quinta-feira, 11 de setembro de 2025

CAMPOS NOVOS - SANTA CATARINA

Campos Novos é um município brasileiro no oeste do estado de Santa Catarina, Região Sul do Brasil. Pertence à Região Geográfica Intermediária de Chapecó e à Região Geográfica Imediata de Joaçaba-Herval d'Oeste e localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 370 km. Sua população de acordo com o Censo do IBGE, em 2022, era de 36.932 habitantes, sendo então o 41º mais populoso do estado. 
A região começou a ser desbravada no decorrer do século XVIII, sendo que até então era povoada exclusivamente pelos índios kaigangs. Fundada em 1881, passou por um período de crescimento demográfico no começo do século XX, com a vinda de imigrantes à procura de emprego e de refugiados da Guerra do Contestado. Foi nessa época em que Campos Novos descobre sua vocação agrícola, sendo atualmente um dos principais produtores de alimentos como milho, soja, feijão, trigo e cevada do estado, além de se destacar na pecuária e na apicultura. 
Campos Novos também possui alguns atrativos turísticos de valor cultural ou histórico, como a Igreja Matriz de São João Batista, a Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi e a Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que chega a atrair uma média de 70 mil fiéis. A Usina Hidrelétrica de Campos Novos, construída em 2006, é a responsável pela geração de energia de um quarto de Santa Catarina. 
Etimologia
A vastidão de terras e suas propriedades imensas, de maneira óbvia, movimentaram imigrantes oriundos de São Paulo, do Paraná e mesmo vizinhos proprietários lageanos, atrás de terras para produzir gado. Em seguida, os imensos campos originaram a denominação do município. 
História
Origens

A história de Campos Novos, assim como a de todos os demais municípios que formam o grande Oeste Catarinense, possui os seus primórdios determinados nos momentos que caracterizaram as mais antigas experiências de povoamento da Região Sul do Brasil. Desse modo, é coerente dizer que, antes de surgirem, em 1650, as povoações de São Francisco, Desterro e Laguna (trabalho dos paulistas vicentinos que se aventuraram no mar em busca de novas peripécias), já o Oeste Catarinense percebia a proximidade dos espanhóis que, em companhia dos jesuítas, exploravam a região que se estendia do rio Iguaçu até o Uruguai. Mais tarde, em 1663, o bandeirante Antônio Raposo Tavares caminhou por estas paradas e, unido aos índios coroados, começou a perseguir fortemente os aldeamentos de silvícolas, consequência da obra de empreendimento catequético daqueles sacerdotes. Até 1770, entretanto, ano em que deixaram de viajar pelo sul, já que lhes atraiu grande interesse o ouro das capitanias de Goiás e de Mato Grosso — os paulistas nada trocaram por estas terras, como experiências, no mínimo, de colonização da região. 
De algum modo o relato histórico deste município passa a tomar forma com a expedição liderada pelo major Atanagildo Martins que, conduzida pelo índio Jongong, em 1814, objetivava estabelecer contato com as Missões. Quando se afastou da rota tracejada, em função do terror dos índios guaranis causado em seu guia, essa expedição chegou aos campos de Vacaria, depois de, sem dúvida, ter percorrido os campos em que atualmente se localiza este município. É provável, no entanto, que certos proprietários, oriundos de Lages, por ali já estavam estabelecidos em definitivo no ano de 1839. 
João Gonçalves de Araújo, proprietário rural, em Curitibanos, descobriu Campos Novos. Encantado pela fumaça das queimadas ocasionadas pelos indígenas, preparou uma expedição e se dirigiu para a Serra do Espinilho. Desse modo, se fixaram na terra os primeiros colonizadores, logo ajudados no trabalho da ocupação pelos gaúchos fugitivos da Revolução Farroupilha. Entre estes, Chico Ferro, Chivida e Miguel dos Anjos estavam associados com as primeiras obras de que originaram este município. Em 1848, os paulistas ressurgiram, conquistando os campos de São Jorge. Ou melhor, juntos dos forasteiros vindos de Curitiba, Palmas, Lages, Guarapuava e dos campos gaúchos, foram a base do fator importante entre os que mais colaboraram para a organização da comunidade. 
A colonização não começou exatamente no local onde se acha, próspera, a cidade de Campos Novos. Anteriormente, se desenrolou, propriamente dito, em ponto longe de um quilômetro da cidade, na beira de um regato. Foi Salvador Vieira, que, se afastando do incipiente povoado, construiu a primeira casa no interior do perímetro desta próspera cidade. Certo momento depois, já demarcada a povoação, Domingos Matos Cordeiro começou a erguer a igreja Matriz de São João Batista. 
Formação administrativa
Pela Lei Provincial n.º 377, de 16 de junho de 1854, o distrito de Campos Novos, já existente há certos anos, viu-se emancipado da Vila de Nossa Senhora dos Prazeres para, então, formar uma freguesia à parte. Suas primeiras autoridades foram João Fernandes da Caripuna, natural de Pernambuco, e Domiciano de Azevedo. Em 1869, conforme a Lei n.º 625, de 11 de junho, Campos Novos passou a formar, com Palmas e Curitibanos, um distrito do município de Curitibanos, recém-fundado. Em seguida, pela Lei n.º 923, de 30 de março de 1881, o distrito de Campos Novos foi promovido à condição de município designado de São João dos Campos Novos; no mesmo momento, a freguesia de São João Batista de Campos Novos passou a ser tida como vila. Seu primeiro Intendente foi o Coronel Manoel Ferreira da Silva Farrapo. 
Até o ano de 1933, o município de Campos Novos compartilhava limites com Lages, Curitibanos, Cruzeiro do Sul (hoje Joaçaba), Porto União e o estado do Rio Grande do Sul. Possuía uma superfície, na época, de cerca de 15 mil km². Em 25 de março de 1934, pelo Decreto n.º 408, foi desmembrado dos distritos de Rio das Antas e Caçador; em 1943, seu território foi novamente afetado, porque foram emancipados os distritos de Herval, Rio Uruguai, Rio Bonito e Perdizes. Em contrapartida, viu serem anexados ao seu território os distritos de Ypira e Ouro para, mais uma vez, em 1949, ser desmembrado dos de Piratuba e Ypira, além de parte dos de Tupitinga, Capinzal e Ouro. Em 1997, Campos Novos perdera uma porção de sua extensão territorial para a fundação do município de Zortéa. Hoje são sete distritos restantes, além da Sede, sendo eles: Bela Vista, Dal'Pai, Espinilho, Encruzilhada, Guarani, Ibicuí e Leão. 
Após a emancipação
Em 1893, com a invasão de revoltosos, comandadas pelo Coronel Demétrio Ramos, o território do município sofreu os reflexos de uma guerra civil. A vila foi assaltada na madrugada de 19 de maio daquele ano. Surpreendidos, os defensores da praça, partidários dentre moradores do lugar, procuraram abrigo com suas famílias na residência do Coronel Henrique Rupp, que, por ser erguida de material de excelente qualidade, apresentava satisfatória proteção contra os invasores. Ordenada a defesa, competiu ao Tenente-Coronel Atanázio de Matos, em companhia de seis soldados, a responsabilidade de tomar de volta a Intendência, chegando, corajosamente, a expulsar os revolucionários. Declarou-se, em seguida, nova luta, desta vez para repelir os ladrões da trincheira em que se encontravam situados. Estes foram mais uma vez vencidos, ocasionando uma fuga desalinhada e a retirada das forças de ataque. A resistência da cidade de Campos Novos provocou a morte de cinco bravos defensores que tombaram no desempenho da obrigação.
No começo do século XX a cidade passa por um período de desenvolvimento, com a chegada de imigrantes atraídos pela busca por melhores condições de vida no Brasil. Vieram principalmente alemães e italianos que ajudaram, inicialmente, na agricultura e na construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande e, após algum tempo, após a década de 1920, na construção de pequenas indústrias. Também vieram poloneses, russos e libaneses, além de um grande número de descendentes de alemães e italianos, principalmente gaúchos, e de Caboclos que chegaram após o término da Guerra do Contestado. 
Dado o desenvolvimento demográfico da cidade, houve a necessidade de investimentos em infraestrutura. Conforme citado anteriormente, no começo do século XX ocorreu a chegada da ferrovia e de pequenas indústrias. Em 1922 foi criada a primeira clínica médica, que funcionava na casa de Dr. Jose Athanásio, onde hoje funciona o Hospital Dr. José Athanásio. Em 29 de março de 1954, ocorreu a fundação do Colégio Auxiliadora e em 1957 foi fundada a Rádio Cultura de Campos Novos. A agricultura fortaleceu-se com a criação da Copercampos, em 8 de novembro de 1970, que deu início ao cooperativismo, sendo que hoje a cidade é um grande produtor de grãos, principalmente milho, soja, feijão, trigo e cevada, e destaque ainda na pecuária, com a produção de leite. 
Geografia
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 1.659,625 km², sendo que 4,5211 km² constituem a zona urbana e os 1.655,1 km² restantes fazem parte da zona rural e é a terceira maior de Santa Catarina, perdendo apenas para Lages e São Joaquim. Situa-se a 27º24′07” de latitude sul e 51º13′30” de longitude oeste e está a uma distância de 370 quilômetros a oeste da capital catarinense. Limita-se com: Erval Velho, Ibiam e Monte Carlo, a norte; Barracão (Rio Grande do Sul), Celso Ramos e Anita Garibaldi, a sul; Vargem, Brunópolis e Abdon Batista, a leste; e Capinzal, Zortéa, Ouro, Lacerdópolis, Herval d'Oeste, a oeste. 
Geomorfologia e hidrografia
O relevo da cidade é predominantemente ondulado de forma suave, sendo profundo e bem drenado e havendo boas condições físicas para um desenvolvimento radicular. É pouco susceptível à erosão e favorece ainda o uso de máquinas e implementos agrícolas. Em algumas partes do território municipal há ondulações mais fortes, sendo que essas áreas são mais sujeitas à erosão e a maiores impedimentos à mecanização da agricultura, principalmente quando o tipo de solo é o cambissolo, que apresenta pedras em sua composição. Apesar de grande parte da área do município apresentar relevo favorável à agricultura, os solos de Campos Novos são ácidos, em grande parte contaminados por alumínio trocável, e têm reduzida reserva de nutrientes, porém, quando manejados adequadamente, tornam-se adequados tanto para cultivos anuais quando para menos intensivos, como a fruticultura, a pastagem e o reflorestamento. 
A cidade pertence à região hidrográfica do Planalto de Lages e à bacia hidrográfica do rio Canoas, que é uma das principais do estado de Santa Catarina. O rio Canoas banha, além de Campos Novos, outros onze municípios e ao unir suas águas com as do rio Pelotas, dá início ao rio Uruguai. No Canoas funciona ainda a Usina Hidrelétrica de Campos Novos, que entrou em funcionamento em 2007 e hoje produz um quarto do consumo do estado de Santa Catarina. 
Clima
O clima campos-novense é classificado, segundo o IBGE, como subtropical mesotérmico brando superúmido (tipo Cfa segundo Köppen), tendo elevados índices de umidade relativa do ar (URA) e temperatura média compensada anual em torno de 17 °C, com verões amenos e invernos frios. Com mais de 2.200 horas anuais de insolação, o índice pluviométrico é de cerca de 2.100 milímetros anuais, regularmente distribuídas durante o ano, sem a existência de uma estação seca.
Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante veranicos têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 28 °C, especialmente no verão. Nestes períodos de estiagem são comuns registros de queimadas em matagais, principalmente na zona rural, o que contribui com o desmatamento e com o lançamento de poluentes na atmosfera, prejudicando ainda a qualidade do ar. Estas queimadas são muitas vezes propositais, sendo usadas para preparo da terra onde se pretende cultivar, porém elas são recorrentemente proibidas. Geadas não são incomuns e costumam ocorrer em média de 12 a 22 vezes por ano. Já a ocorrência de neve não é muito frequente, mas há registros oficiais em 12 de julho de 2000 e, com forte intensidade, em 22 de julho de 2013. 
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1969 a 1983, 1985, 1988 a 1989 e de 1992 a 2017, a menor temperatura registrada em Campos Novos foi de −5,6 °C em 14 de julho de 2000, e a maior atingiu 35,6 °C em novembro de 1985, nos dias 15 e 16. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 143,4 mm em 3 de julho de 1999. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 141,8 mm em 30 de agosto de 2011, 131,5 mm em 2 de abril de 2005, 130,9 mm em 1° de maio de 2014, 129,1 mm em 27 de setembro de 2015, 124,6 mm em 28 de abril de 1998, 122,2 mm em 14 de junho de 2015, 115,2 mm em 6 de fevereiro de 1977, 113,1 mm em 31 de maio de 2017, 112,8 mm em 23 de outubro de 2012, 109,8 mm em 1° de fevereiro de 1997, 108,6 mm em 23 de abril de 2010, 104,2 mm em 16 de agosto de 2006, 103,8 mm em 2 de outubro de 1975, 102,7 mm em 1° de julho de 1992, 102,4 mm em 31 de julho de 1983, 101,1 mm em 27 de junho de 2014 e 100,6 mm em 28 de setembro de 2009 e 13 de outubro de 2011.
Ecologia e meio ambiente
A vegetação original e predominante no município é a mata dos pinhais ou mata das araucárias, apesar de que parte da mata nativa deu lugar à agricultura, às pastagens para o gado ou mesmo desmatada e mais tarde reflorestada, sendo que até a década de 1980 a indústria madeireira era uma das principais fontes de renda de Campos Novos. Para a construção da Usina Hidrelétrica de Campos Novos, por exemplo, houve necessidade do alagamento de vários trechos de florestas nativas, além de fazendas situadas ao redor do rio Canoas. 
Para combater o desmatamento e a devastação de áreas verdes a prefeitura criou programas como as Áreas de Preservação Permanente, que são faixas de vegetação existentes entre o reservatório da usina hidrelétrica e suas propriedades com largura entre 30 a 100 metros. As áreas desmatadas para a construção da usina estão sendo recuperadas e transformadas em mata ciliar. Também há o Parque Estadual Rio Canoas, criado em 27 de maio de 2004 e que conta com 1 200 hectares, sendo também destinado à conservação da mata nativa vizinha à hidrelétrica. 
Restam hoje alguns remanescentes de floresta ombrófila mista, que são as florestas de araucárias, além de campos formados por estratos de gramíneas, entremeadas por espécies arbustivas ou arbóreas e dispersos em florestas de galeria ou capões. Na área do município já foram registradas 44 espécies de orquídeas e bromélias. Em relação a fauna há na área do município o registro de mais de 80 espécies de aves, Sobre a herpetofauna, há o registro das seguintes espécies, Lagartixa preta (Tropidurus torquatus), Cobra de vidro - (Ophiodes striatus), Lagarto teiú (Tupinambis merianae), Cobra cega (Amphisbaena sp.), Boipeva (Waglerophis merremii), Boipeva serrana (Xenodon neuwiedii), Cobra coral verdadeira (Micrurus altirostris), Cobra lisa (Liophis miliaris), Jararaca (Bothrops jararaca) e Cobra d'água (Helicops infrataeniatus).
Etnias
No ano de 2010 havia 25 emigrantes que vieram de outras partes do estado de Santa Catarina e do Brasil, de acordo com o IBGE. Por outro lado outras 25 pessoas saíram de Campos Novos para ir para outros países, sendo que quatro delas foram para a Itália (16,0%), quatro para a Angola (16,0%); e três (12,0%) para o Canadá. 
A chegada de pessoas vindas de outros lugares era mais comum no começo do século XX, sendo que a imigração contribuiu com a agricultura e com o desenvolvimento da indústria, após 1930. Muitos imigrantes vinham em busca de emprego principalmente nas lavouras, sendo que ajudaram ainda no fortalecimento do comércio. Campos Novos, assim como parte do Sul e Sudeste do Brasil, recebeu levas de imigrantes de várias partes do mundo, com destaque para os italianos, espanhóis, alemães, holandeses, poloneses, russos e libaneses. Também deslocaram-se para a região pessoas de outras cidades catarinenses, paranaenses, paulistas e nordestinas, que fugiam da Guerra do Contestado.
Subdivisões
Campos Novos é subdividida em oito distritos, sendo eles a Sede, Bela Vista, Dal'Pai, Espinilho, Encruzilhada, Guarani, Ibicuí e Leão. A Sede era o mais populoso, reunindo 23.359 habitantes. Conforme já foi citado anteriormente, no século XX houve a criação e elevação à cidade de diversos distritos do município, sendo que as última alterações na área municipal foram feitas em 29 de dezembro de 1995, quando da emancipação do distrito de Zortéa, pela Lei Estadual n.º 10.051, e em 3 de abril de 2000, criando o distrito de Encruzilhada, pela Lei n.º 2.590.
Economia
O Produto Interno Bruto (PIB) de Campos Novos é o maior da Microrregião de Curitibanos e o 464º de todo o país. 
A agricultura sempre foi uma das principais fontes de renda na cidade, sendo que o comércio e a indústria começaram a ganhar força a partir da década de 1930. O fácil acesso por meio de rodovias aos principais portos do litoral do estado e a várias cidades do Brasil e ainda de outros países do Mercosul facilitam o escoamento da produção agrícola. 
Setor primário
A agricultura é o setor menos relevante da economia de Campos Novos. De todo o PIB da cidade 195 019 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2010, o município contava com cerca de 53.457 bovinos, 1.721 equinos, 180 bubalinos, 145.290 suínos, 1.123 caprinos e 9.700 ovinos. Havia 1.979.033 aves, dentre estas 1.978.619 eram galos, frangas, frangos e pintinhos e 414 mil galinhas, sendo que foram produzidas 7.215 mil dúzias de ovos de galinha. 5.860 vacas foram ordenhadas, das quais foram produzidos 21.085 mil litros de leite. 4 mil ovinos foram tosquiados, produzindo um total de 9.500 quilos de lã. Também foram produzidos 31 mil quilos de mel de abelha.
Na lavoura temporária são produzidos principalmente o milho (140.400 toneladas produzidas e 18 mil hectares cultivados), a soja (132 mil toneladas produzidas e 40 mil hectares plantados) e o trigo (30.800 toneladas rendidas e 11 mil hectares cultivados). Já na lavoura permanente destacam-se a erva-mate (240 toneladas produzidas e 60 hectares colhidos), a laranja (200 toneladas produzidas e 20 hectares colhidos) e a uva (108 toneladas produzidas e 27 hectares colhidos). 
A cidade é considerada como o "celeiro catarinense", sendo um dos principais produtores de milho, soja, feijão, trigo e cevada do estado. A agricultura, juntamente com o comércio é a principal fonte de renda da economia municipal. Várias cooperativas agrícolas estão presentes na cidade, tais como a Copercampos, criada em 8 de novembro de 1970, a Cooperativa Camponovense (Coocam), fundada em 1993, e a Apicampos, que auxilia o ramo da apicultura, que também é destaque em Campos Novos. Outra razão para o desenvolvimento da agricultura em Campos Novos é o surgimento dessas cooperativas, a partir da década de 70, que passaram a dar apoio aos agricultores e pecuaristas.
Setor secundário
A indústria, em 2011, era o segundo setor mais relevante para a economia do município. 198.024 mil reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). O setor industrial começou a se desenvolver no decorrer das décadas de 1930 e 1940, que passaram por um grande impulso com a vinda de descendentes ítalo-germânicos. Hoje a cidade busca um perfil econômico na busca pela industrialização do grande volume de matéria prima produzido em seu território, destacando-se nas áreas da metalurgia, beneficiamento de madeireira, confecções e papel. 
O município conta com uma área reservada para a construção e investimentos em indústria, localizada às margens da BR-470, contando com 12 lotes de até 5 mil m². Na EXPOCAMPOS, realizado no mês de maio de dois em dois anos, são expostos alguns dos principais trabalhos realizados nas áreas da indústria, comércio, agroindústria e artesanato.
Setor terciário
A prestação de serviços rende 415.110 mil reais ao PIB municipal, sendo que atualmente é a maior fonte geradora do PIB campos-novense. O comércio na cidade começou a desenvolver-se e apresentar-se mais representativo na economia municipal no decorrer da primeira metade do século XX, pelo fortalecimento da vinda de descendentes ítalo-germânicos, assim como ocorreu com o setor industrial. 
Atualmente é considerado como o principal centro comercial da Associação dos Municípios do Planalto Sul de Santa Catarina (AMPLASC), órgão que auxilia o setor comercial do município e sua região. Outras entidades também contribuíram para o desenvolvimento comercial, devido ao apoio dado a pequenas e médias lojas, como a Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade (CDL) e a Associação Comercial e Industrial de Campos Novos (ACIRCAN). Segundo estatísticas da Secretaria de Indústria e Comércio, entidade subordinada à prefeitura que colabora na coordenação das áreas comercial e industrial, os setores secundário e terciário somavam cerca de 700 mil estabelecimentos em Campos Novos. 
Estrutura urbana
Saúde

Em 2009, o município possuía 21 estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo 13 deles públicos e sete privados.
A Secretaria Municipal de Saúde é o órgão ligado de forma direta à prefeitura do município de Campos Novos e tem por função a manutenção e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a criação de políticas, programas e projetos que visem à saúde municipal. Dentre os serviços de apoio e atenção básica são alguns: o Programa Saúde da Família (PSF), o Paraná Assistencia Médica (PAM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Também há o Hospital Doutor José Athanásio, que conta com 89 leitos (79 pelo Sistema Único de Saúde) e é administrado pelo estado. 
Educação
Dentre as 68 instituições de ensino médio, 32 pertenciam à rede pública estadual, 3 pertenciam à rede municipal e 33 às redes particulares.  
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura tem como objetivo coordenar e assessorar administrativa e pedagogicamente o sistema escolar de Campos Novos. São exemplos de programas coordenados pela Secretaria com foco voltado à população a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que é a rede de ensino gratuita e voltada para adultos que não concluíram o ensino fundamental, a rede de Educação Especial, onde alunos que têm deficiência física são conduzidos por professores especializados, e a Programa Nacional de Bibliotecas Escolares.
Transportes
O município já foi atendido por ferrovias. Havia uma estação ferroviária no município, que situava-se onde hoje está o distrito de Leão e foi inaugurada em 23 de fevereiro de 1926, pertencendo à Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande. Funcionou até 1997, quando a ferrovia foi abandonada pela empresa que a administrava, a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), sendo demolida algum tempo mais tarde. 
A decadência das ferrovias deve-se ao avanço da construção de rodovias e aeroportos. Por via terrestre, o município está localizado no encontro das rodovias BR-282, BR-470, SC-455, SC-458 e SC-456, que a ligam, desde a pequenas cidades localizadas ao redor da região, até à capital catarinense, às grandes metrópoles brasileiras e outras cidades do Mercosul. Campos Novos possui um terminal rodoviário, que está localizado no centro da cidade e liga a cidade, principalmente, a várias cidades do estado de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A cidade possui ainda transporte coletivo, que liga a região do centro ao bairros e distritos que possuem paradas de ônibus implantadas pela prefeitura e foi regularizado pela Lei .nº 2364, de 9 de outubro de 2001. Atualmente também existem alguns aeroportos que operam próximos a Campos Novos, como o Aeroporto de Joaçaba (IATA: JCB, ICAO: SSJA), em Joaçaba, situado a cerca de 50 km do centro do município. 
Cultura
A responsável pelo setor cultural de Campos Novos é a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, que, além de auxiliar a área da educação, também tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. 
Artes cênicas e eventos
A Fundação Cultural Camponvense Cid Caesar de Almeida Pedroso, criada pela Lei n.º 2.050, de 17 de março de 1994, é uma instituição cultural ligada à secretaria da cultura e que está sediada no antigo prédio da prefeitura que foi construído em 1919, sendo sede do poder executivo e legislativo até 1975. O lugar foi transformado na Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi, e é utilizado como palco para várias atividades voltadas a cultura, como a música, artes visuais, dança, o teatro, oficinas e eventos. Além da casa, a Fundação ainda administra o Arquivo Histórico Dr. Waldemar Rupp, que é o arquivo histórico público municipal, e o Museu Histórico e Arqueológico Sebastião Paz de Almeida. 
Para estimular o desenvolvimento socioeconômico local, a secretaria da cultura, juntamente ou não com outras instituições e empresas locais, passou a investir mais no segmento de festas e eventos. Anualmente destaca-se a realização do Dia de Campo Copercampos, demonstrativo dos trabalhos da Copercampos, em fevereiro ou março; do aniversário da cidade, que apesar de ser dia 30 de março tem comemorações que estendem-se por durante todo o mês; da Festa do Padroeiro São João Batista, em junho, com missas e festas juninas; da Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que ocorre anualmente no dia 12 de outubro, dia da santa, e chega a atrair uma média de 70 mil fiéis que percorrem 3 km da Igreja Matriz até o Santuário da cidade; e o Concurso Miss Campos Novos, em novembro. De dois em dois anos ocorre ainda a EXPOCAMPOS, tradicional feira agropecuária da cidade. 
Atrativos
A cidade conta com várias pousadas, fazendas e hotéis situados na zona rural, onde o foco é o ecoturismo. As fazendas do Cervo e Santa Mônica e a Granja Triunfo contam com trilhas para caminhadas, áreas para camping e cavalgada e pesque-e-pague. Também é possível agendar uma visita à Usina Hidrelétrica de Campos Novos. No distrito de Barra do Leão localiza-se a Termas Leonense, fontes de águas termais sulfurosas que jorram a uma temperatura média de 33 °C, tendo ainda área para camping e piscinas cobertas, sendo que suas águas ajudam na cura de reumatismos e artrites, problemas de estômago, pele, estafa e insônia. 
No perímetro urbano a cidade conta com vários atrativos de valor histórico e cultural. Destacam-se a Igreja Matriz de São João Batista, em frente à Praça Lauro Müller, pelo seu interior decorado com esculturas em madeira, vitrais e pinturas; o Santuário de Nossa Senhora Aparecida; e a Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi, que, conforme citado anteriormente, funciona em um prédio que sediava a prefeitura e foi inaugurado em 1919, sendo tombado como patrimônio histórico municipal.
Esportes
A Secretaria de Esporte e Lazer organiza frequentemente diversos eventos esportivos, tais como o Campeonato de Futebol de Campo Amador, a Taça Centenário, o Quadrangular de Bolão (futebol), o Torneio de Bocha, o Torneio de Voleibol e a Taça Rádio Cultura de Futsal, além do basquetebol ACAMB (Associação Camponovense de basquetebol) colaborar com o município e para a organização de eventos como o Campeonato Regional de Futebol, os Campeonatos Regionais e Estaduais de Caratê, o Campeonato Estadual de Judô e o Campeonato de Atletismo. A secretaria mantém ainda escolinhas de esporte para as crianças, que contam com a participação de cerca de 900 alunos, além de realizar os Jogos Escolares de Campos Novos (JECAM), que envolvem anualmente cerca de 1.500 estudantes de escolas municipais, estaduais e particulares da cidade. 
O principal time de futebol da cidade é o Clube Atlético Camponovense, que foi fundado em 3 de agosto de 1991 e manda seus jogos no Estádio Cid Pedroso, que tem capacidade para cerca de 4 mil pessoas. Além desse estádio, são outros locais destinados à prática de esportes: o Ginásio Osni Jacomel, os Ginásios Humberto Calgaro e Juvelino Fernandes e o Ginásio Juvelino Fernandes, sendo que alguns possuem pista de skate, quadra de tênis, quadra de basquete de rua e quadra de voleibol de areia. 
Feriados
Em Campos Novos há três feriado municipais, definidos pela Lei Orgânica Municipal, e oito feriados nacionais, além dos pontos facultativos. Os feriados municipais são: o dia da emancipação política da cidade, em 30 de março; o dia do padroeiro São João Batista, em 24 de junho; e o dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro. De acordo com a Lei Federal n.º 9.093, aprovada em 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais com âmbito religioso, já incluída a Sexta-Feira Santa.
Referência para o texto: Wikipédia