sábado, 30 de agosto de 2025

ÁGUA PRETA - PERNAMBUCO

Água Preta é um município brasileiro do Estado de Pernambuco. O município é formado pelos distritos sede, Santa Terezinha e pelo povoado de Agrovila Liberal. A população no último censo do IBGE, de 2022, era de 26.461 pessoas. Para o ano de 2024, a população estimada pelo IBGE é de 27.221 pessoas.
História
A criação da Freguesia do Rio Formoso ocorreu em 4 de maio de 1840 mediante Lei Provincial n.º 85, de 1840. A Vila foi criada pela Lei Provincial n.º 156, de 6 de abril de 1846, desmembrada da Vila do Rio Formoso. A extinção da Freguesia de Barreiros deu-se em 1º de dezembro de 1846, através da Lei Provincial n.º 175/1846. A Vila foi extinta pela Lei Provincial n.º 314, de 13 de maio de 1853, passando a sua sede para a povoação dos Barreiros que é elevada à categoria de Vila. 
A Vila de Água Preta foi restaurada mediante Lei Provincial n.º 460, de 2 de maio de 1859. A Comarca dos Palmares foi criada mediante Lei Provincial n.º 520, de 13 de maio de 1862. A criação da Freguesia de Nossa Senhora dos Montes foi criada mediante Lei Provincial n.º 884, de 28 de abril de 1868. 
A Vila da Água Preta foi novamente extinta passando a sua sede para a povoação de Montes, hoje o município dos Palmares, em 24 de maio de 1873, através da Lei Provincial n.º 1.093. A Vila de Água Preta foi novamente restaurada em 12 de maio de 1879, através da Lei Provincial n.º 1405/1879, sendo desmembrada da de Palmares, ficando até nos dias atuais com sua autonomia administrativa, tendo o seu primeiro prefeito eleito, o Dr. Francisco Cornélio da Fonseca e o Sub-Prefeito, o Cel. Manuel Veríssimo do Rêgo Barros. A elevação à categoria de Cidade a Vila dos Palmares deu-se mediante Lei Provincial n.º 1.458 ,de 9 de junho de 1879. É datada de 28 de outubro de 1879 a reinstalação da Câmara de Vereadores na Vila de Água Preta. 
A criação da Comarca da Água Preta deu-se mediante Lei Provincial n.º 1.805, de 13 de junho de 1884. O Distrito de Sertãozinho foi criado mediante Lei Municipal n.º 04, de 1º de fevereiro de 1893, anexando-o ao município de Água Preta. A Vila de Água Preta foi elevada à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 130, de 3 de julho de 1895. A Lei Municipal n.º 53, de 24 de abril de 1930 cria o Distrito de Xexéu o qual é anexado ao município de Água Preta e sob a mesma lei o Distrito de Sertãozinho passa a denominar-se Sertãozinho de Baixo. O Decreto-Lei Estadual n.º 235/1938 transfere o Distrito de Sertãozinho de Baixo para o Município de Maraial, que a partir de então passa a contar com apenas mais um distrito, o de Xexéu. O Distrito de Santa Terezinha foi criado pela Lei Municipal n.º 459/1962 e anexado ao município de Água Preta. 
A Lei Estadual n.º 10.621 desmembra do Município de Água Preta o Distrito de Xexéu, o qual é elevado à categoria de município autônomo. 
Geografia
Localiza-se a uma latitude 08º42'27" sul e a uma longitude 35º31'50" oeste, estando a uma altitude de 93 metros. Possui uma área de 543 km². 
Hidrografia
Água Preta é atendida pela bacia Hidrográfica do Rio Una e do Rio Sirinhaém.
Clima
Em Água Preta, o verão é longo, quente e de céu quase encoberto; o inverno é curto, morno, com precipitação, de ventos fortes e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 20 °C a 33 °C e raramente é inferior a 19 °C ou superior a 35 °C. 
A melhor época do ano para visitar Água Preta e realizar atividades de clima quente é do início de agosto ao início de novembro. 
A estação quente permanece por 5,3 meses, de 2 de novembro a 12 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 31 °C. O mês mais quente do ano em Água Preta é março, com a máxima de 32 °C e mínima de 23 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,7 meses, de 10 de junho a 1 de setembro, com temperatura máxima diária em média abaixo de 28 °C. O mês mais frio do ano em Água Preta é julho, com a mínima de 20 °C e máxima de 27 °C, em média. 
Economia
O município possui um pequeno comércio, supermercados, pequenas papelarias, pequenas vendas, padarias e atividade canavieira. Existe no município, no distrito de Santa Terezinha, uma usina de açúcar desativada: Usina Santa Therezinha, que respondia por boa parte da receita municipal. 
Os moradores têm uma grande dependência pelo trabalho no poder público, sendo a grande força da economia local. 
Há pessoas que vivem de trabalhos na usina de cana-de-açúcar, enquanto outras dependem de ajudas governamentais. 
Esporte
A cidade de Água Preta já possuiu um clube no Campeonato Pernambucano de Futebol, o Cruzeiro Futebol Clube. Tem tradição no futsal já teve o ouro verde e o Bandeirantes disputando a liga de Pernambuco e ficando em 3º lugar na competição. 
Em 2017, iniciou-se uma grande competição local, a Copa Água Preta de Futsal, com o objetivo de dar oportunidade aos atletas da terra e surgir novos talentos e equipes, proporcionando a competitividade e espirito esportivo entre os munícipes. 
A cidade atualmente conta com um clube de futsal, on Ua City, que sagrou-se campeão pernambucano em 2021. 
Cultura
O município teve a troça Carnavalesca "O Barão Da Água Preta", que tinha um projeto de resgate do carnaval pernambucano. Projeto esse que mesmo com pouco tempo, ganhou bastante notoriedade na região. 
Referência para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; IBGE .

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

IGREJINHA - RIO GRANDE DO SUL

Igrejinha é um município brasileiro da Região Metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. Está localizado no Vale do Paranhana, a uma latitude 29º34'28" sul e a uma longitude 50º47'25" oeste, a uma altitude média de 18 metros. 
Colonizado por imigrantes alemães durante o século XIX, ainda hoje possui população predominantemente de origem alemã. O nome do município se deve a uma pequena igreja construída pelos imigrantes em 1863. Para celebrar as tradições de seus antepassados a cidade criou a Oktoberfest de Igrejinha. 
É um município que conta com as águas do rio Paranhana. Seu principal acesso é pela estrada RS-115, embora também seja atendido pela RS-020. A cidade é uma das maiores produtoras de calçados femininos do Brasil e também a 33ª cidade a ingressar na Região Metropolitana de Porto Alegre, conforme a Lei n.º 13.853 de 22 de dezembro de 2011. 
A população estimada de Igrejinha (RS) em 2024 é de aproximadamente 34.763 habitantes, segundo o IBGE. No censo de 2022, a população foi de 32.808 pessoas. 
História
Colonização

A história de Igrejinha inicia muito antes de sua emancipação, ocorrida em 1964; ela remonta ao ano de 1814, quando foi concedida a Antônio Borges de Almeida Leães uma sesmaria que compreendia os atuais territórios de Taquara, de Igrejinha e de Três Coroas. Em 1845, Tristão José Monteiro adquiriu a sesmaria e criou a Colônia de Santa Maria do Mundo Novo. A partir de 1846 muitos imigrantes alemães vindos do vale dos Sinos, especialmente de São Leopoldo e de Dois Irmãos, e alguns diretamente da Alemanha, fixaram-se nesta colônia e aos poucos espalharam-se, principalmente pelas margens do rio Santa Maria, hoje chamado de rio Paranhana. 
A colônia dividia-se em três seções: Baixa Santa Maria – hoje Taquara, Média Santa Maria – hoje Igrejinha e Alta Santa Maria – hoje Três Coroas. Foi na Média Santa Maria, que Tristão Monteiro construiu a primeira casa de alvenaria do vale, a chamada "Casa de Pedra". Esta casa foi construída para instalar a capatazia e o armazém de abastecimento dos primeiros colonos e do pessoal que procedia a medição das terras do vale. 
Nesta época ocorreram diversos e sangrentos conflitos entre imigrantes e índios, acarretando na completa exterminação dos caingangues na região. O conflito mais conhecido é chamado de Tragédia da família Watenpuhl, onde os índios atacaram a fazenda da família, mataram os homens e sequestraram as mulheres. Este sequestro somente terminou através de uma operação do Exército Imperial Brasileiro. 
Origem do nome
Construída de madeira pelos próprios moradores, a primeira igreja existente em toda região foi inaugurada em 1863. Ela está localizada próxima às margens do rio Paranhana, de fronte ao local onde hoje está construída a igreja evangélica Gabriel de Igrejinha. 
A antiga picada Porto Alegre – São Francisco de Paula (atual RS-020), era rota dos tropeiros de gado que seguiam para São Paulo ou, desciam para Porto Alegre. Desta estrada, que passa sobre regiões montanhosas de Igrejinha, era possível visualizar a pequena igreja. Logo estes viajantes começaram a utilizar a construção como ponto de referência. Foram os tropeiros que começaram a chamar de Igrejinha a localidade até então conhecida por Média Santa Maria, exclamando a cada vez que a avistavam: - Lá está a igrejinha! 
Progresso econômico
Em meados de 1904 a população reuniu-se e construiu a primeira ponte de Igrejinha sobre o rio Paranhana. Em 1912 o comerciante João Kichler construiu uma barragem e um moinho de água no rio para descascar arroz. No moinho instalou uma turbina geradora de energia elétrica, o que possibilitou a instalação de uma rede elétrica para cada lado do rio, fornecendo eletricidade para os domicílios de toda a localidade. Igrejinha foi a pioneira em iluminação elétrica domiciliar em toda a região. 
No ano de 1913, foi construído o ramal Taquara-Canela da rede ferroviária da Viação Férrea do Rio Grande do Sul. Os trilhos acompanhavam o curso do rio. Graças à construção da malha ferroviária, a localidade de Igrejinha teve seu nome oficializado. Igrejinha recebeu uma estação ferroviária (localizada onde hoje está o cruzamento da Avenida Castelo Branco com a Rua João Correa) e uma ponte. O tráfego ferroviário deu um grande impulso ao progresso da localidade, por facilitar o escoamento da produção. 
Por volta de 1930 foi iniciada a primeira empresa que fabricava calçados e artefatos de couro. A partir de então e até 1955 houve um verdadeiro surto de empresas neste ramo. 
Emancipação política
Pelo Ato Municipal n.º 1, de 1º de janeiro de 1935, Igrejinha foi transformada em 8º distrito do município de Taquara. 
Graças ao esforço de muitos industriários e comerciantes igrejinhenses, em 1º de junho de 1964 o então governador do estado, senhor Ildo Meneghetti, assinou a Lei n.º 4.733, transformando Igrejinha em município, emancipado de Taquara. O município foi oficialmente instalado em 9 de fevereiro de 1965, tendo como prefeito o senhor João Darcy Rheinheimer e compondo a câmara municipal os senhores: Paulo Arthur Maria Spohr, Hugo Sperb, Selson Flesch, Pedro Ivan Sparrenberger, Edgar Willy Wolf, Acy Fetter e Carlito Kullmann. 
Passados mais de 160 anos após a chegada dos primeiros imigrantes alemães à Igrejinha, a cidade, ainda hoje possui população predominantemente de origem alemã e é uma das maiores produtoras de calçados femininos do Brasil. A herança germânica, misturada às dificuldades da colonização da região, deu ao município as feições atuais. 
Geografia
A geografia de Igrejinha é bastante variada, apesar de ser um município relativamente pequeno, conta com um relevo bastante acentuado e uma vegetação variada. A área do município é de 136,82 km², representando 0,0509% do território gaúcho, 0,0243% da área da região Sul do Brasil e 0,0016% de todo o território brasileiro. Está a 82 quilômetros de Porto Alegre por via asfáltica, e 66,34 quilômetros em linha reta. Localizada na Encosta Inferior do Nordeste, no Rio Grande do Sul, faz divisa com Três Coroas (ao norte), Taquara (a sudeste), Parobé (ao sul), Nova Hartz (a sudoeste) e Santa Maria do Herval (a oeste).
Igrejinha está localizada na região fisiográfica Encosta Inferior do Nordeste do Rio Grande do Sul, mais precisamente no Vale do Rio Paranhana. A área urbana do município situa-se em baixa altitude, com média de 18 metros acima do nível do mar. O interior do município tem um relevo bastante acidentado tendo seu ponto mais alto a 773 metros de altitude no Morro dos Alpes em Serra Grande. 
Vegetação
A vegetação típica de Igrejinha é a mata atlântica, entretanto, nos locais mais elevados, encontramos também a vegetação típica das regiões serranas do sul: as florestas de araucárias. Na beira do rio Paranhana, e dos arroios há uma arborização bastante densa, servindo de mata ciliar. Encontramos também algumas áreas alagadiças nas áreas mais baixas do município. 
Clima
O município de Igrejinha pertence a zona climática designada pela letra C, no limite dos tipos climáticos Cfa e Cfb, segundo a Classificação climática de Köppen-Geiger. Tais tipos climáticos se caracterizam por serem um clima subtropical úmido quente (Cfa) e clima subtropical úmido temperado (Cfb). A temperatura média gira em torno dos 19 °C, com índice pluviométrico de aproximadamente 1.530 milímetros anuais, regularmente distribuídos ao longo ano, sem a existência de uma estação seca.
Hidrografia
A cidade é cortada pelo rio Paranhana e por vários riachos e nascentes. Igrejinha possui diversas cascatas, localizadas na zona rural. Muitas destas cascatas são atrativos turísticos, como a Cascata de Solitária e a Cascata dos Italianos. O município também conta com diversos lagos artificiais, utilizados para a irrigação das lavouras e como locais para pesca. 
O Paranhana tem nascente na Serra da Canastra na divisa dos municípios de Canela e de São Francisco de Paula. Totalizando 80,6 quilômetros de extensão, banha outros municípios do vale como Três Coroas, Taquara e Parobé. O Paranhana é um afluente do rio dos Sinos, o qual deságua no delta do Jacuí, seguindo pelo lago Guaíba, lagoa dos Patos e daí para o oceano Atlântico. Sua confluência com o Rio dos Sinos se localiza na divisa entre os municípios de Parobé e Taquara no Balneário João Martins Nunes. Suas águas correm no sentido de norte para o sul. Os afluentes da margem esquerda do Rio Paranhana em Igrejinha são os arroios Kampf, Ludovico, Koetz e Além. Na margem direita são afluentes os arroios Ceroula, Canto dos Renck, Voluntária, Nicolau, Solitária e Sanga Funda. 
Existem ainda, cursos d'água contribuintes de outras bacias hidrográficas como o Arroio Cadeia, que tem nascente em Serra Grande e é o principal afluente do rio Cadeia de Santa Maria do Herval, e o Arroio Vicki, que nasce na localidade de Linha Caloni e deságua no rio da Ilha em Taquara. 
Economia
Como em toda a região do vale do Rio dos Sinos, a cidade tem uma economia principalmente voltada à produção do calçado; mas conta também com um forte setor de serviços e comércio. A força de trabalho formal em Igrejinha está localizada na indústria, no setor de serviços e no comércio.
Dentre os três setores da economia, o de agricultura e pecuária é o que representa menor valor agregado ao PIB. Mesmo assim, o município tem uma produção considerável, principalmente de hortifrutigranjeiros. Principal produto agrícola de Igrejinha é a mandioca. Outros produtos que merecem ser citados são a batata inglesa; o milho; a cana-de-açúcar; a laranja e a batata-doce. Nos últimos anos o governo municipal vem apoiando a plantação de videiras, o que deverá elevar a produção de uva. 
Igrejinha possui rebanhos de bovinos, suínos,  equinos, bubalinos, coelhos, ovinos, caprinos e  aves. 
Comércio
O município possui um fortíssimo comércio, sendo conhecido estadualmente pelo turismo de compras, proporcionado pela grande quantidade de lojas de calçados e artigos em couro localizadas na rodovia RS-115, principal acesso a Gramado e Canela. Entre as principais lojas estão a Varejo Piccadilly, a Sapatu's, a McBennet, a BannyPel, a Malhas Daiane, entre outras. A cidade também conta com um bom número de lojas de vestuário, materiais de construção, eletrodomésticos, móveis, entre outras, em sua área mais central. 
Indústria
A economia industrial igrejinhense é baseada na produção de calçados femininos. Igrejinha conta com mais de 750 indústrias, de pequeno, médio e grande porte, sendo que a maioria atua no setor calçadista. Estas indústrias produzem 19 milhões de pares de calçados ao ano, o que equivale a mais de 2,5% de todo o calçado fabricado no país, e empregam diretamente mais de 5,5 mil pessoas. Entre as empresas mais conhecidas e fundadas no município estão a Piccadilly e a Beira-Rio/Vizzano. 
Desde o início do século, a economia industrial de Igrejinha vêm se diversificando com o fortalecimento do polo moveleiro do Paranhana e com a instalação da unidade produtiva da Nova Schin, considerada a mais moderna do Grupo Schincariol. Esta última é responsável pela vinda de outros investimentos para a região.
Divisão territorial
A divisão territorial rural é antecessora à criação do município de Igrejinha, sua formação deu-se graças ao povoamento da região de Santa Maria do Mundo Novo (antigo nome do atual território de Igrejinha, Taquara e Três Coroas) em meados do século XVIII. Havia diversas localidades, entre elas a Média Santa Maria, depois chamada de localidade de Igrejinha. Com a emancipação política, ocorrida em 1964, a localidade de Igrejinha tornou-se sede do município. 
A divisão territorial urbana foi formalizada através da Lei Municipal n.º 441, de 1977, que criou os 7 primeiros bairros oficiais da cidade, sendo estes o Centro, 15 de Novembro, Bom Pastor, Figueira, Moinho, Saibreira e Viaduto. 
Atualmente, o município de Igrejinha conta com 15 bairros na zona urbana e 11 localidades na zona rural.
Infraestrutura
Igrejinha possui uma grande rede de infraestrutura. O Gasoduto Bolívia-Brasil cruza o município. A cidade é uma das únicas do estado a possuir um ramal de distribuição de gás natural (gasoduto), com aproximadamente 7 quilômetros de extensão. Além disso conta com cinco hotéis, motéis, pousadas e áreas para acampamento. Também existem diversos restaurantes, pizzarias, lanchonetes e choperias.
Educação
A cidade possui apenas uma instituição de ensino superior a Fatec Dental CEEO, sendo que sua população também é atendida pelas faculdades e universidades da Região Metropolitana de Porto Alegre: IENH, FACCAT, Feevale, Unisinos, Ulbra e UFRGS.
Saúde
O município possui, entre hospital, postos de saúde e clínicas, 23 estabelecimentos de saúde, sendo que 19 estabelecimentos prestam atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS). A prefeitura municipal mantém 14 postos de saúde localizados em praticamente todos os bairros. A cidade também conta com algumas clínicas e o Hospital Bom Pastor, um hospital filantrópico mantido pela Associação Beneficente de Igrejinha. Este hospital possui 57 leitos de internação através do Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particulares, centro cirúrgico, centro obstétrico e ambulatório. O Hospital Bom Pastor de Igrejinha esteve entre os melhores do estado do Rio Grande do Sul em 2004.
Transportes
A cidade está às margens da RS-115, ligando-se a Três Coroas, Gramado e Canela ao norte, e, ao sul, com Taquara, Novo Hamburgo (via RS-239) e Porto Alegre (via RS-020). Também há a RS-020, que liga Igrejinha a São Francisco de Paula e novamente à Taquara e Porto Alegre. Contudo, há outras vias de menor importância e que ligam Igrejinha aos seus vizinhos ou até mesmo a suas localidades distantes da cidade.
Cultura
A cultura da cidade é fortemente influenciada pela cultura germânica, trazida e cultivada pelos imigrantes alemães que colonizaram a região. Demonstrações da cultura alemã podem ser vistas na arquitetura enxaimel, nas diversas sociedades de canto, nas festas, nos grupos de danças e nos Ternos de Atiradores. O dialeto Riograndenser Hunsrückisch, do alemão, ainda hoje é falado por um número considerável de pessoas, principalmente entre os moradores mais antigos. 
Para cultivar a cultura do município foi criada através da Lei Municipal n.º 971, de 1987, a Fundação Cultural. Esta instituição, mantida pela Prefeitura, mantém a Biblioteca Pública Municipal - com mais de 22 milhares de obras, a discoteca Elis Regina - com um acervo de milhares de discos de vinil, o Coral Municipal, o Museu Professor Gustavo Koetz, uma galeria de arte com obras de artistas locais, e os grupo de danças folclóricas alemãs Kirchleinburg e ACF Wiedergeburt. Ainda existem diversos outros grupos de danças ligados a outras entidades culturais ou às escolas. 
Língua regional
Assim como em muitos municípios do estado do Rio Grande do Sul a língua alemã em sua variante riograndense faz parte intrínseca da própria história de Igrejinha, desde sua fundação. O dialeto falado na região é o Hunsrückisch, uma variante do dialeto prevalente na região do Hunsrück, sudoeste da Alemanha. (Nota: Termos-chave de linguística para consulta são: Rheinfränkisch ou franco-renano e Westmitteldeutsch ou Alemão médio-ocidental). O alemão-riograndense faz parte do grupo de dialetos pertencentes ao tronco linguístico frâncico (i.e. Alemão da pensilvânia, Luxemburguês, de:Lothringisch (Fränkisch) (em francês: le francique lorrain), etc.); vale frisar que para falantes nativos estas línguas possuem um alto grau de inteligibilidade. 
Em 2012 a Câmara de Deputados do Rio Grande do Sul aprovou em voto unânime o reconhecimento oficial do dialeto alemão-riograndense como parte integral do patrimônio cultural do estado.
Arquitetura
Os imigrantes alemães trouxeram consigo a tradição arquitetônica. Diversas casas em estilo enxaimel podem ser observadas ao se percorrer as estradas da zona rural do município. Na cidade encontramos alguns exemplares da reinterpretação do estilo, como o edifício Heidelberg e a Vila Germânica do Parque da Oktoberfest. Na zona urbana o estilo adotado pelos imigrantes foi o eclético. Atualmente a maior concentração de obras neste estilo está nas ruas Independência e Sete de Julho. 
A Igreja Gabriel também é um marco da cultura do município. Construída em 1900 em frente à antiga igreja que dera o nome à cidade, o templo, pertencente a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, possui uma torre com relógios e grandes vitrais em seu altar. 
Festas
A cultura alemã está presente em diversas festividades da cidade como nos bailes de Kerb, uma espécie de quermesse para homenagear os antepassados; nos Bailes do Chope, grandes bailes realizados nas sociedades locais; e na Oktoberfest, um festival das tradições alemãs. Em julho de 2008 a Oktoberfest de Igrejinha foi reconhecida pela Assembleia Legislativa como patrimônio cultural do estado do Rio Grande do Sul, e hoje ela é considerada o maior evento comunitário do país. O espírito comunitário da população é tão grande que mais de 10% dos habitantes (cerca 3 mil pessoas) trabalham voluntariamente durante a Oktoberfest. O resultado final da festa é revertido em doações para entidades filantrópicas e públicas, das áreas da saúde, educação, segurança e cultural.
A cultura italiana é demonstrada na Festa dos Italianos, também chamado de Baile do Vinho. 
Museus
A Casa do Imigrante ou Museu Professor Gustavo Koetz, é um centro cultural histórico sobre a vida do músico e professor Gustavo Koetz e sobre a colonização alemã no município. Neste museu pode-se ver móveis e utensílios agrícolas dos imigrantes, além de instrumentos musicais e partituras das músicas compostas pelo professor. Outro museu de Igrejinha é o Memória da Oktoberfest, localizado na Vila Germânica do Parque de Eventos Almiro Grings (Parque da Oktoberfest). Este museu conta com um acervo de fotografias, dados, documentos e trajes típicos sobre a Oktoberfest de Igrejinha. 
Turismo
Igrejinha é nacionalmente conhecida pelo turismo de compras de calçados. Localizada na principal rota de acesso à Região das Hortênsias, a cidade é ponto de parada dos turistas para compras de calçados e artigos de couro, nas lojas localizadas as margens da RS-115. O parque Ecoland, um parque ecológico privado com lagos, mata nativa e animais silvestres, atrai muitos turistas. 
Localizada em uma região montanhosa o município possui diversas atrações naturais. Os principais atrativos são a Cascata de Solitária - localizada na localidade de mesmo nome, a Cascata dos Italianos - localizada em Linha Caloni, e a Toca dos Bugres - uma caverna também localizada em Linha Caloni que serviu de moradia para os índios habitantes da região. Algumas montanhas também atraem turistas como o Morro dos Alpes - o ponto mais alto do município com 773 metros de altitude, o Morro Alto da Pedra - localizado a 700 metros acima do nível do mar e utilizado para decolagens de Asa-delta e de Parapente (voo livre), e o Monte da Fé, mais conhecido como morro da cruz - um morro com cerca de 670 metros de altitude onde foi construída uma cruz com 30 metros de altura. Estes três morros estão localizados na localidade de Serra Grande. 
O principal evento da cidade é a Oktoberfest, um festival das tradições germânicas, realizada anualmente no mês de outubro, desde 1988. Além do tradicional chope, o evento oferece ao público o melhor da gastronomia típica alemã, produtos coloniais, bandinhas e orquestras, shows nacionais, desfiles de rua, mostras culturais, concursos de chope em metro e jogos germânicos. A cada ano a festa recebe cerca de 200 mil turistas. 
Outro evento importante é a Feira do Livro, realizada desde o ano 2001, durante a semana de aniversário de emancipação do município, no início do mês de junho. Em seus primeiros anos foi realizada na praça Dona Luiza, mas devido ao aumento do número de visitantes, desde o ano 2013 o evento é realizado no Parque de Eventos Almiro Grings. 
Um evento importante na cidade de Igrejinha foi a criação pela prefeitura do aplicativo de turismo em 2023, que marcou o início de uma nova jornada no desenvolvimento do turismo em Igrejinha, tanto rural como religioso. 
Referência para o texto: Wikipédia .

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

POSSE - GOIÁS

Posse é um município brasileiro do estado de Goiás, situado no nordeste goiano. 
Situada na divisa com o estado da Bahia, é conhecida por Rainha do Nordeste Goiano por ser o principal centro da região do Nordeste Goiano. 
A população de Posse, Goiás, no censo de 2022, foi de 34.914 habitantes. Segundo o IBGE Cidades, a população estimada para 2024 é de 36.060 pessoas.
História
O surgimento do município de Posse se deve à chegada dos imigrantes nordestinos que fugiam da seca e da política, além disso, procuravam terras férteis para poderem cultivar e estabelecer vínculo com a região. Primeiramente, o povoado foi chamado de Buenos Aires, situado abaixo do rio Corrente com o rio Paraná. Outro povoado foi formado em decorrência de um surto de malária que fez com que os moradores partissem para a zona chapadeira. Uma residência e uma capela foram construídas por Nazário da Silva Ribeiro. 
Em 1830, os habitantes tomaram posse de faixas de terras à margem do córrego Passagem dos Gerais, a partir desses acontecimentos surge o que seria o atual nome da cidade: Posse. O Distrito é criado com a denominação de Nossa Senhora Santana da Posse pela Lei ou Resolução Provincial n.º 11, de 24 de novembro de 1855, no município de São Domingos. Elevado à categoria de vila com a denominação de Nossa Senhora Santana da Posse, pela Lei ou Resolução Provincial n.º 485, de 19 de julho de 1872, desmembrado de São Domingos e instalado em 20 de julho de 1874. 
Entre os anos de 1957 e o final da década de 1970, o desenvolvimento da cidade foi impulsionado com a inauguração da cidade de Brasília e da Rodovia Brasília-Fortaleza, que passa pelo município. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora Santana da Posse, (ex-povoado) pela Lei ou Resolução Provincial n.º 11, de 24 de novembro de 1855, no município de São Domingos. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Nossa Senhora Santana da Posse, pela Lei ou Resolução Provincial n.º 485, de 19 de julho de 1872, desmembrado de São Domingos. Constituído do distrito sede. Instalado em 20 de julho de 1874. 
Pela Lei Municipal n.º 3, de 29 de novembro de 1906, é criado o distrito de Boa Vista da Posse e Riachão e anexado ao município de Posse. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município já denominado Posse é constituído de 3 distritos: Posse, Boa Vista da Posse e Riachão. 
Em divisão Administrativa referente ao ano de 1933 município aparece constituído de 4 distritos: Posse, Boa Vista da Posse, Iracema e Riachão. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 1.233, de 31 de outubro de 1938, o distrito de Boa Vista da Posse foi extinto, sendo seu território anexado ao distrito de Iracema. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Posse, Iracema e Riachão. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 8.305, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Iracema passou a denominar-se Iaciara e o distrito de Riachão a denominar-se Mambaí. 
Em divisão territorial vigente em 1º de julho de 1950, o município é constituído de 3 distritos: Posse, Iaciara e Mambaí. 
Pela Lei Estadual n.º 2.121, de 14 de novembro de 1958, é desmembrado do município de Posse o distrito de Mambaí. Elevado à categoria de município. 
Pela Lei Estadual n.º 2.122, de 14 de novembro de 1958, é desmembrado do município de Posse o distrito de Iaciara. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 1º de juho de 1960, o município é constituído do distrito sede. 
Pela Lei Estadual n.º 9.173, de 14 de maio de 1982, é criado o distrito de Simolândia e anexado ao município de Posse. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1983, o distrito de Simolândia, figura no município de Posse. 
Pela Lei Estadual n.º 10.448, de 14 de janeiro de 1988, é desmembrado do município de Posse o distrito de Simolândia. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial de 2000 o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2015.
Geografia
O município de Posse localiza-se à latitude 14°05'34" sul e à longitude 46°22'08" oeste, estando à altitude de 811 metros, sendo uma das cidades de maior altitude no Brasil. Ocupa uma área total de 2.070,544 km², representando quase 5% do total do estado. 
Localiza-se na porção nordeste do estado de Goiás, divisa com o estado da Bahia. Situa-se na Região Geográfica Intermediária de Luziânia-Águas Lindas de Goiás e Região Geográfica Imediata de Posse-Campos Belos. Seu território tem como limites as cidades de Simolândia , Alvorada do Norte, Iaciara , Guarani de Goiás e Correntina (esta última em território baiano). Está distante 312 km de Brasília, capital federal, e a 513 km de Goiânia, capital estadual, ligando-se a ambas pela BR-020. A cidade fica a cerca de 24 km da divisa com a Bahia. 
Solo e Relevo
Posse está restrita à zona chapadeira, que é constituída na sua maioria de terreno arenoso, sobretudo nas proximidades da Serra Geral, na parte alta dos gerais. O município é formado de duas zonas distintas, a parte baixa do vale do Paranã e a parte da zona dos gerais. São nitidamente separadas pela serra do Paranã que, vindo da direção de Sítio d’Abadia, atravessa o município de Posse de sul a norte, seguindo paralela à Serra Geral e formando um contraforte ou um grande salto para atingir o altiplano da linha divisória com o estado da Bahia. 
Predominam na zona geralista terras áridas, taboleiros cobertos por uma macega rala, dura, agreste, formada de uma vegetação raquítica. No cerrado que se encontram espécies de árvores frutíferas em grande quantidade (pequizeiros, mangabeiras, cajueiros), além de uma grande variedade de plantas medicinais. 
Hidrografia
Na hidrografia, passam pelo município os rios Sucuri, Extrema e Passagem, afluentes do Rio Prata, além dos rios Água Quente, Macambira, Piracanjuba e Bezerra, afluentes do Rio Corrente. 
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde novembro de 1975 a menor temperatura registrada em Posse foi de 10,8 °C em 19 de maio de 2022; até essa data, o recorde era de 11,2 °C em 4 de agosto de 1980. Por outro lado, a maior temperatura da série histórica ocorreu em 8 de outubro de 2020, quando a máxima atingiu 39,3 °C. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 174 mm em 10 de abril de 1994. Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 136 mm em 23 de fevereiro de 1985, 132,4 mm em 15 de novembro de 2012, 126,1 mm em 7 de janeiro de 2012, 100,6 mm em 21 de dezembro de 2021, 100,5 mm em 5 de dezembro de 1988 e 100 mm em 24 de fevereiro de 1999. Dezembro de 2021 é o mês mais chuvoso da série histórica, com 591,1 mm, superando os 585,2 mm registrados em dezembro de 1989.
Economia
Posse possui o 60º maior Produto Interno Bruto (PIB) dentre os municípios goianos.
No município há uma unidade da Câmera de Dirigente Lojistas (CDL), que monitora um total de 1.132 estabelecimentos empresariais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). 
A economia de Posse vem crescendo com passar dos anos, principalmente pela localização geográfica, fazendo divisa com o estado da Bahia. Com desbravamento do cerrado pelos pioneiros em busca de terras mais baratas e planas para produção de grãos, como soja, milho, algodão, arroz, caju, mamão e criação de gado. Posse é uma cidade próxima desta fronteira e oferecia melhor estrutura comercial e bancária. 
Atualmente há crescimento da agricultura e pecuária, e conta com um comércio de bens e serviços fortes e competitivos, rigorosos e bastante desmistificados, suficientes para atender toda a demanda do produtor e pecuarista, sua população e região. Posse tem algumas indústrias ligadas a agropecuária. 
Posse conta com uma grande estrutura de agências bancárias, supermercados, casas de peças, imobiliárias, casas de materiais de construção, gráficas, clínicas, farmácias, lojas de vestuários e calçados, lojas de eletrodomésticos, fábrica de móveis, transportadora, moves, revendas de veículos, revenda de motos, máquinas e implementos, produtos veterinários e agrícolas e outras empresas. 
Do ponto de vista do turismo, destaque para o Parque Estadual Terra Ronca, que tem objetivo de preservar a fauna, a flora, os mananciais e, em particular, as áreas de ocorrências de cavidades naturais subterrâneas e seu entorno, protegendo sítios naturais de relevância ecológica e reconhecida importância turística, assegurando e proporcionando oportunidades controladas para uso público, educação e pesquisa científica, como a "Terra Ronca" , caverna com a maior boca natural do Brasil. 
Infraestrutura
Posse é considerada cidade polo de serviços na região Nordeste de Goiás, sendo um centro de zona A. Esse nível é formado no Brasil por cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; exercem funções de gestão elementares. Posse é uma das 192 cidades no país com esta classificação. 
Educação
Posse conta com uma unidades da Universidade Estadual de Goiás (UEG) uma unidade da Faculdade Fael e o Instituto Federal Goiano, que atendem todos os estudantes da região e até de outros Estados.
Transporte
Posse é servida pelo seu aeroporto, com 1.500 metros de extensão, que atualmente está fora de serviço. 
Posse está situada próximo da BR-020, a Rodovia Brasília-Fortaleza (cerca de 7 km) e seu acesso se dá pela GO-453 (Estrada Brasília). Outros acessos pela BR-020 se dão pela Rua Antônio Ferreira da Costa e Avenida Juscelino Kubischek de Oliveira, ambas as últimas ainda não asfaltadas. Na divisa com a Bahia, na mesma rodovia, há o Posto Rosário, que serve também como paradouro. 
Na cidade há um terminal rodoviário com horário direto para Brasília, Goiânia, Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e Salvador. O terminal é atendido pelas empresas Planalto, Reunidas, Guanabara, Real Expresso, Rápido Federal, Gontijo e Cantelle. 
Cultura
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura é o órgão da prefeitura responsável pela educação e pela área cultural do município de Posse, cabendo a ela organização de atividades e projetos culturais. 
Esporte
No ano de 2013 foi entregue a população a reforma do Estádio Serra das Araras, com capacidade para cerca de duas mil pessoas. O estádio possui área de 38 mil m².
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE .

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

NOSSA SENHORA DA GLÓRIA - SERGIPE

Nossa Senhora da Glória é um município brasileiro do estado de Sergipe. Sua população, segundo dados do censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 41.202 habitantes, sendo o município mais populoso do sertão sergipano e o décimo em todo estado, estabelecendo-se como principal centro cultural e econômico da região. Entre 2010 e 2022, segundo o IBGE, o município registrou o segundo maior crescimento populacional de Sergipe, ficando atrás apenas da Barra dos Coqueiros. O IBGE classifica o município como Centro Sub-regional B (3B). 
História
A primeira povoação na região da atual cidade recebeu o nome de Boca da Mata, dado pelos viajantes que descansavam no local. Por volta de 1600 a 1620, os ranchos ali existentes formaram uma povoação. Posteriormente, a localidade foi rebatizada quando o pároco Francisco Gonçalves Lima, fez uma campanha junto aos moradores para aquisição de uma imagem de Nossa Senhora da Glória. 
A evolução política de Boca da Mata iniciou-se em 1922, quando a povoação passou a ser sede do 2º distrito de paz de Gararu, já com a denominação de Nossa Senhora da Glória. Seis anos depois, no dia 26 de setembro, passou à condição de vila e foi desmembrada de Gararu. Nessa época o município passou a pertencer à comarca de Capela. 
No dia 1º de janeiro de 1929, a vila teve como primeiro intendente João Francisco de Sousa, que construiu a prefeitura. Ele foi eleito para o período de 1930 a 1934, mas teve o mandato interrompido pelo movimento revolucionário de 1930. 
Segundo dados colhidos de relatórios feitos pela Universidade Tiradentes baseados no IBGE dos anos de 1991 a 1996, cedidos pela Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura e Lazer de Nossa Senhora da Glória, as terras em que hoje se erigiu o município teriam pertencido, no início do século XVII, a Tomé da Rocha Malheiros. O historiador Carvalho Lima Júnior teria afirmado que uma sesmaria de 10 léguas, a partir da Serra Tabanga, estendendo-se para o sertão, ter-se-ia tornado posse daquele beneficiário. 
À medida que a economia pastoril se desenvolvia pelo sertão sergipano, através da instalação de currais de gado, o consequente processo de ocupação espacial e modificação do meio para a instalação de futuras comunidades foi, pouco a pouco, devastando a mata de vegetação muito alta e densa que cobria o solo daquela região. Entretanto, por ser rota obrigatória para os que vinham de outras regiões, antes de surgirem as primeiras povoações, o local serviu de ponto de descanso no qual pernoitavam os viajantes que se dirigiam a Cotinguiba interessados na compra de açúcar e jabá. 
Sua primeira denominação, “Boca da Mata”, segundo relatam os glorienses mais idosos, deu-se por conta desses viajantes, pois tinham medo de seguir suas rotas durante a noite e ali, na entrada da mata, dormiam. Disso surgiu uma expressão que se tornou comum entre eles: “dormir na boca da mata”. 
Os ranchos que ali se fizeram por conta dessas estadas dos tropeiros, durante as viagens, originaram o primeiro núcleo habitacional. O surgimento do povoado foi se dando entre terras, onde se começou uma modesta atividade pecuária, e sítios, onde se começava a plantar mandioca, milho, feijão e algodão. 
Em 1922, a Lei nº 835, de 6 de fevereiro, constituiu o então povoado “Boca da Mata” como 2º distrito de paz do município de Gararu. A partir daí, sua denominação oficial passou a ser Nossa Senhora da Glória. Em 26 de Setembro de 1928, deu-se a emancipação política do município pela Lei n.º 1.014. 
O nome Nossa Senhora da Glória, segundo informam as pessoas mais antigas do lugar, foi iniciativa do Padre Francisco Gonçalves Lima, seu primeiro capelão, que trouxe a imagem da referida santa, consagrada então padroeira do lugar, e o sino para a primeira capela. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora da Glória, pela Lei Estadual n.º 835, de 06 de novembro de 1922, subordinado aos municípios de Gararu e Porto da Folha. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Nossa Senhora da Glória, pela Lei Estadual n.º 1.014, de 26 de setembro de 1928, desmembrado dos municípios de Gararu e Porto da Folha. Sede no atual distrito de Nossa Senhora da Glória. Constituído do distrito sede. Instalado em 1º de janeiro de 1929. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1960, o município é constituído do distrito sede, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2021.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 10º13'06" sul e a uma longitude 37º25'13" oeste, estando a sua sede em uma altitude de 291 metros,  
compreende uma área de 758,4km². Distante 126 km da capital do Estado, Aracaju, através de rodovias SE 230 e SE 170. 
O município de Nossa Senhora da Glória localiza-se na Região Nordeste do Brasil, no noroeste do Estado de Sergipe, na Região Geográfica Intermediária de Itabaiana e na Região Geográfica Imediata de Nossa Senhora da Glória. 
Além da sede, possui sessenta e um povoados, dentre os quais destacam-se: Angico, Aningas, Lagoa Bonita, Nova Esperança, São Clemente, Quixaba e Lagoa Grande. 
Limita-se ao norte com os municípios de Monte Alegre de Sergipe e Porto da Folha; ao sul, com os municípios de Carira, Nossa Senhora Aparecida e São Miguel do Aleixo; ao leste, com os municípios de Gararu, Feira Nova e Graccho Cardoso e ao oeste, com parte do município de Carira e com o estado da Bahia. 
Devido a sua localização e altitude, é um dos municípios sergipanos onde se registram as menores temperaturas, podendo chegar em situações extremas abaixo dos 13ºC no inverno. 
Clima
Apresenta clima megatérmico semiárido com precipitações médias anuais de 702,4mm3, temperatura média anual de 24,2 (°C); seu período de chuvas se estende do mês de março ao mês de agosto. Seu solo é do tipo massapê, argila arenoso e franco argiloso usado principalmente na cultura de milho e pecuária. Sua vegetação predominante é a caatinga e seu regime hidrográfico compreende o rio Sergipe e riachos sazonais (Capivara, Monteté e Piabas), bacia do São Francisco. 
Cultura
Por estar situada no sertão, ainda hoje é comum encontrar, principalmente na feira realizada às sextas e sábados, homens caracterizados de vaqueiros com gibões e outras vestimentas tidas em couro. Entre os principais eventos do município estão a festa da padroeira Nossa Senhora da Glória, o Carnaforró, o Forró da 15, o Raid da Amizade, a Festa de Santos Reis e a Festa do Leite. 
Já fizeram parte do quadro cultural do município o antigo evento hoje com suas atividades encerradas “O Homem mais feio do sertão”, promovido por Marujo e o antigo Forró da Paz, onde já foi um evento revelação na cidade, promovido pela Câmara de Dirigente Lojistas e a Prefeitura Municipal. 
Em 2011, a cultura da cidade de Glória foi retratada no renomado filme "Vou rifar meu coração", o qual esteve presente nas seletivas de importantes festivais nacionais, como o Festival Internacional de Cinema de São Paulo e o FIC de Brasília.
Outro ponto que a cidade se destaca é o festival Rock Sertão que tornou-se referência para a música alternativa sergipana, servindo como espaço para que as bandas locais possam mostrar o seu trabalho. 
A religião predominante no município é o cristianismo, onde o catolicismo é a principal vertente praticada. Tal influencia religiosa reverbera nos costumes e tradições glorienses, onde se fazem constantes novenas, penitencias e outros ritos de ancestralidade cristã. 
A produção literária e costumes linguísticos glorienses são promovidos através da Academia Gloriense de Letras, que tem como patrono-mor o pároco belga Léon Lambert Joseph Grégorie, figura imponente da história do município, pois é reverenciado pela implementação de equipamentos públicos como escola, creche hospital e asilo, instalados principalmente com capital estrangeiro fruto de doações, além de outras benfeitorias. A AGL, como é conhecida a Academia, é responsável pela Revista AGL. 
Infraestrutura
Educação

O município conta duas escolas estaduais, um colégio e um centro de excelência. 
Como resultado da reivindicação popular ao acesso ao ensino superior e a política de interiorização, foram fundados no município um campus da Universidade Federal de Sergipe e outro do Instituto Federal de Sergipe, ambos voltados para as atividades econômicas predominantes em Nossa Senhora da Glória O IFS oferece além do ensino médio, os técnicos a nível médio de Agropecuária, Agroecologia, Alimentos e superior em Técnico em Laticínios. Já a UFS oferece a nível de graduação os cursos de Engenharia Agronômica, Zootecnia, Agroindústria e Medicina Veterinária. 
Saúde
A saúde em Nossa Senhora da Glória é predominante fornecida pelo poder público. O primeiro hospital da cidade e da região foi o Hospital Coração de Jesus, implementado no conjunto de ações feitas pelo Pe. Leon Gregório, situado hoje no Bairro Divinéia. Após a criação do Hospital Regional João Alves Filho, no Bairro Silos, o Coração de Jesus foi convertido em lar de idosos e que posteriormente foi levado para a zona rural do município, deixando a edificação sem uso social. 
Devido o comportamento do município na dinâmica regional do sertão sergipano, são tidos em Glória vários equipamentos voltados não só para a população gloriense, mas como também aos municípios vizinhos. São exemplos disso o Hospital Regional João Alves Filho e o Centro de Especialidades Odontológicas Zé Peixe, onde estão sob suas áreas de cobertura os municípios de Canindé do São Francisco, Feira Nova, Gararu, Graccho Cardoso, Itabi, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Poço Redondo, Porto da Folha e São Miguel do Aleixo. É comum que municípios baianos também sejam atendidos pelas unidades de saúde da cidade. 
Economia
Segundo portal do Sebrae, os setores econômicos que mais reuniram trabalhadores em 2021 foram Comércio Varejista, Fabricação de Produtos Alimentícios e Fabricação de Móveis. 
Nossa Senhora da Glória é conhecida pela sua esbelta produção leiteira, maior do estado, e toda cadeia econômica oriunda dela. Como suas agroindústrias vinculadas principalmente a produção leiteira de base familiar que movimenta o capital dentro do município. 
Uma de suas principais atividades econômicas é a pecuária, com destaque para as atividades de bovinocultura, ovinocaprinocultura, suinocultura e a criação de animais de pequeno porte como frangos. 
O rebanho bovino do município, como o de toda a região do semiárido, varia de acordo com o tempo. Em sua maior parte, destina-se à produção leiteira; o restante, ao abate. Os índices médios de produtividade de Nossa Senhora da Glória ficam em torno de 720 litros de leite anuais por cabeça, o que equivale a uma produção anual de algo próximo de 67 milhões litros. A maior parte dessa produção é absorvida pelas fabriquetas laticínios da região. A outra parte destina-se à produção de queijos e derivados, que são comercializados nas feiras locais e nos municípios vizinhos. 
A segunda atividade econômica mais importante é a agricultura, destacando-se a cultura de milho, feijão, (que ocupam grande percentual da área de lavoura do município: 14.271 hectares), algodão, mata, sorgo, capim búffel, capim pangola, palma forrageira, leucena, pasto nativa. 
O setor secundário no município ainda é pequeno, mas tende a crescer, tanto em tecnologia quanto em espécie. A cidade possui fábricas de sacolas plásticas, de artefatos de cimento, de esquadrias de metal, de móveis de metal e madeira, de artigos de tricô e croché, de chapéus, gorros e bonés e de vassouras. Possui algumas confecções de roupas. Produz ainda derivados da mandioca, conservas de frutas, pães, biscoitos e bolachas, sorvetes e picolés. 
O comércio do município, já em processo de franca expansão, atende sobremaneira à demanda interna e aos municípios vizinhos, embora ainda dependa de alguns produtos do setor secundário vindos de outras regiões como Aracaju, Itabaiana, Tobias Barreto, Estância e Caruaru, no Estado de Pernambuco. Produtos primários também são adquiridos de Ribeirópolis, Moita Bonita, Canindé do S. Francisco, Lagarto e Arapiraca. 
A feira livre, realizada aos sábados, é a mais importante da região. A localização do município permite a convergência de comerciantes vindos de boa parte da circunvizinhança: Ribeirópolis, Moita Bonita, Capela, Aquidabã e Nossa Senhora das Dores. A feira atrai principalmente consumidores dos municípios de Monte Alegre, Graccho Cardoso, Gararu, Poço Redondo, Canindé, Feira Nova e Porto da Folha. Nela destaca-se o comércio em grosso de queijo, manteiga, frutas, cereais e farinha de mandioca. 
Principais festas
As principais festas da cidade são: Festa de Santos Reis; Rock Sertão; Forró da praça 15 de novembro; Festa religiosa da Padroeira de Nossa Senhora da Glória (festa de agosto); Exposição Agropecuária e Feira do Leite; Carnaforró e Vaquejada.
Atrativos turísticos
Dentre os atrativos turísticos encontram-se: Barragem; Palácio das Artes; Praça da Prefeitura; Praça de Eventos; Praça Padre Leon Gregório; Ginásio de esportes "Padre Leon Gregório"; Igreja Matriz e Trilha no Riacho Capivara.
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE .

terça-feira, 26 de agosto de 2025

JOSÉ BONIFÁCIO - SÃO PAULO

José Bonifácio é um município brasileiro do estado de São Paulo. Sua população conforme o Censo 2022, do IBGE, era de 36.633 habitantes. O município é formado pela sede e pelos povoados de Machados e Santa Luzia. A cidade faz parte da Região Metropolitana de São José do Rio Preto. 
História
O marco inicial de fundação da cidade se deu em lugar usado para pouso de boiadas, em 1906, à margem esquerda do córrego Cerradão. O local foi escolhido pelo fundador José Crescêncio de Souza, para construir os três primeiros casebres de pau-a-pique, na via que ficou conhecida como "Rua do sapo", onde havia muitos desses anfíbios. Atualmente esse ponto é o cruzamento da Rua 13 de Maio, antiga Rua do Comércio e primeiro centro da povoação, com a Avenida 9 de Julho. 
Dois anos depois, em 1908, se juntaram os irmãos Manuel, Justino e Carlos Rodrigues de Sant'Anna, que decidiram doar treze alqueires de terra à Igreja para constituição de um Patrimônio. O pequeno povoado que se formava tomou emprestado o nome do riacho à beira do qual nasceu. A primeira capela foi construída em 1913, tendo como padroeiro, São João Batista. No ano seguinte, pela Lei n.º 1.415, de 7 de julho de 1914, a Vila Cerradão é alçada a Distrito de Paz. 
A partir de 1918, quando Antônio Gonçalves da Silva assume o cargo de escrivão de paz, ocorrem importantes avanços, tornando-se ele, um dos principais líderes pela emancipação política da localidade. Desse esforço, por determinação da Lei n.º 2.007, de 23 de dezembro de 1924, o distrito é transferido do município de São José do Rio Preto para o de Mirassol, com a denominação de José Bonifácio, em homenagem ao Patriarca da Independência do Brasil. 
Neste período é construída a estrada interligando o distrito, desde o Salto do Avanhandava, no Rio Tietê, hoje submerso pelo reservatório da Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava, até a cidade de Rio Preto.
Cria-se o Correio Federal, fundam-se as Escolas Reunidas, além de iniciar o arruamento da sede distrital. A antiga capela é substituída em 1919 por outra de alvenaria, com a frente para a atual Avenida Campos Sales, ou seja, voltada para o nascer do Sol. Essa capela, na década de 1940, foi demolida, após ser edificada a atual igreja, face a face à anterior, contrariando a tradição, acima citada, para aproveitar o largo existente. O autor desse templo foi o Cônego Maurício Caputo, que contratou o construtor bonifaciano, Manoel da Silva Oliveira. Por fim, Monsenhor Ângelo Angioni concretiza, na década de 1990, o sonho acalentado desde a origem, de ter as naves laterais em forma de cruz, com as ampliações concluídas da matriz. 
Decorridos vinte anos da fundação, pela Lei n.º 2.177, de 28 de dezembro de 1926, é criado o Município de José Bonifácio, instalado solenemente em 6 de junho de 1927. 
Completando o ciclo, a Comarca de José Bonifácio foi criada em 30 de novembro de 1938, pelo Decreto n.º 9.775, desmembrando-se da Comarca de Rio Preto.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Cerradão, pela Lei Estadual n.º 1.415, de 07 de julho de 1914, subordinado ao município de São José do Rio Preto. 
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, o distrito de Cerradão figura no município de São José do Rio Preto. 
Pela Lei Estadual n.º 1.982, de 22de outubro de 1924 o distrito Cerradão tomou o nome de José Bonifácio. 
Pela Lei n.º 2.007, de 23 de dezembro de 1924, o distrito de José Bonifácio foi transferido do município de São José do Rio Preto para Mirassol. 
Elevado à categoria de município com a denominação de José Bonifácio, pela Lei Estadual n.º 2.177, de 28 de dezembro de 1926, desmembrado do município de Mirassol. Sede no atual distrito de José Bonifácio (ex-Cerradão). Constituído de 2 distritos: Mirassol e Ubarana. Instalado em 06 de junho de 1927. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: José Bonifácio e Ubarana. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955. 
Pela Lei Estadual n.º 5.285, de 18 de fevereiro de 1959, é criado o distrito de Salto do Avanhandava e anexado ao município de José Bonifácio. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960 o município é constituído de 3 distritos: José Bonifácio, Salto do Avanhandava e Ubarana. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988. 
Pela Lei Estadual n.º 7.644, de 30 de dezembro de 1991, é desmembrado do município de José Bonifácio o distrito de Ubarana. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2020.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 21º03'10" Sul e a uma longitude 49º41'18" Oeste, estando a uma altitude de 458 metros. Possui uma área de 859.947 km². Está localizada no norte/noroeste do estado, a 467 km da cidade de São Paulo. 
Hidrografia
A hidrografia de José Bonifácio está assim composta: Rio Tietê; Ribeirão da Boa Vista; Ribeirão do Cerradão; Ribeirão da Corredeira; Ribeirão da Fartura; Ribeirão dos Ferreiros e Ribeirão do Jacaré.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura mínima registrada em José Bonifácio foi de 0,7 ºC, ocorrida no dia 28 de junho de 2013. Já a máxima foi de 41,3 ºC, observada no dia 30 de outubro de 2012. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de 110,0 mm, em 24 de dezembro de 1998. Em 16 de outubro de 2014 foi registrada a segunda maior temperatura, de 40,2 ºC. 
Rodovias
As rodovias que atendem à cidade são: SP-425 - Rodovia Assis Chateaubriand e BR-153 - Rodovia Transbrasiliana.
Economia
O Setor terciário é o mais relevante da economia de José Bonifácio, com 62,3% do PIB. A indústria corresponde a 29,1%. A Agropecuária é 8,4% do PIB. 
Desde a fundação, as atividades agrícolas mantêm a base sócio econômica do município, destacando-se a rizicultura. Aos poucos, novas culturas foram sendo introduzidas, entre elas o café, milho e soja. A pecuária, outra atividade de grande importância local, também promoveu o desenvolvimento de José Bonifácio que, além da alta produção de leite, possibilitou a instalação de indústrias de conservação de carnes, tanto bovinas como suínas.
Turismo
Localizada ao noroeste paulista, José Bonifácio possui aproximadamente 37 mil habitantes e tem sua economia baseada na agropecuária, comércio e usinas de cana-de-açúcar. Cunhada como “Cidade Amizade”, recebe visitantes de diferentes regiões, que buscam conhecer nossa cultura religiosa ou festiva.
A cidade possui um extenso calendário de eventos com abrangência local, regional e estadual, atraindo visitantes de todas as idades que frequentam a cidade, promovendo o turismo e gerando receitas. Os principais eventos são os Jogos de Inverno, FLIJOB – Festival Literário de José Bonifácio, Juninão (24 de junho) – realizado em comemoração ao aniversário de José Bonifácio, Festa do Peão, Festa de Reis e o Festival “A Mais Bela Voz Bonifaciana” porém, o grande potencial turístico do município está no Turismo Religioso, com famosas procissões, como o Dia 12 de outubro – com a caminhada até a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no Bairro dos Machados, que leva milhares de pessoas ao povoado, a caminhada até o bairro de Santa Luzia, realizada dia 13 de dezembro em louvor a padroeira do bairro e os milagres atribuídos ao Servo de Deus Monsenhor Ângelo Angioni, motivo de estudo do Vaticano desde 2015.
José Bonifácio conta com a maior estrutura hoteleira e gastronômica da região, com 5 hotéis de vários níveis de classificação e mais de 8 restaurantes, várias lanchonetes e pontos de venda de cachorro quente, cujos lanches muito bem elaborados, sendo elogiados por todos que visitam nossa cidade. Outro destaque da cidade é a área da saúde, contendo 7 unidades de atendimento, incluindo um hospital, que realiza atendimento de urgência e emergência 24h.
Esportes
Em José Bonifácio, São Paulo, o SESLARE (Serviço de Esportes, Lazer e Recreação) oferece diversas atividades esportivas, como basquete, futsal feminino e masculino, para crianças, adolescentes e adultos. A Prefeitura também promove eventos esportivos e atividades de lazer para a comunidade. 
Já o Centro Esportivo José Bonifácio oferece piscina coberta, ginásio de lutas, campo de futebol com gramado sintético, boxe, judô, wrestling, hidroginástica, entre outras. 
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Site da Prefeitura Municipal .

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

OEIRAS - PIAUÍ

Oeiras é um município brasileiro do estado do Piauí, na Região Nordeste. Localiza-se a uma latitude 07º01'30" sul e a uma longitude 42º07'51" oeste, no sertão piauiense , tendo uma população de acordo com o censo de 2022 de 38 161 habitantes. 
Topônimo
Segundo o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de autoria do professor, filólogo, linguista, historiador, dicionarista, camonista, bibliógrafo e arabista português: José Pedro Machado, a palavra Oeiras pode ter origem no termo em latim aurarias, que significa "minas de ouro". Aurarias é o plural de auraria, ou seja "mina de ouro" em latim. 
O nome da cidade é uma homenagem ao nobre fidalgo português, diplomata, estadista e secretário de Estado do Reino de Portugal: Sebastião José de Carvalho e Melo, o controverso, carismático e famoso, Marquês de Pombal, também Conde da vila Portuguesa de Oeiras e Primeiro-ministro de Portugal durante o reinado de D. José I. 
História
Oeiras foi o berço da colonização portuguesa na Província do Piauí, a cidade de Oeiras teve seu surgimento motivado pela criação bovina. Em meados do século XVII, a criação de gado foi empurrada pela Coroa Portuguesa para o interior, com o intuito de deixar as terras próximas ao litoral livres para o plantio da cana-de-açúcar, atividade mais lucrativa do Brasil Colônia à época. Com isso, a Coroa portuguesa doou terras no interior da Região Nordeste do Brasil para a povoação portuguesa, Luso-brasileira e criação bovina, em regime de sesmarias. 
Sendo assim, dezenas de bandeirantes desbravadores se adentraram pelas terras do interior nordestino, em busca de terras apropriadas para criar gado. Um desses foi o português Domingos Afonso Mafrense, em conjunto com seu irmão Julião Serra, que foram os responsáveis pela colonização das terras onde hoje se localiza o município de Oeiras e a fundação da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória. 
Domingos Afonso Mafrense tornou-se proprietário de muitas fazendas de gado no sul do Piauí, dentre elas merece destaque a Fazenda Cabrobó, no vale do Riacho Mocha, possivelmente fundada na década de 1670, que deu origem ao núcleo populacional da Vila da Mocha, hoje atual Oeiras, que fôra a primeira capital do Piauí. 
Em 1697, dois padres jesuítas, sendo o principal deles o Padre Miguel Carvalho, construíram uma pequena capela de taipa e palha, no lugar onde se desenvolveria a Vila da Mocha. 
Em 1711, Domingos Afonso Mafrense morreu, sem deixar herdeiros, e destinou seus bens para aos padres jesuítas da Companhia de Jesus, sendo que a Fazenda Cabrobó seria a mais importante dentre as fazendas administradas pelos jesuítas em terras legadas por Domingos Afonso Mafrense. 
Com o crescimento da população, houve a necessidade da instalação de igrejas no território. Sendo assim, o bispo de Pernambuco autorizou a criação de uma freguesia com o nome de Nossa Senhora das Vitórias em uma região localizada entre o riacho Mocha e o rio Canindé. 
A evolução do povoado é grande e, em 1712, a Mocha se torna vila, por ordem do rei D. João V. Em 1718, o Piauí foi desmembrado da capitania do Maranhão e se tornou independente da administração do Maranhão. A ordem do rei de Portugal foi para que se instalá-se a capital na Vila da Mocha. 
Em 1749, jesuítas oriundos do Colégio do Maranhão fundaram o Seminário do Rio Parnaíba, consagrado à Santa Úrsula, que teve o padre Francisco Ribeiro, como o primeiro regente. Esse foi o primeiro estabelecimento de ensino secundário, com ensino de gramática e humanidades naquela região. 
O decreto só vem a ser cumprido em 1759, quando chega o primeiro governador do estado, João Pereira Caldas. Mas só em 1761, dois anos após se tornar capital, é que a Vila da Mocha foi elevada a categoria de cidade, com o nome de Oeiras, em homenagem ao Primeiro-ministro de Portugal: Sebastião José de Carvalho e Melo, então Conde de Oeiras e que ficou conhecido na história como o Marquês de Pombal. 
Oeiras foi capital do Piauí por 92 anos. Nesse período, foi a mais importante cidade da capitania e depois da independência, da Província do Piauí. Foi ai que, em 24 de janeiro de 1823, sob a liderança do oeirense Manuel de Sousa Martins, o Barão da Parnaíba, foi proclamada a adesão do Piauí à Independência do Brasil. 
Após deixar de ser capital em 1852 (a capital foi transferida para Teresina), Oeiras entrou em decadência. O século XX chegou com Oeiras num marasmo cultural que prejudicou o desenvolvimento da cidade. 
A mudança só veio com a chegada da Era Vargas (1930-1945), quando Oeiras passou a se desenvolver. Grandes obras públicas dessa época permanecem intactas até os dias atuais, como o Cine Teatro, o Passeio Público Leônidas Melo, o Mercado Público, etc. 
Oeiras chegou ao século XXI com um crescimento importante da iniciativa privada no setor de serviços, além de permanecer como polo primário de destaque regional. 
Geografia
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sua população recenseada em 2022 era de 37.161 habitantes. Sua extensão territorial é de 2.720 km², o que lhe confere a densidade demográfica de 12,7 hab/km². Por ter a primeira capital do Piauí, sua localização é estratégica, no centro do estado. 
Localizado nos baixos planaltos do médio-baixo Parnaíba, mais precisamente no vale do rio Canindé, Oeiras tem altitudes máximas de 300 metros, com vários morros dentro e ao redor da cidade. é perceptível a irregularidade do relevo oeirense nos bairros que variam de altitude, uns altos e outros mais baixos. As maiores altitudes são encontradas no bairro Soizão que praticamente fica em cima de um morro. Já as menores altitudes ficam próximos ao rio Canindé no bairro Fomento, mais conhecido como beira rio. 
Oeiras está na bacia sedimentar Piauí/Maranhão, que cobre boa parte do Piauí. A base geológica do solo oeirense é composto pela formação dos depósitos colúvio-eluviais, formação da pedra do fogo, e formação cabeças. A argila é o principal mineral produzido no município. Sua localização lhe coloca numa região de transição, sendo predominante a caatinga com manchas de campo do cerrado, tendo uma diversidade biológica típica piauiense. Muitas plantas são encontradas nesses dois biomas como: carnaúba, buriti, juazeiro, pequi, jatobá. Dentre as espécies da fauna encontramos tatu, carcará (ave símbolo da cidade), onça pintada, gambá e sapo cururu. 
Clima
O clima é tropical semiárido, com distribuição de chuvas concentradas entre outubro e abril. As temperaturas são elevadas durante o ano inteiro, podendo chegar a mais de 40 °C nos meses mais quentes. Segundo dados da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no município, em operação desde 22 de julho de 2008, a menor temperatura registrada em Oeiras foi de 11,6 °C em 25 de junho de 2018 e a maior atingiu 42,4 °C em 25 de setembro de 2023. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 226,6 milímetros (mm) em 5 de abril de 2019. A maior rajada de vento foi registrada em 4 de novembro de 2014, chegando a 23 m/s (82,8 km/h). O menor índice de umidade relativa do ar (URA) chegou a 10%, nas tardes dos dias 14 e 15 de setembro de 2012, 28 de agosto de 2013, 17 e 18 de outubro de 2015, 13 de novembro de 2015, 29 de outubro de 2016, 26 de novembro de 2016 e 22 de setembro de 2018.
Hidrografia
Águas subterrâneas

O potencial hídrico subterrâneo é médio a forte formando assim muitos "olhos d'água", gerando áreas úmidas chamadas regionalmente de brejos, dando assim origem a riachos e grotas. 
Águas superficiais
O principal curso d´água é o rio Canindé, que é um rio temporário. Seu volume de água varia de acordo com o tempo, geralmente está mais cheio no verão e mais seco no inverno período que chove menos. Outras fontes de água presente estão riachos na zona rural, açudes e as barragens Soizão e Salinas. 
Limites municipais
- Norte: Cajazeiras do Piauí, Santa Rosa do Piauí, Barra d'Alcântara, Novo Oriente do Piauí e Tanque do Piauí.
- Sul: São Francisco do Piauí, Colônia do Piauí e Wall Ferraz.
- Leste: Ipiranga do Piauí, São João da Varjota e Santa Cruz do Piauí.
- Oeste: Nazaré do Piauí.
Cidades irmãs
Oeiras é atualmente geminada com Oeiras, Portugal.
Economia
Comércio

O comércio representa a principal fonte de renda do município. Oeiras é o principal centro comercial do vale do Rio Canindé articulando uma região de mais de 100.000 pessoas que fazem o setor de comércio oeirense se dinamizar. A Área comercial da cidade esta localizada ao redor do Mercado Público Municipal sendo que este sofre uma expansão considerável na direção leste. 
Turismo
Oeiras é tida como uma das cidades mais religiosas do estado. Destacam-se as festas da Padroeira Nossa Senhora da Vitória, em 15 de agosto, de Nossa Senhora da Conceição, em 08 de dezembro e a Semana Santa.
Oeiras é um ponto de peregrinação de fiéis em diversas datas religiosas. A tradicional Semana Santa, maior festa religiosa da região, atrai pessoas de várias regiões do Piauí. A Procissão de Bom Jesus do Passos, a Procissão do Fogaréu e a Descida da Cruz são uns dos mais significativos eventos da Primeira Capital piauiense. 
Monumento nacional
Em razão de Oeiras possuir preservado acervo arquitetônico colonial foi oficializada como Monumento Nacional pelo Congresso Nacional do Brasil por meio da Lei Federal n.º 7.745, sancionada em 30 de março de 1989. 
Educação
Oeiras é hoje uma cidade que respira educação. O foco da primeira capital do Piauí é garantir equidade nas escolas rurais, crianças 100% alfabetizadas, cultivo do gosto pela leitura e abordagem individual do ensino. 
Oeiras superou a meta proposta pelo Inep para 2021, quando se espera que todo o Brasil deve alcançar a nota 6,0 — o que corresponderá a um sistema educacional com o mínimo de qualidade para arriscar uma comparação com alguns países desenvolvidos.
Escolas públicas e privadas de Ensino Técnico: CEEP - Centro Estadual de Educação Profissional e Instituto Fontes de Ensino.
Universidades públicas e privadas: Universidade Estadual do Piauí - UESPI; Universidade Norte do Paraná - UNOPAR; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí - IFPI; Instituto Educacional Kairós e Leal Informática.
Cultura
Oeiras é um importante polo cultural do Piauí, sua diversidade é extensa e importante para o estado. Foi tombada pelo IPHAN no ano de 2012 como patrimônio cultural nacional, se assim reconhecida sua importância cultural no cenário piauiense e brasileiro. É uma cidade rica de Cultura. Podemos nos deparar com tantas e tantas manifestações culturais, dentre elas, Suas Procissões, Congos, Bandolins, Grupos de Reisados. Neste podemos citar o "Reisado do Bairro Canela", que teve como grande figura principal o Senhor Quelé, que foi morador deste bairro por longos tempos e que difundiu essa Cultura em nossa região. Com sua morte, hoje este grupo é representados por jovens moradores deste bairro (Canela), comandado pelo seu mestre Weslley Nunes, popularmente conhecido por Boy. Os Congos, outro tradicional grupo, tem suas origens no bairro Rosário, e hoje comandado por Flávio. 
Dentre os artistas mais conhecidos da cidade temos: O.G.Rego de Carvalho, autor dos livros Ulisses entre o amor e a morte, Rio Subterrâneo e Somos todos inocentes; Alvina Gameiro; José Expedito Rêgo, autor dos livros Malhadinha e Os caminhos da loucura; os poetas Nogueira Tapety, Gerson Campos, Rogério Newton, João Carvalho, Vivaldo Simão, Edilberto Vilanova e Rogério Freitas. 
Na música: Vavá Ribeiro, Vanúsia Marques, Karine Santos, Vivaldo Simão, maestro Aurélio Melo, Ricardo Totte, Emerson Boy, dentre outros. 
Biblioteca municipal
Uma biblioteca municipal também é um dos lugares do turismo de uma cidade e o município de Oeiras tem a Biblioteca Municipal de Oeiras, também conhecida como Biblioteca Pública Municipal Solar das 12 Janelas e conforme a lista do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas fica situada na praça das vitórias, s/n, no centro histórico da área urbana. 
Espaços culturais e museus
- Casa da Cultura (Solar das Doze Janelas): Espaço cultural com biblioteca, espaço teatral, sala de informática, e exposições históricas.
- Centro de artesanato Salomé Tapety: Espaço de exposição e venda de artesanato.
- Museu de Arte Sacra: Principal museu da cidade.
- Sobrado Major Selemérico: Edifício histórico com exposição de objetos históricos.
- Casa da Pólvora: o primeiro museu do Piauí, onde eram guardadas armas que utilizavam pólvora.
- Museu do Divino Espírito Santo: Exposição de objetos sacros com esculturas, objetos e quadros.
- Cine Teatro de Oeiras: Cinema-teatro.
- Centro Histórico de Oeiras(tombada pelo IPHAN).
- Ponte Grande (primeira ponte de pedra do Piauí).
- Centro Cultural no bairro Canela: Grupo de Reisado.
Referência para o texto: Wikipédia .

sábado, 23 de agosto de 2025

GUARATUBA - PARANÁ

Guaratuba é um município do litoral do estado do Paraná, no Brasil. Fundada em 1770, é uma das mais antigas cidades do estado. Seu nome tem origem indígena e significa "Muitos Guarás", fazendo referência às aves de plumagem vermelha presentes na baía de Guaratuba, que hoje são um dos símbolos do município. Com 22 km de praia, Guaratuba é um dos principais destinos turísticos do litoral paranaense, sendo o turismo sua principal atividade econômica, junto à pesca e à agricultura. 
História
Por volta do ano 1000, chegaram à região indígenas do tronco linguístico tupi procedentes da Amazônia que expulsaram os povos que a habitavam, os tapuias, para o interior do continente. No século XVI, quando chegaram os primeiros navegadores europeus à região, a mesma estava ocupada por um desses povos indígenas do tronco linguístico tupi: a dos carijós. 
No século XVIII, momento em que a região recebia visita de aventureiros, houve a preocupação em ocupar a costa sul do Brasil com vilas e povoados. Nesse sentido em 4 de setembro de 1765, dom Antônio Botelho de Nunes Mourão, governador da capitânia de São Paulo, determinou uma povoação na enseada de Guaratuba, sendo entregue essa tarefa a Afonso Botelho de San Payo e Souza, e para por a empreitada em prática, requisitou duzentos casais de trabalhadores que se dispuseram a cultivar a terra descoberta. O governador do estado de São Paulo da época, precisava de apoio político e institucional. Os espanhóis rondavam a costa brasileira, para a ocupação da região. Como prevenção, o povoado foi elevado a categoria de vila. 
Em 30 de abril de 1770, foi aprovado pelo tenente coronel Afonso Botelho e eleita a primeira Câmara Municipal, que foi constituída por: Antônio Carvalho Bueno (Presidente), Antônio de Oliveira, Manoel de Miranda Coutinho (Procurador do Conselho), Joseh Martins Ferreira (Escrivão), Constantino José Cardoso (Tabelião). No solene ato, foram empossados pelos Camaristas de São Francisco do Sul, uma das mais antigas do Brasil. 
Em 29 de abril de 1771, foi elevado o povoado à categoria de vila, chamada de Vila de São Luíz de Guaratuba da Marinha. Nesse dia, aconteceu um grandioso evento, que culminou com a celebração da missa pelo pároco Bento Gonçalves Cordeiro, secundado pelos freis: João Santana Flores e Francisco Borges. Por muitos anos foram os Camaristas que dirigiram o povo guaratubano, até a Proclamação da República, no qual um novo regime político passou a vigorar. 
Em 20 de outubro de 1838, através do Decreto Lei Estadual n.º 7.573, o município de Guaratuba foi extinto, passando a ser distrito, e passou a pertencer ao território de Paranaguá. 
Em 10 de outubro de 1947, ano de grande divisão política que o Paraná experimentou, através da Lei n.º 02, foi restaurada a autonomia do município, sendo reinstalado em 25 de outubro do mesmo ano. Nessa nova fase política, o primeiro prefeito municipal foi o sr. Berilo da Cunha Padilha. 
Meio ambiente
Praia

O litoral compreende uma enseada cujo arco praial se estende por 2.440 m, limitada pelo Morro de Caieiras, ao norte, e pelo Morro do Cristo, ao sul. A estabilização da linha de costa é feita por por meios artificiais, como muros de contenção. Como consequência, o espraiamento das ondas em marés de tempestade constantemente restringe a ação de processos naturais e causa destruição da infraestrutura urbana. 
Geografia
Toponímia

"Guaratuba" é um termo de origem tupi que significa "ajuntamento de guarás". Esse nome foi concebido pelos nativos que habitavam essa região de mangues na época do descobrimento do Brasil pelos portugueses. Guará é o nome de uma ave de plumagem vermelha que existia em abundância nesta área e que, mesmo protegida pelas autoridades, desapareceu do litoral paranaense e quase foi extinta. "Tuba" vem do tupi tyba, que significa "ajuntamento". 
Posição geográfica
A posição geográfica de Guaratuba é a seguinte: Altitude - 6 metros;  Latitude - 25° 52' e Longitude - 48° 34'.
A cidade está situada em uma planície peninsular, arenosa, com uma frente na baía a noroeste, e outra frente no oceano Atlântico a sudeste. 
Clima
O clima de Guaratuba é subtropical super úmido, sem estação seca definida e isento de geadas. A média de temperatura dos meses mais quentes é superior a 30 graus centígrados e, nos meses mais frios, inferior a 18 graus centígrados. 
Demografia
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2022, era de 35.986 habitantes, sendo a segunda mais populosa do litoral paranaense. 
Rodovias
Rodovias que interligam o município ao restante o estado ou Santa Catarina: 
- BR-376 - no território do município, ligando Curitiba à BR-101 em Garuva, Santa Catarina.
- PR-412 - liga Garuva a Pontal do Paraná, passando por Guaratuba
- PR-807 - liga Guaratuba ao Ferry-boat da Baía de Guaratuba
- PR-808 - contorno de Guaratuba
Economia
As principais atividades econômicas do município são a pesca, a agricultura e o turismo. 
O camarão e o pescado têm um grande destaque na economia do município, com uma indústria pesqueira moderna e pescadores artesanais, sendo uma das principais fontes de riqueza e emprego do município. 
Na área rural de Guaratuba é cultivada a banana, sendo a cidade com maior produção da fruta do estado do Paraná. O município também possui uma agricultura diversificada onde se destaca também a produção de arroz irrigado e mandioca, e muitos outros produtos de importância econômica. A indústria do palmito, com marcas reconhecidas no Brasil e no exterior, também movimenta a economia do município. 
Com 22 km de praias e uma baía rica em fauna e flora, o turismo também constitui a fonte de receita do Município. Turistas de todo o Brasil e do mundo visitam as belezas naturais da área urbana e rural, os prédios históricos e também realizam atividades esportivas, com destaque para esportes náuticos
Turismo
O turismo em Guaratuba, no Paraná, foca-se nas suas praias, como a Praia Central e a Praia Caieiras, e na Baía de Guaratuba, ideal para passeios de barco e para avistar a revoada de guarás. A cidade oferece também a Trilha do Morro do Cristo, a Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, e a gastronomia local, sendo a estação de dezembro a fevereiro a mais quente e a primavera e o outono opções para clima ameno. 
As melhores épocas para visitar Guaratuba são: no verão (dezembro a fevereiro, quando o clima tropical é ideal para quem gosta de calor, ou outono e primavera, épocas perfeitas para quem prefere um clima mais ameno.
As principais atrações são as seguintes:
- Praias: a Praia Central é a principal; é uma praia extensa, com águas claras, ideal para banho e caminhadas. Alguns trechos podem ter maré mais forte, então é bom verificar antes; a Praia Caieiras, mais calma e ótima para famílias. Outras opções incluem a Praia do Cristo, Barra do Sai e Brejatuba, localizada ao sul do Morro do Cristo, suas ondas atraem surfistas, mas também oferece boa estrutura para banhos e caminhadas. 
-  Baía de Guaratuba: um local para passeios de barco, com a possibilidade de observar a revoada de guarás no fim da tarde. 
-  Trilhas: a Trilha do Morro do Cristo oferece vistas panorâmicas da Baía de Guaratuba. A Trilha do Barreiro é uma trilha que leva a belos mirantes com vistas da região e a Trilha Quintal de Casa, em meio à mata, atrás do Morro do Cristo, com trechos íngremes e molhados, recomendando-se calçado fechado. 
-  Patrimônio Histórico: a Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, uma construção de 1768.
Outras Atrações: 
- Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso: um ponto histórico e religioso da cidade. 
- Morro do Cristo: oferece vistas panorâmicas da região. 
- Cabaraquara: roteiro turístico com foco em ostras e gastronomia local. 
-  Prainha Cultural e Caieiras Cultural: roteiros que unem cultura e lazer. 
-   Parati para nós e Caminho das Conchas: roteiros com foco na natureza e paisagens locais. 
Referência para o texto: Wikipédia .

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

PORTÃO - RIO GRANDE DO SUL

Portão é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em 2022, de acordo com o censo do IBGE daquele ano, a população era de 34.071 habitantes.
História
O município de Portão teve início em terras do antigo município de Porto Alegre. Em 1788 já tinha sido iniciado seu povoamento, com uma fazenda imperial, para criação de gado. Esta tinha um grande portão para impedir que o gado fugisse.
Portão já constituía o 8º Distrito de São Sebastião do Caí desde abril de 1930. Todavia, somente pelo decreto lei nº 7199, de 1938, a sede foi elevada à vila.
Com o progresso do distrito de origem alemã, foi realizada em 1963 a consulta plebiscitária para sua emancipação, o que ocorreu em 9 de outubro do mesmo ano, pelo Lei Municipal n.º 4579. A área foi formada pela divisa entre os municípios de São Sebastião do Caí, Canoas, Estância Velha e São Leopoldo.
Origem do Nome
A origem do nome da nossa cidade Portão deve-se ao fato de que entre os anos de 1787 e 1788, por recomendações do governo imperial, foi construído um grande portão que serviria para isolar e impedir que o gado criado na Estância Velha escapasse pelo arroio em direção à localidade de Rincão do Cascalho.
Nesse período, a atual rua Júlio de Castilhos era apenas uma picada. Foi nas proximidades do atual curtume Kern Mattes que ergueram o portão. O local ficou muito conhecido porque era usado como referência pelos viajantes e tropeiros e pela população local. Nas águas limas do Arroio Portão o pessoal se abastecia de água e descansava, para depois seguir viagem tanto à serra, quanto em direção à capital ou ao litoral.
Formação Administrativa
Distrito criado coma denominação de Estação Portão, pelo Ato Municipal n.º 123, de 30 de abril de 1927, subordinado ao município de São Sebastião do Caí. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Estação Portão, figura no município de São Sebastião do Caí. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 7.199, de 31 de março de 1938, o distrito de Estação Portão passou a denominar-se simplesmente Portão e o município de São Sebastião do Caí a chamar-se simplesmente de Caí. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Portão (ex-Estação Portal) figura no município de São Sebastião do Caí. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955. 
Pela Lei n.º 3.613, de 10 de fevereiro de 1958, o município de Caí, volta a denominar-se São Sebastião do Caí. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o distrito de Portão, figura no município de São Sebastião do Caí (ex-Caí). 
Elevado à categoria de município de Portão, pela Lei Estadual n.º 4.579, de 09 de outubro de 1963, desmembrado dos municípios de São Sebastião do Caí, Canoas, São Leopoldo e Estância Velha. Sede no antigo distrito de Portão. Constituído do distrito sede. Instalado em 28 de janeiro de 1964. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Geografia
Hidrografia de Portão

O território de Portão se localiza no divisor de duas bacias hidrográficas: a Bacia do Rio Caí e a Bacia do Rio dos Sinos.
Da Bacia do Rio Caí, passa pelo município um importante tributário que é o Rio Cadeia. Sendo o limite natural, entre Portão e São José do Hortêncio, ao norte. Deságuam neste rio, os arroios Serraria (deságua ao norte do município), Cadeinha (divisa a noroeste, com São Sebastião do Caí), Macaco Branco (com suas nascentes na localidade de Macaco Branco) e o arroio Capivara, com nascentes na localidade Sertão Capivara. O Rio Cadeia, segundo dados do Comitê Caí, já entra no município de Portão, com suas águas bem comprometidas pela poluição industrial, (na sua maioria curtumes e matadouros de animais) oriundos de outras cidades.
A maioria destes arroios pertence a Bacia do Rio dos Sinos. Estes por sua vez, estão subdivididos em 3 sub-bacias que são numeradas, conforme organização do Comitesinos, a saber: Sub Bacia n.° 3 Arroio da Estância; 
Sub Bacia n° 4 Arroio Boa Vista e Sub Bacia n.° 5 Arroio Portão.
Estes afluentes, muitas vezes, já estão poluídos e agravam a situação do arroio principal. Depósitos de lixo, próximos às margens do arroio, constituem outro meio de contaminação. Devido a todos estes fatores, este curso d’água, que tem sua foz na margem direita do Rio dos Sinos, está bastante comprometido e a aparência das águas denuncia as graves alterações causadas pelos poluentes no meio aquático. Estas alterações, incluem transparência, ph, oxigênio dissolvido na água, etc., afetando diretamente flora e fauna existentes nas proximidades.
Clima
Em Portão, o verão é quente e abafado; o inverno é curto e ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 10 °C a 31 °C e raramente é inferior a 4 °C ou superior a 36 °C. 
As melhores épocas do ano para visitar Portão e realizar atividades de clima quente são do início de março ao meio de maio e do meio de setembro ao meio de dezembro. 
A estação quente permanece por 4,0 meses, de 24 de novembro a 23 de março, com temperatura máxima média diária acima de 29 °C. O mês mais quente do ano em Portão é janeiro, com a máxima de 31 °C e mínima de 20 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,9 meses, de 19 de maio a 16 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 22 °C. O mês mais frio do ano em Portão é julho, com a mínima de 10 °C e máxima de 20 °C, em média. 
Economia
Portão RS é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo.
De janeiro a março de 2025, foram registradas 1,7 mil admissões formais e 1,5 mil desligamentos, resultando em um saldo positivo de 201 novos trabalhadores.
Até abril de 2025 houve registro de 76 novas empresas em Portão, sendo que 17 atuam pela internet. Neste último mês, 15 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (14). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 200 empresas.
Educação
No que tange à educação superior, Portão conta com a presença de polos de ensino a distância e instituições que oferecem cursos técnicos e de graduação. O Centro Universitário Fael (UNIFAEL) possui um campus no município, disponibilizando diversas opções de cursos em diferentes áreas do conhecimento, contribuindo para a formação de profissionais qualificados e para o acesso da população local ao ensino superior. Além disso, instituições de ensino médio oferecem cursos técnicos integrados, preparando os jovens para o mercado de trabalho.
Turismo
O turismo em Portão, embora não seja a principal vocação econômica, possui alguns atrativos que podem ser explorados. A Praça do Chafariz, no centro da cidade, é um ponto de encontro e lazer para os moradores. O município conta com espaços para a prática de esportes e atividades recreativas, como o Centro Esportivo Guaxinim e o Torman Skatepark. Eventos culturais e tradicionais, como as festas típicas gaúchas e os rodeios de CTGs (Centro de Tradições Gaúchas), também atraem visitantes. O Balneário Tafona Velha oferece uma opção de lazer em contato com a natureza. A cidade também preserva elementos de sua história, como o Museu de Portão, que rememoram suas origens e desenvolvimento.
Referência para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela ; Site da Prefeitura Municipal ; IBGE .

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

BOM JESUS DO ITABAPOANA - RIO DE JANEIRO

Bom Jesus do Itabapoana é um município brasileiro situado no norte do estado do Rio de Janeiro. Encontra-se a uma altitude de 88 metros acima do nível do mar. Sua população estimada segundo o censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 35.173 habitantes. Possui uma área de 596,659 quilômetros quadrados, subdividida nos distritos de Bom Jesus do Itabapoana (sede), Calheiros (2º distrito), Rosal (3º distrito), Carabuçu (4º distrito), Pirapetinga de Bom Jesus (5º distrito), e Serrinha (6º distrito). 
Etimologia
Bom Jesus é uma referência a Bom Jesus da Vista Alegre, lugarejo de Minas Gerais de onde vieram os fundadores do município. Já Itabapoana, é uma referência ao rio Itabapoana, que banha o município, sendo derivada do termo tupi y-kûabapûana, que significa "correnteza de água" (no rio ou no mar).
História
Diz a tradição deste município que, por volta de 1842, chegou às terras onde hoje se acha localizada a cidade de Bom Jesus de Itabapoana, em busca de terrenos virgens adaptáveis aos tratos agrícolas, o mineiro Antônio José da Silva Nenem. Ele procedia de Bom Jesus da Vista Alegre, lugarejo de Minas Gerais, de onde trouxe, em sua companhia, a esposa, dois filhos e alguns empregados, desde logo se dedicando ao desbravamento do local, construindo moradia e fazendo plantações.
Campo Alegre foi o primeiro nome dado à povoação nascente, em homenagem a Vista Alegre que, para trás, o pioneiro deixara. Mais tarde, como pelas proximidades passasse o Rio Itabapoana, foi mudada novamente, agora para Bom Jesus do Itabapoana, em recordação ao lugarejo de Minas, Bom Jesus da Vista Alegre, terra natal de Antônio José da Silva Nenem.
Com o decorrer dos anos, forte corrente imigratória para lá se dirigiu, constituída quase toda de conterrâneos dos primitivos povoadores. É ainda a tradição que nos dá notícia da existência de tribos indígenas em terras do atual território do município, não propriamente no local onde hoje se encontra sua sede, mas a 15 quilômetros de distância, mais ao menos nas vertentes da Serra do Tardin. Essas tribos, segundo informes locais, subsistiram ali até meados de 1850.
O elemento negro foi introduzido pelos que imigravam, atraídos pela perspectiva de explorar a terra fértil. O escravo, com o trabalho persistente e barato, representou papel primordial na evolução da agricultura e na economia local. Em 1853, com a Lei Imperial de nº 636, foi criada a Freguesia de Novas Senhoras da Natividade do Carangola, no dia 19 de março de 1856, ante a necessidade de um policiamento mais acentuado, o Conselheiro Luiz Antônio, Presidente da Província, resolveu criar uma sub-delegacia de polícia no novo Arraial do Bom Jesus.
Em 1862, o arraial já apresentava grandes progressos. Muito importante foi, sem dúvida, o Decreto n.º 1.261, de 14 de novembro de 1862, que estabeleceu: "Art.1º - O Arraial do Senhor Bom Jesus, na Freguesia de Nossa Senhora da Natividade, no município de Campos, fica com predicado de Freguesia com a inovação do "Senhor Bom Jesus do Itabapoana".
Por força do Decreto n.º 2.810, de 24 de novembro de 1885, Bom Jesus do Itabapoana passou à jurisdição do município de Itaperuna, criado nesta data e por este Decreto. Em 24 de novembro de 1890, já no período republicano, a freguesia foi elevada à categoria de município, em virtude do progresso que em suas terras se observava por essa época. O Decreto n.º 150, desta data, rezava: "Fica criado o município de Bom Jesus do Itabapoana, com os atuais limites tendo por sede a povoação de Bom Jesus de Itabapoana, com a denominação de Vila de Itabapoana". 
Apenas dois anos vigoraram os termos deste Decreto, pois, em 8 de maio de 1892, um outro Decreto de n.º 1 foi lavrado, suprimindo os municípios de Itabapoana, Monte Verde e Natividade do Carangola. Data desse tempo a campanha de reivindicação encabeçada pelos elementos de maior influência na região. Entre os que mais se bateram por essa causa, são dignos de menção os nomes de Francisco Teixeira de Oliveira, João Catarino, Jerônimo Batista Tavares e Pedro Gonçalves da Silva. Finalmente, depois de uma luta política cheia de vigor, foi reconquistada a autonomia de Bom Jesus do Itabapoana, em virtude do Decreto n.º 633, de 14 de novembro de 1938, tendo a instalação do município verificada a 1º de janeiro de 1939.
Até hoje, o município de Bom Jesus de Itabapoana conserva quase todos os costumes e tradições dos seus antepassados, oriundos de Minas Gerais. Com a chegada da família Teixeira de Siqueira, procedente de Portugal, por volta do ano de 1780, marcava-se o início das festas do Divino Espírito Santo, em maio de 1863.
A eles, devemos a tradição da nossa festa. Eles receberam, das mãos da senhora Dona Felicíssima, em 1860, quando para cá vieram, as "Relíquias da Coroa e do Cetro do Divino Espírito Santo", chegadas de Portugal e conservadas, até aquela data, na casa da família, com autorização do Senhor Bispo de Mariana.
Com as relíquias, receberam da Dona Felicíssima a recomendação de trazê-las para a Fazenda da Barra (Barra do Pirapetinga) e, logo que possível, entregá-las à Igreja do Arraial, para aqui continuarem as devoções tradicionais: "sejam propagadores da devoção ao Divino Espírito Santo, continuem com as orações, novenários, visitas às casas de famílias e a Oratórios".
Obedecendo, os filhos trouxeram as relíquias para fazendo do Comendador Antônio Teixeira Siqueira e continuaram religiosamente a cumprir a devoção, com procissões entre as fazendas. Em cada fazenda, era mantido pela família um oratório onde se realizavam devoções e quaisquer cerimônias religiosas. Um destes, se conserva até hoje com a família do Sr. Ernesto Lumbreiras. Anualmente, eram escolhidos os Provedores da Festa.
Em 1863, estando o menino Pedro Teixeira Reis gravemente enfermo, seus pais, Joaquim Teixeira de Siqueira Reis e Dona Jovita Umbelina Teixeira (descendentes do casal Francisco e dona Felicíssima), prometeram ao Divino Espírito que, se o curasse, vesti-lo a caráter como Imperador do Guarda da Coroa e do Cetro.
Conseguindo a cura do menino, a promessa foi cumprida, tendo o pai do menino, Joaquim Teixeira de Siqueira Reis, ido comprar a roupa na corte. Lá, adquiriu a febre amarela, que então grassava. Voltou para casa e ainda assistiu à Festa do Divino, mas foi a primeira vítima da febre amarela na região.
Iniciou-se, desde então, a tradição de um Imperador da Guarda da Coroa e do Cedro, que se perpetuou enquanto durou a tradição da Festa do Divino Espírito Santo, isto é, até 1955, quando Jamil Figueiral Ribeiro foi o Imperador.
A tradição da Festa do Divino Espírito Santo foi interrompida em 1956, quando, tendo sido substituído o vigário de Bom Jesus, foi designado para seu lugar um outro Padre, que, discordando da festa, não permitiu mais a sua celebração. Assim, houve uma interrupção de 27 anos, havendo sido revivida a tradição no ano de 1983. Seu Imperador foi o menino Carlowe Vidaurre Nassif.
Sobre esta festa, disse o atual Vigário de Bom Jesus: "A coroa e o cetro do Divino Espírito Santo constituem as relíquias mais antigas da história e da fé da nossa terra e da nossa gente. Ignorá-las significaria o desconhecimento da força da fé que passa de geração em geração entre todos que temem o Senhor (Lucas I 50-55). Representaria não ser fiel às origens e às verdadeiras tradições da nossa terra e, sobretudo, não respeitar e não amar a nossa gente". Padre Paulo Pedro Seródio Garcia (descendente do casal Teixeira de Siqueira).
Perte integrante da história de Bom Jesus é o Padre Antônio Francisco de Mello, que chegou em Bom Jesus do Itabapoana, procedente da Ilha de São Miguel, em Portugal, no ano de 1899. Aqui permaneceu por quase meio século, vindo a falecer no dia 13 de agosto de 1947, em plena festa que ele tanto amava.
Padre zeloso e muito dedicado, vinha de outra civilização, da qual trazia grandes conhecimentos que em muito beneficiaram Bom Jesus. Ensinava, cantava e rezava com o povo, não se descuidava da educação religiosa do seu rebanho; por suas mãos, milhares de batizados e casamentos foram celebrados. Engenheiro, arquiteto, poeta e jornalista, deixou para todo o povo o símbolo do trabalho e o exemplo de dignidade humana.
Grande conhecedor da língua pátria, dono de rara sensibilidade, deixou vários poemas que são sempre lembrados, especialmente o que de mais perto fala o coração do bonjesuense: "Morrer Sonhando". Entendendo de matemática e engenharia, foi também o remodelador da Igreja Matriz, erguendo uma de suas torres em 1931, conservada até nossos dias e tida como arrojado feito de engenharia.
Até meados do século XIX, a região era habitada pelos índios puris. Com a chegada dos colonizadores procedentes de Minas Gerais, foram implantadas na região fazendas movidas à trabalho escravo. Em 1853 foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Natividade do Carangola e três anos mais tarde, uma sub-delegacia no arraial do Senhor Bom Jesus. Em 1862, o arraial foi elevado à condição de freguesia com o nome de Senhor Bom Jesus do Itabapoana e somente em 1885 a cidade passou a pertencer ao município de Itaperuna. Em 1890, Bom Jesus do Itabapoana foi elevado à condição de município autônomo, suprimida dois anos mais tarde e reconquistada em definitivo com o Decreto n.º 633, de 14 de novembro de 1938, tendo a instalação do município verificada a 1º de janeiro de 1939. 
É importante salientar que há referências, ainda que em menor número, para o referido Decreto n.º 633 ser de 14 de dezembro de 1938.
Formação administrativa
A freguesia foi criada com a denominação de Bom Jesus do Itabapoana, pela Lei Provincial n.º 1.261, de 14 de novembro de 1862, subordinado ao município de Itaperuna.
Elevada à categoria de vila com a denominação de Bom Jesus do Itabapoana, pelo Decreto n.º 150, de 24 de novembro de 1890, desmembrada de Itaperuna. Sede na antiga vila de Bom Jesus do Itabapoana. Constituído do distrito sede.
Pelo Decreto Estadual n.º 1, de 08 de maio de 1892 e 1-A, de 03 de junho de 1892, Bom Jesus do Itabapoana perdeu a categoria de vila, sendo reintegrado a condição de freguesia e anexado ao município de Itaperuna.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, Bom Jesus de Itabapoana é distrito de Itaperuna.
Assim permanecendo em divisões territoriais de 31 de dezembro de 1936, de 31 de dezembro de 1937.
Elevado à categoria de município com a denominação de Bom Jesus de Itabapoana, pelo Decreto-Lei Estadual n.º 633, de 14 de dezembro de 1938, desmembrado de Itaperuna. Sede no antigo distrito de Bom Jardim do Itabapoana. Constituído de 4 distritos: Bom Jesus do Itabapoana, Calheiros (ex-Santo Antônio de Itabapoana), Rosal (ex-Santana). Ambos desmembrados do município de Itaperuna e Liberdade criado pela mesma legislação que criou o município e pelo Decreto n.º 641, de 15 de dezembro de 1938. Instalado em 1º de janeiro de 1939.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Bom Jesus do Itabapoana, Calheiros, Liberdade e Rosal.
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 1.056, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Liberdade passou a denominar-se Carabuçu.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído 4 distritos: Bom Jesus do Itabapoana, Calheiros, Rosal e Carabuçu (ex-Liberdade).
Pela Lei Estadual n.º 1.852, de 11 de fevereiro de 1953, é criado o distrito de Pirapetinga de Bom Jesus e anexado ao município de Bom Jesus de Itabapoana.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município de Bom Jesus do Itabapoana é constituído de 5 distritos: Bom Jesus do Itabapoana, Calheiros, Carabuçu, Pirapetinga do Bom Jesus e Rosal.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1999.
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 6 distritos: Bom Jesus do Itabapoana, Calheiros, Carabuçu, Pirapetinga do Bom Jesus, Rosal e Serrinha.
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 8 distritos: Bom Jesus do Itabapoana, Calheiros, Carabuçu, Pirapetinga do Bom Jesus, Rosal, Serrinha, Usina Santa Maria e Santa Isabel.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Clima
Em Bom Jesus do Itabapoana, a estação com precipitação é quente, opressiva e de céu quase encoberto; a estação seca é morna, úmida e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 16 °C a 34 °C e raramente é inferior a 13 °C ou superior a 37 °C. 
A melhor época do ano para visitar Bom Jesus do Itabapoana e realizar atividades de clima quente é do meio de maio ao início de setembro. 
A estação quente permanece por 2,4 meses, de 6 de janeiro a 17 de março, com temperatura máxima média diária acima de 33 °C. O mês mais quente do ano em Bom Jesus do Itabapoana é fevereiro, com a máxima de 33 °C e mínima de 22 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 3,2 meses, de 10 de maio a 17 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 29 °C. O mês mais frio do ano em Bom Jesus do Itabapoana é julho, com a mínima de 16 °C e máxima de 29 °C, em média. 
Economia
Bom Jesus do Itabapoana é um município de grande relevância na região que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e pelo elevado potencial de consumo.
De janeiro a março de 2025, foram registradas 687 admissões formais e 621 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 66 novos trabalhadores. Este desempenho é inferior ao do ano passado, quando o saldo foi de 141.
Até abril de 2025 houve registro de 54 novas empresas em Bom Jesus do Itabapoana, sendo que 7 atuam pela internet. Neste último mês, 16 novas empresas se instalaram, sendo 2 com atuação pela internet. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (9). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 128 empresas.
Educação
O município de Bom Jesus do Itabapoana oferece ensino público nas modalidades Educação Infantil e Fundamental I, sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação. O Ensino Fundamental II e o Ensino Médio são oferecidos por escolas estaduais no município, exceto o ensino médio integrado ao ensino técnico que é oferecido pelo Instituto Federal Fluminense. Há também o Instituto Superior de Educação - ISE-FAETEC, que conforme Decreto n.º 43.586 de 14 de maio de 2012, alterou seu nome para Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro - FAETERJ Bom Jesus do Itabapoana. A FAETER oferece curso de graduação em pedagogia e curso de extensão em libras. A Faculdade Metropolitana São Carlos - FAMESC-BJI, oferece graduação em Enfermagem, Ciências Biológicas, Direito, Administração, Medicina, Engenharia Biomédica, Psicologia, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Desportiva e do Lazer e Pedagogia, além de cursos de Pós-graduação lato sensu e o Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro - CEDERJ oferece, com polo de ensino em Bom Jesus, curso à distância de Pedagogia, licenciatura em Ciências Biológicas e Administração Pública.
No Ensino superior estão presentes no município, as seguintes instituições: FAMESC; CEDERJ;  FAETERJ e  IFF-Campus Bom Jesus.
Turismo
Bom Jesus do Itabapoana oferece atrações naturais, como cachoeiras e áreas de mata atlântica. Destacam-se a Cachoeira da Fumaça, Cachoeira do Arraial Novo (Véu de Noiva) e a Cachoeira do Santuário. O Parque Natural Municipal Sabiá Laranjeira de Rosal, com cerca de 93,33 hectares, é uma área de preservação ambiental que atrai visitantes interessados em ecoturismo.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Caravela .