Santo Amaro (também conhecida pela denominação não oficial Santo Amaro da Purificação) é um município do Recôncavo baiano.
História - Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada pela tribo tupi dos tupinambás.
A cidade foi fundada em 1557 e cresceu sobre terraços ao lado do rio Subaé.
Em 1667, monges beneditinos construíram a Capela de Santo Amaro. Em 1678 este templo ruiu, em 18 de Outubro de 1700 foi realizada uma missa no local que em 1706, foi iniciada a construção da atual Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação. Foi elevada a vila em 5 de janeiro de 1727. Tornou-se cidade em 13 de março de 1837, denominada de "Leal e Benemérita". Em 1847, foi estabelecida ligação marítima regular com a capital da província, Salvador, por navio a vapor.
Santo Amaro tem belas atrações naturais, como cachoeiras da Vitória, do Urubu, Nanã e outras tantas, grutas e praia na Baía de Todos os Santos. o Rio Subaé no passado, era o responsável, pelo transporte fluvial de várias mercadorias, açúcar, cachaça, fumo, vinagre, farinha de mandioca, rapadura, e nos transportes de passageiros para Salvador, e outras cidades e lugarejos.
Na área litorânea, destaca-se a praia de Itapema onde está localizada a Fazenda Oruabo, endereço das principais atividades de pesquisa da Bahia Pesca.
Economia - Desde o século XVI até o século XX, a economia da cidade girou em torno da cana-de-açúcar. Atualmente, porém, novos cultivos começam a ser introduzidos, como dendê, cacau e bambu.
O setor primário é o de menor expressividade para economia da cidade. Boa parte das lavouras no município se dedica a agricultura familiar. Na lavoura temporária é produzida cana-de-açúcar, mandioca e milho.
Na lavoura permanente, o município produz banana, laranja, cacau, manga, dendê e maracujá.
No setor secundário o município conta efetivamente com duas indústrias, a Indústria de Papéis da Bahia (atual Penha), que trabalha com papéis e embalagens e a Bacraft que trabalha com papel higiênico.
No setor terciário, especialmente o segmento comercial é o mais dinâmico na cidade. O comércio local é bastante diversificado, contando com diversas lojas de utensílios domésticos, vestuário, livraria, supermercados, materiais de construção, etc. No setor comercial cabe ainda destacar a Feira Municipal, que atua como entreposto expressivo do Recôncavo Baiano.
Patrimônio Histórico - São patrimônios históricos na cidade: Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação; Casa de Câmara e Cadeia Pública; Solar do Biju; Santa Casa de Misericórdia (Hospital Nossa Senhora da Natividade; Convento de Nossa Senhora dos Humildes; Igreja de Nossa Senhora do Ampar; Igreja de Nossa Senhora da Oliveira; Igreja do Senhor Santo Amaro; Solar Araújo Pinho; Solar Paraíso; Santa Casa de Misericórdia de Oliveira (Hospital Nossa Senhora da Vitória) e Chalé na Praça 14 de Junho (Clube Social Irapuru).
Festejos populares - São festejos populares que acontecem na cidade: Terno de Reis Filhos do Sol; Festa do Senhor Santo Amaro; Festa de Nossa Senhora da Purificação; Aniversário da cidade (13 de março); Bembé do Mercado; São João; Independência da Bahia; Independência do Brasil; Festa de Nossa Senhora da Oliveira; Festa de Nossa Senhora do Rosário (1ª quinzena de Outubro).
Museu, teatro e espaços culturais - Museu dos Humildes; Teatro Dona Canô; Casa do Samba e Núcleo de Incentivo Cultural de Santo Amaro (NICSA).
Campos do Jordão é um município brasileiro localizado no interior do estado de São Paulo, mais precisamente na Serra da Mantiqueira.
Em 29 de abril de 1874, Mateus da Costa Pinto adquiriu alguns lotes à beira do Rio Imbiri e a data passou a ser considerada a data oficial de fundação do município. Em 1934, Campos do Jordão emancipou-se de São Bento do Sapucaí e a partir da década de 1950, a cidade passou a se consolidar como um dos principais destinos de inverno do Brasil. Campos do Jordão é um dos quinze municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo governo paulista.
Campos do Jordão é chamada de "Suíça Brasileira", como estratégia de marketing, pela sua arquitetura tardia baseada em construções europeias e pelo seu clima mais frio que a média brasileira. Por isso, a cidade recebe maior quantidade de turistas tanto nacionais quanto internacionais durante a estação do inverno, especialmente no mês de julho.
História - Os primeiros habitantes conhecidos da região foram índios pertencentes a várias etnias: puris, caetés, guarulhos e cataguás.
A partir do século XVI, a região começou a ser percorrida por desbravadores de origem portuguesa, como Martim Corrêa de Sá, Gaspar Vaz da Cunha e Inácio Caetano Vieira de Carvalho. A família deste último vendeu suas terras na região para Manuel Rodrigues do Jordão, cujo sobrenome veio a conferir à região seu nome atual. As terras de Jordão foram loteadas e vendidas na segunda metade do século XIX.
Em 20 de setembro de 1790, Inácio Caetano Vieira de Carvalho chegou, no alto da Serra da Mantiqueira, na Fazenda Bonsucesso. Desde então, passou a ser hostilizado pelo vizinho João Costa Manso por problemas com os limites da fazenda. Essa briga iniciou uma luta aberta entre paulistas e mineiros que só terminou em 1823, quando morreram Vieira de Carvalho e Costa Manso. Os Vieira de Carvalho venderam a Fazenda Bonsucesso ao brigadeiro Jordão, que mudou o nome da fazenda para Natal, mas ficou conhecida como os Campos do Jordão.
A povoação se desenvolveu, tornando-se distrito do município de São Bento do Sapucaí em 29 de outubro de 1915, com o nome de Campos do Jordão. Nessa mesma época, iniciou-se a construção da Vila Abernéssia, onde estavam localizados os sanatórios dos doentes dos pulmões. Em 1920, foi iniciada a construção da Vila Emílio Ribas. O fato de tornar-se um local para tratamento de saúde originou a criação de uma prefeitura sanitária em 1 de outubro de 1926, mantida até 21 de janeiro de 1931.
Em 19 de junho de 1934 conseguiu sua autonomia político-administrativa com a criação do município. O nome do município homenageou o Brigadeiro Jordão, pois, na época, era costume ligar-se o nome do proprietário à propriedade.
Cultura - Campos do Jordão realiza anualmente um importante festival internacional de música erudita. Em setembro, realiza o Festival da Viola. Campos do Jordão abriga o Palácio Boa Vista, detentor de um amplo acervo de arte nacional do período colonial e do modernismo, aberto à visitação pública.
Também possui o Museu Casa da Xilogravura - o maior em seu tipo existente no país - e o Museu Felícia Leirner, com esculturas a céu aberto. Junto à fábrica do Chocolate Araucária, pode-se conhecer um pouco do processo de produção do chocolate e visitar o Museu do Chocolate.
Balneário Camboriú é um município da Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí, no litoral norte do estado de Santa Catarina, no Brasil.
A cidade, com suas colinas íngremes que caem até o mar, é popular entre os sul-americanos. A principal avenida beira-mar é a Avenida Atlântica e seu famoso teleférico liga a praia central da cidade à praia de Laranjeiras. A cidade está localizada a 10 km ao sul da cidade de Itajaí, a 96 km ao sul da cidade de Joinville e a 80 km ao norte da capital do estado, Florianópolis.
Em uma reportagem publicada no final de fevereiro de 2012 pela revista Forbes sobre a ascensão da música eletrônica no Brasil, Balneário Camboriú foi classificada como "a capital da música eletrônica" no país. A cidade também é conhecida pelo apelido de "Dubai Brasileira", devido ao alto número de arranha-céus e turistas. A cidade é servida pelo Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder, localizado no município adjacente de Navegantes.
A Ilha das Cabras é um importante ponto turístico e as travessias para a praia próxima de Laranjeiras ocorrem a bordo de navios semelhantes às embarcações piratas do século XVII, que dão uma volta à ilha antes de retornar novamente a Balneário Camboriú. A cidade também tem uma estátua semelhante ao Cristo Redentor no Rio de Janeiro, chamado "Cristo Luz", mas com algumas diferenças: é um pouco menor que o Redentor e retrata Jesus com uma com um círculo no ombro esquerdo, simbolizando o Sol, que abriga um holofote que brilha para toda a cidade.
Topônimo - Há duas versões quanto à origem do topônimo Camboriú. Uma de origem popular, devido a uma acentuada curva no rio perto da foz, diz que, quando indagados por alguém à procura de uma pessoa, os moradores dali diziam: "camba o rio", vocábulo muito usado pelos pescadores da região. A segunda versão (e mais aceitável) é a do padre Raulino Reitz: mapas bem antigos assinalam o nome rio Camboriú antes da haver povoamento de origem europeia na área; o topônimo Camboriú viria, então, do tupi, formado pela aglutinação das palavras kamuri (robalo) e 'y (rio). Segundo essa versão, portanto, "Camboriú" significaria "rio dos robalos".
Do latim balneariu, o topônimo Balneário é um adjetivo relativo a banho. Conforme o Dicionário Michaelis, a palavra refere-se a locais de banho ou estâncias de água onde se empregam banhos medicinais. Já em Portugal, "balneário" pode significar um local devidamente equipado onde se pode tomar banho, trocar de roupa, etc.
História
Primeiros povos - Os primeiros habitantes da região foram povos coletores, os quais foram derrotados, por volta do ano 1000, pelos índios carijós. Estes, por sua vez, foram escravizados a partir do século XVI pelos colonos vindos de São Vicente. A ocupação definitiva da região começou com a chegada do açoriano Baltasar Pinto Corrêa e o povoamento de origem europeia da região teve início em 1758, quando luso-açorianos e algumas famílias procedentes de Porto Belo se estabeleceram no local denominado Nossa Senhora do Bonsucesso, mais tarde chamado de Barra.
Consolidação - Em 1836, chegou ao local Thomaz Francisco Garcia, com sua família e alguns escravos. Vem daí a antiga denominação de Garcia, pela qual o lugarejo ficou conhecido. Em 1848 passou a ser distrito da cidade de Itajaí, chamado de Bairro da Barra, com a construção da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Em 1884 foi desmembrado de Itajaí, originando a cidade de Camboriú. Atraídas pela fertilidade do solo e pelo clima, vieram famílias de origem alemã, procedentes do vale do Itajaí.
Em 1930, pela situação geográfica privilegiada, iniciou-se a fase de ocupação da área preferida pelos banhistas e, dois anos depois, foi construído o primeiro hotel, na confluência das atuais avenidas Central e Atlântica.
Formação administrativa - O distrito criado com a denominação de Praia de Camboriú foi criado pela lei municipal número dezoito, de 20 de outubro de 1954, subordinado ao município de Camboriú. No quadro fixado para vigorar no período de 1954 a 1958, o distrito de Praia de Camboriú figura no município de Camboriú.
Elevado à categoria de município com a denominação de Balneário de Camboriú, pela lei estadual 960, de 8 de abril de 1964, desmembrado de Camboriú. Sede no antigo distrito de Praia do Camboriú. Constituído do distrito-sede. Instalado em 20 de julho de 1964. Pela lei estadual 5.630, de 20 de novembro de 1979, o município de Balneário de Camboriú passou a se denominar Balneário Camboriú.
Economia - As principais atividades econômicas do município são a construção civil e o turismo. A atividade da construção civil é supervalorizada. A ocupação se dá por edificações comerciais e residenciais, contando com cerca de 1.035 edifícios de classes média e alta.
Turismo - O turismo é a principal fonte de renda da cidade. O município conta com uma população fixa de 128 mil habitantes, nas na alta temporada cerca de 4 milhões de turistas se revezam entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Segundo a Secretaria Municipal de Turismo, Balneário Camboriú é considerada um dos principais polos turísticos do Sul do Brasil e recebe turistas de todas as regiões do país e do exterior. São 18 mil leitos divididos entre hotéis, pousadas e casas de veraneio. A cidade também é reconhecida pela sua vida noturna agitada.
Entre os equipamentos turísticos, temos na Barra Sul do município, um teleférico que agrega o Complexo Turístico UNIPRAIAS e que liga a Praia Central à Praia das Laranjeiras e às demais praias da região sul de Balneário Camboriú: Taquaras, Taquarinhas, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho. Pinho é a primeira praia de nudismo oficial do Brasil. Essas praias são interligadas por uma estrada denominada Linha de Acesso às Praias (LAP), mais conhecida como Interpraias, que se estende até os limites do município de Itapema.
Cultura - Balneário Camboriú tem sua origem cultural na base luso-açoriana. Entre as manifestações locais, estavam: Folguedo do Boi-de-Mamão, Cantorias de Terno-de-Reis, tecelagem em tear de pente-liço, cerâmica artesanal ou louçaria de barro, fabricação de farinha de mandioca em engenho, pesca artesanal de tainha, brincadeira do boi. Na gastronomia, estavam as derivações de pratos a base de frutos do mar e farinha de mandioca, como a sopa de siri, pirão com peixe, tainha escalada (tainha cortada pelo dorso, salgada e seca ao sol, assada na grelha), sopa e bolinho de peixe, sardinha frita, em conserva ou a jato. Essas manifestações ainda são percebidas no Bairro da Barra e nas praias do sul.
Hoje, é comum a prática de bocha e do dominó na praia entre as pessoas mais maduras, e atividades aeróbicas, como caminhada, corrida, passeios de bicicleta, skate, roller, para os moradores da região central. Durante o verão, o município é tomado por turistas de várias partes do Brasil, bem como de outros países, especialmente do Paraná, Rio Grande do Sul, Uruguai, Paraguai, Chile e Argentina, que, no alto verão, são em maior número que os próprios moradores. Além da praia, a vida noturna é bastante importante. A parte sul da cidade, bem como seus arredores, é muito conhecida pelas casas sertanejas e baladas mundialmente conhecidas.
Capela de Santo Amaro - A Capela de Santo Amaro, antiga Igreja Matriz do Bom Sucesso, ajuda a contar história da região. É uma edificação singela, quase desprovida de ostentação, seguindo em linhas gerais o "modelo original" da Igreja Jesuíta de Nossa Senhora das Graças de Olinda (Pernambuco), que serviu de base para a arquitetura luso-brasileira até o limiar do século XX. Tombada como Patrimônio Histórico pelo Estado de Santa Catarina através do Decreto 2 992, de 25 de junho de 1998, e pelo município de Balneário Camboriú pelo Decreto 3 007, de 10 de setembro de 1998, a Capela passou por intervenção de restauro no ano de 2008, com recursos estaduais e municipais. Sua construção foi autorizada no início do século XIX, mas especula-se que somente no ano de 1849 a obra foi iniciada, no antigo "arraial do Bom Sucesso". A assimetria nas paredes laterais, as vigas de arranque na parte posterior da edificação, a diferença de materiais e a incomum mudança de "matriz" para "capela" são indícios de que o projeto original foi descartado e a obra continuada de forma mais simplificada. Segundo a história oral resgatada na comunidade, isso se deve ao fato da comunidade ter encontrado recursos naturais potencialmente mais rentáveis rio acima, mudando a sede para onde hoje é o município de Camboriú, do qual Balneário Camboriú se emancipou em 1964. A capela situa-se no Bairro da Barra, em frente à Praça dos Pescadores e da Escola de Arte e Artesanato sediada na Casa Linhares.
Casa Linhares - A Casa Linhares, remanescente dos anos 1950, é uma edificação em alvenaria, de dois pavimentos, com telhado de quatro-águas, sustentado por vigas de madeira maciça falquejada, que no linguajar local significa "cortada à facão". A história que envolve a casa reforça a riqueza do local. Construída para moradia do casal Ademar Linhares e Néia Bastos, com recursos de uma boa negociação do café da região, teve suas telhas especialmente encomendadas com a primeira forma da Cerâmica Bastos (Camboriú). Ademar Linhares, montou a primeira mercearia do local, que abastecia todas as famílias que moravam nas praias agrestes. Posteriormente, a casa abrigou a primeira farmácia da Barra, e uma barbearia e hoje abriga a sede da Escola de Arte e Artesanato "Cantando, Dançando e Tecendo nossa História", devido a suas características estéticas, históricas e por sua localização, em frente à Capela de Santo Amaro e da Praça dos Pescadores.
Serro é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. O município é rodeado por serras, morros, rios e cachoeiras e se apresenta como excelente destino para os apreciadores do turismo histórico e ecológico. Situada no centro-nordeste de Minas Gerais, na região central da Serra do Espinhaço, Serro fica a 230 quilômetros de Belo Horizonte. É também uma importante Cidade do Caminho dos Diamantes e da Estrada Real, uma herança das minas que atraíram os Bandeirantes paulistas e nordestinos no século XVIII.
Além das belezas naturais e das minas, o Serro possui um rico patrimônio histórico-cultural e produz o famoso Queijo do Serro, uma das mais saborosas variedades do queijo mineiro. O município hoje conta com diversos hotéis e pousadas. O turista pode contar com apartamentos, serviços, deliciosos cafés-da-manhã e guias para percorrer a região.
História - Em 1701 teve início o arraial que daria origem à atual cidade do Serro, centro da exploração de ouro na região. O primeiro nome de que se tem notícias foi "Arraial do Ribeirão das Minas de Santo Antônio do Bom Retiro do Serro do Frio", dado em 1702, no ato de descoberta oficial. Também há citações de "Arraial das Lavras Velhas", embora sem registros oficiais. O nome da região, dado pelos índios, era Ivituruí (ivi = vento, turi = morro, huí = frio) na língua tupi-guarani. Dai derivou Serro Frio ou Serro do Frio. Ivituruí era uma região da Serra do Espinhaço. Em 1714 a povoação é elevada a vila e município com o nome de Vila do Príncipe pelo governador Brás Baltasar da Silveira. Em 17 de fevereiro de 1720 passou a ser sede da comarca do Serro do Frio (norte-nordeste da capitania de Minas Gerais). Foi elevada à categoria de cidade, com a denominação de Serro, por lei provincial de 6 de março de 1838.
Próximo às cabeceiras do rio Jequitinhonha, às margens dos córregos Quatro Vinténs e Lucas, paulistas fincaram suas bandeiras a serviço da Coroa Portuguesa. Corria o ano de 1701 quando chegou à região uma expedição chefiada pelo guarda-mor Antônio Soares Ferreira. Na terra chamada de Ivituruí, a exemplo de outras terras das Minas Gerais, descobriu-se mais jazidas de ouro.
Vários ranchos foram erguidos nas proximidades dos córregos dando início a formação dos arraiais de Baixo e de Cima que se desenvolvem em pouco tempo e, juntos, deram origem ao povoado do Serro Frio. Novas levas de pessoas chegaram atraídas pela abundância de ouro daquelas terras.
A africana Jacinta de Siqueira é apontada como tendo destacado papel na fundação e povoamento dessa importante cidade histórica de Minas Gerais. A respeito dela, Gilberto Freyre, em sua conhecida obra Casa Grande e Senzala, a identificou como tendo sido "tronco matriarcal" de um grupo de ilustres famílias do Brasil, sendo dela descendentes importantes e ricos homens da governança do país.
A exploração desordenada da primeira década do século XVIII levou à criação do cargo de superintendente das minas de ouro da região, ocupado pelo sargento-mor Lourenço Carlos Mascarenhas e Araújo em 1711. E mais e mais gente chegou, o povoado cresceu e, em 1714, o arraial é elevado a Vila do Príncipe.
Mais tarde, além do ouro, os mineradores descobrem lavras de diamante na região onde hoje estão Milho Verde, São Gonçalo do Rio das Pedras e Diamantina. Para defender os interesses do império, em 1720 é criada a grande comarca do Serro Frio, que passa a ser a maior comarca das Minas, sediada na Vila do Príncipe e abrangendo uma grande área da qual fazia parte o então arraial do Tijuco, hoje Diamantina, e todo o norte-nordeste do estado.
Muitas foram as restrições impostas à exploração de ouro na comarca, após o descobrimento dos diamantes. Em 1725 é determinada a criação da Casa de Fundição, para onde toda a produção aurífera da região passaria a ser encaminhada.
Mas, apesar de todas as regras impostas, muitos aventureiros ganharam contrabandeando ouro e diamante.
A vila passa também a difundir cultura e civilização para toda a região. Uma leva de exploradores, artistas, políticos e religiosos passa então a povoar o local, com destaque para nomes como os de Mestre Valentim da Fonseca e Silva e o Maestro Lobo de Mesquita.
As minas foram exploradas exaustivamente durante quase cem anos. No início do século XIX, com a decadência da mineração, somente alguns mineradores, encorajados pelo governo, conseguiam arcar com os altos custos de produção. A grande maioria da população passou a se dedicar à pecuária e à agricultura de subsistência, atividades dificultadas pela localização geográfica da vila.
O empobrecimento das minas interfere na vida econômica e social do lugar. Em 1817, o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire visita Vila do Príncipe e descreve sua situação da seguinte forma: "Vila do Príncipe compreende cerca de 700 casas e uma população de 2.500 a 3.000 indivíduos. Essa vila está edificada sobre a encosta de um morro alongado; e suas casas dispostas em anfiteatro, os jardins que entre elas se veem, suas igrejas disseminadas formam um conjunto de aspecto muito agradável, visto das elevações próximas." Em outro trecho "…duas estalagens e umas 15 casas de comércio com quase tudo importado da Inglaterra". Ainda segundo seus relatos, a vila não possuía nenhum chafariz e o abastecimento de água era feito por escravos que traziam barris de água do vale. Não havia estabelecimentos de lazer e a diversão ficava a cargo da caça ao veado, prática comum na região. Saint-Hilaire, no entanto, se encanta com a beleza das mulheres, com as igrejas e com as festas religiosas que já eram tradição na antiga vila.
Em 1838 a vila é elevada a cidade, continuando como centro administrativo e jurídico da região. O comércio se desenvolve e pequenas fábricas de ferro são instaladas. Serro continua a ocupar posição de destaque na região e a cidade ganha também em importância política. Vários de seus filhos, como Teófilo Benedito Ottoni, líder da Revolução Liberal de 1842, Cristiano Benedito Ottoni, Simão da Cunha Pereira, João Pinheiro da Silva e Sabino Barroso se destacam politicamente. Na atividade Judiciária, três serranos chegam ao Supremo Tribunal Federal: João Evangelista de Negreiros Saião Lobato (1817-1894), Pedro Lessa (1859-1921) e Edmundo Pereira Lins (1863-1944). Bons casarões são construídos durante todo o século.
Mas a falta de modernização e de novas alternativas econômicas faz com que a cidade perca, pouco a pouco, capacidade para competir, frente às mudanças ocorridas no país. Na época da proclamação da república, o Serro não consegue se incorporar às redes de ferrovias e se isola dos novos padrões de transporte e desenvolvimento. A estagnação toma conta do município.
O isolamento forçado, no entanto, ajudou na conservação do patrimônio histórico de Serro. Em 1938, o seu acervo urbano-paisagístico é tombado pelo IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, tornando-se a primeira cidade brasileira a receber este registro. Ao longo do século XX, o desenvolvimento se dá através da pecuária leiteira, principal base econômica da cidade - grande parte do leite é usado na fabricação do Queijo do Serro. Mais recentemente, busca-se desenvolver a atividade turística, com ênfase na riqueza paisagística da região e no patrimônio material e imaterial da cultura local.
Entre as referências do Patrimônio Imaterial da Cultura, encontra-se o rico "Processo Artesanal de Produção do Queijo do Serro", reconhecido, em níveis estadual e nacional, por meio de registro, respectivamente, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, IEPHA-MG, e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN.
O Serro é uma das mais belas e antigas cidades históricas de Minas Gerais.
Turismo - O município integra o circuito turístico dos Diamantes. Além das atrações históricas, como igrejas e casarões, os distritos de Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras têm atraído fortemente o turismo ecológico. A região é rica em cachoeiras e abriga parte do Parque Estadual do Pico do Itambé, berço de vegetação do cerrado.
Pontos turísticos - Museu Regional Casa dos Ottoni (IPHAN); Distrito de Milho Verde, a 25 km do centro; Distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, a 30 km do centro; Pico do Itambé, a 20 km do centro; APA das Águas Vertentes; Festa do Cavalo do Serro; Festa do Queijo (feriado do 7 de setembro); Festas religiosas tradicionais (Festa de Nossa Senhora do Rosário, Festa do Divino e outras); Inúmeras e belas cachoeiras; Igreja Nossa Senhora da Conceição; Igreja Nossa Senhora do Carmo; Igreja Santa Rita; Igreja Nossa Senhora do Rosário; Igreja do Bom Jesus do Matozinho.
Cachoeiras - São mais de 100 quedas, espalhadas por toda a extensão do município, concentrando-se principalmente nos distritos de Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras. As mais famosas são a Cachoeira do Moinho, o Lajeado, Cachoeira do Carijó e Cachoeira do Tempo Perdido, localizada no lugarejo de Capivari, aos pés do Pico do Itambé.
Bragança Paulista, oficialmente Estância Climática de Bragança Paulista, é um município brasileiro do estado de São Paulo.
Bragança Paulista é um dos 12 municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Climática, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Como marco da época dos Bandeirantes, foi erguida uma cruz, onde mais tarde seria implantada uma pequena capela, dando origem a um dos templos mais antigos da região, que ainda permanece: a Igreja Nossa Senhora Aparecida do Lopo.
No entanto, outras trilhas foram abertas, descendo pelo rio Jaguari, para descobrir pequenos veios de ouro no rio Camanducaia, atualmente banhando o município de Pedra Bela e em alguns pontos o município de Socorro. Essa trilha bem mais tarde se transformaria no antigo caminho Bragança – Pedra Bela.
Assim, já no século XVII, a Região Bragantina exercia papel importante na história do Brasil, por intermédio dos Bandeirantes.
Em 13 de fevereiro de 1765, o povoado é reconhecido oficialmente com o nome de distrito de Paz e freguesia de Conceição do Jaguari. Alguns dias depois, Conceição do Jaguari é elevada a condição de Paróquia, recebendo seu primeiro vigário.
Em 17 de outubro de 1767, Conceição do Jaguari é elevada a condição de vila com o nome oficial de Vila Nova Bragança, nome esse ligado a tradição Portuguesa, cuja dinastia durante séculos governou Portugal e o Brasil.
Em 24 de outubro de 1856, a vila se emancipa de Atibaia recebendo o nome de Bragança.
Em 30 de novembro de 1944, para diferenciar-se da cidade do Pará de mesmo nome, Bragança passa a chamar-se Bragança Paulista.
Em 1994, Bragança Paulista deixa de pertencer a região de Campinas, para fazer parte da Região de Jundiaí.
A região bragantina está situada entre as estâncias climáticas conhecidas como Circuito das Águas. O Festival Música das Esferas é um festival de música erudita do Brasil que acontece anualmente no mês de julho na cidade de Bragança Paulista, no estado de São Paulo.
Foi criado em 2007 pelo pianista e compositor Paulo Gazzaneo e pelo maestro e compositor Sergio Chnee.
O festival promove aulas de música erudita de todos os instrumentos musicais aos alunos e apresentações na cidade. As apresentações acontecem na Casa de Cultura Maestro Demétrio Kipman.
Altamira é um município brasileiro localizado no estado do Pará, na Região Norte do país. Até 2009 foi o maior município do mundo em extensão territorial.
A Rodovia Transamazônica atravessa o município no sentido leste-oeste numa extensão de 60 km, ligando Altamira a Belém, Marabá, Itaituba e Santarém. Altamira está cravada às margens do rio Xingu, com sua série de afluentes e cachoeiras que se distribuem por toda a região.
História - Apesar de se saber que mesmo antes de 1750 antigas Missões Jesuíticas já habitavam a região do Xingu, resultando no surgimento da Vila de Altamira, o primeiro registro formal de sua existência data de 14 de abril de 1874, que cria o município de Souzel, no qual se inseria a região que hoje compreende o município de Altamira. Pela grande extensão física e necessidades administrativas, em 6 de novembro de 1911 cria-se o município de Altamira.
Altamira se consolidou como centro polarizador do sul do estado. Sua origem oficial esteve diretamente ligada: a) à colonização das Missões Jesuíticas, na primeira metade do século XVIII; b) à extração de borracha que perdurou até a metade do século XX; e c) ao processo de interiorização do Brasil com a abertura da fronteira amazônica, a partir da década de 1970.
Desde o período da borracha a rede urbana da região do Xingu estrutura-se a partir de Altamira. A agricultura – principalmente arroz, cacau, feijão, milho e pimenta-do-reino –, a extração de borracha e castanha-do-pará e a pecuária são as principais atividades econômicas do município. A região, entretanto, defronta-se com problemas econômicos e sociais à medida que não houve os investimentos necessários em infraestrutura.O ecoturismo tem um grande potencial no município, mas é muito pouco explorado.
Em 1972 foi implantado nesse município o marco zero da Rodovia Transamazônica (BR-230) pelo presidente Emílio Garrastazu Médici. Iniciava-se um período de intensa exploração da floresta amazônica, com assentamentos de colonos e abertura de vias terrestres, algumas já abandonadas e outras que geraram os município da região (Medicilândia, Anapu, Vitória do Xingu etc.).
No município de Altamira inicia-se a "volta grande do Xingu", trecho sinuoso e cheio de cachoeiras do Rio Xingu onde, no final do trecho, está a Hidrelétrica de Belo Monte, a terceira maior do mundo (após a Hidrelétrica de Três Gargantas na China, e a Usina Hidrelétrica de Itaipu entre o Brasil e o Paraguai)
A agricultura (arroz, cacau, feijão, milho, pimenta-do-reino) e a extração de borracha e castanha-do-pará e a pecuária como principal são as principais atividades econômicas do município.
Os conflitos que historicamente marcam a ocupação da Amazônia estão reproduzidos em Altamira, com garimpeiros, índios, agricultores e ribeirinhos se confrontando.
Fala local - Devido a Colonização da cidade ter sido realizada por imigrantes, em grande partes por Nordestinos e Sulistas, a variação do português falado na cidade é bem diferente do resto de outras cidades paraenses como por exemplo as cidades de Belém e Santarém.
Esse dialeto é chamado de dialeto da serra amazônica, ou como as vezes é chamado, dialeto do arco do desflorestamento, é um dialeto do português brasileiro.
Conhecido também como sotaque dos migrantes, não é um dialeto coeso, justamente por sua peculiaridade de formação. Sua característica marcante é a forte pronúncia do "s", de forma semelhante ao paulista, e outras peculiaridades. Diferencia-se do dialeto tradicional amazônida e nordestino, por ter uma pronuncia e vocalização mais próxima do caipira e do sertanejo.
O dialeto existe no sudeste do Pará, sudoeste do Maranhão, norte de Mato Grosso, em Rondônia e no atual Tocantins desde meados da década de 1970, quando houve uma imigração desordenada de nordestinos, goianos, sudestinos e sulistas para a região, atraídos pelas ofertas de terras baratas e acessíveis em abundância.
Festival folclórico - Na segunda semana de Junho ocorre o Festival Folclórico de Altamira organizado pela AGFAL (Associação dos Grupos Folclóricos de Altamira). O evento ocorre desde 2003 e é considerada a maior festa cultural da Transamazônica e consta no calendário municipal de eventos da cidade. É realizado em três noites de festa começando na quinta-feira e terminando no sábado, com apresentação de três grupos por noite. Em alguns anos a data em que ocorreu o evento foi alterada, como no caso de 2015 que o evento foi realizado em Agosto. O dia da divulgação do resultado do grupo campeão e feito no domingo seguinte com a apuração das notas dos jurados.
O evento nada mais é que uma competição de danças típicas da região norte do país em especial do estado do Pará como o Carimbó, o Siriá, o Retumbão, a Toada e o Sirimbó, incluindo inclusive a Quadrilha Junina que é da cultura da região nordeste. O evento é bem semelhante a Festa do Sairé que é realizada em Santarém também no estado com Pará, mas com algumas diferenças.
O festival é disputado por oito Grupos Folclóricos são eles: Cisne Branco; Flor da Juventude; Tradição Aparecida; Nova Geração; Beija-Flor; Explosão Bela Vista e Explosão do Pará.
Atualmente os grupos que possuem mais títulos são Rosa dos Ventos e Tradição Aparecida com quatro no total; seguido por Cisne Branco e Flor da Juventude com três e Beija-Flor com dois
Os demais grupos Explosão Bela Vista, Nova Geração, Explosão do Pará por enquanto não possuem nenhum título.
Cada grupo tem no mínimo 30 mim de apresentação e no máximo 40 mim onde uma banca de jurados que julgam o grupo em 7 quesitos alguns deles são harmonia; traje típico; sincronismo; evolução; coreografia; temática e conjunto. Além disso também tem as apresentações das misses folclore representando cada grupo que são julgadas à parte, ou seja a pontuação da miss não diminui e nem acrescenta nota ao grupo.
Referência para o texto: Wikipédia.
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Taubaté é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, localizado na região do Vale do Paraíba.
Topônimo - Taubaté corresponde a uma variação do vocábulo "taba-ibaté", que na língua Tupi significa "aldeia que fica no alto", em referência à aldeia guaianá que na época da fundação do povoado, localizava-se no alto de uma colina. Ali viria a se formar o bairro Alto de São Pedro, onde foi erigida uma estátua do Cristo Redentor, de 23 metros de altura, inaugurada em 1956.
Antes de sua fundação como vila, havia no local onde hoje é parcialmente as ruas Capitão Geraldo, Coronel João Afonso, travessa São José e Largo do Chafariz, uma tribo de índios guaianás denominada tabaybaté (daí o nome do município).
Até então, a colonização europeia não havia de fato chegado à região do Vale do Paraíba, na época, pertencente à Capitania de Itanhaém, e havia a necessidade de demarcação de posses destes sertões pela sua donatária, a Condessa de Vimieiro, neta e herdeira de Martim Afonso de Sousa.
A partir disso, foi enviado o então bandeirante Jacques Félix e expedidas concessões oficiais a ele. No ano de 1628, recebeu concessões de terras. Em 20 de janeiro de 1636, obteve poderes de avançar pelos "Sertões do Paraíba" por meio de provisão do capitão-mor da Capitania de Itanhaém, Francisco da Rocha.
Finalmente, em 13 de outubro de 1639 (provisão, capitão-mor Vasco da Mota), ordens para construção da igreja matriz, casa para o conselho, cadeia pública, arruamento, engenho de cana-de-açúcar e farinha de milho, além de concessão de terras às famílias trazidas pelo fundador.
Em 5 de dezembro de 1645, por provisão do capitão-mor Antônio Barbosa de Aguiar, recebeu foral de vila (primeiro local a recebê-lo na região), com o nome de São Francisco das Chagas de Taubaté, sendo, assim, escolhido oficialmente seu padroeiro.
Foi no principal período das bandeiras, entre 1690 e 1715, que a vila alcançou relativa prosperidade com o abastecimento das bandeiras tanto vindas da Vila de São Paulo de Piratininga quanto saídas da própria Vila de Taubaté.
Tornou-se um "centro irradiador de bandeirismo". Seus filhos tiveram, como grandes feitos, a fundação de numerosas localidades, destacando-se a maioria das cidades históricas de Minas Gerais, na época, um enorme território inexplorado, desconhecido e sem colonização também pertencente à Capitania de Itanhaém, com destaque para Mariana, primeira Vila, núcleo colonial e capital mineira, além de Ouro Preto, São João del-Rei, Tiradentes. Outra cidade importantíssima a nível nacional fundada por bandeirantes taubateanas foi Campinas. Deve-se também o descobrimento de ouro em Minas Gerais pelo bandeirante Antônio Rodrigues Arzão em 1693. O que proporcionou a Taubaté receber uma Casa de fundição de ouro.
Passada essa época, Taubaté voltou à agropecuária de subsistência, que predominaria por aproximadamente um século, até a chegada da cultura do café, trazida do Rio de Janeiro.
A cafeicultura teve início do município na metade do século XVIII. No século XIX, mais precisamente em 1842, devido ao seu tamanho e a sua importância na região, Taubaté recebe do barão de Monte Alegre o título de cidade. A vila já havia alcançado, em 1836, a cifra de 11.833 habitantes, sendo o maior núcleo populacional do interior da província. Em 1900, a cidade alcançou a maior produção cafeeira do Vale do Paraíba.
No dia 26 de fevereiro de 1906, na gestão do presidente Rodrigues Alves, foi assinado o Convênio de Taubaté pelos presidentes dos estados (hoje, "governadores") de São Paulo (Jorge Tibiriçá Piratininga), Rio de Janeiro (Nilo Peçanha) e Minas Gerais (Francisco Antônio de Sales). O convênio tinha, como objetivo, incentivar a produção de café através do controle das plantações e dos valores das taxas para exportação e para o consumo interno.
Em 1920, a cafeicultura entrou em decadência, processo que já vinham ocorrendo desde a década de 1880. A rizicultura, beneficiada pelo Rio Paraíba do Sul, foi uma das alternativas na época.
Fatores como o fim do ciclo do café, a mão de obra barata disponível no município e a fácil comunicação com as cidades Rio de Janeiro e São Paulo levou a Taubaté a se industrializar. A Estrada de Ferro Dom Pedro II (Central do Brasil) e a Rodovia Presidente Dutra passavam pela cidade. Posteriormente, a eclosão das duas guerras mundiais e a consequente demanda de exportação do país alavancaram a produção industrial do município.
No ano de 1891, Taubaté teve uma de suas primeiras indústrias, a Companhia Taubaté Industrial, onde se fabricavam "morins" (tecidos brancos e finos de algodão), que eram vendidos para grande parte do Brasil. Até os dias atuais, alguns dos prédios que abrigaram a indústria se mantêm preservados na Praça Felix Guisard (conhecida como Praça da CTI), próxima ao Centro da cidade.
Economia
Indústria - Taubaté foi uma das primeiras cidades do país a se industrializar, o que ocorreu com a fundação da Companhia Taubaté Industrial no município, em 1891, que viria a se tornar uma das principais indústrias do ramo da tecelagem no mundo, atingindo seu ápice na década de 1950. Em 1927, instala-se no município a Companhia Fabril de Juta, que passa, em pouco tempo, a ocupar a posição de segunda indústria em geração de empregos na cidade.
A partir da década de 1970, a cidade passa a atrair um grande número de indústrias, com destaque para as empresas do ramo automobilístico. As marcas Volkswagen e Ford instalam unidades de produção na cidade, bem como diversas empresas de auto peças.
É o segundo maior polo industrial e comercial de sua mesorregião, abrigando empresas como Volkswagen, Ford, LG, Alstom, Usiminas, Cameron, Embraer, (Centro de distribuição e o Centro de Serviços Integrados - CSI), Elevadores Villarta, entre outras. O município também abriga o Comando de Aviação do Exército.
Comércio - Taubaté é também o segundo maior polo comercial da região do Vale do Paraíba. A região central reúne boa parte dos estabelecimentos comerciais do município. Há instalados dois shopping centers, o Taubaté Shopping, inaugurado em 1989, atualmente tem 150 lojas, 4 salas de cinema, um supermercado e o Via Vale Garden Shopping inaugurado em 2012, localizado às margens da Rodovia Presidente Dutra e na confluência com a Rodovia Carvalho Pinto, que conta com 211 lojas, 6 salas de cinema e um hipermercado. Há também diversos mini-shoppings e galerias.
Centros comerciais de Taubaté: Taubaté Shopping; Via Vale Garden Shopping; Boulevard Rio Branco; Shopping Cristal Center; Star Shop; Boulevard Flamboyant; Shopping Independência - Taubaté; Podium Center
Plaza Mall.
Parque Industrial - Localizado estrategicamente às margens da Rodovia Presidente Dutra com acesso direto a Rodovia Carvalho Pinto e com fácil acesso a Rodovia Fernão Dias, o parque industrial de Taubaté está próxima de grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com os portos de São Sebastião e de Santos e com uma ampla estrutura interna.
Taubaté é considerado como o segundo maior polo industrial da Região do Vale do Paraíba e possui grandes e importantes empresas instaladas na cidade que ajudam no desenvolvimento brasileiro. Tais como Alstom, Araya, Autocom, Autoliv do Brasil, Caldsteel, Cooper Cameron do Brasil, Daruma, Feeling Structures, Villarta, Ford, LG Electronics, Mubea do Brasil, Pelzer, Plastic Omnium, Rápido Taubaté, Usiminas, Volkswagen do Brasil, Hydrostec, GE, Gestamp, dentre muitas outras.
Complexo Ferroviário - O complexo ferroviário de Taubaté foi construído em 1876 em instalações de madeira em meados do século XIX dando inicio ao surto cafeeiro. Em 1923, o antigo prédio de madeira deu lugar a nova estação junto ao estilo arquitetônico inglês na época E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro que pertencia ao Governo Imperial. A Estação Ferroviária de Taubaté compõe hoje a malha férrea da Estrada de Ferro Central do Brasil e esta localizada no coração da cidade, próxima a Rodoviária Central, sendo um importante patrimônio histórico da cidade, por ser uma memória viva do transporte ferroviário que veio enriquecer e favorecer a região, no auge do "Ciclo do Café", bem como no "Advento Industrial" da cidade e região.
É um importante conjunto arquitetônico por suas características estruturais: mãos francesas em ferro fundido que seguram o telhado frontal da Estação e toda a caixilharia (janelas) que tem o desenho marcante da época colonial. Na época de sua construção, ainda não havia ferro no Brasil, portanto, registra uma tecnologia de ponta para a época, importada para o Brasil e, no caso especificamente para Taubaté.
A estação não era só de carga e descarga de produtos, mercadorias e matéria-prima, mas também de transporte de passageiros, que foi de grande importância para a população taubateana e para o desenvolvimento da cidade e, ao mesmo tempo, para o Estado de São Paulo e Brasil.
Após 36 anos fechada ao publico, a estação esta sendo restaurada por uma iniciativa do Instituto I.S de Desenvolvimento e Sustentabilidade Humana, uma organização social civil sem fins lucrativos do município que atuou desde 2012 em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e MRS Logística S.A para que o complexo fosse novamente aberto ao publico. Em 2015 com o deferimento da proposta pelo DNIT e cessão do Ministério dos Transportes, a iniciativa foi validada e apoiada pela Prefeitura Municipal de Taubaté que submeteu um decreto de lei para o repasse de um aporte financeiro visando o restauro, preservação e manutenção do complexo a Câmara dos Vereadores do município que foi aprovada no dia 29 de fevereiro de 2016, dando inicio a uma nova fase na historia desse patrimônio tombado pelo CONDEPHAAT, tornando-se uma Estação do Conhecimento com foco na Educação, Cultura & Turismo.
Educação e ciência - Taubaté é a Capital Universitária na região do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira. Tem, por excelência, um dos melhores sistemas de educação da região. Assim como os milhares de alunos que se graduam na cidade, para depois atingir patamares cada vez mais altos, como mestres e doutores, a cidade avança como polo educacional e muitos especialistas já a classificam também como a Capital da Pós-Graduação na região. Este título é resultado do grande investimento feito nesta área nos últimos anos, com novos cursos, novas instituições e, principalmente, novos alunos que chegam todos os dias de outras cidades.
Instituições de ensino superior
Presenciais - Universidade de Taubaté (Unitau); Etep Faculdades (Centro de Tecnologia e Ciência); Universidade Anhanguera - Taubaté Campus I (Instituição do Grupo Anhanguera Educacional); Faculdade Dehoniana de Taubaté (Instituição de Ensino Superior mantida pela congregação do Sagrado Coração de Jesus da Igreja Católica); ITES - Instituto Taubaté de Ensino Superior; Faculdade Senai; Fatec (Faculdade de Tecnologia de Taubaté) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) - Grupo Conexão (Pós Graduação e MBA).
À Distância - UNOPAR - Universidade Norte do Paraná (Pólo EAD); Uninter - Grupo Educacional Uninter (Pólo EAD); Fatec Internacional - Faculdade de Tecnologia Internacional (Pólo EAD); Ulbra - Universidade Luterana do Brasil (Pólo EAD); UNIMES - Universidade Metropolitana de Santos ( Pólo EAD); UNICID - Universidade Cidade de São Paulo (Pólo EAD); UNICSUL - Universidade Cruzeiro do Sul (Pólo EAD).
Cultura -Taubaté é uma das cidades mais tradicionais do interior de São Paulo, e, por ter sido durante muito tempo um centro de referência na região do Vale do Paraíba, sempre foi considerada a cidade que mais investiu em cultura na região. O fato de atualmente o município ser conhecido como a Capital Universitária do Vale é relevante para que a cidade continue tendo uma considerável produção cultural.
É a terra natal do escritor Monteiro Lobato, tendo recebido em 3 de março de 2011, o título de "Capital Nacional da Literatura Infantil" (Lei nº 12.388 do Congresso Nacional).
Carnaval - Fazem parte do Carnaval de Taubaté as escolas de samba Boêmios da Estiva, Mocidade Alegre da Vila das Graças e Acadêmicos do Chafariz, entre outras.
Museus - A cidade abriga diversos museus destinados, principalmente, a registrar, por meio de recortes, aspectos da cultura regional e brasileira. A maioria dos museus é mantida pela Prefeitura de Taubaté, mais especificamente pela Divisão de Museus.
Podem ser visitados: Museu da Imigração Italiana; Arquivo Histórico Municipal "Dr. Félix Guisard Filho", localizado na Divisão de Museus do município; Museu da Imagem e Som (MISTAU); Museu da Imigração Italiana
Museu de Arte Sacra; Museu de Artes Plásticas Anderson Fabiano; Museu do Transporte e da Tecnologia; Museu de História Natural; Museu Histórico - Prof. Paulo Camilher Florençano; Museu Mazzaropi; Museu Monteiro Lobato; Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (CDPH), mantido pela UNITAU. A Divisão de Museus de Taubaté abriga também a Pinacoteca "Anderson Fabiano", a Hemeroteca Antonio Mello Júnior e a biblioteca central do município.
Arquitetura - Por ser uma das mais tradicionais cidades do interior de São Paulo, Taubaté possui tanto em seu centro histórico quanto no restante de seu território quantidade considerável de prédios coloniais e neo-coloniais. Destas diversas construções são tombadas, destacam-se: Capela de Nossa Senhora do Pilar, que remonta ao século XVIII e é a sede do museu de Arte Sacra; Convento de Santa Clara, edificado no século XVII (1673), pertencente a Ordem Terceira de São Francisco; Catedral de São Francisco das Chagas; Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos homens pretos; Santuário de Santa Teresinha, estilo neogótico; Solar dos Oliveira Costa, construída em 1854; Solar da Viscondessa de Tremembé, construído em meados do século XIX, que está sendo restaurado pela Universidade de Taubaté; o Solar denominado Vila Santo Aleixo; edifício Félix Guisard, o prédio do relógio da Companhia Taubaté Industrial; Casarão da Família Indiani, no distrito de Quiririm; Capela de Nossa Senhora Aparecida, no distrito de Quiririm.
Destacam-se também casarões sede de antigas fazendas do período áureo do café, tais como: A Chácara do Visconde, construída no século XIX, foi o local de nascimento e residência de Monteiro Lobato em sua Infância e adolescência, onde está hoje o Sítio do Pica-pau Amarelo; sede da fazenda do Bomfim; sede da Fazenda Fortaleza; sede da Fazenda Cataguá; sede da Fazenda Nossa Senhora Conceição do Itaim; sede da Fazenda do Barreiro; sede da Fazenda Santa Maria; sede da Fazenda Pasto Grande; erguida provavelmente no século XVIII por Pedro Pereira de Barros, remonta ao Ciclo da Cana de açúcar e do Café; sede da Fazenda do Quilombo.
Referência para o texto: Wikipédia.
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São Miguel do Gostoso é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. O antigo nome do município era São Miguel de Touros. Está localizado a 102 quilômetros da capital do estado, Natal. Os habitantes se chamam micaelense de touros.
A igreja de São Miguel Arcanjo é o tesouro da região. Foi construída, no século XIX, por um comerciante local, por conta da sua devoção a São Miguel Arcanjo. Curado de uma doença, dedicou a construção ao santo.
São Miguel do Gostoso, antes chamada de São Miguel de Touros, é quase que “legalmente” protegida para permanecer “isolada para sempre”. Conserva-se o clima bucólico das vilas de pescadores e a atmosfera é de reunião de amigos e familiares.
Algumas das particularidades da região incluem: preservação da cultura dos pescadores; os visitantes andam descalços e a pé; não há música alta e agito nos bares; a diversão é pegar fruta no pé das árvores; bicicleta, quadriciclo, bugre ou jegue (ou melhor, jegue-táxi) são os meios de transporte.
O clima em São Miguel do Gostoso é estável com ventos e temperatura de 28ºC.
A serenidade da região, no entanto, é pontuada pelas experiências aquáticas. É a mais célebre opção para quem curte windsurf ou prancha à vela e kitesurf.
É recomendado programar uma manhã para praticar windsurfe na Praia do Cardeiro cujas águas tranquilas do pequeno lago formado com águas da chuva reservam ótima experiência aquática.
Para os verdadeiros devotos do kitesurf, a praia Ponta de Santo Cristo continua sendo a melhor opção para a prática da atividade. Nela, os moradores e comerciantes locais fazem de tudo para seduzir os visitantes: se você é inexperiente em kitesurf, há cursos livres, com aulas práticas e teóricas, que duram de uma a dez horas.
São Miguel do Gostoso está entre os cinco melhores destinos de kitesurf porque: as praias da região têm água morna; Gostoso registra quase dez meses de bons ventos; os primeiros metros das praias são rasos e feitos para aprendizes; ali está o clube de kite do tricampeão mundial, Kauli Seadi; Gostoso fica, exatamente, onde há os melhores ventos, na “esquina” do Brasil, quando termina a estrada BR 101.
As praias justificam a fama de Gostoso. A mais gostosa das paisagens são as dunas. Para integrar-se ao espírito desse belo pedaço de terra, recomenda-se o passeio de cerca de duas horas até Galinhos.
Debruçado sobre as praias, o passeio proporciona magnífica vista para o cenário de areia, com dunas intercaladas por falésias e trilhas, até as águas mornas de Galinhos.
A vila Galinhos é menor que São Miguel do Gostoso. Não tem transporte público, carros, motos. Nem museu, nem centro de compras. Nadinha. Mas jegue-táxi e paredes de sal – que mais parecem neve.
A cidade deserta, à primeira vista, parece um oásis – pronto para ser admirado. Mas as dunas de sal dividem espaço com os cata-ventos gigantes do parque eólico. Por conta dos ventos fortes, é recomendado proteger os olhos e a boca.
Os rios de Galinhos - Mas não só de água e sal vive Galinhos. Sua alma e inspiração estão também nos seus rios e arredores.
O rio Aratuá, por exemplo, é o “braço” que envolve a vila de Galinhos. Ele se ramifica em pequenos riachos estreitos, por onde passam embarcações turísticas e canoas nos dias de maré baixa.
Nos arredores, o centro das atenções daqueles que gostam de fazer luau é a região da Duna do Capim, localizada a cerca de seis quilômetros do rio Aratuá.
Não passa em branco o rio Pisa Sal, um desdobramento do Aratuá. Um trajeto de seis quilômetros do Pisa Sal leva até a Ilha da Estiva, onde a paisagem de mangue disputa com a de vegetação do sertão: logo depois da curva do rio, o que era mangue se transforma em clima árido.
O rio Galos, por sua vez, está localizado a três quilômetros de Galinhos e pode ser explorado a pé. É, também, uma oportunidade para conhecer a vida e a rotina dos moradores e pescadores que vivem do mar.
Rindo gostoso - A ironia contida no nome não é mera coincidência. Quem vai a Gostoso volta de lá com pelo menos uma certeza: nas férias em São Miguel, dá pra rir gostoso.
Brincadeira à parte, risadas gostosas têm muita a ver com as lendas contadas na região: um morador que hospedava viajantes em sua casa era chamado “seu Gostoso”. Era ótimo contador de histórias e dono de uma risada longa e inesquecível.
O nome “Gostoso” foi, então, acrescentado a São Miguel como resultado de um plebiscito em 1993.
Mergulho na noite de Gostoso - Enquanto a agenda do dia é ocupada pelas praias e seus jatos de água que espirram nos recifes tal como um “suspiro de baleia”, as caipirinhas excêntricas são as atrações da noite. Point da cidade, a creperia Madame Chita serve caipirinhas de cajá, banana com canela e seriguela.
Se prefere ouvir música, outro local bem frequentado é o bar J. Sparrow’s, localizado na Ponta do Santo Cristo. Caldo de camarão, caldo de peixe e porções com toque gourmet são alvos de elogios de quem visita o bar.
Referência para o texto: Site Natal Praias. Outros videoclipes sobre localidades brasileiras suas histórias, economias e atrações culturais, turísticas e de lazer podem ser encontrados no endereço https://www.youtube.com/lcdluizcarlos/videos . Visite!
Trindade é um município brasileiro do estado de Goiás, região Centro-Oeste do Brasil.
História - Localizada no centro de Goiás, Trindade surgiu do extinto município de Campinas que, em 1909, tinha como distrito Barro Preto. Após sua fragmentação, em 1920, muda-se de nome em homenagem à história dos garimpeiros Ana Rosa e Constantino Xavier, casal que encontrou uma medalha com a ilustração do Divino Pai Eterno, na mesma região em que se situa, atualmente, o Santuário Basílica, templo o qual atrai cristãos à cidade durante a Festa do Divino Pai Eterno.
A região, até o século XVI, era povoada por índios goyazes e, com a colonização portuguesa, seu território tornou-se parte da Capitania de São Paulo. Os bandeirantes, após 1602, ocuparam os estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais à procura de metais preciosos; como consequência, em 1748, foi fundada a Capitania de Goiás, na qual se localizava a atual cidade de Trindade. Em termos geográficos, o local fazia parte do Distrito de Santa Cruz, criado em 1776, o qual abrangia todo o sul da capitania.
Com o fim do ciclo do ouro, no final do século XVIII, as atividades econômicas se voltaram para a agropecuária, principalmente a agricultura de subsistência.
Em 12 de dezembro de 1894, padres redentoristas originários do estado de Baviera, na Alemanha, se instalaram no Distrito de Barro Preto para planejar a romaria que iria se iniciar a destino da igreja, a qual estava sob administração do Pe. Francisco Inácio de Sousa, nomeado por D. Eduardo Duarte e Silva. Em 1900, os padres saíram do lugar por causa de um conflito entre fazendeiros, orientado pelo coronel Anacleto Gonçalves; porém, o embate não durou muito tempo. Após a inauguração da Igreja Matriz de Campinas e a transferência da romaria para Campininhas em 1901, a repercussão de Barro Preto diminuiu consideravelmente e, três anos depois, as autoridades eclesiásticas ordenaram que o evento voltasse a ser realizado no local de origem com a presença dos redentoristas.
Campinas é elevada à categoria de município em 1907, tendo os arraiais de Barro Preto e São Sebastião do Ribeirão incorporados a ele. Dois anos após o estabelecimento do município, o distrito de Barro Preto se muda de nome para Trindade, ainda subordinada a Campinas, pela lei municipal nº 5 de 12 de março de 1909. Com estilo barroco, em 1912, foi inaugurada a Igreja Matriz de Trindade, construída por um dos missionários redentoristas, o Pe. Antão Jorge, com a intenção de receber os romeiros que prestavam homenagens ao Divino Pai Eterno.
Conforme a lei estadual nº 662 de 16 de julho de 1920, Trindade é elevada à categoria de vila, com instalação formal em 31 de agosto de 1920, tendo seu território desmembrado de Campinas e a constituição de dois distritos: Trindade e Ribeirão. Em 20 de julho de 1927, pela lei estadual nº 825, recebe o título cidade. Com a construção de Goiânia, volta a condição de distrito em 1935 e seu território é anexado a nova capital do estado pelo decreto-lei estadual nº 1.233 de 31 de outubro de 1938, sendo elevado novamente à categoria de município cinco anos depois, ratificado pelo decreto-lei estadual nº 8.305 em 31 de dezembro de 1943. Campestre de Goiás se torna um distrito e é anexado ao município de Trindade em 1963, mas no mesmo ano é feito o desmembramento dos dois municípios.
É considerada a capital católica do estado. As novenas têm início nove dias antes do primeiro domingo do mês de julho. Nesta ocasião, ocorre uma romaria com afluência de milhares de turistas e devotos do Divino Pai Eterno.
Economia - Economicamente, a cidade se destacou na confecção de roupas e na fabricação de refrigerantes e bebidas não-alcoólicas, impulsionadas a partir da década de 1980, com a ascensão de indústrias e investimentos por empresários. A confecção representou, em 2000, 20% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços arrecadado pelo município; enquanto a produção de bebidas conquistou espaço após a instalação do Grupo Imperial em 1997 e da Refrescos Bandeirantes (fabricante da Coca-Cola), em vista da posição geográfica estratégica e o incentivo fiscal.
Turismo - Trindade é conhecida principalmente pelo turismo religioso, movimentado anualmente pela Festa do Divino Pai Eterno por nove dias no final de junho e início de julho. Alguns dos principais símbolos e atrações turísticas da cidade são: Desfile de Carro-de-Bois; Igreja Matriz de Trindade e Basílica do Divino Pai Eterno.
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Imperatriz é uma cidade brasileira do estado do Maranhão. É o maior entroncamento comercial, energético e econômico do estado, sendo ainda o segundo maior centro populacional, econômico, político e cultural do Maranhão, possuindo um posicionamento estratégico útil, não só ao estado, mas também para todo o norte do país. Imperatriz está num cruzamento entre a soja de Balsas, no sul do Maranhão, a extração de madeira na fronteira com o Pará, a siderurgia em Açailândia e a agricultura familiar no resto do estado, com destaque para a produção de arroz, e também das futuras potencialidades como a produção de energia e celulose com a implantação da Hidrelétrica de Estreito, de Serra Quebrada e da fábrica da Suzano Papel e Celulose em Imperatriz.
Além dessas potencialidades, pode-se perceber também intensa atividade extrativista, principalmente na reserva do Ciríaco. Para dar suporte logístico a todas essas atividades, Imperatriz assume postura de capital local, pois através do Complexo atacadista do Mercadinho e do Centro Varejista do Calçadão, a produção do sul do Maranhão, norte do Tocantins e leste do Pará é escoada. Para tanto Imperatriz conta com a Rodovia BR-010 (Belém-Brasília), com um dos maiores rios do país, o Rio Tocantins e com a Ferrovia Norte-Sul e a Estrada de Ferro Carajás. Além disso, por Imperatriz passam as principais linhas de transmissão de energia elétrica do Maranhão e de outros estados.
É também o principal polo da região que aglutina o sudoeste do Maranhão e norte do Tocantins. A história e o desenvolvimento de Imperatriz deram-lhe diversos títulos, entre eles o de "Portal da Amazônia - Capital da Energia".
Etimologia - Seu atual nome originou-se de seu segundo nome, Imperatriz Carmélia, dado em homenagem à Imperatriz Teresa Cristina. Com o tempo, sua denominação foi sendo simplificada pela população que habitava o local onde hoje é a cidade, havendo documentos anteriores à Abolição em que a vila é mencionada simplesmente como Imperatriz. A nomenclatura Vila de Imperatriz foi alterada oficialmente para Imperatriz pela lei provincial nº 631, de 5 de dezembro de 1862.
História - O surgimento de Imperatriz começou a ser desenhado nos fins do Século XVI e início do Século XVII, com a iniciativa dos holandeses puritanos , que, partindo de São Paulo, buscavam nos confins do Norte, a riqueza, o desconhecido e a aventura. Enquanto os bandeirantes navegavam da nascente em busca da foz, paralelamente as entradas governamentais e/ou religiosas subiam o rio, tentando alcançar suas nascentes. Das entradas realizadas, a que mais nos interessa foi a que se realizou no ano de 1658 pelos jesuítas Padre Manuel Nunes e Padre Francisco Veloso, que teriam sido os primeiros a utilizar o sítio onde hoje está Imperatriz.
A fundação de Imperatriz se deu em 16 de julho de 1852, três anos depois da partida da expedição que saiu do porto de Belém, em 26 de junho de 1849. Frei Manuel Procópio do Coração de leão, capelão da expedição, foi o fundador da povoação, que recebeu inicialmente o nome oficial de Povoação de Santa Teresa do Tocantins.
Depois de quatro anos, em 27 de agosto de 1856, a lei nº. 398 criou a Vila de Imperatriz, nome dado em homenagem à imperatriz Teresa Cristina. Com o tempo, sua denominação foi sendo simplificada pela população, havendo documentos anteriores à Abolição em que a vila é mencionada simplesmente como Imperatriz.
Sua elevação à categoria de cidade é datada de 1 de abril de 1924, no governo Godofredo Mendes Viana (Lei nº. 1.179). Imperatriz, até então permanecia em um isolamento secular, com um crescimento tímido e lento. O início da transformação socioeconômica e do crescimento populacional se deu a partir de 1953, com a construção de uma estrada que a ligou a Grajaú, possibilitando o acesso à capital do estado, São Luís, e ao restante do Nordeste brasileiro, o município de Imperatriz mantinha-se isolado por via terrestre o que fez com que a população dobrasse em menos de cinco anos. Para se ter uma ideia de quão pequena era a cidade antes da transformação socioeconômica, de acordo com o recenseamento do IBGE de 1950, Imperatriz tinha apenas 5015 habitantes, onde 3863 destes se encontravam na zona rural. A construção da rodovia Belém-Brasília, a partir de 1958, no governo do presidente Juscelino Kubitschek, resultou num rápido crescimento econômico e populacional do município a cidade dispunha apenas de cinco estabelecimentos comerciais varejistas e um estabelecimento onde vendia-se bebidas com alto teor alcoolifica que mantinham transações com o comércio de Belém, Recife, Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís, importando tecidos em geral, ferragens, estivas, miudezas e medicamentos.
A cidade contava ainda, com apenas dois dentistas, onze unidades escolares, sendo sete do ensino fundamental comum, 3 do fundamental supletivo e uma de ensino complementar. Destaque para o Educandário Santa Terezinha, atual Escola Santa Terezinha, que foi a primeira escola a funcionar regularmente no município. Imperatriz possui ainda, apenas um advogado em exercício, uma agência postal telegráfica e apenas um caminhão registrado na Prefeitura Municipal. Em 1955 perdeu parte do seu território, para, com ele, ser constituído o município de Montes Altos, que foi criado pela Lei nº 1354 de 8 de setembro de 1955, e cuja instalação se deu a 22 de Dezembro do mesmo ano.
Vegetação - Os tipos de vegetação originais do município são a floresta amazônica e o cerrado, este último que se caracteriza por árvores baixas, de troncos retorcidos e cascas grossas, espalhadas pelo terreno; as florestas ou matas, que caracteriza-se pelo predomínio de árvores altas que crescem bem próximas umas das outras, além dos campos, que caracterizam-se pela formação de plantas rasteiras, predominando o capim e a grama também é comum encontrar plantas carnívoras.
Do ponto de vista ecológico, Imperatriz apresenta uma grande diversidade de espécies de plantas e animais. Na região oeste do estado estão demarcados de 300 mil hectares de terra referentes à Reserva Biológica do Gurupi, que é o que restou da floresta amazônica no Maranhão. Imperatriz por fazer parte dessa área recebeu o título de Portal da Amazônia.
Hidrografia - O município de Imperatriz é banhado pelo rio Tocantins, além dos riachos Cacau, o riacho Bacuri, Santa Teresa, Capivara, Barra Grande, Cinzeiro, Angical, Grotão do Basílio e Saranzal. O rio Tocantins é um dos rios mais importantes do norte brasileiro,e como consequência, do município de Imperatriz.
O Rio Tocantins é uma das fontes de pescados para a população, e além disso, proporciona também oportunidades de lazer para os Imperatrizenses e a população dos municípios vizinhos, quando a partir de julho, ao baixar de suas águas, faz-se surgir praias fluviais. As mais famosas são as Praias do Cacau, do Meio, da Belinha e do Imbiral. O rio também é a principal fonte de abastecimento de água do município.
Economia
Trabalho e renda - De um modo geral, a maior parte da mão-de-obra ativa do município é absorvida pelo setor terciário (comércio de mercadorias e prestação de serviços). A construção civil também desempenha papel muito importante na economia local.
O cenário de crescimento atual faz com que a cidade possa ter condições de oferecer mais empregos, mas tem como desafio crescer de forma planejada sem que esse boom se torne uma catástrofe social e tire um dos principais chamarizes para o investimento: a qualidade de vida. Um exemplo otimista pode ser observado nos supermercados populares distribuídos pelos bairros da cidade. Famílias de baixa renda movimentam o comércio local, reflexo do momento de prosperidade da população local. A construção dos novos shoppings centers na cidade deve gerar grandes quantidades de postos de empregos.
Influência - Imperatriz se apresenta como entreposto comercial e de serviços, no qual se abastecem mercados locais em um raio de 400 km, e forma com Araguaína-TO, Marabá-PA, Balsas-MA e Açailândia-MA, uma importante província econômica. O município situa-se na área de influência de grandes projetos, como a mineração da Serra dos Carajás (Marabá/Paraupebas), a mineração do igarapé Salobro (Marabá/Paraupebas), a Ferrovia Carajás/Itaqui, a Ferrovia Norte-Sul, as indústrias guzeiras (Açailândia), a indústria de celulose da Suzano Papel e Celulose (Imperatriz), que pela proximidade destes projetos, de algum modo condicionam seu desenvolvimento.
Ciência e tecnologia - Imperatriz vem se tornando conhecida nacional e internacionalmente como um importante centro de produção e difusão de conhecimento científico, um dos motivos é a Universidade Federal do Maranhão - UFMA e o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA. Isso fez da cidade uma alternativa para investimentos no país.
Polo universitário - A cidade de Imperatriz hoje conta com várias Faculdades e Universidades públicas e privadas, dentre elas destacam-se a Universidade Federal do Maranhão - UFMA (Campus Centro e Bom Jesus), Universidade Estadual do Maranhão do Sul - UEMASUL, Instituto Federal do Maranhão - IFMA, Centro Universitário do Maranhão - CEUMA, Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão - UNISULMA, Faculdade de Educação Santa Teresinha - FEST, Faculdade Pitágoras, Faculdade de Imperatriz - DeVry Facimp.
Dentre as universidades públicas destacam-se a Universidade Federal do Maranhão e a Universidade Estadual do Sul do Maranhão, sendo que a federal já atua na cidade Imperatriz desde a década de 80. Os primeiros cursos a entrarem em funcionamento no campus foram Direito e Pedagogia, implantados no ano de 1980, por meio da política de expansão e interiorização da Universidade. O campus de Imperatriz da UFMA foi elevado à condição de Unidade Acadêmica em 2 de dezembro de 2005, de acordo com a Resolução nº 83,do Conselho Superior Universitário (Consun), se denominado a partir de então de Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia (CCSST).
A Unidade também conta com um Campus Avançado, que abriga os cursos da área de Ciências, Saúde e Tecnologia. O novo prédio, situado no bairro Bom Jesus, dispõe de laboratórios, salas de aula e biblioteca direcionados para atender as demandas dos cursos de Enfermagem, Engenharia de Alimentos, Ciências Naturais e Medicina.
Quanto à Universidade Estadual, ela se tornou a primeira universidade do interior do Maranhão e foi instituída pelo governador Flávio Dino no dia 1 de novembro de 2016, substituindo a antiga Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, atendendo a uma reivindicação da comunidade acadêmica. A luta por autonomia administrativa e pela regionalização do ensino superior no Maranhão era de mais três décadas.
Dentre as faculdades particulares a pioneira DeVry Facimp, iniciou suas atividades acadêmicas no ano de 2001 em Imperatriz. Atualmente, possui cerca de 2.000 alunos, 10 cursos de graduação, dentre eles: Odontologia, Direito, Farmácia e Enfermagem. A faculdade possui 85 mil metros quadrados, Clínica Escola de Odontologia, Laboratório de Análises Clínicas, Ambulatório de Saúde e o Núcleo de Práticas Jurídicas. A partir de junho de 2016, passou a integrar a DeVry Brasil, dentro do projeto de expansão do grupo no interior dos estados brasileiros. Destaca-se ainda a Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão – UNISULMA, fundada em 2004, oferece sete cursos de graduação, nas mais diversas áreas do conhecimento humano, todos voltados aos interesses e às necessidades regionais. São mais de dois mil alunos e duzentos colaboradores que integram a Instituição.
Dentre estas, vale ressaltar a existência de Polos de Universidades de Ensino a distância (EAD), que oferecem uma vasta gama de cursos, dentre todas as áreas do saber, destacando-se a Universidade Metodista, Faculdade Damásio, Damásio Educacional, Instituto Luis Flavio Gomes - LFG, Centro de Ensino Renato Saraiva - CERS, Mege Estudos Jurídicos, Instituto Superior de Aprendizagem Multidisciplinar - ISAM, Fundação Getúlio Vargas - FGV e muitas outras.
Dentre os cursos oferecidos na cidade, a nível de bacharelado a cidade oferece os cursos de Administração, Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Ciências Religiosas, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Engenharia Florestal, Fisioterapia, Farmácia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social, Sistemas de Informação e Teologia.
No grau de licenciatura, a cidade dispõe de Ciências Biológicas, Educação Física, Física, Filosofia, Geografia, História, Letras, Letras Língua Portuguesa e Inglesa, Matemática, Pedagogia e Química. Imperatriz oferece ainda os cursos tecnólogos de Estética e Cosmética, Marketing, Gestão de Recursos Humanos e Rede de Computadores.
O pioneiro - O imperatrizense Josué Bezerra que adotou a cidadania israelense e o nome Yehoshua Maor é um exemplo de cientista imperatrizense que ganhou destaque e reconhecimento internacional. Yehoshua é farmacêutico-bioquímico com doutorado (Ph. D.) em Química Médica e Terapêutica Experimental, na área de Biologia Molecular de canabinóides. Trabalha em parceria com o professor Raphael Mechoulam, o primeiro cientista no mundo que isolou o princípio ativo da planta Cannabis sativa L. Através de seus experimentos, Yehoshua Maor conseguiu controlar a pressão arterial de ratos usando uma versão sintética alterada do canabigerol, uma outra molécula que a planta Cannabis sativa produz. O experimento obteve êxito sem causar os efeitos psicotrópicos provenientes da maconha.
Projetos científicos - Embora a história que ligue Imperatriz à tecnologia seja bem recente, surgiam a cada dia novos nomes e até novos eventos ligados à área científica e tecnológica em Imperatriz, como por exemplo, a Feira de Ciências do Sul do Maranhão (FECITEC) e as participações de alunos imperatrizenses na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (MOSTRATEC), International Movement for Science & Technology in Leisure Time (MILSET)e Intel International Science and Engineering Fair (Intel ISEF), a maior feira de ciências e engenharia do mundo, destinada para jovens pesquisadores e realizada anualmente nos EUA. A primeira participação de Imperatriz na Intel ISEF, foi em 2007, ano em que o evento foi realizado em Indianápolis, Indiana, EUA. De 2009 a 2012 Imperatriz teve sempre representantes nesse evento, sendo que em 2011 a cidade foi representada por dois projetos, feito inédito até então, evento realizado nesse ano em Los Angeles, Califórnia, EUA. Em 2007 foi criado o Núcleo de Divulgação Científica da Região Tocantina. Um grupo formado por educadores de diferentes instituições com o objetivo de difundir ciência e tecnologia na região tocantina. No mesmo ano a primeira edição da Feira de Ciências do Sul do Maranhão (FECITEC) credenciou projetos para FEBRACE, MILSET e MOSTRATEC. Em 2011, a FECITEC em sua 5° edição, vai receber aproximadamente 150 projetos vindos de todo o Brasil e da América do Sul, se consolidando como um dos maiores eventos científicos do Nordeste.
Manipulação de medicamentos naturais - Outro imperatrizense a receber reconhecimento nacional e internacional por seus experimentos foi o químico toxicologista e professor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA - Campus de Imperatriz) e da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão (Unisulma), Antonio Augusto Frazão, que criou uma pomada desenvolvida a partir da fruta graviola, usada para cicatrizar feridas causadas pelo câncer de pele e diabetes, registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, agora obtendo o reconhecimento internacional no combate à anemia ferropriva por meio da tintura hidro-alcoólica extraída dos resíduos do Açaí, uma fruta cultivada em abundância na Região Norte, com influência no sudoeste maranhense. Frazão foi o orientador do trabalho sobre a reabilitação de pacientes com a anemia ferropriva selecionado para participar da XV Conferência Internacional de Jovens Cientistas realizada na cidade de Chernivtsi na Ucrânia. O experimento de Frazão ficou entre os dez melhores do país, e foi eleito o quarto melhor experimento do mundo na conferência.
A pesquisa apresentada na Ucrânia é fruto da parceria com os estudantes do ensino médio, exigência da Conferência Internacional destinada à jovens cientistas. O professor como orientador desenvolve o trabalho com os estudantes há três anos e antes de participar de um evento fora do país, foi apresentado em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Em 2009, o trabalho a partir da tintura hidro-alcoólica do açaí, foi credenciado para participar de congressos na Polônia e na Indonésia. O trabalho apresentado na Conferência Internacional foi eleito o quarto melhor experimento do mundo, no evento que reuniu mais de cento e vinte países.
Turismo - Imperatriz consolida-se como destino para o turismo de negócios, de eventos, de lazer e ecoturismo. Imperatriz é a principal porta de entrada e o mais seguro ponto de apoio para a região turística estadual classificada como "Polo das Águas, Cachoeiras e Chapadas". A par disso, cumpre atentar para o caráter estratégico de Imperatriz como cidade polarizadora de uma vasta região, de geografia interestadual, abrangendo, além do sudoeste do Maranhão e norte do Tocantins. É um extenso e amplo espaço já avalizado pela população como área de lazer, cultura, exercício físico (cooper, caminhadas) e, à noite, bares e restaurantes, com comidas típicas.
Turismo local - Um dos mais modernos Parques Aquáticos do Maranhão está em Imperatriz. O Freitas Parque Aquático localizado as margens da BR-010 próximo ao Parque de exposições com quase cinco anos de fundação e um público variado, hoje com mais de 30.000 sócios. Há também diversas pousadas às margens do Rio Tocantins, e diversos clubes recreativos. No período de veraneio surgem as praias no Rio Tocantins, que contam com uma grande estrutura de limpeza, segurança (em terra e água), iluminação, palco e quadras de areia.
Há também diversas casas noturnas, boates, casas de shows, barzinhos, restaurantes de comidas típicas (Chinesa, Japonesa e Italiana) além da cozinha contemporânea e de pratos finos. As principais casas de shows são a AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) e a Arena de Shows do Parque de Exposições. Além desses, tem diversas churrascarias, pizzarias, lanchonetes, sorveterias e vários outros estabelecimentos relacionados a gastronomia.
Atualmente em Imperatriz existem 3 Shoppings em funcionamento (Timbira Shopping, Imperial Shopping e Tocantins Shopping), com 2 pavimentos, 107 lojas e estacionamento subterrâneo. Está previsto também o início das obras de construção do Shopping Popular de Imperatriz, localizado no centro da cidade, com 90 lojas.
Turismo contemplativo - No Sul do Maranhão e próximo a Imperatriz destacam-se a Cachoeira das Três Marias, Cachoeira do Macapá, Parque Ecológico Santa Luzia e o Parque Nacional da Chapada das Mesas. Na região encontram-se outros pontos turísticos como Cachoeira do Cocal e Frutuoso (Riachão), Cachoeiras do Itapecuru e Cachoeira da Pedra Caída (Carolina). No lazer destaca-se a descida de boia do Rio Balsas, Beira Rio, Ponte de Madeira do Rio Balsas, Ponte de Madeira do Rio Maravilha.
Turismo aquático - Na cidade além dos clubes e parques aquáticos, existem as praias no período de veraneio, e também diversas ilhas e pousadas ao longo do Rio Tocantins. Existem também vários banhos (balneários populares)como o porão há 42 km de imperatriz, e chama-se rio campo alegre lugar extraordinário para desfrutar com a família, experimente a galinha caipira e desfrute de um banho frio nas águas do rio campo alegre, além desse há o Túnel do riacho bananal embaixo da ferrovia a 23 km do centro de imperatriz,a praia do setor agrícola,o bananal, a avenida Beira Rio que forma com o Rio Tocantins (que ela margeia), um dos principais cartões de visita de Imperatriz.
Turismo de eventos - Em relação ao turismo de eventos, Imperatriz é dotada de um centro de convenções multiuso (para congressos, seminários, ciclos de palestras e conferências, feiras e exposições multissetoriais, treinamento de mão-de-obra etc).
Os principais eventos que acontecem na cidade são: Exposição Agropecuária de Imperatriz (EXPOIMP); Feira da Indústria e Comércio de Imperatriz (FECOIMP); Levada Elétrica (Micareta); Carnaitz (Micareta); Maranhão Forró Fest (Festival de Forró); Encontro de Estudantes de Direito da Região Tocantina[36] (Seminário - Participação de grandes Juristas e Personalidades como o Professor Doutor Luís Flavio Gomes e o Senadores Cristovam Buarque e Demóstenes Torres); Salão do Livro de Imperatriz - SALIMP; Feira de Ciência e Tecnologia - Sul do Maranhão, que em 2009 reuniu trabalhos científicos de alunos vindos de sete estados (Maranhão, Pará, Ceará, Tocantins, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul).
Cultura - A cultura em Imperatriz é marcada pela diversidade de costumes, música e gastronomia e reflete traços culturais singulares devido a herança deixada pelos nativos e diversas raças, desde a europeia, libanesa até a africana, e pelos migrantes oriundos de outros Estados que aqui se radicaram.
Cultura popular
Produtos regionais - O artesanato indígena, principalmente o krikati é muito comum na cidade. Na produção indígena se destaca a cerâmica, adornos, objetos em palha, barro e tecelagem. Também se destaca o artesanato rural como arreio, berrante e agro produtos. Em prédios públicos como a Casa do Artesão há disponível várias opções. Há também a Praça de Fátima, onde é comercializado trabalhos manuais.
Costumes - Diferente da capital do estado, os costumes em Imperatriz são a soma de povos que se radicaram na região, vindos de vários cantos do país, mais principalmente da Centro-Oeste, Região Sudeste e Norte do Brasil, além de imigrantes de outros países que vão de japoneses até libaneses, transformando a cidade em um rico encontro de tradições, crenças e costumes.
Influência - Imperatriz fica próximo a uma reserva indígena, situada mais precisamente no município de Grajaú que concentra uma grande comunidade indígena. Desbravada por bandeirantes, Imperatriz acolheu diversos imigrantes, além de brasileiros de vários estados. Ainda partilha um pouco da cultura do estado em que está inserido, o Maranhão. No município é grande a interação com a zona rural. Quem mora na zona urbana se desloca muito para a zona rural, ocorrendo também o contrário. A influencia que o campo exerce na cidade é grande e percebe-se através dos alimentos. Entre os costumes mais fortes da cultura local encontram-se eventos como a exposição agropecuária local.,/p>
Música - Na música regional e local destacam-se os seguintes gêneros como o forró, sertanejo, música eletrônica, rock, pop, axé, brega, calypso e tecnobrega (influências de povos de outros estados).
Culinária - Imperatriz é um município multicultural, reflexo do fluxo migratório iniciado com a construção da Rodovia Belém Brasília (BR 010). A miscigenação da cultura também esta presente na gastronomia. Além disso, a cidade tem se destacado por possuir pontos de compra de comida, com opções variadas, durante 24 horas em qualquer dia da semana, com preços acessíveis. Na cidade os restaurantes incorporaram ao cardápio local receitas desenvolvidas com produtos regionais. Um exemplo é o baião de dois, arroz de cuxá, além de bolos e doces locais. Também se destaca o churrasco de carne bovina com mandioca. Os peixes também tem sua importância gastronômica, sendo muito comum o pacu, dourado, pintado e tambaqui. Pratos que também são comuns são os feitos com pequi, como arroz ou galinha com pequi, além da panelada, comida regional muito comum na região, encontrada em muitos pontos da cidade.
Dentre os citados, destaca-se a tradicional panelada, vendida em ambiente que comercializam comida caseira e nas tradicionais barracas localizadas na Avenida Bernardo Sayão, ocupando o espaço popularmente conhecido como as “Quatro Bocas”. Além da panelada, pode-se consumir galinha caipira, assado de panela, chambari, bode, sarapatel e cozidão.
Acompanhada de farinha, arroz, pimenta e limão; o principal prato servido nas “Quatro Bocas” é a panelada; feita das tripas, do estômago e dos pés do boi. Mais que uma excentricidade típica, o prato se tornou famoso por estar disponível para venda 24h e, ao contrário do que se pode imaginar, o fluxo de consumidores aumenta durante a noite e a madrugada.
A população do município conta também com os restaurantes que servem carne de sol onde se localizava a antiga rodoviária de Imperatriz nas proximidades da Rodovia BR 010, com funcionamento 24 horas por dia. O prato é tipicamente nordestino e vem acompanhado de arroz, salada verde, feijão, salada de maionese e macarrão. Em outros estados, também é conhecida como “carne de vento” ou “carne do sertão”.
Neste caminho, Imperatriz tem recebido também investidores interessados em comercializar produtos e serviços gastronômicos até mesmo de fora do país; com sanduíches de franquias norte-americanas, sanduíches feitos de pão sírio, salgados de origem árabe e cantinas com massas de receitas italianas. Reforçando a ideia de que o município é multicultural também na gastronomia.
Eventos culturais e de negócios - Em Imperatriz os principais eventos culturais e de negócios são: Cavalgada e Exposição Agropecuária de Imperatriz (EXPOIMP); Carnaval da Gente (Concurso de Blocos de Rua); Concurso de Marchinhas Carnavalescas; Levada Elétrica (Carnaval fora de época); Terreno Rock Fest (Rock Gospel); Maranhão Forró Fest (Festival de Forró); Hell Rock Festival, Metal Chaos, Sonora, Rock-me Please! (Festivais de rock); Encontro de motociclistas - Imperatriz (MOTOIMP); Encontro Nacional de Som Automotivo;Jogos de Verão; Cacau Pop/Rock; Feira de Móveis (MOVELNORTE); Feira do Comércio e Indústria de Imperatriz (FECOIMP); Expofestas (Feira de Eventos); Salão do Livro de Imperatriz (SALIMP); Arraiá do povo festeiro, Arraiá da Mira (Festas Juninas); Feira de Ciência e Tecnologia - Sul do Maranhão (FECITEC); Festejos de Nossa Senhora de Fátima; Festejos de Santa Teresa D'Avila; Festival da Música de Imperatriz (FMI). Além destes, também existem diversos eventos de caráter religioso na cidade, como procissões, quermesses, festejos e encontros. Há também as comemorações nacionais e locais, como o aniversário da cidade.
Grupos culturais e musicais - Imperatriz possui grupos de teatro e até de cinema experimentais que trabalham de maneiras alternativas. Também existem diversas bandas de diversos ritmos musicais e corais.
Cena musical - A música em Imperatriz é bem rica em músicos, de vários estilos, por exemplo metal, rock, Também a música popular brasileira (MPB) e o rock and roll tem suas devidas importâncias. Há também muitos adeptos da música eletrônica e o movimento que vem ganhando inúmeros eventos ao longo de cada ano em Imperatriz.
Espaços de cultura e exposição - Os espaços para exposição de movimentos culturais são o Teatro Ferreira Gullar, a Casa do Artesão, a Academia Imperatrizense de Letras, o Centro de Convenções de Imperatriz, a Praça de Fátima, a Praça da Cultura Renato Cortez Moreira, Praça Pedro Américo, a Avenida Beira Rio entre outros.
Literatura
Entidades - A Academia Imperatrizense de Letras (AIL) é atualmente uma das entidades culturais de maior prestígio no estado. Reunindo literatos e intelectuais de várias cidades da região, a AIL tem se destacado como fomentadora da literatura regional. Seus membros são responsáveis por aproximadamente 70% de toda a publicação editada hoje nessa parte do estado. Estatutariamente, a AIL tem 40 cadeiras. Em 2010, segundo o Sindicato dos Editores de Livros, a cidade de Imperatriz é a que mais produz livros no Maranhão, apesar de não dispor de grandes livrarias.
Folclore - No folclore o Lindô, e as quadrilhas juninas são as mais importantes manifestações, de origem espanhola, o Lindô é uma dança típica com indumentária própria e que foi trazida a Imperatriz graças ao incentivo do Frei Manuel Procópio, O Bumba-meu-boi, manifestação comum no litoral maranhense, só recentemente foi introduzido nessa região, mas pouco valorizado pelos Imperatrizenses.
Referência para o texto: Wikipédia (Setembro 2018). Outros videoclipes sobre localidades brasileiras, suas histórias, economia, atrações turísticas, culturais e de lazer podem ser encontrados no endereço https://www.youtube.com/lcdluizcarlos/videos . Visite!