso de laços e três tambores, oferecendo também, serviços de aluguel de baias e de doma racional.
Setor secundário
Barra Mansa possui um parque industrial forte e diversificado. O setor industrial vem apresentando crescimento de micro e pequenas empresas, que são responsáveis por 60% dos empregos nesta área. No sentido de apoiar essas empresas, existe o Balcão SEBRAE. Instalado na Associação Comercial, atende diariamente cerca de 50 pessoas. O município também possui indústrias de grande porte nos ramos de siderurgia e canalização.
O número de empresas industriais em Barra Mansa chega a 528 unidades.
Setor terciário
Barra Mansa possui um forte e tradicional centro comercial, concentrado principalmente na avenida Joaquim Leite, coração da cidade, possui grandes lojas como Casas Bahia, Ponto Frio, Marisa, Bob's, Habib's, Cacau Show, Mc Donald's, O Boticário, Subway, Burguer King entre outras. Além disso, possui lojas variadas, dois shopping's centers de pequeno porte e duas salas de cinema 3D com áudio digital. Também há muito movimento em ruas adjacentes, como a Rua Mário Ramos e Avenida Domingos Mariano, famosa por seu tradicional comércio moveleiro.
Em alguns bairros despontam áreas comerciais de menor porte, como em Saudade, Ano Bom, Vila Nova e Santa Clara, sendo os dois últimos localizados em pontos periféricos, transformando-se numa opção mais acessível para as populações das áreas afastadas do centro. Nos últimos anos, o Ano Bom tem se transformado em um importante polo de gastronomia no município com um leque diverso de opções.
Outra atividade crescente no município é o setor hoteleiro, que ganhou impulso após a criação da Flumisul - Feira Internacional de Negócios do Sul Fluminense. Empresários e representantes de países de todo o mundo vêm até o município para participar da Feira, que, desde sua primeira edição, em 1999, vem servindo de porta de entrada de investimentos não só para Barra Mansa como para toda a região.
Turismo
O Palácio Barão de Guapi, hoje, é sede da Biblioteca Municipal e seu jardim se transformou no Parque Centenário, denominado também como Jardim das Preguiças devido à abundância do mamífero conhecido como bicho-preguiça em suas árvores.
Fazenda Bocaina - localizada na Estrada Barra Mansa / Bananal, possui arquitetura rural do século XIX. Apresenta um estado de conservação muito bom e um portão de acesso ao jardim, cujo trabalho de serralheria merece destaque.
Fazenda Santo Antônio - construída no início do século XIX, apresenta planta e fachada bem características das fazendas de café. Encontra-se em precário estado de conservação e precisa de obras urgentes de recuperação.
Fazenda da Posse - a primeira construção erguida em Barra Mansa data de 1764. Trata-se de um casarão em estilo colonial, totalmente restaurado, um marco do surgimento do município. Atualmente, funciona como Centro Cultural, abrigando cursos e exposições de arte.
Fazenda Criciúma - a Fazenda foi construída em 1872, pelo fazendeiro de café e empresário, com atividades comerciais na França, Manoel Gomes de Carvalho (Barão do Rio Negro). Criciúma foi uma das mais importantes produtoras de café da região. Ao longo dos anos, a construção histórica sofreu pequenas modificações, mantendo algumas linhas arquitetônicas que lembram o Palácio Rio Negro de Petrópolis.
Fazenda Sant'Ana do Turvo - construída em 1826, por Joaquim Manuel de Carvalho (primeiro Barão de Amparo), foi a maior produtora de café na região. Na época, ocupando uma área de 700 alqueires e possuindo 250 escravos, chegou a produzir, anualmente, 180 mil arrobas de café. Em bom estado de conservação, é um dos bons exemplos da arquitetura rural do século XIX, contando com 12 quartos, três salões e outras dependências. Localiza-se no limite com o distrito de Nossa Senhora do Amparo, o que faz com que seja considerada parte daquele distrito.
Fazenda Rochinha - cuidadosamente restaurada, mantém as características da arquitetura do final do século XVIII, quando o chamado estilo colonial marcava as construções rurais. Desde 1902, destaca-se pela excelência de sua cachaça artesanal, ROCHINHA, comercializada em todo o Brasil e com adiantados projetos de exportação.
Fazenda São Lucas Brandão - pertenceu inicialmente ao comendador Lucas Antônio Monteiro de Barros, benfeitor do município que deu início à construção da Câmara Municipal de Barra Mansa. Durante o ciclo do café, destacou-se como uma das principais produtoras da região. Sua sede data do final do século XIX, encontrando-se em bom estado de conservação.
Hotel Fazenda Sertãozinho - oferece suítes, café da manhã, salão de jogos, piscina, sauna, quadras de vôlei e campos de futebol, pesque-pague, passeios a cavalo e caminhadas, comidas típicas caseiras e instalações para festas de confraternização. O acesso é mais fácil pelo Distrito de Rialto.
Fazenda Ribeirão Claro - foi construída em 1845, por João Crisóstomo de Vargas, no melhor estilo da época. Um imponente solar mantém o traçado e mobiliário originais, conservando sua autenticidade pelas gerações seguintes.
Artesanato Stella Carvalho - construído pela Associação das Damas de Caridade de Amparo, em 1981. Entre seus objetivos estão o incentivo às habilidades artesanais e a facilitação do acesso ao mercado de vendas, cujos resultados revertem para as artesãs, como uma espécie de cooperativa. O projeto foi do Engenheiro Luiz Roberto Correia Reche e mostra uma fachada com esquadria em estilo colonial, mantendo o clima do cenário histórico de Amparo. As colchas de retalhos produzidas pelo artesanato são famosas, conhecidas inclusive em outros países, tornando-se um referencial de Amparo.
Educação
Barra Mansa possui um centro de ensino superior, o Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), mantido pela Sobeu - Associação Barra-mansense de Ensino. O UBM oferece cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento. A instituição possui um campus principal no bairro Centro e outro na Fazenda Santa Cecília "Campus Cicuta" em uma área entre do município com acesso pela cidade vizinha de Volta Redonda.
Destaca se também o Centro de Educação Tecnológica e Profissionalizante CETEP / CVT mantido pela Faetec que oferece cursos nas áreas de idiomas, informática comercial e construção civil.
Na rede pública de ensino médio e fundamental destaca-se os Colégios Estadual Barão de Aiuruoca e Baldomero Barbará. Há também diversos colégios e escolas de maior e menor porte espalhados pela cidade, pertencentes tanto ao Município como ao Estado, como o Colégio Municipal Prefeito Marcello Drable. Na rede particular se destaca o Colégio Verbo Divino, Colégio Nossa Senhora do Amparo e o Colégio UBM.
Cultura
A cidade de Barra Mansa possui três clubes mais frequentados: O Ilha Clube, o Clube Municipal e o "Centro de lazer - Vila Nova feliz da vida". O primeiro está localizado no bairro do Ano Bom, e recebe esse nome, por se localizar numa espécie de ilha. Para chegar ao clube, é necessário atravessar uma pequena ponte que passa sobre o Rio Paraíba do Sul. Já o Clube Municipal está em condições precárias e localizado no centro da cidade, próximo à Câmara e ao Jardim das Preguiças. O terceiro, o Azteca Clube, fica na Vila Nova, e foi famoso por reunir jovens ao som do funk carioca, hoje é administrado pela Prefeitura Municipal.
Já o SESC de Barra Mansa no bairro Ano Bom, e o SESI no bairro Estamparia além de atrair moradores, desperta o interesse de cidades vizinhas com uma intensa agenda de atividades, incluindo esportes, peças teatrais, exposições fotográficas. Há menos de dois anos, o SESC Barra Mansa entrou na rota dos shows, antes mais dirigidos às unidades da capital fluminense. Essas apresentações acontecem no teatro externo, que é coberto por uma lona de circo.
A cidade também possui a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, reconhecida nacionalmente.Já se apresentou em importantes festivais nacionais e internacionais dentro e fora do país. Realiza com frequência concertos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e outras importantes salas de concerto e teatros por todo o país. A orquestra é oriunda do Projeto Música nas Escolas, que além da própria orquestra, também dá origem a uma banda sinfônica, uma banda marcial, uma orquestra de jazz, uma camerata e diversos grupos de alunos. Mantendo assim uma agenda de concertos significativa ao longo de todo o ano.
O Projeto Dança & Magia também faz parte da cena cultural de Barra Mansa, oferece aulas gratuitas de Ballet Clássico e diversas apresentações no decorrer do ano em Barra Mansa desde 2006. Vencedor do Edital de Ponto de Cultura do Ministério da Cultura 2009 e em 2011 foi selecionado no concorrido Edital de apoio à projetos do Criança Esperança.
A cidade tem um forte movimento artístico em torno da preservação e difusão de sua história. O Projeto Nasce Uma Cidade, idealizado e produzido pelo Coletivo Teatral Sala Preta, conta com a participação de cerca de 600 artistas de diversas agrupações artísticas e culturais da cidade e região. Desde 2010 o projeto acontece como um desfile cívico-cênico que percorre os principais prédios e monumentos históricos do centro da cidade. A montagem, preparações, ensaios e confecção dos adereços e figurinos acontecem na Sala de Espetáculos Tulhas do Café, no Parque da Cidade, no Centro.
Barra Mansa conta ainda com o Centro Cultural Fazenda da Posse com galeria de artes, cursos e oficinas de artes visuais. O casarão foi a primeira edificação da cidade e foi moradia de Custódio Ferreira Leite. Ali são realizadas importantes exposições e atividades culturais ao longo do ano.
No centro da cidade há a Estação das Artes, no centro. Localizado no antigo prédio da estação de trem inaugurado pela Princesa Isabel, que para a ocasião hospedou-se na residência do Barão de Guapy, onde hoje funciona o, já citado, Clube Municipal. Neste espaço são realizadas atividades voltadas para as artes visuais.
Tanto o Centro Cultural Fazenda da Posse, quanto a Estação das Artes são de responsabilidade da Fundação de Cultura de Barra Mansa.
Em 9 de março de 1979 foi inaugurado o PAC - Ponto de Ação Cultural de Barra Mansa, com exposição de Clécio Penedo. O PAC está de portas abertas até hoje, com exposições, oficinas e um rico acervo, mostrando a força e a importante presença das artes visuais no município.
Culinária
Seguindo a história da sua formação e do seu povo, a culinária do município é predominantemente mineira. O feijão consumido é preto, o que difere da população paulista, por exemplo. E sua vocação natural para a agropecuária também leva ao barramansense boas opções de queijos, leite e demais laticínios.
A Cooperativa Agropecuária de Barra Mansa é a maior em processamento e transformação de leite e derivados do estado do Rio de Janeiro. Seus produtos são famosos em outros mercados com a estampa da vaquinha, o logotipo da cooperativa.
Festas Religiosas
As principais manifestações religiosas do município ocorrem na comemoração das datas de São Sebastião (padroeiro do município), Santo Antônio (padroeiro do bairro Saudade) e de Nossa Senhora Aparecida.
A Festa de São Sebastião envolve uma série de eventos que antecedem o dia do padroeiro, como o leilão de gado, a Cavalgada de São Sebastião, a Corrida Rústica de São Sebastião e a tradicional quermesse nas ruas do centro, sempre animadas por músicos da região. No dia 20 de janeiro, dia do Padroeiro, há uma grande missa celebrada na Igreja Matriz, seguida de uma procissão composta por milhares de devotos.
A Festa de Santo Antônio, no bairro Saudade, também possui uma extensa programação social e religiosa, contando com uma animada quermesse, missa e procissão pelas ruas do bairro.
Todos os anos, no dia de Nossa Senhora Aparecida, é organizada a tradicional Procissão Fluvial. A imagem é levada do centro do município em carreata até o bairro Vila Maria, é colocada em um barco e desce em caravana pelo Rio Paraíba do Sul até o centro do município, onde segue em procissão a pé até a Igreja Matriz.
Também é importante lembrar a tradicional encenação da Paixão de Cristo no distrito de Rialto, organizada por moradores locais.
Lazer
O bairro do município onde há mais opções de lazer para a população é o bairro Ano Bom, que possui uma série de bares frequentados pelos moradores dos bairros adjacentes. Há também um grande número de bares no entorno da UBM, frequentados principalmente por universitários.
Aos domingos, é promovida uma extensa programação cultural no entorno do Parque Centenário, onde apresentam-se bandas, fanfarras e corais, complementados por feiras de artesanato e atividades infantis.
Eventos
Durante o ano, são realizados diversos eventos no município, a destacar:
Exposição Agropecuária de Barra Mansa
- Feira da Esperança, em prol da APAE local
- Festejos do aniversário do município, com desfile cívico-cênico (espetáculo de teatro de rua itinerante: "Nasce Uma Cidade") e outras atividades.
- Festa do Trabalhador, no bairro Vista Alegre
- Eventos Pré-Natalinos - Carnaval e festas de São Sebastião e Santo Antônio. Existem outras festas menores de santos padroeiros pelos bairros e distritos, além de feiras da roça e torneios agropecuários.
Teatro
O teatro de rua tem sido um movimento crescente. Os artistas se apresentam pela cidade com espetáculos nas principais praças e ruas do centro, dentre elas a Praça da Liberdade, a Praça da Matriz, Rua Duque de Caxias e Rua Rio Branco. O precursor deste movimento de teatro de rua é o Coletivo Teatral Sala Preta, atuante na cidade desde 2009. Além das constantes temporadas de espetáculos nas ruas, o coletivo realiza ininterruptamente desde o ano de sua fundação a mostra internacional de arte de rua, a Tomada Urbana. O projeto começou em 2009 com espetáculos de teatro de rua no centro da cidade e já no ano seguinte passou a atender os bairros e distritos. Todos os anos artistas do mundo todo desembarcam na cidade e se apresentam com teatro, música, dança, performance, artes visuais e até projeções de filmes. Não há equipamentos de exibição cultural nos bairros e por isso esse projeto oferece a importante oportunidade de os cidadão terem contato com a linguagem artística.
O ensino de teatro na cidade é cada vez mais crescente e conta com cursos na bem estruturada unidade do SESC, na Casa de Cultura Arte in Foco, no UBM - Centro Universitário de Barra Mansa e também na sede do Coletivo Teatral Sala Preta.
A principal sala de espetáculos da cidade fica no SESC. A unidade conta com um bem estruturado espaço, com capacidade para 168 pessoas, inaugurado na década de 1980. Em 2012 a cidade recebeu recursos do governo do Estado para a construção da Sala de Espetáculos Tulhas do Café, localizada no Parque da Cidade. O lugar foi pensado originalmente para ser um auditório, e o papel importante do agentes culturais da cidade fez com que o lugar recebesse um projeto que permite a exibição de diferentes linguagens em diversos formatos.
Referência para o texto: Wikipédia .

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

NOSSA SENHORA DO SOCORRO - SERGIPE

Nossa Senhora do Socorro é um município brasileiro do estado de Sergipe, localizado na Região Metropolitana de Aracaju no leste do estado. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem 181 928 habitantes, tornando-se o segundo mais populoso do estado.
Em razão de sua proximidade com a capital sergipana, o município tornou-se uma verdadeira cidade-dormitório, resultado da expansão urbana de Aracaju nos anos 1980 e 1990, possuindo diversos conjuntos habitacionais; entre os maiores: Marcos Freire I, II e III, Albano Franco, João Alves Filho, Piabeta, Fernando Collor, Conjunto Jardim, Parque dos Faróis e Taiçoca.
No século XXI a cidade passou a ter um espetacular crescimento econômico, especialmente no setor industrial e serviços, superando receitas de municípios do interior sergipano tradicionalmente fortes economicamente como Estância, Lagarto e Itabaiana.
História
A histografia sergipana nos mostra que o território de Sergipe era habitado por diversas tribos is. Mott (1986: 18 e 19) registra a presença de brancos, pardos, negros e índios na etnia sergipana, no século XVIII. Ressalta-se que cada um desses grupos tem suas peculiaridades culturais e contribuíram para a formação histórica da população dos diversos municípios sergipanos.
Segundo indicações de GÓIS (1991: 19), o espaço geográfico em que hoje se situam alguns municípios que faziam parte da microrregião da Cotinguiba, no século XVI era habitado por índios da tribo tupinambá.
Provavelmente a ocupação de Nossa Senhora do Socorro tenha ocorrido por volta do mesmo século, período em que se iniciou a colonização das terras da capitania de Sergipe Del Rey, fase em que a Coroa Portuguesa determinou o avanço da colonização sobre a capitania de Sergipe em 1575 (OLIVA: 1991:128).
Geografia
Vegetação
Na parte litorânea predominam coqueiros, vegetação rasteira e matas de restinga. Destaque para os manguezais que margeiam os rios do Sal, Cotinguiba e Sergipe). Solo: Podzólico vermelho amarelo.
Hidrografia
O município é banhado pelos rios do Sal, Cotinguiba e Sergipe.
Clima
Tropical quente e úmido, com um a três meses secos, além de moderado excesso de inverno caracterizado por um período de chuva entre os meses de março a agosto. A precipitação anual média é de 1.689,0 e temperatura de 25,2ºC.
Economia
Setor primário
Os principais produtos agrícolas são banana, coco-da-baía, manga, batata doce, cana-de-açúcar, mandioca e feijão. A pescaria é diversificada tanto nas águas dos rios como no mar, com destaque para carimãs, pescados, xeréus, bagres, robalos, traíras, arraias, carapebas e milongos. Atualmente a produção de camarão em viveiro tem se destacado. Na pecuária se destacam os rebanhos de Bovinos, Suínos, Equinos, Ovinos e galináceos.
A principal riqueza mineral é o sal-gema, considerado pelo seu teor de pureza, o único do Brasil. Nossa Senhora do Socorro é também grande produtor de calcário, argila, sal de potássio, magnésio e areia.
Indústria
No Distrito Industrial de Nossa Senhora do Socorro, localizado no Conjunto João Alves Filho, estão concentradas indústrias de alimentos, malharias, artefatos de cimento, renovadoras de pneus, fábricas de velas, de leite de coco, gesso, lavanderias cerâmicas esmaltadas, estofamentos, cosméticos, peças automotivas, vidreira e mineração. Em 2004 as empresas locais criaram a ASSEDIS (Associação das Empresas do Distrito Industrial de Socorro) com os objetivos de organizar as ações de melhoria da infraestrutura e manutenção do distrito. Devido aos incentivos fiscais, a indústria tem crescido muito nos últimos anos. O município de Socorro foi o que mais atraiu empresas entre 1987 e 2002. Subiu de 566 unidades em 1997 para 1.824 até dezembro de 2002. O crescimento percentual foi de 81,9%, bem acima das variações estadual, regional e nacional, que apresentaram crescimento de 36%, 50,5% e 41,7% respectivamente.
Setor terciário
É destaque o empreendedorismo que toma conta da cidade-dormitório, exemplificado pela construção com posterior duplicação do Shopping Prêmio, esse localizado no conjunto habitacional Marcos Freire I e um dos mais novos empreendimentos do Estado. Tal fato chama a atenção pois a ampliação foi decidida antes mesmo do término do empreendimento visto que suas unidades foram vendidas tão rapidamente que, ocasionado pela grande demanda e crescimento do mercado local, seu dono decidiu duplicar o referido Shopping.
Já no ano de 2017, no final do segundo semestre, iniciou a inauguração de outro grande centro comercial no município - o Mini Shopping São Braz. Localizado no conjunto habitacional Marcos Freire II, o empreendimento possui 41 lojas (sendo que uma delas é uma âncora de 600 metros quadrados que deve ser ocupada por uma rede de supermercados), praça de alimentação, estacionamento e tudo para a comodidade da clientela.
Cultura
Independente desses problemas, por causa de suas raízes históricas, a população de Nossa Senhora do Socorro possui um grande desenvolvimento cultural.Existem ainda as manifestações folclóricas representadas pelos grupos de capoeira, quadrilhas juninas além do Samba de Coco e do Reisado dos Idosos. Os festejos carnavalescos por sua vez acontecem na prainha do Porto Grande(sede).
A cultura afro-descendente é muito importante para o nosso povo. O grupo Consciência Negra promoveu em 2003, pela primeira vez, o 1º Encontro Cultural de Afro-Descendentes, na sede do município. O evento já aconteceu por duas vezes e contou com debates, mesa-redonda, palestras e apresentações folclóricas e culturais. O encontro contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. No mês de junho tem incio o Forró Siri evento que reúne artistas de Sergipe e Nacionais.Tem como Ditado Popular "Se São Antônio é aracajuano,se São Pedro é Capelense ,São João é Socorrense".
Turismo
- Prainha do Porto Grande - No início era um sítio tomado por mato. Somente os pescadores tinham acesso ao local para ancorar os barcos. Nem mesmo o banho era permitido. Mesmo assim, a beleza do Rio Cotinguiba passou a despertar o interesse da população em geral. Em 1984, um morador da cidade chamado Marcos Teles, já falecido, roçou o mato e fez uma trilha que dava acesso à margem do rio, construindo em seguida, um quiosque. Mas foi em 1992, por intervenção do prefeito da época, José Franco, que o Ibama e a Deso liberaram o acesso do público. Então ele construiu a orla do Porto Grande, com oito bares, que foram dotados de toda estrutura necessária. Todos os quiosques foram doados pela Prefeitura Municipal. Há um detalhe interessante nos bares que trazem nomes de peixes e mariscos. Aos poucos, não apenas o povo socorrense, mas turistas já estavam freqüentando a prainha que hoje é um pontos de atração turística do município. É lá onde também acontecem os festejos carnavalescos. A prainha do Porto Grande e a orlinha do São Braz formam o maior complexo de lazer de Nossa Senhora do Socorro, e ficam localizados à beira do rio.
Orlinha do São Braz - Localizada às margens do Rio do Sal, no Povoado São Braz, o local virou atração turística depois que foi todo urbanizado e ganhou uma passarela em madeira com uma bela vista para o rio e manguezal que atravessa a região. Foi a primeira obra do Proinveste oficialmente entregue à população. A inauguração ocorreu no dia 08 de fevereiro de 2015 e foi realizada pelo governador Jackson Barreto e pelo prefeito Fábio Henrique com a participação dos secretários municipal e estadual, deputados, moradores e lideranças políticas. O novo espaço de lazer oferece conforto aos moradores e estimula o comércio local, melhorando a qualidade de vida de moradores do local e do complexo Taiçoca.
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

FERRAZ DE VASCONCELOS - SÃO PAULO

Ferraz de Vasconcelos é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado no Alto Tietê. É formado pela sede e pelos distritos de Santa Margarida Paulista e Santo Antônio Paulista.
História
A história de Ferraz de Vasconcelos começa com a passagem de tropeiros pela cidade, que na época pertencia ao município de Mogi das Cruzes. Eles levavam alimentos, lenhas e carvão da região para São Paulo e outros vinham da capital do Império. Eles faziam este caminho que passava pelo bairro do Lageado, em Guaianases, no extremo leste da capital. Daí surge o vilarejo, originado da parada destes tropeiros à beira de um córrego, que foi sendo represado e passou a ser conhecido como Tanquinho.
Foram determinantes para o povoamento do município a construção da fábrica de lixas Gotthard Kaesemodel, que produz colas, lixas e papéis com a marca "Tatu", e possui uma filial que funciona há mais de 80 anos no mesmo local. Foi por causa desta fábrica que foi construída a então Parada da Vila Romanópolis que começou a ser povoada, e se tornou bairro, depois da construção da estação de Trem na década de 1920.
O nome é homenagem ao engenheiro da Estrada de Ferro Central do Brasil, José Ferraz de Vasconcelos, mineiro, nascido em 1880. O engenheiro projetou a estação de trem da então Vila Romanópolis, motivo pelo qual foi homenageado. Naquele tempo era comum batizar estações com o nome do engenheiro que a projetou. Com os crescimento do município, a partir das décadas de 40 e 50, muitos moradores importantes da cidade começaram a comprar diversas passagens, para forçar a linha férrea a fazer paradas regulares na pequena estação.
Após o término das obras da estação, começou-se a discussão para definir o nome que deveria ser dado à estação. Seria dado de Romanópolis, mas foi decidido o nome de Ferraz de Vasconcelos, em homenagem póstuma ao Engenheiro da Estrada de Ferro Central do Brasil, que quando terminou a revolução, debilitado e doente, não resistiu e faleceu em São Paulo aos 44 anos de idade em 1924.
A exemplo do que aconteceu em diversos municípios, o nome da estação passou a ser o nome de um distrito de Poá, chamado distrito de Ferraz de Vasconcelos, após a emancipação de Mogi das Cruzes (Lei Estadual nº 233, de 24 de dezembro de 1948). Em 14 de outubro de 1953, pela Lei 2.456, Ferraz de Vasconcelos se emancipou de Poá e foi elevada a categoria de município. O primeiro prefeito foi Helmuth Hermann Hans Louis Baxmann, eleito no dia 3 de outubro de 1954. Desde a década de 1960 os diversos sítios e fazendas que existiam na cidade foram loteados e ocupados rapidamente por pessoas que trabalhavam na fábrica de lixa, o que culminou no rápido crescimento da população.
Atualmente parte do patrimônio histórico e cultural da cidade, o prédio da fábrica de lixas Gotthard Kaesemodel, as "Lixas TATU" foi vendido para a construção do Burger King, até mesmo a criação de uvas, símbolo da cidade Ferraz de Vasconcelos, que foi uma das primeiras do Brasil a plantar a Uva Itália, de onde surgiu depois a Festa da Uva, também acabou, porque o local foi cedido para a construção do "Pátio Ferraz", complexo comercial com obras em andamento. Não há na cidade nenhuma iniciativa de preservação dos patrimônios históricos do município; As únicas edificações da época do surgimento do município são, ou eram, a fábrica de lixas (parte vendida como mencionado anteriormente), o prédio da Estação Ferraz (que foi demolido para a construção de um novo prédio), o prédio do cinema, que foi demolido em 2005 para a construção de uma loja de móveis, da rede Marabraz e o antigo Seminário Bom Jesus, conhecido como Porta do Céu, demolido em 2013.
Alguns fatos nos últimos anos fez que Ferraz de Vasconcelos, ganhasse momentânea notoriedade no Brasil. Em 2002 uma imagem em uma janela de uma casa na Rua Antonio Bernardino Corrêa, nº 330, Jardim Juliana, periferia de Ferraz atraiu cerca de 200 mil pessoas por várias semanas. A imagem aparentava ser de uma santa, e foi tida como milagre, inclusive com pessoas relatando ter recebido curas. O apresentador Augusto Liberato e a cantora Elba Ramalho estão entre as pessoas que visitaram a casa de periferia; até ônibus foram fretados para trazer pessoas de outros estados. Uma perícia feita pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, da Universidade de São Paulo, constatou que a imagem era uma mancha de sabão, que surgiu favorecida pelo calor da região. A casa permanece aberta até hoje, mas sem tantas visitas.
Bairros Históricos
- Tanquinho - Era a parada dos tropeiros que vinham da capital do império Rio de Janeiro rumo a São Paulo, não somente eles como também Bandeirantes caçadores e até Dom Pedro I. Este Bairro propicia a criação do município em 1953. Atualmente o Fórum Municipal e a igrejinha histórica do Bom Jesus, construída em 1880, estão situados no bairro.
Vila Romanópolis e Centro - O bairro surge devido à implantação da filial da fábrica de lixas Gotthard Kaesemodel, proprietária da marca "Lixas Tatu", sendo originalmente chamado de Parada da Vila Romanópolis, é a fábrica que atraí a construção da estação de trem. Hoje o bairro concentra a sede administrativa do executivo, a Prefeitura Municipal, do legislativo, a Câmara Municipal, além do comércio concentrado na Avenida 15 de Novembro, e restaurantes fast food.
Parque Dourado - Desde a criação do bairro, as ruas homenageiam as mágicas criações do cartunista e empresário Walt Disney. As ruas foram batizadas em 1973, pelo então prefeito Makoto Iguchi, que era fã dos personagens de Walt Disney. Atualmente o distrito exibe as principais avenidas e ruas que interligam o bairro com outros pontos da cidade. Na estância está localizada a delegacia de policia de Ferraz de Vasconcelos, Ciretran - Circunscrição Regional de Trânsito, entre lojas, pizzarias, supermercados, postos de combustíveis, centros de formação de condutores, despachantes, restaurantes, outros negócios e empresas.
Vila Corrêa - Seu fundador Antonio Bernardino Corrêa veio jovem para o Brasil, morando em diversas regiões e depois se instalando no estado de São Paulo, onde passou a investir em terras no município de Ferraz fundando assim o bairro. Hoje conta com a presença do Hospital regional Doutor Osiris Florindo Coelho, do comércio do setor de mecânica e vastas residências.
Vila Santo Antônio - De acordo com o testemunho de munícipes o bairro surgiu em meados da década de 1950, é importante devido a presença de indústrias e fábricas, além de comércio significativo e a criação da área pastoral Santo Antônio, que irá elevar à condição de Matriz a igreja de quase trinta anos.
Vila Margarida - Há quem diga que inúmeras pessoas migraram para o bairro devido a possível projeção de desenvolvimento. A maioria das famílias se instalou em sítios e chácaras formando grandes loteamentos habitacionais na área. O bairro porém só veio receber devida atenção nos últimos anos, coma criação de escolas, postos de saúde e ginásio de esportes.
Parque São Francisco - Era o antigo Sítio das Ovelhas, o Parque São Francisco nasce em agosto de 1971, e desde então cresce rapidamente, o progresso do bairro ocorreu de forma rápida. Atualmente se situa no bairro a Estação Antonio Gianetti Neto, localizado com área até à divisa com Guaianazes. O CIC - Centro Integrado de Cidadania, que oferece serviços sendo similar ao 'poupatempo' do governo do estado de São Paulo.
Economia
O comércio que era concentrado na Avenida Quinze de Novembro e Avenida Brasil, onde também estão localizadas parte das agências bancárias do município e diversas farmácias, óticas e lojas de calçados , que está em franca expansão para outros bairros. Hoje o que mais atrai pessoas dos municípios vizinhos e munícipes a Ferraz de Vasconcelos é o Hospital Regional Doutor Osíris Florindo Coelho, conhecido como Hospital Regional, administrado pelo governo de São Paulo, que fez surgir um pequeno centro comercial ao seu entorno, contribuindo para a expansão do comércio.
Indústrias e Comércios
As empresas mais notórias de Ferraz de Vasconcelos são a Rotoplas Brasil Rotomoldagem, Bognar Metais, Grupo Delga especializada na estamparia, montagem de conjuntos e subconjuntos soldados e carrocerias completas, Luckspuma fabricante de colchões, a alimentícia Hikari, Brinquedos Bandeirante, a Agassete fabricante de embalagens, Wolpac fabricante de controles de acesso, Baxmann e Ortopedia Jaguaribe ambas metalúrgicas, Muriel Brasil Indústria Cosméticos, Perflex Metais, GK abrasivos fabricante de lixas, Cordeiro Cabos Elétricos e a Shimano indústria e comércio de peças para bicicletas. Os comércios mais afamados são, MC Donalds, Burguer King e as redes atacadistas Atacadão, Tenda e Hipermercado Shibata.
Cultura
No antigo bairro do Jardim Prosperidade, um casal de imigrantes alemães fugindo da segunda guerra mundial escolheram a cidade para escapar da guerra. Construíram um casarão no bairro, que foi apelidado de "castelinho", tornando-se um dos principais pontos de referência da cidade, fazendo o bairro mudar de nome para Jardim Castelo. Atualmente este edifício, de potencial turístico-cultural, sofre com o abandono da prefeitura.
Detalhes Históricos
Pelo Tanquinho passou as comitivas vindas da antiga capital do país, Rio de Janeiro. Dom Pedro I dormiu em uma casa no Tanquinho na noite do dia 23 de Agosto de 1822, em sua viagem para a cidade de São Paulo, onde no dia 07 de Setembro declarou à Independência do Brasil.
Godofredo Osório Novaes foi indicado para ser o primeiro chefe da estação Ferraz de Vasconcelos, que foi inaugurada no dia 29 de Julho de 1926, com a presença de autoridades, comerciantes e moradores do local.
Em setembro de 1948 foi inaugurado um cinema (demolido em 2005, atual Lojas Marabraz).
Referência para o texto: Wikipédia .

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

SANTA BÁRBARA D'OESTE - SÃO PAULO

Santa Bárbara d'Oeste é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. Pertencente à mesorregião e microrregião de Campinas, localiza-se a noroeste da capital do estado.
História
Origens
Até por volta de 1810, a área onde está situada a região do município de Santa Bárbara d'Oeste não passava de mata virgem. Naquele ano, o lugar começou a ser desbravado com a abertura de uma estrada de rodagem ligando a freguesia de Santo Antônio de Piracicaba à Vila de São Carlos de Campinas. Com essas obras, descobriu-se uma região de solo massapé propício para o cultivo e banhada por muitas águas. A partir disso, novas sesmarias foram demarcadas para venda.
Margarida da Graça Martins, viúva do Sargento-mor Francisco de Paula Martins, comprou uma sesmaria de duas léguas quadradas, delimitada ao Norte com o Rio Piracicaba e a Nordeste com o Ribeirão Quilombo. Lá fundou uma fazenda com engenho de açúcar e encarregou seu filho, o Capitão Manoel Francisco da Graça Martins, de administrar as terras, nas quais o mesmo iria radicar-se por volta de 1818, cuidando de iniciar a formação de um povoado e de erguer uma capela, sob a invocação de Santa Bárbara. Para constituir o patrimônio do novo núcleo, efetuou a doação de uma área de, aproximadamente, 30 alqueires. Por Margarida ter sido originalmente a dona das terras daquele povoado, a cidade ficou conhecida por se tornar o primeiro e único município brasileiro fundado por uma mulher. E como a capela foi erguida em 1818, a data de fundação é considerada 4 de dezembro daquele ano.
O distrito de Santa Bárbara foi criado anos mais tarde após a formação do povoado e da construção da capela, pela Lei provincial n.° 9, de 18 de fevereiro de 1842, sendo transferido do Município de Constituição para o de Campinas, pela de n.° 1, de 23 de janeiro de 1844. Pela Lei provincial n.° 12, de 2 de março de 1846, o Distrito passou a pertencer ao Município de Piracicaba, ex-Constituição. A Lei provincial n.° 2, de 15 de junho de 1869 criou oficialmente o município, com a denominação de Santa Bárbara, com território desmembrado do de Piracicaba. A sede municipal recebeu foros de cidade através da Lei estadual n.° 1.038, de 19 de dezembro de 1906. O Município sempre foi constituído de um único distrito. Pelo Decreto-lei estadual n.° 14.334 de 30 de novembro de 1944, passou a denominar-se Santa Bárbara d'Oeste em homenagem a padroeira.
Século XIX
À medida que a região foi sendo povoada, novos lavradores chegavam à cidade. Em 16 de abril de 1839, ocorreu a elevação à condição de Capela Curada de Santa Bárbara dos Toledos (O nome "Toledos" foi adicionado em referência ao riacho que cruzava a cidade, denominado Ribeirão dos Toledos), passando a ser o quarto distrito da Vila Nova da Constituição (atual cidade de Piracicaba) e o décimo sexto da Comarca de Porto Feliz. A capela curada foi elevada a condição de freguesia a 18 de fevereiro de 1842, pela Assembleia Legislativa Provincial, conforme Lei Provincial número 9 sancionada pelo presidente da província José da Costa Carvalho, o barão de Monte Alegre.
Em 23 de janeiro de 1844, a freguesia de Santa Bárbara foi incorporada ao município de Campinas. A lei provincial editada em 2 de março de 1846 novamente anexou a freguesia de Santa Bárbara ao município de Vila da Constituição, atual Piracicaba. A lei provincial número 2 de 15 de junho de 1869, criou o município de Santa Bárbara desmembrando-o de Piracicaba.
Imigração estadunidense
A partir de 1867 passaram a chegar os imigrantes estadunidenses, sulistas sobreviventes da Guerra de Secessão. Juntamente com seus costumes e culturas, os norte-americanos também trouxeram novos métodos e técnicas agrícolas, contribuindo em muito para o progresso da agricultura. Além das novas técnicas agrícolas, os estadunidenses trouxeram novos credos religiosos para o Brasil. Em 10 de setembro de 1871 foi fundada a primeira igreja batista brasileira, em terras barbarenses.
De todas as regiões que acolheram americanos, Santa Bárbara d'Oeste, foi uma das que mais se desenvolveram. Os primeiros norte-americanos a chegar no município foram o coronel William Hutchinson Norris, ex-combatente da Guerra Civil Americana e ex-senador do estado do Alabama, e seu filho, que passaram a ministrar cursos sobre técnicas de cultivo de algodão aos fazendeiros locais. Uma vez estabelecidos, receberam o restante da família e outros conterrâneos.
A imigração norte-americana deu início a um dos principais eventos da cidade. Trimestralmente acontece em Santa Bárbara d'Oeste a Reunião da Fraternidade Descendência Americana e, anualmente, acontece a Festa Confederada Brasil-Estados Unidos no Cemitério do Campo, onde descendentes, do país inteiro, vestidos com roupas típicas do sul dos Estados Unidos, se reúnem para preservar suas tradições. Muitos imigrantes que vieram para Santa Bárbara d'Oeste conseguiram destaque nacional, como foi o caso de Pérola Byington, uma filantropa e ativista social nascida na cidade.
Imigração italiana
Também durante o século XIX vieram os colonos de origem europeia, principalmente italianos. Aos poucos o povoado também foi crescendo, abrindo oficinas, fabricando-se implementos agrícolas e desenvolvendo outras atividades artesanais.
Para resgatar a cultura e memória dos italianos que deixaram sua pátria e se aventuraram em uma nova vida no Brasil, um grupo de descendentes fundou o "Circolo Italiano di Santa Bárbara d'Oeste". Anualmente, o grupo promove a "Semana Cultural Italiana", que conta com apresentações de corais e cantores ítalo-brasileiros, exibição de filmes, exposições no Museu da Imigração, apresentações de peças de teatro e missas celebradas com cânticos e ritos em italiano.
Séculos XX e XXI
A indústria do açúcar tomou grande impulso no final do século XIX, com o aumento na demanda desse produto. Nessa época foram instaladas grandes usinas açucareiras no município, dentre as quais destacam-se a Usina de Cillo e a Usina Santa Bárbara (atualmente desativadas). Por conseguinte, a partir da década de 1920 surgiram diversas indústrias de implementos agrícolas e indústrias têxteis. Com o passar dos anos, surgiram novas indústrias e, na década de 1950, foi produzido no município o primeiro automóvel brasileiro: o Romi-Isetta, lançado em 5 de setembro de 1956.
Entre as décadas de 1960 e 1970, o rápido desenvolvimento de Americana, fez com que muitas pessoas viessem a procura de emprego e moradia. Como o território americanense é pequeno ele não comportou esse crescimento, e essas pessoas só tiveram a opção de se estabelecer na divisa entre Santa Bárbara e Americana, gerando o fenômeno de conurbação no local e dando origem a região conhecida como Zona Leste de Santa Bárbara. Esse fenômeno ocorreu também pelo fato de que a maioria da população desconhecia onde terminava um município e começava outro. Isso se dava porque o limite dos municípios ainda não estava totalmente fixado. O problema foi resolvido e a divisa das cidades foi fixada como a avenida que corta a região, que recebeu o nome de Avenida da Amizade.
A conurbação, apesar de ter trazido desenvolvimento para Santa Bárbara, também trouxe problemas. O grande aumento demográfico ocasionou forte desequilíbrio nas contas públicas do município, que não estava preparado para receber um fluxo tão grande de pessoas e arcar com as despesas. Isso causou anos de estagnação econômica, que hoje estão sendo superados graças ao desenvolvimento da cidade e de toda a região.
Desde os anos 2000, graças a investimentos públicos e privados, a cidade vem alcançando seu equilíbrio econômico e social, tornando-se um município cada vez mais competitivo perante a Região Metropolitana de Campinas. Leis de incentivos para empresas que se instalarem na cidade foram criadas e a obra de ampliação da Rodovia dos Bandeirantes, cujo trajeto passa pelo município, trouxe novas possibilidades de desenvolvimento.
Santa Bárbara é hoje uma das principais forças econômicas da Região Metropolitana de Campinas, apresentando uma boa qualidade de vida, como é possível comprovar através de seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), além disso os índices de desemprego e violência, apesar de não estarem nos mesmos índices de outrora, ainda continuam baixos se comparado a cidades vizinhas. A cidade apresenta um forte caráter industrial, atualmente, além das Indústrias Romi S.A., Usina Furlan, Goodyear, Canatiba, Mazak e Denso são algumas das empresas instaladas em seu pólo industrial.
A cidade centros de compras como o Shopping Tivoli, um dos principais shoppings da região e grande ponto de encontro e de compras da cidade, inaugurado em novembro de 1998, e por onde passam mensalmente cerca de 700 mil pessoas. Ele atende a população compreendida pelos municípios de Santa Bárbara d´Oeste, Americana, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia, além de atender as regiões de Piracicaba e Limeira.
Represas do município
As três principais represas do município de Santa Bárbara d'Oeste (Represa Areia Branca, Represa São Luís e Represa de Cillo) estão na bacia hidrográfica do ribeirão dos Toledos.
A Represa Areia Branca foi inaugurada em janeiro de 1997, sendo a maior represa deste sistema hidrológico. Tem uma área superficial de 1.808.264 m² e volume hídrico armazenado de 3.500.000 m³. A soma do perímetro de suas margens ultrapassa 20 quilômetros de extensão.
A Represa São Luiz possui área superficial de 777.989 m² e volume hídrico armazenado de 2.040.000 m³. As suas margens totalizam 12 quilômetros de comprimento.
A Represa de Cillo é a mais antiga das três e foi originalmente construída para abastecer uma usina açucareira do município, mas atualmente pertence ao sistema municipal de abastecimento de água da cidade de Santa Bárbara d'Oeste. Possui área superficial de 649.608 m² e volume hídrico armazenado de 1.167.401 m³.
Por estarem totalmente localizadas a montante da área urbana de Santa Bárbara d'Oeste, a água armazenada nessas represas apresenta baixo nível de poluição, propiciando que o município forneça água de boa qualidade a sua população.
Clima
O clima de Santa Bárbara d'Oeste é subtropical (tipo Cwa segundo Köppen), com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 22,2 °C, tendo invernos secos e frios (com ocorrências de geadas em dias da estação) e verões chuvosos com temperaturas altas. Os meses mais quentes, janeiro e fevereiro, têm temperatura média de 25 °C, sendo em ambos a média máxima de 30 °C e a mínima de 20 °C. E o mês mais frio, julho, possui média 19 °C, sendo 25 °C e 11 °C as médias máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição. Assim como ocorre em toda a região, as condições do tempo variam bastante neste município.
A precipitação média anual é de 1.466,1 mm, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem 34,3 mm. Em janeiro, o mês mais chuvoso, a média fica em 254,8 mm. Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes não só em Santa Bárbara, mas também em grande parte do Estado de São Paulo, não raro ultrapassando a marca dos 30 °C especialmente entre os meses de julho e setembro.
Ecologia e meio ambiente
A maior parte da vegetação original que possuía na cidade, a Mata Atlântica, foi devastada. Assim como outros 13 municípios da Região Metropolitana de Campinas, o município sofre um grave estresse ambiental, sendo que Santa Bárbara é considerada como uma das áreas mais sujeitas a enchentes e assoreamentos e conta com menos de 2% de cobertura vegetal.
Para tentar reverter este quadro, vários projetos foram e estão sendo realizados e planejados, como a construção de corredores ecológicos. O governo municipal também tenta colaborar, como por exemplo a criação do Plano Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental. Também foi criado o "Pacote Verde", elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente que disciplina o plantio de árvores e o controle de emissão de gases de veículos. Anualmente é realizada, entre o final de maio e início de junho, a Semana do Meio Ambiente. São realizadas palestras nas escolas e para a população, caminhadas ecológicas e plantio de mudas de árvores em várias partes da cidade. Segundo estudos realizados, Santa Bárbara d'Oeste está localizada no país de maior biodiversidade do planeta.
Algumas das principais áreas verdes de Santa Bárbara d'Oeste são: o Parque dos Ipês, o Parque do Araçariguama e ainda o bairro rural de Santo Antônio Sapezeiro, sendo considerados como atrativos municipais.
Economia
O Produto Interno Bruto - PIB - de Santa Bárbara é o 135º maior do Brasil, destacando-se na área de prestação de serviços. O PIB per capita é de R$ 16.182,78. O município está entre os que mais geram novas vagas de emprego no estado de São Paulo.
Setor primário
A agricultura é o setor menos relevante da economia de Santa Bárbara d'Oeste. 
Santa Bárbara d'Oeste vem deixando em segundo plano sua vocação agrícola, especificamente a produção de cana-de-açúcar, com a abertura de novos parques industriais e com o fortalecimento do comércio do município. Com isso a tendência é que o setor primário continue a se rebaixar.
Setor secundário
A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município. Atualmente predominam a média e pequena empresa, com segmentos bastante diversificados, pontificando as indústrias metal-mecânicas, têxteis e de confecção de roupas. Entre as principais indústrias instaladas na cidade pode-se mencionar a Romi, Goodyear, Canatiba, Denso, entre outras. Outros segmentos também são muito bem representativos como: borracha, químico, auto-peças, bebidas, açúcar, álcool, brinquedos, dentre outras. Mas Santa Bárbara possui também centenas de indústrias de médio e grande porte.
A cidade também se destaca no pioneirismo. No município foi construído o primeiro trator; o primeiro automóvel brasileiro, a Romi-Isetta; o primeiro Controle Numérico Computadorizado - CNC, de aplicação nas máquinas-ferramenta produzidas e exportadas para dezenas de países de todos os continentes.
Setor terciário
O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB barbarense. Um dos principais pontos comerciais da cidade é o Tivoli Shopping, inaugurado em 1998. Hoje, conta com 145 lojas em operação, sendo 8 âncoras (um supermercado e sete lojas de departamentos), 21 lojas de alimentação entre fast-food, restaurante, cafeteria, doceria e sorveteria e 14 quiosques fixos. O centro da cidade também possui diversos pontos comerciais. Assim como no resto do país o maior período de vendas é o Natal.
Educação
Santa Bárbara d'Oeste tem um sistema de ensino considerado como de qualidade se comparado ao resto do país. De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), a cidade tem a melhor pontuação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) dentre os municípios da Região Metropolitana de Campinas, além disso, cerca de 94% da população é alfabetizada. A cidade tem 43 unidades escolares de educação municipal e 35 escolas estaduais, onde atuam mais de 1.200 funcionários municipais, das diferentes categorias profissionais.
O município tem várias instituições educacionais. São 34 escolas estaduais e um Centro Estadual de Educação Tecnológica, sete Áreas de Desenvolvimento Infantil (ADI), um Centro de Atendimento Integral à Criança (CAIC), duas escolas de Ensino Fundamental (EMEF), treze escolas municipais de Ensino Fundamental e Infantil (EMEFEI), 21 escolas municipais de Educação Infantil (EMEI), oito escolas privadas de 1º e 2º graus, dez escolas de educação infantil, uma escola de educação especial, escolas técnicas e profissionalizantes Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI), Serviço Social da Indústria (SESI) e Centro de Educação Tecnológica Paula Sousa (CEETPS) e três faculdades, a Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), a Faculdade Anhanguera de Santa Bárbara e a Faculdade Politec (FAP).
Cultura
Pontos turísticos
O Parque dos Ipês, inaugurado em 1996, é o principal parque da cidade e conta com lagoa e variadas espécies de plantas, aves e peixes. Possui 7,2 hectares e está localizado próximo ao centro da cidade. Uma das principais referências para as pessoas que praticam caminhada e exercícios ao ar livre, o parque foi remodelado e reaberto em junho de 2008.
O Parque Araçariguama é um parque localizado próximo ao Parque dos Ipês e foi construído aproveitando o córrego de mesmo nome que nasce na região rural da cidade. Possui uma área de 70 mil metros quadrados, com uma lagoa de 12 mil metros quadrados, onde foi construída uma ponte com 14 metros de comprimento por 2,1 metros de largura.
O Tivoli Shopping, fundado em 1998, é um dos maiores centros de compras e lazer da região. Dispõe de uma grande variedade de produtos e serviços, reunindo várias marcas nacionais e internacionais. Um mix com aproximadamente 125 lojas em operação, sendo três âncoras (três lojas de departamentos), 25 lojas de alimentação entre fast-food, restaurante, cafeteria, doceria e sorveteria. Na área de serviços, possui agência bancária, correio, banca de jornal, serviços automotivos e um centro médico. Como entretenimento, o Tivoli oferece quatro salas de cinemas, jogos eletrônicos e uma área interna para eventos.
O bairro rural de Santo Antônio Sapezeiro localiza-se a cerca de 10 km do centro da cidade e é um dos mais antigos da cidade. O nome do bairro se dá pela devoção do santo e devido ao grande número de sapês que havia na localidade. Faz parte dos atrativos do bairro a Igreja Santo Antônio do Sapezeiro, onde acontece a Festa do Padroeiro e a Cachoeira do Antônio do Sapezeiro, que fica há apenas 4 km da igreja. O bairro também é bem conhecido por sua culinária caipira, com destaque para a linguiça, fabricada pelos próprios moradores.
Museus e espaços culturais
O Museu da Imigração está instalado num prédio de arquitetura francesa, que foi construído no século passado para abrigar a cadeia da cidade. Com a inauguração de uma cadeia pública mais ampla e moderna, na década de 1970, o prédio foi desativado. Na década de 1980 foi reformado e passou a abrigar o Museu, cujo acervo inicial foi cedido pela Fraternidade Descendência Americana, que havia desativado o Museu que mantinha nas dependências do Cemitério do Campo. O acervo foi logo ampliado com objetos e documentos sobre a história do município e diversas doações feitas por descendentes de outras famílias de imigrantes. O Museu possui uma sala de exposições permanentes de trabalhos de artistas locais e de outras cidades.
A antiga estação ferroviária paulista foi construída em 1917 e serviu à cidade até 1995. Com a desativação da linha ferroviária, a estação entrou em um processo de degradação, transformando-se em ponto de prostituição e uso de drogas. No ano de 2007 a estação foi revitalizada e transformada em um centro cultural, com recursos da Fundação Romi e da Lei Rouanet, terminando com o aspecto decadente da área e sendo renomeada para Estação Cultural de Santa Bárbara. A Estação Cultural conta com auditório com capacidade para 200 pessoas, palco, camarim e mezanino, que serão utilizados para shows e apresentações teatrais, além de midiateca e uma biblioteca temática sobre a ferrovia. Além da revitalização dos antigos edifícios, foi construído também um prédio anexo que possui um cyber café e uma livraria. Graças ao projeto Ninho Musical, a Estação Cultural de Santa Bárbara d'Oeste recebeu a titulação de "Ponto de Cultura do Estado de São Paulo". O projeto permite que dezenas de participantes aperfeiçoem seus conhecimentos musicais teóricos e práticos a fim de se desenvolverem como músicos amadores ou profissionais. Através de uma iniciativa pioneira do maestro Paulo César Bellan, o projeto Ninho Musical surgiu através de uma parceria entre a Fundação Romi, a Prefeitura de Santa Bárbara d'Oeste e o Governo Federal.
O Cemitério dos Americanos, também conhecido como Cemitério do Campo por estar localizado no Bairro do Campo, foi iniciado em 1867 com o sepultamento de Beatrice Oliver, esposa do Cel. Oliver, um dos muitos imigrantes que se estabeleceram neste município a partir de 1866. Na época, o cemitério do município pertencia à Igreja Católica que proibia o sepultamento de não católicos no local. Com isso, O Cel. Oliver seguindo um velho costume do sul dos Estados Unidos sepultou sua esposa e posteriormente suas filhas em terras de sua propriedade. Com o passar dos anos, ele destinou um hectare de suas terras para que as famílias americanas pudessem sepultar seus mortos. Hoje cerca de 500 pessoas estão ali sepultadas. O cemitério possui uma área de recreação onde os descendentes americanos realizam reuniões trimestrais e anualmente, a Festa Confederada, recebendo visitantes de várias partes do país e do exterior. Já recebeu ilustres visitantes como o ex-governador da Geórgia, o ex-presidente americano Jimmy Carter e sua esposa Rosalyn, na década de 1970, além de representantes do consulado e de órgãos de imprensa dos Estados Unidos.
Fundado em 1994, o Teatro Municipal Manoel Lyra leva o nome de um pioneiro do teatro no interior paulista, que dedicou sua vida à arte dramática e a difusão do teatro. O teatro municipal é um espaço criado não apenas para servir ao lazer da população ou sediar eventos. É parte de um plano que visa a resgatar o interesse e o desenvolvimento cultural de uma geração cada vez mais distante das artes e da cultura.
Em 20 de setembro de 2000, a Prefeitura Municipal de Santa Bárbara inaugurou o Centro de Memória da cidade, com o objetivo de recolher, guardar e preservar documentos relacionados à história da cidade. Fonte para a história do município o acervo é composto de jornais e recortes, revistas, fotografias, fitas cassete e de vídeo, publicações específicas sobre a cidade, além de uma pequena biblioteca de livros raros que datam da segunda metade do século XIX, além de possuir uma sala para consultas.
Fundada em 15 de junho de 1968, a Biblioteca Pública Municipal "Maria Aparecida de Almeida Nogueira" foi a primeira biblioteca do município e se localiza na região central do município. Atualmente, a Biblioteca Central, como também é conhecida, possui um acervo de cerca de 45.000 livros, 20 títulos de revistas e 9 títulos de jornais. A frequência de visitas é estimada em 10.000 pessoas por mês. Outras bibliotecas da cidade são a Biblioteca Pública Municipal e Centro Cultural "Prof. Léo Sallum", localizada na chamada "zona leste" da cidade e a Biblioteca Pública Municipal "CAIC Irmã Dulce".
Eventos
O município realiza diversas festas anuais, como a Festa da Imigração, a Feira das Nações e a Festa Confederada Brasil-Estados Unidos.
Anualmente, no mês de abril, a Fraternidade Descendência Americana, hoje administradora do Cemitério do Campo, realiza a Festa Confederada Brasil-Estados Unidos na área de recreação que o cemitério possui. A Festa recebe visitantes de várias localidades do Brasil e do Mundo, e já contou com a presença de personalidades ilustres como, na década de 1970, o ex-governador da Geórgia e presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter e sua esposa, que possuem um ancestral sepultado no local. No ano de 2006 a Festa atraiu 1500 pessoas, há 23 anos é realizada no mesmo local e tem como foco retomar a tradição e a cultura dos imigrantes norte-americanos sulistas.
Durante o evento há barracas de comidas tipicamente americanas, como frango empanado, hambúrgueres e milho cozido; bandas tocando jazz, dixieland, country tradicional e folk americano, além disso, é possível ver a bandeira Dixie – o símbolo dos estados rebeldes – espalhadas por todo lado. As danças folclóricas norte-americanas são o ponto alto do evento. As mulheres se vestem a caráter, como a personagem Scarlett O'Hara, vivida por Vivien Leigh no filme "...E o Vento Levou" (clássico que se passa durante a guerra civil americana), e os homens trajam uniforme cinza, botas e chapéus, como se estivessem em um campo de batalha. As danças são do tipo square dance (uma espécie de quadrilha americana), cancan e outras danças folk sulistas.
Esportes
O principal time de futebol da cidade é o União Barbarense, fundado em 22 de novembro de 1914. Seu estádio é o "Estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães" com capacidade para 14.914 pessoas.
O Esporte Clube Barbarense mantém uma equipe de natação que têm obtido resultados significativos nas competições realizadas em todo o estado de São Paulo.
Em 2007 o nadador barbarense César Cielo Filho, que iniciou sua carreira nesse clube, recebeu destaque nacional ao ganhar três medalhas de ouro e uma de prata durante os Jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro e destaque mundial ao ganhar a primeira medalha de ouro de um nadador brasileiro durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2008.
Em setembro de 2010 as piscinas do Esporte Clube Barbarense sediaram uma das mais importantes competições do calendário esportivo do Brasil: o Troféu José Finkel de Natação. Essa competição serviu como a seletiva brasileira para o Campeonato Mundial de Natação em Piscina Curta de 2010 que foi realizado na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Em 2010, a administração municipal de Santa Bárbara d'Oeste deu início ao processo de construção do Pólo Aquático César Cielo. Obedecendo padrões técnicos internacionais, a primeira piscina olímpica da região terá a extensão de 50 x 25 metros e profundidade de 2,5 metros. Serão investidos R$ 3,3 milhões no projeto, que conta com recursos do Ministério dos Esportes e da Prefeitura. A área total do Pólo Aquático será de 3,6 mil metros quadrados, com arquibancadas, vestiário e salas de treinamento. A previsão de entrega da obra é de seis meses após o término do processo licitatório.
Referência para o texto: Wikipédia .