sábado, 24 de fevereiro de 2018

Imagens do Brasil - Corumbá - Mato Grosso do Sul


Corumbá é um município da Região Centro-Oeste do Brasil, situado no estado de Mato Grosso do Sul.
É uma das mais antigas cidades conservadas deste Estado considerando a data de fundação do Forte Coimbra de 13 de setembro de 1775. A criação da cidade de Santiago de Xerez de 1593 e das instalações de povoações jesuíticas da ocupação espanhola mesmo anteriores ao forte foram destruídas por bandeirantes luso-paulistas, mas com Camapuã ainda existente atualmente construída em 1650. E as disputas por território entre portugueses e espanhóis estão na origem da cidade cujo primeiro vilarejo surgiu em 1778, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, fundada pelo sargento-mor Marcelino Rois Camponês, a mando do Governador da Capitania de Mato Grosso, o Capitão-General Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres. A cidade sempre foi muito estratégica regionalmente para a entrada das mercadorias europeias e sua localização, após a serra de Albuquerque (que finaliza o Pantanal ao sul), no último trecho facilmente navegável do Rio Paraguai para embarcações de maior calado e a beira do Pantanal, que lhe garantiu um rápido e rico crescimento entre o final do século XIX e começo do século XX, quando a borracha da Amazônia passou também a ser exportada por ali. Era também um importante entreposto fluvial de Cuiabá e Cáceres, ambas importantes centros fluviais da região numa época em que só se chegava a Corumbá pelo rio, o que fez com que fosse centralizado temporariamente ali o parlamento estadual (nessa época por pouco Corumbá não foi a capital do estado). 
É o mais importante porto do estado de Mato Grosso do Sul e um dos mais importantes portos fluviais do Brasil e do mundo. Situada na margem esquerda do rio Paraguai e também na tríplice fronteira entre o Brasil, o Paraguai e a Bolívia, Corumbá é considerada o primeiro pólo de desenvolvimento da região.

História 
A etimologia do topônimo Corumbá origina-se do termo "curiba", que segundo os dicionários Nhêengatu reportam ao que tem volume e é úmido. As serras do grupo Jacadigo, que se distribuem em partes brasileira e boliviana, o Maciço do Urucum sendo uma delas, tendo as mais altas do Mato Grosso do Sul, são conhecidas por serem grandes volumes de onde se brota água. Segundo Campestrini e Guimarães apud Isquerdo, o Almirante Leverger, governador de Mato Grosso e Barão de Melgaço, em seus escritos, chama Corumbá a parte setentrional das serras Albuquerque (Jacadigo). 
Origens - Dos registros arqueológicos e conhecimentos que se tem sobre o Pantanal, sabe-se que foi povoado por grupos indígenas das línguas Arawak, Guaicuru, Jê, Macro-Jê, Tupi Guarani e Zamuco. Sítios arqueológicos registram a presença dos povos indígenas que ocupavam a região antes da colonização. A diversidade de sítios, tanto de habitação, quanto de cemitérios, revela culturas amazônicas, da platina e do chaco. 
No século XVIII, visando a um tratado de limites existente, foi fundado pelos espanhóis em 1774 um povoado na foz de Ipané. Em 13 de setembro de 1775 foi oficialmente fundado o Forte Coimbra para a defesa da região. Em 21 de setembro de 1778, efetuou-se a ocupação do local onde se localiza atualmente Corumbá (Em 2 de setembro o local onde se encontra atualmente Ladário começou a ser povoado). Nessa mesma data, a mando do Governador da Capitania de Mato Grosso (o Capitão-General Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres), o sargento-mor Marcelino Rois Camponês, que comandava uma expedição militar, adquiriu a posse da região para a Coroa Portuguesa, fundando o local e batiza de 1878, pela lei nº 525, é elevada à categoria de cidade. Já no fim do século XIX, o porto fluvial de Corumbá era o terceiro maior da América Latina e movimentava pelos vapores da rota Europa/Brasil o comércio de peles, charques e outras riquezas da região. 
Construções históricas - Do ponto de vista urbanístico, não tem nenhuma semelhança com as antigas cidades brasileiras (onde predominam o romântico estilo colonial português). Sua arquitetura foi erguido pelos comerciantes e é baseada em art nouveau e no neoclássico italiano, sendo o mesmo estilo existente na parte central de Assunção, nos subúrbios antigos de Buenos Aires, nas cidades do interior do Uruguai e na maioria das cidades gaúchas da Campanha. Em razão disso, tem características de uma cidade platina dentro do Brasil. Atualmente a arquitetura corumbaense mescla o antigo e o moderno. A cada dia surgem novas e modernas edificações no município, que é dividido em três setores: o centro, a parte baixa, no beira rio, e a parte alta, após os trilhos da Rede Ferroviária e próxima as morrarias. 
Corumbá possui uma arquitetura de época que procurava soluções mais baratas, sendo que vários edifícios que sofreram influência eclética. Sendo um misto de várias referências de época, possuía casarões com estrutura metálica e paredes de pedra (alguns dispondo no começo do século de elevadores hidráulicos e banheiras nos pavimentos superiores e banheira que eram enchidas com água trazida do rio ali na frente). Havia telhados com quatro águas, sacadas apoiadas por consolos ou cachorros, platibandas com balaústres. Possuía também elementos decorativos que ficavam na fachada frontal que compunha uma linguagem de arquitetura de forte influência histórica europeia. 

Economia 
Importância no Brasil e no mundo - Economicamente Corumbá já foi bem mais importante que hoje. Possuía o maior porto fluvial da América Latina e o terceiro maior de um modo geral, além de já ter sido também o principal e mais importante centro comercial da região Centro-Oeste entre 1880 e 1930. A cidade é considerada o embrião do Mercosul, pois foi a primeira a manter relações comerciais com países vizinhos, em especial Paraguai e Argentina. A retomada do desenvolvimento econômico começa a ganhar visibilidade. Com mais de 230 anos, a cidade prepara-se para um grande surto de crescimento com a implantação de seis megaprojetos: a volta do Trem do Pantanal, a pavimentação da rodovia Santa Cruz-Corumbá, a construção da Termopantanal, a construção do Polo Minero Siderúrgico, a hidrovia do Paraguai e a conclusão do gasoduto Bolívia-Brasil, entre outros investimentos de grupos empresariais que prometem alavancar a economia local. A América Latina, com a função de mercado especializado, teve um papel fundamental como região de fornecimento de matérias-primas e produtos coloniais (açúcar, café, tabaco, algodão, entre outros). A bacia platina, por impulso das relações dinâmicas do mercado importador-exportador, despertou um processo de ocupação e conquistas de suas fronteiras internas (tanto que, em 1912, o presidente de Mato Grosso declarou que grande área da província se encontrava desocupada e que havia necessidade de braços para a lavoura). Corumbá, por ser economicamente vulnerável, tornou-se permeável de todo tipo de influência externa, tanto econômica, quanto político, cultural e social. No pós-guerra de 1945, a repercussão do contexto global manifestou-se na pecuária, através de investimentos de produtores rurais regionais, substituindo os investidores estrangeiros, e dessa maneira pôde-se passar a exportar carne (seca e salgada) bovina através da Bacia do Prata para os Estados Unidos e Europa (especialmente Reino Unido).
A inclusão de Corumbá nos circuitos comerciais e produtivos globais ocorre a partir da conjuntura que é marcada pela crise industrial desenvolvimentista e aposta na dotação da economia nacional e estadual. Nesse contexto, a redefinição dos meios de transporte, a reestruturação do sistema produtivo e a ligação com os países dos diversos blocos regionais lhe conferem uma maior capacidade. O processo de globalização reativa a competição entre os territórios para a captação de capitais, informações e fluxos de bens, que circulam em volumes cada vez maiores no espaço econômico mundial. Apesar do conjunto de fatores favoráveis para a potencialização de seu desenvolvimento, marcou passo ao longo da sua história caracterizando-se por ciclos econômicos intermitentes, que ora a colocou na condição de centro e ora na condição de periferia. E ao longo dos tempos não houve diretrizes locais, estaduais e nacionais que possibilitaram iniciar um processo de desenvolvimento sustentável que fizesse a cidade romper com o problema da estagnação sócio-econômica que por consequência lhe trouxe a condição de cidade periférica, apesar da arrecadação captada em função de sua importância central e histórica para o Brasil, de patrimônio natural da humanidade e reserva da biosfera e das obrigações em função desse status, que era ambicionado por outras regiões de Mato Grosso do Sul. E a forma geográfica como Corumbá tem-se inserido na dinâmica territorial nacional ora reproduz um espaço de relevância central, podendo ser exemplificado com alguns objetos espaciais (Bioma Pantanal, Patrimônio Histórico Nacional, eixos de acesso ferroviário, rodoviário e fluvial além do transporte aéreo, Maciço do Urucum, onde se localizam importantes jazidas de minério de ferro e manganês), e ora reproduz um longínquo posto fronteiriço inserida às atividades ilícitas e sem diretrizes para o seu desenvolvimento, determina a sua real importância nacional.
Essas novas fronteiras acabam por determinar espaços e definir as posições entre ricos e pobres, dominantes e dominados, industrializados e periféricos. Dessa maneira, aumentaram as especializações económicas de periferia (especializações referentes aos ciclos de exploração que fez algumas regiões isoladas do Brasil e América Latina conheceram a prosperidade, chegando a ostentar sinais evidentes de riqueza), com a manutenção das atividades tradicionais, é uma das razões do fracasso da industrialização em regiões periféricas, considerando o estabelecimento da divisão internacional do mercado. Uma dos grandes feitos do capitalismo imperial na América Latina foi a demarcação dos espaços fronteiriços para poder usar toda a infraestrutura viária disponível para expandir o mercado. Dessa forma, incorpora-se econômica e territorialmente esses mercados. O desenvolvimento do capitalismo acabou iniciando um processo de relações centro-periferia. O desenvolvimento do processo produtivo local tem ligação com o movimento global do sistema capitalista na América do Sul, focalizando o Brasil e os outros países incluídos no bloco regional do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia), isto porque neste caso a dimensão da região deve ser focada pela articulação dos agentes do comércio inter-regional, e estes compreendidos pela região pressupondo a diversidade das relações internacionais com o mercado global. Tal articulação não é apenas espacial, mas, sobretudo, detalhada (econômica, social e cultural): Corumbá fez parte da economia de mercado exportador que predominou em todas as ex-colônias hispânico-lusitanas e também tinha grande vinculação ao mercado emergente global. A inclusão definitiva de Corumbá ocorreu com a abertura da navegação do rio Paraguai para países da Europa e da América do Sul, como parte do processo de internacionalização da economia, a partir da segunda metade do século XIX, num contexto de ampliação de mercados, em função das transformações operadas no processo industrial e com capacidade aparentemente ilimitada do capital de promover o crescimento e a acumulação econômica. 
Agricultura e pecuária - A produção agrícola baseia-se nas culturas do arroz, milho, mandioca, tomate, feijão, algodão herbáceo, banana e cana-de-açúcar. A produtividade ultrapassa as 15 mil toneladas anuais. As condições edafoclimáticas da região são favoráveis à agricultura, entretanto, apresenta algumas limitações em relação ao clima, principalmente no período chuvoso (dezembro a fevereiro), onde ocorrem veranicos (períodos secos); dificultando o sucesso da produção agrícola. Também são favoráveis à agricultura intensiva, mas a deficiência de água, em grande parte devida ao baixo índice pluviométrico, dificulta o sucesso da produção agrícola. Existem áreas inundáveis, bem como áreas semi-áridas com dificuldade de estruturar um sistema de irrigação. Dessa forma não seria possível desenvolver culturas permanentes como é o caso de um grande número de espécies frutíferas. O município é o quinto produtor de lã e o quarto produtor de mel de abelha do estado. A região de Corumbá apresenta grande aptidão também para a pecuária, possuindo os maiores rebanhos ovinos, eqüinos e asininos de Mato Grosso do Sul.
Indústria e mineração - Apesar de o setor industrial ser incipiente, a arrecadação por ele gerada supera os setores de pecuária e agricultura, característicos do estado como um todo. Na cidade é representativa a produção de cimento, calcário, laticínios e os estaleiros. Em razão da natureza das suas rochas, o Maciço do Urucum possui grandes reservas minerais. A exploração ali começou em 1930 e se destaca o manganês e o ferro. O manganês é extraído das minas subterrâneas do Maçiço do Urucum e o ferro a céu aberto. No caso do manganês, suas minas estão entre as maiores do mundo, podendo ser extraído 30 milhões de toneladas. No caso da Ferroligas, apenas é feito o beneficiamento do manganês. Corumbá é também maior produtora dos seguintes minérios: dolomito, cristal de rocha, areia, argila, água mineral, calcita ótica e industrial, cobre e mármore. Outros ramos importantes além do minério são o entreposto de pescado, frigorífico de bovinos, produção de concreto, metalúrgica, produtos alimentícios, editorial e gráfica, madeira, perfumaria, sabões e velas, álcool etílico e vinagre. 

Turismo 
Corumbá é a cidade do estado que mais recebe turistas, sendo conhecida como Cidade Branca pela coloração de seu solo, rico em calcário. Hoje, com o Pantanal ocupando 60% de seu território, é considerada a Capital do Pantanal, sendo também sua porta de entrada. O turismo vem ajudando a desenvolver o mercado de trabalho associado com a pesca esportiva. Está em estudo o lançamento do Capital do Pantanal Convention & Visitors Bureau. Principais pontos turísticos da cidade - Ecoparque Cacimba da Saúde (Beira do Rio Paraguai); Escadinha da Quinze de Novembro (Av. General Rondon com a Quinze de Novembro); Forte Coimbra (Márgem direita do Rio Paragua; Forte Junqueira (17° Batalhão de Fronteira); Jardim da Independência ([Rua Dom Aquino com XV de Novembro); Mirante São Felipe (Morro do Cruzeiro); Parque Marina Gataas (Rodovia Ramón Gomez); Parque Zumbi dos Palmares (rua Pedro de Medeiros) Porto Geral (Parte baixa); Praça da República (Rua Manoel Cavassa, 275); Praça Generoso Ponce (Av. General Rondon).
Turismo de eventos - Corumbá dispõe de produtoras e organizadoras de eventos e lançamento de novos produtos, centros para convenções e exposições. Relação dos principais locais onde ocorrem eventos e apresentações da cidade de Corumbá: Anfiteatro Professor Salomão Baruki; Centro de Convenções do Pantanal (3 auditórios); Estação Natureza Pantanal; Moinho Cultural Sul-Americano; Parque de Exposições Belmiro Maciel de Barros (onde são realizadas exposições agropecuárias (Feapan) e shows). 
Eventos e apresentações da cidade de Corumbá - Carnaval; Festa de Nossa Senhora da Candelária (padroeira do município); Jogos Internacionais de Aventura do Pantanal; Festa de Nossa Senhora de Auxiliadora; Festival América do Sul; Festa e banho de São João; Festa de São Pedro Pescador; Feira Agropecuária do Pantanal (FEAPAn); Semana do Município; Mostra Corumbá-Santuário Ecológico de Dança; Festival Pantanal das Águas; Concurso Municipal de Bandas e Fanfarras de Corumbá; Festa e Louvação a Iemanjá; Lavagem da escadaria da Igreja Nossa Senhora da Candelária

Cultura 
Como parte do patrimônio cultural do Município de Corumbá, há a descoberta do fóssil do cnidário pré-histórico Corumbella wernerii. Esta espécie marinha possui cerca de 550 milhões de anos de idade, sendo datado do Período Ediacarano. A espécie é reconhecida como o primeiro ser vivo da história da evolução da vida a ter esqueleto. Isso coloca os fósseis encontrados em Corumbá entre os mais importantes já descobertos pela paleontologia mundial. 
Com relação à cultura social, a corumbaense é composta de influências originárias dos estados e países de seus povoadores: entre as principais destas influências estão as culturas carioca, nordestina, paulista e sulista e de países como Itália, Síria, Palestina, Líbano, Bolívia e Paraguai. Ainda partilha a cultura do estado em que está inserido, o Mato Grosso do Sul. Nesse caso poderemos retornar ao passado recente na época em que a cidade sofreu a influência dos paídes do prata, herdando grande parte de seus costumes e hábitos, e no caso dali foi mais fácil pois a cidade era isolada geograficamente. Dessa época acabou conservando os seus prédios históricos de influência europeia, sua histórias, tradições e costumes. Atualmente a cidade é considerada o centro cultural mais adiantado do estado de Mato Grosso do Sul. 
Pontos culturais de Corumbá - Casa do Artesão; Art Izu; Casa de Massabarro; Memorial do Homem Pantaneiro; Museu de História do Pantanal; Museu do Pantanal; Biblioteca Gabriel Vandoni de Barros; Biblioteca Municipal Lobivar de Matos.

Fonte do texto: Wikipédia

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Imagens do Brasil - São Cristóvão - Sergipe


São Cristóvão é um município brasileiro do estado de Sergipe, localizado na Região Metropolitana de Aracaju e fundada por espanhóis. Cidade histórica do estado de Sergipe, considerada monumento nacional, São Cristóvão situa-se ao norte do estuário do rio Vaza-Barris, no litoral sergipano. 

História - São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país e foi a primeira capital de Sergipe. Foi fundada por Cristóvão de Barros a 1 de Janeiro de 1590, no contexto da Dinastia Filipina em Portugal, durante a União Ibérica. 
Durante a época das capitanias hereditárias, foi a primeira capital da nomeada Capitania de Sergipe. Essa titularidade estendeu-se até a transferência da capital para Aracaju em 17 de março de 1855. Possui o título de quarta cidade mais antiga do Brasil (fundada apenas logo após Salvador, Rio de Janeiro e João Pessoa) e segunda urbe real mais antiga fundada por não-portugueses. 
A intenção dos espanhóis com sua fundação era a de construir a primeira via terrestre que ligasse o Nordeste Oriental e seus núcleos mores à época (conhecidas como urbes de Filipéia e vila de Olinda) e a urbe de São Salvador da Baía de Todos os Santos. Surgida para fechar a brecha e vácuo geopolítico que havia entre Olinda e São Vicente, o surgimento da urbe de São Cristóvão ameaçou seriamente os normandos e bretões na continuidade da experiência oeste-ibérica no sudoeste atlântico. Isso pode ser comprovado pelos choques entre ibéricos e franceses nos vácuos geopolíticos entre São Vicente e Salvador e posteriormente na zona ao norte de Olinda, localizados entre o extremo leste e a costa norte da mainland, particularmente ilustrado nos conflitos pela Filipéia e França Equinocial. Tratou de ser a ocupação espanhola no vácuo deixado pelos portugueses os quais nunca se interessaram na interlandização no período antes de Filipe II neste lado da América Meridional. Pesquisas históricas e arqueológicas indicam que a cidade atual é a terceira localização. Antes, foi erguida mais próximo ao litoral, nas proximidades da foz do rio Vaza-Barris até firmar-se no local em que hoje se encontra à margem do rio Paramopama, afluente do rio Vaza-Barris. Os dois sítios urbanos anteriores foram invadidos e incendiados por corsários. Em 1634 foi invadida pelos neerlandeses, ficando praticamente destruída. As tropas luso-espanholas, sob o comando do conde de Bagnoli, tentando evitar o abastecimento dos inimigos, incendiaram as lavouras, dispersaram o gado e conclamaram a população a desertar. Os neerlandeses, que encontraram a cidade semi deserta, completaram a obra da destruição. 
Em 1645, os neerlandeses foram expulsos da capitania de Sergipe, deixando a cidade em ruínas. No final do século XVII, Sergipe foi anexado à Bahia e São Cristóvão passa a sede de Ouvidoria. Em 1710 foi invadida pelos habitantes de Vila Nova (atual Neópolis), região norte de Sergipe, revoltados com a cobrança de impostos por Portugal. Nos meados do século XVIII, a cidade foi totalmente reconstruída. Em 1763 sofreu a invasão dos negros dos mocambos e índios perseguidos. 
No dia 8 de julho de 1820, através de decreto de Dom João VI, Sergipe foi emancipado da Bahia sendo elevada à categoria de Província do Império do Brasil. São Cristóvão torna-se, então, a capital. 
No final da primeira metade do século XIX, os senhores de engenho lideram um movimento com o objetivo de transferir a capital para outra região, onde houvesse um porto capaz de receber embarcações de maior porte para facilitar o escoamento da produção açucareira, principal fonte da economia na época. 
Em 17 de março de 1855, o então presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa, transferiu a capital para Aracaju. A partir desse momento, a cidade passa por um processo de despovoamento e crise, que só é resolvido no início do século XX com o advento das fábricas de tecido e estabelecimento da via férrea. 
Outro duro golpe para São Cristóvão foi a perda da sua área litorânea para Aracaju. Em 1954, o prefeito Lourival Baptista efetuou a permuta da área que corresponde à Coroa do Meio, Atalaia e Aruana por um gerador elétrico para a sede do município. Para alguns pesquisadores o objetivo da troca era essencialmente eleitoral, visto que Lourival Baptista conseguiu uma cadeira de Deputado Estadual no ano seguinte com o apoio maciço dos moradores da velha São Cristóvão. Com esta decisão Aracaju passou a ter costa oceânica, uma vez que se encontrava somente às margens do estuário do rio Sergipe. 
Em 1980, é erguido às margens do rio Poxim o novo campi Universidade Federal de Sergipe, que já promovia desde 1972 o Festival de Arte de São Cristóvão (FASC). Também nessa década ocorre um processo de conurbação com Aracaju a partir do crescimento do Jardim Rosa Elze e inauguração do Conjunto Eduardo Gomes. A partir de então, surgem outros conjuntos e loteamentos na região a exemplo do Luiz Alves, Rosa Maria e Jardim Universitário. Essa área é a mais populosa e urbanizada da cidade estando a apenas 10 km do Centro de Aracaju, sendo portanto, uma área de migração pendular. A relação da maioria desses moradores com a sede do município é meramente cartorial. 
Em meados dos anos 1990 acontecem novas perdas de territórios para a Aracaju. Robalo, Náufragos, Mosqueiro, Areia Branca e São José, as últimas áreas litorâneas de São Cristóvão, além da Terra Dura (atual bairro de Santa Maria), Aloque e parte da Jabotiana (a outra metade já fazia parte da capital) foram cedidos. 

Tecido urbano - São Cristóvão guarda desde a fase colonial alguns edifícios históricos e tradições, tais como as romarias e as festas religiosas. A festa de Nosso Senhor dos Passos, por exemplo, ainda atrai fiéis de vários estados do Brasil. 
A paisagem urbana da sede de São Cristóvão integra a topografia acidentada do morro da Cidade Alta com a Cidade Baixa à beira do rio Paramopama. 
O outro núcleo urbano está a 16km da cidade. O complexo Rosa Elze abriga mais da metade da população do município. É lá que está o Conjunto Eduardo Gomes, um dos maiores núcleos habitacionais de Sergipe. Atualmente, muitos estudantes da UFS oriundos de outros estados também residem no bairro. 

Patrimônio cultural - A cidade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 23 de janeiro de 1967 ao ter sido inscrita no livro de tombo arqueológico, etnográfico e paisagístico nacional. Enquanto isso, em nível estadual, a cidade já havia sido elevada a categoria de Cidade Histórica pelo Decreto-lei nº. 94 de 22 de junho de 1938 pelo Governador-Interventor Eronildes Ferreira de Carvalho. 
Os principais edifícios históricos do centro de São Cristóvão como também a cidade alta possuem acautelamento governamental, ou seja, tombamento. A Igreja e Convento de Santa Cruz, ou de São Francisco, e onde também funciona o Museu de Arte Sacra, foi o primeiro monumento tombado no Estado de Sergipe pelo IPHAN em 1941. Posteriormente, realizou-se o procedimento à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória, Igreja do Rosário dos Homens Pretos e o Conjunto Carmelita (que conta com a Igreja e Convento do Carmo, e a Igreja da Ordem Terceira que é mais conhecida como Igreja de Nosso Senhor dos Passos) em 1943. Ainda naquele ano foram tombados os sobrados de Balcão Corrido da Praça da Matriz, o da Praça de São Francisco e o da Rua Messias Prado. No ano seguinte de 1944, foi a vez da Igreja e Antiga Santa Casa de Misericórdia, que hoje é o Lar Imaculada Conceição. E por fim, no ano de 1962, a Igreja do Amparo dos Homens Pardos. 
Além dos monumentos tombados pelo IPHAN, foi realizado esse mesmo procedimento pelo governo estadual no Museu do Estado por decreto de 2003. No entanto, esse prédio pode ser considerado protegido pelo Estado conforme o texto do Decreto-lei nº. 94 desde 1938. 
O município ainda possui bens remanescentes dos antigos engenhos que possuem inestimável valor cultural. Contudo, apenas duas capelas rurais de antigos engenhos em São Cristóvão possuem tombamento, a do Poxim pelo (IPHAN em 1943) e a de Itaperoá pelo Governo Estadual, no início dos anos oitenta próxima a Itaporanga d'Ajuda. Esta última está completamente abandonada e em processo de arruinamento, ou seja, sério risco de desaparecer. 
Em 1 de agosto de 2010, em Brasília, o Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) anunciou a praça São Francisco, em São Cristóvão (SE), como o mais novo patrimônio cultural da humanidade. Com essa decisão, anunciada pelo ministro da Cultura, subiu para 18 o número de locais declarados patrimônio da humanidade no Brasil. 

Igreja e Convento de Santa Cruz (ou Convento de São Francisco) - O convento de Santa Cruz também é conhecido como São Francisco. O terreno onde se encontra o convento de Santa Cruz foi doado pelo Sargento-mor Bernardo Correa Leitão através de escritura emitida em 1659. A pedra fundamental para o convento só foi lançada em 1693. O capital investido na construção foi conseguido através de esmolas recolhidas entre a população da cidade. 
Durante o século XIX as instalações do convento foram utilizadas pela Assembléia Provincial, bem como pela Tesouraria-Geral da província. As tropas que foram combater os revoltosos de Canudos, em 1897, ficaram hospedadas naquele local. 
Ainda em meados do século XIX, a primeira torre sineira ameaça desabar em virtude da sua base ser de adobe (tijolo de barro cru) e não suportar o peso. Então o governo estadual resolve construir uma nova torre, porém com a mudança da capital para Aracaju, a segunda torre não é acabada. 
Com a proibição de novos ingressos nas ordens religiosas, no reinado de Dom Pedro II, a construção ficou abandonada até 1902, quando foi reformada por frades alemães. Da reforma o padre Schimidt finaliza a torre sineira em 1908. Entretanto a sua forma lembrava um capacete antigo. Razão pela qual, o frei italiano Raffand novamente a reformaria em 1938, dando-lhe uma feição Art Déco, que era visivelmente desproporcional. Essa torre era gritante e havia muitas, o que às vezes induziu a população a pensar que aquela era a original, apesar de ser pelo menos a terceira. A sua estética Art Déco contrastava com o estilo colonial do conjunto franciscano. O IPHAN, após o tombamento em 29 de dezembro de 1941, decide retirá-la e em seu lugar é erguida a atual torre em 1943, cujo estilo melhor se integra ao conjunto arquitetônico. 
A igreja possui pórtico formado por quatro arcos em pedra. O pórtico é fechado por gradil em ferro. Na parte superior o frontão é formado por volutas e possui nicho em seu centro. Logo abaixo temos óculo encimado por cornijamento, que neste trecho forma um arco. Mais abaixo encontramos três janelas de ombreiras decoradas, verga curva, envidraçadas com vedação em guilhotina. A construção possui torre lateral única com janela semelhante às anteriores, mas possuindo vedação em treliça. As janelas sineiras possuem vãos em verga curva. A torre é encimada por coruchéus. A portada da igreja possui ombreiras trabalhadas em pedra e folhas almofadadas. No interior, a capela-mor possui altar com dossel sustentado por oito colunas torsas com entalhamento dourado e nicho central. O arco cruzeiro é realizado em madeiramento com entalhes dourados e escudo. A nave possui dois altares laterais com colunas torsas, entalhes em motivos fitomórficos e douramento. As tribunas possuem balaustrada em madeiramento e o púlpito é realizado em madeiramento decorado. A separação entre a nave e a capela-mor é feita através de gradil em balaústres. O coro também possui balaustrada em madeiramento. O convento está localizado à direita da igreja. A construção possui portada com ombreiras em pedra, verga curva e vedação em folhas almofadadas. A portada é encimada por cimalha e escudo. As janelas possuem ombreiras em pedra, verga curva, cimalha e vedação em folhas almofadadas. No piso superior existem balcões com guarda-corpo em ferro. O telhado é em duas águas, possuindo pináculos e cruz. A parte interna possui claustro cercado por arcadas em pedra. A parte interna dos arcos é decorada com motivos florais, enquanto a externa é feita quase que somente por motivos geométricos. O guarda-corpo da varanda também possui decoração em motivos geométricos. No telhado o beiral é sustentado por cachorros. Em frente ao convento há um cruzeiro com base de pedra e cruz de madeira. Atualmente, o convento abriga o Museu de Arte Sacra. 

Convento do Carmo - Presume-se que a construção do imóvel tenha sido comandada pelos carmelitas. O convento foi fundado em 1699. A capela foi ampliada em 1739 e presume-se que as obras tenham sido terminadas em 1745 ou 1766, estando esta última data gravada no frontispício da igreja. 
O convento situa-se na cidade alta, na praça do Carmo. A fachada da igreja é enquadrada por cunhais. A parte inferior possui pórtico formado por cinco arcos em pedra (três frontais e dois laterais). A igreja possui uma portada principal ao centro com ombreira e verga curva em pedra, vedação em folhas almofadadas. Existem duas outras semelhantes ao lado desta última, mas de menor tamanho. A parte superior possui frontão ladeado por coruchéus, com volutas e decoração com anjos e motivos florais. No frontão também está localizado o óculo. Na altura do coro existem três janelas retangulares com ombreiras e vergas retas. As janelas são encimadas por cimalha e decoração em motivos florais. O telhado é em duas águas. Do lado esquerdo há janela sineira com sino datado de 1831. O interior possui altares em madeira com entalhamento em motivos fitomórficos. O púlpito possui taça esculpida. As tribunas possuem gradil em madeira, assemelhando-se ao gradeamento existente no coro. 
O convento possui janelas externas retangulares com ombreiras lisas. Internamente a construção possui claustro circundado por arcos (cinco de um lado e nove do outro). Os arcos são sustentados por colunas em cantaria. A parte superior possui janela de ombreiras lisas e verga curva possuindo guarda-corpo em alvenaria. Do lado esquerdo, acima das janelas, existe outro pavimento o qual possui janelas retangulares com vedação em folhas lisas. No centro do pátio encontra-se um jardim. No andar térreo existem quatro salas e outras dependências para hospedaria, enquanto na parte superior encontram-se as celas dos frades. 
Ao lado direito, temos a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, mais conhecida como Igreja de Senhor dos Passos, local de peregrinação durante a festa que leva o seu nome. A portada é em cantaria com volutas e estátua, datada de 1743. O interior possui altar-mor em talha de madeira em estilo rococó e seis altares laterais em estilos tardo-barrocos. O forro da capela-mor está sendo restaurado e nesse processo se descobriu que embaixo da pintura lisa havia uma pintura em perspectiva ilusionista barroca, após a intervenção de restauração essa será a sua nova imagem, uma valiosa obra de arte. Possui ainda um pequeno claustro interno. 
Desde 2003, o conjunto carmelita voltou a ser novamente administrado pela Ordem Carmelita de Pernambuco, após mais de um século. Já que os carmelitas se vão ao final do período imperial e a partir de 1922 o convento seria comandado pela Ordem das Irmãs Clariças Concepcionistas. 

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória - Em 1608, há a ordem de sua construção. Porém a primeira fora destruída com a invasão dos holandeses. Em meados do século XIX, ela passa por outra grande reforma, quando recebe a atual decoração do interior em talha de madeira da escola neoclássica baiana. Antiga Igreja e Santa Casa de Misericórdia.
Hoje abriga o Lar Imaculada Conceição, administrado pelas Irmãs Clarissas Concepcionistas, servindo de escola de ensino fundamental e asilo para freiras idosas. Sabe-se que no início do século XVII já existia a Igreja da Misericórdia, fato atestado pelo testamento de Baltazar Barbuda, de março de 1627, que solicitou que o seu corpo fosse enterrado na Igreja da Santa Misericórdia. 
O hospital da Misericórdia estava funcionando na época da visita de S.M. Dom Pedro II em 1860. Porém, em torno de 1870, o hospital perde a subvenção governamental, da qual fora dependente desde a independência do país, por ter ficado os anos precedentes sem "médico ou botica" e portanto não ter tido condições de prestar os serviços esperados de auxílio aos enfermos. Esta é a razão pela qual o hospital fechou pouco tempo depois. 
A partir de 1922, após o período de abandono do prédio, as Irmãs Missionárias da Irmandade Conceição Mãe de Deus começam a administrar e utilizar o prédio, iniciando nesse período o funcionamento do orfanato. 
É formado pela Igreja e a ala do antigo hospital que são ligadas pela torre sineira com grande equilíbrio e riqueza de estilo. Este conjunto forma um pátio interno quadricular com jardim e partes cobertas. Portada de capela trabalhada em cantaria. Janelas do antigo hospital com coroamento em pedra calcária. No interior da Igreja, destaca-se o painel óleo sobre tela, ao fundo do Altar-mor neoclássico, denonimado “A Visitação”, cuja autoria foi atribuída ao grande pintor baiano José Theófilo de Jesus. 

Sobrado com Balcão Corrido - Destaque entre os exemplares da arquitetura civil sancristovense. Presume-se que a construção seja datada do século XVIII. A construção foi realizada em taipa em quase toda a sua totalidade, porém, na confecção do frontispício e de alguns pilares utilizou-se alvenaria de pedra ou tijolo. 
O sobrado apresenta em toda a fachada principal (piso superior) uma varanda saliente com o seu madeiramento possuindo entalhamento em volutas e motivos florais que o torna especial e destaque na paisagem histórica urbana. O acesso à varanda é feito através de cinco portas em arco abatido, com vedação em folhas lisas. No piso inferior existem seis portas não alinhadas no mesmo estilo. 
A fachada lateral direita possui no piso superior quatro janelas em arco abatido e vedação em folhas lisas. A parte inferior possui cinco portas em arco abatido e folhas lisas. A fachada posterior possui duas janelas retangulares de folhas lisas. O telhado apresenta beiral sustentado por cachorros. 

Culinária regional - Enquanto que no Povoado Cabrita, as compotas de frutas produzidas, tradição passada das mãe para as filhas, são vendidas em várias cidades sergipanas. E uma quantidade significativa é levada para ser vendida no Mercado Municipal de Aracaju. 

Grupos folclóricos - Caceteira, Chegança, Samba de Coco, Dança do Langa, Reisado, São Gonçalo, Taieira, entre outros. 

Economia - São destaques no Município a agricultura (cana-de-açúcar), a indústria da pesca (peixes, mariscos e camarão), pecuária (bovinos) e turismo (cultural). 

Ensino Superior - Em São Cristóvão está sediada a Universidade Federal de Sergipe, no bairro Rosa Elze, maior instituição de ensino superior do estado. No povoado Quissamã está um campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS), voltado para área agrícola. 

Fonte do Texto: Wikipédia

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Imagens do Brasil - A Região dos Lagos - Arraial do Cabo - Rio de Janeiro


Arraial do Cabo é um município brasileiro da Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro. A cidade é costeira, e tem uma altitude média de apenas oito metros. Fundado em 1503 pelo conquistador Américo Vespúcio, foi elevado a município apenas em 1985, após a emancipação de Cabo Frio. Em 2014 tinha uma população de 28.866 habitantes segundo o IBGE. As rodovias que servem o município são a RJ-140/BR-120 e a RJ-102.
A cidade de Arraial do Cabo, como o nome indica é realmente um cabo, um pedaço de terra grande (superior ao pontal e ponta) adentrando ao mar, possui pequena diversidade de praias em enseadas, entre estas pode se considerar que estão algumas das praias mais belas do mundo. A cidade abriga o Porto do Forno que na verdade é uma marina de três píers por onde entram produtos para a cidade e saem as produções de sal. Ideal para a prática de mergulho, o ecoturismo é a base da economia cabista, não aproveitando-se a região para o desenvolvimento de aquacultura e maricultura. Tendo ainda uma zona urbana bastante simples e conturbada, com construções de apenas dois andares em ruas sinuosas e estreitas além de um notório processo de favelização incomum entre as cidades vizinhas. 

História 
Primeiros povos - Há cerca de um milhão de anos os ventos, as correntes marítimas e as marés começaram a depositar sedimentos entre três antigas ilhas – atualmente conhecidas como morro do Mirante, do Forno e Pontal do Atalaia –, incorporando-as ao continente e formando, assim, o cabo onde se situa a cidade de Arraial do cabo.
Os primeiros habitantes eram nômades e chegaram à região há cerca de cinco mil anos. Viviam em pequenos grupos no alto dos morros e desciam apenas para buscar alimentos, basicamente peixes e moluscos. 
Os tamoios eram, na época da chegada dos portugueses, os habitantes mais comuns da região, embora existissem, também, tribos de outras vertentes tupinambás. Essas tribos consumiam, basicamente, peixes e crustáceos, e complementavam a dieta com o consumo da "mandioca" e com os animais da caça. A produção de cerâmica se destacava nessas tribos, que também marcaram participação nos conflitos que viriam a ocorrer entre portugueses e corsários, principalmente franceses. 
Colonização europeia - Após decidir se separar do resto da frota da segunda expedição à costa brasileira, Américo Vespúcio navega rumo ao sul, chegando à Praia da Rama - atualmente conhecida como "Praia dos Anjos" - aí ancorando logo em seguida. Ao lugar, deu-se o nome de Cabo Frio, devido a fatores que, de certa forma, fascinaram os navegantes. Dentre eles: 
• As correntes marítimas locais possuíam uma temperatura substancialmente mais fria que as temperaturas normais das águas da costa brasileira (atualmente esse fenômeno é conhecido como ressurgência). 
• Os ventos constantes eram, também, muito mais frios do que no resto do litoral, dando a impressão de que a temperatura local fosse mais baixa do que realmente era. 
• As condições do tempo mudavam rapidamente no local, passando subitamente de um dia ensolarado para um dia nublado, com alta possibilidade de formação de nevoeiro e, em alguns casos, agitando o mar. 
Américo Vespúcio decidiu, então, construir um forte no local (cujas ruínas permanecem no local, acessível por trilha entre a Praia do Forno e a Prainha), onde ele deixou 24 homens com armas e mantimentos.
Posteriormente, foi construída feitoria em local próximo. Mas o local exato ainda não foi definido. Para alguns, ela está localizada no próprio Arraial do Cabo, para outros, em Cabo Frio. Mas é certo que essa foi, de fato, a primeira feitoria no Brasil. 
Provavelmente como consequência do estabelecimento dessa feitoria, começou a se desenvolver em arraial um modesto povoamento, sendo esse um dos primeiros (possivelmente o primeiro) em território brasileiro. Ainda é possível ver, na cidade, a primeira construção de alvenaria da terra recém-descoberta, a "Casa da Piedra". 
Existe na cidade um marco histórico que lembra a visita de Américo Vespúcio nesta época. Composto de um obelisco, um poço, existente desde então e uma placa resumindo parte da história local. 
História recente - Durante séculos, a cidade seguiu sua vocação natural como vila de pescadores. E foi na primeira metade do século XX, em 1943, com a implantação da Companhia Nacional de Álcalis, que a economia local foi impulsionada. A fábrica produzia barrilha, matéria-prima para fabricação de vidros. A oferta de emprego aumentou. Mão-de-obra qualificada da unidade da Álcalis no Rio Grande do Norte foi trazida para a cidade e as ofertas de empregos acabaram trazendo trabalhadores de outras regiões. Isso contribuiu para a consolidação e para o crescimento da cidade. 
Durante anos, Arraial do Cabo pertenceu a Cabo Frio, sendo seu principal distrito. Em 13 de maio de 1985, a cidade teve sua emancipação assinada por Leonel de Moura Brizola, governador do Estado do Rio de Janeiro na época. No dia 15 de novembro de 1985, foi eleito o primeiro prefeito, Renato Vianna, que assumiria o cargo no dia 1 de janeiro de 1986. Hoje, o município de Arraial do Cabo compreende os distritos: Monte Alto, Figueira, Parque das Garças, Sabiá, Pernambuca, Novo Arraial e Caiçara. 

Praias - Atalaia (As Prainhas); Anjos; Brava; Farol; Forno; Grande; Prainha e Pontal. 

Fauna 
• Formicivora littoralis (com-com-da-restinga), é uma espécie de ave endêmica das restingas da região dos lagos. Está ameaçada de extinção, devido à perda de habitat. 

Pontos turísticos 
Casa de Piedra: atualmente propriedade particular, ocupa o lugar da feitoria que deu origem à cidade de Arraial do Cabo. 
Casa da Poesia: casa do poeta Victorino Carriço, hoje é centro cultural onde há encontros de poetas e saraus. 
Centro Cultural Manoel Camargo: uma das três instituições de museologia da cidade conta a história cabista com painéis e peças, além da menção dos homens que foram importante para a cidade. 
Farol Velho: inaugurado em 1833, suas ruínas estão localizadas no topo da ilha do Farol. Para visitá-lo, é necessário obter autorização da Marinha para realizar a trilha que leva até o farol e alugar uma embarcação que leve os visitantes até a ilha. 
Igreja de Nossa Senhora dos Remédios: erguida em 1506 pelos portugueses, a igreja está entre as primeiras edificações do país. Singela, fica em uma elevação debruçada sobre a praia dos Anjos. 
Mergulho: Arraial do Cabo abriga uma diversificada vida marinha - são tartarugas, meros, lulas, lagostas, arraias e até golfinhos que vivem em harmonia nas ilhas do Farol e dos Porcos, nos sacos do Cherne e do Cordeiro, na praia do Forno, na Ponta d'Água e na Gruta Azul. Quem agradece são os mergulhadores, que lá encontram os melhores pontos do país para praticar o esporte além das águas transparentes. 
Museu Oceanográfico Almirante Paulo Moreira: Possui esqueletos de animais marinhos, peças de naufrágios que ocorreram na região e aquários com animais vivos. 
Passeio de Barco: Os passeios duram quatro horas e descortinam as mais belas paisagens de Arraial do Cabo. O roteiro inclui paradas no Pontal do Atalaia (Prainhas) e Ilha do Farol, passando pela Gruta Azul, uma salão de 30 metros de extensão e 15 de altura - o nome vem dos efeitos causados pelas paredes internas, que têm tons dourado e prateado e que se tornam azuis de acordo com a incidência de luz. As embarcações partem da praia dos Anjos. 
Pontal do Atalaia: Programa preferido dos casais, assistir ao pôr-do-sol no Pontal do Atalaia é imperdível, um dos poucos lugares do Brasil onde o Sol põe-se no mar. As pedras ficam a 180 metros de altitude, descortinando vista panorâmica. 
Ruínas da Bataria e do Telégrafo: fundações da Bataria da Paia dos Anjos no cume do Morro da Fortaleza e vista panorâmica da cidade. 

Fonte do texto: Wikipédia

A Historia do Bondinho do Pão de Açúcar


O Bondinho do Pão de Açúcar é um teleférico localizado no bairro da Urca, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Liga a Praia Vermelha ao Morro da Urca e ao Morro do Pão de Açúcar. É uma das principais atrações turísticas da cidade. Foi inaugurado (o seu primeiro trecho, entre a Praia Vermelha e o Morro da Urca) em 27 de outubro de 1912 e, desde então, já transportou cerca de 40 milhões de pessoas, mantendo uma média atual de 2.500 visitantes por dia. O seu nome vem da semelhança dos carros do teleférico com os bondes que circulavam no Rio de Janeiro à época de sua inauguração. 

Histórico 
A vista da Baía da Guanabara, considerada uma das paisagens mais belas do mundo, era o atrativo que levava curiosos e alpinistas a escalar o Pão de Açúcar, já em fins do século XIX. O desenvolvimento das técnicas de engenharia e a realização da Exposição Nacional em Comemoração ao Primeiro Centenário da Abertura dos Portos do Brasil ao Comércio Internacional, em 1908, no bairro da Urca, motivaram o engenheiro Augusto Ferreira Ramos a idealizar um sistema teleférico que facilitasse o acesso ao cume do monte. Quando o bondinho foi construído, só existiam dois no mundo: o teleférico de Monte Ulia, na Espanha, com uma extensão de 280 metros e que foi construído em 1907; e o teleférico de Wetterhorn, na Suíça, com um extensão de 560 metros, construído em 1908. Ramos teve de recorrer a figuras conhecidas da alta sociedade carioca, como Eduardo Guinle e Raymundo Ottoni de Castro Maya, para promover a ideia do teleférico. 
Para construir o teleférico, foram necessário mais de 400 operários-escaladores, cada um subindo com algumas peças para os topos dos morros da Urca e do Pão de Açúcar para que fossem montadas. Um guincho auxiliou na subida dos cabos de aço. Até hoje é possível ver os pinos que foram colocados por estes escaladores na rocha, na subida, pelo Costão do Pão de Açúcar. Os carrinhos, com capacidade para 22 pessoas, foram importados da Alemanha. À inauguração do bondinho, em 27 de outubro de 1912, o teleférico só subia da Praia Vermelha até o morro da Urca. Três meses depois, em 18 de janeiro de 1913, já ia até o alto do Pão de Açúcar. 
Em outubro de 1972, uma segunda linha, paralela, foi inaugurada, e os cabos de aço e os bondinhos foram trocados. As novas cabines importadas da Itália tinham capacidade para 75 passageiros. Com mais espaço e dois bondes em funcionamento, o fluxo aumentou de 115 para 1.360 passageiros por hora. Posteriormente, a capacidade foi reduzida para 65 por questões de conforto. 
O bondinho foi cenário do filme 007 Contra o Foguete da Morte, de 1979, no qual o agente secreto britânico James Bond (interpretado pelo ator Roger Moore), derrota seu inimigo Dentes de Aço, interpretado por Richard Kiel. Ainda em 1979, o equilibrista Steven McPeak caminhou sobre o cabo de aço, no trecho mais alto do percurso do bondinho. Em 2011, a estação da Urca foi escolhida para o lançamento do filme Harry Potter and the Deathly Hallows – Part 2, com direito à presença do ator Tom Felton. Em 2012, ano que completou 100 anos, foi homenageado pelo Google com um doodle.

Fonte do texto: Wikipédia

Imagens do Brasil - Chapecó - Santa Catarina


Chapecó é um município do estado de Santa Catarina, na Região Sul do Brasil. Sendo um grande centro bancário, financeiro e educacional, é grande produtora de produtos alimentícios industrializados. Considerada uma cidade média, figura entre as quatro cidades mais importantes do estado. Pertence à Mesorregião do Oeste Catarinense e à Microrregião de Chapecó.
Chapecó ficou mundialmente conhecida após o acidente aéreo envolvendo a Associação Chapecoense de Futebol. Ostenta os títulos de "Capital da Agroindústria", "Capital do Oeste" e "Capital do Turismo de Negócios". Foi totalmente planejada, e seu traçado é em forma de xadrez. Também é um polo universitário, atraindo estudantes de todo o Brasil. As principais instituições de ensino são a UFFS, UNOCHAPECÓ, UNOESC e UDESC.

Etimologia
A raiz etimológica do município é controversa. Segundo Lucas Boiteux, o topônimo vem da língua caingangue e é composto dos radicais echa, "vista, avistamento", apé "caminhar" e có, "roça", isto é, "pequeno local onde é avistado o caminho da roça". Uma outra versão similar, é uma afirmação de que eçá, cujo significado é "olhos, vista" e pecó, cujo significado é frequente, isto é, o que é frequentemente avistado. Por sua vez, Telêmaco Borba foi defensor da ideia de uma outra raiz etimológica: cha, cachoeira, embetcó, modo de caça noturna aos ratos com fachos, isto é, cachoeira onde são noturnamente caçados ratos com fachos luminosos.

História
Origens, disputas territoriais e tratados internacionais - Datam da metade do século XVII, as primeiras viagens pela região. Os mamelucos paulistas dirigindo-se para as povoações indígenas (construídas sob organização dos jesuítas espanhóis), caçavam indígenas para transformá-los em escravos.
Com o Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, comissões mistas daqueles dois países estiveram pela área entre os anos de 1775 e 1777, quando foi localizado o rio Peperi-Guaçu (atual fronteira Brasil-Argentina). O rio Chapecó e as nascentes destes, foram exploradas pelo espanhol Gondim, geógrafo que integrava a comissão, veio ao rio Jangada (tributário da margem esquerda do rio Iguaçu) e entendeu que essa era a fronteira da Espanha com Portugal. Surgiu daí a longa pendência de limites (Questão de Limites), somente solucionada em 1895, em favor do Brasil, tendo como árbitro o presidente americano Grover Cleveland.
Antes, para que a posse brasileira fosse garantida, foi criada na região oeste de Santa Catarina, a Colônia Militar de Chapecó, com sede em Xanxerê, fato que ocorreu em 1859 mas somente em 1882 instalou-se a colônia, dirigida pelo então capitão (mais tarde marechal), Bernardino Bormann. Entre 1943 e 1946, Chapecó, que então abrangia inteiramente o oeste do estado, pertencia ao Território do Iguaçu. Logo depois do Acordo de Limites entre o Paraná e Santa Catarina a 20 de outubro de 1916, Chapecó entregou-se a Santa Catarina.
Antes o nome da cidade "Chapecó", como é de origem indígena, era escrito: Xapecó, mas como tempo o governo da cidade preferiu mudar o X para CH e assim ficou.
Formação administrativa e história recente - Foi elevada à categoria de município, pela Lei nº 1147, de 25 de agosto de 1917. O município foi instalado em 14 de novembro do mesmo ano, porém, a sede municipal andou em garupas de tropas, sendo estabelecida ora em Passo dos Índios (Chapecó), demais vezes em Xanxerê e Passo Bormann. Somente em 1931 fixou-se definitivamente, onde atualmente está assentada a cidade. Dessa data em diante, a chegada de gaúchos (acima de tudo descendentes de italianos e alemães), incrementou o povoamento de Chapecó, então com uma área de grande extensão territorial e que atualmente se reduziu a quase 1.000 km². As principais atividades econômicas do município são a agricultura, a indústria, a madeira e a pecuária, fazendo de Chapecó, um dos municípios com maior população, PIB e IDH de Santa Catarina.
Até os últimos dias de 1953, Chapecó era um grande município, com área passando além dos 14.000 km². Sua história é a verdadeira história do oeste de Santa Catarina, do qual é "capital regional", também por conter, há alguns anos, uma espécie de sub governo, a Secretaria de Estado dos Negócios do Oeste.
Um dos fatos históricos de maior relevância da cidade foi o Linchamento de Chapecó, em que quatro homens, acusados de terem incendiado a Igreja Matriz, foram arrebatados na cadeia pública, linchados e queimados vivos em praça pública. A íntegra do Processo do Linchamento foi disponibilizada pelo Ministério Público em 2017. O Memorial do Ministério Público contém livro com entrevista com o promotor do caso à época.

Economia
A região do estado onde está situada Chapecó foi o nascimento e ainda permanecem instaladas algumas unidades industriais processadoras e exportadoras de carnes de suínos, aves e derivados. É conhecida como a capital brasileira agroindustrial. A cidade é sede da Cooperativa Aurora Alimentos e possui uma unidade da Brasil Foods S.A., que em sua unidade produz um dos seus maiores produtos desde 1973 (40 anos) - o peru, campeão em exportação e venda, por isso a denominação de Capital do Peru, ganhando vários certificados ISO.
Seu parque industrial é diversificado, sendo que os setores que mais se destacam o metalmecânico (que vem se especializando na produção de equipamentos para frigoríficos), o de plásticos e embalagens, transportes, móveis, bebidas, software e biotecnologia. A construção civil e o comércio são também importantes fonte de renda.
A região tem grandes perspectivas derivadas da posição central no Mercado Comum do Sul, do alto potencial e da disponibilidade de energia elétrica, das condições favoráveis para a produção agropecuária, dentre outros fatores.

Educação
Na área do ensino fundamental e ensino médio, o município conta com mais de 180 estabelecimentos e cerca de 2.200 profissionais. Do total de jovens e adultos que estudam em Santa Catarina, 20% estuda em Chapecó. Entre as principais instituições de ensino técnico estão presentes o Instituto Federal de Santa Catarina, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SESI e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC.
São mais de 10.000 estudantes universitários, distribuídos em mais de 50 cursos de graduação e de pós-graduação latu e strictu sensu. As áreas mais procuradas são medicina, agronomia, jornalismo, design de moda, direito, economia, administração de empresas, ciências da computação, contabilidade, biologia, enfermagem, engenharias civil, de alimentos e química, farmácia, fisioterapia, e zootecnia. Entre as principais universidades e instituições de ensino superior situadas no município, está a Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal da Fronteira Sul, Universidade do Estado de Santa Catarina, Universidade Comunitária Regional de Chapecó e Universidade do Oeste de Santa Catarina.

Cultura
Esportes - Chapecó conta com boas áreas para práticas desportivas. A cidade já se destacou no cenário nacional com grandes atletas e equipes de ciclismo, vôlei, atletismo, handebol, xadrez, natação, judô, etc. A equipe de futsal da cidade disputa a liga nacional. A cidade conta ainda com um dos melhores autódromos de terra do estado de Santa Catarina e sedia duas etapas do estadual de automobilismo e eventos automobilísticos regionais.
O futebol é a grande paixão dos chapecoenses. A Associação Chapecoense de Futebol, conhecida entre seus torcedores como furacão do oeste, Chape e verdão, equipe hexacampeã catarinense. Tem, como sede, a Arena Condá, maior estádio do estado de Santa Catarina, com capacidade para mais de 22.000 pessoas, localizada na Zona Leste da cidade. A equipe, em uma ascensão significativa, depois de três anos consecutivos na Série C do Campeonato Brasileiro (2010, 2011 e 2012), alcançou a segunda divisão em 2013, tendo sido classificada para disputar o Brasileirão da Série A em 2014.
No dia 29 de novembro de 2016, a equipe da Associação Chapecoense de Futebol sofreu um acidente aéreo na Colômbia, a caminho do jogo mais importante de sua história, em que 71 membros da equipe, incluindo jogadores e comissão técnica, faleceram, além de profissionais de imprensa e tripulantes. Uma onda de comoção se abateu no futebol mundial, rendendo homenagens ao clube, inclusive do Atlético Nacional, clube com o qual disputaria a final, que cedeu o título à equipe catarinense.
No futebol de salão feminino, a equipe de Chapecó é bicampeã mundial, conquistando seus títulos em 2009 e 2010.

Turismo
O município é polo turístico com dezenas de opções para diversão, com destaque para o tradicionalismo, monumentos, eventos, natureza e agro turismo. Conta com uma moderna infraestrutura hoteleira e gastronômica.
Vida noturna e eventos - Por ser uma das principais cidades da região da fronteira sul, e conter um número significativo de jovens devido às universidades, Chapecó hoje conta com diversas opções de clubes, bares, pubs, restaurantes e eventos.
A cidade realiza, periodicamente, importantes eventos, destacando-se as feiras especializadas ou multissetoriais. O Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves é reconhecido como um dos melhores parques de exposições do Sul do País e o maior de Santa Catarina. Possui uma área de 210 mil m², que, aliado à boa estrutura de hotéis e restaurantes da cidade, viabiliza eventos durante todo o ano.
Pouco a pouco, também, é crescente o número de apresentações, não governamentais, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês, como exibições de dança, música, artes, etc. Destacam-se óperas realizadas pela Camerata Florianópolis, Encontro Brasileiro de Orquestras, Dança Chapecó e Arte Conexão, promovido pela Escola de Artes de Chapecó, dentre outros.
Dentre os principais eventos de Chapecó, podemos citar a Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial (Efapi), a Mercomóveis (Feira Mercosul de Indústria de Móveis), o Salão Brasileiro da Suinocultura, e a Feira Internacional de Processamento e Industrialização da Carne (Mercoagro). Na área de decoração, acontece a Mostra de Arquitetura, Decoração, Design e Paisagismo (Mostra Casa Chapecó). Entre os eventos da área cultural e artística acontecem a Festa das Nações, o Rodeio Artístico Internacional Cidade de Chapecó, a Festa do Leitão Light, a Kerbfest, a Wurstfest - festa da linguiça, a Festa do Frango e Peru, a Festa da Colonização Italiana, o Dança Chapecó, Festival Sulbrasileiro de Dança, a Novemberfest, o Rodeio artístico e crioulo nacional, e a Feira Internacional de Cultura e Artesanato Mãos da Terra.
Como exemplos de feiras e eventos profissionais e de negócios, pode-se mencionar a EXPEN - Feira de Multissoluções em Gestão, a AMBIENTALIS - Conferência e mostra de sustentabilidade, o Congresso Sulbrasileiro Multiprofissional em Saúde, serviços e tecnologia, a Interleite, a Logistique - Feira internacional de logística, serviços, transporte e comércio exterior, a Mercoláctea, a Metalplast, a Projetec - Feira de projetos e tecnologias da construção civil e habitação, o Simpósio Brasil Sul de Suinocultura, e o Supermarket.
Pontos Turísticos
Monumento O Desbravador - Situado no perímetro urbano, foi inaugurado em 25 de Agosto de 1981 com o objetivo de homenagear os primeiros desbravadores que colonizaram e construíram o município. Criado pelo artista plástico Paulo de Siqueira, mostra a figura de um gaúcho empunhando um machado, simbolizando o trabalho. Na mão esquerda, está um louro simbolizando os papagaios da região. O monumento possui catorze metros de altura, 5,70 metros de largura e pesa nove toneladas. A obra é um cartão de visitas e ponto de identificação da cidade. Na base do monumento, está o Memorial Paulo de Siqueira.
Arena Condá - Desde 2008, o Estádio Regional Índio Condá é utilizado pela Associação Chapecoense de Futebol, e tem uma grande fama por suas características acústicas tornando-se um verdadeiro caldeirão.
Ecoparque - O Ecoparque é um dos seis parques públicos do município. Localizado na Avenida Getúlio Vargas, em frente ao 2º Batalhão da Polícia Militar, trata-se de um parque para caminhadas, outros exercícios físicos e recreação. No parque há diversos bancos, academia aberta, parque infantil, palco de apresentações, anfiteatro, corretos e banheiros públicos. Entre as atrações ambientais encontram-se grandes eucaliptos, um riacho, uma lagoa formada por um antigo banhado, além de alguns espécimes de Ratão-do-banhado. Após reforma, o Ecoparque ganhou sinalização e iluminação adequados para utilização noturna pela comunidade. Mantém-se atualmente a proibição de andar de bicicleta, patins, patinete ou skate dentro do parque, bem como a entrada de animais, bolas e bebidas alcoólicas. Horário de funcionamento: 06 h às 21 h.
Praça Coronel Bertaso - Localizada no Centro da cidade, a Praça Coronel Bertaso é um espaço agradável que reúne história, cultura, lazer e descanso. Ao mesmo tempo em que conta a história do Ciclo da Madeira, primeiro ciclo econômico e cultural de Chapecó entre as décadas de 1920 e 1950, através de um mural feito em argamassa de concreto, utilizando técnica mista esgrafiado-mosaico com cerca de 200 m², oferece área de lazer com parque infantil, jogos de mesa e uma bela fonte luminosa com jato d'água. Na fonte luminosa, há uma escultura abstrata em metal criada pelo artista plástico Xyko Bracht. Dispõe, ainda, de galeria de arte onde, regularmente, artistas locais expõem suas obras.
Mirante da Ferradura - A estrada de acesso às comunidades de Alto Capinzal e São José do Capinzal caracteriza-se pela paisagem rústica, exuberante, que nos leva por caminhos que serpenteiam as curvas do rio Uruguai, onde tem-se a impressão de estar em um local mágico que vivenciou parte da história dos primeiros moradores de Chapecó, dos balseiros, do ciclo da madeira. Descendo a serra encontra-se um refúgio onde o turista pode aventurar-se a observar e apreciar a beleza do Vale do rio Uruguai. Dependendo do clima e horário, poderá ver os primeiros raios de sol nascendo em meio a névoa que paira sobre as águas e que mais parece um algodão envolvendo todo o Vale.
Gruta Sede de Figueira - Localizada no Distrito de Sede Figueira, a mil metros da BR-282, o local é composto por três grutas que se formaram na rocha e uma cachoeira com aproximadamente oito metros de queda d’água. A Capela de Nossa Senhora de Lurdes fica em frente a uma das grutas, onde, anualmente, no mês de Dezembro, é realizada Romaria Penitencial para a Santa com a participação de cerca de 5.000 pessoas. Em meio à mata nativa, há a Trilha dos Mistérios do Rosário, com quinze esculturas em pedra de arenito de um metro de altura por oitenta centímetros de largura, simbolizando cada um dos mistérios. As obras foram criadas pelo artista chapecoense Ciro Sosnoski.
Rota do Vale do rio Uruguai - Localizada no interior do município, a rota permite a turistas de todas as idades vistas deslumbrantes e incríveis experiências. A rota se dá às margens da SC-480, a partir do km 12, nas proximidades da Linha Serrinha. Até o rio Uruguai são aproximadamente oito quilômetros de descida de serra, cuja rodovia é cercada de quiosques, tirolesas e locais para entretenimento. Nas proximidades da ponte do rio Uruguai estão disponíveis áreas para banho e esportes náuticos.
Shopping Pátio Chapecó - Localizado na zona norte, o Shopping Pátio Chapecó é um empreendimento que visa o entretenimento e o alto poder de consumo da população do oeste catarinense. O Shopping já é considerado um dos principais pontos de Chapecó atraindo mais de um milhão de consumidores potenciais por mês.
Outros pontos de interesse turístico - Trilha do Pitoco; Floresta Nacional de Chapecó; Parque Aquático Estância das Águas; Camping Rota do Sol; Museu Municipal Antônio Selistre de Campos; Museu Tropeiro Velho; Museu da Cultura Italiana; Recanto dos Pinhais; Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves; Autódromo Internacional de Chapecó; Catedral Santo Antônio; Bike Park Lauri Marin; Mercado Público Regional.

Fonte do texto: Wikipedia

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Imagens do Brasil - Piracicaba - São Paulo


Piracicaba é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. 
Várias rodovias ligam Piracicaba a diversas cidades paulistas, tais como a Rodovia Luiz de Queiroz, a Rodovia Cornélio Pires e a Rodovia do Açúcar.
Piracicaba foi fundada em 1767, às margens do Rio Piracicaba, rio o qual foi vital para a região. No decorrer do século XIX, a agricultura desenvolveu-se no município, com destaque para o cultivo da cana-de-açúcar e do café. Contudo, ainda na primeira metade do século XX, a cidade entrou em decadência. Com o fim do ciclo do café e a queda constante de preços do açúcar, a economia piracicabana estagnou-se. Isso foi revertido a partir do início de sua industrialização. A cidade tornou-se uma das primeiras a se industrializar no país, com a abertura de plantas fabris ligadas ao setor metal-mecânico e de equipamentos destinados à produção de açúcar. Esta atividade expandiu-se a partir da década de 1970 para o setor sucroalcooleiro, com a criação do programa Pró-álcool, voltado para a produção de álcool hidratado para uso automotivo, devido à crise mundial do petróleo em 1973. Isto contribuiu significativamente para o crescimento industrial de Piracicaba ao longo das décadas seguintes, chegando a ser o 52º maior PIB brasileiro em 2012, sendo sede de um dos principais centros industriais da região, além de contar com diversas universidades, tais como o Instituto Federal de São Paulo(IFSP), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), pertencente à Universidade de São Paulo(USP), a Faculdade de Odontologia de Piracicaba, pertencente à Universidade Estadual de Campinas(UnicaUNIME), Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), e a Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP). 
Além da importância econômica, Piracicaba ainda é um importante centro cultural de sua região. Os bairros de Santa Olímpia (fundado por tiroleses trentinos) e Santana, por imigrantes Italianos. O Horto Florestal de Tupi e o Balneário de Ártemis configuram-se como grandes áreas de preservação ambiental, enquanto que o Parque Professor Phillipe Westin e os parques situados às margens do Rio Piracicaba são relevantes pontos de visitação localizados na zona urbana. Além dos projetos e eventos culturais realizados pela Secretaria da Ação Cultural da Prefeitura de Piracicaba (SEMAC), órgão responsável por projetar a vida cultural piracicabana. O Salão Internacional de Humor de Piracicaba, por exemplo, é considerado um dos mais importantes eventos sobre humor gráfico, realizado anualmente no Engenho Central, antigo engenho canavieiro que foi tombado como patrimônio histórico e cultural, servindo hoje como espaço cultural, artístico e recreativo. 

Etimologia 
O nome do município vem da língua tupi e significa "o lugar onde o peixe para", através da junção dos termos pirá ("peixe"), syk ("parar") e aba ("lugar"). É uma referência às quedas do Rio Piracicaba, que bloqueiam a migração (piracema) dos peixes. 

História 
Povoamento e criação do município -  O vale do Rio Piracicaba começou a ser ocupado por descendentes de europeus durante o século XVII, quando alguns colonos adentraram a floresta e começaram a ocupar as terras ao redor do Rio Piracicaba, praticando a agricultura de subsistência e exploração vegetal. 
Em 1766, a Capitania de São Paulo decidiu fundar uma povoação na região, que serviria de apoio à navegação das embarcações que desceriam o Rio Tietê, em direção ao Rio Paraná e também daria retaguarda ao Forte de Iguatemi, localizado na divisa com o futuro Paraguai. A povoação deveria ser fundada na foz do Rio Piracicaba com o Tietê, nas proximidades da atual cidade de Santa Maria da Serra, mas o capitão Antônio Correa Barbosa, incumbido de tal missão, decidiu-se por um ponto localizado a noventa quilômetros da foz do Piracicaba, lugar já ocupado por alguns posseiros e com melhor acesso a outras vilas da região, notadamente Itu. A povoação de Piracicaba foi fundada em 1 de agosto de 1767, na margem direita do rio, localizado aproximadamente onde futuramente se situaria o Engenho Central e partes da Vila Rezende. A povoação de Piracicaba era ligada politicamente a Itu, então a cidade mais próxima. No ano seguinte, a povoação tornou-se freguesia. 
O terreno irregular e infértil da margem esquerda do rio provocou, em 1784, uma mudança da sede da freguesia para a margem direita do rio. No início do século XIX, a região se desenvolveu, baseada na navegação do Rio Piracicaba e no cultivo da cana-de-açúcar. Em 1821, a freguesia foi elevada à condição de vila, com o nome de Vila Nova da Constituição, em homenagem à Constituição Portuguesa que estava em fase de aprovação naquele ano. Com a elevação à condição de vila e com o desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar, a vila se desenvolveu rapidamente. Já em 11 de agosto de 1822, foi realizada a primeira reunião da que viria a ser a futura Câmara de Vereadores da cidade.
Piracicaba desenvolveu-se rapidamente, tornado-se a principal cidade da região e polarizando outras vilas que dariam origem às cidades de São Pedro, Limeira, Capivari, Rio Claro e Santa Bárbara d'Oeste. A cidade permaneceu vinculada ao cultivo de cana-de-açúcar, ignorando a chegada do café no Oeste Paulista, cultivo que se tornaria o motor da economia paulista no final do século XIX. Devido ao cultivo da cana-de-açúcar, a região tornou-se um dos principais polos escravocratas no Oeste Paulista, com grande presença de escravos e libertos negros. No entanto, o Senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro (conhecido como Senador Vergueiro), proprietário da Fazenda Ibicaba (na época pertencente ao território de Piracicaba), em 1847 foi pioneiro em adotar a mão-de-obra imigrante assalariada em substituição aos escravos africanos, contratando famílias suíças e alemãs.
Em 1877, a cidade passou a ter ligação ferroviária da Companhia Ytuana de Estradas de Ferro com Itu e Jundiaí, via Capivarie Indaiatuba. No mesmo ano, por intermédio de seu então vereador e futuro presidente da República, Prudente de Morais, a cidade adotou o nome de "Piracicaba", abandonando a denominação portuguesa de Vila Nova da Constituição. No ano de 1881, às margens do Rio Piracicaba, foi fundado o Engenho Central de Piracicaba, que viria a se tornar um dos maiores engenhos de açúcar do Brasil nos anos seguintes. 
Séculos XX e XXI - Em 1900, Piracicaba firmou-se como um dos maiores polos do estado de São Paulo: era a quarta maior cidade do estado, possuía luz elétrica, serviço de telefone e, em terras doadas por Luiz Vicente de Sousa Queiroz, começou a formação da futura Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo. Em 1922, 45 anos após a chegada dos trilhos da Companhia Ituana de Estradas de Ferro, Piracicaba passou a ter um ramal da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. 
No entanto, Piracicaba começou a entrar em uma longa estagnação e leve decadência, que atingiria a cidade durante boa parte do século XX. Com o fim do ciclo do café e a queda constante de preços do açúcar, a economia piracicabana começou a se estagnar. Na tentativa de reversão do cenário, a cidade tornou-se uma das primeiras a se industrializar no país, com a abertura de plantas fabris ligadas ao setor metalomecânico e de equipamentos destinados a produção de açúcar. A industrialização, ainda muito baseada no ciclo da cana-de-açúcar, impediu a queda maior da cidade, mas não a estagnação. A partir da segunda metade do século XX, a cidade passou a enfrentar mais uma dificuldade para o seu desenvolvimento: o crescimento da cidade de Campinas e seu entorno (atual Região Metropolitana de Campinas). 
A partir da década de 1970, foram tomadas iniciativas para alavancar a economia piracicabana. Foi construída a Rodovia do Açúcar, ligando a cidade à Rodovia Castelo Branco, o que serviria como uma nova rota de escoamento da produção, bem como garantia de manutenção da influência de Piracicaba na região de Capivari. A Rodovia Luiz de Queiroz é duplicada até a Rodovia Anhanguera, melhorando o acesso à cidade e a ligando com a principal rodovia do Interior de São Paulo. Foram criados distritos industriais e novas empresas chegam à cidade. Paralelamente, a criação do programa federal denominado Proálcool, que incentivava o uso automotivo de álcool combustível a partir da cana-de açúcar, modernizou o seu cultivo e ajudou a revigorar a produção canavieira. Outros projetos, porém, não foram realizados, como a Barragem de Santa Maria da Serra (destinada à retomada da navegação no Rio Piracicaba, o interligando com a Hidrovia Paraná-Tietê), o alcoolduto e a aproximação da Rodovia Anhanguera da cidade, por meio de um traçado paralelo (tal projeto se concretizou de forma diferente, com o prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes, porém passando por Santa Bárbara d'Oeste). Apesar disso, Piracicaba optou por diversificar sua economia, saindo do longo ciclo de estagnação e retomando o crescimento, recebendo diversos e pesados investimentos nas últimas duas décadas. 
O município vem registrando bons índices de desenvolvimento, recuperando áreas degradadas e apostando na biotecnologia e produtos de exportação para o seu desenvolvimento futuro. Em 2012, a cidade de Piracicaba tinha a segunda maior população e a terceira maior economia da Região Administrativa de Campinas (superada apenas por Campinas e Jundiaí), sendo um dos maiores polos de produção sucroalcooleira do mundo, além de contar com um importante centro industrial e diversas universidades de renome. 
Em 2012, o município recebeu a fábrica da Hyundai, gerando milhares de empregos e transformando a região, ampliando assim sua participação no setor industrial, passando a ser uma das mais significativas no interior do Estado de São Paulo. 

Economia 
A cidade é a quinta cidade do estado em valor de exportações. 
Até a década de 1950 a economia da cidade era totalmente dependente da agricultura, e isso, aliado ao grande desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), fez com que a cidade passasse por uma difícil situação financeira, mas a construção de rodovias e os investimentos em agroindústria ajudaram a reverter essa situação. O setor agrícola passou a se concentrar na produção sucroalcooleira. Além desta significativa atividade agrícola, Piracicaba tem um dos principais centros industriais da região e conta com diversas universidades. 
Setor primário - Apesar da pouca representatividade na economia municipal o município é considerado como um polo potencial para a agroindústria. A cana-de-açúcar sempre esteve ligada à economia da cidade. Na década de 1950 a cidade dependia essencialmente dela, e devido ao crescimento da cidade houve necessidade de investimentos para que houvesse mais emprego no município, havendo uma modernização no processo de colheita além de investimentos em biotecnologia.
Setor secundário - O destaque na cidade é para os setores metalúrgico, mecânico, têxtil, alimentício e combustíveis (produção de petroquímicos e de álcool). Da principal fonte de renda do setor primário, a cana-de-açúcar, se retira a matéria prima para fabricação do álcool e do etanol, sendo um dos maiores polos sucroalcooleiros do mundo. Estes setores passaram por um grande desenvolvimento durante o final da segunda metade do século XX, devido à necessidade de investimentos na economia municipal para combater o desemprego. 
Um dos principais parques industriais da região está situado em Piracicaba e também foi responsável em melhorar as condições de infraestrutura e emprego na cidade no final do século XX.[16] O distrito industrial Uninorte conta com 72 empresas associadas e quase 1 milhão de metros quadrados, estando situado ao lado do Anel Viário, o que faz com que esteja diretamente ligado às rodovias Anhanguera e dos Bandeirantes. 
Setor terciário - O comércio na cidade começou a desenvolver-se e apresentar-se mais representativo na economia municipal no decorrer da primeira metade do século XX. Em 1941 foi criada a Associação Profissional do Comércio Varejista, passando a sindicato em 1942, denominando-se desde então SINCOMÉRCIO Piracicaba, órgão que ajuda na coordenação do setor comercial na cidade. Na década de 1970 vem para o município o Serviço Social do Comércio (SESC) e na década de 80 é instalada em Piracicaba a unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).[67] 

Educação 
Dentre as 41 instituições de ensino médio, 46 pertenciam à rede pública estadual, 1 pertencia à rede municipal e 19 às redes particulares. 
A cidade possui também importantes centros universitários, destacando-se a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) e o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), ambos da Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) e a Faculdade de Tecnologia de Piracicaba (FATEC), além da Fundação Municipal de Ensino, mantenedora da Escola de Engenharia de Piracicaba e um campus do Instituto Federal de São Paulo. Outras faculdades particulares existentes na cidade são a Faculdade Dom Bosco e a Faculdade Anhanguera de Piracicaba. 

Ciência e tecnologia 
Como polo de desenvolvimento científico, o município atrai grande contingente de visitantes com interesse voltado para a tecnologia que se desenvolve. Várias instituições de ensino e pesquisa no campo de ciência e tecnologia de alta complexidade, algumas reconhecidas internacionalmente, têm sede ou representantes em Piracicaba, tais como a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (FOP), Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), e a Faculdade de Tecnologia de Piracicaba (FATEC), além das Faculdades Integradas Maria Imaculada, da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFSP). É considerado como um centro regional de formação profissional, havendo grande variedade e disponibilidade de vagas em cursos técnicos. 
Além das instituições acadêmicas, o município ainda conta com um grande parque tecnológico, o Parque Tecnológico de Piracicaba, com foco na área da informação tecnológica, ajudando na integração entre os centros de pesquisas, universidades e empresas, além de dar suporte ao desenvolvimento de atividades empresariais. Outra área de destaque é o setor da produção de biocombustíveis, sendo que a região é responsável por cerca de 65% da produção de equipamentos consumidos pelo setor sucroalcooleiro nacional. Destaca-se a produção de etanol, álcool e biodiesel, o que beneficia tanto os trabalhadores rurais quanto as instituições de pesquisa e biotecnologia. 

Cultura 
Artes cênicas - A cidade conta com vários espaços dedicados à realização de eventos culturais das áreas teatral e musical. O Teatro Municipal "Dr. Losso Netto" foi inaugurado em 19 de agosto de 1978, então denominado como Teatro Municipal de Piracicaba; somente em abril de 1993 passou a chamar-se como atualmente, em homenagem ao jornalista que ajudou no crescimento do setor jornalístico da cidade. Contando com duas grandes salas, possui infraestrutura para eventos diversificados, como apresentações de dança, música, teatro e palestras. O Teatro Unimep, pertencente à Universidade Metodista de Piracicaba, exibe variados espetáculos artísticos, produzidos pela comunidade acadêmica da Unimep e/ou outros grupos de arte do Brasil e do Mundo. 
A Biblioteca Pública Municipal "Ricardo Ferraz de Arruda Pinto" foi criada no dia 2 de maio de 1939, contando com um acervo de 837 livros, sendo uma das primeiras de todo o interior de São Paulo. Em fevereiro de 1989 passou a funcionar em outro endereço, porém somente em 2009 foi construída a sede própria, sendo que atualmente seu acervo é estimado em mais de 70 mil volumes e a área do novo prédio é de 2 770 m², contando com um anfiteatro, internet Wi-Fi, sala de vídeo, lan-house, hemeroteca, setor de microfilmagem e biblioteca infantil. A SEMAC conta ainda com seis centros culturais distribuídos pela cidade. Neles são realizados cursos, atividades relacionadas ao artesanato, música, dança e culinária. Estas atividades também são realizadas na Pinacoteca Municipal "Miguel Arcanjo Benício Assumpção Dutra", localizada no centro da cidade. 
A Secretaria de Cultura promove ainda diversos festivais e concursos, Festival Nacional de Teatro de Piracicaba (ENTEPIRA), com várias apresentações de dezenas de grupos teatrais diferentes, Festival Piracicabano de Dança (PIRADANÇA), promovendo apresentações concorrentes e convidadas em várias modalidades, tais como ballet, dança contemporânea, jazz, dança de rua, dança de Salão e danças folclóricas e étnicas, além do Encontro Nacional de Corais (ENACOPI) e do Sarau Literário. Dentre as festas tradicionais há: a Festa do Divino Espírito Santo, realizada desde 1826, a Festa do Milho Verde, com shows sertanejos e apresentação de conjuntos folclóricos, a Festa das Nações, com ambientação, pratos e bebidas típicas dos países representados, a Festa da Polenta, com objetivo de comemorar a imigração trentino-tirolesa para a cidade de Piracicaba, e a Festa de São João de Tupi, em estilo quadrilha, contando com shows musicais e sertanejos, fogueira e folguedos tradicionais, além de pratos e bebidas típicos, e a passagem de populares descalços sobre o braseiro. 
O Salão Internacional de Humor de Piracicaba é um festival de humor gráfico realizado anualmente desde 1974, no Engenho Central da cidade e que foi, inicialmente, uma forma de resistência de artistas gráficos contra a ditadura militar no Brasil. Atualmente o evento é considerado um dos salões mais importantes do mundo no universo das artes gráficas. A competição é dividida em quatro categorias neste salão de humor: cartum, charge, tiras e caricatura. 
Atrativos naturais e arquitetônicos - Além dos atrativos cênicos, Piracicaba ainda possui uma banda de monumentos históricos, atrativos naturais e lugares para visita. Às margens do Rio Piracicaba há: a Casa do Povoador, casarão de pau-a-pique construído no início do século XIX que simboliza a passagem dos bandeirantes pela região; o Parque do Mirante, construído em 1895, tendo visão privilegiada dos saltos dos rios; o Centro de Lazer do Trabalhador, situado em uma área de 60 mil m², com uma área verde e adequada para prática de esportes e que está anexa ao Parque da Rua do Porto, que tem 20 mil m² com lago, pistas para exercícios físicos, parques infantis e um teatro de arena. Dentro da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ) situa-se vários atrativos, tais como a Biblioteca da ESALQ, o Parque Professor Phillipe Westin Cabral de Vasconcelos, os espelhos d'água da ESALQ, a Lápide construída em frente ao prédio principal e os vitrais do salão nobre; a Praça José Bonifácio, construída em 1888, com plantio de mudas doadas pelos ilustres cidadãos da cidade à época; o Mercado Municipal, construído em 1882 e inaugurado em 5 de julho de 1888; o Mirante, construído no final do século XIX pelo Barão de Rezende às margens do Rio Piracicaba (o quiosque do Mirante foi construído entre os anos de 1906 e 1907) e que, em 1888, contou com a visita de Isabel do Brasil; o Colégio Piracicabano, inaugurado em 1881, como uma escola para a missionária americana Martha Watts; a Estação da Paulista, construída em 1902 , e que hoje conta como um imenso espaço para lazer; e um dos maiores patrimônios artísticos e religiosos da cidade, e o Passo do Senhor do Horto, construído em 1883 pelo artista Miguelzinho Dutra. 
A Secretaria da Ação Cultural da Prefeitura de Piracicaba (SEMAC) é a responsável por reger os espaços públicos culturais de Piracicaba, dentre eles os museus: o Museu da Água de Piracicaba retrata a história do sistema de captação e bombeamento de água no município, expondo bombas hidráulicas, hidrômetros antigos e painéis com fotos dos serviços prestados desde a primeira Estação de Captação e Bombeamento; o Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraismostra a casa de Prudente de Morais (terceiro presidente do Brasil), construída em 1870, além de contar a história da Revolução Constitucionalista de 1932; o Museu e Centro de Ciência, Educação e Artes "Luiz de Queiroz" faz parte da ESALQ, sendo a antiga casa de reitores e diretores da escola; o Engenho Central de Piracicaba, construído por Estêvão Ribeiro de Sousa Resende, o Barão de Rezende, em 1881, com o objetivo de substituir o trabalho escravo pelo assalariado e pela mecanização, porém vendido em 1899. Em 1974, foi desativado pela prefeitura e reconhecido como patrimônio histórico, passando a servir como importante espaço cultural, artístico e recreativo. 
No turismo rural, há os bairros de Santa Olímpia e Santana, fundados há mais de um século por imigrantes oriundos de Tirol(região de Trento, que, até 1919, pertenceu à Áustria e, atualmente, pertence à Itália). Outras áreas verdes de destaque são: o Horto Florestal de Tupi, área de conservação ambiental de 200 hectares que proporciona caminhadas em suas trilhas na mata; o Balneário de Ártemis, área para consumo de águas medicinais e banhos com águas sulfurosas; e o chamado Paraíso das Crianças, criado em 7 de Janeiro de 1976, onde são realizadas campanhas ambientais voltadas ao público infantil. Ele está localizado anexo ao Zoológico Municipal de Piracicaba, fundado em 18 de agosto de 1972, contando atualmente com cerca de 36 mil m² e aproximadamente 200 animais. 

Fonte do texto; Wikipédia