sexta-feira, 31 de outubro de 2025

SÃO RAIMUNDO NONATO - PIAUÍ

São Raimundo Nonato, um município no sudeste do Piauí, é uma cidade de importância mundial. Conhecida como "Berço da Humanidade nas Américas", a cidade se destaca por sua história pré-histórica, suas belezas naturais e seu papel como um dos maiores polos de turismo arqueológico do Brasil. Com um ambiente de Caatinga e um legado cultural que remonta a milhares de anos, a cidade é um convite à exploração e à reflexão sobre as origens da vida humana no continente.
São Raimundo Nonato está localizada na mesorregião do Sudoeste Piauiense e na microrregião de São Raimundo Nonato, a aproximadamente 520 km de Teresina, a capital do estado. Sua posição geográfica é estratégica e singular, pois é a porta de entrada para o Parque Nacional Serra da Capivara, um Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Faz divisa com municípios como Coronel José Dias, Fartura do Piauí, Brejo do Piauí e Canto do Buriti.
De acordo com as estimativas mais recentes do IBGE, em 2024, a população de São Raimundo Nonato gira em torno de 34 mil habitantes. A história de São Raimundo Nonato é dividida em dois momentos: o período colonial e a pré-história. A ocupação colonial da região se deu no século XVII, com a chegada de bandeirantes em busca de terras para a pecuária. O povoado se desenvolveu como um ponto de parada para os vaqueiros. No entanto, a história mais relevante da cidade é a pré-histórica. A região é um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo, com centenas de pinturas rupestres e artefatos que indicam a presença humana há mais de 50 mil anos, questionando a teoria da migração pelo Estreito de Bering e reforçando a hipótese de uma colonização mais antiga das Américas.
Origem do nome
A origem do nome "São Raimundo Nonato" é religiosa. O nome é uma homenagem a São Raimundo Nonato, um santo católico da Ordem dos Mercedários, que é conhecido como protetor dos recém-nascidos e das parteiras. A devoção ao santo foi trazida pelos colonizadores e se tornou o nome da cidade.
O povoado de São Raimundo Nonato foi elevado à categoria de distrito em 1888, e à condição de município em 1912, desmembrando-se de Paulistana. Sua formação administrativa reflete o seu crescimento e a importância que a localidade adquiriu no contexto do desenvolvimento do Sudoeste Piauiense.
Com uma altitude média de 333 metros acima do nível do mar, o relevo de São Raimundo Nonato é caracterizado por planaltos e depressões, com a presença de serras, vales e formações rochosas que são parte da paisagem da Serra da Capivara. A topografia é um dos principais atrativos da cidade. O solo é diversificado, com predomínio de Argissolos e Latossolos, que, com manejo adequado, são produtivos para a agricultura, e Neossolos Litólicos nas áreas mais rochosas. A vegetação de São Raimundo Nonato é predominantemente a Caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro, com espécies xerófilas (adaptadas à seca) como cactos e árvores de pequeno porte. A paisagem é esparsa e rasteira, mas com grande diversidade.
O clima de São Raimundo Nonato é semiárido, com temperaturas elevadas durante a maior parte do ano e chuvas escassas e irregulares. A umidade relativa do ar é baixa, especialmente na estação seca. As temperaturas médias anuais ficam em torno de 27°C a 29°C.
No campo da educação superior, São Raimundo Nonato conta com um campus da Universidade Federal do Piauí, que oferece diversos cursos de graduação, com destaque para as áreas ligadas ao turismo e à arqueologia. A presença da UFPI é crucial para a formação de profissionais e para a pesquisa científica na região. A cidade também possui polos de educação a distância de outras instituições, ampliando as oportunidades de ensino superior.
A economia de São Raimundo Nonato é diversificada, com destaque para o turismo, a agropecuária e o setor de serviços. A pecuária, com bovinos e caprinos, e a agricultura de subsistência são atividades importantes. O setor de serviços é o mais dinâmico, com a oferta de hotéis, pousadas, restaurantes e guias turísticos que atendem à demanda de visitantes do parque nacional.
O turismo é a principal vocação de São Raimundo Nonato. A cidade é a base para explorar o Parque Nacional Serra da Capivara, que abriga a maior e mais antiga concentração de sítios pré-históricos das Américas, com milhares de pinturas rupestres, abrigos sob rochas e cavernas. O Museu do Homem Americano, um dos mais importantes museus de arqueologia do mundo, está localizado na cidade e é um dos principais atrativos. A cidade também se destaca pela sua paisagem singular.
A cultura são-raimundense é rica e autêntica, com fortes traços do Sertão Nordestino e do legado pré-histórico. As festas populares, como as festas juninas e as celebrações religiosas, movimentam a comunidade. O artesanato local, com peças inspiradas nas pinturas rupestres, é uma forma de expressão da identidade cultural da cidade. A culinária sertaneja, com pratos à base de bode e carne de sol, é um dos destaques.
No esporte, o futebol é a paixão local, com campeonatos amadores que mobilizam a comunidade. A cidade busca incentivar a prática esportiva como forma de lazer e promoção da saúde para seus habitantes.
São Raimundo Nonato, com sua história de milhares de anos e seu legado arqueológico, continua a se consolidar como um município de destaque no Brasil e no mundo, um lugar que nos convida a refletir sobre nossas origens e que celebra a força de um povo que vive no berço da humanidade.
Referências para o texto: Wikipédia.

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

MATINHOS - PARANÁ

Matinhos é um município brasileiro no litoral do estado do Paraná. Localiza-se a sudeste da Curitiba, capital do estado, distando desta cerca de 111 km. Ocupa uma área de 117,064  km², sendo 4,75 km² estão em perímetro urbano. Sua população foi estimada em 35.219 habitantes conforme dados do IBGE de 2020, o que o faz ser o 48º município mais populoso do estado. 
A sede tem uma temperatura média anual de 19,5 °C e na vegetação do município predomina a mata atlântica, com trechos de restinga ao longo de sua faixa litorânea. Com uma taxa de urbanização da ordem de 99%, o município contava, em 2009, com nove estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,793, considerando como médio em relação ao estado. 
O município destaca-se pelas suas praias situadas nos 15 balneários, que atraem milhares de pessoas na alta temporada, sendo o balneário de Caiobá o maior de todos, onde estão a Praia Brava e a Praia Mansa. Também há a realização anual de diversas festas e eventos, como o Festival de Verão, em fevereiro ou março, Festa de São Pedro e as feiras de artesanato, organizadas no decorrer do ano. 
História
Origens

Há aproximadamente entre 3.000 e 5.000 anos atrás, vivia na região do atual município de Matinhos o "Homem do Sambaqui", que são um povo extinto e que deixou os primeiros vestígios da presença do homem naquela área. Depois deles surgiram os índios Carijós, do Grupo Tupi-Guarani. 
Matinhos sofreu influência sociocultural dos povoadores de Paranaguá, e posteriormente dos de Guaratuba, por se tratar de ponto intermediário entre os dois municípios. Com o tempo foi se firmando como povoado, tendo vida própria, e participando da vida política regional. 
Em 1771 residia ali o alferes Antonio Carvalho Bueno, que foi nomeado pelo tenente-coronel Afonso Botelho, para servir de Juiz Ordinário na Vila de Guaratuba. 
Formação administrativa e etimologia
Até 1938 Matinhos estava diretamente ligado a Guaratuba, município a quem estava jurisdicionado, quando, por ato do Interventor Manoel Ribas, Guaratuba perdeu sua autonomia política, passando a pertencer ao município de Paranaguá. Como Matinhos pertencia territorialmente à Guaratuba, passou também à jurisdição de Paranaguá. Pela Lei n.º 613, do dia 27 de janeiro de 1951, Matinhos foi elevado à condição de distrito, ligado diretamente a Paranaguá, de quem se desmembrou a 12 de junho de 1967, pela Lei Estadual n.º 05, sancionada pelo governador Paulo Pimentel, ganhando a condição de município emancipado. 
De origem geográfica, sua denominação provém da abundância de vegetação rasteira, típica da planície litorânea do Paraná. "Matinhos" é uma palavra formada pelo termo "mato" acrescida do sufixo nominativo masculino plural "inhos". O termo "mato" é substantivo masculino de "mata", e origina-se do latim tardio "matta", terreno onde medram plantas agrestes. (ABHF, AGC, FT). 
A instalação do novo município se deu solenemente no dia 19 de dezembro de 1968, ocasião em que ocorreu a posse das autoridades municipais eleitas. 
Geografia
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 117,064 km², sendo que 4,75 km² constituem a zona urbana e os 112,314 km² restantes constituem a zona rural. Situa-se a 25°49'04" de latitude sul e 48°32'34" de longitude oeste e está a uma distância de 111 quilômetros ao sul da capital paranaense. Seus municípios limítrofes são Guaratuba, a sul e oeste, e Paranaguá e Pontal do Paraná, a norte; além do Oceano Atlântico, a leste.
Relevo
O relevo do município de Matinhos é predominantemente plano, sendo esta uma das características do litoral paranaense, onde predomina o tipo de relevo denominado planície litorânea, planície com cerca de 10 a 20 km de largura, constituída de formações arenosas, paludais terrestres, manguezais (paludais marinhos) e nas proximidades do complexo cristalino por terrenos de aluviões terrestres, não tendo formações de lagoas ou lagunas. O município está inserido entre o maciço montanhoso da Serra da Prata e amplas áreas da planície costeira da Praia de Leste, havendo oito morros: Cabaraquara, da Cruz ou Escalvado, Canela, Bico Torto, Taguá, Pedra Branca, Batatal e do Boi. 
Hidrografia
O território é banhado por dez rios e córregos, sendo eles: da Draga, Matinhos, da Onça, Canal da Lagoa Amarela, Indaial, Novo, Cambará, do Meio, Cachoeirinha e Guaraguaçu. Um dos principais é o Rio da Onça, que passa pelo perímetro urbano e em suas margens situa-se o Parque Estadual Florestal do Rio da Onça, constituindo-se como um corredor biológico, mas o maior rio do litoral paranaense (Rio Guaraguaçu), possui suas nascentes em Matinhos e, após percorrer grande parte do território matinhense, tem sua foz em Paranaguá. 
Clima
O clima matinhense é caracterizado, segundo o IBGE, como subtropical sub quente super úmido (tipo Cfa segundo Köppen), tendo temperatura média anual de 21 °C, com temperaturas amenas e chuvas abundantes durante todo o ano. O mês mais quente é janeiro, com temperaturas máximas chegando a 29 °C, e o mais frio, com mínimas de até 13 °C. Outono e primavera são estações de transição. O índice pluviométrico é de aproximadamente 2.022 milímetros por ano, concentrados nos meses de verão e apresentando uma ligeira diminuição nos meses de inverno. As precipitações acontecem principalmente sob a forma de chuva e, em algumas ocasiões, de granizo. 
Segundo a Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental do Paraná, de outubro de 1948 a março de 1980 e entre 2008 e 2011, o maior acumulado de chuva em 24 horas registrado em Matinhos foi de 240,5 milímetros (mm), observado no dia 28 de janeiro de 1951. Outros grandes acumulados foram de 165,9 mm, no dia 28 de fevereiro de 1954; 162,4 mm, em 23 de fevereiro de 1950; e 161,0 mm, em 31 de março de 1954
Fauna e flora
A vegetação nativa do município pertence ao domínio florestal Atlântico (Mata Atlântica), onde destacam-se árvores como os ipês, jacarandás, angicos, quaresmeiras, guanandis e cedro. Também destaca-se nas áreas costeiras a restinga, que reduz a constante mudança das dunas formadas pela areia, depositadas nas praias pelas marés altas e transportadas pelos ventos. Há vários projetos com foco à preservação desse tipo de vegetação. 
Na fauna matinhense, destacam-se a grande ocorrência de pacas, porcos do mato, catetos, macucos, tucanos e surucuás. 
Há duas áreas de preservação que se destacam na cidade. Uma delas é o Parque Estadual Florestal do Rio da Onça, que se situa na região central do município, às margens do Rio da Onça. Foi criado pelo Decreto Estadual n.º 3825, de 4 de junho de 1981, em uma área de reflorestamento que abrigava o depósito de lixo do município, tendo atualmente 1 660 hectares. A outra área é o Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange, que foi criado pela Lei n.º 10.227, de 23 de maio de 2001, sendo que tem 24 500 hectares, englobando áreas de Matinhos, Guaratuba, Morretes e Paranaguá. Nele o foco é a preservação da mata atlântica.
Economia
Na economia, destaca-se a área de prestação de serviços. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2008, o PIB do município era de R$ 335.277,449 mil. 
Em 2009 havia 12.920 trabalhadores, sendo 7.426 pessoal ocupado total e 5 494 ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 53.678 mil reais e o salário médio mensal de todo município era de 1,8 salários mínimos. Havia 1.467 unidades locais e 1.434 empresas atuantes. 
Setor primário
A agricultura é o setor menos relevante da economia de Matinhos. Segundo o IBGE, em 2010 o município possuía um rebanho de 90 bovinos, 80 equinos, 36 bubalinos, 310 suínos, 80 caprinos e 4 600 aves, dentre estas 2 000 galinhas e 2 600 galos, frangos e pintinhos. 
Em 2010 a cidade produziu 18 mil litros de leite de 50 vacas e 8 mil dúzias de ovos de galinha. Na lavoura temporária são produzidos principalmente o arroz (265 toneladas), a cana-de-açúcar (105 toneladas) e a mandioca (51 toneladas). Também destaca-se no município a pesca, para fins esportivos ou para subsistência das chamadas vilas de pescadores.
Setores secundário e terciário
A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município. A produção industrial ainda é muito incipiente na cidade, mesmo que comece a dar sinais de aprimoramento, sendo resumida principalmente à área da agroindústria. 
O setor terciário é o mais relevante para a economia municipal, destacando-se as áreas do turismo e do comércio. As praias de Matinhos são os principais atrativos do município, havendo, consequentemente, bastantes hotéis e pousadas, que na alta temporada e durante feriados prolongados hospedam milhares de turistas que vêm de várias partes do Paraná, do Sul brasileiro ou mesmo de outros países, o que também favorece o desenvolvimento do movimento comercial matinhense, que tem se expandido bastante nos últimos anos. Grande parte da atividade comercial do município concentra-se nas proximidades das praias e se dedica à venda de produtos artesanais. 
Saúde e educação
Em 2009, o município possuía nove estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo sete deles públicos e dois privados e que todos estes públicos pertenciam à rede municipal. 
Na área da educação, o município, em 2009, contava com aproximadamente 7 459 matrículas e 29 escolas nas redes públicas e particulares. Segundo dados da Secretaria de Estado da Educação (SEED), 323 crianças estudavam em creches e a taxa de analfabetismo de pessoas entre 20 e 24 anos era de 1,9%, sendo que o índice era maior entre pessoas maiores de 50 anos, sendo de 14%. Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano da educação (IDHM-E) era de 0,894, classificando-se como elevado.
Transportes
Matinhos possui um terminal rodoviário, o Terminal Rodoviário José Bonatto. Foi inaugurado em junho de 2000, tendo passado por reformas em 2011, e liga Matinhos, principalmente, a várias cidades do Paraná ou do estado de São Paulo. A cidade também possui transporte coletivo urbano, feito pela Viação Oceânica Sul, atendendo a quase toda a cidade, além de manter integração de linhas com Pontal do Sul. 
Não existem aeroportos que operam na cidade. Há apenas o Aeroporto Santos Dumont (IATA: PNG, ICAO: SSPG), em Paranaguá, que situa-se a cerca de 40 km de Matinhos; e o Aeroporto Internacional de Sao José dos Pinhais, em Curitiba. A cidade é atendida pela PR-508 (Rodovia Elísio Pereira Alves Filho) – que a liga à BR-277 e, posteriormente, a todo o interior paranaense, até chegar em Foz do Iguaçu, na divisa com o Paraguai e a Argentina – e pela PR-407 (Rodovia Argus Tha Hein) – que margeia todo o litoral paranaense, ligando Matinhos às cidades que naquele estão situadas. Não há transporte de cargas por via hidroviária, sendo que os barcos da cidade são utilizados principalmente para a pesca. 
Cultura
A responsável pela gestão pública do setor cultural de Matinhos é a Secretaria Municipal de Esporte, Educação e Cultura, que tem como objetivo planejar e executar a política cultural e educacional do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Está vinculada ao Gabinete do Prefeito, integra a administração pública indireta do município e possui autonomia administrativa e financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias, patrimônio próprio, aplicação de suas receitas e assinatura de contratos e convênios com outras instituições. 
Eventos e gastronomia
Para estimular o desenvolvimento socioeconômico local, a prefeitura de Matinhos, juntamente ou não com instituições locais, passou a investir mais no segmento de festas e eventos. Anualmente destacam-se as realizações do Festival Verão Maior, com diversas atividades musicais e esportivas, entre janeiro e fevereiro; a tradicional Festa do padroeiro São Pedro Apóstolo em junho atraindo milhares de fiéis da região; as comemorações do aniversário da cidade, também em junho, com programações que duram várias semanas; do Concurso Princesinha do Mar do Paraná, concurso de beleza infantil que reúne meninas de todo o estado; do Torneio de Pesca, em março; do Expoarte, onde os artistas e artesãos se reúnem para expor seus trabalhos; o Torneio de Pesca Noturno, que ocorre em setembro, sendo realizado pela Secretaria Municipal de Esporte e Educação; as comemorações de Natal, em dezembro; além do Reveillon, entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, celebrando o ano novo. 
O artesanato também se destaca no município. Surgiu pela necessidade da confecção de ferramentas para pescadores, e estas agradavam aos turistas, então passaram a ser comercializadas. Com o passar do tempo houve um crescimento do comércio para artesanato, e atualmente a produção artesanal de Matinhos tem como característica as matérias-primas naturais que são usadas, como fibras do coco, escamas e pele de peixe, fibras da bananeira, conchas e sementes. Conforme já citado anteriormente, durante o ano são realizadas algumas feiras que têm foco à exibição e comércio de produtos artesanais, como a Feira de Artesanato do Balneário Gaivotas e da Expoarte. 
Atrativos
Dentre os atrativos naturais, há de se destacar as praias situadas nos vários balneários que compõem o município de Matinhos. Dentre eles encontram-se: Corais, Jussara, Gaivotas, Iracema, Guacyara, Currais, Ipacaraí, Betaras, Solimar, Marajó, Saint Etiene, Florida, Riviera I e II e Flamingo, além da praia de Matinho, na Sede. O balneário de Caiobá é o maior de todos, nele estão localizadas a Praia Brava, onde há realização de campeonatos de surf, e a Praia Mansa, que se destaca pelas águas calmas e pouco profundas. Também há o Morro do Escalvado e o Morro do Boi, que se destacam pelas suas trilhas ecológicas e visões panorâmicas. 
Na cidade também se encontra o Parque Águas Claras, parque aquático inaugurado em abril de 1994 e que possui área de 242 mil km². Além de vários atrativos de valor histórico e cultural, como a Igreja Matriz de São Pedro, que é a principal igreja da cidade, construída com linhas arquitetônicas simples; a Igrejinha de São Pedro, que foi construída entre os anos de 1938 e 1944, abrigando por muito tempo o título de Igreja Matriz, sendo tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1987; o Calçadão da Praia Central, que é usada para caminhadas e passeios de bicicleta; e o Mercado dos Pescadores, onde são comercializados vários tipos de pescados. 
Esporte
Nas praias se destaca a prática de esportes aquáticos, como o surf, triatlo e a natação. Durante o ano são organizados diversos campeonatos esportivos com foco a essas modalidades esportivas, especialmente durante a alta temporada do litoral, destacando a importância do Campeonato de Surf, que faz parte de uma das etapas do campeonato sul-brasileiro. Além destes, também há realizações de campeonatos de basquetebol, voleibol e peteca. 
O futebol da cidade ainda é considerado amador, em comparação a muitas cidades brasileiras. A Prefeitura Municipal de Matinhos, juntamente com o Secretaria Municipal de Esporte, Educação e Cultura, realiza anualmente o Campeonato de Futebol Amador de Matinhos, dando oportunidade aos times e jogadores do município de mostrarem seu trabalho e suas técnicas. Este é um dos principais eventos desportivos do município, um dos mais populares e que atrai público razoável. 
Feriados
Em Matinhos há dois feriados municipais e oito feriados nacionais, além dos pontos facultativos. Os feriados municipais são: o dia do aniversário da cidade, em 12 de junho, e o dia do padroeiro, São Pedro, em 29 de junho. De acordo com a lei federal n.º 9.093, aprovada em 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais, já incluída a Sexta-Feira Santa.
Referências para o texto: Wikipédia .

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

ITAMARANDIBA - MINAS GERAIS

Itamarandiba é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Possui uma área de cerca de 2.740 km², sendo um dos principais municípios do Alto Vale do Jequitinhonha. Sua população foi estimada em 32.948 habitantes, pelo IBGE em 2022. 
Itamarandiba estende-se sobre os domínios do bioma Mata Atlântica, a leste, e Cerrado. O relevo é marcado pelas grandes chapadas e pela Serra do Espinhaço (Reserva da Biosfera da UNESCO). 
História
A origem do município remonta ao século XVII, com a empresa do bandeirante Fernão Dias, o " Governador das Esmeraldas" que na região aportou ainda no século XVII, no processo de expansão da América Portuguesa. Inicialmente conhecida como São João Batista, Itamarandiba foi elevada a distrito em 1840, emancipando-se, finalmente em 1862. No município ainda há inscrições pré-históricas situadas no Sítio Arqueológico de Campos das Flores, no distrito de Penha de França. A etimologia da palavra é de origem indígena e significa "pedra miúda que rola juntamente com as outras". 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de São João Batista, pela Lei Provincial n.º 184, de 03 de abril de 1840, e Lei Estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891, subordinado ao município de Minas Novas. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de São João Batista, pela Lei Provincial n.º 1.136, de 24 de setembro de 1862, desmembrado de Minas Novas. Sede na antiga povoação de São João Batista. Constituído de 2 distritos: São João Batista e Penha de França. Instalado em 29 de março de 1865. 
Pela Lei Provincial n.º 1.658, de 14 de setembro de 1870, e Lei Estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891, é criado o distrito de Barreiras e anexado ao município de São João Batista. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de São João Batista, pela Lei Provincial n.º 1.780, de 21 de setembro de 1871. 
Pela Lei Estadual n.º 556, de 30 de agosto de 1911, é criado o distrito de Lorena e anexado ao município de São João Batista. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 4 distritos: São João Batista, Barreiras, Lorena e Penha de França. 
Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1º de setembro de 1920. 
Pela Lei Estadual n.º 843, de 07 de setembro de 1923, o município de São João Batista tomou o nome de Itamarandiba. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 4 distritos: São João Batista, Barreiras, Lorena e Penha de França. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Itamarandiba, Aricanduva (ex Lorena), Corbonita (ex Barreiras) e Penha de França. 
Pela Lei n.º 336, de 27 de dezembro de 1948, é criado o distrito de Padre João Afonso (ex-povoado de Socorro), com terras desmembras dos distritos de Itamarandiba e Aricanduva e anexado ao município de Itamarandiba. 
Em divisão em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 5 distritos: Itamarandiba, Aricanduva, Carbonita, Padre João Afonso e Penha de França. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960. 
Pela Lei Estadual n.º 2.764, de 30 de dezembro de 1962, é desmembrado do município de Itamarandiba o distrito de Carbonita. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 4 distritos: Itamarandiba, Aricanduva, Padre João Afonso e Penha de França. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979. 
Pela Lei Estadual n.º 8.285, de 08 de outubro de 1982, é criado o distrito de Contrato (ex povoado) e anexado ao município de Itamarandiba. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1983, o município é constituído de 5 distritos: Itamarandiba, Aricanduva, Contrato, Padre João Afonso e Penha de França. 
Pela Lei Estadual n.º 12.030, de 21 de dezembro de 1995, é desmembrado do município de Itamarandiba o distrito de Aricanduva. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído de 4 distritos: Itamarandiba, Contrato, Padre Afonso e Penha de França. 
Em divisão territorial datada de 2015, o município é constituído de 8 distritos: Itamarandiba, Contrato, Dom Serafim, Padre João Afonso, Penha de França, Santa Joana, Santa Luzia de Minas e Várzea de Santo Antônio. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Imediata de Capelinha e Intermediária de Teófilo Otoni. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Capelinha, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Jequitinhonha. 
Hidrografia
O município de Itamarandiba é considerado a "caixa d'água" do Vale do Jequitinhonha por corresponder, junto a outros municípios da região, por grande parte do volume de água do Rio Araçuaí; servindo populações como a da cidade de Araçuaí, cidade polo do Médio Jequitinhonha. 
O município de Itamarandiba possui grande número de nascentes, córregos e rios que são tributários da Bacia do Rio Jequitinhonha, além de outros que são tributários da bacia hidrográfica do Rio Doce, estes últimos localizados mais a leste. 
Principais mananciais
- Rio Araçuaí: este rio nasce no município de Rio Vermelho, numa das mais belas paisagens do Alto Jequitinhonha;
- Rio Itamarandiba: o rio Itamarandiba possui duas grandes nascentes que, após longo percurso no município, se encontram formando o leito principal do Rio Itamarandiba, que é um dos principais rios do Alto Jequitinhonha, promovendo a integração regional, entre os municípios de Itamarandiba, Capelinha, Veredinha, Turmalina, Aricanduva, entre outras localidades;
- Rio São João: este manancial tem suas cabeceiras próximas ao perímetro urbano de Itamarandiba, o que todavia facilita a captação de água para abastecimento da cidade, entretanto sofre com os impactos ambientais negativos, como a poluição;
- Rio Itacarambi: utilizado largamente pela atividade cafeeira e de grande importância econômica e ambiental no município;
- Ribeirão Santo Antônio: tem sua foz no rio Araçuaí e sofre, assim como os demais rios, com as agressões ambientais.
Vegetação
O município de Itamarandiba possui cobertura vegetal de dois grandes biomas brasileiros, a Mata Atlântica e o cerrado. Nos domínios da Serra do Espinhaço - Reserva da Biosfera/UNESCO, é possível encontrar matas de galeria, campos rupestres, extensas áreas de Cerrado e fragmentos da Mata Atlântica. 
Apesar do incremento das atividades de extração vegetal e silvicultura, representativos do desflorestamento para produção do carvão vegetal a partir de matas nativas e plantadas e da apresentação de Itamarandiba no primeiro lugar no ranking do desmatamento da Mata Atlântica em Minas Gerais no período analisado até 2005, como revelou o INEP, o município ainda detém significativas áreas de cobertura vegetal, que todavia requerem prevenção e proteção. 
Parque Estadual da Serra Negra
O Parque Estadual da Serra Negra é uma das mais belas unidades de conservação do nordeste de Minas Gerais. A unidade de conservação (fechada) foi criada em 1998, a partir do Decreto n.º 39.907, de 22 de setembro de 1998. Sua área é de 13.654 ha e tem, como representativo de sua fauna e flora, o lobo-guará e as Canelas D'ema Gigantes, respectivamente, são dois símbolos da unidade de conservação. De grande exuberância e de importância vital para os Vales do Jequitinhonha e Rio Doce, o Parque Estadual da Serra Negra é um atrativo a parte em Itamarandiba e compõe o Mosaico do Espinhaço Meridional de unidades de conservação. 
Clima
Segundo dados do INMET, referentes ao período de 1962 a 1988 e a partir de 1991, a menor temperatura registrada em Itamarandiba foi de 3,1 °C em 20 de maio de 2022, porém o recorde mínimo absoluto, de 1 °C, foi registrado antes desse período, em 25 de julho de 1928. Já a maior temperatura atingiu 38 °C em 24 de novembro de 2023. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 165,4 mm em 1º de janeiro de 1981, seguido por 160,5 mm em 4 de fevereiro de 1979. Dezembro de 2013, com 819,8 mm, foi o mês de maior precipitação, superando os 657 mm em janeiro de 1985.
Distritos
- Contrato - 
Distante a pouco mais de 20 km da Sede do Município, o distrito tem o agronegócio como atividade econômica. Um dos principais anseios de sua população e a pavimentação asfáltica da rodovia que liga Itamarandiba/Aricanduva e que passa pelo distrito, o que de fato é uma obra emergencial. 
- Padre João Afonso - Distante cerca de 37 km da sede municipal, está localizado às margens do Rio Itamarandiba, próximo ao Parque Estadual da Serra Negra e tem a pecuária como atividade geradora de empregos. A proximidade à unidade de conservação, pode futuramente fomentar o turismo solidário e o comércio do simpático distrito. 
- Penha de França - O tricentenário Distrito de Penha de França já foi, no passado, pertencente à comarca de Diamantina. Fundado por franceses e alemães, sua história possui intimas ligações com o trajeto de tropeiros e a exploração mineral. O Distrito, moldurado pela Serra do Espinhaço, reúne características do período colonial brasileiro, além de Cachoeiras, o Sítio Arqueológico de Campos da Flores - Sinais Rupestres, religiosidade e clima de montanha. O Distrito atrai pesquisadores de vários lugares do mundo, devido à variedade de espécies vegetais endêmicas. Uma das grandes figuras brasileiras que visitou o distrito, foi o mártir da Inconfidência Mineira, Tiradentes, que se hospedou no distrito por 60 (sessenta) dias. 
- Santa Joana - A localidade, próxima à sede municipal, foi elevada à categoria de Distrito em data recente, e está localizada nas margens da MG-117 e do Rio Itamarandiba. O distrito tem ao centro a Igreja de Nossa Senhora, de mesmo nome, e possui vista privilegiada para o Parque Estadual da Serra Negra. As pastagens e a Mata Atlântica, com as exuberantes palmeiras Indaiá, dominam a paisagem. Devido sua localização privilegiada, o distrito, se apresenta como um atrativo ao desenvolvimento de atividades ecoturísticas: próximo à cinematográfica Serra Negra, na Serra do Espinhaço, a paisagem é exuberante, de fácil acesso e com grande potencial ocioso, muito breve, atividades conscientes podem revelar ganhos para a comunidade local. 
Economia
Em 1974, Aloísio Pavie terminava uma grande plantação de café na fazenda da família, na cidade de Itamarandiba, quando foi procurado pelo diretor da companhia Acesita, Alderico Rodrigues de Paula, que propôs comprar aquelas terras, justificando a grande gleba em um só módulo (5.430 has e 40 ares), naquela região do Norte de Minas Gerais. Assim, a fazenda da família Pavie foi vendida em 11 de abril de 1974 e nela foram plantados milhares de eucaliptos antes do fim daquele ano. Hoje, Itamarandiba é um dos pólos de silvicultura no país. 
De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Instituto Mineiro de Agropecuária-IMA, o município é um dos principais produtores de mudas de eucalipto do estado, com produção superior a 30 milhões de mudas por ano. Já o IBGE aponta a elevada produção de carvão vegetal em Itamarandiba, o que o coloca entre os principais municípios brasileiros na produção deste subproduto. Além da eucaliptocultura, a agricultura familiar possui papel fundamental ao desenvolvimento do município. Assim a agropecuária, a agricultura familiar, a silvicultura, a apicultura, o comércio e a prestação de serviços formam a base de sua economia. 
Itamarandiba é uma das cidades que se desenvolve nessa região, o que a torna um atrativo a novos investimentos. Importante âncora para os municípios vizinhos do Alto Jequitinhonha e Bacia do Rio Suaçuí (Vale do Rio Doce), o município se destaca pela crescente prestação de serviços públicos e do comércio, em franco desenvolvimento. Considerada uma das 80 novas cidades emergentes de Minas Gerais pelo BDMG, sua economia é impulsionada pela eucaliptocultura, agropecuária, sendo detentor do principal rebanho bovino do Alto Jequitinhonha, além da agricultura familiar. No índice FIRJAN de desenvolvimento o município tem apresentado desenvolvimento crescente nos principais indicadores, tendo alcançado o índice de desenvolvimento moderado. 
Cultura
Arquitetura

Sua arquitetura de inspiração portuguesa é secular e, infelizmente, vem sendo lentamente descaracterizada por demolições e construções de estilo moderno. A cidade de Itamarandiba tem conquistado ao longo dos anos,boa infraestrutura urbana, entretanto carece da realização de obras cruciais ao desenvolvimento urbano, humano e da organização espacial. 
São representativos da arquitetura colonial, Casarões da Rua Padre João Afonso, Largo do Souza, Rua Tiradentes, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Praça Dr. Alphonso Pavie, entre outros imóveis na região central da cidade, assim como outros em diferentes localidades do município. 
Igrejas
O município de Itamarandiba abriga belos templos. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário está localizada no centro da cidade e cria um belo cenário com a vegetação e a nascente do córrego bexiga, quando vista a partir da Praça da Matriz. A Igreja de Nossa Senhora da Penha, no Distrito de Penha de França, chama a atenção pelo belíssimo altar e pela fachada. 
A Igreja Matriz de São João Batista sofreu um incêndio em abril de 1999, quando foi totalmente devastada pelas chamas ao longo de quatro dias, tendo a causa do incêndio atribuída a um curto circuito na rede elétrica que teria começado no altar mor. A construção em estilo barroco contava com mais de 234 anos e era a mais imponente edificação da cidade. A nova Matriz de Itamarandiba, foi construída no mesmo local. A população itamarandibana sente-se indignada pelo incidente, uma vez que o município com mais de 30 mil habitantes já deveria contar com uma OBM do corpo de bombeiros.[carece de fontes] São João Batista é o padroeiro municipal. 
Outros templos católicos na cidade são as igrejas de São Sebastião, do Bom Jesus, de Santa Luzia e a de São Cristóvão, esta última edificada pela comunidade do Bairro Florestal como homenagem das centenas de caminhoneiros do município. 
Na Cidade, também há um centro espírita, um salão do reino e diversos templos evangélicos (sobretudo pentecostais e neopentecostais). 
Turismo
Itamarandiba é um dos municípios integrantes do Circuito das Pedras Preciosas e pleiteia sua integração à Estrada Real, tendo em vista seu pertencimento histórico. O município possui grande potencial turístico ocioso. O evento anual "Expoita", Exposição Agropecuária de Itamarandiba, é considerado uma das maiores festas da região, sempre realizada no Parque de Exposições do município, cujo espaço tem sofrido reparos a cada evento e sido palco de apresentações de celebridades da música sertaneja como Daniel, Chitãozinho e Xoróro, Zezé di Camargo & Luciano, Gusttavo Lima, entre outros, reunindo grande público e mostras empresariais. 
A paixão declarada dos itamarandibanos pelas motos reflete nos grandes eventos do gênero realizados na cidade. A primeira localidade do Vale do Jequitinhonha, Itamarandiba possui 336 anos e historiografia peculiar, apresentando um rico calendário de manifestações culturais como a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, encenações da Semana Santa, Corpus Christi, entre outras de valor histórico e religioso. Itamarandiba também promove um dos melhores carnavais da região, que movimenta a cidade e atrai visitantes de várias cidades vizinhas. 
O distrito de Penha de França, de ricas tradições religiosas e da bela culinária local, é um atrativo que merece ser visitado. Itamarandiba tem buscado implementar ações, sobretudo para desenvolver seu potencial turístico ecológico e de negócios. A cidade brinda o visitante com o que tem de melhor: a simplicidade, rusticidade, as belas paisagens e a prosa acolhedora dos mineiros. 
Prospecção nacional
O topônimo de origem Tupi, "Itamarandiba", permitiu que o nome da cidade lograsse reconhecimento ao longo do país. O que, também para isto, se soma é a sua história ligada a Fernão Dias Paes, remontando ao Século XVII, e sua localização numa das regiões mais pobres do país: o Vale do Jequitinhonha. Cooperam para sua prospecção contemporânea a canção "Itamarandiba" de Milton Nascimento e Fernando Brant, a produção mineral, o artesanato e o desenvolvimento tecnológico de referência nacional para a pesquisa e produção florestal. 
Já nos últimos anos, a internet e a TV aberta tornaram mais conhecido o município. Houve divulgação dos serviços prestados às crianças carentes pelo Centro Social Mali Martin na Rede Globo através do Criança Esperança  além de reportagens da Rede Record sobre personalidades e curiosidades itamarandibanas, com destaque para o "papagaio cantor" conhecido como Fred, que também foi destaque no Pânico na Band e na internet. Blogs de humor, como o AhNegão!, divulgaram um vídeo que mostra um pequeno galo garnizé driblando um grupo de pessoas que falhavam na tentativa de capturá-lo nos fundos do Mercado Municipal, conseguindo consideráveis visualizações pelo globo. Já em 2014, durante o concurso Miss Minas Gerais, a modelo itamarandibana (e Miss Itamarandiba no mencionado ano) Lithielen Milenn foi eleita Miss Simpatia pelas demais concorrentes, sendo a única a receber uma premiação especial no ano. 
Feira de Itamarandiba
Ponto de encontro do itamarandibano, a tradicional e secular Feira de Itamarandiba é sempre realizada aos sábados, reunindo a comunidade itamarandibana e a de diferentes municípios da região. O Mercado Municipal, que atualmente passa pela ampliação de suas instalações, está localizado na principal praça da cidade, a Praça dos Agricultores; considerada uma das principais feiras populares do nordeste mineiro, os produtos comercializados são, na sua maioria, oriundos da agricultura familiar além da diversidade de produtos do cerrado e de espécimes da Mata Atlântica. O artesanato do Vale do Jequitinhonha é também atração no local. Atualmente Itamarandiba conta com a Feira do Artesanato, também conhecida como Forró dos Velhos, realizada toda quinta-feira e contando com típicos artesanatos e culinária caseira, além de muita música e alegria. Anteriormente, o Mercado da cidade era na Praça do Mercado Velho, mas a infelicidade de políticas no período do regime militar, levou à demolição do mercado edificado em estilo barroco e em planta similar ao atual mercado da cidade de Diamantina. 
Culinária
A Culinária é tradicionalmente mineira e remonta suas características do Período Colonial. São pratos comuns o tropeiro, a costelinha de porco com angu, a canjiquinha, o frango com quiabo, além de frutos do Cerrado como o pequi, sendo possível apreciá-los em diversos pontos da cidade. 
Como é comum no interior de Minas, o fogão à lenha, o pão de queijo e o cafezinho estão presentes em Itamarandiba, aliados à hospitalidade.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE .

terça-feira, 28 de outubro de 2025

POÇO REDONDO - SERGIPE

Poço Redondo é um município brasileiro do estado de Sergipe, localizado no Sertão do estado.
Demografia
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Poço Redondo, em 2022 era de 33.439 habitantes.
História
Poço Redondo, localizado no estado de Sergipe, é um município com rica história, marcado pela relação com o cangaço e a sua ascensão como centro urbano. 
A colonização do território do município teve início no final do século XVII e início do XVIII, e está vinculada ao morgado de Porto da Folha. O povoado Curralinho surgiu em 1877, onde possua uma escola e ficava às margens do Rio São Francisco. Em 1902, Manuel Pereira se estabeleceu com uma fábrica de descarçar algodão no arraial Poço de Cima, transferindo-a, logo depois, para uma região a um quilômetro de distância. Outros habitantes foram atrás dos para a região, que passou a ser chamada de Poço Redondo, pois o local era semi circulado pelo riacho Jacaré, este que por sua vez continha diversas caimbas em seus entornos em formato redondo, utilizadas para armazenamento de água devido as grandes secas, logo pode se ver a origem do nome da cidade. A instalação do município ocorreu em 1956, quando o então povoado Poço Redondo foi elevado a sede do Município, desmembrando-se do território de Porto da Folha.
O povoado foi elevado a município em 1956, mas sua história se entrelaça com a morte de Lampião, ocorrida na Fazenda Angicos, no local conhecido como Grota de Angicos. 
Origem do nome 
O nome "Poço Redondo" deriva de um poço natural de formato circular, que se tornou um ponto de referência na região. 
Criação do Município 
Poço Redondo foi elevado a município pela Lei Estadual n.º 525-A, de 25 de novembro de 1953, desmembrando-se de Porto da Folha. 
A morte de Lampião 
O evento mais marcante na história do município foi a morte de Lampião, Maria Bonita e outros membros do bando, ocorrida na Grota de Angicos, um local hoje preservado como Monumento Natural Grota do Angico. 
Desenvolvimento Urbano 
A cidade se desenvolveu às margens do Rio Jacaré, tornando-se o maior município em extensão territorial de Sergipe, de acordo com o YouTube. 
Comunidades Quilombolas 
Poço Redondo também abriga comunidades quilombolas, como a Comunidade Quilombola da Guia, que desempenham um papel importante na história e cultura local.
Geografia
Poço Redondo localiza-se a uma latitude 09° 48’ 18” sul e a uma longitude 37º 41’ 04” oeste, estando a uma altitude de 188 metros. Possui uma área de 1220,2 km². Neste município que se encontra a nascente do Rio Sergipe. Também é banhado pelas águas do Rio São Francisco, tendo como povoados ribeirinhos, Curralinho, Jacaré, Cajueiro e Bonsucesso, este último tendo como atrativo a Ilha Belmonte ao sul, no meio ao Rio São Francisco, lá se encontra uma capelinha de oração e também um pequeno cemitério antigo, além disso uma embarcação antiga do tipo Chata pode ser vista naufragada do topo da ilhota onde localiza-se a capela. 
Relevo
Nos poucos pontos elevados do Estado acima dos 500 metros, o mais alto de Sergipe encontra-se na Serra Negra, alcançando mais de 742 metros de altitude, na divisa do Município com o Estado da Bahia. Poço Redondo faz divisa com os estados da Bahia e Alagoas, com os municípios de Canindé do São Francisco, Porto da Folha, Pedro Alexandre e Santa Brígida ambos no estado da Bahia. Há também registro de pinturas rupestres na altura do aglomerado Monte Alegre Velho.
Hidrografia
A hidrografia de Poço Redondo está composta pela Bacia do Rio São Francisco, pelo Rio Jacaré e pelo Rio Marroquinho.
Complexo da Serra Negra
A Serra Negra é uma cadeia montanhosa e/ou pequena cordilheira que se estende por dois estados do Brasil: Sergipe e Bahia. A serra tem uma formação geológica datada da era Neoproterozoica, com cerca de 952 milhões de anos, que compreende uma área equivalente à 5.229 hectares e uma das suas montanhas principais tem um pico que atinge 762 metros de altura, sendo o ponto mais culminante do território de Sergipe e uma das maiores elevações localizadas dentro da caatinga, no nordeste brasileiro. Em virtude de estar em área de litígio territorial, a delimitação interestadual foi atualizada depois de 2019. Em resposta a essa questão, foi publicado em 2024 um estudo de caracterização específica do complexo montanhoso, buscando atualizar as informações sobre as partes da montanha, seus nomes e seus pertencimentos: oficialmente, cerca de 37% da área montanhosa pertence ao estado de Sergipe e 63% pertence ao estado da Bahia. Outra conclusão é que a cadeia montanhosa Serra Negra é o conjunto de montanhas que possuem nomes próprios. São elas a Serra da Guia, a Serra Grande, a Serra da Voturuna e a Serra do Rela. 
A Serra da Guia é área montanhosa da Serra Negra que corresponde ao estado sergipano e possui o ponto mais culminante do estado. Esta área sergipana é apresentada frequentemente em obras de cunho acadêmico como Guia e possui uma outra porção menor que é conhecida popularmente como Serra da Conceição. Encostado ao desdobramento sergipano há uma Comunidade Quilombola denominada Quilombo da Guia.
Cultura
Quilombo da Guia

Quilombo da Guia é uma comunidade quilombola localizada na zona rural do município de Poço Redondo, estado brasileiro do Sergipe. A Guia contava em 2013 com 1.200 pessoas, sobretudo crianças e adolescentes, que viviam de culturas de subsistência, como mandioca, inhame, batata-doce, bem como da criação de animais. Obteve a sua notoriedade enquanto território quilombola ainda em janeiro de 2006, ao adquirir a certificação de comunidade quilombola da Fundação Cultural Palmares que garante acesso em programas de políticas públicas.
Economia
Santa Rosa do Ermírio o distrito do município de Poço Redondo com uma população de aproximadamente dos 10 mil habitantes, onde o leite é a principal fonte de renda de 90.000,00 das famílias, e a produção abastece grandes fábricas de laticínios, além de inúmeras fabriquetas. Santa Rosa do Ermírio é responsável por produzir, aproximadamente, 120 mil litros de leite/dia, sendo uma das maiores bacia leiteiras do estado de Sergipe.
Poço Redondo é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a junho de 2025, foram registradas 180 admissões formais e 166 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 14 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 4.
Até junho de 2025 houve registro de 16 novas empresas em Poço Redondo, sendo que 2 atuam pela internet. Neste último mês, 2 novas empresas se instalaram. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (4). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 21 empresas.
Turismo
O Monumento Natural Grota do Angico é o exato ponto onde Lampião, Maria Bonita e outros membros do seu bando foram abatidos em 1938. Hoje é um espaço de preservação ambiental, onde os visitantes podem apreciar a fauna e flora locais através de trilhas ecológicas.
Referências para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Site da Prefeitura Municipal .

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

FEIJÓ - ACRE

Feijó é um município brasileiro do estado do Acre. Faz fronteira com o Peru. 
O nome do município de Feijó é uma homenagem ao sacerdote Diogo Antônio Feijó (1784–1843). A denominação foi adotada em 1906, quando o antigo Seringal Porto Alegre, situado às margens do rio Envira, foi elevado à categoria de vila.
Segundo censo do IBGE, em 2022, a população era de 35.426 habitantes.
História
Habitavam as terras do atual município de Feijó as tribos Jaminauás e Chacauás. 
A primeira expedição de civilização data de 1879, com a chegada, à foz do rio Envira, do navio Munducurus, que trouxe para a região grande número de imigrantes nordestinos. 
Houve lutas com os naturais, mas, aos poucos, os nordestinos desbravaram o lugar. Subindo os rios e igarapés, começaram a demarcar seus “domínios”. 
É neste contexto que surge à margem direita do rio Envira, o Seringal Porto Alegre que mais tarde deu origem ao município de Feijó. Após alguns anos o seringal tornou-se um vilarejo, e aos 13 de maio de 1906, foi elevado a categoria de vila sob a denominação de Feijó, em homenagem ao Pe. Diogo Feijó, nome que se conserva até hoje.
Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila com a denominação de Feijó, por Decreto do Prefeito n.º 31, de 03 de maio de 1906, sede na vila de Feijó. Constituído do distrito sede. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de Feijó, pelo Decreto-Lei n.º 968, de 1928. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede. 
Pelo Decreto Territorial n.º 43, de 29 de março de 1938, o município é extinto, sendo seu território anexado ao município de Seabra (ex Taraucá). 
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Feijó, pelo Decreto-Lei Federal n.º 968, de 21 de dezembro de 1938. Desmembrado de Seabra. 
No antigo distrito de Feijó. Constituído do distrito sede. Instalado em 1º de janeiro de 1939. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído do distrito sede. Composto das zonas de Feijó, Ajubim, Bom Sucesso, Califórnia, Foz do Jurupari, Porto Brasil e Porto Rubim. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Geografia
Assuntos socioambientais

Devido aos altos índices de devastação florestal, em 9 de novembro de 2023, o município de Feijó foi incluído na relação de municípios situados no bioma Amazônia considerados prioritários pelo governo federal para ações de prevenção, controle e redução dos desmatamentos e degradação florestal. 
Clima
Em Feijó, o verão é curto, quente e de céu parcialmente encoberto; o inverno é longo, morno e de céu quase encoberto. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo e com precipitação. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 20 °C a 33 °C e raramente é inferior a 17 °C ou superior a 37 °C. 
Baseado no índice de praia/piscina, a melhor época do ano para visitar Feijó e realizar atividades de clima quente é do meio de maio ao início de setembro. 
A estação quente permanece por 1,8 mês, de 19 de agosto a 12 de outubro, com temperatura máxima média diária acima de 32 °C. O mês mais quente do ano em Feijó é setembro, com a máxima de 33 °C e mínima de 22 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 7,6 meses, de 30 de novembro a 17 de julho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 29 °C. O mês mais frio do ano em Feijó é junho, com a mínima de 21 °C e máxima de 28 °C, em média. 
Segundo dados da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no município, em operação desde 24 de setembro de 2009, a menor temperatura registrada em Feijó foi de 9,5 °C em 5 de agosto de 2019 e a maior atingiu 37,4 °C em 2 de outubro de 2010. Em 5 de agosto de 2019 também foi registrado o menor índice de umidade relativa do ar (URA), de 20%. A maior rajada de vento atingiu 24,1 m/s (86,8 km/h) em 30 de junho de 2011.
Economia
Hoje, Feijó tem cobertura total da BR-364, ligando a capital Rio Branco à cidade de Cruzeiro do Sul, com a diminuição do custo de vida e melhora dos serviços públicos. Há também a estrada que liga Feijó à Envira, no Amazonas.
Feijó - AC é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a junho de 2025, foram registradas 281 admissões formais e 305 desligamentos, resultando em um saldo negativo de -24 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 42.
Até junho de 2025 houve registro de 25 novas empresas em Feijó, sendo que 2 atuam pela internet. Neste último mês, 2 novas empresas se instalaram. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (7). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 41 empresas.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela ; Weather Spark .

sábado, 25 de outubro de 2025

UBAJARA - CEARÁ

Ubajara é um município da microrregião da Ibiapaba, na Mesorregião do Noroeste Cearense, no estado do Ceará, no Brasil. Sua população, de acordo com o censo do IBGE, em 2022, era de 32.767 habitantes. 
Toponímia
Ubajara é topônimo de origem tupi antiga cuja origem está relacionada com a gruta de mesmo nome. Dentre as suas diversas traduções para a língua portuguesa, a que prevalece é "Dono de Canoas", de Ubá = canoa e îara = senhor. O nome teria surgido da lenda de um cacique que teria esse nome e que, vindo do litoral, teria habitado a gruta por muitos anos. Inclusive, na bandeira do município, consta a imagem de um cacique remando em uma canoa. Outra tradução citada na Revista Comemorativa do Cinquentenário da Cidade de Ubajara, publicada em 31 de dezembro de 1965, página 8, é "Canoa da mãe – d'água", de Ubá = canoa e Yara = mãe d'água. 
História
O território de Ubajara era habitado primitivamente pelos indígenas tabajaras. A primeira penetração portuguesa foi feita por volta de 1604, por Pero Coelho de Souza, que veio em uma expedição para expulsar os franceses que escondiam-se entre os indígenas da Serra da Ibiapaba. 
Entre os anos 1840 e 1860, outras famílias se estabeleceram no território, atraídas pela fertilidade da terra. Quando a grande seca as atingiu, deslocaram-se para o lado sul de uma lagoa, denominada Lagoa de Jacaré, ali organizando um arruado que se chamou Jacaré, primitivo nome do Município. Em 1884, a povoação foi totalmente destruída violentamente por um incêndio. Os habitantes construíram novamente suas moradias e mantiveram a mesma designação de Jacaré. 
Em 1890, por ato de Luís Antônio Ferraz, governador do Ceará, foi elevado à categoria de distrito da paz da Jurisdição de Ibiapina. 
No dia 24 de agosto de 1915, foi editada a Lei n.º 1279, que elevou o Distrito da paz à categoria do Município com a denominação de Ubajara, por influência da gruta existente na encosta da Serra, a cerca de 5 km da sede. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Jacaré, por Ato de 12 de fevereiro de 1890, subordinado ao município de Ibiapina. 
Elevado à categoria de município com denominação de Ubajara, pela Lei Estadual n.º 1.279, de 24 de agosto de 1915, desmembrado de Ibiapina. Sede na povoação de Jacaré. Constituído do distrito sede. Instalado em 31 de dezembro de 1915. 
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, o município é constituído de 2 distritos: Ubajara e Araticum. Desmembrado de Ibiapina. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece é constituído de 3 distritos: Ubajara, Araticum e Trapiá. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município é constituído de 2 distritos: Ubajara e Araticum. Não figurando o distrito de Trapiá. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950. 
Pela Lei Estadual n.º 1.153, de 22 de novembro de 1951, é criado o distrito de Jaburuna ex-povoado e anexado de Ubajara. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1960, o município é constituído de 3 distritos: Ubajara, Araticum e Jaburuna. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1991. 
Pela Lei Municípal n.º 481, de 22 de abril de 1994, é criado o distrito de Nova Veneza (ex povoado) e anexado ao município de Ubajara. 
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 4 distritos: Ubajara, Araticum, Jaburuna e Nova Veneza. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Geografia
Clima

Varia de tropical quente semiárido brando na porção oeste a tropical quente subúmido no centro e tropical quente úmido na região mais elevada, onde está situada a sede municipal e que possui período chuvoso de janeiro a maio. 
Em Ubajara, a estação com precipitação é morna, opressiva e de céu encoberto; a estação seca é quente, abafada, de ventos fortes e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 18 °C a 32 °C e raramente é inferior a 17 °C ou superior a 33 °C. 
A melhor época do ano para visitar Ubajara e realizar atividades de clima quente é do início de julho ao fim de outubro. 
A estação quente permanece por 2,3 meses, de 18 de outubro a 26 de dezembro, com temperatura máxima média diária acima de 31 °C. O mês mais quente do ano em Ubajara é novembro, com a máxima de 31 °C e mínima de 21 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 4,4 meses, de 20 de fevereiro a 2 de julho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 28 °C. O mês mais frio do ano em Ubajara é junho, com a mínima de 18 °C e máxima de 28 °C, em média. 
Vegetação
A vegetação do município é composta de Caatinga e Mata Atlântica. 
Hidrografia e recursos hídricos
O principal reservatório é o Açude Jaburu I. 
Economia
Ubajara é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e por apresentar novas oportunidades de negócios. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são fatores de atenção.
De janeiro a junho de 2025, foram registradas 652 admissões formais e 608 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 44 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 172.
Até junho de 2025 houve registro de 53 novas empresas em Ubajara, sendo que 7 atuam pela internet. Neste último mês, 11 novas empresas se instalaram, sendo 2 com atuação pela internet. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (9). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 83 empresas.
Turismo
É muito procurada por turistas por conta do Parque Nacional de Ubajara, um dos mais charmosos parques nacionais do Brasil, onde se encontra a Gruta de Ubajara, acessível por meio de teleférico. 
Gruta de Ubajara: Localizada no Distrito de Araticum, a 3 km da sede, localizada no Parque Nacional de Ubajara. Trajeto feito por trilha natural margeando um riacho ou por teleférico durante 2 a 3 minutos, oferecendo ampla visão do parque. 
Apesar do potencial natural e geográfico para o turismo, esta atividade vem perdendo força nos últimos meses devido à falta de políticas públicas adequadas para a atividade. A cidade foi considerada, por muitos anos, a "joia da coroa" da região ibiapabana. 
Todos os anos, ocorre a FEPAI, FEIRA DE PRODUTOS AGRÍCOLAS DA SERRA DE IBIAPABA, além da exposição de animais e o Festival de Floração do Maracujá. 
Outros atrativos turísticos de Ubajara são:
- Parque Nacional de Ubajara - é uma unidade de conservação administrada pelo ICMBio para proteger o patrimônio natural e geológico da região. 
-   Caverna de Ubajara - o principal atrativo é um labirinto de rochas calcárias com estalactites e estalagmites, que pode ser acessado por um bondinho. 
-  Trilhas e Natureza - o parque oferece trilhas que atravessam a Mata Atlântica e a Caatinga, abrigando rica biodiversidade. 
São incluídos ainda, o Açude Jaburu, um dos pontos turísticos do município e Cachoeiras, como a Cachoeira do Boi Morto.
Divisões administrativas
O município de Ubajara está subdividido em quatro unidades, sendo a sede e mais três distritos: Araticum, Jaburuna e Nova Veneza.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela ; Weather Spark .

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

CANSANÇÃO - BAHIA

Cansanção é um município da região imediata de Euclides da Cunha, na Região Intermediaria de Paulo Afonso, no estado da Bahia, no Brasil. Localiza-se a noroeste da capital do estado, Salvador, distando desta cerca de 347 km. Ocupa uma área de 1.351.891 quilômetros quadrados a uma altitude de aproximadamente 400 metros. 
Conforme o estimativa de 2024 do IBGE, sua população era de 39.556 habitantes. O município pertence ao Território do Sisal, área no semiárido brasileiro com mais de meio milhão de habitantes. Faz divisa com Monte Santo ao norte, Araci, Nordestina, Queimadas e Santaluz a sul, Quijingue a leste, Itiúba a oeste. 
Topônimo
O nome do município deriva da planta urticante cansanção, abundante na região. 
História
O povoamento do território que hoje é o município de Cansanção não parece ser diferente do restante da Região Sisaleira, o qual ocorreu nos séculos XVII e XVIII, por meio do avanço da pecuária. 
A cidade de Cansanção originalmente era uma fazenda de mesmo nome, tendo como primeiro proprietário Bernardino Pereira Damasceno. Posteriormente, na segunda metade do século XIX, essa propriedade rural foi adquirida por Luiz Gomes Buraqueira. 
Na propriedade de Buraqueira, outras pessoas foram se fixando, assim formando o povoado de Cansanção. Durante a Guerra de Canudos (1896-7), essa povoação, então com oito casas, serviu como ponto de descanso para as tropas do Exército que, vindas de trem de Queimadas, dirigiam-se a Monte Santo, quartel-general do combate ao arraial messiânico de Antônio Conselheiro. Nessa ocasião, Euclides da Cunha passou por Cansanção e conheceu Luiz Buraqueira, o qual é citado em um relato do autor de “Os Sertões”. 
Por meio da Lei Estadual n.º 1.332, de 30 de julho de 1919, o povoado de Cansanção, na época com 25 casas, foi elevado à categoria de distrito, com o mesmo nome, sendo subordinado ao município de Monte Santo. Nesse mesmo ano, foi construída, nessa povoação, uma capela em louvor à Senhora Santana.
O movimento pela emancipação de Cansanção se iniciou na segunda metade da década de 1940 e resultou na elevação do distrito à categoria de município, desmembrando-se de Monte Santo, por meio da Lei Estadual nº 504, de 28 de novembro de 1952, a qual foi invalidada por meio de um acórdão do Supremo Tribunal Federal em 27 de dezembro de 1954. 
Cansanção adquiriu sua emancipação em definitivo por meio da Lei Estadual n.º 1.018, de 12 de agosto de 1958, deixando de ser um distrito de Monte Santo e tornando-se um novo município, instalado em 7 de abril de 1959, com a posse do primeiro prefeito, João Andrade.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Cansanção, pela Lei Estadual n.º 1332, de 30 de julho de 1919, subordinado ao município de Monte Santo. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Cansanção figura no município de Monte Santo. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Cansanção, pela Lei Estadual n.º 504, de 28 de novembro de 1952, desmembrado de Monte Santo. Sede no antigo distrito de Cansanção. Constituído do distrito sede. 
Pelo Acórdão do Superior Tribunal Federal, de 27 de dezembro de 1954, representação n.º 215, o município de Cansanção é anulado, sendo seu território anexado ao município de Monte Santo como simples distrito. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o distrito de Cansanção, figura no município de Monte Santo. 
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Cansanção, pela Lei Estadual n.º 1018, de 12 de agosto de 1958, desmembrado de Monte Santo. Sede no antigo distrito de Cansanção. Constituído do distrito sede. Instalado em 07 de abril de 1959. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
A sede municipal tem 400 metros de altitude, e situa-se na latitude 10° 40′ 00″ sul e na longitude 39° 30′ 00″ oeste, está localizado a noroeste de Salvador, capital estadual, distando desta cerca de 347 km. A área total do município é de 1.351.891 km², e se limita com Monte Santo ao norte, Araci, Nordestina, Queimadas e Santaluz a sul, Quijingue a leste, Itiúba a oeste. De toda a área, apenas 6,95 km² são de perímetro urbano (2019), assim a 94.ª maior do estado. 
Conforme a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Paulo Afonso e Imediata de Euclides da Cunha. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Euclides da Cunha, que por sua vez estava incluída na Mesorregião do Nordeste Baiano. Ademais, faz parte do Território do Sisal, área econômica e cultural no semiárido baiano, composto por 20 municípios, com população total de cerca de 555 mil habitantes. 
A paisagem é formada por montanhas e vales, cortados por rios e córregos, com solos que sustentam a vegetação nativa da Caatinga, que é composta principalmente de árvores esparsas com ou sem palmeiras. Algumas áreas da vegetação original foram transformadas em pastos e plantações que são cultivadas apenas durante algumas épocas do ano. 
Hidrografia
A região é marcada por rios intermitentes, sendo os principais riachos: Gato, Monteiro, Gangorra, Negro, São Miguel, Pedrinhas, Baixa da Umidade, Carimatãs e Quixaba. Além disso, há dois rios principais que correm o ano todo: o Cariacá e o Jacurici. 
No limite sul da região, está o rio Itapicuru, que é o principal rio da área. Devido às características geológicas da região, a água se acumula mais em reservatórios superficiais, como açudes, porque as rochas do subsolo não permitem a infiltração de água com facilidade. 
Clima
A localidade fica em uma região chamada "Polígono das Secas", que tem um clima muito quente e seco, com uma temperatura média anual de 23,6 ºC e chuvas de cerca de 477 mm por ano, concentradas principalmente entre março e maio.
Economia
A economia do município de Cansanção é baseada principalmente no cultivo de feijão, milho, mandioca, sisal e na extração de licuri. A criação de animais é voltada para subsistência e a caça de animais silvestres ainda é praticada. Além disso, a extração de granito é outra atividade presente na região. 
A pecuária representa 40% da economia de Cansanção. No que diz respeito aos serviços oferecidos, o desemprego e a ocupação informal são comuns na região. O comércio não emprega a maioria da população, e há escassez de indústrias, sendo que muitos dependem dos serviços oferecidos pelos órgãos públicos do governo municipal e estadual.
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE .

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

JAGUARIAÍVA - PARANÁ

Jaguariaíva é um município brasileiro localizado na região dos Campos Gerais do estado do Paraná, Brasil. Segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o município possui 35.141 habitantes. 
Etimologia
De origem Tupi-Guarani "Tyaguariahibá": Rio da onça brava. Esta denominação é referência ao Rio Jaguariaíva, que corta o município e que consta em antigos mapas cartográficos. Jaguar = onça, tigre, felinos; I = rio, água; ahiva = bravo, brava, ruim, arisca. São várias interpretações das palavras Tupi-Guarani quando é traduzida para a língua portuguesa, mas a pronúncia clássica que mais se encaixa na realidade de nosso léxico é jaguariahiva = rio da onça brava. O Rio que banha seu território foi batizado pelos povos da floresta que ali viviam e quando os bandeirantes paulistas (vicentinos) adentraram essas plagas remotas e estabeleceram contatos com os primitivos habitantes tiveram conhecimento do nome deste Rio e, tão logo, passou constar dos mapas da capitania de São Vicente. Mais tarde com com o surgimento de um povoado situado a margem esquerda, no lugar conhecido como Porto Velho, o Rio veio emprestar seu nome para o novo povoado. 
Em sentido diverso, existem outras interpretação etimológica possível para o nome da cidade, também a partir da língua tupi: "rio ruim das onças", a partir da junção dos termos îagûara (onça), 'y (rio, água) e aíba (ruim). 
História
A história de Jaguariaíva tem seus primórdios calcados a partir do início do século XVII. Nesta época bandeirantes preavam índios e posteriormente tropeiros cruzaram o território pelo histórico Caminho de Sorocaba. 
A extensa região dos Campos Gerais era largamente habitada por povos indígenas da nação Caingangue, chamados Coroados pelos paulistas. Segundo Saint-Hilaire "...os paulistas dão aos bugres vizinhos de Jaguariaíva o nome de Coroados porque, dizem eles, esses selvagens têm o hábito de fazer no meio da cabeça uma tonsura a que, em português se chama coroa e que, além dos Coroados havia outras tribos na vizinhança de Jaguariaíva". 
O histórico Caminho de Sorocaba gerou inúmeras cidades, das quais muitas conservam a denominação dada pelos antigos vaqueiros e tropeiros. O surgimento dessas povoações decorria da necessidade de pousos para abrigo das tropas. No ponto em que atravessava o Rio Tyaguariahiba, nos Campos Gerais, estabeleceu-se uma estação de pouso, dando origem ao atual município. 
Jaguariaíva foi povoada por famílias vindas dos Campos de Curitiba e por paulistas. A partir do século XVIII, a história registra o requerimento de inúmeras sesmarias à Capitania de São Paulo, tais como a de João Leite Penteado, sargento mor, em 19 de junho de 1726, de Manoel Gonçalves de Águia, sargento mor, 4 de julho de 1726, de Antonio Pereira Barbalho, em 6 de julho de 1728, de Matheus Correa Leme, em 16 de junho de 1728, de Francisco Xavier de Salles, em 4 de novembro de 1738 e o caso do capitão Bartolomeu Paes de Abreu, que em 1726 requereu o registro de uma Carta de Data na qual havia solicitado extensa área de terras no 1704, entre os rios Tyaguaricatu e Jaguariahiba, nos campos chamados Boa Vista e da qual em 1719 tomara possa oficial. 
Um dos nomes mais importantes para a história regional foi o do Coronel Luciano Carneiro Lobo, filho do português Francisco Carneiro Lobo e de dona Quitéria Maria da Rocha. Em 1778 casou-se com dona Francisca de Sá, com quem teve oito filhos. O Coronel Carneiro Lobo adquiriu em 1795 a fazenda Jaguariaíva do Tenente Manoel Pacheco Catto, sua esposa Maria Custódia R. Leite e do Alferes Francisco de Salles Britto. 
Em 10 de abril de 1806, o Coronel Carneiro Lobo ficou viúvo e fixou residência na fazenda Jaguariaíva. No ano de 1810, o coronel se casa em segundas núpcias com Izabel Branco e Silva, filha de um grande amigo, o ex Ouvidor e Corregedor de Paranaguá, Doutor Manoel Lopes Branco e Silva. O Coronel Carneiro Lobo conheceu a glória política, chegando a ocupar lugar de honra na Corte, recebendo convites para festas e sendo condecorado com a patente de Coronel de Milícias, um alto posto. 
Investido de notável prestígio, o casal tinha o pensamento voltado para o fortalecimento político, econômico e social de Jaguariaíva. Neste contexto, foi construída uma ponte sobre o Rio Itararé, obra autorizada por Lucas de Andrade Monteiro Barros, Presidente da Província de São Paulo. Em 15 de setembro de 1823 um Alvará Imperial eleva a fazenda Jaguariaíva à categoria de Freguesia e, no ano de 1828, liderados por dona Izabel e o Coronel Lobo, a comunidade solicitou licença para a construção de uma capela, sob a invocação do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria, prontamente concedida por Dom Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade, Bispo de São Paulo. Em 12 de maio de 1842, morre o Coronel Luciano Carneiro Lobo, sem ver a capela construída. dona Izabel, mulher desprendida de vaidades e muito religiosa, dedicou-se à sua cidade, e construiu a capela no ano de 1863. Em 1866, doou por esmola ao Senhor Bom Jesus da Pedra Fria uma grande área de terras da hoje cidade de Jaguariaíva. Por ocasião da Guerra do Paraguai forneceu gado para o abastecimento das forças regionais e até da Guarda Nacional, tudo de forma gratuita. Dona Izabel, figura notável, morreu em 17 de agosto de 1870 e foi sepultada no subsolo do santuário. 
Francisco Xavier da Silva, português de nascimento, é outro grande nome da historiografia regional, foi proprietário da fazenda Caxambu e grande povoador da região. Faleceu em 1829 deixando considerável fortuna para seus descendentes ilustres como seu neto, o advogado Francisco Xavier da Silva, que governou o Paraná de 1892 a 1896. De 1900 a 1904 e de 1908 a 1912. Famílias ilustres deram continuidade ao progresso e contribuíram para a história do lugar, dentre as quais destacam-se as de Ferreira de Almeida, Mello, Fonseca, Ribas, Cunha, Sampaio, Pessa, Biscaia e Marques. 
A Lei Provincial n.º 423, de 24 de abril de 1875, eleva Jaguariaíva à categoria de vila, desmembrada de Castro, e a nível de cidade em 5 de maio de 1908, através da Lei n.º 811.
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de Jaguariaíva, por Alvará de 15 de setembro de 1823 e Lei de São Paulo n.º 7, de 06 de setembro de 1845, no município de Castro. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Jaguariaíva, por Lei Provincial n.º 423, de 24 de abril de 1875, desmembrado de Castro. Sede na povoação de Jaguariaíva. Constituído do distrito sede. Instalado em 26 de junho de 1876. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de Jaguariaíva, pela Lei Estadual n.º 811, de 05 de maio de 1908. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede. 
Em 07 de março de 1934, é criado o distrito de Cachoeirinha e anexado ao município de Jaguariaíva. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município aparece constituído de 4 distritos: Jaguariaíva, Água Branca, Cachoeirinha e São José de Paranapanema. 
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 6.667, de 31 de março de 1938, o distrito de São José de Paranapanema passou a denominar-se São José. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Jaguariaíva, Água Branca, Cachoeirinha e São José (ex-São José de Paranapanema). 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 199, de 30 de dezembro de 1943, os distritos de Água Branca, Cachoeirinha e São José tomaram a denominação, respectivamente, Jaguaricatu, Arapoti e Calógeras. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Jaguariaíva, Arapoti (ex-Cachoeirinha), Jaguaricatu (ex-Água Branca) e Calógeras (ex-São José). 
Pela Lei Estadual n.º 2, de 10 de outubro de 1947, o distrito de Jaguaricatu passou a denominar-se Bertagnoli. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 4 distritos: Jaguariaíva, Arapoti, Bertagnoli (ex-Jaguaricatu) e Calógeras. 
Pela Lei Estadual n.º 253, de 26 de novembro de 1954, são desmembrados do município de Jaguariaíva os distritos de Arapoti e Calógeras, para constituir o novo município de Arapoti. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 2 distritos: Jaguariaíva e Bertagnoli. 
Pela Lei Estadual n.º 4.965, de 19 de novembro de 1964, o distrito de Bartagnoli passou a denominar-se Eduardo Xavier da Silva. 
Em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979, o município é constituído de 2 distritos: Jaguariaíva e Eduardo Xavier da Silva. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
O município localizado na região dos Campos Gerais, no segundo planalto paranaense, ocupa uma área 1.453 km², representando 0,7645% da área do estado, 0,2704% da região Sul e 0,0179% de todo o território brasileiro.
Clima
Em Jaguariaíva, o verão é longo, morno e de céu quase encoberto; o inverno é curto, ameno e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 11 °C a 28 °C e raramente é inferior a 6 °C ou superior a 32 °C. 
As melhores épocas do ano para visitar Jaguariaíva e realizar atividades de clima quente são do meio de março ao meio de maio, do meio de agosto ao meio de setembro e do meio ao final de novembro. 
A estação morna permanece por 4,7 meses, de 9 de novembro a 30 de março, com temperatura máxima média diária acima de 26 °C. O mês mais quente do ano em Jaguariaíva é janeiro, com a máxima de 28 °C e mínima de 19 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,8 meses, de 13 de maio a 6 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 22 °C. O mês mais frio do ano em Jaguariaíva é julho, com a mínima de 11 °C e máxima de 21 °C, em média. 
Em Jaguariaíva, a porcentagem média de céu encoberto por nuvens sofre significativa variação sazonal ao longo do ano.
A época menos encoberta do ano em Jaguariaíva começa por volta de 12 de março e dura 6,9 meses, terminando em torno de 9 de outubro. 
O mês menos encoberto do ano em Jaguariaíva é agosto, durante o qual, em média, o céu está sem nuvens, quase sem nuvens ou parcialmente encoberto 65% do tempo. 
A época mais encoberta do ano começa por volta de 9 de outubro e dura 5,1 meses, terminando em torno de 12 de março. 
O mês mais encoberto do ano em Jaguariaíva é janeiro, durante o qual, em média, o céu está encoberto ou quase encoberto 64% do tempo. 
Economia
A cidade tornou-se referência da industrialização rural durante a segunda metade do século XX, devida a proliferação de madeireiras, fábricas de celulose e papel que se estabeleceram no município. Jaguariaíva, na atualidade, fornece para o mercado brasileiro e internacional produtos como resina, madeira para construção, compensado, celulose, papel para revestimento e papel imprensa. Uma das maiores produtoras de papel imprensa está instalado no município desde 1982, a Pisa Indústria de Papéis. 
Jaguariaíva conta com um aproveitamento energético, principalmente o hidrelétrico. A primeira usina instalada no município foi a Usina Velha, construída na década de 1940 para abastecer a Indústria Matarazzo. Situada no rio Capivari, no Parque Linear, a usina foi reativada em 2017, como uma central de geração hidrelétrica (CGH), com 1.000 KW. 
Já no ano de 2000 foi instalado o empreendimento da Pesqueiro Energia S/A., que construiu sob o rio Jaguariaíva uma barragem de 12 metros de altura e uma pequena central hidrelétrica (PCH) com potência instalada em 12,44M Mw. A Pesqueiro também atua no mercado de carbono e é mantida pelas Eletrogeração (30% da sociedade) situada em Castro, Ceral em Arapoti (30% da sociedade) e Ceripa Energia (40% da sociedade) em Itaí.
Jaguariaíva é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O pequeno número de novas oportunidades claras de negócios e o desempenho econômico são os pontos de atenção.
De janeiro a junho de 2025, foram registradas 2,5 mil admissões formais e 2,3 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 208 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 182.
Até junho de 2025 houve registro de 72 novas empresas em Jaguariaíva, sendo que 3 atuam pela internet. Neste último mês, 16 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (8). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 67 empresas.
Turismo
Atrações naturais

As principais atrações naturais do município são: Parque Estadual do Cerrado; Parque Estadual do Vale do Codó; Parque Linear do Rio Capivari - Cachoeirão do rio Capivari; Parque Ambiental Ruy Cunha; Parque Municipal Lago Azul - cachoeira do Lago Azul (20 metros); Cachoeira Véu de Noiva; Cachoeira das Andorinhas; Cachoeira do Butiá; Canyon do rio Jaguariaíva - o 8º maior do mundo em extensão, Morro da Mandinga (1.100 metros); Escarpa da Serra das Furnas; Área de Proteção Ambiental da Escarpa Devoniana - Santa do Paredão/Serra Velha; Rio das Mortes; Taça de Pedra; e Sítio Geológico Jaguariaíva;
Cultura
O Patrimônio cultural da cidade conta com: Casa da Cultura Professor Doutor João Batista da Cruz, 1918. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná; Clube Recreativo Municipal Dona Elvira Puglielli Xavier; Biblioteca Pública Municipal Mary Camargo; Biblioteca Cidadã Monteiro Lobato; Biblioteca Rural Municipal Antônio Lima Barreto; Escola Municipal de Música Elzita Jorge Cunha; Museu Histórico Municipal "Conde Francisco Matarazzo" - Palacete; Memorial Ferroviário da Estação Cidadã Agente Durvalino de Azevedo - Estação Ferroviária (1935). Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná; Cine Teatro Municipal Valéria Luercy; Espaço Cultural Maria Timme; Santuário Senhor Bom Jesus da Pedra Fria - construído entre 1834 e 1864. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná.
Culinária
De origem tropeira, o prato típico do município de Jaguariaíva é a quirera com carne de porco. 
Eventos
Os eventos mais importantes da cidade incluem: Festa da Santa do Paredão (maio); Festa de Santo Antônio de Pádua (junho) - Bairro Pesqueiro; Festa de Agosto - Padroeiro da Cidade: Senhor Bom Jesus da Pedra Fria (final do mês de julho e começo do mês de agosto); Concurso de Declamação de Poesias; Semana da Pátria e Desfile Cívico Temático de 7 de setembro e Festival Cultural (setembro);
Praças
As principais praças são: Praça Getúlio Vargas, Praça Isabel Branco, Praça da Saudade e Parque Euzébio Delgado - Beira Rio.
Distritos industriais
A cidade conta com os seguintes Distritos Industriais: Distrito Industrial (1) Prefeito Albano Ferreira de Barros - empresas: Pisa S/A e Braspine Madeiras Ltda; Distrito Industrial (2) Ary Fanchin - empresas: Valor Florestal e 43 madeireiras e laminadoras; Distrito Industrial (3) Domingos Martins da Costa Passos - empresas: Arauco do Brasil S/A; Distrito Industrial (4) Vereador Josef Bartiniczuk (Antigo Aeroporto) - empresas: Madeireiras e outras; Distrito Industrial (5) Geci Krubnik - empresas: Rodolínea e Bicarbras; Condomínio Conde Francisco Matarazzo - empresas (hoje funcionando como incubadora industrial, tendo este um cinema com praça de alimentação e área de treinamento profissional do SENAI/SENAC);
Educação
Ensino superior

- União Latino-Americana de Tecnologia (ULT) - campus Jaguariaíva
- Instituto Federal do Paraná (IFPR)
- Faculdade de Telêmaco Borba (Fateb) - Unidade Jaguariaíva
- Universidade Norte do Paraná (Unopar) - Polo Jaguariaíva
Cursos técnicos e profissionalizantes
- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)
- Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC)
- Colégio Millenium
- Colégio Estadual Rodrigues Alves (ensino profissionalizante)
Esportes
A cidade de Jaguariaíva possuiu alguns clubes no Campeonato Paranaense de Futebol, dentre eles o Jaguariaíva Futebol Clube e o Esporte Clube Recreativo Ferroviário.
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela .

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

PARNARAMA - MARANHÃO

Parnarama é um município brasileiro do estado do Maranhão, localizado no Leste do estado e partícipe da região de Desenvolvimento do Médio Parnaíba. Sua população, em 2022, conforme censo do IBGE, era de 32.174 habitantes. História A cidade, antigo distrito, vila (1835) e município com a denominação São José dos Matões (mais tarde somente Matões), passou a denominar-se Parnarama a partir de 28 de julho de 1947. História O município de Parnarama teve início no mesmo local onde é hoje a sede do município de Matões. A povoação surgiu quando ocupantes de várias sesmarias, seguindo os jesuítas que partiram de Aldeias Altas, hoje Caxias, rumo ao sertão maranhense, deram início ao desbravamento do território, fixando-se alguns deles no sítio São José, na Gleba Atoleiro, cabendo ao sertanista Manoel José de Assunção a parte principal do trabalho, na tentativa de formar a povoação. A passagem obrigatória de colonizadores e viajantes possibilitou o crescimento da povoação. Dois anos depois, as grandes dificuldades enfrentadas pelos fazendeiros com propriedades nas margens do rio, para atingirem a sede do município, forçaram a que um deles, Lauro Barbosa Ribeiro, utilizando o prestígio político do seu irmão, Joel Barbosa Ribeiro, lutasse pela transferência da sede para um local na margem esquerda do rio Parnaíba, onde foi iniciada a construção da nova cidade, obedecendo um moderno plano de urbanismo. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de São José dos Matões, pela Lei Provincial n.º 13, de 08 de maio de 1835. Elevado à categoria de vila com a denominação de São José dos Matões, pela Resolução de 19 de abril de 1833, confirmada pela Lei Provincial n.º 7, de 29 de abril de 1835. Sede na vila de São José Matões. Pela Lei n.º 386, de 30 de junho de 1855, é extinta a vila de São José dos Matões. Elevado novamente à categoria de vila com a denominação de São José dos Matões, pela Lei n.º 656, de 06 de julho de 1863. Pela Lei Provincial n.º 698, de 02 de junho de 1864, é transferida a sede da vila de São José dos Matões para a povoação de São José de Cajazeiras. Pela Lei Provincial n.º 880, de 04 de junho de 1870, é restabelecida a sede com a denominação de São José dos Matões. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão administrativa referente ao ano de 1933. Em divisão territorial datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município é constituído do distrito sede. Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 820, de 30 de dezembro de 1943, o município São José dos Matões passou a denominar-se simplesmente Matões. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município já denominado Matões aparece constituído do distrito sede. Por Ato das Disposições Constitucionais Transitórias do Estado, promulgado de 28 de julho de 1947, o município de Matões passou a chamar-se Parnarama, passando Matões à condição de distrito do município de Parnarama. Pela Lei Estadual n.º 269, de 31 de dezembro de 1948, é criado o distrito de Brejo de São Félix e anexado ao município de Parnarama. Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 3 distritos: Parnarama, Brejo de São Félix e Matões. Pela Lei Estadual n.º 849, de 30 de dezembro de 1952, é desmembrado do município de Parnarama o distrito de Matões. Elevado novamente à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 2 distritos: Parnarama e Brejo de São Félix. Assim permanecendo em divisão territorial de 2023. 
Geografia
Clima
Em Parnarama, a estação com precipitação é quente, opressiva e de céu encoberto; a estação seca é escaldante, abafada e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 23 °C a 37 °C e raramente é inferior a 21 °C ou superior a 39 °C. 
A melhor época do ano para visitar Parnarama e realizar atividades de clima quente é do meio de junho ao fim de agosto. 
A estação quente permanece por 2,4 meses, de 21 de agosto a 2 de novembro, com temperatura máxima média diária acima de 36 °C. O mês mais quente do ano em Parnarama é outubro, com a máxima de 37 °C e mínima de 25 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 4,2 meses, de 1 de janeiro a 7 de maio, com temperatura máxima diária em média abaixo de 33 °C. O mês mais frio do ano em Parnarama é março, com a mínima de 24 °C e máxima de 32 °C, em média. 
Em Parnarama, a porcentagem média de céu encoberto por nuvens sofre extrema variação sazonal ao longo do ano. A época menos encoberta do ano em Parnarama começa por volta de 28 de maio e dura 4,5 meses, terminando em torno de 11 de outubro. O mês menos encoberto do ano em Parnarama é julho, durante o qual, em média, o céu está sem nuvens, quase sem nuvens ou parcialmente encoberto 67% do tempo. A época mais encoberta do ano começa por volta de 11 de outubro e dura 7,5 meses, terminando em torno de 28 de maio. O mês mais encoberto do ano em Parnarama é março, durante o qual, em média, o céu está encoberto ou quase encoberto 82% do tempo. 
Economia 
Parnarama é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são os pontos de atenção. 
De janeiro a junho de 2025, foram registradas 236 admissões formais e 251 desligamentos, resultando em um saldo negativo de -15 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -16. 
Até junho de 2025 houve registro de 6 novas empresas em Parnarama, sendo que a maioria delas atua com estabelecimento fixo. Neste último mês, não foi identificada nenhuma nova empresa. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (1). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 21 empresas.
Turismo 
A cidade oferece atrações como o Morro do Cruzeiro, a Orla do Açude de Água Branca, a Casa de Cultura Odilon Nunes, Teatro de Arena de Teresina, Igreja Nossa Senhora do Amparo, Estádio Governador Alberto Tavares Silva, Ponte Metálica João Luis Ferreira, Palácio da Música. 
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela ; Weather Spark .