Rio do Sul é um município brasileiro do estado de Santa Catarina.
Rio do Sul recebeu status de município pela lei estadual n.º 1.708 de 10 de outubro de 1930, com território desmembrado de Blumenau.
De clima temperado úmido,a temperatura média anual é de 18°C (max: 40°C; min: 0°C), com possibilidade de geadas no inverno, temperaturas negativas e raramente a possibilidade de nevar.
Economia - O município destaca-se na área industrial, com foco nos setores metalmecânico, eletrônico e vestuário (principalmente na confecção de jeans).
No setor agropecuário, destaca-se pela produção de leite, suinocultura e avicultura. Vem apresentando também nos últimos anos forte crescimento na construção civil e no desenvolvimento de software.
História - Rio do Sul possui forte influência germânica e italiana na cultura de seu povo, tanto na arquitetura quanto nos costumes locais. É comum se encontrar nos bairros e valadas mais afastadas pessoas que ainda preservam a culinária e o idioma de seus antepassados de forma muito presente no dia a dia.
Turismo - Dentre os pontos turísticos podem ser mencionados: Encontro dos Rios - Para apreciar o rio, há um mirante dentro do Parque Universitário Norberto Frahm, que apresenta ainda um painel da bacia hidrográfica da região em fotos antigas e atuais; Morro dos Três Picos - Situado na Serra Taboão, com 965 metros e Pico da Bandeira - Com 847 metros de altura, onde é possível observar quase toda a cidade, possuindo ainda trilhas, nas quais é possível observar a flora nativa.
O Ponto culminante de Rio do Sul está localizado na Serra do Mirador, com 824m de altitude.
Um dos cartões postais do município é sua Igreja Matriz (Catedral de São João Batista), construída pelos Salesianos. Outras construções importantes são a Ponte dos Arcos, a Estação Ferroviária e algumas edificações em estilo alemão. Também no município encontra-se o local onde nasce o Rio Itajaí-Açu (resultante do encontro dos rios Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste).
Serra Negra é um município do estado de São Paulo, no Brasil.
História
Apesar de ter como dia de fundação 23 de setembro de 1828, na realidade sabe-se que esta data pertence a outro importante fato acontecido na cidade: a concessão de Capela Curada localizada no terreno de Lourenço Franco de Oliveira (no atual bairro de Três Barras) a Serra Negra pelo Bispo Diocesano de São Paulo.
No início do século XVIII (por volta de 1700) era grande a quantidade de colonizadores pretendendo terras nos locais cortados pelos caminhos que ligavam o litoral à região das minas de Goiás (ouro e diamantes).
Requerida as sesmarias (lote de terra inculta que os Reis de Portugal cediam a quem se dispusesse a cultivá-lo) localizadas à margem da estrada referida, eram logo concedidas e, assim, penetravam os bandeirantes léguas e léguas pelo sertão adentro.
Por ser penoso o acesso a estas terras devido as montanhas chamadas de negras pela cor da vegetação, o povoamento se tornou difícil. Somente após 1800 (século XIX) é que começaram a aparecer alguns moradores nessa região.
O mais importante nome que aparece na História de Serra Negra é o de Lourenço Franco de Oliveira, que é considerado o verdadeiro fundador da cidade. Nascido no ano de 1775 na cidade de Bragança Paulista, era casado com Dona Manoela Bueno.
Lourenço Franco tinha um espírito aventureiro e decidiu sair pelos sertões com sua família e uma caravana de escravos até chegar a Mogi-Mirim, que na época era uma espécie de posto avançado ligando a sede da capitania de São Paulo as terras desconhecidas.
Após explorar certas áreas, fixou residência no atual Bairro das Três Barras (barra = foz de rio).
Formou uma fazenda, com criação de gado e cultivo de cereais, propôs aos poucos moradores da região a fundação de uma pequena capela, que foi erigida em nome de Nossa Senhora do Rosário do Rio do Peixe. A tradição conta que a imagem da santa foi encontrada perto de um velho tronco de árvore e a crença popular afirmava que a Santa desejava não sair da companhia do velho tronco, ficando assim a capela estabelecida neste ponto.
Em 1828, foi feita a pedido de Lourenço Franco de Oliveira ao Bispo Dom Joaquim Gonçalves de Andrade Diocesano de São Paulo, a concessão de Capela Curada a Serra Negra, sendo designado um padre para "conduzir aquelas ovelhas".
Por este motivo é comemorado a data de fundação da cidade em 23 de setembro. Lourenço Franco de Oliveira morreu em 13 de março de 1883 e seu corpo foi sepultado dentro da ainda Capela de Nossa Senhora do Rosário do Rio do Peixe.
Quase dez anos se passaram, e em 1841 uma lei elevava o povoamento de Serra Negra a Freguesia (povoação sob o aspecto eclesiástico; conjunto de paroquianos). Sendo cada vez mais próspera a situação do povoado, os seus influentes moradores trabalharam ativamente a fim de conseguir sua elevação à categoria de Vila (povoação de categoria entre aldeia e cidade) e a criação de um Município (circunscrição administrativa que se exerce a jurisdição de uma vereança), o que foi alcançado em 24 de março de 1859, e mais tarde, a elevação à categoria de Cidade, em 21 de abril de 1885.
Estância hidro mineral
Serra Negra é um dos 11 municípios paulistas considerados estâncias hidro minerais pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar, junto a seu nome, o título de "estância hidro mineral", termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Economia
Serra Negra tem, como principal atividade econômica, o turismo, com uma forte e extensa rede hoteleira, seguido da agricultura e da extração de água mineral, sendo, hoje, um dos maiores produtores nacionais do produto, com onze empresas atuando.
Turismo
Desde 2006, acontece o Festival Ars Viva de Música em Serra Negra, com apresentações de música erudita em vários pontos turísticos do município: Praça Prefeito João Zelante, Auditório Mário Covas Júnior, Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário e Igreja São Benedito.
Guarapuava é um município brasileiro do estado do Paraná. Considerado um polo regional de desenvolvimento com forte influência sobre os municípios vizinhos, faz parte também de um entroncamento rodoferroviário de importância nacional denominado corredor do Mercosul, entre os municípios de Foz do Iguaçu e Curitiba.
Sua localização no alto do Terceiro Planalto Paranaense faz de Guarapuava um dos municípios mais frios do estado, com ocasionais registros de neve. O bioma predominante é a floresta subtropical, com vastas áreas de mata de araucárias. É ainda o maior produtor brasileiro de cevada e possui uma das maiores fábricas de malte do mundo, responsável por vinte por cento da produção nacional.
Etimologia - "Guarapuava" deriva do termo da língua geral paulista agûarápuaba, que significa "lugar do barulho dos lobos-guarás" (gûará, lobo-guará + pu, barulho + aba, lugar).
"Pérola do Oeste", como é conhecida atualmente, e que não se confunde com o município de mesmo nome, é alcunha forjada pelo jornalista Luiz Daniel Cleve, quando, por meio do jornal O Guayra, mandava notícias da cidade para a Europa exaltando que "o pôr-do-sol de Guarapuava, a Pérola do Oeste, é o mais bonito do mundo".
História - Já habitada por milhares de anos pelos índios caingangues, a ocupação europeia dos campos de Guarapuava remonta às grandes questões da expansão territorial ibérica na América no século XVI, pois, segundo o Tratado de Tordesilhas, toda a porção centro-oeste do atual estado do Paraná deveria ser de comando espanhol. Entretanto, durante a União Ibérica (1580-1640) (período em que a coroa espanhola dominou o território português), houve um grande número de incursões rumo ao interior do continente a partir da capitania de São Paulo, através de expedições denominadas "bandeiras".
Padre Chagas foi uma personagem importante na fase inicial do povoamento, pois procurou iniciar a ocupação baseado em alguns critérios de estética, observando as prescrições contidas na carta régia de 1 de abril de 1809, do Conde Linhares, que já determinava os padrões a serem seguidos pelas edificações. Como ponto gerador do núcleo, cita-se a Catedral de Nossa Senhora de Belém, que era um ponto referencial importante para a sociedade da época. O primeiro prefeito de Guarapuava foi o coronel Pedro Lustosa de Siqueira.
No ano de 1852, no dia 17 de julho, o povoado Nossa Senhora de Belém foi elevado à categoria de vila, ainda pertencente à província de São Paulo. Em 2 de maio de 1859, foi criada a comarca de Guarapuava, sendo José Antônio Araújo de Vasconcelos o seu primeiro juiz de direito. A Vila Nossa Senhora de Belém recebeu foros de município no dia 12 de abril de 1871 pela Lei 271, sendo desmembrada do município de Castro.
Guarapuava é conhecida pela diversidade étnica, possuindo quilombo e diversas reservas indígenas espalhadas pela região, além de imigrantes e descendentes de europeus ibéricos (portugueses e espanhóis), italianos, poloneses, alemães, sérvios, croatas, ucranianos.
Economia - A economia de Guarapuava é variada, mas como outras cidades do mesmo porte no Paraná, ela é baseada na agroindústria. A agropecuária representa aproximadamente 18% do produto interno bruto do município. O município tem forte participação na produção agrícola do estado.
A indústrias madeireira e de celulose (incluindo derivados) são os principais ramos industriais do Guarapuava. As empresas químicas, dos ramos de bebidas, produtos alimentícios e a agroindústria também possuem forte participação. A cidade é conhecida junto com sua região pela produção de erva-mate, produto base do chimarrão. Entre as indústrias manufatureiras se destaca a Santa Maria, Iberkraft, Pinhopast, Prideli, Repinho, Polijuta, Chocalates Pietrobon, Refrigerantes Neon, Agrogen, Dalba, Erva Mate 81, e muitas outras. Embora haja indústrias de destaque em Guarapuava, as principais são a Santa Maria Papel e Celulose e a Cooperativa Agrária de Entre Rios; Em 2009, a Santa Maria e a Agrária foram classificadas entre as maiores empresas do Brasil, segundo o Anuário da Revista Exame, Maiores e Melhores.
Guarapuava é uma das maiores produtoras de batata inglesa, milho e cevada do Brasil e também uma grande produtora de soja e trigo.
A agroindústria é outro setor importante na economia municipal. A cidade conta com a maior maltaria da América Latina, que produz 20% do malte brasileiro, a Agromalte pertencente a Agrária, e também com a Brasil Foods, Agrícola Cantelli, Coamo, Codapar, Cooperativa Vale, é uma das maiores empresas no ramo de panificação do mundo, a Ireks tem sua sede do Brasil em Guarapuava, entre outras.
Educação - No ensino superior se destacam em Guarapuava: Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), sediada em Guarapuava, está dividida em três campi (Centro de Tecnologias de Guarapuava, Santa Cruz e Irati), quatro campi avançados (Prudentópolis, Chopinzinho, Laranjeiras do Sul e Pitanga), e seis polos de educação à distância (Coronel Vivida, Pinhão, Bituruna, Palmital, Goioerê e Paranavaí); Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Faculdade Campo Real (Campo Real); Faculdade Guairacá (Guairacá); Faculdade Guarapuava (FAG); Centro Universitário Ingá (UNINGÁ).
Turismo - Guarapuava tem, como principais pontos turísticos: Lagoa das Lágrimas; Catedral de Nossa Senhora de Belém; Distrito de Entre Rios; Parque do Lago; Parque Municipal das Araucárias (onde está o Museu Entomológico Hipólito Schneider, também conhecido como Museu de Ciências Naturais, que contém a coleção do professor João José Bigarella); Museu Municipal Visconde de Guarapuava; Parque Recreativo Jordão; Salto Curucacas; Praça da Fé; Praça dos Patriarcas e Santuário de Schoenstatt.
Festas realizadas em Guarapuava - Expogua - Trata-se da maior feira da região que é realizada todo ano. Expondo gado, cavalos e outros animais para criação. Onde acontece leilões dos animais e alguns cursos ligados a área. Várias empresas expõem durante o evento como veículos leves, pesados e agrícolas, produtos agrícolas, entre outras empresas dos mais diversos setores. Comida típicas das festas juninas, entre outras, são vendidas, assim como um parque de diversões é organizado no local. Cantores sertanejos, como Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, e Daniel, se apresentam. Rodeios completam a festa; Festa do Soquete de Carneiro e Paçoca de Pinhão - Realizada pelas Lojas Maçônicas de Guarapuava, a Festa do Soquete é um jantar beneficente anual, cuja renda é destinada a 4 entidades beneficentes da cidade; Festival da Melhor Idade - Realizada pela prefeitura municipal entre os meses de agosto e outubro, é uma festa com concurso de grupos de dança da melhor idade, geralmente oriundos de diversas cidades do sul. Ao final do festival é feito um show com cantores famosos dos anos 80 e 90. Este evento já teve a presença de grandes cantores, como Moacyr Franco, Sidney Magal, Guilherme Arantes entre outros. Este evento se encontra na sexta edição e Festa da Peixada - Tradicional festa alemã, realizada no distrito de Entre Rios, a festa da peixada é celebrada em outubro. Traz, como principais atrações: bandas alemãs, danças tradicionalistas, peixe na brasa e muito chope. Pessoas de toda região comparecem. Bandas da Alemanha costumam tocar neste festival.
Monte Azul é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.
História - A história de Monte Azul é fortemente marcada pela influência do Coronel Levi. A área do município já abrangeu outras pequenas cidades vizinhas, como Gameleiras e Mato Verde.
No último quartel do século XVIII, Dona Maria Rosária Pereira da Rocha adquiriu ao Conde da Ponte, as terras de Boa Vista do Tremedal e São João do Pernambuco, doando uma gleba de terras para a construção de uma capela em honra à Senhora das Graças. Em torno dessa capela formou-se o arraial de Boa Vista do Tremedal, que posteriormente viria a se chamar Monte Azul, no Estado de Minas Gerais. Maria Rosária Pereira da Rocha era amante do português Pompéo, que foi morto em companhia de seu enorme grupo de escravos e capangas, por um inimigo seu, por questões de terras. Maria Rosária e Pompéo tiveram uma filha que se casou com Joaquim Fernandes dos Anjos.
Em 4 de outubro de 1887, o município veio a ser fundado.
Economia - Historicamente, a agricultura da cidade se dava essencialmente pelo cultivo do algodão. Porém, com a praga dos "bicudos", essa prática se tornou impossibilitada. Atualmente, a agropecuária é o setor forte da economia do campo.
Na cidade, o comércio teve um crescimento contundente nos últimos anos, com o aparecimento de lojas de tecidos e confecções, no varejo e no atacado. Ademais, foram fundadas fábricas de roupas íntimas e de passeio, tornando Monte Azul um pólo regional no setor. Além disso, lojas de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos em geral foram atraídas para a cidade. O Mercado Municipal foi ampliado no primeiro mandato da gestão de José Edvaldo, e hoje, o segundo andar abrange um centro comercial promissor.
O mercado consumidor monte-azulense é atraente, considerados os demais da região.
Turismo - Monte Azul, apesar do clima e vegetação serem de transição entre os pertencentes ao Cerrado e Caatinga, é um município com muitas cachoeiras, cercadas de belíssimas serras. Entretanto, o turismo ecológico é praticamente inexplorado por governo e população da cidade. O máximo que se pode usufruir das belezas naturais monteazulenses é conseguido através dos acessos por estradas de terra e de "guias", que seriam os próprios moradores da região.
As serras que cercam a cidade além de ter referência na mudança do nome de Tremedal para Monte Azul, é de grande atração turística. Ao chegar a Monte Azul e ver as lindas serras azuis o viajante ou turista logo já sabe o porquê do nome.
Tradicionalmente, são realizados alguns eventos no Parque de Exposições, como réveillon, micaretas e exposições agropecuárias, as quais geralmente contam com leilões bovinos, shows musicais, exposições artesanais, concursos de culinária, etc, atraindo grande parte da população regional.
Piratuba é um município brasileiro localizado no estado de Santa Catarina.
Topônimo - "Piratuba" é um vocábulo tupi que significa "ajuntamento de peixes", através da junção dos termos pirá ("peixe") e tyba ("ajuntamento").
História - O espaço onde hoje se localiza o município começou a ser povoado em 1910 por trabalhadores da empresa norte-americana Brazil Railway Company, que construíam a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, o que acarretou a migração de povoados de origens italiana e alemã para tal localidade, que foi elevada à categoria de distrito em 1923, anexada ao município de Campos Novos. Sua emancipação foi assinada em 30 de novembro de 1948 e entrou em vigor no dia 18 de fevereiro de 1949, data em que é comemorado o aniversário do município.
A Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande tinha como objetivo ligar a Região Sul do Brasil às regiões centrais do país.
Após três anos de obras na estrada de ferro, o trecho ferroviário foi concluído em 1913. O núcleo de moradores que se concentraram deram o nome da localidade de Vila Rio do Peixe.
Este vilarejo foi elevado à categoria de distrito em 1923, sendo que permaneceu anexado ao município de Campos Novos com o nome de Vila Rio do Peixe até o ano de 1943, quando passou a se chamar Piratuba, ainda na categoria de distrito.
A história do município foi alterada no ano de 1964, quando pesquisadores da Petrobrás descobriram um lençol de águas sulfurosas. Neste espaço, foi construído um parque termal de propriedade da sociedade mista Companhia Hidromineral de Piratuba, que impulsionou o turismo e tornou Piratuba uma das principais cidades turísticas da Região Metropolitana do Contestado.
Turismo - O turismo em Piratuba é impulsionado principalmente pelo Parque Termal de Piratuba. O Parque disponibiliza dois ambientes, com grande variedade de piscinas e tobogãs. A água termal a aproximadamente 38ºC é um dos principais atrativos do local, que é recomendado por médicos pelas propriedades terapêuticas na recuperação de artrite, reumatismo e artrose. Também há a possibilidade do camping dentro do espaço, que é utilizado para a realização dos eventos municipais como a Abertura da Temporada de Verão e o Réveillon.
A Estação Ferroviária de Piratuba apresenta características dos primórdios da colonização da cidade, como instrumentos utilizados no passado, bem como duas locomotivas a vapor que são utilizadas nos sábados para passeios até a cidade gaúcha de Marcelino Ramos. A Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) foi a responsável pela organização de tal linha, com a finalidade da manutenção da história e das linhas ferroviárias da região.
Outra atração do turismo do município é o Parque Três Pinheiros, localizado a 8 km do centro da cidade e que apresenta um zoológico com cerca de 120 espécies de animais exóticos, bem como degustação de cachaças e produtos típicos da região. Outro ambiente que expõe a cultura tradicional, principalmente da etnia alemã é a Casa Colonial, onde localiza-se o letreiro da cidade.
A prefeitura, como uma alternativa de impulsionar o acesso à estes e demais pontos turísticos do município, criou passeios em ônibus abertos conhecidos como "jardineiras". Um passeio especial, com duração de duas horas e que envolve tanto a zona urbana quanto a zona rural, é conhecido como Rota do Engenho. A rede hoteleira do município possui mais de dois mil leitos, os quais estão distribuídos em dezesseis hotéis, que recebem a maior movimentação no período do verão.
Por ser uma cidade turística, vários eventos são realizados ao decorrer do ano. Entre estes, destacam-se o Kerbfest, evento da cultura alemã realizado tradicionalmente em janeiro; a festa do aniversário de emancipação da cidade, com programação atrativa em todo o mês de fevereiro; em março, ocorre o Festival da Canção de Piratuba (FECAPI) com artistas locais e convidados; a Festa do Agricultor, em julho, que é organizada pelos moradores da zona rural do município; e em dezembro, os três maiores eventos culturais da cidade: no início do mês, a Abertura da Temporada de Verão de Piratuba, a qual recebe um público de aproximadamente 10 mil pessoas e apresenta atrações musicais nacionais e de renome; na véspera de Natal ocorre a encenação do nascimento de Jesus Cristo; e no Réveillon há uma queima de fogos, que segundo a Polícia Militar reuniu 30 mil pessoas em 2011, número quase oito vezes superior ao de habitantes do município.
Cultura - Entre outros eventos culturais promovidos pela Fundação de Cultura e Eventos, encontram-se o Encontro de Veículos Antigos, a Noite no Hawaii, a Festa Cabocla, o Festival de Dança da Terceira Idade, a Corrida de Garçons e a Noite Alemã. Aos domingos e feriados, em horário aproximado das onze horas da manhã, é feita uma demonstração do jato d'água na Estância Hidromineral de Piratuba, que atinge uma altura de 30m, com pressão natural, e pode ser observado em toda a cidade.
Mato Verde é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.
O povoado de Santo Antônio da Rapadura foi fundado em 1 de janeiro de 1873, por coordenação do bispo da diocese de Diamantina, Dom João Antunes dos Santos (hoje nome de uma rua no bairro São Bento na cidade).
O município, com o nome de Mato Verde, foi criado pela lei nº 1.039, de 12 de dezembro de 1953 e instalado no dia 1 de janeiro de 1954. Seu primeiro prefeito foi Waldir Silveira e o primeiro vice Hermínio Fernandes Silveira, eleitos para um mandato de quatro anos.
A economia do município é essencialmente agrícola. As terras, de um modo geral, são férteis e com declividade favorável a motomecanização.
Hoje, as principais atividades são: a agropecuária com pequenas agroindustriais, o setor de serviços e o comércio.
Na área de turismo destacam-se a Cachoeira de Maria Rosa, a maior queda d'água do Rio Viamão. Localiza-se a 12 km de Mato Verde.
Há também a Cachoeira do Rio das Gramas, próximo ao distrito de São João do Bonito; o Rio Garipau; e há também um sítio a 15 minutos de Mato Verde que fica nas margens do Rio Viamão (Sítio do Sidney). É uma propriedade privada e para a entrada de visitantes é necessária uma autorização do dono do terreno, que não é difícil de ser conseguida. Além disso tudo, há também outras cachoeiras no rio Viamão (mais próximas à sua nascente), entre elas o Poço do Ouro, que fica a aproximadamente 16 km da cidade, sendo um dos locais de acesso mais difíceis do município. E existem mais quedas d'água acessíveis após escalar grandes pedras. Há também o Rio do sr. Heitor, uma barragem na comunidade de Caveira d'Anta no Rio Garipau.
Outros pontos turísticos na cidade são: Praça Geraldo Clemente Alves e a Praça de Alimentação Antônio Celso Silveira, com inúmeros quiosques e lanchonetes; Avenida José Alves Miranda (Centro-Alto São João), local com lanchonetes frequentados principalmente à noite; Complexo Poliesportivo, local com playground, quadra de areia, estacionamento, bar no meio da ilha da lagoa; ginásio poliesportivo Prefeito Agripino Antunes Miranda e o estádio municipal Odilon Dias de Oliveira.
O Carnaxé de Mato Verde também atrai turistas do Norte de Minas e do Sul da Bahia. A entrada é franca.
Há também as famosas festas da Camiseta e Caipy Fest, que acontecem anualmente em Janeiro. As entradas são compradas na forma de camisetas.
O Santo Cruzeiro (cruz) foi cravado em um monte próximo (hoje conhecido como Morro do Cruzeiro) no ano de 1901, levado pelo povo desde a porta da matriz até o cume daquele monte, em procissão acompanhada por toda a população daquela época. Desde então, toda Sexta-feira da Paixão os devotos sobem o morro em penitência para "pagar" os pecados do ano anterior (e é claro, ficar com a ficha limpa para poder cometer outros pecados no ano seguinte).
Há ainda uma igrejinha secular no centro da cidade que só abre sua portas por ocasião do Natal. É tradição de seus antepassados que a Igrejinha de Deus-Menino seja aberta apenas neste período para visitação pública e realização de novena em homenagem ao Menino Jesus.
As festas juninas são festejadas por toda a comunidade, sendo que na véspera do dia de São João, realizam-se quadrilhas, rezas e levantamento de mastros.
A festa do padroeiro Santo Antônio começa em 10 de maio e termina em 13 de junho, dia do santo.
Cruzeiro é um município brasileiro do Estado de São Paulo.
História
Precedentes - O povoamento da localidade onde hoje é Cruzeiro tem origens datadas do século XVIII, a partir de um povoado da localidade conhecida por Embaú, que se desenvolveu devido ao ouro de Minas Gerais, em terras pertencentes ao município de Lorena, próximo ao atual território de Cruzeiro. Esse povoado provavelmente foi consequência do fato de que o território, onde hoje é o município de Cruzeiro, era trecho da Estrada Real, caminho entre Minas Gerais e Paraty em que passavam as expedições para a exploração do ouro do então Brasil colônia.
Ao longo dos anos, as rotas comercias estabelecidas pelos mineiros que demandavam aos Portos de Parati e Mambucaba fizeram surgir na região, então conhecida por Embaú, muitas roças dedicadas a fornecer produtos de abastecimento aos tropeiros. Nessa área, o sargento-mor Antônio Lopes de Lavra iniciou, em 1781, a construção da capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição do Embaú, concluída seis anos depois. Na povoação que ao lado da capela se formou, os primeiros povoadores passaram a comercializar os produtos locais, logo aumentando o núcleo urbano.
Por esse trecho da Estrada Real, que passa pela Garganta do Embaú, divisa entre Cruzeiro e Passa Quatro, desde o século XVI também passavam as expedições dos bandeirantes, como Fernão Dias Pais Leme, Antônio Delgado da Veiga e Miguel Garcia Velho. Mais tarde, com o descobrimento do ouro no território de Minas Gerais, o caminho se tornou a Estrada Real, que levava o ouro de Minas Gerais até o porto de Paraty. Gentil Moura, em seu “Dicionário da Terra e da Gente de Minas”, afirma que: “(...) pelo Embaú deve ter passado a expedição de Martim Afonso, em 1531, assim como aquela que fez parte o inglês Anthony Knivet, em 1596.” João Camilo de Oliveira Torres, em sua “História de Minas”, escreve que a garganta era passagem obrigatória e afirma que o Conde de Assumar quando veio para Minas como governador, em 1717, procurou fazer um levantamento dos caminhos existentes, notando o “caminho velho” do Rio, o caminho de São Paulo, o “caminho novo”, construído por Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias. Analisando-os, deu preferência ao de São Paulo, passando por Taubaté e pelo Embaú.
Marcos históricos do município - O marco histórico do município de Cruzeiro, em seus moldes atuais, começa em 1840, com o Capitão Antônio Dias Teles de Castro e sua esposa Dona Fortunata Joaquina do Nascimento, assumem a propriedade da então Fazenda Boa Vista e constroem a sua nova sede, na localidade em que hoje é o município de Cruzeiro. Após a morte de seu marido, Dona Fortunata então herda as terras da Fazenda Boa Vista e se casa novamente, com o Capitão Joaquim Ferreira da Silva. Novamente viúva, adquire o terceiro matrimônio, com o Major Manoel de Freitas Novaes, que era homem politicamente influente e já grande proprietário de terras na região.
A partir de então, Major Novaes passa assumir grande influência nas transformações da localidade. A começar, em 1865, por reformar e ampliar a sede da Fazenda Boa Vista, atualmente conhecida entre os populares por Casa da Dona Tita, hoje Museu Major Novaes administrado pelo poder municipal.
O Major Novaes tinha grande influência política e também possuía amizade com o imperador Dom Pedro II, de modo que teve grande papel na decisão em fazer com que o trajeto da nascente rede ferroviária passasse pelas terras que hoje compõe o território de Cruzeiro. A construção do Túnel da Mantiqueira, trecho da linha férrea entre Minas Gerais e São Paulo, foi na época uma das mais importantes obras do país, e mereceu atenção especial do Imperador, que inspecionou o andamento das obras em mais de uma ocasião. A viagem inaugural do trecho, ocorrida em 14 de junho de 1884, contou com a ilustre presença do Imperador e da família real, além do próprio Major Novaes.
A rota ferroviária que passava por Cruzeiro foi preponderante para o transporte de café e mercadorias em geral ao longo da segunda metade do século XIX e início do século XX, pois ligava os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. E a cidade de Cruzeiro foi trecho obrigatório dessa rota e ponto de interligação entre os três Estados. Logo, esses fatos foram decisivos para a consolidação do núcleo urbano que culminou na formação do atual município, uma vez que a então ferrovia, denominada Estrada de Ferro Central do Brasil, teve grande importância para o escoamento da produção de café e também para o fluxo de comércio em geral desses Estados naquele período.
Entre os arquivos históricos de Cruzeiro, consta que o vilarejo em torno da Fazenda Boa Vista evoluiu com o passar dos anos, tendo sido elevado em 1846 à categoria de freguesia com o nome de Nossa Senhora da Conceição do Embaú, um povoado cuja formação foi motivada pelo comércio vindo de Minas Gerais com destino ao litoral, em ligação com o porto da cidade de Parati. Em 1871, foi então fundada a vila cuja denominação era Conceição do Cruzeiro, devido a um marco divisório em forma de cruz, construído entre Minas Gerais e São Paulo. Em 1891, foi criado o novo distrito, denominado Estação de Cruzeiro, devido ao desenvolvimento trazido pela Estrada de Ferro D. Pedro II, que potencializou fluxo de comércio naquela localidade. O Distrito cresceu tanto que no mesmo ano foi elevado a categoria de vila com o nome de Vila Novais. Em 1892, foi novamente reconduzido a distrito, novamente chamado Estação do Cruzeiro, e incorporado ao município de Conceição do Cruzeiro, atualmente extinto. A sede do município de Conceição do Cruzeiro foi transferida para o Distrito de Estação do Cruzeiro, em 1901, passando a ser município autônomo denominado por Cruzeiro.
A partir de então, o município passou a se consolidar, desenvolvendo-se paulatinamente decorrente do movimento da ferrovia na Estação de Cruzeiro, atraindo imigrantes e pessoas de outras localidades do país ao povoado já existente em forma de vila, interessados no crescimento econômico do município. O interesse pela região também era devido à sua privilegiada localização geográfica, que estava na metade do caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro, ponto estratégico de atividade comercial.
Da indústria nascente à contemporaneidade - Em 1945, com a inauguração da sede da Fábrica Nacional de Vagões (FNV) em Cruzeiro, no contexto da política industrial do governo de Getúlio Vargas, a economia do município passou a assumir também vocação industrial, contribuindo em muito para seu crescimento e desenvolvimento, de modo a atrair novos moradores em função da demanda pela mão de obra industrial. A FNV de Cruzeiro foi pioneira na construção de vagões de carga 100% nacionais para as ferrovias brasileiras. Porém, em 1990, com a política de privatizações do governo federal, foi adquirida pela atual Amsted Maxion, que ainda opera no município na produção de vagões de carga, rodas de aço fundido, truques, entre outros produtos e serviços.
Economia - Hoje, o município tem o seu foco econômico voltado para a área do comércio (possui importantes empresas como Casas Bahia, Pernambucanas, O Lojão Magazine, Lojas Cem, Magazine Luiza, Lojas Americanas), e da indústria metalúrgica. A antiga FNV (Fábrica Nacional de Vagões) atualmente tem o seu parque industrial dividido por duas empresas do grupo Iochpe-Maxion sendo elas: Amsted-Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários, que foi a fusão do grupo Iochpe-Maxion com a Norte Americana Amsted Industries e a Maxion Sistemas Automotivos-Divisão de Rodas e Chassis.
Além delas, a cidade conta outras empresas de pequeno e grande porte e várias empresas de transporte rodoviário. Entre essas empresas, estão a MSD (Merck Sharp & Dohme), CPI Papéis Industriais, Metalúrgica Carron, Einsemann, Finquímica, Tractor Terra, Batatas Inaí e Massas Cunha. No ramo do transporte, estão instaladas na cidade empresas como GR Transporte de Produtos Químicos, Transportadora Sayder, Transportadora Sulista, Transpanda, Transporte Marcos, Transbiondi e Transportadora Soberana (adquirida em 2017 pela Transbiondi).
Educação - Cruzeiro conta com 3 instituições de ensino superior: ESC-ESEFIC - Escola Superior de Cruzeiro e Escola de Educação Física de Cruzeiro 'Prefeito Hamilton Vieira Mendes', criada em 1969 e oferece cursos de fisioterapia, pedagogia, educação física (licenciatura e bacharelado) e enfermagem (com autorização prévia para o Curso de Ciências Biológicas); FACIC: A Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro oferece cursos de administração, ciências contábeis, direito, engenharia de produção e pedagogia e FATEC Cruzeiro: A Faculdade de Tecnologia de Cruzeiro foi criada em 2006 e oferece os seguintes cursos: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Eventos, Gestão Empresarial e Gestão da Produção Industrial.
A cidade ainda conta com vários polos de Ensino Superior á distância: UNINTER, FATEC Internacional, ULBRA e Faculdade Braz Cubas.
Cultura - O município possui uma agenda cultural ativa, com diversas atividades culturais ao longo do ano que contemplam apresentações, eventos, entre outras atividades, a exemplo das atividades realizadas no Teatro Municipal Capitólio e no Museu Municipal Major Novaes.
Anualmente na cidade é realizada a ExpoAgro Cruzeiro que conta com shows dos mais diversos artistas do Brasil e é considerado uma das maiores exposições agrícolas da região do Vale do Paraíba, sendo que a cidade também conta com regulares feiras de temática agrícola ao longo do ano.
No Museu Major Novaes, regularmente são realizadas diversas exposições com amostras de registros históricos do município e exposições de temáticas sociais, além da exposição realizada anualmente na semana em memória a Revolução Constitucionalista de 1932. No Teatro municipal também são regulares as apresentações, porém, a reforma e restauração do prédio datado da década de 1930 deixou as apresentações suspensas recentemente.
A cidade também costuma sediar encontros de temática automotiva, balonismo, trekking ou montanhismo, entre diversas outras atividades.
Pontos turísticos
Museu Major Novaes - O imóvel também conhecido como "Solar dos Novaes" e "Casa da Dona Tita", era sede da Fazenda Boa Vista e é datado de 1815. É considerado o núcleo inicial do município, vinculado a história da cidade e da região. O acervo do museu conta com móveis coloniais, cristaleiras procedentes da Itália e documentos históricos, como cartas trocadas com a Família Imperial. Além disso, promove regularmente diversas exposições e atividades culturais. Sua majestade D. Pedro II tinha um grande prestígio ao seu compadre, o Major Novaes, tendo o próprio imperador e outros membros da família real se hospedado no casarão quando em passagem pela cidade. O museu foi tombado como patrimônio histórico pelo Governo Estadual por meio do decreto nº 13.227 de 24 de setembro de 1969.
Igreja Matriz da Imaculada Conceição - Um dos principais cartões-postais de Cruzeiro, localizada na área central da cidade, a igreja projetada com arquitetura de estilo eclético, possui elementos do barroco e do neoclássico, teve suas obras iniciadas em 1830. o edifício passou por diversas reformas ao longo de sua história, mas que não chegaram a alterar suas características originais, sendo a maioria internamente. Sua fachada foi originalmente concebida sem pintura, com acabamento em pó de pedra, no século passado, ao final da década de 60 e início da de 70, foi pintada em amarelo claro e escuro; na década de 90, em azul escuro/branco; no início do atual século, em azul claro/branco e recentemente passou por uma reforma e a pintura azul/branco da igreja foi substituída por bege/areia. A matriz de Imaculada é o segundo maior templo católico do Vale do Paraíba com capacidade para 3000 fiéis. É um raro exemplo de igreja de seu período, onde, mesmo tendo apenas um orago (santo devocional) possui duas torres.
Centro Cultural Rotunda - Importante edifício ferroviário, que compunha o conjunto de prédios das "Oficinas Modelo da Rede Sul Mineira". Esse conjunto de prédios construídos na década de trinta, do século vinte, foram os mais bem planejados e construídos, para os fins a que se destinavam na América Latina, só existindo similares nos EUA e Canadá. Originalmente o prédio da rotunda se destinava a posicionar locomotivas, carros de passageiros e vagões nos trilhos da ferrovia através de um Girador, o espaço oferecia serviços de manutenção mecânica, pintura e jateamento. Dada a sua função básica seu projeto levou a ter a forma de semicircunferência, sendo a única meia rotunda brasileira. Das vinte quatro rotundas erguidas no Brasil quatorze foram demolidas e somente duas restauradas, a de São João del Rei e a de Cruzeiro. O prédio da Rotunda de Cruzerio foi restaurado pela iniciativa privada (Fundação Iochpe) sob orientação de voluntários da ONG "Grupo Preservacionista Casa do Engenho", com o objetivo de criar um espaço cultural onde estariam representadas as cidades do Vale Histórico, posicionando Cruzeiro como um portal de entrada para região. Atualmente o prédio encontra-se novamente em relativo estado de abandono, desviado de suas funções e destinado a abrigar eventos secundários, não recebendo nenhuma manutenção, o que tem comprometido sua estrutura.
Igreja Santa Cecília - Primeira Matriz da cidade, teve a construção concluída em dezembro de 1896.
Capitólio Teatro Municipal - Construído em 1929, possui espaço para exposições e uma excelente acústica. Já foi palco de shows de artistas nacionais importantes.
Bosque Municipal Parque municipal com 28.869 m², possui uma vista, pista de bicicross, parque infantil, pista de Cooper e um lago.
Escola Arnolfo Azevedo - Escola tradicional do município localizada numa praça no Centro da cidade. Ainda é possível ver as inscrições na fachada indicando a divisão de meninos e meninas na escola.
Belvedere Santo Cruzeiro - Praça onde é possível ter uma vista geral da cidade, emoldurada pela Serra da Mantiqueira. Localizada no perímetro urbano no bairro do Jardim América mas precisamente na praça João XXIII. O monumento homenageia as santas missões realizadas na cidade.
Belvedere "A Santa" - Ao lado da SP-52, precisamente na Garganta do Embaú, divisa entre Cruzeiro e Passa Quatro. É um local de vista exuberante e própria para descanso, com comércio de lanches em geral e acesso a água em fonte natural. A vista desse ponto é aproximadamente de 1.800 metros de altitude. No local há um altar com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, denominada "A Santa" devido à imagem de Nossa Senhora Aparecida, instalada sobre um altar. Localiza-se na Serra da Mantiqueira, e assim denominada APA; distante de 21 km do centro de Cruzeiro.
Túnel da Mantiqueira - Construído pela Minas and Rio Railway, localiza-se a aproximadamente a duzentos metros do belvedere da Serra da Mantiqueira, onde se encontra "A Santa". Esse famoso túnel ferroviário, foi palco de eventos marcantes para a história. Por exemplo, por ocasião de sua construção, feita pelos ingleses da Cia "Minas and Rio Railway", recebeu o imperador D. Pedro II e sua comitiva, era o orgulho ferroviário do império, tendo sido o maior túnel ferroviário construído até então na América Latina. Dado o posicionamento estratégico do túnel, durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o local teve uma guarnição instalada pela frente de defesa dos revolucionários paulistas, nesta ocasião teve os trilhos removidos de seu interior, que foi preenchido com uma barricada, objetivando impedir a passagem das tropas federais de Getúlio Vargas. O túnel tem aproximadamente 1 km, com suas extremidades entre São Paulo e Minas Gerais.
Pico da Gomeira - Um pico da Serra da Mantiqueira com 2068 metros de altitude, cujo cume está precisamente na fronteira entre os Estados de Minas Gerais e São Paulo, sendo possível avistá-lo a partir do centro de Cruzeiro. O lugar é um atrativo para os praticantes de trekking ou montanhismo. Seu cume está a aproximadamente 7 km do acesso pela SP 052, a partir da Garganta do Embaú.
Pico do Itaguaré: Outro importante cume da Serra da Mantiqueira, na próximo da divisa entre os Estados de Minas Gerais e São Paulo, com acesso pela SP 52. Possui 2.308 metros de altitude e do seu topo é possível avistar todo o Vale do Paraíba. Não é explorado turisticamente, sendo utilizado somente por aqueles que praticam montanhismo.
Pico dos Marins - Possui 2.422 metros de altitude, de onde é possível visualizar parte do Sul de Minas e do Vale do Paraíba. Local excelente para prática de montanhismo, com via de acesso por Piquete.
Pedra da Mina - Seu cume fica na divisa entre Cruzeiro e Passa Quatro e é o ponto culminante da Serra da Mantiqueira, com 2.798 metros. Esse é outro lugar que tem sido destino predileto dos praticantes de trekking e montanhismo.
Garganta do Embaú - O ponto de transposição mais baixa da Serra da Mantiqueira e está a aproximadamente 20 km do centro da cidade, o local é trecho demarcado da Estrada Real e por onde também passaram os bandeirantes durante suas incursões ao interior de Minas Gerais.
Pico do Focinho do Cão - Local de beleza natural, que corre sobre rochas, possuindo uma caverna perfurada pelo próprio riacho que segue por baixo de um morro a cerca de 500 metros, voltando a ser remanso novamente. É utilizado turisticamente pelos cruzeirenses. Existe na Área, local para camping rústico, piquenique e estacionamento.
Cachoeira do Cantagalo - Trecho do rio Brejetuba tem uma nascente com piscinas naturais, Área para camping, campo de futebol, restaurante e estacionamento. Localiza-se próximo ao Bairro do Brejetuba, com bar, restaurante, campo de futebol, várias fazendas agropecuárias e casas de campo. Chega-se ao local pela entrada de acesso para Passa Quatro, retornando por Passa Vinte a esquerda, utilizando Vicinal.
Reino Encantado - Localiza-se na Serra da Mantiqueira, na Estranha Cruzeiro/Pinheiros, encontrando o local de beleza natural, com um pequeno regato que corre por sobre rochas cristalinas, onde surge um pequeno canyon, cortado nas rochas pela ação erosiva das águas, o canyon estende-se por aproximadamente 500 metros, onde o riacho volta a correr em terrenos abertos. Mesmo sendo uma área pitoresca, seu relativo abandono pelas autoridades levou a uma continua degradação de sua cobertura vegetal original, os campos, que hoje envolvem os terrenos ao redor desse sítio, são o resultado da destruição sistêmica da rica cobertura original composta por uma floresta de mata Atlântica. Possui uma Área para camping rústico, pic-nic e estacionamento.
Estação Ferroviária de Cruzeiro - Antiga estação ferroviária, construída em 1884, antes mesmo da fundação da cidade. Hoje o prédio principal não é mais usado, mas o pátio de manobras ainda é de usado pela MRS Logística. O prédio principal é de responsabilidade da prefeitura municipal. Mas, com os anos, edificação foi sendo deteriorada e atualmente encontra-se em péssimo estado de conservação. Porém, em 2017 a Prefeitura Municipal recuperou um convênio com o Ministério do Turismo do governo federal para restauração do prédio histórico.
Mundo Novo - Cachoeira do Curiaco - Localizado próximo na divisa com a cidade de Piqueti, ao lado da rodovia de ligação entre os dois municípios. Possui vista para o Pico dos Marins e o Pico do Itaguaré.
Toca das Andorinhas - Local para o ecoturismo localizado na Serra da Mantiqueira, entre os Picos do Itaguaré e dos Marins, na divisa dos municípios de Cruzeiro e Piquete. A área onde se localiza a cachoeira é de propriedade particular. O acesso ao atrativo é feito, partindo da região central do município, pela rodovia SP-52, até o Km 6, de onde se segue por estrada municipal, por mais 10 KM, até o bairro Rio Monteiro e, a partir daí, por trilha de aproximadamente 4 Km até o atrativo. O trajeto, até a o bairro Rio Monteiro, é feito por via pavimentada e sinalizada. O atrativo está localizado a uma altitude de 1.700 metros. É uma cachoeira de rara beleza e tem seu nome diretamente ligado às aves que habitam a região. No bairro Rio Monteiro, próximo ao atrativo, há pousadas e restaurantes.
Trilha da Revolução - Exploração dos locais históricos em que atuaram as tropas, incluindo aqueles em que ocorreram os combates entre as tropas paulistas e as tropas federais durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
Janaúba é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do Brasil.
Topônimo - "Janaúba" é um termo proveniente da língua geral meridional que designa o arbusto Himatanthus drasticus.
História - Até o século XVI, a região era ocupada pelos índios tapuias. A partir desse século, os índios começaram a se miscigenar com os escravos negros que fugiam das fazendas da região. Esse povo mestiço, que sobrevivia da pesca, do cultivo de algodão e da criação de porcos, ganhou o nome de "gorutubanos", por viver próximo ao rio Gorutuba. Em seguida, a região começou a ser percorrida por tropeiros. Em 1872, a família de Francisco Barbosa, vinda do sul da Bahia, se estabeleceu nas terras da "Caatinga Velha", próximo a uma gameleira. Por essa razão, o povoado formado ganhou o nome de "Gameleira". Em 1943, foi criado o distrito de Janaúba, pertencente ao município de Francisco Sá. O município de Janaúba foi criado em 27 de dezembro de 1948, pela Lei n.º 336, e instalado em 1 de janeiro do ano seguinte.
Economia - Janaúba tem como principais atividades econômicas a agricultura, a pecuária, comércio e serviços.
Turismo - A cidade de Janaúba apresenta diversos pontos turísticos. Banhada por rios, principalmente o Rio Gorutuba, concentra meios naturais para a diversão do turista e da população local. Destacam-se o Balneário Bico da Pedra, avenida do Comércio (principal centro comercial da Serra Geral de Minas Gerais),[carece de fontes] as praças Dr. Rockert, Cristo Redentor, Rômulo Sales, Justino Pereira (Praça do Triângulo - encontra-se a Academia Pública da Terceira Idade), o Mercado Municipal (repleto de tradições e costumes mineiros), o Parque de Exposições Valdir Nunes (o Sindicato Rural realiza a maior Exposição Agropecuária do interior de Minas,[carece de fontes] com shows de artistas nacionais e regionais, leilões, feira da Agricultura Familiar etc.), a PROSSEG (Potencialidades da Serra Geral de Minas), o Espaço Cultural Central do Brasil (Biblioteca Pública, espaço de Dança, música, artes em geral) o Centro Cultural Marly Sarney em frente à rodoviária, a Estação Ferroviária de Janaúba (preservada), as Pontes de Ferro que ligam a cidade de Janaúba a Nova Porteirinha e os trilhos da Rede Ferroviária sobre o Rio Gorutuba, no Bairro Gameleira/Nova Esperança. Os costumes do povo Gorutubano podem ser observados em bairros como: Barbosas, Industrial (Dente Grande), Rio Novo, Santa Terezinha.
Educação - São mantidos 7 cursos de alfabetização de adultos, sendo 3 em escolas estaduais e 4 em escolas municipais.
O município possui 74 escolas, sendo 38 escolas na zona rural e 36 escolas na zona urbana, dentre as quais 19 são escolas estaduais, 10 são escolas municipais, 4 são escolas conveniadas com a Prefeitura e 6 são escolas particulares. No ensino médio, existem 10 escolas, sendo 7 da rede estadual e 3 particulares.
Possui, desde 1994, um campus da UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros, onde são oferecidos os cursos Normal Superior, Pedagogia, Agronomia e Zootecnia. Já está em construção a escola técnica vinculada à UNIMONTES, obra do projeto do governo federal, Brasil Profissionalizado, na qual irão ser oferecidos diversos cursos técnicos e profissionalizantes.
Nos cursos profissionalizantes, são oferecidos os cursos de: Auxiliar de Enfermagem, extensão Unimontes e Técnico em Higiene Dental, extensão da Faculdades Unidas do Norte de Minas.
Na cidade, são oferecidos cursos técnicos pela SOEDUCAR - Associação Educativa de Janaúba, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais: juntas, elas desenvolvem o Programa de Educação Profissional - PEP e também o PRONATEC - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.
No dia 6 de agosto de 2011, foi anunciada a construção de um campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri em Janaúba. Atualmente, encontram-se, em construção, os pavilhões das salas de aula e da biblioteca. É a primeira universidade federal da Serra Geral e a segunda do Norte de Minas. Já é oferecido, no campus de Janaúba, o Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, curso superior que dará acesso aos cursos de Engenharia Física, Engenharia Metalúrgica, Engenharia de Materiais, Engenharia de Minas e Química industrial.
Mangaratiba é um município da Microrregião de Itaguaí, contíguo à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.
Topônimo - "Mangaratiba" é um termo originário da língua tupi antiga: significa "ajuntamento de mangarás", através da junção de mangará (mangará, termo de origem tupi que designa as plantas da família das aráceas) e tyba (ajuntamento).
História - Até o século XVI, as terras que compõem o município eram habitadas pelos índios tamoios (também chamados tupinambás). A ocupação portuguesa das terras teve origem nesse século, por ocasião do estabelecimento do regime das capitanias hereditárias. Essas terras passaram a pertencer, então, à Capitania do Rio de Janeiro, porém o donatário da mesma, Martim Afonso de Sousa, pouco se interessou por sua ocupação. O início do povoamento português mais sistemático aconteceu somente anos mais tarde, por volta de 1620, quando o novo donatário, Martim de Sá, mandou trazer índios tupiniquins já catequizados de Porto Seguro e estabeleceu, sob a tutela dos jesuítas, aldeamentos: primeiro, na Ilha de Marambaia e, depois, no continente, na Praia da Ingaíba. Outra hipótese é a de que a aldeia de São Francisco Xavier de Itaguaí teria sido fundada por Martim de Sá, sendo então uma das principais aldeias fundadas pelos jesuítas no Rio de Janeiro, assim como São Lourenço, São Barnabé, São Pedro e São Francisco. Entretanto, houve um processo diferente, porque esses índios foram descidos do sul, na região da lagoa dos Patos, e então catequizados na ilha de Marambaia e inseridos nas terras de Mangaratiba.
Mangaratiba se tornou freguesia em 16 de janeiro de 1764, porém só conquistou sua independência administrativa em 11 de novembro de 1831, quando foi elevado à categoria de vila, com a denominação de "Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba". Até essa data, Mangaratiba pertencia ao município de Itaguaí, ao qual estava subordinado desde 5 de junho de 1818, quando foi criado o município. Anteriormente, Mangaratiba estava vinculado ao município de Angra dos Reis. Com o desenvolvimento da economia cafeeira, principalmente na região do Vale do Paraíba, Mangaratiba ganhou um crescente movimento cumprindo seu papel de porto escoador da produção de café. Outra atividade importante, que proporcionou o enriquecimento da região, foi o tráfico de escravos. Dos pontos de desembarque do Saí e da Marambaia, eles eram levados para o grande mercado do Rio de Janeiro e para os outros centros urbanos do interior, através da íngreme trilha que levava ao sertão depois de ultrapassar a Serra do Mar.
Do interior de São Paulo e Minas Gerais, afluíam, para o seu porto, os gêneros a serem exportados: basicamente, o café, trazido nos lombos dos burros guiados pelos tropeiros das mais afastadas regiões da serra acima. Ao retornarem, levavam mercadorias, geralmente artigos de luxo, provenientes da cidade do Rio de Janeiro ou do exterior. A produção de café intensificou-se tanto que as trilhas que desciam a serra tornaram-se insuficientes para escoar a produção. Foi necessária a abertura de uma estrada mais larga e com melhores condições de circulação, que ligava Mangaratiba a São João do Príncipe (depois, "São João Marcos"). A estrada foi inaugurada em 1857 pelo imperador dom Pedro II, ficando conhecida, posteriormente, como Estrada Imperial, que foi considerada, por muitos historiadores, como a primeira estrada de rodagem do Brasil. Mangaratiba era um dos portos escoadores da produção de café do Vale do Paraíba, atendendo à demanda de São João Marcos e adjacências.
A construção da via entre Mangaratiba e a serra trouxe um maior desenvolvimento para a região, bem como consolidou uma aristocracia local que empreendeu a construção de diversos edifícios, como suas residências urbanas, igrejas, um teatro, armazéns e trapiches. Da época do maior progresso de Mangaratiba, algumas personalidades mereceram maior atenção por parte dos historiadores. O primeiro foi o comendador Joaquim José de Sousa Breves, abastado fazendeiro, dono dos trapiches do Saí e da Marambaia, proprietário de mais de 6 000 escravos e vinte fazendas, chegando a produzir mais de um por cento da produção brasileira de café. Outra personalidade importante da história local foi o tenente–coronel Luís Fernandes Monteiro, o Barão do Saí, proprietário das fazendas Batatal e Praia Grande e de um rico solar no Largo da Matriz, hoje totalmente reformado, e de outra casa assobradada na Rua Direita, atualmente Rua Coronel Moreira da Silva, que o Instituto Estadual de Patrimônio Cultural denominou Solar do Barão do Saí.
Porém o período de riqueza e dinamismo durou pouco. O fim do período de expansão aconteceu pela conjugação de dois fatores. Primeiramente, a conclusão, em 1870, da Estrada de Ferro Dom Pedro II, ligando as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, a qual possibilitou o escoamento da produção de café do Vale do Paraíba diretamente para a cidade do Rio de Janeiro e, em segundo lugar, a proibição do tráfico escravo e, posteriormente, a abolição da escravatura, desorganizaram a economia da região baseada na exploração do latifúndio e fortemente dependente da mão de obra escrava.
O município de Mangaratiba entrou em decadência, chegando a ser extinto em 8 de maio de 1892, apesar de ter sido restabelecido alguns meses mais tarde, em 17 de dezembro. Os portos de Mangaratiba e do Saí ficaram desertos e inúmeras edificações foram abandonadas, tais como os grandes solares, armazéns, o teatro, conforme atestam as ruínas hoje existentes no Saco de Cima e na Praia do Saí. A estagnação econômica foi total, sendo Mangaratiba um exemplo de cidade nascida de uma rota comercial que não tinha bases produtivas próprias que permitissem uma autonomia. A atividade era apenas reflexo da produção agrícola existente na região serrana e pereceu diante do surgimento de novas alternativas produtivas e comerciais.
A estagnação da economia e da vida em Mangaratiba persistiu até 1914, quando foi concluído o ramal da Estrada de Ferro Central do Brasil que integrou o município no sistema ferroviário do Rio de Janeiro. Posteriormente, ocorreu um ligeiro progresso econômico propiciado pela exportação de bananas e pela construção de residências de veraneio ao longo da linha férrea ou concentradas em alguns núcleos urbanos. Na década de 1940, foram criados grandes loteamentos na orla marítima, como Muriqui, Praia do Saco, Itacuruçá e outros. Em 1942, foi aprovado o primeiro código de obras para o município.
A construção da rodovia Rio-Santos, parte da BR–101, nos anos 1970, trouxe uma nova fase para o município, com uma grande valorização do solo urbano, bem como um incremento da construção de residências de final de semana e férias. A nova estrada trouxe, ainda, diversas atividades ligadas ao turismo, com um processo de ocupação de áreas, até então, inacessíveis e desertas. Na década de 1990, a MRS Logística encampou a parte da Estrada de Ferro Central do Brasil pertencente a Itaguaí e Mangaratiba. A estrada de ferro passou desde então a ser de uso exclusivo da mineradora MBR (hoje incorporada pela Companhia Vale), que usa a estrada como escoamento da produção do minério produzido em Minas Gerais, desembarcando na ilha de Guaíba.
Cultura - Mangaratiba possui vários patrimônios históricos: no Centro Histórico existem edifícios preservados, como a Igreja Matriz Nossa Senhora da Guia, o Solar Barão do Saí (que abriga o Museu Municipal de Mangaratiba, Museu das Conchas e o Salão de Exposição José Pancetti), o Centro Cultural Cary Cavalcanti, o Chafariz Imperial e diversas residências que mantêm sua fachada original.
Ainda próximo do Centro Histórico, na região conhecida como Praia do Saco, existem as Ruínas do Povoado do Saco de Mangaratiba, local do antigo assentamento urbano e porto de escoamento do café oriundo de São João Marcos e Baixo Paraíba. As ruínas do antigo povoado são o portão de entrada da Estrada Imperial, que foi a primeira estrada de rodagem do país. Lá se encontra o Mirante Imperial, o bebedouro da Barreira e a Cachoeira dos Escravos, os dois primeiros construídos na época do império a mando do Imperador dom Pedro II e preservados em sua magnitude. Seguindo serra acima é possível acessar as ruínas da antiga cidade de São João Marcos, hoje distrito de Rio Claro, onde encontra-se o Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, inaugurado em 2011.
Mangaratiba possui ainda, na região do Vale do Saí (Sahy), as Ruínas do Saí, onde acredita-se que se localizava um dos portos de chegada de escravos que abasteciam toda a capitania do Rio de Janeiro e adjacências.
Turismo - Mangaratiba tem, na indústria do turismo e de veraneio, sua maior expressão. Sua localização privilegiada na Baía de Sepetiba propiciou que empresas de turismo náutico instalassem, na cidade, bases de operações de passeios pelas ilhas e praias de toda a baía. Em Itacuruçá está sendo construída a maior marina da América Latina. Lá se encontra, também, a Delegacia da Capitania dos Portos.
O investimento em turismo proporciona diversos benefícios para a comunidade, tais como geração de empregos, produção de bens e serviços e melhoria da qualidade de vida da população. Incentiva, também, a compreensão dos impactos sobre o meio ambiente, assegura uma distribuição equilibrada de custos e benefícios, estimulando a diversificação da economia local e regional. Traz melhoria nos sistemas de transporte, nas comunicações e em outros aspectos infraestruturais e ajuda, ainda, a custear a preservação dos sítios arqueológicos, dos bairros e edifícios históricos, melhorando a autoestima da comunidade local e trazendo uma maior compreensão das pessoas sobre as origens da cidade.
Ilha Grande - Mangaratiba também é um dos principais acessos à Ilha Grande através do cais do centro de Mangaratiba e de Conceição de Jacareí. No centro encontram-se barcos que realizam a travessia regularmente, bem com o serviço da Barcas S.A.
Cais de Mangaratiba - Além da travessia para a Ilha Grande, existem inúmeras escunas e traineiras que realizam passeios e pescarias por toda a Costa Verde partindo dos cais de Mangaratiba e Itacuruçá.