quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Grão Mogol - Minas Gerais

Grão Mogol é um município histórico brasileiro localizado no estado de Minas Gerais.
História - Grão Mogol, antigo distrito criado em 1840/1891 e subordinado ao município de Montes Claros, foi elevado à categoria de vila pela Lei provincial nº 171 de 23 de março de 1849 e recebeu status de cidade em 1858.
A história de Grão Mogol também é ligada com Guálter Martins Pereira, o primeiro e único barão de Grão-Mogol.
O povoado Serra de Santo Antônio do Itacambiraçu, atual Grão Mogol, teve sua origem relacionada à descoberta de diamantes no final do século XVIII. No ano de 1839, o lugarejo era chamado de Arraial da Serra de Grão Mogol e logo passou a atrair pessoas do país e estrangeiros (portugueses, franceses, alemães, além de outros europeus), que, provavelmente, atuavam na exploração de diamantes.
O local passou a se destacar por movimentar o comércio de diamantes explorados inicialmente de forma clandestina. Isso passou a incomodar a Coroa Portuguesa que logo enviou um representante para assumir o controle da exploração e comercialização dos diamantes. No ano de 1840, o arraial evolui para Vila Provincial e no mesmo ano foi transformado em Distrito.
Só no ano de 1858, Grão Mogol recebeu a categoria de cidade. Durante décadas, Grão Mogol se destacou como a mais importante cidade da região Norte Mineira. O processo de decadência da exploração das minas de diamantes, ocorrida especialmente após a década de 1960, coincidiu com a emancipação de parte do território de Grão Mogol e com a criação dos novos municípios de Itacambira, Cristália e Botumirim.
Ainda nesse período, a falta de oportunidade de emprego fez com que os moradores locais iniciassem um processo de migração em direção às cidades próximas e à grandes centros urbanos como São Paulo. Com isso a cidade estagnou no seu crescimento e a sua população residente decresceu.
No entanto, o conjunto de prédios históricos e as manifestações culturais continuam como heranças marcantes daquela época, preservadas pelo tempo, constituem-se em atrativos turísticos potenciais para o município.
Formação Administrativa - Distrito criado com a denominação de Grão Mogol, pela Lei Provincial nº 184, de 13 ou 03/04/1840, e Lei nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Montes Claros. Elevado à categoria de vila com a denominação de Grão Mogol, pela Lei Provincial nº 171, de 23-03-1849, desmembrado de Montes Claros de Formiga. Sede na povoação da Serra do Grão Mogol. Constituído do distrito sede. Instalado em 07/01/1949.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Grão Mogol, pela Lei Provincial nº 859, de 14-05-1858. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 7 distritos: Grão Mogol, Nossa Senhora da Conceição da Extrema, Nossa Senhora da Conceição de Jatobá, Santo Antônio do Riacho dos Machados, Santo Antônio de Itacambira, Santo Antônio do Gorutuba e São José do Gorutuba Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 01/09/1920.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, município é constituído de 7 distritos: Grão Mogol, Cristália (ex-Nossa Senhora da Conceição da Extrema), Gorutuba (ex-São José de Gorutuba), Itacambira (ex-Santo Antônio de Itacambira), Porteirinha (ex-Nossa Senhora da Conceição de Jatobá), Riacho dos Machados (ex-Santo Antônio do Riacho dos Machados) e Santo André (ex-Santo Antônio do Gorutuba).
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Grão Mogol os distritos de Porteirinha, Gorutuba e Riacho dos Machados, para formar o novo município de Porteirinha.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Grão Mogol, Cristália, Itacambira e Santo André.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 5 distritos: Grão Mogol, Botumirim, Catuni (ex-Santo André), Cristália, Itacambira.
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 2 distritos: Grão Mogol e Padre Carvalho. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Turismo - Grão Mogol oferece um grande número de atrativos culturais e naturais. Alguns atrativos estão localizados dentro da área que abrange o Parque Estadual de Grão Mogol e protegidos por legislação específica. As visitas de caráter científico e educacional devem ser previamente agendadas junto a gerência do Parque.
Atrações turísticas no perímetro urbano - Balneário Córrego das Moças; Cachoeira do Inferno; – Casa da Cultura; Casa do artesão; Casarão Bar e Restaurante; Feira Livre – toda sexta-feira; Igreja de Nossa Senhora do Rosário; Igreja Matriz de Santo Antônio; Lapa da Água Fria; Lapa dos Fróes; Pedra Rica; Presépio Natural Mãos de Deus; Rua Direita.
Atrações turísticas mediante autorização prévia (propriedades privadas) - Cachoeira Maria das Neves – 6 km; Canyons da Extrema – 7 km; Cachoeira da Fumaça – 10 km; Sítio Arqueológico Veado Listrado – 10 km.
Atrações turísticas mediante autorização prévia do IEF (áreas protegidas) - Trilha da Tropa (perímetro urbano); Trilha do Barão (perímetro urbano); Cachoeira do Mirante (perímetro urbano); Gruta do Quebra Coco (perímetro urbano); Cachoeira Véu das Noivas – 12km; Sede Parque Estadual de Grão Mogol – 15 km.
Atrações turísticas isentas de autorização prévia - Praia do Vau – 4 km; Lago de Irapé – 23 km; Usina de Irapé – 63 km (agendamento de visita no Centro de Memória); Sítio Arqueológico da Extrema – 20km.
Trilhas/Tracking - Trilha da Tropa – 5,82 km; Trilha do Barão – 11,81 km.
Geografia - Localizada nos confins da Serra do Espinhaço ao norte de Minas Gerais, a cidade jaz sobre um platô de 829m, onde está a prefeitura da cidade. A vegetação é de cerrado com verões úmidos e longos períodos secos de inverno. Localizada numa região de transição entre o semi-árido e o cerrado, a cidade sofre muito com a estiagem e a secura do fins de outono até o fim do primeiro mês de primavera.
Clima - O clima é Tropical de Altitude, tipo Savana ou Cerrado, onde o efeito da secura nos invernos são maiores em que outros climas tropicais de altitude como em São Paulo.
Seu Clima é úmido durante os meses de outubro a abril, durante os meses de maio a setembro a cidade sofre com uma intensa estiagem que gera grandes secas, e baixas umidades no ar, podendo trazer sérios problemas de saúde para a população local e à agricultura.
Os Verões são quentes e bastante úmidos com noites frescas, E invernos muito secos e razoavelmente quentes durante o dia e frios durante à noite podendo abaixar para até 5 °C durante à noite(Pois a perda de calor é muito grande devido a falta de nuvens para retê-lo durante este período do dia). O Outono entre março e abril é umido, a partir de maio até junho, começa o período seco desta estação que se intensifica até a entrada do inverno no dia 21 de junho.
As Primaveras começam ainda muito secas no mês de setembro e a umidade e as precipitações começam a voltar completamente ao normal durante o mês de outubro e chega ao final do mês de dezembro superúmida, e a temperatura tanto noturna quão diurna ascende consideravelmente.
Referência para o texto: Wikipédia e Site da Prefeitura de Grão Mogol..

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Parque Nacional das Sempre-vivas - Minsa Gerais

O Parque Nacional das Sempre-Vivas situa-se na Serra do Espinhaço no divisor de águas das bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, Brasil, a 300 quilômetros de Belo Horizonte aproximadamente. Abrange quatro municípios: Olhos-d'Água, Diamantina, Buenópolis e Bocaiúva. Foi foi criado através do decreto s/nº de 13 de dezembro de 2002 com o objetivo de assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, bem como proporcionar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, de recreação e turismo ecológico. Possui uma área de 124.555 ha. É administrado pelo ICMBio. A unidade de conservação está inserida em uma região de elevada importância histórico-cultural, o que levou a UNESCO a declarar o município de Diamantina, Patrimônio Cultural da Humanidade. O nome do Parque é referência às variadas espécies de “sempre-vivas”, pequenas flores típicas da região onde se localiza. O turismo só é permitido após autorização dos seus organismos de proteção. O acesso ao Parque é feito através do distrito de Inhaí, que está a 50 km de Diamantina.
Aspectos físicos e biológicos - O local abriga grande concentração de nascentes de afluentes do rio Jequitinhonha, com belas quedas d'água. A paisagem física da região é marcada por características extremamente heterogêneas. O mapeamento geológico feito para a região relaciona quatro grandes grupos geológicos: a planície aluvionar, a cobertura dendrito-laterítica, diques e soleiras metabásicas e o super grupo Espinhaço (formações rio Pardo e córrego Bandeira).
As seguintes formações podem ser identificadas na região: formações savânicas, floresta estacional semi-decidual, mata ciliar, floresta paludosa, vereda, campos hidromórficos, campos rupestres e lagoas marginais. A região apresenta clima tropical semi-úmido com temperatura média anual de 20ºC e precipitação média anual variando de 1.250 a 1.500 mm.
Flora - O Parque Nacional das Sempre-vivas apresenta uma grande heterogeneidade ambiental formando um complexo mosaico de tipologias vegetais, ainda em excelente estado de conservação. Foram registradas na região deste mata densa de fundo de vale até os campos rupestres típicos das altitudes elevadas. Segundo estudos realizados na região da Serra do Espinhaço cerca de 70% das sempre-vivas, grupo das euriocauláceas, do mundo estão concentradas nesta cordilheira. A Serra do Espinhaço é também uma região de grande relevância biológica. Foi considerada pelo Fundo Mundial da Vida Selvagem (WWF) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como um dos centros de diversidade de plantas do Brasil em decorrência do alto grau de endemismos.
Fauna - O elevado grau de preservação da região fica ainda mais evidente com a presença de espécies de animais ameaçadas de extinção como a onça-pintada e a onça-parda, espécies que devido ao seu elevado porte e hábito alimentar necessitam de áreas bem preservadas e com muitos recursos alimentares para sobreviverem. Entre as aves observa-se a presença da arara-vermelha grande e da arara-canindé. Também há a presença da jaguatirica, lobo-guará, tamanduá-bandeira, tatu-canastra, catitu, lontra, veado-campeiro, entre outros.
Referência para o texto:Wikipédia.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Vigia de Nazaré - Pará

Vigia é um município brasileiro do estado do Pará. Localizado na Mesorregião do Nordeste Paraense e na Microrregião do Salgado.
História - O município foi criado em 6 de janeiro de 1616, seis dias antes da fundação da também paraense Belém do Pará por Francisco Caldeira Castelo Branco durante sua expedição de conquista do Grão-Pará. Os primitivos habitantes da região foram os índios Tupinambá. Viviam na aldeia Uruitá (do Tupi Guarani, Cesto de pedras). Neste aldeamento, os colonizadores construíram um posto fiscal para fiscalizar as embarcações que abasteciam Belém. Esta é a origem do nome do local.
O atual município, situado na Zona Fisiográfica do Salgado, fora primitivamente uma aldeia de índios, criada pelos tupinambás, que deram o nome de Uruitá.
Por sua localização, o governo colonial transformou-a em um posto alfandegário guarnecido, denominado Vigia, para fiscalizar e proteger, de contrabandistas, as embarcações que demandavam Belém. Essa iniciativa fora a causa da formação do povoado, que se elevou à Vila, em 1693. Assim, permaneceu até a Independência do Brasil.
Mais tarde em 1698, Vigia obteve categoria de município. Entretanto, o seu patrimônio territorial só veio a se formar em 1734, com a concessão da carta e data e sesmaria.
Com o advento da Lei Pombalina, expedida em 1761, os jesuítas foram expulsos do Brasil e Vigia foi elevada a Paróquia secular, sendo também criado, ali, um colégio secular. Nessa época, a localidade já contava com uma casa que fora transformada em templo, em 1732, pelo padre José Lopes, provincial da Companhia de Jesus e com o Colégio Mãe de Deus, construído pelos jesuítas.
Por ocasião da Revolução da Cabanagem, ocorrida em 1833, na Província do Grão-Pará, o município de Vigia sofreu depredações. Esse movimento foi suprimido em 1836, com a chegada do Major Francisco Sérgio de Oliveira, por ordem do Marechal Soares de Andréa.
Anos depois, em 1854, Vigia recebeu foros de Cidade.
Topônimo - O topônimo do município, de origem portuguesa, adveio da criação do posto fiscal da aldeia de ''Uruitá'' que, por sua vez, significa "pedra de galinhas".
Patrimônio Histórico
Capela do Senhor dos Passos ou Igreja de Pedras - A Capela do Senhor dos Passos (Igreja de Pedras) datada do século XVIII, é um templo construído pelos Jesuítas toda em pedras sobrepostas e sem reboco. Conhecida, hoje, como Igreja do Bom Jesus, porque lhe guardava a imagem. Nessa época foi transferida para a igreja Madre de Deus a imagem do Bom Jesus, para que a Igreja de Pedras fosse concluída, mas com a expulsão dos jesuítas de Portugal e das províncias do Brasil, em 1759, por ordem do Marquês de Pombal, a construção da capela ficou inacabada e abandonada, sofrendo demolições e transformações. Na década de 30, um intendente local mandou demolir o que restava das paredes laterais e, com as pedras, mandou construir o cais de arrimo da cidade. A Igreja revela estrutura de pedras lavradas, peças de mármore e imagens antigas. A técnica construtiva é pedra com agregado de uma mistura de massa de argila crua e cal que era obtida de materiais tirados dos sambaquis, ou depósitos pré-históricos de conchas, comuns no litoral brasileiro. Em dezembro de 2011, ganhou o título de Primeira Maravilha do Pará.
Igreja da Madre de Deus - Em 28 de fevereiro de 1733, o padre provincial da Companhia de Jesus, José Lopes, superior do Colégio da Mãe de Deus, com despacho do Senado da Câmara da Vila da Vigia de Nazaré, iniciou a edificação da Igreja da Madre de Deus. A expansão e ocupação territorial implementada por Portugal, em parceria com a Companhia de Jesus e as formas de representação do catolicismo popular incorporado ao culto à Virgem de Nazaré, ligam a Madre de Deus com a História da Humanidade. O templo construído em estilo barroco, com elevados campanários, com varandas sustentadas por colunas, salões, sacristia adornada de painéis com rico altar e retábulos dourados, perpetuaria a memória da Companhia de Jesus na Vigia de Nazaré. Por volta de 1930, o Padre Alcides Paranhos e o prefeito da cidade resolveram demolir parte do prédio, usando as pedras retiradas para a construção da primeira usina de luz de Vigia. Com a demolição foram encontrados esqueletos humanos entre as pedras, o que comprovou uma antiga lenda local de que algumas pessoas condenadas pelas Ordenações do rei de Portugal foram empaladas nas paredes da Igreja. A Igreja da Mãe de Deus, dedicada a Nossa Senhora de Nazaré, é a única no norte do Brasil, munida de 22 colunas laterais de origem toscana. O templo apresenta alvenaria de pedra, estrutura do telhado em madeira de lei, cobertura com telha de barro, frontispício formado por um corpo central e duas torres com campanários compostos por três janelões sineiros de arco de meio ponto, encimadas por cornijas em que se destacam elementos decorativos. Em sua parte interna, há peças em ouro e prata, crucifixos e imagens originais de Rocca. O forro da sacristia é todo ornado com belíssimas pinturas. O corpo central é marcado pelo frontão que é composto de volutas simétricas. É considerada Patrimônio da Cultura Nacional, tendo sido tombada com a denominação de Igreja de Nossa Senhora da Madre de Deus, em 14 de dezembro de 1954, inscrita no Livro de Belas Artes, folha 80, número 424.
Mercado de peixe - Antigamente, em função da técnica utilizada para a conservação do pescado que era comercializado no município, existia o velho mercado de peixe, conhecido pela população como a Salgadeira, na esquina da Boulevard melo Palheta com a travessa Vilhena Alves. O constante crescimento da atividade pesqueira transformou o velho mercado de peixe num lugar antiquado para o povo vigiense. Impróprio para as atividades pesqueiras e com instalações precárias, fatos que inspiraram o prefeito Manoel de Souza Leal a iniciar a construção de um logradouro mais adequado para a comercialização do pescado na Vigia de Nazaré. No período compreendido entre os anos de 1943 e 1945, na administração de Jorge Corrêa, com o apoio do interventor do Pará , Joaquim de Magalhães Cardoso Barata e com acompanhamento do engenheiro vigiense Jonas Brito, foi construído o novo Mercado Municipal, mais tarde conhecido como Mercado de Peixe. Escolha do local tinha a intenção de modificar e sanear a frente da cidade, na época, ocupada pelos quintais das casas que deveria ter suas edificações com portas e janelas voltadas para o rio Guajará – Mirim. O prédio possui implantação, obedecendo ao alinhamento da via pública, técnica construtiva em alvenaria de tijolo, vãos com vergas retas e cobertura com telha de barro tipo francesa.
Trem de guerra - No início do século n casa existia na Vigia, um casarão que era moradia e local de trabalho do Juiz de Paz do município, João de Sousa Ataíde, e armazenava as armas e munições da Guarda Municipal da Vigia. Este foi denominado Trem de Guerra. No período da Cabanagem, quando o movimento se espalhou pelo interior do Estado do Pará, a então Vila de Vigia, foi invadida pelos revoltosos em 1835. Durante o primeiro assalto à Vila da Vigia, os cabanos dominaram o Paço Municipal, onde funcionava o Senado da Câmara, obrigando as autoridades legalistas vigienses a se refugiarem-se no Trem de Guerra, também conhecido como Casa-Quartel. Esse prédio foi onde o movimento cabano operou o mais violento e sangrento episódio da Cabanagem na Vila da Vigia, quando foram assassinados todos os moradores e os militares vigienses que se encontravam aquartelados no Trem de Guerra. Construído em taipa e cobertura em telha de barro, o prédio, com acesso pela rua de Nazaré e pela rua Visconde de Souza Franco, atual Rua Noêmia Belém, pertenceu anteriormente a Inocêncio Holanda. Mais tarde foi vendido a Jerônimo Magno Monteiro que o desmembrou em duas edificações. A parte localizada à rua de Nazaré foi vendida à Prefeitura. Na década de 90, do século XX, em razão do alto grau de deterioração, foi totalmente demolido e reconstruído com materiais contemporâneos, em alvenaria e tijolo, mantendo, parcialmente, as características arquitetônicas externas originais do Antigo Trem de Guerra.
Religião - A história da Vigia de Nazaré, em parte, está circunscrita à ação religiosa dos jesuítas que vieram junto aos portugueses para a região da zona fisiográfica do salgado, onde está localizada Vigía. Como representantes da Ordem na colônia portuguesa, os padres capitaneando as populações indígenas, foram desbravando a floresta e penetrando-nos mais recônditos lugares, imbuídos do fiel propósito de converter almas e espalhar a fé cristã catequizando os habitantes que naquele tempo era a aldeias de índios criados pelos tupinambás, que deram o nome de Uruitá. Os jesuítas,assim como em muitas outras regiões, influenciaram nas devoções de santos como nossa senhora de Nazaré e utilizaram a mão de obra indígena e dos negros escravos para ajudar a construir monumentos para ajudar a transmitir a evangelização como a igrejas de pedra, e a igreja matriz ou também chamada igreja dos romeiros, que contribuíram para transmiti-la a evangelização por meio dessas construções. Com o advento da Lei Pombalina, expedida em 1761, os jesuítas foram expulsos do Brasil e Vigia foi elevada a Paróquia secular, sendo também criado, ali, um colégio secular. Nessa época, a localidade já contava com uma casa que fora transformada em templo, em 1732, pelo padre José Lopes, provincial da Companhia de Jesus e com o Colégio Mãe de Deus, construído pelos jesuítas.
Círio de Vigia - É o Círio mais antigo do Pará. Acontece há mais de 300 anos, sempre no segundo domingo do mês de setembro. Contam os moradores que a história do Círio de Vigia é anterior a chegada dos jesuítas naquele município, em 1730. Registros do Padre José Ferreira relatam que já em 1697 havia grande devoção, com romaria e novena por aquela região.
A procissão de Vigia possui os mesmos símbolos da festa que acontece em Belém, com carros, berlinda, fogos de artifício e até mesmo a corda. Na programação, a Missa do Mandato, procissão rodoviária, romaria fluvial, Trasladação e Círio das Crianças, dentro da quadra nazarena que dura 15 dias.
Operação Prato - Nos anos de 1977 e 1978 foram registrados nos municípios de Colares e Vigia o ataque de estranhas luzes, acreditando a população dos municípios tratar-se de extra terrestres (OVNIs). O assunto resultou em uma operação da FAB, de reconhecimento e documentação dos fatos ocorridos, a qual foi nomeada Operação Prato, pelo então capitão Uyrangê de Hollanda Lima.
Referência para o texto: Wikipédia.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

São Caetano de Odivelas - Pará


São Caetano de Odivelas é um município brasileiro do Estado do Pará.
História - Sua história está vinculada à presença de padres jesuítas na região do Rio Mojuim, zona do Salgado, durante o período colonial. 
Em julho de 1895 a sede municipal foi elevada à categoria de Cidade. Mas no ano de 1930, o município foi extinto e seu território anexado à área dos municípios de Curuçá e Vigia, a restauração só ocorreu em 31 de outubro de 1935.
A origem do município de São Caetano de Odivelas, data do tempo da colonização do Brasil, quando os Jesuítas vinham de Portugal para difundir a religião cristã através da evangelização. Seu fundador, Frei Felipe, missionário português da Companhia de Jesus, chegou à região em 1735, se agradou da terra e fundou uma fazenda a margem esquerda do rio Mojuim a 11 Km de sua foz, para dar inicio a uma criação de gado, no dia 7 de Agosto de 1735, onde hoje se localiza a sede do Município.
Colocou na fazenda o nome de São Caetano de Odivelas, São Caetano por ser o santo do dia, e o nome de Odivelas em homenagem a sua terra natal, uma pequena província de Portugal. Em 1757, os padres da Companhia instalaram-se no lugar conhecido por São Caetano e neste mesmo ano, Francisco Xavier de Mendonça Furtado concedeu-lhe o titulo de lugar. Em 1760 fundaram a fazenda denominada São Caetano em referência ao nome lusitano de Odivelas. Ainda em 1760, com o advento da Lei Pombalina o desembargador Feliciano Ramos Nobre Moura, juiz de Fora de Belém por ordem do Governador, em diligência partindo de Vigia chegou a Odivelas sequestrou a Fazenda São Caetano e a de Tabatinga, que foram entregues a administração de prepostos do Governo Colonial.
Em 1813, Manoel de Sousa Álvares, informou ao Governador do Estado do Grão Pará, a presença de um grupo de mocambos negos nas cabeceiras dos rios Mojuim e Mocajuba, que estavam saqueando os sítios na região, sendo determinada pelo Governador à realização de uma batida na região para exterminar o grupo. Em 1833, foi criada a freguesia de São Caetano de Odivelas, quando passou a integrar o município de Vigia de Nazaré, como Freguesia sob a proteção de São Caetano, em virtude da divisão da província em termos e comarcas até 1872. A Lei Provincial nº 707 de 5 de novembro de 1872, outorgou-lhe o titulo de Vila, porém não houve o cumprimento da referida lei. Somente em 28 de agosto de 1874, foi instalado o Município pelo presidente da Câmara de Vigia o senhor Antônio José do Carmo Barriga, dando posse ao senhor Inácio Maciel Ferreira como vereador da nova Comarca, sendo este o primeiro prefeito da vila. Porém, o presidente da Câmara de Vigia depois de tê-lo empossado retirou-se sem entregar o livro da qualificação e desmanchou a casa em que lhe havia dado posse. Somente em 15 de janeiro de 1875, os vereadores se reuniram para a primeira sessão da nova Câmara.
O município de São Caetano de Odivelas, não foi indiferente aos fatos importantes da história do Brasil, em 1835, por ocasião da Cabanagem quando os insurretos tentaram invadir o Território do Município, foram obrigados a bater em retirada pelos nativos do lugar. O Movimento Abolicionista teve total apoio no Município, já que não havia mais escravos entre os nativos, pois haviam sido alforriados.A origem do município de São Caetano de Odivelas, data do tempo da colonização do Brasil, quando os Jesuítas vinham de Portugal para difundir a religião cristã através da evangelização. Seu fundador, Frei Felipe, missionário português da Companhia de Jesus, chegou à região em 1735, se agradou da terra e fundou uma fazenda a margem esquerda do rio Mojuim a 11 Km de sua foz, para dar inicio a uma criação de gado, no dia 7 de Agosto de 1735, onde hoje se localiza a sede do Município.
Colocou na fazenda o nome de São Caetano de Odivelas, São Caetano por ser o santo do dia, e o nome de Odivelas em homenagem a sua terra natal, uma pequena província de Portugal. No ano de 1757, Francisco Xavier de Mendonça Furtado concedeu-lhe o titulo de lugar.Em 1760, com o advento da Lei Pombalina o desembargador Feliciano Ramos Nobre Moura, juiz de Fora de Belém por ordem do Governador, em diligência partindo de Vigia chegou a Odivelas seqüestrou a Fazenda São Caetano e a de Tabatinga, que foram entregues a administração de prepostos do Governo Colonial.
Em 1813, Manoel de Sousa Álvares, informou ao Governador do Estado do Grão Pará, a presença de um grupo de mocambos negos nas cabeceiras dos rios Mojuim e Mocajuba, que estavam saqueando os sítios na região, sendo determinada pelo Governador à realização de uma batida na região para exterminar o grupo. Em 1833, Odivelas ficou como integrante do município de Vigia de Nazaré, como Freguesia sob a proteção de São Caetano, em virtude da divisão da província em termos e comarcas até 1872. A Lei Provincial nº 707 de 5 de novembro de 1872, outorgou-lhe o titulo de Vila, porém não houve o cumprimento da referida lei. Somente em 28 de agosto de 1874, foi instalado o Município pelo presidente da Câmara de Vigia o senhor Antônio José do Carmo Barriga, dando posse ao senhor Inácio Maciel Ferreira como vereador da nova Comarca, sendo este o primeiro prefeito da vila. Porém, o presidente da Câmara de Vigia depois de tê-lo empossado retirou-se sem entregar o livro da qualificação e desmanchou a casa em que lhe havia dado posse. Somente em 15 de janeiro de 1875, os vereadores se reuniram para a primeira sessão da nova Câmara.
O município de São Caetano de Odivelas, não foi indiferente aos fatos importantes da história do Brasil, em 1835, por ocasião da Cabanagem quando os insurretos tentaram invadir o Território do Município, foram obrigados a bater em retirada pelos nativos do lugar. O Movimento Abolicionista teve total apoio no Município, já que não havia mais escravos entre os nativos, pois haviam sido alforriados.
Os Ideais Republicanos também estiveram representados no Município, através dos Odivelenses Francisco de Queiros, Manoel Bruno de Barros, João da Mata Campos, Eurico Eduardo de Sousa, Ricardo de Oliveira, Capitão Diniz Joaquim Maciel e João Brás de Sousa que por serem a favor da Republica despertaram a ira dos governistas, a ponto de serem ameaçados de exílio pelo então presidente da Câmara Municipal, Tenente Domingos dos Reis Alves. Porém os idealistas na noite de 15 de agosto de 1889, se reuniram na casa de Diniz Joaquim Maciel e fundaram o Clube Republicano Odivelense, aclamando como seu presidente o senhor João Brás de Sousa e em seguida desfilaram pelas ruas do Município dando vivas a republica. A 15 de novembro os republicanos Odivelenses viram seus ideais tornarem-se realidades. No dia 23 de novembro de 1889, a republica foi instalada no Município. O governo provisório do Estado enviou um comissário a São Caetano de Odivelas representado por Gonçalo de Lima Ferreira.
Em 6 de julho de 1895, a Lei nº 324 que dividiu o Pará civilmente em cidades, vilas e povoações elevou São Caetano de Odivelas a categoria de cidade, ocorrendo sua instalação em 15 de agosto de 1896. O primeiro Conselho Municipal eleito teve como Intendente Municipal João Rodrigues dos Santos e os vogais Manoel Lins de Ataíde, Cecílio Ricardo Pinheiro de Oliveira, Leonírio Antônio de Sousa e André Cursino de Melo.
Em conseqüência da Revolução Nacional Triunfante de 24 de outubro de 1930, São Caetano foi anexado aos municípios de Vigia e Curuça pelo Decreto Interventorial nº 78 de 27 de dezembro de 1930. Porém o Decreto nº 931 de 22 de março de 1933 restabeleceu a São Caetano de Odivelas a condição de Subprefeitura.
Em 31 de outubro de 1935, a Lei Estadual nº 8 eleva São Caetano a categoria de cidade, sendo nomeado como Prefeito Municipal o tenente do exercito José Alves de Sousa Azevedo. Processada a eleição para Prefeito Constitucional do Município e Câmara de Vereadores sendo eleito para prefeito o capitão Inácio de Oliveira Santos e para vereadores Manoel Cândido do Rosário Monteiro, Manoel Firmino Rodrigues, Egidia Rodrigues da Cunha, Macário Antônio Favacho, Ramiro Otávio das Chagas, Antônio Baltazar Monteiro e coronel Cipriano Antônio das Chagas.
Desde a sua criação o Município procura gerir o seu patrimônio, constituído por bens corpóreos e incorpóreos, procurando dar-lhe a destinação que mais satisfaça as necessidades da população.
A importância do meio físico para o município de São Caetano de Odivelas pode ser em face da fertilidade do seu solo, pois muitos foram os que chegaram e se radicaram no Município, como judeus, portugueses, austríacos, turcos, italianos, africanos, libaneses, cearenses, alagoanos, baianos, paranaenses e pernambucanos que se tornaram comerciantes, políticos e industriais. Estes colonizadores juntamente com os nativos lutaram pelo crescimento e bem estar do Município.
Os nativos são chamados odivelenses e formam um povo alegre e hospitaleiro.
Fonte para o texto: Blog Foco Odivelas e Wikipédia.

Árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas 2018 Rio de Janeiro


Em 1996 foi instalada a primeira edição da Árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas, sendo considerada, à época, a Maior Árvore de Natal Flutuante do Mundo (reconhecido pelo Guinness apenas em 1999). Na sua primeira aparição, a árvore contava apenas com 48 metros de altura, 90 toneladas, quatro flutuadores, e um milhão e meio de pequenas lâmpadas, que precisavam de 200 kilowatts (KWA) de energia, gerados por 1 gerador.
Edições anuais e seguiram, em 2015, em sua 20ª Edição, teve como tema a renovação da vida. As luzes simulavam gotas de chuvas, plantas, flores, o mapa do mundo e o destaque para o Rio – a capital olímpica de 2016. A árvore que inicialmente teria 85 metros, teve de ser reduzida para 53 metros após uma forte ventania ter destruído parte da estrutura, faltando oito dias para a inauguração.
A Prefeitura do Rio foi avisada em 19/07/2016 oficialmente pela Bradesco Seguros: a empresa não patrocinará a Árvore de Natal da Lagoa, como vem fazendo há 19 anos. A Bradesco já havia noticiado em abril que não teria como bancar o evento sozinho após patrocinar as Olimpíadas Rio 2016. A notícia foi aprovada por alguns e não aprovada por outros, pois havia turistas que viriam para ver o show natalino na cidade maravilhosa. Já dos próprios cariocas, alguns disseram que por morar muito perto da lagoa, o tumulto e a gritaria os incomodava.
Neste ano de 2018, ocorre a 21ª Edição da Árvore após dois anos sem o tradicional símbolo do Natal do Rio, a Árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas 2018 está de volta com um novo patrocinador, a Petrobras. Foi inaugurada no dia 1º de Dezembro de 2018, às 21:00 horas e contou com uma grande festa e fogos de artifícios ao ser acesa pela primeira vez para o público. Ela passou um tempinho longe e a cidade perdeu um pouco do seu brilho mas os Postos Petrobras trazem essa luz de volta para a Cidade Maravilhosa, com apoio da TIM Brasil e Vou de 99. Agora, a querida Árvore da Lagoa, como sempre a chamaram, é a Árvore do Rio Petrobras. Afinal, ela é a árvore de todos os cariocas, faz parte da história do Rio e voltou para ficar. O símbolo de um novo caminho. Um marco para um novo tempo. Um tempo de crescimento, renovação e união.
Fonte para o texto: Wikipédia.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Montes Claros - Minas Gerais


Montes Claros é um município brasileiro no norte do estado de Minas Gerais. Foi emancipado no século XIX, tendo, há bastante tempo, a indústria e o comércio como importantes atividades econômicas, sendo considerado um polo industrial regional. Conta com diversos atrativos naturais, históricos ou culturais, como os Parques Municipal Milton Prates, Guimarães Rosa e Sapucaia, que são importantes áreas verdes, e construções como a Catedral de Nossa Senhora Aparecida e a Igrejinha dos Morrinhos, além dos vários sítios arqueológicos.
História
Origens e pioneirismo - As terras do atual município de Montes Claros eram, até a década de 1760, habitadas apenas pelos índios Anais e Tapuias. Por volta do ano de 1768, uma expedição composta por 12 bandeirantes, a Expedição Espinosa, desbravou a região à procura de pedras preciosas, e embrenhou-se pelo sertão do Norte da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Fernão Dias Pais, o governador, organizou uma bandeira, para conquistar aquela região.
Antônio Gonçalves Figueira, que pertencia à Bandeira de Fernão Dias, acompanhou-a até às margens do Rio Paraopeba, onde, com Matias Cardoso de Almeida, abandonou o chefe, que voltou para São Paulo, chegando lá dois anos depois. Naquele lugar, Antônio e Matias construíram fazendas, cujas sedes foram crescendo e se transformando em cidades, mataram índios e continuaram a explorar as riquezas da região. Pelo alvará de 12 de abril de 1707, Antônio Gonçalves Figueira obteve a Sesmaria de uma légua de largura por três comprimentos, que constituiu a Fazenda de Montes Claros (uma das três fazendas), situada nas cabeceiras do Rio Verde Grande, pela margem esquerda. Formigas foi o segundo povoado da Fazenda Montes Claros. Gonçalves Figueira, para alcançar mercado para o gado, construiu estradas para Tranqueiras, na Bahia, e para o Rio São Francisco.
Evolução administrativa - 124 anos após obtenção da Sesmaria, por Antônio Gonçalves Figueira, o arraial já estava suficientemente desenvolvido para tornar-se independente, desmembrando-se do município do Serro Frio (atual Serro). Pelo esforço dos líderes políticos, o município foi criado pela Lei de 13 de outubro de 1831, recebendo o nome de Montes Claros de Formigas. Sua vida como município independente iniciou-se em 1832, quando foi eleita e empossada a primeira Câmara Municipal. Em 1857, a então Vila (município) de Montes Claros de Formigas possuía pouco mais de 2 mil habitantes, pois os melhoramentos existentes eram os mesmos de quase todos os municípios da Província. Assim, pela Lei 802 de 3 de julho daquele ano, a Vila passou à condição de cidade, com o nome de Montes Claros. Apesar de ter iniciado sua vida como município independente em 1832 com a posse da primeira Câmara Municipal e a eleição de seu Agente Executivo (cargo equivalente a prefeito), tradicionalmente o aniversário da cidade é comemorado em 3 de julho (referência a 1857) e não em 16 de outubro (1832), quando foi criado o município por emancipação do Serro.
Pela lei provincial nº 1.398, de 27 de novembro de 1867, e lei estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891, foi criado o distrito de Brejos das Almas (ex-povoado de São Gonçalo do Brejo das Almas), primeiro distrito do município. Com o passar do tempo, o território montes-clarense sofreu diversas perdas territoriais e reformulações administrativas, até que na década de 80 passou a compor-se dos atuais distritos: Aparecida do Mundo Novo, Ermidinha, Miralta, Nova Esperança, Panorâmica, Santa Rosa de Lima, São João da Vereda, São Pedro de Garça e Vila Nova de Minas.
Após a fundação - Após a emancipação política, com o crescimento populacional, houve a necessidade de investimentos na infraestrutura urbana municipal. Em 1871, foi criado o Hospital de Caridade, depois chamado "Santa Casa de Caridade". Em 2 de fevereiro de 1880 foi instalada a Escola Normal de Montes Claros. Em 24 de fevereiro de 1884 saiu o primeiro número do Semanário "Correio do Norte". Dia 14 de setembro de 1886 foi a data da inauguração da Capela de Santa Cruz, conhecida simplesmente por Capela do Morrinho. E em 27 de outubro de 1892 foi criada a primeira linha telegráfica da cidade.
A indústria em Montes Claros começou com a fábrica de tecidos do Cedro, em 1882, que em 25 de julho de 1889 foi destruída por grande incêndio. Contava com ensino primário para instrução de funcionários. 
No comércio destacou-se a criação do Mercado Municipal, cuja inauguração ocorreu no dia 3 de setembro de 1899. Situado no Largo de Cima, hoje praça Dr. Carlos Versiani, era construção imponente com uma torre bem alta, onde o relógio, doado por Dona Carlota Versiani, tocava a cada hora. 
No decorrer do século XX destacaram-se a chegada da energia elétrica à cidade, em 20 de janeiro de 1917, a chegada do primeiro automóvel, em 10 de novembro de 1920, a criação do serviço de água potável, em 18 de dezembro de 1938, e a Instalação do Serviço de Telefone Interurbano, em 30 de junho de 1956.
Crescimento econômico e demográfico - Em Montes Claros houve um grande processo de industrialização a partir da década de 1970. A atividade industrial, implantada a partir de incentivos fiscais e financeiros do poder público (federal, estadual e municipal) através da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), fez com que a cidade se tornasse foco de um intenso fluxo migratório. Na década de 1980, alterações importantes ocorreram na malha urbana com a ocupação de vazios urbanos na região sul, reforma de avenidas para permitir um melhor fluxo de veículos, verticalização na área central e suas proximidades, alteração na distribuição espacial de diversas atividades e dispersão da periferia.
Geologia - Há uma falha geológica nos entornos da cidade, que é apontada como a responsável por tremores de terra. Ela tem cerca de 3 quilômetros de extensão (estende-se do bairro Vila Atlântica à Serra do Mel) e está situada a uma profundidade de 1,5 a 2 quilômetros. Por conta da "fenda" no subsolo, a terra treme quase que continuamente, segundo informações divulgadas por professores do Departamento de Geofísica da Universidade de São Paulo (USP) e do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).
O abalo de maior intensidade já registrado foi de cerca de 4.2 graus na Escala Richter, ocorrido em 19 de maio de 2012, atingindo 60 casas, sendo que seis delas foram condenadas e duas interditadas pela Defesa Civil da cidade. Segundo informações, tremores superiores a 5 graus na Escala Richter são improváveis e imprevisíveis, mas possíveis. Porém, como os abalos duram segundos, não há risco de causar danos graves. Sismógrafos contabilizaram 174 tremores de terra em Montes Claros de julho a dezembro de 2012. 
Economia - A economia de Montes Claros é diversificada pelas atividades agropecuárias, industriais e de prestação de serviços. A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e saúde. Em seguida, destaca-se o setor secundário, com complexos industriais de grande porte, além das unidades produtivas de pequeno e médio portes.
O setor primário é o menos relevante da economia de Montes Claros. A indústria é o segundo setor mais relevante para a economia do município. A cidade conta com um distrito industrial, composto por diversas empresas, que possui área de 5,2 milhões de m² e é administrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG), sendo um dos mais importantes complexos industriais do Estado de Minas Gerais.
O setor terciário atualmente é, como citado acima, a maior fonte geradora do PIB montes-clarense. Grande parte do valor do setor terciário vem do comércio. A cidade conta com diversos núcleos ou centros comerciais, como o Mercado Municipal de Montes Claros, inaugurado em 1899; o Ibituruna Center, criado em 18 de março de 2009; o Montes Claros Shopping, fundado em 8 de novembro de 1997; e o Shopping Popular Mário Ribeiro, inaugurado em 2003.
Educação - O município conta com escolas em todas as suas regiões. Considerada um polo universitário, Montes Claros também conta com a presença de duas universidades públicas, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Montes Claros e diversas faculdades privadas que oferecem cursos nas diversas áreas. São elas a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio do Instituto de Ciências Agrárias (ICA).
Cultura - Atualmente, segundo a prefeitura, Montes Claros não possui casas de espetáculos, a não ser salas de teatro, como a do Colégio Imaculada Conceição. Há também o Centro Cultural de Montes Claros, inaugurado em fevereiro de 2010, que abriga uma biblioteca de temáticas sertanejas, uma livraria dirigida pela Editora UFMG e um escritório da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep). Algumas instituições cuidam da área das artes cênicas de Montes Claros, como o Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez e a Faculdade de Educação Artística, que pertence à Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), oferecendo cursos com foco para o setor artístico e realizando peças para o público, além de organizarem movimentos para a construção de uma casa de espetáculos. Um dos principais eventos é o Festival de Cinema de Montes Claros, que acontece todo mês de maio, desde 2010, onde há a exibição de filmes produzidos por diversos diretores brasileiros, assim como de diretores da região norte de Minas Gerais. São realizadas as Mostras "Digital Norte Mineira", "de Filmes Infantis" e "Competitiva de Curtas e Longas". No cenário artístico montes-clarense também se destacaram diversas personalidades, como Beto Guedes, violonista, cantor e compositor; Ciro dos Anjos, cronista, romancista, ensaísta e memorialista; Tião Carreiro, cantor sertanejo e o antropólogo, político e escritor Darcy Ribeiro.
Artes e artesanato - O artesanato é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural montes-clarense. Em várias partes do município é possível encontrar uma produção artesanal diferenciada, feita com matérias-primas regionais de acordo com a cultura e o modo de vida local. Alguns grupos reúnem diversos artesãos da região, disponibilizando espaço para confecção, exposição e venda dos produtos artesanais. Normalmente essas peças são vendidas em feiras, exposições ou lojas de artesanato. Neste setor da cultura, se destacaram personalidades como a artista plástica Yara Tupynambá.
Turismo - Montes Claros conta com diversos pontos turísticos, como: o Parque Municipal Milton Prates, que possui uma grande área verde e é onde está situado o Zoológico Municipal; o Parque Sapucaia, que está localizado na Serra do Ibituruna, sendo uma reserva florestal com relevo montanhoso, propícia para prática de esportes radicais; o Parque Guimarães Rosa, criado pela Lei Municipal nº. 793, de 7 de agosto de 1989, é uma das maiores áreas verdes do perímetro urbano municipal; a Lapa Encantada, com cachoeiras com 1 km de rios subterrâneos; a Gruta do Engenho, aberta para visitação; o Conjunto Lapa Grande, onde se insere a gruta de mesmo nome que, com seus 3 km, está entre as maiores de Minas Gerais, além de abrigar em seus sedimentos restos de animais fósseis; além de construções como a Catedral de Nossa Senhora Aparecida, com 65,08 metros de altura, a Igreja Matriz e a Igrejinha dos Morrinhos. Também possuem destaque os 164 sítios arqueológicos catalogados, tendo como principal o Complexo Espeleológico da Lapa Grande, dada a sua importância arqueológica, onde aparece a formação do vulcão espeleotema de pouquíssima ocorrência no Brasil.
Festas e eventos - Para estimular o desenvolvimento socioeconômico local, a prefeitura de Montes Claros, juntamente com empresas locais, investe no segmento de festas e eventos. Essas festas, muitas vezes, atraem pessoas de outras cidades, exigindo uma melhor infraestrutura no município e estimulando a profissionalização do setor, o que é benéfico não só aos turistas, mas também a toda a população da cidade. As atividades ocorrem durante o ano inteiro. Há o Festival do Pequi, em janeiro; o Carnamontes, em fevereiro ou março; o Festival Internacional de Danças Folclóricas, em maio; as Festas Juninas, em junho ou julho; a Exposição Agropecuária, no Parque de Exposição João Alencar Athayde, em julho; as Festas de Agosto (Catopês); a Feira Nacional da Indústria, Comércio e de Serviços de Montes Claros (FENICS), em agosto; e o Salão Nacional de Poesia Psiu Poético, em outubro.
Fonte para o texto: Wikipédia.

domingo, 9 de dezembro de 2018

Colares - Pará

Colares do Pará é um município do estado do Pará, no litoral da baía de Marajó, na microrregião do Salgado, mesorregião do Nordeste Paraense.
O município ficou internacionalmente conhecido através dos documentários exibidos na série Arquivos Extraterrestres veiculada pelo The History Channel, acerca dos frequentes ataques de supostas naves e seres extraterrestres que foram documentados pela Operação Prato, que foi registrada em vídeos por oficiais da aeronáutica em Colares e no município vizinho Vigia, nos anos de 1977 e 1978. Esses documentos foram parcialmente revelados pela Força Aérea Brasileira.
História - A história do município de Colares está estreitamente vinculada ao processo de configuração original e definitivo do município de Vigia. Nos seus registros históricos, há referência de que o povoado original encontrava-se assentado em território da nação dos índios Tupinambás, a mesma que foi colonizada pelos frades da Ordem Jesuíta, por volta do século XVII, o que veio a resultar na constituição do município de Vigia, no ano de 1693.
Dessa forma, Colares manteve-se instalado no mesmo território em que foi fundado como povoado (até então área patrimonial do município de Vigia), a partir do qual, ao longo do tempo, evoluiu até chegar à categoria de Município. A elevação de Colares à Vila - determinação adotada pelo Conselho de Governo da Província, nas sessões realizadas de 10 a 17 de maio – deu-se em cumprimento à Lei que promovia uma nova organização aos municípios paraenses Com base nessa Lei, a Vila de Colares foi reconhecida como município, passando a configurar o seu patrimônio territorial com terras desmembradas do município de Vigia. 
Com a criação dos Termos e Comarcas da Província do Pará, também em 1833, ficou Município de Colares constituindo o Termo de Vigia, compreendendo, além destes, o lugar conhecido por São Caetano, a Vila Nova d’El Rei, Porto Salvo e Penhalonga. Na categoria de Termo de Vigia, Colares não conseguiu se manter por muito tempo, pois, embora os mesmos autores não deem referências maiores de natureza legal, afirmam que foi rebaixada, voltando a ostentar o título de Vila, novamente, em 1883, em cumprimento à Lei Provincial nº 1.152, promulgada em 4 de abril, abandonando sua condição antiga. 
Com a proclamação da República, um novo ordenamento administrativo e político foi estabelecido no Estado e como resultado, o Governo Provisório, mediante o Decreto nº 119, promulgado no mês de março de 1890, criou o Conselho de Intendência Municipal para Colares. 
No ano de 1901, pelas disposições contidas na Lei nº 752, de 25 de fevereiro, o município de Colares foi extinto e seu patrimônio territorial foi anexado novamente ao do município de Vigia. Convém frisar que Colares, por essa mesma Lei, também perdeu a denominação de Distrito Judiciário. 
No ano de 1905, com o Decreto nº 1.388, de 21 de julho, foi promovida a divisão da sub-prefeitura de Colares em duas e ficou ratificada a sua condição de área sob influência da Comarca de Vigia. Em 29 de dezembro de 1961, através da Lei Estadual nº 2.460, Colares voltou a ganhar autonomia como Município ficando, dessa forma, desmembrado do município de Vigia. Hoje, conta com único distrito que leva o seu nome, constituindo-se a sede municipal.
Cultura - Quatro festas religiosas movimentam o município de Colares durante o ano. 
O calendário de festividades inicia no mês de junho, quando, em todo o Município, são realizadas festividades em homenagem a São João, acompanhadas de arraial, leilões e reuniões dançantes. No mês de julho, na localidade de Jaçarateua, acontece o Círio de São Sebastião. 
Em setembro, na localidade de Mocajuba, realiza-se o Círio de São Tomé. 
Por fim, em dezembro, no segundo domingo, é realizado o Círio de Nossa Senhora do Rosário, na sede do município. 
Levando em consideração que o Colares apresenta uma população heterogênea, proveniente de outras regiões do Brasil, o município não apresenta uma identidade cultural, por isso não se tem um conjunto de manifestações populares que possa ser tomado como representativo da cultura do povo do município, não há muita variedade entre as manifestações da cultura popular. Assim, as manifestações ficam por conta das festas e folguedos populares típicos do Estado, como o carimbó, que é predominante em todo o município de Colares, especialmente no mês de junho. Boi-bumbás e grupos de pássaros fazem apresentações esporádicas, entretanto, com mais freqüência na quadra junina.
Artesanatos de caráter utilitário, como a produção de cadeiras, canoas e remos, e de caráter artístico, como é o caso de cerâmica, compõem o quadro da produção artesanal local. 
A capela do Senhor dos Passos, a Igreja Matriz e a Igreja de São Sebastião, constituem o patrimônio histórico do município. 
Por outro lado, Colares dispõe de uma Biblioteca Pública que é o único equipamento cultural de que o Município dispõe para resguardar e divulgar a cultura local.
Referência para o texto: Wikipédia e Site da Prefeitura de Colares.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Nova Iguaçu - Rio de Janeiro

Nova Iguaçu é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Pertence à Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro.
Historicamente uma "cidade dormitório", Nova Iguaçu vem mudando seu perfil sócio-econômico nos últimos anos. Recentemente, instalaram-se no município importantes empresas, como a Companhia de Canetas Compactor; as Indústrias Granfino, do ramo de alimentos; a Cimobras, do ramo siderúrgico; a Niely Cosméticos; a Embelleze e a Aroma do Campo, do ramo de cosméticos. Possui centros de ensino e pesquisa, tais como o CEFET/RJ, SENAI, UFRRJ, UGB, UNESA, UNIABEU, UNIG. e Unigranrio.
Além da importância econômica, Nova Iguaçu é um notável centro turístico da Região Metropolitana. A Reserva Biológica do Tinguá e o Parque Municipal configuram-se como grandes áreas de preservação ambiental, enquanto que a Serra do Vulcão, com a prática de voo livre, é um relevante ponto de visitação localizado na zona suburbana. O patrimônio histórico é constituído pelas ruínas de Iguaçu Velho e da Fazenda São Bernardino.
Nova Iguaçu possui importantes centros de cultura, lazer e entretenimento. Há eventos culturais realizados no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, órgão responsável por projetar a vida cultural iguaçuana. O Nova Iguaçu Futebol Clube é um orgulho da cidade, que ainda possui como destaques os Polos Gastronômicos da Via Light, o Baixo Iguaçu e a rua que ficou conhecida como Rua da Lama.
Etimologia - O vocábulo "Iguaçu" é um termo proveniente do tupi, originalmente 'y-gûasu . Seu significado é "rio grande" ou ainda "água grande", através da junção dos termos 'y (rio, água) e gûasu (grande). É uma referência dos índios jacutingas, naturais da região, ao Rio Iguaçu, outrora um rio caudaloso.
Quando foi aportuguesado, o termo grafava-se, à época, Iguassú . Em 1891, a sede de município foi transferida para o arraial de Maxambomba, às margens da Estrada de Ferro Dom Pedro II, e, em 1916, passou a se chamar Nova Iguassú, em oposição à antiga sede, que ficou conhecida como Iguassú Velho . Com o Acordo Ortográfico de 1945, o nome foi alterado, finalmente, para Nova Iguaçu.
História
Primeiras ocupações - Antes de os portugueses chegarem ao Rio de Janeiro (em 1503), os índios jacutingas já habitavam a margem ocidental do rio Iguaçu. Esses índios ajudaram os franceses quando eles chegaram à região.
Em 1575, o então governador da capitania do Rio de Janeiro, Antônio Salema, reuniu um exército português apoiado por uma tropa de índios catequizados, com o objetivo de exterminar o domínio franco-tamoio que já durava vinte anos no litoral norte da capitania. Temendo perder seus territórios, os índios tamoios, ainda aliados aos franceses, foram praticamente dizimados por conta da insurreição denominada "Guerra de Cabo Frio". As tropas vencedoras exterminaram e escravizaram indígenas.
Após o final da "Guerra de Cabo Frio" e do massacre verificado, não houve interesse da metrópole em colonizar a região do Cabo Frio, entretanto os colonizadores decidiram povoar o Recôncavo Fluminense (região em torno da Baía de Guanabara). Começaram a se fixar às margens dos grandes rios da região, em especial os rios Iguaçu, Meriti, Sarapuí, Saracuruna, Jaguaré, Pilar, Marapicu, Jacutinga, Mantiqueira e Inhomirim.
Ainda em 1575, o capitão-mor Belchior Azeredo construiu uma ermida em louvor a Santo Antônio, no sopé de uma colina a 750 metros da maior curva do Rio Santo Antônio, atual Rio Sarapuí, em terras jacutingas. A construção, erguida em taipa, foi determinante para que Belchior Azeredo conquistasse as terras dos índios jacutingas em forma de sesmaria, através do governador Cristóvão de Barros, batizando-as como Engenho Santo Antônio da Aldeia dos Jacutingas. O capitão-mor ainda concedeu a si mesmo uma sesmaria próxima ao Rio Majé, onde construiu um engenho. Nas décadas posteriores, a pequena ermida foi alçada à categoria de capela-colada, de capela-curada e, finalmente, de igreja-matriz (freguesia), neste local permanecendo por mais de 130 anos, até a década de 1700.
Uma vez a ocupação da bacia dos rios Iguaçu, Sarapuí e Meriti efetivada, o que ocorreu a partir do final do século XVI, as tradicionais trilhas indígenas viraram estradas. Uma delas, a longa trilha dos indígenas jacutingas, foi transformada na Estrada Geral, que ligava a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Marapicu (atual Marapicu) à Freguesia de Santo Antônio da Aldeia dos Jacutingas (atual Belford Roxo, próxima à fábrica da Bayer). O leito da estrada é, atualmente, ocupado pela rodovia RJ-105. A velha ponte sobre o Sarapuí era o ponto de junção entre a Estrada Geral e a Estrada Real (atual Avenida Pastor Martin Luther King Júnior). A Estrada Real seguia em direção à Igreja de Nossa Senhora da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, passando antes pela Freguesia de São João do Orago do Rio Merity, pelo porto da Pavuna, por Inhaúma e pela Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do Irajá.
Esses caminhos constituíram, por longo tempo, a melhor opção terrestre para adentrar o Recôncavo Fluminense, já que o acesso era difícil devido à grande quantidade de pântanos e de rios caudalosos e de considerável largura. Para estabelecer a rota da Estrada Real, foram considerados os melhores pontos para a transposição dos rios Meriti e Sarapuí, observando locais onde estes rios formavam vaus.
A colonização da região exigia rotas para o escoamento da produção dos engenhos. Inicialmente, isso foi possível graças às vias fluviais, quando os rios serviam de estradas, uma vez que as trilhas indígenas (e as estradas derivadas delas) eram rústicas e os rios eram o modo mais fácil de adentrar no Recôncavo Fluminense para a sua colonização.
Logo que passou a ser explorado, o ouro das Minas Gerais era levado por terra até o porto de Parati e daí, por via marítima, até a cidade do Rio de Janeiro, de onde seguia para Portugal. Como a rota do litoral entre Parati e o Rio de Janeiro era infestada por corsários e piratas, foi necessário a abertura de caminhos terrestres mais curtos e seguros para trazer o ouro das Minas Gerais até o Rio de Janeiro.
No século XVII, Garcia Rodrigues Paes ligou Paraíba do Sul ao porto do Pilar do Iguaçu para o escoamento do ouro trazido de Minas Gerais. Essa ligação foi chamada Caminho do Pilar ou, mais comumente, Caminho Novo das Minas, pois substituiu o antigo Caminho de Paraty. Do Rio Pilar, podia-se navegar até o Rio Iguaçu, que tem sua foz no interior da Baía de Guanabara, área com fortificações e mais protegida dos ataques de piratas e corsários.
Posteriormente, foram também abertos o Caminho da Terra Firme e a Variante do Proença, visando a facilitar o escoamento do ouro, já que o trânsito no Caminho do Pilar tinha diversos problemas. Com a redução de seu uso, o Caminho Novo logo passou a ser chamado de Caminho Velho.
O Arraial de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu (à época, grafava-se "Iguassú") nasceu ao redor de um porto fluvial nas margens do Rio Iguaçu. Em 1699, a localidade já tinha uma capela curada. Na época do Marquês do Pombal, em 1750, foi elevada à categoria de freguesia. O Porto de Piedade de Iguaçu prosperou em razão da intensa movimentação dos tropeiros pelo Caminho Novo.
Até o início do século XIX, Piedade do Iguaçu tornou-se o principal povoado da região, mas era dependente administrativa e politicamente da cidade do Rio de Janeiro, embora já demonstrasse um bom desenvolvimento econômico, além do aumento da população e do crescimento do comércio.
Os povoados da região concentravam-se principalmente às margens dos rios, mas também havia alguns nos entroncamentos das estradas. Piedade do Iguaçu cresceu ainda mais com a abertura da Estrada Real do Comércio, primeira via aberta no Brasil para o escoamento do café do interior do país.
Graças à Estrada Real do Comércio e às ótimas condições para a criação de um entreposto comercial, foi necessária a criação de um município. Em 15 de janeiro de 1833, portanto, foi criada a Vila de Iguaçu a partir de decreto assinado pelo regente Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, em nome do imperador dom Pedro II. Em 29 de julho do mesmo ano, foi instalada a câmara dos vereadores, com sete representantes.
O novo município foi formado pelas freguesias de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu (definida como capital do município), Santo Antônio de Jacutinga, Nossa Senhora do Pilar, São João de Meriti e Nossa Senhora da Conceição do Marapicu. Inicialmente, a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Inhomirim também faria parte, contudo os moradores desse distrito não aceitaram a incorporação, especialmente devido à distância.
A Assembleia Legislativa da província do Rio de Janeiro extinguiu o município de Iguaçu em 13 de abril de 1835 (Lei Número Catorze), mas o restaurou em 10 de dezembro de 1836 (Lei Número 57), já sem a Freguesia de Inhomirim. Em 1846, o município ainda perdeu mais uma parte de seu território ao ser criada a Vila da Estrela, que assumiu a Freguesia do Pilar.
Apesar do grande progresso em seus primeiros anos de independência administrativa (embora até 1919 as funções de executivo fossem de responsabilidade do intendente, representado pelo presidente da câmara), a Vila de Iguaçu entrou em decadência na segunda metade do século XIX. Alguns fatores podem ser citados, como a criação das estradas de ferro, a construção de uma ponte sobre o Rio Iguaçu e epidemias de cólera, varíola e malária.
A abolição da escravatura também ajudou no declínio da economia do município, que se sustentava na exploração dos escravos negros na agricultura da cana-de-açúcar. Havia canaviais por todo o município, além de plantações de milho, feijão, mandioca, café e arroz.
Maxambomba - Maxambomba é o nome de um mecanismo de tração, operado sobre um ou dois trilhos, utilizado na época do Brasil colonial pelos senhores de engenho para assentar uma carga com segurança sobre a embarcação destinada para fazer o transporte fluvial da produção do Engenho. O mecanismo de grua permitia locomover para baixar a carga sobre a canoa chalana, observando o centro de gravidade da embarcação para a distribuição uniforme do peso da carga, evitando que o carregamento gerasse oscilações que pudessem acidentalmente lançar a carga ao rio durante o carregamento.
Assim vemos que um mecanismo de grua serviu para nomear o rio que atravessava as terras do Engenho Maxambomba. Este Rio Maxambomba era chamado de Apeterei pelos índios Jacutingas (antigos donos da terra). Apeterei, em língua tupi, significa "Rio do Meio". Atualmente, o rio está canalizado sob os quarteirões situados entre as ruas Luis Guimarães/Nilo Peçanha e a Otávio Tarquínio. A Serra de Madureira (Serra do Engenho do Madureira) também foi denominada de Serra de Maxambomba (Serra do Engenho Maxambomba). O Rio Maxambomba nasce na Serra de Maxambomba e atravessa as terras do antigo Engenho Maxambomba e era designado como Apeterei (Rio do Meio), porque localiza-se entre dois rios maiores: Rio das Botaes (Riachão) e o Rio Caxoeira (atual Rio da Prata).
Uma canoa de fundo chato, conhecida como chalana ou chalupa, era o transporte mais apropriado para navegar o talvegue raso do curso d´água (um afluente de rio) utilizado pelo engenho como via fluvial para transporte.
A produção do Engenho Maxambomba escoava através de um portinho existente no Rio da Prata, afluente do Rio Sarapuí. O carregamento também seguia através do Rio Maxambomba, principalmente quando o Rio da Prata estava obstruído por árvores caídas ou por desmoronamentos das margens, o que provocava assoreamento acidental.
A produção de cana-de-açúcar seguia as diretrizes de Portugal para o Brasil Colônia. As raízes fracas e finas da cana provocam a erosão dos terrenos desmatados e o consequente assoreamento dos rios. Porque, ao ser desmatada a terra e removidas as árvores com raízes fortes que seguravam a terra, substituídas pelo plantio da cana, com raízes fracas e finas que não seguravam a terra, esta era levada pelas chuvas torrenciais e depositadas no fundo dos rios, sedimentando-os e diminuindo-lhes a profundidade.
Através do portinho existente no Rio Maxambomba, a produção escoava até o Porto dos Saveiros (em Tinguá) ou via Rio da prata até o Porto do Rio Sarapuí, onde era reembarcada em saveiros ou faluas, embarcações maiores, com destino ao Cais dos Mineiros, no Rio de Janeiro (que situava-se ao lado do Arsenal de Marinha, na atual Rua 1º de Março).
Para carregar as chalanas, o engenho contava com dois portinhos fluviais: um deles localizava-se no atual Bairro da Vila Nova (instalado no Rio da Prata); o outro existia à montante do Rio Maxambomba (atual Centro de Nova Iguaçu). Na periferia do Engenho Maxambomba, ao redor do portinho do Rio Maxambomba, gradativamente foi-se assentando um pequeno comércio, seguido por um pequeno núcleo populacional que foi prosperando até se transformar no pequeno Arraial de Maxambomba.
Assim, na periferia das terras do Engenho Maxambomba, nasceu o Arraial Maxambomba. Desenvolveu-se e prosperou ao redor do portinho que existiu próximo à atual Rua Floresta Miranda. O transporte fluvial e marítimo foi utilizado até 1728, quando o Caminho do Tinguá foi concluído pelo mestre de campo Estêvão Pinto. Esse caminho, que ficou conhecido como Caminho de Terra Firme, fugia da planície inundada e pantanosa para transpassar a muralha da Serra do Mar a caminho das Minas Gerais. Passava no antigo Engenho Maxambomba, de propriedade de Martim Corrêa Vasques. O Caminho de Terra Firme foi o único que deixou vestígios, pois, sobre parte de seu percurso, foram assentados, em 1858, os trilhos da Estrada de Ferro Dom Pedro II, (atualmente sob concessão à Supervia).
O Engenho de Maxambomba integrava a jurisdição (distrito) da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga. No século XVII, o Engenho Maxambomba surgiu em razão do desmembramento do Engenho de Santo Antônio de Jacutinga, localizado nas terras da antiga aldeia dos índios Jacutingas. A sesmaria do Engenho Santo Antônio foi concedida pelo Governador Cristóvão de Barros, para um de seus capitães, de nome Belchior de Azeredo, homem de confiança de Cristóvão de Barros que era o quarto governador do Rio de Janeiro. O engenho ficou séculos nas mãos da família Azeredo, passando para José de Azeredo e seu filho Antônio de Azeredo (descendentes de Belchior), até ser desmembrado e extinto no século XIX, com as terras integradas ao Engenho do Brejo (Belford Roxo) e Engenho Maxambomba (Nova Iguaçu).
No século XVII, o Engenho Maxambomba era propriedade de Salvador Correia de Sá e Benevides, neto paterno de Salvador Correia de Sá (o Velho), que era o maior latifundiário do Rio de Janeiro, dono de vários engenhos e de mais de setecentos escravos e que foi governador do Rio de Janeiro por três mandatos intercalados. Ele morava na Rua Direita, atual Rua 1º de Março, no Centro do Rio de Janeiro. Na primeira metade do século XVIII, pertenceu a Martim Corrêa Vasques. Na segunda metade do mesmo século, o Engenho Maxambomba passou para o Padre José Vasques de Souza, cujo irmão inteiro era o capitão Manuel Correia Vasques, proprietário do Engenho Caxoeira (atual município de Mesquita). Ambos eram descendentes diretos de Salvador Correia de Sá e Benevides, de Mem de Sá e de Estácio de Sá.
A sede colonial do Engenho Maxambomba situava-se no cume da alta colina em cuja encosta setentrional localiza-se, atualmente, o Bairro Califórnia e em cuja encosta meridional está assentado o Bairro da Vila Nova. A sede do Engenho Maxambomba estava a 1,65km (um quarto de légua) de distância da Matriz da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga (atual Igreja da Prata). A localização é dada com exatidão por Monsenhor Pizarro, no relatório das suas visitas pastorais no ano de 1794. Ele descreve com clareza solar a direção do engenho (poente) e a equidistância, em léguas, levando em consideração, como ponto de partida, a atual Igreja de Santo Antônio da Prata, que, em 1794, era a Matriz de Santo Antônio de Jacutinga.
Escravos fugitivos do Engenho Jacutinga, do Engenho do Brejo e do Engenho Maxambomba utilizavam o leito do Rio da Prata para chegar às encostas da Serra Maxambomba (atual Serra do Madureira), onde, no atual bairro do K-11, fundaram o Quilombo de Cauanza. K-11 é uma corruptela de Cauanza, o nome africano do quilombo.
Os pequenos rios, vias fluviais que serviam os engenhos, foram perdendo sua capacidade de manter talvegue apropriado para serventia e, em razão de assoreamentos, obstruções e contínuo desmatamento das margens, gradativamente foram substituídos por estradas ou carreteiras (estradas para carroças).
A Estrada Geral é uma das mais antigas da região, caminho utilizado bem antes do período colonial. Já era uma antiquíssima trilha dos índios Jacutingas (um apékatu, que, em língua tupi, significa: "bom caminho"). A Estrada Geral ligava a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Mariapicu à Freguesia de Santo Antônio da Aldeia dos Jacutingas (atual Centro de Belford Roxo). Hoje, a Estrada Geral está dividida em duas: Estrada Doutor Plínio Casado e Estrada Abílio Augusto de Tavora (antiga Estrada do Engenho do Madureira), que, em 1930 foi reformada.
A carreteira mais extensa construída pelo colonizador na Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, em linha quase reta, iniciava no atual Centro de Nova Iguaçu, na Rua Floresta Miranda, seguindo pela Rua Comendador Francisco Soares, Rua do Encanamento, atravessando a atual Rodovia Presidente Dutra (que não existia na época), seguindo por Heliópolis (Rua Maria/Avenida Heliópolis), passando pelo Bairro Baby até chegar ao Porto dos Saveiros (Tinguá). Outras carreteiras importantes foram melhoradas quando as vias fluviais deixaram de ser utilizadas, como é o caso da atual Rua Barros Júnior, que se conecta com a Estrada do Iguaçu (atravessando a Via Presidente Dutra). Estas carreteiras eram a serventia para transporte da produção do Engenho do Madureira, Engenho da Posse, Fazenda Caioaba e Fazenda Filgueiras (atual bairro Filgueiras, em Nova Iguaçu). O escoamento destinava as produções dos engenhos para embarque nos portos fluviais de Piedade de Iguaçu.
A importância que o Rio Iguaçu tinha para a comunicação entre a vila e o Rio de Janeiro diminuiu com a implantação das estradas de ferro, que eram um meio de transporte mais rápido, barato e seguro.
À época do Segundo Império, a população da Vila Maxambomba assistiu entusiasmada à chegada das locomotivas a vapor, popularmente conhecidas por "maria-fumaças". Em 29 de março de 1858, a Estrada de Ferro Dom Pedro II (atual Estrada de Ferro Central do Brasil) foi inaugurada pelo próprio Imperador Pedro II e ligou o Campo da Aclamação (no Rio de Janeiro) ao Pouso dos Queimados (atual Município de Queimados) e, no ano seguinte, chegou a Belém (atual Japeri). Na parada ferroviária de Maxambomba, a produção da Fazenda Maxambomba passou a ser embarcada para a corte. A implantação da estrada de ferro aumentou o comércio estabelecido na região. A atividade no arraial prosperou tanto que isso fez com que, em 1862, a Matriz da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga fosse transferida para perto da estação.
Outra estrada de ferro importante foi a Rio do Ouro, que começava no bairro do Caju, no Rio de Janeiro) e seguia até a localidade de Rio d'Ouro, em Nova Iguaçu. Sua construção foi iniciada em agosto de 1876 e concluída em 1883. Em 1886, foi adaptada para o transporte de cargas e passageiros e contava com três ramais em seus 53 quilômetros: Xerém, Tinguá e São Pedro (Jaceruba). Nos anos 60, contudo, a estrada de ferro foi, aos poucos, desativada. Segundo os responsáveis por sua manutenção, ela não dava lucro.
A ponte construída sobre o Rio Iguaçu em 1886 na localidade de São Bento acabou de vez com a importância do rio para o desenvolvimento da região, pois impediu o tráfego dos saveiros e faluas. A chegada da ferrovia na região, a proclamação da Lei Áurea no dia 13 de maio de 1888 (que causou a ruína a considerável parte da aristocracia rural) e as epidemias de cólera, varíola e malária fizeram com que a população da Vila de Iguaçu abandonasse o local, transferindo-se para o Arraial de Maxambomba.
Devido, especialmente, a esses fatores, em 1º de maio de 1891, através de decreto assinado por Francisco Portela, a sede do município foi transferida definitivamente para Maxambomba, que foi elevada à categoria de vila. A antiga Vila de Iguaçu passou a ser conhecida por Iguaçu Velha.
No limiar da década de 1950, época da inauguração da Rodovia Presidente Dutra, as terras remanescentes do antigo engenho colonial Maxambomba foram desapropriadas pelo presidente Getúlio Vargas, que urbanizou a antiga Fazenda Maxambomba, transformando-a em bairro modelo, com o objetivo de oferecer moradias à classe dos marítimos, uma categoria de servidores do estado, transformando a Fazenda Maxambomba no Bairro Califórnia.
Nova Iguaçu - A Vila de Maxambomba recebeu oficialmente o nome de "Nova Iguassú" através da Lei 1.331, de 9 de novembro de 1916, de autoria do deputado estadual Manuel Reis. A grafia do nome da cidade só mudou para "Nova Iguaçu" tempos depois, após reformas ortográficas da língua portuguesa.
Após o declínio da agricultura da cana-de-açúcar, a cultura da laranja passou a ser a mais importante para o município. Vinda de São Gonçalo, a laranja encontrou solo ideal em Nova Iguaçu. Apenas para citar um exemplo, todo o bairro da Posse era, antigamente, uma grande fazenda produtora de laranjas.
Praticamente toda a produção de laranjas era exportada, trazendo para o município um grande desenvolvimento econômico. A exportação começou a ocorrer no ano de 1891, juntamente com o desmatamento (lenha e carvão, madeiras de lei).
O auge da citricultura em Nova Iguaçu foi dos anos 30 a 1956. De 1930 a 1940, a cidade de Nova Iguaçu era chamada de "Cidade Perfume", porque as laranjeiras, em floração, perfumavam todo o roteiro das ferrovias.
A construção de casas de beneficiamento e embalagem da produção na segunda metade do século XX trouxe novo fôlego para a exportação. Porém, durante a Segunda Guerra Mundial, houve interrupção do transporte marítimo, impedindo a exportação das laranjas. Com isso, as áreas dos antigos laranjais começaram a ser loteadas e novos bairros surgiram.
A partir da "crise da laranja", Nova Iguaçu passou a se concentrar num processo de industrialização, beneficiado pela facilidade de escoamento da produção graças, especialmente, às rodovias que cortam o município, entre elas a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra). Além disso, nessa época era possível encontrar com facilidade amplos terrenos a preço baixo e mão de obra barata. Nova Iguaçu passou então a contar com um significativo parque industrial e uma grande atividade comercial. Emancipações
O município de Nova Iguaçu possuía uma área territorial, quando de sua fundação, muito maior do que na atualidade. Somando-se a área de todos os municípios que eram integrantes do território iguaçuano, tem-se que, à época de sua criação, o então município de Iguaçu possuía uma área de 1.318,244 km2 , ou seja, mais de duas vezes e meia a área atual. Porém, as diversas emancipações de distritos que queriam sua independência administrativa marcaram a história do município.
O primeiro desmembramento ocorreu em 31 de dezembro de 1943, quando foi ratificada pela Câmara dos Vereadores a emancipação de Duque de Caxias, quando foram desmembrados do município de Nova Iguaçu os distritos de Caxias, Meriti (que, por sua vez, alcançaria a independência administrativa em 1947 sob o nome de São João de Meriti[43]), Bonfim e Imbariê (ex-Estrela).
Em 1947, foi a vez do então distrito de Nilópolis se emancipar. Contudo, as emancipações que mais marcaram a economia de Nova Iguaçu foram as ocorridas no início dos anos 1990.
Antes de iniciar seu ciclo de industrialização, Nova Iguaçu era uma cidade-dormitório, designação dada aos municípios cuja maior parte da população trabalha em outra cidade (no caso, o Rio de Janeiro). Além disso, praticamente não havia infraestrutura urbana, já que a cidade acabara de sair de um período dedicado apenas à citricultura.
Mesmo com as emancipações dos anos 1940, Nova Iguaçu tornou-se, ao longo dos anos, uma das principais cidades do estado, tanto em população quanto em geração de renda. Em 1989, a cidade chegou a ter 1 700 000 habitantes, sendo a sexta mais populosa do Brasil na época. Mas essa realidade foi abalada após as emancipações de importantes distritos.
Em abril de 1990, houve a emancipação do então distrito de Belford Roxo (segundo menor distrito, porém um dos mais populosos), seguido, em dezembro, pelo então distrito de Queimados (no qual estava localizado o Polo Industrial de Nova Iguaçu que, logicamente, passou a ser administrado pelo novo município). Em 1991 foi a vez do então distrito de Japeri se emancipar. Em 1999, Mesquita, distrito de apenas 35km², também se emancipou.
As emancipações trouxeram uma decadência econômica para o município de Nova Iguaçu, que teve população e, consequentemente, arrecadação reduzidas, apesar de ter mantido praticamente o mesmo volume de gastos públicos.
Economia
Comércio e serviços - A principal fonte de arrecadação do município é sem dúvida o comércio e os serviços, possuindo um dos centros comerciais mais importante do estado, contando com as principais lojas e serviços do país.
Nova Iguaçu conta com grande infraestrutura comercial além do centro, nos bairros de Miguel Couto, Cabuçu, Comendador Soares, Austin, Posse, Cerâmica e Rancho Novo.
Indústria - A indústria na cidade tem uma grande relevância econômica. A cidade conta com indústrias nos ramos alimentício, de siderurgia e de cosméticos.
Agricultura - O plantio de café e a agricultura em geral em Tinguá e áreas próprias na cidade de Nova Iguaçu estão sendo retomados por projetos e iniciativas iguais a do líder político iguaçuano Luis Carlos Magalhães, que, no dia 6 de agosto de 2005, apresentou projeto para reativar a agricultura em grande escala no município de Nova Iguaçu.
O projeto foi apresentado na segunda conferência das cidades, realizada na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Seropédica.
Dentro do projeto, além da reativação da agricultura em áreas não povoadas e abandonadas de domínio do estado e/ou particular, está a iniciativa da criação de uma nova central de abastecimento nos moldes da Ceasa, central essa que comercializará principalmente os produtos plantados na região da Baixada Fluminense e atenderá comerciantes, feirantes e o público alvo dos produtos oferecidos.
Hoje, comerciantes da Baixada Fluminense em geral vão à Ceasa localizada no município do Rio de Janeiro para efetuar suas compras, sendo que diversos produtos negociados lá são produzidos na própria Baixada Fluminense.
Este desencontro por si só já elevam os preços dos produtos se levarmos em conta somente um item. Transporte = Frete. Uma vez que o produto é levado da Baixada Fluminense para o Ceasa e o consumidor Fluminense precisa ir a Ceasa buscá-lo e voltar a sua origem.
Nova Iguaçu já foi grande exportadora de laranjas, que lhe garantiu à época o apelido de "Capital da laranja" no sudeste.
Turismo - Na área de turismo, destacam-se: Tinguá, a maior área de preservação da região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, onde uma opção é visitar as ruínas da Fazenda de São Bernardino, uma das construções mais antigas e conhecidas de toda a cidade; Shopping Nova Iguaçu e o TopShopping.
Educação
Educação básica - A primeira instituição de ensino regular de Nova Iguaçu foi o Colégio Leopoldo, fundado em 1930 por Leopoldo Machado. Existe ainda hoje, como instituição privada.
Outras instituições de ensino, voltadas ao Ensino Fundamental foram criadas no município durante o século XX, das quais se destacam o Instituto Iguaçuano de Ensino, Instituto de Educacao Santo Antonio (IESA), Instituto de Educação Paulo de Tarso (IEPT), Colégio Gonçalves Dias, Colégio Silva Pinto, Colégio Antonio Huback, Colégio Souza Duarte, Colégio-Curso Tamandaré, Instituto Olavo Bilac, Instituto Educacional Teixeira Carelli e Leite, Colégio Novo Horizonte, entre outros.
No início dos anos 60, foi fundado pelo prefeito Sebastião de Arruda Negreiros o Colégio Monteiro Lobato. Essa é, atualmente, a principal escola municipal da cidade, sendo sede inclusive da Vila Olímpica de Nova Iguaçu.
Existe também a Sociedade Filantrópica São Vicente, entidade fundada em 1958 e que até hoje atende com excelência crianças de zero a seis anos.
Em destaque e mais disputada de acordo com o site Mátricula Fácil no bairro Comendador Soares em Nova Iguaçu está a escola CIEP 117 - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, escola pública estadual bilíngue com parceria com os Estados Unidos, na escola os alunos usam o sistema 90/10 onde aprendem 90% Inglês e 10% Português.
Ensino superior - A primeira instituição de Ensino Superior de Nova Iguaçu foi a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Nova Iguaçu, fundada em 1970. Seus primeiros cursos foram Letras, Matemática, Física, Ciências Biológicas e Pedagogia. Em 1974, implantou a Faculdade de Direito.
À medida que se ampliou a oferta de cursos, o conjunto de faculdades passou a denominar-se Sociedade de Ensino Superior de Nova Iguaçu (Sesni). Em 1993, foi oficializada como universidade, passando a denominar-se Universidade Iguaçu.
Em Nova Iguaçu também há cursos do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), da Escola Técnica Estadual João Luiz do Nascimento da FAETEC (a qual oferece diversos Cursos Técnicos Concomitantes e Subsequentes), além de campi de instituições particulares do Rio de Janeiro, como a Universidade Estácio de Sá e o Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB).
Em 2010, foi inaugurado um campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, cujo primeiro vestibular ocorreu no fim de 2005. Até a conclusão das obras, os universitários tiveram suas aulas no Colégio Monteiro Lobato.
Em 2011, foi inaugurado outra instituição particular de ensino superior no Instituto Iguaçuano, a Universidade do Grande Rio, conhecida como Unigranrio, que oferece cursos de graduação e de Pós-graduação.
Há também no município uma unidade do Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro, que oferece vários cursos, creditados pela Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, entre outras.
Cultura
Espaços culturais - Nova Iguaçu conta com espaços culturais, tais como: Movimento Enraizados: referência em cultura urbana em todo o Brasil; Espaço Sylvio Monteiro: sala de teatro, galerias de arte, biblioteca e audioteca (municipal); SESC Nova Iguaçu: sala de teatro, galeria de arte e biblioteca Espaço Nós da Baixada: curso de artes cênicas e apresentações de teatro (expansão do Projeto Nós do Morro); Escola Livre de Cinema: cursos de cinema e apresentações de videos amadores (Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu); Espaço Fama: espaço de cursos e apresentações teatrais; Espaço Cultural Cássia Wood : espaço com cursos e com grandes apresentações de dança e teatrais; Centro de Artes Villelarte Produções: Espaço com cursos de teatro, canto, desenho, violão, moda, Maquiagem, interpretação para tv, entre outros.
Comunicação - O jornal mais antigo de Nova Iguaçu, ainda em circulação, é o Correio da Lavoura, fundado em 22 de março de 1917. Embora sua periodicidade atualmente seja semanal, ainda é um importante periódico da região. Os únicos jornais diários da cidade atualmente em circulação são o Jornal de Hoje e o Jornal Hora H.
Também há várias rádios comunitárias, divulgadas principalmente através de alto-falantes instalados nos principais centros comerciais da cidade, além da Rádio Tropical 830khz , que funciona na faixa AM.
EncontrArte - Com uma década de existência o Encontro de Artes Cênicas da Baixada Fluminense (EncontrArte) traz espetáculos de qualidade gratuitamente para a população da região. Antes da abertura das peças acontecem performances de teatro e danças com artistas da Baixada com o intuito de realizar uma divulgação cada vez maior do ‘fazer artístico’ das cidades que compõem os 13 municípios e que juntos somam quase 4 milhões de habitantes. Habitantes esses que anseiam por melhorias no saneamento, saúde e educação, como também buscam por esta cultura, que lhes é oferecida por cerca de 10 dias, geralmente no mês de setembro. O Encontrarte também desenvolve oficinas com intuito de explicar e instruir os participantes da mesma sobre diversos temas abordados (todos os temas são ligados a cultura).
Carnaval - O município conta com várias entidades carnavalescas, que foram filiadas a Associação de Blocos e Escolas de Samba de Nova Iguaçu, sendo 16 escolas de samba mais Leão de Nova Iguaçu e Império da Uva de Nova Iguaçu, que desfilam no Carnaval Carioca. além dos blocos Afoxé Maxabomba e Trem de Harmonia. em 2012, com o racha no carnaval, foi administrados por duas ligas. em 2013, as escolas desfilavram como hour-concurs e voltando a desfilar na Avenida Amaral Peixoto. no ano de 2014, foi criada a Lubesni para substituir a ABESNI, fazem com que todas as entidades retornassem a essa liga.
Fonte para o texto: Wikipédia