sexta-feira, 30 de agosto de 2019

São José dos Pinhais - Paraná

São José dos Pinhais é um município brasileiro do estado do Paraná, situado na Grande Curitiba.
Etimologia
De origem religiosa e geográfica. Homenageia ao santo padroeiro, São José, e aos extensos pinheirais que cobriam o território municipal. O termo José é de origem hebraica "Yosef", significando "Que Deus multiplique". Mais tarde foi latinizado e aos poucos ficou "Joseph". São José era carpinteiro em Nazaré e desempenhou papel de pai de Jesus. É padroeiro de todos os que trabalham a madeira.
História
A criação do município de São José dos Pinhais se deu através da Lei nº 10 da então província de São Paulo, no dia 16 de julho de 1852, na qual definia que a sede do município seria chamada Villa de São José dos Pinhais, sendo que o estabelecimento político, com a instalação da Câmara dos Vereadores ocorreu em 8 de janeiro de 1853. Em 27 de dezembro de 1897, a vila finalmente foi elevada à categoria de cidade.
Foi na cidade que o ex-presidente da república, Nereu Ramos, morreu em um acidente aéreo, na Colônia Murici. É também a cidade onde nasceu Ana Paula Caldeira, o primeiro bebê-de-proveta do Brasil.
Geografia
A altitude é de 906 metros, na sede municipal. O relevo do município é formado pelo talvegue do Iguaçu a oeste e pela serra do Mar a leste, com altitudes que oscilam entre 200 m e 1.300 m. São José dos Pinhais está localizada entre o Primeiro Planalto Paranaense e a Serra do Mar.
Na época do Descobrimento do Brasil, em 1500, o município era coberto por formações vegetais originais: estepe gramíneo lenhosa, floresta ombrófila mista e floresta ombrófila densa. A argila constitui a principal riqueza natural do município.
O município é todo cortado de ribeirões e córregos. Seu principal acidente geográfico, porém, é o rio Iguaçu, cuja nascente se verifica no município vizinho de Piraquara e lhe serve de limite com o município de Curitiba.
Clima
São José dos Pinhais possui um clima subtropical úmido tipo Cfb, com temperatura média anual de 20 °C.
Devido à altitude, a cidade possui grande variações na temperatura (cerca de 11 °C por dia), além de grandes mudanças no clima em pouco tempo, como em setembro de 2006, quando a temperatura era de 1 °C no dia 7 e três dias depois ela subiu para 33 °C. No verão, a temperatura máxima geralmente supera os 30 °C, podendo atingir os 35 °C, mas à noite a temperatura cai muito: cerca de 15 °C. A temperatura média no verão é de 22 °C.
Economia
São José dos Pinhais possui uma economia influenciada pela presença do Aeroporto Internacional Afonso Pena, e de grandes fábricas de autopeças, que vieram juntamente com a instalação de das montadoras de automóveis, bem como suas fornecedoras. É o terceiro polo automotivo do Brasil, abrigando montadoras da Volkswagen, Audi, Nissan e Renault. A cidade também é sede da famosa rede de perfumes e cosméticos O Boticário e a empresa de alimentos Nutrimental.
O comércio de São José dos Pinhais é autônomo em relação à capital, distante do centro da cidade apenas 10 km, com grandes supermercados, shopping center e enorme variedade de lojas, que concentra-se especialmente nas mediações da rua XV de Novembro, desde a ampla Praça da Matriz até encontrar-se com a BR376.
A agricultura também é destaque, sendo São José dos Pinhais o maior produtor de olerícolas da região e principal fornecedor do CEASA de Curitiba.
Shopping São José
O Shopping São José foi inaugurado em Setembro de 2008 conta com mais de 150 lojas e 5 salas de cinemas multiplex, da rede Cinemark. O Shopping já se tornou referência na cidade por seus eventos voltados às crianças.
Turismo
São José dos Pinhais possui alguns pontos para a visitação, sendo:
Praça Verbo Divino - É a maior praça de São José dos Pinhais, nunca está fechada e a entrada é gratuita. A praça contém uma pista de skate, quadra de futebol de areia, parques infantis simples (balanço, gangorra e escorregador), academia ao ar livre para a 3ª idade, e locais para caminhar. Nos feriados, a praça contém mais brinquedos infantis; várias barracas que vendem objetos comuns, comidas e objetos mais raros de encontrar.Às Terças-feira tem a feira da noite que vende desde frutas e verduras à comidas e lanches. Está localizado na esquina da rua Dr. Claudino dos Santos e Dr. Veríssimo Marques.
Praça Getúlio Vargas - Praça localizada na Rua XV de Novembro no centro da cidade. Até o começo de 2011, a praça abrigou o terminal urbano central. Com a mudança do local das paradas de ônibus a praça passou por um processo de revitalização, entre eles, a reforma do monumento de destaque: A antiga caixa d'água. O ponto de visitação recebeu melhorias como: troca de piso, arborização, bancos, parque infantil, iluminação especial para a caixa d'água, módulo da guarda municipal, espelho d'água e chafariz. Revitalização entregue em 2012.
Caminho do Vinho e Festa do Vinho - O Caminho do Vinho é uma rota rural com mais de 30 produtores de vinho em São José dos Pinhais, localizada na Colônia do Mergulhão, funciona durante o ano todo fornecendo vinhos, queijos e doces de diversos tipos, a culminância do Caminho do Vinho dá-se na Festa do Vinho, em que o turista é recepcionado por estudantes de turismo locais e moradores da região trajados tipicamente como italianos. A festa acontece anualmente em Agosto.
Casa do Papai Noel - A casa do Papai Noel fica aberta no mês de Dezembro, variando de ano a ano a data de início e término, todos os dias. Nela há várias lojas que vendem enfeites natalinos, parque para as crianças, pequenas praças e a casa do Papai Noel, que é onde as crianças pedem seus presentes. Está localizado longe do centro da cidade, perto da Avenida Rui Barbosa.
Rio de Una - Conhecido pelo hotel "La Dulce Vita", este lugar fica na divisa de São José dos Pinhais e de Tijucas do Sul.
Parque de São José dos Pinhais - É um espaço verde, pertencente à prefeitura municipal, criado em 2011. É o primeiro parque do município, com a característica esportiva. Fica às margens do rio Iguaçu e possui diversos espaços para caminhada/corrida, prática e esportes, parquinho infantil, local para exercícios de cães e lagos para pesca.
Eventos
Carnaval de Bonecos - Acontece sempre uma semana antes do Carnaval com tradicional desfile dos bonecos da cidade, os bonecos geralmente desfilam também em Antonina na semana de Carnaval.
Festa da Cidade e Festa do Pinhão - Já participaram dos grandes roteiros de Tchê Garotos, Raimundos, Os Serranos e outros grupos musicais de grande reputação nacional.
Festa da Colheita, da Murici, do Morango - São grandes festas que agitam a região das colônias com muita comida e tradição das colônias europeias que por lá vivem.
Educação
Possui diversas instituições de ensino superior, como: PUC - Campus 2, a Faculdade das Indústrias - FAMEC e a FAE.
Referência para o texto: Wikipédia.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Canoas - Rio Grande do Sul

Canoas é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, pertencente à mesorregião Metropolitana de Porto Alegre e à microrregião de Porto Alegre. Foi emancipado das cidades de São Sebastião do Caí e Gravataí em 1939, e seu nome tem origem da confecção de canoas em seu território, no início de seu povoamento, mais precisamente depois da construção da estação férrea local em 1874. O município é o maior da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Etimologia
Durante a construção da estrada de ferro que ligava Porto Alegre a São Leopoldo, inaugurada em 1874, uma timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) foi aproveitada na antiga fazenda de Gravataí para construir embarcações. O lugar passou a ser chamado de Capão das Canoas, e deu origem ao nome do povoado. Ela também é a árvore símbolo do município.
História
A área onde hoje se localiza o município de Canoas era habitada pelos índios Tapes, quando em 1725 chegaram à região os tropeiros lagunistas e com eles o povoador e conquistador Francisco Pinto Bandeira. Em 1733 ele ocupou as terras e criou a Fazenda Gravataí, que foi herdada por Leonardo Arnhold da Rosa e mais tarde por Josefa Eufália de Azevedo (A Brigadeira). Posteriormente essas terras foram repartidas e vendidas.
Em 1871 a construção da estrada de ferro que ligaria São Leopoldo a Porto Alegre tem início. O primeiro trecho da ferrovia foi inaugurado em 1874 e na atual área de Canoas foi construída uma estação. O povoamento da região iniciou em torno desta estação férrea, que ficava no centro da Fazenda Gravataí.
Os homens da guarda da estação utilizaram uma grande árvore na construção de uma canoa para o serviço da sede, situada às margens do rio dos Sinos. Outras canoas foram feitas com árvores do mato que havia no local que, por esse motivo, ficou conhecido como Capão das Canoas, o que originou o nome da estação, do povoado e, posteriormente, do município.
O major Vicente Ferrer da Silva Freire, proprietário da Fazenda Gravataí na ocasião, aproveitou a viação férrea para transformar suas terras em um lote de chácaras de veraneio, que ele pôs à venda. Ponto de referência obrigatório, o local passou a ser designado como Capão das Canoas. Logo, as grandes fazendas foram perdendo espaço para as pequenas propriedades, chácaras e granjas.
Em 1908, Canoas foi elevada a Capela Curada. No mesmo ano vieram os irmãos Lassalistas e criaram uma escola agrícola, de ensino primário e de ensino secundário no centro da cidade. Em 1937, foi criada o 3º Regimento de Aviação Militar (RAV), hoje o 5º Comando Aéreo Regional (V Comar), isto foi decisivo para que ocorresse a emancipação do município. Victor Hugo Ludwig levou ao general Flores da Cunha, interventor federal no estado, as razões da emancipação.
A emancipação de Canoas ocorreria somente em 27 de junho de 1939. No dia 20 de março de 1992, a cidade perdeu seu 2º Distrito que, emancipado, se tornou o município de Nova Santa Rita.
A partir dos anos 1970, a economia e a população cresceram muito rapidamente. Pouco tempo depois a cidade já era grande, e hoje é a segunda maior economia do estado.
Símbolos oficiais
O Brasão de Canoas é o símbolo oficial de Canoas. Foi elaborado por João Palma da Silva e instituído pela Lei Municipal nº 824, de 10 de dezembro de 1963, na administração do prefeito Coronel José João de Medeiros. Seu símbolo central, a engrenagem, representa a força da indústria no município, as canoas na parte de cima dão o nome do município e a faixa na parte de baixo representa as cores do Rio Grande do Sul.
O Hino do Município de Canoas é o hino oficial de Canoas. Tem letra de Wilson Dantur e música de Pedro Reinaldo Klein. Tornou-se o hino oficial através da Lei Municipal nº 986 de 24 de junho de 1965.
A Bandeira de Canoas é a bandeira oficial de Canoas. Foi adotada na gestão do prefeito Geraldo Gilberto Ludwig. O verde e o amarelo representam o Brasil, e o vermelho representa o sangue que foi dado em nome da liberdade do Rio Grande do Sul.
Clima
O clima do município é subtropical e temperado. A média anual das temperaturas máximas é de 24 °C e a média das temperaturas mínimas é de 15 °C. A temperatura de Canoas é bem semelhante à de Porto Alegre.
Meio Ambiente
O plano de gestão ambiental, além de cadastrar e conceder licença para combater atividades poluidoras, tem como atribuição preservar, recuperar e executar o manejo das áreas verdes urbanas como parques, jardins e praças. Também exerce o poder da polícia para o cumprimento da legislação. A SEMPA está localizada no Parque Getúlio Vargas (Capão do Corvo). A SEMPA atua também na Praia da Paquetá, ajudando a retirar o lixo e tornando o lugar o maior ponto turístico natural do município.
Hoje o município desenvolve o programa Canoas, te quero verde, para chamar a atenção de estudantes e grupos organizados em visitações técnicas, para a necessidade da preservação do meio ambiente.
Economia
A economia de Canoas é bem desenvolvida. O setor de Serviços (que inclui Administração Pública) é o que mais contribui para o PIB canoense, a cidade possuí uma economia muito diversificada. O Comércio (categorizado dentro do Setor de Serviços) também contribui para o PIB, com diversas lojas e shoppings na parte central da cidade. A Indústria e a Agricultura complementam o PIB.
Canoas foi escolhida como cidade estratégica do gás natural. O gás que vem da Bolívia termina na Usina Termoelétrica Sepé Tiaraju concentrada ao lado da Refap e o primeiro posto licenciado para a comercialização de GNV no Rio Grande do Sul foi o de Canoas, localizado no bairro Igara. Assim como a primeira instaladora de gás natural veicular do Rio Grande do Sul, também localizada no bairro Igara, a Carbuflex.
Comércio
O comércio do município contava com 7,46 mil estabelecimentos comerciais em 2015, com ampla variedade e grande participação no mercado da Região Metropolitana.
O município abriga diversos centros comerciais, como o Conjunto Comercial Canoas (CCC), um dos mais importantes do município, que, durante um período, acabou sendo locado e transformado improvisadamente em sede da Administração Municipal, lá estando os gabinetes do Prefeito, do Vice-Prefeito e de diversas Secretarias Municipais. Atualmente, entretanto, estes órgãos deixaram o CCC. Comercialmente, apenas os pisos térreo e o subsolo abrigam algumas lojas.
Existem ainda o ParkShopping Canoas (o maior do município com 264 lojas), Canoas Shopping (220 lojas), o Shopping Via Porcello, o Calçadão da Rua Tiradentes que, por decreto municipal, foi transformado em "camelódromo".
No município também se encontram os supermercados Zaffari Bourbon, Carrefour, BIG, Nacional e outros de menor expressão. No âmbito do intercâmbio comercial, exporta óleo de soja, máquinas, implementos agrícolas, condicionadores de ar e interruptores elétricos. Além disso, o município importa grãos de soja e trigo, chapas e barras de ferro.
Agricultura
A agricultura na cidade não é tão importante como no passado. Mesmo assim ainda se produz produtos agrícolas em grandes quantidades, o arroz canoense é plantado em uma área de 800 hectares.
Indústria
O parque industrial de Canoas é um dos maiores e mais importantes do Estado. Pequenas, médias e grandes empresas fabricam no município os mais variados produtos, desde máquinas pesadas até os mais delicados instrumentos cirúrgicos.
Entre as indústrias e empresas localizadas no município estão: IKRO, Iriel, (adquirida recentemente pelo Grupo Siemens), Perdigão, AGCO Massey Ferguson, International Engines, Tec-Master, Midea Carrier (antiga Springer), Forjasul (divisão da Tramontina) e a Refinaria Alberto Pasqualini(Petrobras e Repsol YPF). A REFAP contribui diretamente para o PIB do município.
Educação
Canoas possui, atualmente, o segundo maior pólo de ensino do Rio Grande do Sul. As escolas são encontradas em todos os bairros, por isso a qualidade de ensino no município é uma das melhores do estado, segundo avaliação do MEC.
O município é um pólo de ensino porque nele estão concentradas duas universidades; a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), A Universidade Lasalle (Unilasalle); o Instituto Federal Câmpus Canoas, com cursos técnicos integrados ao ensino médio e cursos superiores gratuitos; dois centros universitários;e o Centro Universitário Ritter dos Reis (Uniritter).
Cultura
A cultura vem se desenvolvendo há pouco tempo na cidade. As atividades culturais ocorrem principalmente no sábado e no domingo. Cada bairro, com exceção da Ilha das Garças, tem seu próprio monumento ou uma praça simbólica, às vezes feitas até por moradores locais. O movimento cultural mais popular do município é a festa de Nossa Senhora do Caravaggio quando se reúnem milhares de fiéis nas ruas para comemorar o dia da santa.
Outros acontecimentos do município também atraem muitos visitantes, como o Carnaval, o Encontro dos Corais, a Feira do Livro, o Festival de Ginástica e Dança.
A Fundação Cultural de Canoas foi criada para preservar e promover a cultura no município e resgatar a cultura do povo canoense. Com a criação da Trensurb, a perda da identidade histórica do município era iminente, por isso no dia foi 20 de novembro de 1984 ela foi criada. O prédio foi cedido em consequência de um contrato entre a Prefeitura Municipal e o Trensurb. A partir desta data começaram as atividades nas áreas de Literatura, Artes Plásticas, Teatro e Cinema, Folclore, Música e Dança. Na nova Lei Orgânica, a Prefeitura cedeu verbas para que um capítulo importante do município não fosse perdido. Mas em 15 de abril de 2009 foi extinta dando lugar a Associação Cultural de Canoas - ASCCAN que tem por finalidade preservar e promover a fruição cultural através do apoio de associados, comunidade e parcerias com o público e privado. Hoje a ASCCAN realiza cursos de pintura e desenho, aulas de violão, guitarra, cavaquinho, danças entre outras atividades. O município promove Concurso de Literatura, que têm como objetivo premiar autores do município de outras regiões do Brasil e dos países que falam a língua portuguesa. O concurso abrange temas como conto, crônicas e poesias. Também ocorre a Feira do Livro.
Canoas também dispõe de algumas bibliotecas para pesquisas, sendo três as mais importantes: Biblioteca Pública Municipal João Palma da Silva (localizada em novo endereço desde maio de 2009, Rua Ipiranga, 105), Biblioteca Martinho Lutero (Ulbra) e a Biblioteca da Unilasalle. Existem no município nove CTGs, que incentivam a prática das tradições do Rio Grande do Sul no município. Os principais centros de tradições são o CTG Brasão do Rio Grande, a GPF Aldebarã, o CTG Mata Nativa, a DTG Morada de Guapos, a DTG Periquitos Amadores do Chasque, a GAG Piazitos do Sul, o CCT Rancho Crioulo, o CTG Raízes da Tradição e o CTG Sentinela do Rio Grande.
O teatro ainda vem se desenvolvendo lentamente, apesar de Canoas abrigar a AGTB (Associação Gaúcha de Teatro de Bonecos). A Fundação Cultural promove a Amostra de Cine-Vídeo de Canoas, com o objetivo de estimular o talento e a criatividade de profissionais e amadores que produzem cinema e vídeo no município. Dos filmes da última edição da amostra podem-se citar a Casa do Poeta de Canoas, de Maria Riggo; Os Donos da Ladeira, de Cláudio Piedras; Summertime, de Cláudio Piedras; Não Tem Preço, de Marcos Vinícius Cardoso Ribeiro; Siglas do Golpe, de Antônio Jesus Pfeil e Perturbação, de Cláudia Ávila.
O município oferece vários museus, que abrangem diversas áreas e assuntos, para pesquisa e visualização. Na semana nacional do museu o evento atrai um grande número de pessoas ao Museu Municipal do município e a atração mais procurada é a História do município. O público também se interessa pelo município desde sua urbanização até os dias atuais. Eis alguns museus presentes no município: Museu de Ciências Naturais (Unilasalle), Museu e Arquivo Histórico La Salle, Museu Dr. Sezefredo Azambuja Vieira (Museu Histórico de Canoas). Antigamente existia também o Museu da Tecnologia da ULBRA, que era o maior museu da América Latina, mas este foi fechado após a crise financeira da universidade dando lugar a uma incubadora de novas empresas, a ULBRATECH.
O projeto Canta Brasil, no Mathias Velho, promove a dança e a música para jovens do bairro e sem nenhum custo. O projeto cultural já está sendo reconhecido na região.
O Carnaval de Canoas é um evento bastante conhecido na região e a partir de 2008 será um evento oficial e com o apoio da prefeitura. O carnaval sempre atrai um grande número de pessoas do município. Canoas município possui ainda um sambódromo, localizado no Parque Esportivo Eduardo Gomes, onde as escolas do município se reúnem para o desfile. São onze as escolas de samba que participam do desfile no município: Acadêmicos da Grande Rio Branco, Acadêmicos de Niterói, Estado Maior da Rio Branco, Guardiões do Bom Sucesso, Imperatriz da Grande Niterói, Império da Mathias, Nenê da Harmonia, Nossas Raízes, Os Tártaros, Rosa Dourada e a Unidos do Guajuviras.
Canoas possui um número razoável de áreas de lazer para oferecer aos seus habitantes. O município possui grandes parques e muitas praças (cerca de 113), mas nos bairros mais pobres ainda existe uma necessidade muito grande de locais que proporcionem lazer a sua população. O feriado municipal de Canoas é em Janeiro e é comemorada a Nossa Senhora dos Navegantes.
Entre os principais centros de lazer do município, estão os seguintes: Parque Municipal Getúlio Vargas (Capão do Corvo), Parque Esportivo Eduardo Gomes (Parcão), Centro Olímpico Municipal e outros diversos. No interior do Parque Getúlio Vargas se localiza o Jardim Zoológico Municipal de Canoas (Minizoo).
Pontos turísticos
O turismo em Canoas é mais voltado para a cultura do que para natureza. São inúmeros os monumentos e praças do município que, em sua maioria, foram fundados entre 1890 a 1960. A seguir estão os mais importantes:
Praça do Avião - A Praça do Avião ou Praça Santos Dumont é o ponto mais famoso do município de Canoas. No local, um avião de fabricação inglesa F-8 Gloster Meteor, sustentado por um suporte de concreto armado, faz uma homenagem à importância da Aeronáutica para o desenvolvimento municipal. Inaugurado em 22 de janeiro de 1968, o monumento foi oferecido à comunidade pela Força Aérea Brasileira.
Parque Getúlio Vargas - O Parque Getúlio Vargas conhecido popularmente como Capão do Corvo é uma área de preservação da natureza. Nessa área também se encontra o zoológico de Canoas que foi feito pelo projeto Canoas, te quero verde. O parque, inaugurado no dia 13 de dezembro de 1980, serve para a população fazer uma caminhada ambiental em uma das poucas áreas onde a natureza foi poupada da ação do homem no município.
Catedral de São Luiz Gonzaga - Em estilo eclético com predominância de detalhes neogóticos. Comporta belíssimos vitrais e um crucifixo esculpido em madeira no altar principal.
Igreja Luterana do Brasil - O pequeno templo apresenta uma arquitetura contemporânea e arrojada.
Fundação Cultural de Canoas - Sediada na antiga estação ferroviária, às margens dos trilhos da Trensurb.
Casa dos Rosa (Canoas) - A Casa dos Rosa (Canoas) foi construída no inicio dos anos 1900, sendo a construção mais antiga da cidade. A urbanização de Canoas se deu a partir da transformação de grandes áreas de terras da Fazenda do Gravataí, adquiridas por abastadas famílias de Porto Alegre. O lote número 1 foi adquirido por Antônio Lourenço Rosa, em 27 de junho de 1894. Durante sua história, o imóvel sofreu dois incêndios que quase destruíram a residência.
A Antiga Estação do Trem foi construída em 1934, substituindo a parada de trens originalmente construída em 1874, por ocasião da linha que ligava São Leopoldo a Porto Alegre. Tombada em 2010, durante anos abrigou a Fundação Cultural de Canoas.
Em 2016, a sua reforma foi finalizada e ela se tornou o Parque dos Rosa, com O Museu Municipal Parque dos Rosa sendo a antiga casa agora reformada. Com uma área de 456,37m², ela se localiza na Av. Vítor Barreto, 2186-Centro, Canoas - RS, 92010-000.
Villa Mimosa - Importante construção histórica, em estilo eclético.
Base Aérea de Canoas - A Base Aérea de Canoas - BACO ou Aeroporto de Canoas é uma base da Força Aérea Brasileira localizada no município de Canoas. Na base atuam o Esquadrão Pampa com os caças supersônicos F-5E (Northrop F-5E Tiger II) e algumas aeronaves de caça do tipo Embraer EMB-312 Tucano.
Canoas Shopping - O Canoas Shopping foi criado em 29 de Abril de 1998 e recebe mais de um milhão de visitantes ao mês. O Cinemark possui 11 salas de cinemas instaladas, com muito espaço. Dentro do shopping existe uma grande quantidade de lojas e produtos. Inaugurado em 29 de Abril de 1998, o Canoas Shopping possui uma área bruta construída de 90,9 mil metros quadrados e mais de 230 lojas. É o maior shopping center da região metropolitana e um dos maiores do Rio Grande do Sul.
Praia da Paquetá - Praia da Paquetá é uma praia recém recuperada pela poluição das águas do rio Gravataí. Ainda é um local impróprio para o banho. Em 1890 a praia do município de Canoas era um ponto de veraneio para muitos, mas acabou sendo poluída em 1950 com o aumento da população. É o lugar natural mais bonito do município.
Taças da Corsan - Na Rua XV de Janeiro existem quatro reservatórios de água com uma arquitetura arrojada feita pela Corsan (Companhia Rio-grandense de Saneamento).
Referência para o texto: Wilipédia.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Praia Grande - São Paulo

Praia Grande é um município na Região Metropolitana da Baixada Santista, estado de São Paulo, Brasil.
A cidade de Praia Grande tem uma das praias mais movimentadas do Brasil, tendo sido eleita pelo Ministério do Turismo como a 4ª cidade que mais recebe turistas no país durante a temporada de verão, depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. Na alta temporada, recebe cerca de 1,86 milhão de turistas (mais de cinco vezes a sua população fixa, que também vem se expandindo depressa: com crescimento de 56 000 habitantes entre 2000 e 2009, Praia Grande recebeu o título de "a cidade que mais cresce no Brasil").
Praia Grande é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo governo paulista, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Existem outros municípios, que não sendo estâncias balneárias, ainda assim são estâncias turísticas. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado, através do Departamento de Apoio às Estâncias do Estado de São Paulo, para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar, junto a seu nome, o título de "estância balneária", termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
História
Até a chegada dos portugueses, no século XVI, as terras do atual município eram habitadas pelos índios tupiniquins. A região foi uma das primeiras colonizadas pelos portugueses no Brasil. Tal colonização se iniciou com a chegada de Martim Afonso em 1532. A primeira vila fundada pelo explorador, enviado pela coroa portuguesa, foi justamente a de São Vicente, de que Praia Grande foi parte até 1967.
Depois da emancipação, a cidade acelerou levemente o ritmo de crescimento experimentado desde a década de 1950, ganhando maior qualidade em seus serviços públicos, dada a proximidade do poder municipal com a realidade da população local. Na década de 1980, a cidade ganhou novo impulso para seu crescimento, com a inauguração da Ponte do Mar Pequeno (no trecho final da Rodovia dos Imigrantes), ligando a ilha de São Vicente à cidade, e resolvendo dois problemas de uma só vez: além de desafogar o trânsito na saturada Ponte Pênsil, a cidade ganhava uma ligação direta à capital, sem a necessidade de se passar pelas cidades de Santos e São Vicente, a fim de acessar a Via Anchieta, então a única opção para se chegar à capital. Assim, Praia Grande passou a ser o balneário mais próximo da capital.
No entanto, esta facilidade de acesso trouxe grandes inconvenientes, que viriam a ser solucionados a partir de 1993, quando a cidade iniciou uma verdadeira revolução: o sistema de transportes foi totalmente remodelado, mais de 90 por cento das ruas foi pavimentada, o esgoto iniciou uma expansão em coleta, sendo tratado e arremessado a mais de 3 quilômetros da costa, a orla da praia e os principais pontos turísticos foram totalmente reurbanizados, proibiu-se a entrada de ônibus de excursões sem prévia licença da prefeitura, o sistema viário foi totalmente revisto e readequado, em intervenções que ocorreram até 2006.
Geografia
Praia Grande tem divisa com os municípios de São Vicente (nordeste) e Mongaguá (oeste). Existem ainda limites marítimos com os municípios de Santos (Nordeste) e Guarujá (Leste), nas águas da Baía de Santos, que banha o extremo leste da cidade e se une ao Mar Pequeno através do Estreito do Morro dos Barbosas, onde fica a Ponte Pênsil.
O Rio Piaçabuçu, que nasce no centro geográfico da cidade (e serve de divisa com o município de São Vicente) desemboca no Mar Pequeno, transformando toda a Zona Leste de Praia Grande em uma península. O norte, noroeste e parte do oeste da cidade é serrano, onde a altura aumenta em direção ao norte, onde fica o planalto da capital. O restante da cidade é planície litorânea.
Praias e balneários
Com 22,5 quilômetros de extensão, a costa de Praia Grande é diversas praias. Seu interior contém alguns mangues. As praias e balneários são: Praia do Forte; Praia do Canto do Forte; Praia do Boqueirão; Praia da Guilhermina; Praia da Aviação; Praia da Tupi; Praia do Ocian; Praia da Vila Mirim; Praia do Caiçara; Praia do Real; Praia do Flórida; Praia de Solemar; Balneário Flórida; Balneário Paquetá; Balneário Maracanã e Balneário Intermares (Portinho).
Clima
O clima de Praia Grande é o subtropical úmido, sem meses secos, com verões quentes e invernos brandos, sendo o mês mais quente Janeiro, com uma média de 25 graus centígrados e o mais frio é julho, com uma média de 19 graus centígrados.
Demografia
Até o início da década de 1990, a maior parte dos habitantes de Praia Grande morava junto à praia, concentrada principalmente na região compreendida entre a praia do Boqueirão, onde está localizado o centro da cidade, e a praia do Ocian. No entanto, a partir do meio dos anos 1990, o boom da construção civil, ocorrido graças a uma série de obras de infraestrutura, paisagismo e urbanização, que até então eram demasiadamente precários, acabou atraindo milhares de famílias para o município, em busca dos empregos oferecidos pelas empreiteiras e construtoras, causando um imenso inchaço populacional na região compreendida entre a atual Via Expressa Sul, a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega e a Serra do Mar, criando bairros periféricos, como Jardim Quietude, Ribeirópolis, Jardim Samambaia, entre outros. Hoje, já estão todos em via de urbanização, com escolas, creches, transporte público e pavimentação em grande parte de suas ruas, além de futuros investimentos de porte feitos pela prefeitura nesses locais, como os 16 milhões de reais que serão investidos no bairro periférico Glória, em sua completa reurbanização.
Economia
A economia da cidade está baseada na prestação de serviços, comércio e turismo. Na prestação de serviços a cidade lidera na Baixada Santista em número de formalizações de Microempreendedores Individuais (MEI) e está entre as com melhor desempenho do Estado. Se destacam laboratórios, profissionais liberais, serviços estéticos, empreiteiras e autônomos.
No comércio, se destacam vias como as avenidas Presidente Kennedy, Presidente Costa e Silva, Marechal Mallet, Vicente de Carvalho, Ayrton Senna da Silva, Avenida dos Trabalhadores, Presidente Castelo Branco e Milton Daniels, além das marginais da Via Expressa Sul (Avs. Ministro Marcos Freire e Roberto de Almeida Vinhas.
No turismo as praias são obviamente o principal destino, mas a cidade conta com diversas opções de biomas (rios, mangues, cachoeiras e região serrana), uma vasta história militar (Fortaleza de Itaipú, Aeroclube de Praia Grande, ruínas de bombardeios sofridos na revolução de 32), a maior concentração de colônia de férias da América Latina (Avenida dos Sindicatos, com 10.000 leitos distribuídos em 55 colônias) e atrações artísticas e culturais (Palácio das Artes).
Diferentemente de grande parte dos municípios brasileiros, Praia Grande não possui um bairro denominado "Centro", mas sim quatro centros comerciais, explicado em parte por sua extensa área urbana: Boqueirão (em conjunto com Forte, Intermares, Tude Bastos e Guilhermina, é o maior, mais completo e serve de motor econômico do município); Cidade Ocian (segundo maior centro, é o que mais cresce e desde a entrega da obra de ampliação do viaduto 6 da Via Expressa Sul em 2011, está em processo de fusão com o centro do Quietude); Vila Caiçara (concentra comércios e serviços da Zona Sul da cidade) e Quietude (localizado na periferia, é formado na sua maior parte por comércio popular, prestação de serviços e MEI's).
As atividades industriais, ainda tímidas, estão começando a ser exploradas com a implantação do Complexo Empresarial Andaraguá. O complexo é um condomínio industrial contruído nas margens da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega que vai contar com 212 galpões, linha férrea e pista para aviões de carga. As obras de instalação começaram em novembro de 2017, com previsão de dois anos para início das operações e dez para conclusão total. O Complexo Andaraguá irá complementar as atividades do Pólo Industrial de Cubatão e do Porto de Santos, gerando mais de 15.000 vagas de trabalho e recebendo industrias voltadas à área de tecnologia, químicas e bioquímicas, farmacêuticas e de automóveis.
Educação
Praia Grande possuía, em 2008, 137 unidades de ensino, sendo 62 escolas municipais, 24 escolas estaduais e 51 escolas particulares. Nas unidades municipais, é desenvolvido o programa SuperEscola, onde os alunos têm os horários fora do período escolar preenchidos com atividades esportivas e culturais, como ginástica artística, natação, navegação, surfe, atletismo, teatro, música, dança, entre outras. As unidades estaduais participam do Programa Escola da Família, que disponibiliza a estrutura da escola nos fins de semana para a comunidade, desenvolvendo diversas atividades também.[carece de fontes] Todos os anos, no mês de setembro, acontecem os jogos escolares, onde todas as escolas competem entre si em diversas modalidades, com direito a premiação e medalhas.
Cultura e arte
A cidade de Praia Grande conta desde setembro de 2008 com o Palácio das Artes, onde se localizam o Teatro Municipal Serafim Gonzalez, o Museu da Cidade, o Foyer Graziela Diaz Sterque, a Galeria de Artes Nilton Zanotti, um auditório e a sede da Secretaria da Cultura do município, onde há aulas de musicalização, teatro, violão, percussão e canto. Todos os anos é realizado dentro da programação especial de fim de ano o Coral de Natal na sacada do Palácio das Artes.
Referência para o texto: Wikipédia.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Guarujá - São Paulo

Guarujá é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se na microrregião de Santos, na Região Metropolitana da Baixada Santista.
Atualmente, a cidade de Guarujá é conhecida como a "Pérola do Atlântico", devido às suas belas praias e belezas naturais. Muito procurada pelos turistas na alta temporada, a cidade conta com praias urbanizadas e algumas selvagens, acessíveis apenas por trilhas. Além do litoral, Guarujá oferece construções históricas e trilhas de ecoturismo. Outra atração local é a pesca artesanal, que pode ser vista e praticada em diversas praias do município ao longo de sua orla.
Guarujá é um dos quinze municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Topônimo
Na sua História de Santos, (2ª edição, 1996, Ed. Caudex, São Vicente/SV), o pesquisador Francisco Martins dos Santos relaciona os significados de diversos topônimos relacionados com Guarujá: Guarujá - Corruptela de Gu-ár-yyâ "abertura de um lado a outro", de Gu recíproco - Ár "ladear", Yâ "abrir, gretar, fender, rachar", precedido de Y - relativo. Os verbos Ár e Yâ, estando no infinitivo sem caso (como cita Mendes de Almeida), significam a ação geral: "lado" e "abertura" - aludindo ao antigo aglomerado de rochedos, conhecido por "sala de pedras", que separava a atual Praia das Pitangueiras da praia de Guarujá (atual Praia das Astúrias), propriamente dita, e onde havia um furo ou passagem apertada, entre o grande bloco de rochas, produzindo pela própria natureza, permitindo a comunicação entre as duas praias, por baixo. Esse monumento natural, aliás, que nos aparece ainda hoje, em telas e fotografias, foi arrasado ou destruído, por duas vezes, por antigos prefeitos, em sua faina urbanizadora...
No entanto, para alguns o significado do nome da cidade Guarujá (GU-AR-Y-YA) significa ”passagem estreita”; para outros a definição para Guarujá, que é GUARU-YA, que em português seria ”viveiro de rã ou sapos.
História
Povos indígenas
A Ilha de Santo Amaro surge em sua atual forma no final da Era Glacial, entre 20 e 123 mil anos, quando o Canal de Bertioga e o Estuário de Santos são abertos com a contínua elevação do nível do Oceano Atlântico e criam a atual ilha, a separando do continente.
Os primeiros habitantes foram os homens dos sambaquis, grupo humano seminômade que habitou o litoral sul/sudeste brasileiro após o final da Era Glacial. Este povo vivia da coleta de moluscos, conchas, mexilhões e demais alimentos marinhos, bem como alimentos vegetais e caça de pequenos animais e peixes. Não conheciam a agricultura e seu único registro conhecido são os montes de restos de conchas espalhados pelo litoral, chamados de sambaquis. Em Guarujá, foram localizados sambaquis nas praias da Ilha do Mar Casado e Pernambuco.
Após a era dos sambaquis, a ilha passa a ser visitada por grupos tupi, que deram o primeiro nome à ilha: Guaibê (lugar de caranguejos) e também Guaru-ya (passagem estreita). Os tupis não habitaram a ilha, permanecendo no entorno da Serra do Mar e no Planalto Paulista, mas utilizavam a ilha para a colheita de sal e pesca.
Colonização portuguesa
Em 22 de janeiro de 1502, os primeiros europeus pisaram na ilha. André Gonçalves e Américo Vespúcio aportaram na praia de Santa Cruz dos Navegantes, depois seguindo viagem à ilha de São Vicente.
A ilha, pantanosa e acidentada, não atrai a atenção dos colonizadores portugueses, que preferem centrar esforços na vizinha ilha de São Vicente, esta mais ampla e salubre e contando com um acesso privilegiado ao Planalto Paulistano, através de trilhas indígenas. Apesar do desinteresse, alguns colonos portugueses acabam se instalando na costa ocidental de Santo Amaro, sobrevivendo de agricultura de subsistência, pesca e reparos de embarcações utilizadas no estuário de Santos.
Em 1543, quando da primeira divisão territorial brasileira, toda a região entre a ilha de Santo Amaro e a barra do rio Juqueririê (futuros municípios de Guarujá, Bertioga e parte de São Sebastião) é concedida a Pero Lopes de Sousa por seu irmão Martim Afonso de Sousa, sob o nome de capitania de Santo Amaro. A capitania, sem recursos naturais de importância e sem ligações com o Planalto, não se desenvolve. As únicas ações visando ocupar o território são a construção dos fortes de São João e São Filipe, destinados a proteção do porto do Santos, uma beneficiadora de óleo de baleia no extremo norte da ilha, na desembocadura do Canal de Bertioga e a ação de alguns grupos de jesuítas para a catequese de índios.
Século XIX
Durante toda a fase colonial e imperial, a ilha não atrai atenção, sendo povoada apenas por colonos pontuais e por pequenos sítios destinados a esconder escravos contrabandeados da África. No fim do século XIX, o surgimento do turismo, o desenvolvimento da economia paulista e a existência de um acesso ferroviário rápido e fácil entre o litoral e o Planalto Paulista, provocam um novo interesse pela ilha de Santo Amaro.
Em 1892, surge a Companhia Prado Chaves, que tem por finalidade a criação de uma vila balneária na praia de Pitangueiras e a exploração do turismo na ilha. Para a vila, são encomendados 46 casas de madeira nos Estados Unidos e um hotel de luxo, contando inclusive com um cassino. O hotel, batizado de La Plage, foi também construído com a mesma madeira com que foram feitas as casas. Além da vila, a Companhia construiu uma linha férrea ligando o estuário de Santos à praia de Pitangueiras, e batizada de Tramway do Guarujá, bem como o primeiro serviço regular de navegação entre Santos e Guarujá.
O empreendimento é inaugurado em 2 de setembro de 1893 e torna-se reduto da classe alta paulistana durante o verão, inclusive com a presença do presidente do Estado e de seus secretários. Esta data é também considerada a de fundação do município, quando Guarujá foi promovida a Vila Balneária.
Século XX
Em 1911, a Companhia é adquirida pelo empresário norte-americano Percival Farquhar, passando a se denominar Companhia Guarujá. O novo Grand Hôtel de la Plage foi reinaugurado em 1912, tendo sido um marco para o turismo de luxo no Brasil. O sucesso do hotel e a reputação de Guarujá como destino de verão da classe alta paulistana levam a um contínuo desenvolvimento da vila durante a primeira metade do século XX. Neste mesmo hotel, em 1932, morreria o aeronauta e inventor brasileiro Alberto Santos Dumont, onde havia se hospedado após sérios problemas de saúde. Em 1923, a vila foi transformada em distrito de paz e, em 30 de junho de 1926, o distrito tornou-se prefeitura sanitária, separando-se de Santos.
A eletrificação foi inaugurada a 11 de janeiro de 1925. Com a eletrificação da linha, bondes elétricos passaram a circular,junto as locomotivas a vapor. Os equipamentos usados na eletrificação foram fornecidos pela Siemens; as obras foram dirigidas pelo engenheiro Ettore Bertacin, da Casa Siemens de São Paulo e tiveram duração de oito meses. A subestação elétrica principal, que também abastecia o distrito de Itapema, estava localizada "próximo das torres grandes da Companhia Docas de Santos", recebendo a corrente em 40.000 volts e transformado-a a 6.600 volts. A subestação retificadora, que reduzia e retificava a corrente alternada de 6,6 kV para 750 volts a ser usada na linha de contato, situava-se no quilômetro quatro da via férrea, ou seja, próximo à metade de seu percurso, no bairro da Conceiçãozinha. Todo o material rodante era de origem alemã, tendo sido produzido pelas firmas Siemens e M.A.N. - Maschinenfabrik Augusburg Nürnberg. Foram adquiridos dois bondes de 106 HP, numerados #3 e #9, e uma locomotiva elétrica de 106 HP para tracionar trens de carga. Esta máquina, com 18 t de peso, tinha capacidade de tracionar trens de 47 toneladas de carga a uma velocidade de 45 km/h.
Em 1930, esta empresa adquiriu mais dois bondes da M.A.N., numerados cinco e sete e construiu um ramal de três quilômetros até o Sítio Cachoeira para o transporte de carga, com extensão aproximada de 2,5 km. O bonde #3 seria sucateado após um acidente ocorrido na década de 1930. Em 1931, a prefeitura sanitária é extinta, com a reintegração da ilha ao território de Santos e Guarujá volta a ter autonomia apenas em 30 de junho de 1934, no antigo status de "prefeitura sanitária". Com a deterioração da estação férrea original de Guarujá construída em 1893 entre a praia e o Grande Hotel, foi necessário se construir uma nova, e o local escolhido foi outro: o antigo pátio de cargas do bonde, na avenida Leomil, a dois quarteirões da praia. A 30 de junho de 1934 foi criada a Estância Balneária de Guarujá, evento que motivou a realização de melhorias no serviço do Tramway de Guarujá. Decidiu-se então construir uma nova estação e oficinas, localizadas agora na Av. Leomil, a dois quarteirões da praia. Elas foram inauguradas a 21 de dezembro de 1935. Com a inauguração do novo prédio o velho foi desativado e demolido. Os bondes foram transferidos para a Estrada de Ferro Campos do Jordão, na qual são usados até hoje, e uma de suas locomotivas está exposta na avenida Leomil, em Pitangueiras, em Guarujá.
O Forte dos Andradas começou a ser construído em 1934 pelo tenente-coronel de Engenharia João Luís Monteiro de Barros e inaugurado em 10 de novembro de 1942, constituindo-se a principal defesa da entrada da Baía de Santos ao sul da Ilha de Santo Amaro. Recebeu esse nome em homenagem aos irmãos Andradas (José Bonifácio, Antônio Carlos e Martim Francisco) que tiveram muita importância durante o período imperial.
Em 1947 as prefeituras sanitárias são extintas e Guarujá torna-se município de pleno direito. O fim dos jogos de azar no governo de Eurico Gaspar Dutra e a construção da via Anchieta, ligando a Baixada Santista a São Paulo modificam a ocupação da ilha. A antiga vila balneária se adensa com a chegada de maiores quantidades de turistas e novos moradores. Edifícios começam a surgir na orla de Pitangueiras e Astúrias e praias até então desertas, como Enseada, Pernambuco e a própria Perequê começam a ser visitadas. Paralelamente, migrantes nordestinos migram para a ilha a procura de emprego, se fixando na região do velho forte de Itapema, dando origem ao distrito de Vicente de Carvalho.
Entre as décadas de 1970 e 1980 Guarujá cresce descontroladamente. Toda a orla da cidade entre a praia do Tombo e Pernambuco é ocupada por diversos loteamentos e edifícios, sem a necessária contraparte de infraestrutura. O Milagre Econômico dos anos 70, a construção da Rodovia Piaçaguera-Guarujá, ligando a ilha diretamente a Via Anchieta e em menor grau as novas rodovias Rio-Santos e Mogi-Bertioga (possibilitando o acesso ao Vale do Paraíba e Litoral Norte) provocam a explosão do turismo e da migração para a ilha. A qualidade ambiental vai caindo, com a poluição das águas, a ocupação de áreas sensíveis como morros e mangues e o número cada vez maior de turistas, moradores e migrantes sobrecarregam Guarujá.
Um dos principais pontos de referências da cidade de Guarujá é o Morro do Maluf, entre as praias das Pitangueiras e da Enseada. Só que não tem nada a ver com a família Estéfano ou com os Maluf. O morro pertencia a Edmundo Maluf, industrial em São Paulo, solteiro, que tinha casa na ladeira do morro e dava festas memoráveis que agitavam os fins de semana de Guarujá. A situação se torna crítica no final da década de 1980 e início de 1990, quando milhões de turistas visitam a ilha todos os verões, provocando o colapso da infraestrutura de Guarujá, com cortes de eletricidade, falta de água e poluição das praias. Extensas áreas do município são ocupadas por favelas, habitadas pelos migrantes em buscas de novas oportunidades e a criminalidade toma corpo. O cenário caótico leva a uma profunda crise no turismo e na economia de Guarujá, que perde turistas e investimentos para o Litoral Norte e até mesmo para outras cidades da Baixada Santista.
A segunda metade da década de 1990 vê uma recuperação progressiva do balneário, com investimentos em saneamento, habitação, infraestrutura e até mesmo efeitos benéficos da divisão do total de turistas com outras regiões, causando menor sobrecarregamento na cidade. Paulatinamente a cidade começa a receber novos investimentos e começa a desenvolver o turismo de negócios e a prestação de serviços, visando a expandir sua base econômica e se tornar menos dependente do turismo sazonal.
Praias
Oficialmente, Guarujá tem 27 praias que juntas somam 22,3 km de extensão. Na direção de sul a norte as praias são: Praia da Armação das Baleias; Prainha Branca; Praia Preta; Praia do Guaiuba; Praia do Tombo; Praia das Astúrias; Praia das Pitangueiras; Praia da Enseada; Praia do Éden; Praia do Sorocotuba; Praia de Pernambuco; Praia do Mar Casado; Praia do Perequê; Praia de São Pedro; Praia de Iporanga; Praia de Santa Cruz dos Navegantes; Praia do Góes; Praia da Fortaleza da Barra Grande; Praia do Monduba; Praia do Cheira Limão; Praia do Sangava; Praia do Saco do Major; Praia de Fora (ou Moisés); Praia do Bueno; Praia das Conchas (ou PC); Praia do Pinheiro (ou Itaguaíba); Praia do Camburí.
Clima
Guarujá está a uma altitude de 10 metros e possui clima subtropical (classificação "Cfa"), que se caracteriza por apresentar médias elevadas de temperatura do ar e pluviosidade.
A temperatura média anual é de 21,8 °C, com média mínima é de 18 °C e a média máxima é de 25,3 °C. Seu índice pluviométrico anual é de 2.556 milímetros (mm), sendo janeiro o mês de maior precipitação (325 mm) e agosto o de menor (102 mm).
Economia
Situado na Ilha de Santo Amaro, ao largo de Santos e de Bertioga, o município dispõe de um conjunto de 27 praias, algumas isoladas e acessíveis apenas por trilha ou barco, e outras em áreas urbanizadas. Sua economia esta apoiada na atividade turística, e também possui atividade marítima de lazer, indústria, e uma intensa atividade portuária, conta também com movimento comercial em Vicente de Carvalho, que é o segundo maior da Região Metropolitana. Pelo seu histórico, infra-estrutura e proximidade com a capital mais populosa do país, oferece forte atrativo imobiliário e turístico. Boa parte da região da orla, nas praias próximas de centro (principalmente Astúrias, Pitangueiras, Enseada, e Tombo) é tomada por edificações dedicadas à população sazonal, que as ocupa principalmente nas férias de verão.
O turismo, sazonal, e os ganhos advindos do mercado imobiliário-turístico (incluindo impostos, compra/venda/aluguel, segurança, e manutenção predial), movimentam parte significativa da economia de Guarujá.
A outra parte, relevante e não-sazonal, advém do porto (margem esquerda do Porto de Santos) e atividades afins, tais como transporte. Devido a sua proximidade com Cubatão (maior distrito industrial do país) e portos, existe também interesse pela ocupação industrial na região, iniciada em 1976 pela Dow Química, ainda hoje a única grande indústria a ocupar a região.
Referência para o texto: Wikipédia.

sábado, 17 de agosto de 2019

Cascavel - Paraná

Cascavel é um município brasileiro, localizado na região Oeste do estado do Paraná.
História
Ciclo da erva mate
Os índios caingangues povoavam a região Oeste do Paraná, que teve a ocupação iniciada pelos espanhóis em 1557, quando fundaram a Ciudad Real del Guahyrá, cujo sítio arqueológico encontra-se no município de Terra Roxa.
Uma nova ocupação se deu a partir de 1730, com o tropeirismo, mas a chegada de habitantes para a área atual do município iniciou-se no final da década de 1910, por colonos caboclos e descendentes de imigrantes eslavos, no auge do ciclo da erva-mate.
A vila começou a se formar em 28 de março de 1928, quando José Silvério de Oliveira, o Nhô Jeca, arrendou parte das terras de Antônio José Elias, nas quais se encontrava a Encruzilhada dos Gomes, um entroncamento de várias trilhas abertas por ervateiros, tropeiros e militares, onde montou um armazém. No local hoje encontra-se a Praça Getúlio Vargas, com o obelisco representativo do marco zero da cidade. Seu espírito empreendedor foi fundamental para a chegada de novas pessoas, que traziam ideias e investimentos.
Nos anos seguintes, centenas de migrantes sulistas, a maioria de origem polonesa, alemã, italiana, ucraniana e cabocla, vindos de regiões cafeeiras, deram início às atividades econômicas, como a exploração da madeira, agricultura e criação de suínos. O povoado tornou-se distrito em 1938.
Deve-se levar em conta que a localidade já constava nos mapas militares desde 1924, e que a vila foi oficializada pela prefeitura de Foz do Iguaçu em 1936, já com a denominação de Cascavel, mas o prelado daquele município, monsenhor Guilherme Maria Thiletzek, rebatizou-a como Aparecida dos Portos, nome que não vingou entre a população.
Ciclo da madeira
Ainda na década de 1930, com o ciclo da erva-mate extinto, uma ocupação maior da área deu início ao chamado ciclo da madeira, o que atraiu grande número de famílias de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em especial descendentes de imigrantes europeus, que formaram a base populacional do município.
Na medida em que as matas nativas eram esgotadas, o extrativismo cedia lugar ao setor agropecuário, que embasa a economia até os dias atuais.
Em 1938, já com a denominação definitiva de Cascavel, tornou-se distrito administrativo.
Emancipação
O município de Cascavel foi emancipado no dia 14 de novembro de 1951, por meio da Lei Estadual n° 790, desmembrando-se de Foz do Iguaçu. O censo do ano anterior contou uma população de 404 habitantes.
Por décadas houve uma discussão se esta seria a data correta, pois a instalação do primeiro governo municipal ocorreu apenas no dia 14 de dezembro de 1952, mas em 2010, a Lei 5.689 pôs fim ao assunto.
Desenvolvimento
Encerrado o ciclo da madeira, no final da década de 1970, a industrialização teve um impulso, concomitantemente com o aumento da atividade agropecuária, do comércio e da prestação de serviços.
Em menos de seis décadas, Cascavel passou de um ponto de parada e descanso de viajantes e tropeiros para o maior município do Oeste do Paraná e um dos maiores polos econômicos da região Sul do Brasil.
Toponímia
O termo cascavel originou-se do Provençal cascavel, do latim clássico cascabus, variante popular de caccabus, que designava o envoltório de certas sementes, que ainda hoje é utilizado no idioma pátrio sob a forma cascabulho, relacionado à casca. Seu significado inicial é o de guizo, chocalho, e se aplicou ao ofídio cascavel devido às excrecências ósseas da extremidade da cauda, que amavelmente fazem um ruído para avisar e afugentar os inimigos. Em inglês ele é chamado de rattlesnake, "cobra de chocalho".
Segundo a lenda, o nome do município surgiu quando tropeiros pernoitavam nos arredores de um rio e ouviram o forte som de uma cobra cascavel. Após buscas, encontraram e mataram o animal. Tal fato fez com que o local ficasse conhecido como Pouso da Cascavel.
Economia
O principal setor econômico de Cascavel é o agronegócio, com mais de 4.000 estabelecimentos agropecuários. Ainda há cerca de 14.458 estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços.
Pela sua localização, o município prosperou no comércio e na prestação de serviços, com destaque para o setor atacadista, de saúde e de ensino superior.
Outros ramos que têm experimentado forte crescimento são os de metalurgia e confecção.
Turismo
Desde os primórdios, a preocupação da municipalidade foi reservar espaços para a socialização e a preservação ambiental, razão pela qual Cascavel conta com significativo número de praças e parques públicos.
Praças - Praça da Bíblia; Praça do Expedicionário; Praça do Migrante; Praça Getúlio Vargas; Praça Itália; Praça Japão; Praça Parigot de Souza; Praça Rui Barbosa; Praça Wilson Joffre.
Cultura - Biblioteca Pública de Cascavel; Centro Cultural Gilberto Mayer; Teatro Emir Sfair; Teatro Municipal de Cascavel.
Estrutura para eventos - Centro de Convenções e Eventos de Cascavel; Parque Celso Garcia Cid.
Eventos - Cascavel de Ouro; Expovel; Festa da Padroeira; Festa do Trabalhador - Seminário São José; Show Pecuário; Show Rural Coopavel.
Parques - Bosque Municipal Elias Lopuch; Centro de Educação Ambiental Suely Festugatto (Parque Ambiental); Fonte dos Mosaicos; Parque Linear do Morumbi; Lago Municipal; Parque Ambiental Hilário Zardo (Parque Vitória); Parque Tarqüínio Santos; Zoológico Municipal.
Prato típico
Escolhido em concurso, o prato típico de Cascavel é a Costela Fogo de Chão, conhecido também como costelão, que é o churrasco preparado com uma grande peça de costela bovina, presa em espeto de madeira ou metal, assada na posição vertical, com fogo feito diretamente no solo, sem uso de churrasqueiras.
O costume de preparar o costelão veio com os colonizadores originários de regiões produtoras de gado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, sendo comum em festas particulares e eventos públicos, pela facilidade de se encontrar os principais ingredientes: lenha e carne.
Anualmente ocorre no município a Festa do Trabalhador, onde toneladas da iguaria são assadas e servidas.
Templos - Catedral Nossa Senhora Aparecida, sede da Arquidiocese de Cascavel; Igreja São Cristóvão; Templo Católico Ucraniano Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; Primeira Igreja Batista do Sétimo Dia; Congregação Cristã no Brasil; Igreja Presbiteriana do Brasil.
Ensino superior
O município é o polo universitário do oeste em face do número de instituições de ensino superior e de alunos.
Estima-se uma população de aproximadamente 21 mil estudantes universitários, dos quais uma parcela significativa vinda de outras regiões e estados.
Centros de ensino - Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz (FAG); Centro Universitário de Cascavel - Univel; Faculdade Alfa Brasil (FAAB); Faculdade de Tecnologia SENAI; Faculdade Itecne Famipar - Faculdade Missioneira do Paraná; IFPR - Instituto Federal do Paraná - Campus Cascavel; UniACIC - incubadora de empresas; Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE); Universidade Norte do Paraná (UNOPAR CASCAVEL), (mantida pela Kroton Educacional); Universidade Paranaense (UNIPAR).
Esportes
Pioneira do automobilismo no interior do Brasil, Cascavel conta com diversas estruturas, como autódromo, kartódromo, estádios e centros esportivos, o que refletiu na sua escolha como um dos Centros de Treinamentos de Seleções da Copa do Mundo 2014 pela FIFA.
Anualmente sedia eventos consagrados, como a Fórmula Truck, Stock Car Brasil, Moto 1000 GP, Campeonato Brasileiro de Turismo, Mercedes-Benz Challenge, Cascavel de Ouro e Campeonato Brasileiro de Kart.
Principais estruturas - Autódromo Internacional de Cascavel; Centro Esportivo Ciro Nardi; Estádio Olímpico Regional; Kartódromo.
Referência para o texto: Wikipédia.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Paulista - Pernambuco

Paulista é um município brasileiro do estado de Pernambuco.
História
O município de Paulista se situa na área da antiga propriedade Paratibe (nome também do rio que banha parte da cidade). As terras de Paratibe foram doadas pelo donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira, a seu cunhado, Jerônimo de Albuquerque, como reconhecimento por serviços prestados à Capitania. Alguns anos após, pela década de 1550, Jerônimo de Albuquerque fez doação dessas terras, em dote, ao português Gonçalo Mendes Leitão, esposo de Dona Antônia de Albuquerque, sua filha com a índia tabajara Muíra-Ubi, que adotara o nome cristão Maria do Espírito Santo Arcoverde.
Nessas terras, Gonçalo Mendes Leitão ergueu um engenho-d’água, uma capela dedicada a Santo Antônio e um grande sobrado como residência e também outras obras importantes para um estabelecimento agrícola. Erguida a capela, no ano de 1559, coincidiu de passar por Pernambuco, a caminho da Bahia, o bispo eleito do Brasil, D. Pedro Leitão, irmão de Gonçalo Mendes. Hospedado na casa de seu irmão, em Paratibe, o bispo celebrou o ato solene da bênção da capela, cerimônia à qual compareceu Jerônimo de Albuquerque.
No final do século XVI, um dos filhos de Gonçalo Mendes Leitão fundou o Engenho Paratibe de Baixo que posteriormente passou a ser propriedade de João Fernandes Vieira, em seguida da sua viúva, Dona Maria César, que o vendeu ao mestre-de-campo Manuel Alves de Morais Navarro. Data dessa época (1689) a mudança do nome do engenho que passou a ser conhecido como “Engenho do Paulista”, tendo em vista o novo proprietário ser natural da Capitania de São Paulo, de onde partira no comando de tropas para a Campanha dos Palmares. O nome desse engenho deu origem ao topônimo municipal.
Um fato marcante na história de Paulista ocorreu em 20 de maio de 1817, quando o padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro, integrante da Revolução Pernambucana, suicidou-se ao ver a causa perdida. Seu cadáver, sepultado na capela do Engenho Paulista, foi desenterrado e mutilado; a cabeça, separada do tronco, foi levada para a capital do estado e colocada no pelourinho por ordem do almirante Rodrigo Lobo, comandante da esquadra enviada da Bahia pelo conde dos Arcos, para reprimir o levante.
O boom do crescimento populacional de Paulista só começou a surgir com o início das operações da fábrica de tecidos, adquirida em 1904 pela família Lundgren, de imigrantes suecos. O distrito de Paulista foi criado pela Lei Municipal n° 219, de 28 de dezembro de 1907, subordinado ao município de Olinda. A Lei Estadual n° 1.931, de 11 de setembro de 1928, criou o município de Paulista, constituído por territórios desmembrados de Olinda (distritos de Paulista, Canoas, Nobre e Conceição), Igarassu (parte do distrito de Maricota, além dos engenhos Improviso e Regalado e propriedade Pitanga do Inglez) e São Lourenço da Mata (Engenho Utinga). Mas o município foi extinto pelos decretos n° 268, de 25 de novembro de 1930, e n° 56, de 23 de janeiro de 1931, sendo seu território reanexado ao município de Olinda. Foi elevado novamente à categoria de município, com a denominação de Paulista, pela Lei Estadual n° 11, de 4 de setembro de 1935, desmembrado de Olinda, com sede no antigo distrito de Paulista. Foi instalado no dia 12 do mesmo mês e ano.
Durante as primeiras sete décadas do século XX Paulista foi uma cidade típica industrial, até a decadência do parque têxtil tradicional. A partir dos anos 70, entretanto, um pólo industrial moderno, instalado no distrito industrial de Paratibe, deu outra feição ao município.
Meio ambiente
As matas localizam-se no interior da área urbana ou nas proximidades desta, que são: Mata do Janga, Mata Jaguarana e Mata dos Caetés. Estas matas são reservas ecológicas criadas pela Lei n˚ 9.989, de 13 de janeiro de 1987. Dessas três reservas, apenas a de Caetés foi implantada, em 1991, e sofreu mudança de categoria, transformando-se em Estação Ecológica pela Lei Estadual n˚ 11.622/98, buscando, principalmente, contribuir para a proteção dos recursos hídricos, realizar atividades de Educação Ambiental e investigação científica, além de proporcionar lazer à população local.
A Mata de Jaguarana localiza-se às margens da rodovia PE-015, próximo ao núcleo urbano central do Paulista; possui uma área de 332,28 hectares, correspondendo a 3,41% da área do município e encontra-se distribuída em três propriedades privadas.
A Mata de Caetés localiza-se na margem esquerda do Rio Paratibe, possui 150 hectares, correspondendo a 1,54% da área do município. Toda a sua extensão pertence à propriedade pública, segundo dados da FIDEM - Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife. O Município possui ainda outras matas, situadas nos seguintes bairros: Parque do Janga, Jaguarana, Mirueira e Paratibe.
Na faixa litorânea, nos terrenos submetidos à influência constante das marés, desenvolve-se a vegetação de mangue. Esse ecossistema desempenha uma importante função como filtro biológico e químico das águas contaminadas por resíduos industriais e domésticos, além de servir como viveiro natural. Ainda na Planície Costeira, a ocupação urbana tomou o lugar da vegetação de praia, ali representada por espécies herbáceas.
Economia
No município de Paulista predominam atividades ligadas ao setor de serviços, comércio e indústria. O turismo também é responsável por atrair empreendimentos para o município, com a implantação de hotéis, restaurantes, pontos comerciais e marinas.
Em Paulista está localizado também o parque industrial de Paratibe, que abriga empresas de diversos setores, dinamizando a economia da região e gerando emprego para a população.
O município faz parte da Região Metropolitana do Recife, que polariza fluxos econômicos, com predominância do setor de serviços e funciona como centro distribuidor de mercadorias. Além de concentrar maior número de indústrias de transformação do Estado, outro pilar da economia metropolitana é a agroindústria, voltada para o álcool e o açúcar. Destaca-se também o cultivo de frutas e hortaliças, como banana, coco, inhame, mandioca, entre outros.
Shoppings - Multi Shopping Norte e Paulista North Way Shopping.
Educação e Cultura
O Hino da Cidade do Paulista foi composto por Joel Andrade (melodia e letra), sendo a orquestração de autoria de Dimas Sedícias.
O compositor Joel Andrade foi também o produtor, autor, compositor e diretor musical do álbum: "Paulista, entre sustenidos e bemóis", que contém 22 (vinte e duas) músicas, todas elas tratando da história, da cultura, do folclore e das personalidades do Paulista. Joel Andrade (Joel Andrade da Silva) é natural da cidade do Paulista, onde nasceu no dia 13 de agosto de 1949, numa pequena casa da rua Vasco da Gama, 3505. É filho de Edvirges Andrade da Silva e Paulino Luiz da Silva.
Instituições privadas de ensino superior - Estácio EAD - Paulista; FJN (Faculdade Joaquim Nabuco); FASUP (Faculdade de Saúde de Paulista) e FADE (Faculdade Decisão).
Escolas Técnicas - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - Campus Paulista; Escola Técnica Senai de Paulista; SENAC de Paulista e Escola Técnica Estadual José Alencar Gomes da Silva.
Turismo
Paulista possui uma faixa litorânea com 14 km de extensão, onde se encontra um mar de águas mornas e azuis, uma vasta área de coqueirais e casarios rústicos, colônias de pescadores, hotéis, bares e restaurantes, ao longo das praias de Enseadinha, Janga, Pau Amarelo, Praia do Ó, Conceição e Maria Farinha. É a principal praia do estado para o Turismo Náutico.
Na praia de Maria Farinha existe de um lado o mar e de outro o rio Timbó, que possui uma faixa, oferecendo aos visitantes vários tipos de lazer náutico, além de agregar o maior parque náutico do país e belezas geográficas naturais. Favorecer passeios de barco ou de catamarã de onde se apreciam as belezas dos mangues, o Porto Artur, os Pocinhos Naturais e a Coroa do Avião.
Por ter uma frequência eclética, Maria Farinha fica dividida em duas partes: a parte do rio, frequentada por grandes lanchas que fazem passeios até as Prainhas de Arrecifes e a faixa da praia onde se instalam os domingueiros típicos que desembarcam na areia em busca de sol e badalação.
Paulista, que já foi conhecida como "Cidade das Chaminés" e "Capital dos Eucaliptos", hoje, devido ao potencial turístico das suas praias e águas sempre mornas e de seu sol típico dos trópicos, é conhecida como "namorada do sol".
Referência para o texto: Wikipédia.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Ribeirão das Neves - Minas Gerais

Ribeirão das Neves é um município brasileiro do estado de Minas GeraisRegião Sudeste do Brasil. Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte.
História
Antes denominado Matas de Bento Pires, tem suas primeiras documentações datadas do século XVIII, o qual denominava-se "Matas de Bento Pires". Em 1745 Jacintho Vieira da Costa, então mestre de campo, obtêm os direitos das terras de Matas de Bento Pires. Constrói uma capela dedicada à Nossa Senhora das Neves que é responsável por nomear a Fazenda das Neves e posteriormente ao Engenho das Neves em 1946. Vieira da Costa morre em 1760 legando os direitos de terra e bens ao seu filho, Antonio Vieira da Costa, que morre em 1796 sem herdeiros. Com o leilão dos bens o Capitão José Luis de Andrade, português, morador de Vila do Sabará, toma posse da Fazenda das Neves e também da Fazenda dos Carijós, onde atualmente encontram-se os bairros Santa Marta, Santa Martinha, Porto Seguro e Nova União. Com o crescimento da capela, em 1820 é criada uma Guarda-Moria nas Capelas de Nossa Senhora das Neves e Santo Antônio da Venda Nova e com isso a região é elevada Neves a Distrito de Paz, em 1830 com a população média de 1.240 pessoas. Mas em 1846 a degradação da capela e aumento da população faz com que o então vereador, Padre José Maria de Andrade, reduzisse Neves a condição de distrito novamente. Neves é então anexada ao distrito de Venda Nova e posteriormente ao distrito de Pindahybas, atual Vera Cruz de Minas e assim ficou até 1911 quando as duas foram anexadas ao município de Contagem. O estado de Minas Gerais toma posse de parte da Fazenda das Neves para a construção de uma penitenciária agrícola, em 1927. A construção da penitenciária aumenta a população e é finalizada em 1938 como Penitenciária Agrícola de Neves. Passando a fazer parte de vários municípios, só é elevado à categoria de município em 12 de dezembro de 1953 com a denominação de Ribeirão das Neves.
Principais pontos turísticos
Os principais pontos turísticos de Ribeirão das Neves são: Praça das Neves, avenida dos Nogueiras, 7 Centro (Ref: Paróquia Nossa Senhora das Neves); Parque Ecológico, bairro Várzea Alegre - Região do Centro; Igreja da Colina, estrada dos Pereiras no bairro San Marino, as margens da BR 040. Construída na década de 30; Praça da Matriz, rua Denise Cristina da Rocha, Centro Comercial do Distrito de Justinópolis; Espaço Invertido, rua Cardeal Arcoverde, Bairro .Fortaleza - consta o mesmo endereço que a casa invertida fica na na Rua Serra Negra 199 Bairro Granjas Primavera em Ribeirão das Neves, bem próximo da divisa com Belo Horizonte. Próximo ao conjunto Nova Pampulha; Cidade dos Meninos São Vicente de Paulo, foi inaugurada em 1998 e fica situada em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com o objetivo de prevenir menores através do ensino profissionalizante, internato, semi-internato e externato, a Cidade dos Meninos conta com uma excelente infraestrutura, com um total de 100 casas construídas e capacidade para 1.600 jovens; Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, reúne há mais de cem anos as tradições do Candombe, Congo, Moçambique, Folia de Reis, entre outras.
Referência para o texto: Wikipédia.