sexta-feira, 3 de outubro de 2025

ALÉM PARAÍBA - MINAS GERAIS

Além Paraíba é um município brasileiro do interior do estado de Minas Gerais, na divisa com o estado do Rio de Janeiro. Localizado na região conhecida como Zona da Mata, é um dos 142 municípios agrupados em sete microrregiões. De acordo com o recenseamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, sua população naquele ano era de 30.717 habitantes. 
História
O território do município de Além Paraíba era habitado pelos índios puris, cropós e croatos. Em 1784, o governador enviou um regimento para fazer um inventário geográfico da região. O regimento construiu os registros de Porto do Cunha, que deu origem a um dos núcleos que formaria a cidade de São José d’Além Parahyba. 
Porto do Cunha, hoje centro comercial da cidade, constituía ponto básico para o transporte de pessoas e mercadorias entre as margens mineira e fluminense do rio Paraíba do Sul. Por volta de 1818, o padre Miguel Antônio de Paiva se instalou em Porto Novo do Cunha, construindo a primeira capela, onde se formou o núcleo de habitações que viria a constituir a cidade de Além Paraíba. 
A chegada da Estrada de Ferro Central do Brasil e da Estrada de Ferro Leopoldina deu novo impulso ao núcleo, criando empregos e intensificando as relações comerciais. Em 1890, a linha de bondes, unindo Porto Novo a São José e servindo, também, a Vila Laroca (ex Limoeiro), colocou Além Paraíba entre as primeiras cidades brasileiras a utilizar esse meio de transporte. A partir do início do século XX, a economia municipal apoiou-se, cada vez mais, no desenvolvimento da indústria, o que contribuiu para ampliar o comércio local.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de São José d´Além Paraíba, pelo Decreto de 14 de julho de 1832 e pela Lei Estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de São José d'Além Paraíba, pela Lei Provincial n.º 2.678, de 30 de novembro de 1880, desmembradas dos municípios de Mar de Espanha e Leopoldina. Constituído de 2 distritos: São José d`Além Paraíba e Pirapetinga, desmembrado de Leopoldina. Instalada em 22 de janeiro de 1882. 
Pelo Decreto Lei Provincial n.º 2.988, de 14 de outubro de 1882 e n.º 3.387, de 10 de julho de 1886 e pela Lei Estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891, é criado o distrito de São Sebastião da Estrela (ex São Sebastião do Maia) e anexado a vila de São José d`Além Paraíba. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de São José d´Além Paraíba, pela Lei Provincial n.º 3.100, de 28 de setembro de 1883. 
Pela Lei Provincial n.º 3.230, de 19 de outubro de 1883, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891, São José d`Além Paraíba adquiriu do município de Leopoldina o distrito de Angustura (ex-Madre de Deus do Angu) teve sua denominação alterada, pela esta mesma Lei supracitada. 
Pelo Decreto Estadual n.º 55, de 06 de maio de 1890, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891, é criado o distrito de Espírito Santo da Água Limpa e anexado ao município de São José d´Além Paraíba. 
Pelo Decreto Estadual n.º 177, de 30 de agosto de 1890, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891, é criado o distrito de São Luís e anexado ao município de São José d`Além Paraíba. 
Pelo Decreto Estadual n.º 404, de 05 de março de 1891, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891, é criado o distrito de Volta Grande e anexado ao município de São José d´Além Paraíba. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 7 distritos: São José d'Além Paraíba, Água Limpa (ex-Espírito Santo da Água Limpa), Angustura ex-Madre de Deus do Angu, Pirapetinga, São Luís, São Sebastião da Estrela e Volta Grande. 
Pela Lei Estadual n.º 843, de 07 de setembro de 1923, o município de São José d’Além Paraíba passou a chamar-se Além Paraíba o distrito de Água Limpa a denominar-se Água Viva, Pirapetinga tomou a denominação de Santana de Piarapetinga. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município já denominado Além Paraíba e constituído de 7 distritos: Além Paraíba, Água Viva (ex-Água Limpa) Angustura, Santana do Pirapetinga (ex-Pirapetinga), São Luís, São Sebastião da Estrela e Volta Grande. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
Pelo Decreto-Lei n.º 148, de 17 de dezembro de 1938, desmembra do município de Além Paraíba os distritos de Santana de Pirapetinga. Elevado à categoria de município com a denominação de Santana. Pela mesma Lei supracitada, desmembra do município de Além Paraíba os distritos Volta Grande, Água Viva, Estrela 9ex-São Sebastião da Estrela) e São Luís, para formar o novo município de Volta Grande. E, ainda Além Paraíba adquiriu do município de Mar de Espanha o distrito de Aventureiro. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 3 distritos: Além Paraíba, Angustura e Aventureiro. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960. 
Pela Lei Estadual n.º 2.764, de 30 de dezembro de 1962, desmembra do município de Além Paraíba o distrito de Aventureiro. Elevado à categoria de município coma denominação de Santo Antônio do Aventureiro. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, município é constituído de 2 distritos: Além Paraíba e Angustura. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2015.
Geografia
A área do município é de 510,250 km².
Clima
Em Além Paraíba, a estação com precipitação é quente, opressiva e de céu quase encoberto; a estação seca é morna e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 14 °C a 32 °C e raramente é inferior a 11 °C ou superior a 36 °C. 
A melhor época do ano para visitar Além Paraíba e realizar atividades de clima quente é do fim de abril ao meio de setembro. 
A estação quente permanece por 3,5 meses, de 6 de dezembro a 21 de março, com temperatura máxima média diária acima de 31 °C. O mês mais quente do ano em Além Paraíba é fevereiro, com a máxima de 32 °C e mínima de 21 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,6 meses, de 8 de maio a 29 de julho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 28 °C. O mês mais frio do ano em Além Paraíba é julho, com a mínima de 14 °C e máxima de 28 °C, em média. 
Rodovias
O município é atendido pelas seguintes rodovias: BR-116 (Antiga Rio - Bahia) (Atual Rio- Teresópolis - Além Paraíba) e  BR-393.
Ferrovias
Além Paraíba possui um importante entroncamento ferroviário entre a Linha Auxiliar da antiga Central do Brasil e a Linha do Centro da antiga Leopoldina. Desde 1996, quando foram concedidas à Ferrovia Centro Atlântica (FCA), as linhas estão destinadas ao transporte de cargas, porém a OSCIP Amigos dos Trem em parceria com as autoridades locais e com a concessionária da linha, pretende reativá-las para o transporte de passageiros, ainda que de forma turística pelo Trem Rio Minas. 
Outras linhas que atendem o município são: Linha Auxiliar da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil e Linha do Centro da antiga Estrada de Ferro Leopoldina
Economia
Além Paraíba possui uma economia diversificada, com destaque para a produção agrícola e o comércio local.
Além Paraíba é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e o pequeno número de novas oportunidades claras de negócios são fatores de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 796 admissões formais e 747 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 49 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 54.
Até junho de 2025 houve registro de 42 novas empresas em Além Paraíba, sendo que 10 atuam pela internet. Neste último mês, 6 novas empresas se instalaram, sendo 2 com atuação pela internet. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (9). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 71 empresas.
Turismo 
Além Paraíba oferece atrativos como a Igreja Largo da Matriz, a Igreja Matriz de Angustura, a Praça Coronel Breves e a Casa de Antiguidades. A cidade também é conhecida por seu carnaval animado.
Cultura 
A cidade possui uma rica história e cultura, com influências tanto de Minas Gerais quanto do Rio de Janeiro.
As principais atrações culturais em Além Paraíba são: Museu Ferroviário; Museu Ciências Naturais e Casa da Cultura.
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela .

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

PORTO UNIÃO - SANTA CATARINA

Porto União é um município brasileiro do estado de Santa Catarina, estando localizada no planalto norte de Santa Catarina. Conta com as águas do Rio Iguaçu, que em um de seus trechos, faz a divisa com o município de União da Vitória (PR). O município é separado de União da Vitória (PR) apenas por uma linha férrea e pelo Rio Iguaçu, formando um único núcleo urbano de aproximadamente 91.695 habitantes, sendo conhecido como "As Gêmeas do Iguaçu". Sua população, conforme censo do IBGE em 2022, era de 32.970 habitantes. 
História
Povoado

Como povoado, a cidade começa em 1842, em descoberta do Vau, no Rio Iguaçu, lugar no rio de baixa profundidade que facilitou as passagens das tropas que vinham dos campos de Palmas. Esse lugar era também o ponto de embarque e desembarque para quem se vali do Iguaçu como meio de transporte. Daí o primeiro nome: Porto da União. 
A pequena vila cresce e em 1855 tem seu nome mudado para Porto União da Vitória. Em 1880 chega de Palmas para se estabelecer no comércio, com a compra e venda de sal, o Coronel Amazonas Marcondes. No ano seguinte tem início a navegação a vapor no Rio Iguaçu transportando passageiros e mercadorias. 
O grande rio sempre esteve ligado à vida e a história da cidade, desde suas origens, acariciando ou castigando-a, às vezes. A partir deste ano chegam os primeiros colonos de origem europeias, na maioria alemães. Mais tarde aportam outras etnias: poloneses, ucranianos, austríacos e russos. No início do século XX, chegam os libaneses. A cidade desenvolveu-se e em 1901, é criado - antes de Porto União, o município de União da Vitória. 
Formação Administrativa
Elevado à categoria de município com a denominação de Porto União, pela Lei Estadual n.º 1.147, de 25 de agosto de 1917, desmembrado do município de Porto União da Vitória. Instalado em 05 de setembro de 1917. 
Pela Lei Municipal n.º 3, de 15 de setembro de 1917, são criados os distritos de Porto União, São João dos Pobres e Vila Hercílio Luz e anexados ao município de Porto União. 
Pela Lei Municipal n.º 12, de 02 de julho de 1918, é criado o distrito de Nova Galícia com território desmembrado do distrito de São João dos Pobres e anexado à Porto União. 
No quadro de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, o município é constituído de 4 distritos: Porto União, Nova Galícia, São João dos Pobres e Vila Hercílio Luz. 
Pela Lei Municipal n.º 45, de 18 de outubro de 1921, é criado o distrito de Valões e anexado ao município de Porto União. 
Pela Lei Municipal n.º 58, de 16 de julho de 1923, é criado o distrito de Taquara Verde e anexado ao município de Porto União. 
Pela Lei Municipal n.º 74, de 19 de julho de 1926, é criado o distrito de Santa Cruz e anexado ao município de Porto União. 
Pela Lei Municipal n.º 93, de 14 de fevereiro de 1928, é criado o distrito de Santelmo e anexado ao município de Porto União. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 8 distritos: Porto União, Nova Galícia, Santa Cruz, Santelmo, São João dos Pobres, Taquara Verde, Vilões e Vila Hercílio Luz. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município aparece com os mesmos distritos da divisão de 1933, menos os distritos de Taquara Verde e Vila Hercílio Luz e mais o distrito de Vila Nova do Timbó. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 86, de 31 de março de 1938 o distrito de Vila Nova do Timbó passou denominar-se Poço Preto e o distrito de São João dos Pobres a denominar-se São João. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 238, 1º de dezembro de 1938, o distrito de São João passou a denominar-se Matos Costa. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: Porto União, Matos Costa (ex-São João), Poço Preto (ex-Vila Nova do Timbó), Santa Cruz e Valões. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 941, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Santa Cruz passou a denominar-se Caúna. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 5 distritos: Porto União, Caúna (ex-Santa Cruz), Matos Costa, Poço Preto e Valões. 
Pela Lei Estadual n.º 391, de 23 de junho de 1950, o distrito de Caúna passou a denominar-se Santa Cruz do Timbó. 
Pela Lei Municipal n.º 78, de 05 de abril de 1951, é criado o distrito de Calmon com território desmembrado do distrito de Matos Costa e anexado ao município de Porto União. 
Pela Lei Municipal n.º 82, de 14 de abril de 1954, o distrito de Valões passou a denominar-se Irineópolis. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o município é constituído de 6 distritos: Porto União, Calmon, Irineópolis (ex-Valões), Matos Costa, Poço Preto e Santa Cruz do Timbó (ex-Caúna). 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960. 
Pela Lei Estadual n.º 819, de 23 de abril de 1962, são desmembrados do município de Porto União os distritos de Matos Costa e Calmon para formar o novo município de Matos Costa. 
Pela Lei Estadual n.º 820, de 23 de abril de 1962, são desmembrados do município de Porto União os distritos de Irineópolis e Poço Preto para formar o novo município de Irineópolis. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 2 distritos: Porto União e Santa Cruz do Timbó. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1995, o município é constituído de 3 distritos: Porto União, Santa Cruz do Timbó e São Miguel da Serra. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Guerra do contestado e a divisa entre as cidades irmãs
A divisa entre as Cidades Gêmeas pode causar certa confusão para os incautos, mas para os moradores é muito clara, incluindo inscrições físicas, pórticos e totens que representam o cruzamento dos estados. A variável que traz a tônica são diretamente relacionadas ao desfecho da Guerra do Contestado, que teve início em 1912 e se prolongou até 1916. Tanto a guerra em si quanto as negociações entre Paraná e Santa Catarina pelas terras e pela divisa, no pós-guerra, tiveram impacto direto no desenhar da linha que divide Porto União de sua irmã paranaense. 
Até antes da guerra, toda a região oeste e centro oeste catarinense pertenciam ao estado do Paraná, incluindo onde hoje é Porto União. Porém, havia um litígio entre as províncias, desde os tempos do primeiro Império. Há cartografias que apontam Santa Catarina como detentora das terras, mas na origem, faziam parte da grande província de São Paulo, depois desmembrada com a criação do Paraná, que teve suas terras, à Oeste estendidas até o Rio Grande do Sul, e não no limiar do Rio Iguaçu, como queriam os catarinenses. Já em cartografias da virada novecentista para o século XX, todo o território era paranaense e na curva do Rio Iguaçu consta apenas o município de Porto União da Vitória (como era conhecido antes da guerra). 
Por sua vez, no mapa paranaense de 1911 há duas menções: "Território pretendido pelo Estado de S. Catharina" e "Zona invadida pelos Catharinenses". Esse litígio tem relação com as origens da guerra e seus desdobramentos reverberam no corte das duas cidades ocorrido com o fim do Contestado. Com a guerra, em 1912 foram desenhados dois mapas. A primeira versão, assinada pelo engenheiro José Niepse da Silva, vide a Coletânea Histórica dos Mapas do Paraná, ainda trazia as terras como sendo do Paraná. Não havia referência à Porto União, mas apenas a sintaxe "União da Victória". No mapa, cabia à Santa Catarina apenas o seu litoral e Vale do Itajaí, até Curitibanos. Todo restante do hoje estado catarinense, incluindo a cidade de Mafra - que também tem sua irmã paranaense, Rio Negro, pertenciam ao Paraná. A pesquisa internacional “Atlas do império do Brazil: uma proposta de definição dos limites do Brasil no século XIX", publicada em 2011, aponta as idas e vindas na disputa de terras e delimitações do território brasileiro e faz referência à questão Paraná-Santa Catarina. 
Um segundo mapa editado em 1912, publicado no mesmo repositório, aponta a primeira divisão oriunda do Contestado, que corta as duas cidades ao meio. Segundo fontes da história oral, com entrevistas à personagens nascidos no período, a linha que dividia Porto União e União da Vitória, era retilínea e uniforme, mais próxima do Morro da Cruz. Todo "S" do Rio Iguaçu, fazia parte do Paraná, incluindo a rua Prudente de Moraes, até a av. João Pessoa, o que também pode ser aferido em antigos registros civis e certidões de nascimento anteriores à 1915. Com os avanços das tropas rebeldes e as ofensivas do Coronel João Gualberto, a estrada de ferro, então construída pela Brazil Railway, empresa inglesa responsável pela construção da linha que ligava São Paulo ao Rio Grande do Sul. Devido à questão estratégica da linha férrea, fez parte direta das barricadas, trincheiras e os avanços das tropas. 
Com a derrota dos sertanejos rebeldes, coube ao governo republicano mediar a divisão das terras "contestadas" e que também foram invadidas pelos revoltos, liderados inicialmente por João Maria, que entre outros pontos lutavam pelo fim do coronelismo, pela expulsão da empresa norte-americana Lumber (que desmatou boa parte da ainda mata atlântica, formada por araucárias e imbuias gigantescas), e pelo fim da República, que apoiava as iniciativas que aniquilou com índios e caboclos. 
A negociação entre Paraná e Santa Catarina, realizadas entre 1916 e 1917, resultaram na atual divisa. Em 5 de setembro de 1917 é criado o município de Porto União. As linhas que dividem as Gêmeas do Iguaçu e, consequentemente os estados de Santa Catarina e do Paraná, são bem delimitadas e já constam do mapa de 1919, até o presente. 
Nos dias atuais, os turistas e visitantes das cidades ainda confundem a hibridez da divisa, o que pode ser esclarecido de forma simples: de um lado, Porto União é dividida pelo Rio Iguaçu, até a ponte férrea. E de outro, formando um triângulo, pela estrada férrea da RFFSA (construída pela citada empresa britânica durante o governo de Afonso Pena). 
Aspectos geográficos
O município de Porto União está localizado no Norte Catarinense, a uma altitude média de 752 metros, sendo o ponto culminante do município o pico do Cerro Pelado, com 1300 metros. 
Relevo
O relevo é constituído de planícies, montanhas, vales, grandes várzeas nas bacias dos Rios Iguaçu e Jangada, na divisa com o estado do Paraná, e do Rio Timbó. 
Hidrografia
O município é banhado pela bacia do Iguaçu, e seus afluentes: Rio Timbó, Rio Pintado, Rio dos Pardos, Rio Bonito, Rio Tamanduá, Rio Barra Grande, Rio Pintadinho e Jangada. 
Clima
O Clima é predominantemente mesotérmico úmido com temperatura média anual de 16,7 °C, com verões frescos com média de 21 °C e invernos rigorosos com média de 12,6 °C. No inverno ocorre com frequência geadas. A precipitação média anual é de 1530 mm. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período entre 1961 e 1991, a menor temperatura registrada em Porto União foi de −6,1 °C em agosto de 1963, nos dias 6 e 7, e a maior chegou a 38 °C em 16 de novembro de 1985. O recorde de precipitação acumulada em 24 horas é de 152,5 mm em 9 de julho de 1983.
Economia
Esquadrias de madeira

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Madeira processada mecanicamente, estima-se que a capacidade instalada de produção brasileira de portas seja de 6 milhões de peças por ano, o que significa que nossa região, com 56 fábricas, (colocando nesse cálculo os municípios vizinhos), produz efetivamente 18,6% da produção brasileira de portas, já que é responsável por uma produção mensal de 93 mil portas e cerca de 55 mil janelas, ou 1.116.000 portas/ano e 660.000 janelas/ano. 
Agroindústrias
As agroindústrias de Porto União significam hoje 25% da economia do município. São 26 agroindústrias espalhadas por todo o interior, envolvendo mais de 250 famílias. Uma das consequências mais positivas dessas agroindústrias é a redução do êxodo rural e a geração de renda para os agricultores. Existem 4 agroindústrias que produzem embutidos todas com inspeção municipal e federal. Os principais são a linguiça, o salame, o lombo defumado, a costelinha, o bacon e a linguicinha. Também cresce a indústria de equipamentos agrícolas, como as Indústrias Knapik. 
Cultura
Arquitetura

Em toda a cidade temos referências de vários estilos da arquitetura, regional e mundial, podendo reconhecer o processo de desenvolvimento da cidade durante as décadas ligadas a esses padrões apresentados nas fachadas. 
Dentre os padrões da arquitetura local o estilo colonial sul-brasileiro, com as clássicas casas feitas de tábuas de araucária, muitas vezes com sua estrutura de imbuia, retirada na própria região, mesmo nas casas mais singelas, lembrando que essa região teve como base econômica o extrativismo das madeiras de lei. Os padrões dessas construções muitas vezes remetiam as culturas daqueles que as erguiam, como dos alemães, poloneses e ucranianos, que desde a metade do século XIX começaram a povoar a região. 
Outra referência clássica regional do início do século XX é a utilização de basalto com argamassa branca nas construções. Mais uma vez inteligentemente utilizando material local de grande abundância na região, as famílias mais ricas, que podiam contratar mão-de-obra para construir suas casas com tijolos e também alguns edifícios públicos têm o seu embasamento e cantaria de basalto unida com a argamassa branca. No centro da cidade a referência é a antiga Escola Alemã. Na região rural da cidade, no distrito de São Miguel da Serra, as paredes de sua igreja foram construídas com esse mesmo material, o que fez dela um ícone da história e cultura regional. 
Outro momento arquitetônico da cidade de Porto União são as construções do início do século XX com padrões do ecletismo, com riqueza de ornamentação, tão comum nos grandes centros urbanos da época, utilizando alvenaria de tijolos como material base de construção. Esse estilo mostra claramente a riqueza regional, ligada a extração de madeira, e a tentativa de fortificar o sentimento nacionalista em uma região lembrada pelas lutas separatistas. 
A maior referência arquitetônica na região fica por conta da estação ferroviária das cidades gêmeas no estilo art déco, inaugurada em 1942 para atender o trecho Itataré-Uruguai. Devido a sua construção, nesse estilo muito peculiar e extremamente atualizado com as novidades dos centros urbanos da época, várias outras construções foram erguidas no mesmo estilo. Hoje o centro de Porto União tem uma das maiores concentrações do estilo art déco do país. 
O modernismo também chegou parcialmente à cidade, sendo o último estilo importante, mas sem um prédio de arquitetura relevante, lembrando que a região entra em decadência após a década de 1960 devido à escassez das fontes madeireiras antes abundantes. As estruturas independentes de concreto podem ser reconhecidas em várias construções como do edifício do Opera Hotel e a Fonte Luminosa da Praça Hercílio Luz. 
Esculturas
O Monumento aos que não voltaram, localizado na praça 1 de maio, homenageia os que lutaram no conflito do Contestado. A Rota dos Imigrantes, ao longo da avenida Getúlio Vargas, exibe ao ar livre várias esculturas em imbuias confeccionadas em homenagem aos imigrantes das etnias que desenvolveram o município. 
Festas típicas
A Festa de São Pedro e São Paulo acontece no bairro São Pedro há mais de 70 anos, possui como atração principal a elaboração de maneira artesanal da fogueira de lenha considerada a maior do Brasil. Mais de 250 pessoas da comunidade colaboram na organização da festa. A festa acontece no mês de julho e possui o acendimento da fogueira menor e maior, além disso, acontece um belo show pirotécnico. 
A Bergbauernfest (Festa dos Colonos da Montanha) acontece no mês de novembro, na localidade do Maratá, à 15 km da área central de Porto União. Trata-se de uma festa típica alemã, resgatando os costumes e as tradições germânicas. 
Agora ocorre também, sempre no início de dezembro a tradicional "Festa do Steinhaeger e do Xixo", que visa manter as tradições e a cultura local! 
Turismo
Caminho das águas

O setor turístico do município possui muita diversidade e estrutura para os turistas. No total são 150 cachoeiras e corredeiras que compõem o cenário natural do nosso interior. Um dos destaques é o Salto do Pintado, a 18 km da área central. Com 30 metros de altura, fornece energia para a fábrica de bancos de igreja de São Miguel da Serra, um dos mais importantes distritos do município. 
Também merece destaque o Salto do Rio dos Pardos, com 72 metros de altura. Além destas, muitas outras cachoeiras possuem estilos mais selvagens, algumas são de difícil acesso e acabam atraindo turistas para aventuras radicais, como rapel, trekking ou canoagem. 
Cachoeiras e saltos com as alturas e localização
Porto União conta com diversas cachoeiras e saltos, a saber: Salto do Rio dos Pardos - Rio dos Pardos (72 metros); Cachoeira do Km13 - Rio Forquilha (25 metros); Salto do Pintado - Rio Pintado (30 metros); Cachoeira Barra do Rio Bonito - Rio Bonito; Salto do Rio Bonito - Rio Bonito (30 metros); Cachoeira do Rio Alonso - Rio Alonso (30 metros); Salto do Quati - Rio dos Pardos (12 metros); Cachoeira do Despraiado - Rio Timbó (70 metros); Cachoeira do Rio Bugio (9 metros); Cachoeira do Rio Pila; Cachoeira Campestre; Cachoeira Boca do Corte - Rio Papuã; Cachoeira do Legrú - Rio da Areia; Cachoeira da Rampa (6 metros); Cachoeira da Pedreira; Cachoeira São Martinho de Baixo; Cachoeira São Martinho de Cima; Cachoeira do Branquinho (10 metros) - Rio Santa Maria; Cachoeira do Rio São Francisco (61 metros);Cachoeira do Rio Jangada e Cachoeira Formosa (5 metros).
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE .

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

MORRO DO CHAPÉU - BAHIA

Morro do Chapéu é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população no último censo do IBGE, realizado em 2022, era de 33.594 habitantes.
História
Datam do início do século XVI as primeiras penetrações no território do atual Município. 
Gabriel Soares de Sousa foi um dos primeiros a explorar a região com o objetivo de descobrir minas de ouro. Em 1591, partiu de Jiquiça, fazenda que possuía no Recôncavo, chegando até as cabeceiras do rio Jacuípe. São lendárias as notícias das passagens de Munibeca, o descobridor das minas de prata, e de Robério Dias pelas terras de Morro do Chapéu. Também a permanência do sertanista Romão Gramacho influiu no desbravamento da região, onde desenvolveu atividade exploradora, ficando o seu nome fixado no do rio Vereda do Romão Gramacho. 
A fertilidade do solo muito concorreu para que alguns exploradores se fixassem às margens do riachão Utinga (atual Município de Utinga) fazendo plantações e edificando moradias. Entretanto, o principal fator do povoamento de Morro do Chapéu foi a concessão de grande área de terras ao 6° Conde da Ponte, estabelecendo-se várias fazendas. 
Em 1724, quando se iniciou a exploração de ouro na freguesia de Jacobina já se desenvolvia a criação de gado no território do atual Município. Motivos de ordem econômica determinaram a abertura de estradas que ligavam Jacobina ao rio São Francisco e a Minas Gerais, passando pela fazenda Gameleira. Em 1795, o missionário capuchinho frei Clemente Adorno chegou à fazenda Morro iniciando a catequese. Por sua iniciativa foi edificada uma capela em terreno doado por Antônio Ferreira dos Santos, proprietário da fazenda Gameleira. Em torno da capela surgiram edificações nascendo assim a povoação de Gameleira, encravada na fazenda do mesmo nome. 
Em 1823, a população do território foi aumentada por habitantes portugueses, refugiados da perseguição dos nacionais. resultante das lutas da independência do Brasil, os quais aí estabeleceram fazendas de gado. 
A capela concluída em 1834, foi elevada a freguesia quatro anos mais tarde, sob o orago de Nossa Senhora das Graças, desmembrada de Santo Antônio da vila de Jacobina. Nessa ocasião, o povoado passou a chamar-se Morro do Chapéu e teve categoria de distrito de paz.
Formação Administrativa
Distrito criado pela Lei Provincial n.° 67, de 1º de junho de 1838, com a denominação de Morro do Chapéu e anexado ao município de Jacobina. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Morro do Chapéu, pela Lei Provincial n.° 933, de 07 de maio de 1864, desmembrado de Jacobina. Sede na antiga povoação de Morro do Chapéu. Constituído do distrito sede. Instalado em 06 de novembro de 1865. 
Pela Lei Provincial n.º 2578, de 22 de novembro de 1887, é criado o distrito de Riachão do Utinga e anexado a vila de Morro do Chapéu. 
Pelo Decreto Estadual de 29 de agosto de 1890, é criado o distrito de Canabrava do Miranda e anexado a vila de Morro do Chapéu. 
Pela Lei Municipal de 12 de novembro de 1906, e Lei Estadual n.º 680, de 27 de agosto de 1906, é criado o distrito de Ventura e anexado ao município de Morro de Chapéu. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de Morro do Chapéu, pela Lei Estadual n.º 751, de 08 de agosto de 1909. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 5 distritos: Morro do Chapéu, Canabrava do Miranda, Caraíba, Riachão do Utinga e Ventura. 
Pela Lei Estadual n.º 1.090, de 22 de julho de 1915, é criado o distrito de América Dourada e anexado ao município de Morro do Chapéu. 
Pela Lei Municipal n.º 97, de 11 de abril de 1916, aprovada pela Lei Estadual nº 1.209, de 02 de agosto de 1917, é criado o distrito de Bela Vista de Utinga e anexado ao município de Morro do Chapéu. 
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1º de setembro de 1920, o município é constituído de 7 distritos: Morro do Chapéu, América Dourada, Bela Vista do Utinga, Brejinho, Canabrava do Miranda, Caraíba e Riachão do Utinga. 
Pela Lei Estadual n.º 1896, de 02 de agosto de 1926, o distrito de América Dourada foi transferido do município de Morro do Chapéu para o novo município de Irecê. Criado com território do extinto distrito de Caraiba. 
Pelo Decreto n.º 7.479, de 08 de julho de 1931, Morro do Chapéu adquiriu o extinto território do município de Irecê, como simples distrito. 
Pelo Decreto n.º 8.452, de 31 de agosto de 1933, são desmembrados do município de Morro do Chapéu os distritos de Irecê América Dourada, para constituir novamente o município de Irecê. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 7 distritos: Morro do Chapéu, Bela Vista do Utinga, Brejinhos, Canabrava do Miranda, Riachão do Utinga, Ventura e Wagner. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município aparece constituído de 8 distritos: Morro do Chapéu, Bela Vista do Utinga, Brejinhos, Canabrava do Miranda, Dias Coelho, Riachão do Utinga, Ventura e Wagner. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 11.089, de 30 de novembro de 1938, o distrito de Canabrava do Miranda e Bela Vista de Utinga tiveram seus topônimos simplificados, respectivamente, Miranda e Bela Vista. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: Morro do Chapéu, Bela Vista (ex-Bela Vista do Utinga), Dias Coelho, Miranda (ex-Canabrava do Miranda), Riachão do Utinga e Ventura. Não figurando o distrito de Brejinho e Wagner. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 141, de 31 de dezembro de 1943, retificado pelo Decreto Estadual nº 12.978, de 1º de junho de 1944, os distritos de Bela Vista e Miranda passaram a denominar-se, respectivamente, Utinga e Canarana. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 6 distritos: Morro do Chapéu, Bela Vista, (ex-Utinga), Canarana (ex-Miranda), Riachão do Utinga, Utinga (ex-Bela) e Ventura. 
Pela Lei Estadual n.º 550, de 27 de abril de 1953, é desmembrado do município de Morro do Chapéu o distrito de Utinga. Elevado à categoria. 
Pela Lei Estadual n.º 628, de 30 de dezembro de 1953, foram criados os distritos Barro Alto Cafarnaum, Camirim, Duas Barras do Morro, Lagoa do Boi, Mulungu do Morro e Várzea do Cerco e anexados ao município de Morro do Chapéu. Pela mesma Lei Estadual, o distrito de Riachão do Utinga foi transferido do município de Morro do Chapéu para o de Utinga. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o município é constituído de 11 distritos: Morro do Chapéu, Barro Alto, Cafarnaum, Camirim, Canarana, Dias Coelho, Duas Barras do Morro, Lagoa do Boi, Mulungu do Morro, Várzea do Cerco e Ventura. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960. 
Pela Lei Estadual n.º 1.715, de 16 de julho de 1962, são desmembrados do município de Morro do Chapéu os distritos de Canarana, Barro Alto e Lagoa do Boi, para constituir o novo município de Canarana. 
Pela Lei Estadual n.º 1.719, de 16 de julho de 1962, são desmembrados do município de Morro do Chapéu os distritos de Cafarnaum e Mulungu do Morro, para constituir o novo município de Cafarnaum. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município constituído de 6 distritos: Morro do Chapéu, Camirim, Dias Coelho, Duas Barras do Morro, Várzea do Cerco e Ventura. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988. 
Pela Lei Estadual n.º 5.014, de 13 de junho de 1989, é desmembrado do município de Morro do Chapéu o distrito de Várzea do Cerco, para constituir o novo município de Mulungu do Morro. 
Pela Lei Estadual n.º 4.581, de 05 de novembro de 1985, é criado o distrito de Icó e anexado ao município de Morro do Chapéu. 
Pela Lei Estadual n.º 4.585, de 05 de novembro de 1985, é criado o distrito de Tamboril (ex povoado) e anexado ao município de Morro do Chapéu. 
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 7 distritos: Morro do Chapéu, Camirim, Dias Coelho, Duas Barras do Morro, Iço, Tamboril e Ventura. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
Clima

Morro do Chapéu possui um clima subtropical úmido (tipo Cwa segundo Köppen). Possui temperaturas suaves para a região com baixa latitude, por volta de 18 a 28 °C, no verão. E no inverno, já foi registrada temperatura mínima abaixo de 10 °C, embora ocorram muito raramente. Apresenta um verão úmido e mais fresco que as cidades do entorno, moderada principalmente pela altitude acima dos 1000m e pelas chuvas de verão que se apresentam torrencialmente ou advindas do oceano, assim como invernos relativamente frios e mais secos. 
A cidade apresenta duas estações bem definidas: A das chuvas vai de novembro a abril e a da seca vai do final de abril a outubro.[carece de fontes] 
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1970 e a partir de 1977, a menor temperatura registrada em Morro do Chapéu foi de 7,2 °C em agosto de 1963, nos dias 24 e 31, e a maior atingiu 36,8 °C em 3 de dezembro de 2015.[12] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 124,8 mm, em 27 de dezembro de 1977. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 122,2 mm, em 18 de novembro de 2014; 111 mm, em 16 de março de 1969; 109,4 mm, em 27 de março de 1997; 105,3 mm, em 22 de dezembro de 1963; 104,5 mm, em 9 de março de 1987 e 101,4 mm, em 2 de abril de 2017.
Economia
Morro do Chapéu é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e por apresentar novas oportunidades de negócios. O baixo potencial de consumo e o desempenho econômico são fatores de atenção.
De janeiro a maio de 2025, foram registradas 270 admissões formais e 247 desligamentos, resultando em um saldo de 23 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -74.
Até maio de 2025 houve registro de 7 novas empresas em Morro do Chapéu, sendo que 2 atuam pela internet. Neste último mês, 4 novas empresas se instalaram. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (0). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 23 empresas.
Infraestrutura
Educação

Morro do Chapéu é um dos três municípios do território de identidade da Chapada Diamantina a possuir um Centro Estadual de Educação Profissional (CETEP): o Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde, Meio Ambiente e Recursos Naturais do Centro Baiano Jubilino Cunegundes.
Turismo 
Em Morro do Chapéu podem ser exploraradas as maravilhas naturais como a Cachoeira do Ferro Doido, a Gruta dos Brejões, e a Rota Enogastronômica Sensorial, que une vinho, gastronomia e natureza. A cidade também se destaca pela ufologia, com uma praça temática de disco voador, e oferece atrações urbanas como a igreja de Nossa Senhora da Graça e o monumento a Francisco Dias Coelho. 
Atrações naturais 
- Cachoeira do Ferro Doido: Uma das joias naturais da região, conhecida por sua beleza e cenários deslumbrantes. 
- Gruta dos Brejões: Uma gruta que oferece uma experiência única para os amantes da natureza e de aventura. 
- Rota Enogastronômica Sensorial: A exploração dos sabores da região, conectando os visitantes com a natureza e os vinhos locais, com presença de vinícolas na região. 
Cultura e ufologia 
- Praça do Disco Voador: Uma praça temática de ufologia, com estátuas de alienígenas e uma réplica de um disco voador, uma homenagem ao ufólogo Alonso Ré. 
- Igreja de Nossa Senhora da Graça: Um marco histórico e religioso na cidade. 
- Monumento do Coronel Francisco Dias Coelho: Uma homenagem ao primeiro coronel negro do Brasil, localizado no centrinho da cidade. 
Experiências locais 
- Caminhadas e trilhas: É possível aproveitar a natureza e os cenários incríveis, com diversas opções de trilhas e cachoeiras para explorar a região da Chapada Diamantina. 
- Festas tradicionais: A participação nas festas regionais, como a Festa do Vaqueiro, que celebra as tradições locais, é uma oportunidade ímpar. 
- Gastronomia: A culinária local pode ser desfrutada nos diversos restaurantes da cidade, que oferecem opções para todos os gostos. 
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela .