quinta-feira, 7 de agosto de 2025

RIO PARDO - RIO GRANDE DO SUL

Rio Pardo é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. 
O Conjunto Arquitetônico de Rio Pardo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 
A população do município de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, era de 34.654 habitantes em 2022, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE.
História
Originalmente a região era habitada pelos indígenas da Tradição Umbu, que foram substituídos por Tupis-guaranis, Caingangues, Charruas e Tapes. Quando a região foi dominada pela Espanha, os jesuítas fundaram a Redução de São Joaquim em 1633, localizada perto da foz do Rio Pardo, reunindo mais de mil famílias indígenas, que foi destruída pela bandeira de Antônio Raposo Tavares. No início do século XVIII tropeiros portugueses percorriam a área em busca de gado, a partir de 1724 alguns começaram a receber sesmarias, fixando-se e construindo estâncias de criação, e em 1733 chegou um novo grupo de famílias portuguesas. 
Depois da conclusão do Tratado de Madri em 1750, dividindo as áreas de colonização espanhola e portuguesa, surgiu a necessidade de defender a nova fronteira, e um destacamento de guarda e um depósito de provisões foram estabelecidos pelo governo português junto à foz do Rio Pardo. Em 1751 o governador da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade, incumbido de demarcar a fronteira, ali estabeleceu seu quartel general. Pouco depois foram erguidas paliçadas e um fosso para defesa, o Forte Jesus, Maria e José, guarnecido por um regimento de dragões em 1754. O forte primitivo foi substituído no fim da década por uma fortaleza de pedra. Nos assédios que sofreu, o forte nunca caiu para o inimigo, e por isso recebeu a alcunha de Tranqueira Invicta, mas dele nada mais existe atualmente. 
Em torno da fortificação começou a se formar o primitivo povoado de Rio Pardo. Em 1769 o povoado foi elevado à condição de freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário. Em 1807 foi criada a Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, e em 1809 a freguesia foi elevada à condição de vila, na primeira divisão administrativa do Rio Grande do Sul. Com uma área de 156.803 km², era o mais extenso município do Rio Grande, chegando a ocupar três quartos do território. Conheceu um período de grande prosperidade como um importante entreposto comercial, favorecido pelo acesso à grande rede de navegação fluvial da região central do Rio Grande. Em 31 de março de 1846 a vila foi elevada à categoria de cidade. Iniciou uma fase de decadência com a substituição da navegação pelas ferrovias, quando seu território começou a ser parcelado para a formação de novos municípios, acentuada quando as ferrovias deram lugar às rodovias como principal meio de circulação de bens e pessoas. 
Na época do seu apogeu a cidade foi adornada com um significativo casario de estilo colonial, que atualmente é responsável pelo seu prestígio como patrimônio histórico tombado. A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário e a antiga Escola Militar, hoje um centro cultural, são seus principais monumentos. A Rua da Ladeira foi a primeira rua calçada do Rio Grande do Sul. 
A colonização do Rio Grande do Sul teve início após a brasileira, os europeus não tinham interesse nestas terras ao sul, que ficaram conhecidas como “terra de ninguém”. No século XVIII Portugal precisava expandir suas fronteiras ao sul de sua colônia na América. Neste período as terras que hoje formam o Rio Grande do Sul deveriam pertencer à Espanha e os portugueses atraídos pelo comércio na região do rio da Prata bem como pelo gado existente nos campos do Rio Grande do Sul, por esta razão os portugueses disputavam as terras com os espanhóis. Rio Pardo era inicialmente território dos índios Tapes.
Por volta de 1750, como forma de tentar solucionar os problemas nas disputas de terras Portugal e Espanha assinam o Tratado de Madri. Portugal para demarcar as novas fronteiras, instala um depósito de armas e munições na margem esquerda da confluência dos rios Pardo e Jacuí, que em 1752 foi transformado no Forte Jesus Maria José instalando-se ali um Regimento de Dragões, que vieram para defender a fronteira portuguesa de uma invasão espanhola.
Havia conflitos constantemente na região, sendo que os primeiros habitantes indígenas da Tradição Tupi-Guarani se viram envolvidos nos conflitos entre os europeus. Na busca por segurança, a população civil que já circulava formada principalmente por tropeiros, comerciantes e açorianos, começou a aproximar-se da região do Forte sendo esta a origem da cidade de Rio Pardo.
Nos anos seguintes foi crescente a insegurança, pois os índios já catequizados pelos jesuítas espanhóis recusavam-se a abandonar a região dos Sete Povos das Missões, que pelo Tratado pertenceria a Portugal, e causaram a Guerra Guaranítica, período em que Rio Pardo era a fronteira dos domínios portugueses e, como garantia o Forte Jesus Maria José foi reforçado. Somente em 1756 os índios foram derrotados sendo que em 1761 o Tratado de Madri foi anulado.
Em 1763 os espanhóis resolveram retomar as terras gaúchas já conquistadas pelos portugueses. Tomaram a colônia portuguesa do Santíssimo Sacramento, no Uruguai, conquistaram Rio Grande e investiram sobre Rio Pardo, planejando reconquistar toda a Capitania de São Pedro. Porém, não conseguiram tomar o Forte Jesus Maria José e tiveram de recuar, foi então que o Forte de Rio Pardo recebeu a denominação de “Tranqueira Invicta”, por nunca ter sido derrotado, e Tranqueira Invicta tornou-se lema da cidade.
Em 1769 o povoado foi elevado à condição de Freguesia de Nossa Senhora do Rosário e, em 1787 a produção de gado da região de Rio Pardo era a maior do Rio Grande do Sul. Finalmente, em 1801 definiram-se as fronteiras do Rio Grande do Sul, quando Manoel dos Santos Pedroso e José Borges do Canto partiram de Rio Pardo para conquistar a região das Missões. Somente em 1809 com a conquista consolidada, o governo português promoveu a primeira divisão administrativa do Rio Grande do Sul, criando as quatro primeiras vilas: Rio Grande, Porto Alegre, Rio Pardo (Provisão s/nº- 07.10.1809, Nossa Senhora do Rosário de Rio Pardo) e Santo Antônio da Patrulha.
Rio Pardo a maior delas, com uma área de 156.803 km², ocupava três quartos do território gaúcho e era o centro econômico-comercial da região pois, todas as mercadorias dos municípios arredores passavam pelo porto de Rio Pardo.
O deslocamento do sistema de transportes fluvial para ferroviário desmembrou parte da cidade em vários outros municípios menores, já que as estradas de ferro permitiam autonomia comercial por não dependerem da presença de um rio. Após a extinção das estradas de ferro e surgimento das rodovias, Rio Pardo declinou ainda mais. Sua decadência faz surgir uma nova conotação ao termo Tranqueira Invicta.
A Vila de Rio Pardo era próspera além do comércio possuía uma relevante produção pecuária. Aos poucos, a zona urbana foi recebendo melhorias: uma agência de correios, calçamento de ruas, criação de escola de primeiras letras, sendo que devido a este desenvolvimento em 31 de março de 1846 a Vila foi elevada à categoria de cidade.
Geografia
Clima

O clima é subtropical, apresentando verões muito quentes e invernos frios, com pequena ocorrência de geadas. As médias anuais de temperatura variam entre 18° e 20°C. 
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de outubro de 2006 a março de 2020, a menor temperatura registrada em Rio Pardo foi de −1,8 °C no dia 12 de julho de 2007, e a maior atingiu 40,6 °C em 14 de março de 2020. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 238,6 milímetros (mm) em 11 de novembro de 2013. 
Subdivisões
Rio Pardo está composto dos seguintes Distritos: Rio Pardo, Albardão, Bexiga, Iruí, João Rodrigues, Passo Adão e Rincão Del Rey.
Economia
Rio Pardo é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são os pontos de atenção.
De janeiro a fevereiro de 2025, foram registradas 585 admissões formais e 462 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 123 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -35.
Até março de 2025 houve registro de 12 novas empresas em Rio Pardo, sendo que uma delas atua pela internet. Neste último mês, 3 novas empresas se instalaram. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (6). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 71 empresas.
Cultura e Turismo
Igreja de São João

Em 1880 foi fundada, em Rio Pardo, uma sociedade denominada "Sociedade de Beneficência 24 de Junho", tendo como patrono "São João: Batista". A imagem do padroeiro foi colocada na sede da referida comunidade: A Sociedade de Beneficência, que teve seus estatutos aprovados em Assembleia Geral a 30 de julho de 191, tinha como finalidade "socorrer seus associados enfermos e fazer as despesas de funeral em caso de morte" (conforme artigo 3, do capitulo I do referido estatuto). E por muitos anos, esta entidade cumpriu com suas finalidades assistenciais, contando sempre com o apoio e o serviço do benemérito rio-pardense Dr. Pedro Alexandrino de Borba, responsável pelo atendimento médico, prestado de forma gratuita.
Quando a Sociedade de Beneficência deixou de existir, a imagem de São João Batista foi parar numa pequena sala dos fundos do conhecido "açougue encarnado", cito à Rua Almirante Alexandrino. Foi nesta ocasião que um grupo de antigos sócios da Sociedade de Beneficência, liderados pelo Sr. Alcides Eustáquio da Silva, resgatou a imagem do santo padroeiro ,transferindo-a para o prédio n.° 74 da Rua 14 de Julho (Posteriormente Rua Júlio de Castilhos, hoje Avenida Bom Fim).
Em 1930, no terreno doado pela Sra. Alzira Lima, foi erguida uma capelinha denominada "Capela de São João" para onde a imagem do padroeiro foi trazida e permanece até os nossos dias.
Foi então que um grupo de senhores desta comunidade, entre os quais es encontravam: Onésimo Nunes, Tancredo de Oliveira, Osório Marques, Nilo Schultz, Manoel Faller, Alcides Eustáquio da Silva, Adolfo Machado e outros constituíram-se em comissão, zelando pela capela e realizando as primeiras festas juninas. | Mais tarde, foi eleita uma diretoria, presidida pelo Sr. Francisco Calazans Porto, que organizou um projeto de estatutos com o objetivo de dar personalidade jurídica à "Associação Zeladora da Capela de São João Batista". O estatuto foi visado pelo Vigário da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Pe. Carlos Tomaz Broggi e pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Vicente Scherer, sendo aprovado em assembleia geral dos membros desta associação em 18 de setembro de 1950.
Até 1967 (última data de que se tem registro no Livro de Atas da Associação zeladora) muitas diretorias se sucederam, todas elas empenhadas na proteção e conservação da Capela de São João e na administração do patrimônio em Geral. Os festejos a cada ano no dia 24 de junho (dia do padroeiro) tornaram-se tradicionais, congregando moradores dos arredores e de todos os pontos da cidade de Rio Pardo.
A última grande Festa de São João aconteceu no ano de 1967. A partir desta data foram feitas apenas campanhas e promoções com o objetivo de arrecadar fundos para manter a capela e celebração de Missa Festiva no dia de seu padroeiro. Desde então, os cuidados com a capela foram assumidos por Manoel Etelcides da Silva que, ao falecer em 1976, foi substituído nesta tarefa por Lígia Wunderlich, que fez com muito zelo até quando sua saúde permitiu. Desde então estes cuidados passaram para pessoas da comunidade.
Em 1991, por iniciativa de alguns moradores da comunidade, organizou-se uma modesta festa de São João relembrando os velhos tempos. A abertura da Festa, foi com uma Missa seguida de festejos populares, repetindo-se em 1992, 1993 e 1994.
Como a Capela estava a exigir vários reparos no telhado, pintura, rede elétrica, etc., elegeu-se uma diretoria que, pelo prazo de um ano, estaria encarregada da restauração e manutenção da mesma. E esta diretoria, presidida pelo Sr. José Dionísio da Silva e auxiliada por um grupo de apoio, constituído por casais da comunidade.
Em 2004, era visível a necessidade de novos reparos, tanto no telhado, na pintura externa e interna, como na rede elétrica e no forro da referida Capela. Então, novamente alguns moradores da comunidade formaram uma comissão e resolveram reeditar a Festa.
Praça Barão de Santo Ângelo
Entre as ruas João Pessoa e Senhor dos Passos está localizada a praça Barão de Santo Ângelo. Popularmente é conhecida como Praça da Rodoviária, já que, por muitos anos, o terminal funcionou nas proximidades. É uma das mais antigas da cidade. Guarda alguns monumentos, como o que traz a carta testamento de Getúlio Vargas e a estátua de uma mãe com uma criança no colo, fruto de uma homenagem do Rotary à mãe rio-pardense. E também tem um busto em homenagem às professoras Ana Aurora e Zamira do Amaral Lisboa. Outra característica marcante são os bancos antigos que ostentam nomes de pontos comerciais de Rio Pardo.
O Barão de Santo Ângelo foi Manuel Araújo de Porto Alegre. Ele nasceu em Rio Pardo em 29 de novembro de 1806. Aos 16 anos foi para a Capital, onde Iniciou os estudos de pintura e desenho. Anos mais tarde, em 1827, foi para o Rio de Janeiro, quando ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes. Os estudos o levaram para Paris, em 1831, onde permaneceu por sete anos. Retornou ao Brasil em 1838, assumindo o cargo de professor na Academia de Belas-Artes. 
Foi nomeado pintor oficial da Câmara Imperial, em 1840, e executou a decoração da coroação de D. Pedro II e também do casamento do Imperador Com dona Teresa Cristina. Em 1848 foi para a Escola Militar.
Começou a vida política em 1852. Dois anos depois foi nomeado por Dom Pedro II como diretor da Academia Imperial, implantou a chamada Reforma Pedreira, que promoveu mudanças no ensino e conciliava escolas e inovações técnicas. Como pintor oficial da família imperial e diretor de obras dos paços imperiais, ficou responsável por diversos projetos arquitetônicos, como o Paço Imperial, o Banco do Brasil, a Escola de Medicina e a Alfândega. Colaborou com revistas e dirigiu o primeiro jornal ilustrado com caricaturas do Império. Fundou a Imperial Academia de Música e Ópera Nacional. É o patrono da cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 29 de dezembro de 1879, em Portugal.
Praça da Matriz
A Praça da Matriz é oficialmente a Praça Protásio Alves, nomeada assim pela lei municipal de 14 de abril de 1959. Localizada em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário, é uma das mais conhecidas da cidade. O local é usado para lazer e também recebe alguns dos principais eventos do Município.
Protásio Alves foi um rio-pardense que nasceu em 21 de março de 1859. Ele se formou em Medicina no Rio de Janeiro e atuou como secretário do Interior nos governos de Borges de Medeiros, Carlos Barbosa e Salvador Pinheiro Machado. Também foi vice-presidente do Estado entre 1918 e 1928. Foi o primeiro diretor da Faculdade Livre de Medicina e Farmácia de Porto Alegre, de 1898 a 1907. Desde jovem, era membro ativo do Partido Republicano do Rio Grande do Sul e atuou como deputado em 1891. Primeiro diretor de Higiene do Estado, lutou contra a tuberculose. Protásio faleceu em 5 de junho de 1933, com 74 anos, em Porto Alegre.
Apesar de levar o nome de Protásio Alves, o busto no centro da praça homenageia outro rio-pardense, Pedro Alexandrino de Borba. Doutor Pedrinho dá nome à área em frente à Igreja São Francisco. A área ganhou esse nome através do ato municipal de 16 de agosto de 1928, o qual considerava que deveriam ser homenageados aqueles que se destacaram na coletividade, não só pelas qualidades como pelos serviços prestados à causa pública.
Museu de Arte Sacra
Rio Pardo tem personalidades que marcaram a história, não só por conquistas em batalhas ou na política, mas também pelos esforços em preservar a memória do município. É nesse ponto que Biágio Soares Tarantino entrou para a posteridade. Entre outros feitos na Cidade Histórica, ele criou o Museu de Arte Sacra, que funciona junto à Igreja São Francisco.
Ele tinha uma percepção de cultura e de história muito peculiar. Desde os anos 1940, coletava peças religiosas e até mesmo de uso cotidiano, que depois vieram a compor o Museu Municipal. Era Tarantino quem promovia as famosas Semanas Santas de Rio Pardo. Trazia artistas que faziam pinturas dos prédios da cidade para um concurso e, depois, esses quadros eram comercializados. Parte desse valor foi usada para a criação do museu, e ele ainda buscava a doação de peças em outras igrejas para compor o acervo.
O museu tem peças com valor histórico imensurável. Algumas chamam muito a atenção, como o Cristo de fisionomia indígena, ainda da época jesuítica. Ou a imagem de São Nicolau como “santo do pau oco”, que antigamente era usado para guardar objetos de valor. Além de um missal de 1784, há uma peça onde se apoiava o caixão nas missas de corpo presente. E a indumentária dos primeiros padres.
O Museu de Arte Sacra, além das peças religiosas, guarda todo um acervo de vestidos de noiva, provenientes de promessas para Nossa Senhora da Boa Morte. O mais recente é de 2019, e ainda há um sapato e um véu de 2021. As peças são entregues por moças que desejam casar, que as prometem à santa desde que o matrimônio se concretize. A história nasce do único momento em que as moças, antigamente, saíam de casa para socializar: as missas semanais.
Diz a lenda que, em uma dessas saídas, uma jovem de família abastada se apaixonou por um soldado, que não tinha posses. A história tem várias versões. A mais corrente conta que o pai fez com que o oficial fosse transferido, para o casal não se encontrar mais. Pelo afastamento, a filha fez greve de fome e acabou falecendo pela fraqueza. Alguns contam que ela chegou a se casar com o amado, outros que ela não chegou a subir ao altar. A mãe, que sabia da promessa da filha para Nossa Senhora da Boa Morte, doa o vestido e ele é colocado na imagem.
O curioso é que a lenda se torna realidade no momento em que as mulheres, até hoje, prometem o vestido para Nossa Senhora da Boa Morte. Quando o desejo se realiza, elas o entregam.
Ponte de Pedra do Rio Pardo
Em 1813, autoridades da Vila se reuniram na Casa do Conselho, na ocasião foi lido o ofício da Junta da Real com uma cópia do decreto para a construção da Ponte Pedra sobre o Rio Pardo.
A ponte foi um local de grande movimento de mercadorias e gêneros alimentícios de todo o tipo, que vinham por embarcações fluviais da província para a Vila. E também da Vila para serem distribuídas a todo o interior do Rio Grande do Sul, era por Rio Pardo que era feita a rota comercial, sendo essa passagem de maior importância para toda a Província.
Em 20 de setembro de 2014, a ponte foi entregue à comunidade totalmente recuperada e restaurada, com características da construção original. Quase dez anos depois, em maio de 2024, Rio Pardo foi atingida por uma enchente histórica e a estrutura, que havia resistido a cheia de 1941, não suportou a força das águas. Hoje restou apenas um pilar das pedras originais.
Casa do Senado e da Câmara
Quando Rio Pardo se tornou vila em 1809, junto com Porto Alegre, Rio Grande e Santo Antônio da Patrulha, o Rio Grande do Sul já era território português. E já existiam povoados espalhados em várias regiões. A Tranqueira Invicta é elevada a vila com um papel importante da Igreja Católica na administração antes que o poder político se desenvolvesse ali. Primeiro era instalada uma capela e o padre vinha de fora. Depois, com a organização e o desenvolvimento da comunidade, um religioso residente era alocado.
Todo esse processo até que tivesse a organização necessária para o funcionamento de uma vila. Quase dois anos depois da elevação para a categoria de vila, em maio de 1811 Rio Pardo ganha uma Câmara. Na época isso equivalia ao que hoje conhecemos como a Prefeitura. Rio Pardo foi escolhido para sediar a Câmara, pois era o ponto central de mais de 156 mil quilômetros quadrados.
Até 1808, éramos colônia de Portugal. Após a chegada da família real ao Brasil, passamos a ser um reino unido a Portugal. Um ano depois é que Rio Pardo se torna vila. Este movimento acontece porque na chegada da realeza foi percebido que muitas cidades tinham um desenvolvimento interessante e que poderiam dar um retorno à capital do reino por meio de impostos.
Com a instalação da Câmara em 1811, isso foi oficializado. O órgão tinha todos os poderes que hoje vemos de forma separada – Executivo, Legislativo e Judiciário. Sendo assim, administrava, fazia leis e executava. E junto ao prédio, mantinha o presídio, que na época era chamado de cadeia. O presidente da Câmara era quem cumpria a função do prefeito. E com um número de funcionários limitado, administrava todo o território. Não existiam secretarias ou escolas, por exemplo.
O prédio, que existe até hoje no Centro de Rio Pardo e onde funcionou a primeira Câmara, foi doado por um militar. O capitão-mor Manuel Macedo de Brum adquiriu duas casas, da frente e dos fundos, que abrigava a cadeia, e as doou para que ali funcionasse a administração da vila. Ele fazia parte do grupo que administrava a cidade. Na época, apenas os “homens bons” podiam ocupar cargos.
A mobília pertencente à Câmara e que foi usada na visita de Dom Pedro II ainda está em Rio Pardo. As cadeiras estão expostas no Museu Barão de Santo Ângelo, que funciona no segundo andar do Centro Regional de Cultura.
No dia do aniversário de Rio Pardo, 7 de outubro de 2021, foi inaugurada a reforma simplificada do prédio da Antiga Câmara, que funcionou ali de 1811 a 1928. Hoje, o local, na Rua Andrade Neves, 522, sedia a Secretaria de Turismo e Cultura. As salas já abrigaram o Museu Zoológico Municipal Áureo Müller e também a unidade do Sistema Nacional de Empregos (Sine). O prédio ficou fechado de 2015 a 2021.
Forte Jesus, Maria e José
Entre abril e maio de 1752, iniciou-se a construção da Fortaleza Jesus Maria José do Rio Pardo. O local escolhido foi o alto de um penhasco, com vista para o Rio Jacuí, dominando, assim, a várzea fronteira ao sul. Essa construção começou por conta da missão de demarcação de fronteiras determinada pelo Tratado de Madrid, quando o General Gomes Freire de Andrade mandou construir no Passo do Jacuí um pequeno forte, ou tranqueira.
O plano inicial da obra, feito pelo engenheiro João Gomes de Mello, foi realizado em dois meses por contingentes dos Dragões do Rio Grande, comandados pelo tenente coronel Thomaz Luiz Osório, com o auxílio de 60 aventureiros de Viamão, comandados pelo tenente de Dragões Francisco Pinto Bandeira. Em 1754, após um ataque dos índios missioneiros liderados por Sepé Tiarajú, foi reforçado pelo engenheiro José Fernandes Pinto Alpoim.
Durante a Guerra Guaranítica, a Fortaleza de Rio Pardo concentrou as tropas portuguesas que lutaram contra os índios missioneiros. Resistiu às investidas dos indígenas e, após a anulação do Tratado de Madri, foi um obstáculo intransponível às tentativas espanholas de conquistar as terras gaúchas – o que lhe valeu o título de Tranqueira Invicta. 
Alguns breves motivos que fizeram os espanhóis não chegarem até o forte foram: uma região alta, mais de 15 metros para chegar; um rio para atravessar e não saberem nadar e terem armas à base de pólvora.
É possível afirmar que a resistência da Fortaleza Jesus Maria José do Rio Pardo consolidou a conquista e a colonização das terras do sul do Brasil pelos portugueses. É importante o título de Tranqueira Invicta: mesmo que algumas batalhas tenham sido perdidas, a guerra foi vencida. 
Estação férrea
Local de grande valor histórico cultural para a cidade, foi inaugurada em 7 de março de 1883, operando a linha Porto Alegre-Uruguaiana, tendo sido desativada em 1982. Possui em seu entorno um espaço que possibilita o lazer e a convivência. Observa-se ainda no local, uma antiga caixa d´água de ferro [original], uma testemunha de nosso próspero passado.
Falar dos trens em Rio Pardo é mexer com as lembranças de uma época em que a linha férrea era o que havia de mais moderno. A Tranqueira Invicta chegou a ter quatro estações de trem operando. Ainda no século 19, em 1883, surgiram as duas primeiras – a Estação Central, no Bairro Higino Leitão, e a Estação do Couto, que anos mais tarde, em 1939, foi rebatizada e passou a se chamar Estação Ramiz. O nome foi uma homenagem a Benjamim Franklin de Ramiz Galvão, o Barão de Ramiz Galvão.
Os trens chegaram para facilitar os deslocamentos, tanto de passageiros quanto de carga. Até então, eram meios fluviais que os levavam. Com a evolução e o crescimento das vilas pequenas trilhas foram criadas, como se fossem o embrião da linha férrea. Rio Pardo operava com dois ramais. Um mais longo, que ligava Porto Alegre a Santa Maria, e a parada acontecia na cidade, e outro mais curto, de Rio Pardo a Santa Cruz.
As estações Central e de Ramiz têm construções e estruturas diferentes. A Central, imponente, com três andares, tinha espaço de residência e abrigava o responsável pelo local. Já em Ramiz eram mais transportes de carga e o prédio é em um andar só, bem semelhante a muitos outros municípios gaúchos.
As estações já foram a porta de entrada de pessoas importantes em Rio Pardo. Além de terem movimentado regiões inteiras, como o caso dos distritos de Pederneiras e Bexiga, que têm prédios mais modernos em comparação aos primeiros. No Bexiga, por exemplo, era produzido arroz, levado diretamente do engenho para o trem, sem nenhum deslocamento a mais.
Os mais antigos contam do trem Húngaro, que era o mais sofisticado e impressionante de ver. Ramiz Galvão foi criado e cresceu com os ferroviários que ali moravam. O transporte de passageiros foi encerrado em 1996. Com a expansão das rodovias, os ramais foram desativados.
Solar do Almirante
A maior referência do período colonial em Rio Pardo. O Solar do Almirante Alexandrino de Alencar é datado de 1790 e foi construído pela família de Mateus Simões Pires, um dos primeiros açorianos a fixar residência por aqui. A estrutura se mantém intacta no que tange à arquitetura e às características originais. É um típico sobrado urbano do período colonial. A arquitetura luso-brasileira na mais perfeita concepção.
Atualmente o Solar é o prédio mais antigo que ainda existe em Rio Pardo. E por isso também é uma marca de gerações, já soma 230 anos de história. Ele manteve a originalidade e hoje podemos ver alguns padrões, como as portas e as janelas na mesma altura no primeiro andar e janelas menores no segundo. Hoje apenas a caixa da escada mantém esta estrutura, e que conta com uma janela sem reboco em que é possível ver a forma original como foi construída. Em 1982 uma intervenção foi realizada e foi preciso trocar as paredes internas, que eram de pau a pique – o assoalho estava cedendo e elas não aguentariam. Na época foram construídas estruturas de tijolos furados, o que mais tarde precisou ser trocado novamente devido ao peso. Em 2016, a arquiteta, junto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, optou por uma técnica moderna, o drywall, que é o gesso acartonado, um material leve e que não danificaria o piso. Apesar da modernidade, tudo se manteve: divisórias, vãos de porta e todos os detalhes do prédio.
Outra pequena mudança que o prédio teve, também nos anos 80, foi a colocação de tijolos no piso do primeiro andar, que antes era de chão batido, algo comum para a época em que foi construído. O primeiro andar abrigava o negócio da família e não tinha piso. No segundo, era construído um salão de assoalho e depois feitas as divisórias. O Solar preserva também o espaço onde funcionava uma senzala doméstica, junto ao prédio. Alguns detalhes que podem ser vistos da rua, como as eiras e beiras e os vidros nas janelas. Tudo demonstrava posse e poder. As eiras normalmente eram características de prédios como o sobrado, que abrigavam comércio e residência. Já as beiras eram ainda de famílias que compravam grãos e tinham o local para secar este produto.
Almirante
O Solar do Almirante leva o nome de Alexandrino de Alencar, militar da Marinha Brasileira que nasceu no local em 2 de outubro de 1848. Ele foi referência na época dos governos militares, chegou a ocupar simultaneamente dois ministérios e também apadrinhou João Cândido, que veio morar no prédio aos 8 anos. Mais tarde ele seria conhecido como Almirante Negro, apesar de nunca ter sido condecorado. Ele foi o líder da revolta da chibata em 1910.
Praia dos Ingazeiros
Pela Lei n° 66, de 7 de dezembro de 1989, o Executivo Municipal foi autorizado a adquirir, por compra, as terras da praia dos Ingazeiros, pertencentes de Alfredo Pedro Daudt, no mandato do Prefeito Municipal Paulo Cesar Begnis.
Na confluência dos rios Jacuí e Pardo, distante dois quilômetros do Centro da cidade, está a Praia dos Ingazeiros. Rio Pardo orgulha-se de possuir uma das melhores praias fluviais do Estado.
No verão as praias de Rio Pardo recebem milhares de veranistas não só do Município, mas de vários pontos. A Praia dos Ingazeiros conta com bares típicos funcionando inclusive à noite e oferecendo ótimos pratos com base em peixes frescos.
A Praia dos Ingazeiros possui uma grande área de lazer, localizando-se na confluência dos rios Pardo e Jacuí. Neste local são realizados muitos eventos turísticos, como a Festa do Peixe, Festa dos Navegantes, Festa de Iemanjá, Campeonato Praiano, além de outros eventos informais, como encontros de jovens nos finais de semana. Contando com boa gastronomia, o local dispõe de bares e restaurantes, destacando-se os pratos à base de peixes.
Estação férrea de Ramiz Galvão
Falar dos trens em Rio Pardo é mexer com as lembranças de uma época em que a linha férrea era o que havia de mais moderno. A Tranqueira Invicta chegou a ter quatro estações de trem operando. Ainda no século 19, em 1883, surgiram as duas primeiras – a Estação Central, no Bairro Higino Leitão, e a Estação do Couto, que anos mais tarde, em 1939, foi rebatizada e passou a se chamar Estação Ramiz. O nome foi uma homenagem a Benjamim Franklin de Ramiz Galvão, o Barão de Ramiz Galvão.
Os trens chegaram para facilitar os deslocamentos, tanto de passageiros quanto de carga. Até então, eram meios fluviais que os levavam. Com a evolução e o crescimento das vilas pequenas trilhas foram criadas, como se fossem o embrião da linha férrea. Rio Pardo operava com dois ramais. Um mais longo, que ligava Porto Alegre a Santa Maria, e a parada acontecia na cidade, e outro mais curto, de Rio Pardo a Santa Cruz.
As estações Central e de Ramiz têm construções e estruturas diferentes. A Central, imponente, com três andares, tinha espaço de residência e abrigava o responsável pelo local. Já em Ramiz eram mais transportes de carga e o prédio é em um andar só, bem semelhante a muitos outros municípios gaúchos.
As estações já foram a porta de entrada de pessoas importantes em Rio Pardo. Além de terem movimentado regiões inteiras, como o caso dos distritos de Pederneiras e Bexiga, que têm prédios mais modernos em comparação aos primeiros. No Bexiga, por exemplo, era produzido arroz, levado diretamente do engenho para o trem, sem nenhum deslocamento a mais.
Os mais antigos contam do trem Húngaro, que era o mais sofisticado e impressionante de ver. Ramiz Galvão foi criado e cresceu com os ferroviários que ali moravam. O transporte de passageiros foi encerrado em 1996. Com a expansão das rodovias, os ramais foram desativados.
Fonte Baronesa
Acredita-se que ela tenha feito parte da propriedade de José Joaquim de Andrade Neves (Barão do Triunfo), mas necessita-se de maiores estudos sobre o local. Recebeu esse nome popular por causa da filha do Barão do Triunfo, Maria Adelaide, que após a morte de seu pai, começou a ser chamada popularmente de “Baronesa”, mas sabemos que Títulos de Nobreza não são herdados, são conquistados ou comprados.
Praça São Francisco
O nome verdadeiro da Praça é Pedro Borba, no final do século 19 teve um Mercado público, que funcionava como “alfândega, por onde as mercadorias precisavam passar para serem avaliadas e  fiscalizadas para depois seguir seu destino. Quem fazia essa fiscalização eram os chamados Juízes Almotacés.
Pedro Alexandrino de Borba fez Medicina seguindo a própria vontade. O pai queria que ele seguisse a carreira militar. Em 1906, como médico formado, voltou à terra natal. Sempre se dedicando à caridade, era chamado carinhosamente pela comunidade de doutor Pedrinho. Foi intendente municipal de 1924 a 1928.
Em 1937 foi nomeado médico-chefe da Caixa Econômica Federal, cargo em que ficou durante anos. Também foi major-médico da Guarda Nacional. Em 1921, fundou uma creche para crianças carentes. Quando era chamado para atender um paciente, nunca cobrava a consulta. Ele faleceu em 8 de maio de 1952, em Porto Alegre.
Popularmente conhecida como a praça da São Francisco, a área arborizada no meio do Centro da cidade tem um busto em homenagem ao Barão do Triunfo, José Joaquim de Andrade Neves. Esse busto foi erigido no local no dia 22 de janeiro de 1926. O rio-pardense nasceu em 1807 e faleceu em 1869 na Guerra do Paraguai. Os quatro cantos do gradil que protege o busto são formados por armamentos utilizados na batalha. A praça também tem uma caixa d’água da Corsan, construída na década de 1950, para garantir o abastecimento aos pontos mais altos da cidade.
Museu Zoológico Municipal Áureo Müller
A Secretaria de Turismo, Cultura detém o Museu Zoológico, em novo espaço no Centro Histórico, com prioridade de higienização do seu acervo e orientações de profissionais da área, para o melhor atendimento aos visitantes. 
O Museu surgiu a partir de coleção especial particular de taxidermia do militar riopardense Ten. Áureo Müller, com maioria do acervo sendo de aves.
Está regulamentado pela Lei Municipal nº 16, de 30 de Junho de 1980.
Seu Acervo está assim composto: acervo geral de dezenas de espécies das classes ave e mammalia (mamíferos); coleções especiais temáticas; livros e periódicos especializados e tela da “Casa Velha”, em comodato (acervo particular da Srª Maria de Lourdes Müller Iserhard), que retrata o casarão centenário da família de Áureo Müller, localizado no bairro Ramiz Galvão Banner e fotografia com biografia de Áureo Müller.
O museu está localizado no Centro Histórico da cidade. A entrada é gratuita.
Museu Histórico Municipal Barão de Santo Ângelo
O Museu nasceu de uma Exposição de objetos usados na Revolução Farroupilha, por ocasião do centenário em setembro de 1935. Foram seus promotores o jornalista Guilherme de Paulo Barroso e Biágio Tarantino. Com o sucesso alcançado pela grande visitação, Biágio fundou com suas coleções particulares e outros objetos doados, este primeiro “museu” de Rio Pardo.
O Museu está regulamentado pelo Ato da Prefeitura Municipal, nº 14 de, 1º de Março de 1940, como Museu Municipal.
O Acervo do Museu está assim composto: Acervo geral de fotografias, documentação e objetos da história do município e da Revolução Farroupilha; primeiro mobiliário da Câmara de Vereadores de Rio Pardo; coleções especiais de porcelana de Época e Luso-Açoriana e cerâmica Indígena; coleção especial de Numismática: moedas antigas nacionais e estrangeiras; coleção de peças de adorno luso-açorianas em escamas de peixe; pinturas em tela: “portraits”/retratos de personalidades; instrumentos de cativeiro/senzala dos escravos negros; mobiliário de época; instrumentos Musicais; bibliografia especializada na cultura de colonização luso-açoriana e objetos de uso cotidiano das famílias de renome rio-pardenses
O Museu está localizado no Centro Regional de Cultura Rio Pardo, no Centro Histórico da cidade.
Centro Regional de Cultura Rio Pardo
- Fundação: a administração das atividades na categoria OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público foi fundada em 2005, sob denominação Centro Regional de Cultura Rio Pardo, por meio de integrantes da UNEAMA (União dos ex-Alunos Amigos do Auxiliadora).
- Restauração: por ser a Antiga Escola Militar, seu restauro foi solicitado com tratativas e projetos a partir de 1991, através da ação da UNEAMA. Patrocínio obtido através da Lei de Incentivo à Cultura – LIC do Rio Grande do Sul, que autorizou impostos da Empresa Alberto Pasqualini - REFAP S/A a serem utilizados para fins de restauro, realizado entre 2002 a 2005.
Fatos históricos
- Visita do Marechal Gastão de Orleans, o Conde d' Eu, para presidir manobras militares como comandante da Artilharia (1865). Voltando no ano de 1884 a serviço do Governo Imperial com o objetivo de se ver as condições mais convenientes para o estabelecimento de uma escola tática e de tiro, e indicando a localidade em que possa ser estabelecida.
- Prédio denominado Escola Militar do Rio Grande do Sul, no final do século XIX até início do século XX, onde ex-alunos se destacaram no cenário nacional, como Getúlio Dornelles Vargas, gaúcho eleito Presidente do Brasil.
- Em fevereiro de 2005 o Centro Regional de Cultura recebe a visita do General do Exército Renato César Tibau da Costa, comandante militar do Sul, tendo como objetivo a implantação do Memorial do Exército.
- Tombamento: em 1983, pelo  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul – IPHAE.
- Arquitetura: estilo neoclássico, o projeto original foi elaborado por Johann Martin Buff, o mesmo engenheiro que desenhou em 1829 a primeira planta da Vila de Rio Pardo.
- Objetivos e atividades atuais: fomentar e dialogar sobre a diversidade cultural, assim como preservar e valorizar a cultura e história do município, além de disponibilizar para moradores da cidade e região atividades e ações através de mostras, oficinas e orientação educativa. Há salas de multiuso, podendo ser utilizadas por empresas, escolas e toda a comunidade, para cursos, palestras e encontros. Abriga o Memorial do Exército, uma exposição permanente sobre a história do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, a Biblioteca Municipal, o Conservatório de Música, Sala do Museu Histórico Municipal Barão de Santo Ângelo, teatro, dança, artesanato, sala de cursos e Exposições.
- Patrimônio destaque do Rio Grande do Sul: atualmente, é considerado um dos prédios mais importantes do Estado, memória  da história gaúcha, e que une cultura e entretenimento.
Está localizado no Centro Histórico da cidade.
Igreja de São Francisco de Assis e Museu de Arte Sacra
Um dos mais belos templos dedicados a São Francisco de Assis no Brasil, possui um conjunto artístico único e abriga em seu anexo o 1º Museu de Arte Sacra do Rio Grande do Sul.
Foi fundada pela Ordem Terceira de São Francisco, tendo sua construção ocorrido no século XVIII (aproximadamente 1785); inauguração: aproximadamente 1812).
Seu Acervo está assim composto: conjunto de imagens barrocas do século XVII, em tamanho natural e madeira policromada, representando Jesus Cristo na Via Sacra;  imagem de São Francisco de Assis com os Estigmas (Êxtase de São Francisco) no altar principal; e altar com conjunto de imagens de Nª Srª da Boa Morte (tamanho natural) e Nª Srª da Assunção(também conhecida como Nª Srª da Glória).
O Museu de Arte Sacra foi fundado pelo rio-pardense Biágio Soares Tarantino em 1975 e conta com peças missioneiras, estátuas, missais e bíblias locais e uma série de objetos  religiosos de época.
Fatos históricos:
- 19 de janeiro de 1846: os irmãos da Ordem 3ª estavam cheios de orgulho pela chegada de D. Pedro II e Dona Teresa Cristina à Rio Pardo, os quais receberiam com um hino de Ação de Graças, revelando a importância da Ordem na cidade;
- Em 1867, o Barão Homem de Melo passou por Rio Pardo e fez referências às imagens existentes na Igreja de São Francisco, que segundo o viajante, só haveriam iguais na Igreja de Matozinho, em Congonhas do Campo.
Mistérios e Lendas:
- Lenda da Noiva: vestidos de noiva doados para a imagem de Nª Srª da Boa Morte
- Lápide na entrada principal: provedor Felisberto Pinto Bandeira
- Arquitetura e altares de Nossa Senhora
- Cemitério atrás da Igreja, com dois únicos túmulos históricos remanescentes
- Porão com aberturas de ventilação ao estilo “olho de boi”. O folclore local supostamente atribui a este porão um dos acessos ao pretenso túnel secreto de Rio Pardo.
Esportes
No futebol, a cidade está representada pelo Riopardense, clube fundado em 2009 e que atualmente está desativado. Em 2013, o Peixe fechou um contrato com a Nike, conhecida fornecedora de material esportivo. 
Rincão Gaia
No município localiza-se o Rincão Gaia, sede da Fundação Gaia, uma ONG ambientalista criada em 1987 por José Lutzenberger, que se tornou uma referência em educação ambiental.
Referência para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Site da Prefeitura Municipal .