quinta-feira, 11 de setembro de 2025

CAMPOS NOVOS - SANTA CATARINA

Campos Novos é um município brasileiro no oeste do estado de Santa Catarina, Região Sul do Brasil. Pertence à Região Geográfica Intermediária de Chapecó e à Região Geográfica Imediata de Joaçaba-Herval d'Oeste e localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 370 km. Sua população de acordo com o Censo do IBGE, em 2022, era de 36.932 habitantes, sendo então o 41º mais populoso do estado. 
A região começou a ser desbravada no decorrer do século XVIII, sendo que até então era povoada exclusivamente pelos índios kaigangs. Fundada em 1881, passou por um período de crescimento demográfico no começo do século XX, com a vinda de imigrantes à procura de emprego e de refugiados da Guerra do Contestado. Foi nessa época em que Campos Novos descobre sua vocação agrícola, sendo atualmente um dos principais produtores de alimentos como milho, soja, feijão, trigo e cevada do estado, além de se destacar na pecuária e na apicultura. 
Campos Novos também possui alguns atrativos turísticos de valor cultural ou histórico, como a Igreja Matriz de São João Batista, a Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi e a Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que chega a atrair uma média de 70 mil fiéis. A Usina Hidrelétrica de Campos Novos, construída em 2006, é a responsável pela geração de energia de um quarto de Santa Catarina. 
Etimologia
A vastidão de terras e suas propriedades imensas, de maneira óbvia, movimentaram imigrantes oriundos de São Paulo, do Paraná e mesmo vizinhos proprietários lageanos, atrás de terras para produzir gado. Em seguida, os imensos campos originaram a denominação do município. 
História
Origens

A história de Campos Novos, assim como a de todos os demais municípios que formam o grande Oeste Catarinense, possui os seus primórdios determinados nos momentos que caracterizaram as mais antigas experiências de povoamento da Região Sul do Brasil. Desse modo, é coerente dizer que, antes de surgirem, em 1650, as povoações de São Francisco, Desterro e Laguna (trabalho dos paulistas vicentinos que se aventuraram no mar em busca de novas peripécias), já o Oeste Catarinense percebia a proximidade dos espanhóis que, em companhia dos jesuítas, exploravam a região que se estendia do rio Iguaçu até o Uruguai. Mais tarde, em 1663, o bandeirante Antônio Raposo Tavares caminhou por estas paradas e, unido aos índios coroados, começou a perseguir fortemente os aldeamentos de silvícolas, consequência da obra de empreendimento catequético daqueles sacerdotes. Até 1770, entretanto, ano em que deixaram de viajar pelo sul, já que lhes atraiu grande interesse o ouro das capitanias de Goiás e de Mato Grosso — os paulistas nada trocaram por estas terras, como experiências, no mínimo, de colonização da região. 
De algum modo o relato histórico deste município passa a tomar forma com a expedição liderada pelo major Atanagildo Martins que, conduzida pelo índio Jongong, em 1814, objetivava estabelecer contato com as Missões. Quando se afastou da rota tracejada, em função do terror dos índios guaranis causado em seu guia, essa expedição chegou aos campos de Vacaria, depois de, sem dúvida, ter percorrido os campos em que atualmente se localiza este município. É provável, no entanto, que certos proprietários, oriundos de Lages, por ali já estavam estabelecidos em definitivo no ano de 1839. 
João Gonçalves de Araújo, proprietário rural, em Curitibanos, descobriu Campos Novos. Encantado pela fumaça das queimadas ocasionadas pelos indígenas, preparou uma expedição e se dirigiu para a Serra do Espinilho. Desse modo, se fixaram na terra os primeiros colonizadores, logo ajudados no trabalho da ocupação pelos gaúchos fugitivos da Revolução Farroupilha. Entre estes, Chico Ferro, Chivida e Miguel dos Anjos estavam associados com as primeiras obras de que originaram este município. Em 1848, os paulistas ressurgiram, conquistando os campos de São Jorge. Ou melhor, juntos dos forasteiros vindos de Curitiba, Palmas, Lages, Guarapuava e dos campos gaúchos, foram a base do fator importante entre os que mais colaboraram para a organização da comunidade. 
A colonização não começou exatamente no local onde se acha, próspera, a cidade de Campos Novos. Anteriormente, se desenrolou, propriamente dito, em ponto longe de um quilômetro da cidade, na beira de um regato. Foi Salvador Vieira, que, se afastando do incipiente povoado, construiu a primeira casa no interior do perímetro desta próspera cidade. Certo momento depois, já demarcada a povoação, Domingos Matos Cordeiro começou a erguer a igreja Matriz de São João Batista. 
Formação administrativa
Pela Lei Provincial n.º 377, de 16 de junho de 1854, o distrito de Campos Novos, já existente há certos anos, viu-se emancipado da Vila de Nossa Senhora dos Prazeres para, então, formar uma freguesia à parte. Suas primeiras autoridades foram João Fernandes da Caripuna, natural de Pernambuco, e Domiciano de Azevedo. Em 1869, conforme a Lei n.º 625, de 11 de junho, Campos Novos passou a formar, com Palmas e Curitibanos, um distrito do município de Curitibanos, recém-fundado. Em seguida, pela Lei n.º 923, de 30 de março de 1881, o distrito de Campos Novos foi promovido à condição de município designado de São João dos Campos Novos; no mesmo momento, a freguesia de São João Batista de Campos Novos passou a ser tida como vila. Seu primeiro Intendente foi o Coronel Manoel Ferreira da Silva Farrapo. 
Até o ano de 1933, o município de Campos Novos compartilhava limites com Lages, Curitibanos, Cruzeiro do Sul (hoje Joaçaba), Porto União e o estado do Rio Grande do Sul. Possuía uma superfície, na época, de cerca de 15 mil km². Em 25 de março de 1934, pelo Decreto n.º 408, foi desmembrado dos distritos de Rio das Antas e Caçador; em 1943, seu território foi novamente afetado, porque foram emancipados os distritos de Herval, Rio Uruguai, Rio Bonito e Perdizes. Em contrapartida, viu serem anexados ao seu território os distritos de Ypira e Ouro para, mais uma vez, em 1949, ser desmembrado dos de Piratuba e Ypira, além de parte dos de Tupitinga, Capinzal e Ouro. Em 1997, Campos Novos perdera uma porção de sua extensão territorial para a fundação do município de Zortéa. Hoje são sete distritos restantes, além da Sede, sendo eles: Bela Vista, Dal'Pai, Espinilho, Encruzilhada, Guarani, Ibicuí e Leão. 
Após a emancipação
Em 1893, com a invasão de revoltosos, comandadas pelo Coronel Demétrio Ramos, o território do município sofreu os reflexos de uma guerra civil. A vila foi assaltada na madrugada de 19 de maio daquele ano. Surpreendidos, os defensores da praça, partidários dentre moradores do lugar, procuraram abrigo com suas famílias na residência do Coronel Henrique Rupp, que, por ser erguida de material de excelente qualidade, apresentava satisfatória proteção contra os invasores. Ordenada a defesa, competiu ao Tenente-Coronel Atanázio de Matos, em companhia de seis soldados, a responsabilidade de tomar de volta a Intendência, chegando, corajosamente, a expulsar os revolucionários. Declarou-se, em seguida, nova luta, desta vez para repelir os ladrões da trincheira em que se encontravam situados. Estes foram mais uma vez vencidos, ocasionando uma fuga desalinhada e a retirada das forças de ataque. A resistência da cidade de Campos Novos provocou a morte de cinco bravos defensores que tombaram no desempenho da obrigação.
No começo do século XX a cidade passa por um período de desenvolvimento, com a chegada de imigrantes atraídos pela busca por melhores condições de vida no Brasil. Vieram principalmente alemães e italianos que ajudaram, inicialmente, na agricultura e na construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande e, após algum tempo, após a década de 1920, na construção de pequenas indústrias. Também vieram poloneses, russos e libaneses, além de um grande número de descendentes de alemães e italianos, principalmente gaúchos, e de Caboclos que chegaram após o término da Guerra do Contestado. 
Dado o desenvolvimento demográfico da cidade, houve a necessidade de investimentos em infraestrutura. Conforme citado anteriormente, no começo do século XX ocorreu a chegada da ferrovia e de pequenas indústrias. Em 1922 foi criada a primeira clínica médica, que funcionava na casa de Dr. Jose Athanásio, onde hoje funciona o Hospital Dr. José Athanásio. Em 29 de março de 1954, ocorreu a fundação do Colégio Auxiliadora e em 1957 foi fundada a Rádio Cultura de Campos Novos. A agricultura fortaleceu-se com a criação da Copercampos, em 8 de novembro de 1970, que deu início ao cooperativismo, sendo que hoje a cidade é um grande produtor de grãos, principalmente milho, soja, feijão, trigo e cevada, e destaque ainda na pecuária, com a produção de leite. 
Geografia
A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 1.659,625 km², sendo que 4,5211 km² constituem a zona urbana e os 1.655,1 km² restantes fazem parte da zona rural e é a terceira maior de Santa Catarina, perdendo apenas para Lages e São Joaquim. Situa-se a 27º24′07” de latitude sul e 51º13′30” de longitude oeste e está a uma distância de 370 quilômetros a oeste da capital catarinense. Limita-se com: Erval Velho, Ibiam e Monte Carlo, a norte; Barracão (Rio Grande do Sul), Celso Ramos e Anita Garibaldi, a sul; Vargem, Brunópolis e Abdon Batista, a leste; e Capinzal, Zortéa, Ouro, Lacerdópolis, Herval d'Oeste, a oeste. 
Geomorfologia e hidrografia
O relevo da cidade é predominantemente ondulado de forma suave, sendo profundo e bem drenado e havendo boas condições físicas para um desenvolvimento radicular. É pouco susceptível à erosão e favorece ainda o uso de máquinas e implementos agrícolas. Em algumas partes do território municipal há ondulações mais fortes, sendo que essas áreas são mais sujeitas à erosão e a maiores impedimentos à mecanização da agricultura, principalmente quando o tipo de solo é o cambissolo, que apresenta pedras em sua composição. Apesar de grande parte da área do município apresentar relevo favorável à agricultura, os solos de Campos Novos são ácidos, em grande parte contaminados por alumínio trocável, e têm reduzida reserva de nutrientes, porém, quando manejados adequadamente, tornam-se adequados tanto para cultivos anuais quando para menos intensivos, como a fruticultura, a pastagem e o reflorestamento. 
A cidade pertence à região hidrográfica do Planalto de Lages e à bacia hidrográfica do rio Canoas, que é uma das principais do estado de Santa Catarina. O rio Canoas banha, além de Campos Novos, outros onze municípios e ao unir suas águas com as do rio Pelotas, dá início ao rio Uruguai. No Canoas funciona ainda a Usina Hidrelétrica de Campos Novos, que entrou em funcionamento em 2007 e hoje produz um quarto do consumo do estado de Santa Catarina. 
Clima
O clima campos-novense é classificado, segundo o IBGE, como subtropical mesotérmico brando superúmido (tipo Cfa segundo Köppen), tendo elevados índices de umidade relativa do ar (URA) e temperatura média compensada anual em torno de 17 °C, com verões amenos e invernos frios. Com mais de 2.200 horas anuais de insolação, o índice pluviométrico é de cerca de 2.100 milímetros anuais, regularmente distribuídas durante o ano, sem a existência de uma estação seca.
Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante veranicos têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 28 °C, especialmente no verão. Nestes períodos de estiagem são comuns registros de queimadas em matagais, principalmente na zona rural, o que contribui com o desmatamento e com o lançamento de poluentes na atmosfera, prejudicando ainda a qualidade do ar. Estas queimadas são muitas vezes propositais, sendo usadas para preparo da terra onde se pretende cultivar, porém elas são recorrentemente proibidas. Geadas não são incomuns e costumam ocorrer em média de 12 a 22 vezes por ano. Já a ocorrência de neve não é muito frequente, mas há registros oficiais em 12 de julho de 2000 e, com forte intensidade, em 22 de julho de 2013. 
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1969 a 1983, 1985, 1988 a 1989 e de 1992 a 2017, a menor temperatura registrada em Campos Novos foi de −5,6 °C em 14 de julho de 2000, e a maior atingiu 35,6 °C em novembro de 1985, nos dias 15 e 16. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 143,4 mm em 3 de julho de 1999. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 141,8 mm em 30 de agosto de 2011, 131,5 mm em 2 de abril de 2005, 130,9 mm em 1° de maio de 2014, 129,1 mm em 27 de setembro de 2015, 124,6 mm em 28 de abril de 1998, 122,2 mm em 14 de junho de 2015, 115,2 mm em 6 de fevereiro de 1977, 113,1 mm em 31 de maio de 2017, 112,8 mm em 23 de outubro de 2012, 109,8 mm em 1° de fevereiro de 1997, 108,6 mm em 23 de abril de 2010, 104,2 mm em 16 de agosto de 2006, 103,8 mm em 2 de outubro de 1975, 102,7 mm em 1° de julho de 1992, 102,4 mm em 31 de julho de 1983, 101,1 mm em 27 de junho de 2014 e 100,6 mm em 28 de setembro de 2009 e 13 de outubro de 2011.
Ecologia e meio ambiente
A vegetação original e predominante no município é a mata dos pinhais ou mata das araucárias, apesar de que parte da mata nativa deu lugar à agricultura, às pastagens para o gado ou mesmo desmatada e mais tarde reflorestada, sendo que até a década de 1980 a indústria madeireira era uma das principais fontes de renda de Campos Novos. Para a construção da Usina Hidrelétrica de Campos Novos, por exemplo, houve necessidade do alagamento de vários trechos de florestas nativas, além de fazendas situadas ao redor do rio Canoas. 
Para combater o desmatamento e a devastação de áreas verdes a prefeitura criou programas como as Áreas de Preservação Permanente, que são faixas de vegetação existentes entre o reservatório da usina hidrelétrica e suas propriedades com largura entre 30 a 100 metros. As áreas desmatadas para a construção da usina estão sendo recuperadas e transformadas em mata ciliar. Também há o Parque Estadual Rio Canoas, criado em 27 de maio de 2004 e que conta com 1 200 hectares, sendo também destinado à conservação da mata nativa vizinha à hidrelétrica. 
Restam hoje alguns remanescentes de floresta ombrófila mista, que são as florestas de araucárias, além de campos formados por estratos de gramíneas, entremeadas por espécies arbustivas ou arbóreas e dispersos em florestas de galeria ou capões. Na área do município já foram registradas 44 espécies de orquídeas e bromélias. Em relação a fauna há na área do município o registro de mais de 80 espécies de aves, Sobre a herpetofauna, há o registro das seguintes espécies, Lagartixa preta (Tropidurus torquatus), Cobra de vidro - (Ophiodes striatus), Lagarto teiú (Tupinambis merianae), Cobra cega (Amphisbaena sp.), Boipeva (Waglerophis merremii), Boipeva serrana (Xenodon neuwiedii), Cobra coral verdadeira (Micrurus altirostris), Cobra lisa (Liophis miliaris), Jararaca (Bothrops jararaca) e Cobra d'água (Helicops infrataeniatus).
Etnias
No ano de 2010 havia 25 emigrantes que vieram de outras partes do estado de Santa Catarina e do Brasil, de acordo com o IBGE. Por outro lado outras 25 pessoas saíram de Campos Novos para ir para outros países, sendo que quatro delas foram para a Itália (16,0%), quatro para a Angola (16,0%); e três (12,0%) para o Canadá. 
A chegada de pessoas vindas de outros lugares era mais comum no começo do século XX, sendo que a imigração contribuiu com a agricultura e com o desenvolvimento da indústria, após 1930. Muitos imigrantes vinham em busca de emprego principalmente nas lavouras, sendo que ajudaram ainda no fortalecimento do comércio. Campos Novos, assim como parte do Sul e Sudeste do Brasil, recebeu levas de imigrantes de várias partes do mundo, com destaque para os italianos, espanhóis, alemães, holandeses, poloneses, russos e libaneses. Também deslocaram-se para a região pessoas de outras cidades catarinenses, paranaenses, paulistas e nordestinas, que fugiam da Guerra do Contestado.
Subdivisões
Campos Novos é subdividida em oito distritos, sendo eles a Sede, Bela Vista, Dal'Pai, Espinilho, Encruzilhada, Guarani, Ibicuí e Leão. A Sede era o mais populoso, reunindo 23.359 habitantes. Conforme já foi citado anteriormente, no século XX houve a criação e elevação à cidade de diversos distritos do município, sendo que as última alterações na área municipal foram feitas em 29 de dezembro de 1995, quando da emancipação do distrito de Zortéa, pela Lei Estadual n.º 10.051, e em 3 de abril de 2000, criando o distrito de Encruzilhada, pela Lei n.º 2.590.
Economia
O Produto Interno Bruto (PIB) de Campos Novos é o maior da Microrregião de Curitibanos e o 464º de todo o país. 
A agricultura sempre foi uma das principais fontes de renda na cidade, sendo que o comércio e a indústria começaram a ganhar força a partir da década de 1930. O fácil acesso por meio de rodovias aos principais portos do litoral do estado e a várias cidades do Brasil e ainda de outros países do Mercosul facilitam o escoamento da produção agrícola. 
Setor primário
A agricultura é o setor menos relevante da economia de Campos Novos. De todo o PIB da cidade 195 019 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2010, o município contava com cerca de 53.457 bovinos, 1.721 equinos, 180 bubalinos, 145.290 suínos, 1.123 caprinos e 9.700 ovinos. Havia 1.979.033 aves, dentre estas 1.978.619 eram galos, frangas, frangos e pintinhos e 414 mil galinhas, sendo que foram produzidas 7.215 mil dúzias de ovos de galinha. 5.860 vacas foram ordenhadas, das quais foram produzidos 21.085 mil litros de leite. 4 mil ovinos foram tosquiados, produzindo um total de 9.500 quilos de lã. Também foram produzidos 31 mil quilos de mel de abelha.
Na lavoura temporária são produzidos principalmente o milho (140.400 toneladas produzidas e 18 mil hectares cultivados), a soja (132 mil toneladas produzidas e 40 mil hectares plantados) e o trigo (30.800 toneladas rendidas e 11 mil hectares cultivados). Já na lavoura permanente destacam-se a erva-mate (240 toneladas produzidas e 60 hectares colhidos), a laranja (200 toneladas produzidas e 20 hectares colhidos) e a uva (108 toneladas produzidas e 27 hectares colhidos). 
A cidade é considerada como o "celeiro catarinense", sendo um dos principais produtores de milho, soja, feijão, trigo e cevada do estado. A agricultura, juntamente com o comércio é a principal fonte de renda da economia municipal. Várias cooperativas agrícolas estão presentes na cidade, tais como a Copercampos, criada em 8 de novembro de 1970, a Cooperativa Camponovense (Coocam), fundada em 1993, e a Apicampos, que auxilia o ramo da apicultura, que também é destaque em Campos Novos. Outra razão para o desenvolvimento da agricultura em Campos Novos é o surgimento dessas cooperativas, a partir da década de 70, que passaram a dar apoio aos agricultores e pecuaristas.
Setor secundário
A indústria, em 2011, era o segundo setor mais relevante para a economia do município. 198.024 mil reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). O setor industrial começou a se desenvolver no decorrer das décadas de 1930 e 1940, que passaram por um grande impulso com a vinda de descendentes ítalo-germânicos. Hoje a cidade busca um perfil econômico na busca pela industrialização do grande volume de matéria prima produzido em seu território, destacando-se nas áreas da metalurgia, beneficiamento de madeireira, confecções e papel. 
O município conta com uma área reservada para a construção e investimentos em indústria, localizada às margens da BR-470, contando com 12 lotes de até 5 mil m². Na EXPOCAMPOS, realizado no mês de maio de dois em dois anos, são expostos alguns dos principais trabalhos realizados nas áreas da indústria, comércio, agroindústria e artesanato.
Setor terciário
A prestação de serviços rende 415.110 mil reais ao PIB municipal, sendo que atualmente é a maior fonte geradora do PIB campos-novense. O comércio na cidade começou a desenvolver-se e apresentar-se mais representativo na economia municipal no decorrer da primeira metade do século XX, pelo fortalecimento da vinda de descendentes ítalo-germânicos, assim como ocorreu com o setor industrial. 
Atualmente é considerado como o principal centro comercial da Associação dos Municípios do Planalto Sul de Santa Catarina (AMPLASC), órgão que auxilia o setor comercial do município e sua região. Outras entidades também contribuíram para o desenvolvimento comercial, devido ao apoio dado a pequenas e médias lojas, como a Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade (CDL) e a Associação Comercial e Industrial de Campos Novos (ACIRCAN). Segundo estatísticas da Secretaria de Indústria e Comércio, entidade subordinada à prefeitura que colabora na coordenação das áreas comercial e industrial, os setores secundário e terciário somavam cerca de 700 mil estabelecimentos em Campos Novos. 
Estrutura urbana
Saúde

Em 2009, o município possuía 21 estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo 13 deles públicos e sete privados.
A Secretaria Municipal de Saúde é o órgão ligado de forma direta à prefeitura do município de Campos Novos e tem por função a manutenção e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a criação de políticas, programas e projetos que visem à saúde municipal. Dentre os serviços de apoio e atenção básica são alguns: o Programa Saúde da Família (PSF), o Paraná Assistencia Médica (PAM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Também há o Hospital Doutor José Athanásio, que conta com 89 leitos (79 pelo Sistema Único de Saúde) e é administrado pelo estado. 
Educação
Dentre as 68 instituições de ensino médio, 32 pertenciam à rede pública estadual, 3 pertenciam à rede municipal e 33 às redes particulares.  
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura tem como objetivo coordenar e assessorar administrativa e pedagogicamente o sistema escolar de Campos Novos. São exemplos de programas coordenados pela Secretaria com foco voltado à população a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que é a rede de ensino gratuita e voltada para adultos que não concluíram o ensino fundamental, a rede de Educação Especial, onde alunos que têm deficiência física são conduzidos por professores especializados, e a Programa Nacional de Bibliotecas Escolares.
Transportes
O município já foi atendido por ferrovias. Havia uma estação ferroviária no município, que situava-se onde hoje está o distrito de Leão e foi inaugurada em 23 de fevereiro de 1926, pertencendo à Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande. Funcionou até 1997, quando a ferrovia foi abandonada pela empresa que a administrava, a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), sendo demolida algum tempo mais tarde. 
A decadência das ferrovias deve-se ao avanço da construção de rodovias e aeroportos. Por via terrestre, o município está localizado no encontro das rodovias BR-282, BR-470, SC-455, SC-458 e SC-456, que a ligam, desde a pequenas cidades localizadas ao redor da região, até à capital catarinense, às grandes metrópoles brasileiras e outras cidades do Mercosul. Campos Novos possui um terminal rodoviário, que está localizado no centro da cidade e liga a cidade, principalmente, a várias cidades do estado de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A cidade possui ainda transporte coletivo, que liga a região do centro ao bairros e distritos que possuem paradas de ônibus implantadas pela prefeitura e foi regularizado pela Lei .nº 2364, de 9 de outubro de 2001. Atualmente também existem alguns aeroportos que operam próximos a Campos Novos, como o Aeroporto de Joaçaba (IATA: JCB, ICAO: SSJA), em Joaçaba, situado a cerca de 50 km do centro do município. 
Cultura
A responsável pelo setor cultural de Campos Novos é a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, que, além de auxiliar a área da educação, também tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. 
Artes cênicas e eventos
A Fundação Cultural Camponvense Cid Caesar de Almeida Pedroso, criada pela Lei n.º 2.050, de 17 de março de 1994, é uma instituição cultural ligada à secretaria da cultura e que está sediada no antigo prédio da prefeitura que foi construído em 1919, sendo sede do poder executivo e legislativo até 1975. O lugar foi transformado na Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi, e é utilizado como palco para várias atividades voltadas a cultura, como a música, artes visuais, dança, o teatro, oficinas e eventos. Além da casa, a Fundação ainda administra o Arquivo Histórico Dr. Waldemar Rupp, que é o arquivo histórico público municipal, e o Museu Histórico e Arqueológico Sebastião Paz de Almeida. 
Para estimular o desenvolvimento socioeconômico local, a secretaria da cultura, juntamente ou não com outras instituições e empresas locais, passou a investir mais no segmento de festas e eventos. Anualmente destaca-se a realização do Dia de Campo Copercampos, demonstrativo dos trabalhos da Copercampos, em fevereiro ou março; do aniversário da cidade, que apesar de ser dia 30 de março tem comemorações que estendem-se por durante todo o mês; da Festa do Padroeiro São João Batista, em junho, com missas e festas juninas; da Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que ocorre anualmente no dia 12 de outubro, dia da santa, e chega a atrair uma média de 70 mil fiéis que percorrem 3 km da Igreja Matriz até o Santuário da cidade; e o Concurso Miss Campos Novos, em novembro. De dois em dois anos ocorre ainda a EXPOCAMPOS, tradicional feira agropecuária da cidade. 
Atrativos
A cidade conta com várias pousadas, fazendas e hotéis situados na zona rural, onde o foco é o ecoturismo. As fazendas do Cervo e Santa Mônica e a Granja Triunfo contam com trilhas para caminhadas, áreas para camping e cavalgada e pesque-e-pague. Também é possível agendar uma visita à Usina Hidrelétrica de Campos Novos. No distrito de Barra do Leão localiza-se a Termas Leonense, fontes de águas termais sulfurosas que jorram a uma temperatura média de 33 °C, tendo ainda área para camping e piscinas cobertas, sendo que suas águas ajudam na cura de reumatismos e artrites, problemas de estômago, pele, estafa e insônia. 
No perímetro urbano a cidade conta com vários atrativos de valor histórico e cultural. Destacam-se a Igreja Matriz de São João Batista, em frente à Praça Lauro Müller, pelo seu interior decorado com esculturas em madeira, vitrais e pinturas; o Santuário de Nossa Senhora Aparecida; e a Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi, que, conforme citado anteriormente, funciona em um prédio que sediava a prefeitura e foi inaugurado em 1919, sendo tombado como patrimônio histórico municipal.
Esportes
A Secretaria de Esporte e Lazer organiza frequentemente diversos eventos esportivos, tais como o Campeonato de Futebol de Campo Amador, a Taça Centenário, o Quadrangular de Bolão (futebol), o Torneio de Bocha, o Torneio de Voleibol e a Taça Rádio Cultura de Futsal, além do basquetebol ACAMB (Associação Camponovense de basquetebol) colaborar com o município e para a organização de eventos como o Campeonato Regional de Futebol, os Campeonatos Regionais e Estaduais de Caratê, o Campeonato Estadual de Judô e o Campeonato de Atletismo. A secretaria mantém ainda escolinhas de esporte para as crianças, que contam com a participação de cerca de 900 alunos, além de realizar os Jogos Escolares de Campos Novos (JECAM), que envolvem anualmente cerca de 1.500 estudantes de escolas municipais, estaduais e particulares da cidade. 
O principal time de futebol da cidade é o Clube Atlético Camponovense, que foi fundado em 3 de agosto de 1991 e manda seus jogos no Estádio Cid Pedroso, que tem capacidade para cerca de 4 mil pessoas. Além desse estádio, são outros locais destinados à prática de esportes: o Ginásio Osni Jacomel, os Ginásios Humberto Calgaro e Juvelino Fernandes e o Ginásio Juvelino Fernandes, sendo que alguns possuem pista de skate, quadra de tênis, quadra de basquete de rua e quadra de voleibol de areia. 
Feriados
Em Campos Novos há três feriado municipais, definidos pela Lei Orgânica Municipal, e oito feriados nacionais, além dos pontos facultativos. Os feriados municipais são: o dia da emancipação política da cidade, em 30 de março; o dia do padroeiro São João Batista, em 24 de junho; e o dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro. De acordo com a Lei Federal n.º 9.093, aprovada em 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais com âmbito religioso, já incluída a Sexta-Feira Santa.
Referência para o texto: Wikipédia

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

PRESIDENTE FIGUEIREDO - AMAZONAS

Presidente Figueiredo é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas.
Ocupa uma área de 25.459,099 km² e sua população, com estimativas de 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 33.004 habitantes, sendo assim o vigésimo-primeiro município mais populoso do estado. 
A BR-174 é a principal rodovia existente na localidade, sendo responsável por interligar o município a Manaus, Boa Vista, capital de Roraima, e ao município fronteiriço de Santa Elena de Uairén, na Venezuela. 
Presidente Figueiredo é conhecida nacionalmente como a Terra das Cachoeiras em razão de sua fartura de águas, selva, recursos naturais, cavernas, cachoeiras e geossítios que constituem o Geoparque Cachoeiras do Amazonas. O Ministério do Turismo catalogou mais de cem quedas d'água no município, muitas delas exploradas economicamente através do ecoturismo. É existente na área urbana e rural uma razoável infraestrutura turística em expansão. Dentro da jurisdição do município está a Usina Hidrelétrica de Balbina, que foi severamente criticada durante sua construção por seu enorme impacto sobre as populações nativas e tradicionais; a hidrelétrica é a única no Estado do Amazonas. 
Toponímia
O nome do município é uma homenagem ao primeiro presidente da Província do Amazonas, João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha. Segundo o Ministério do Turismo, "O então presidente da República, João Batista de Oliveira Figueiredo, teria rejeitado a homenagem quando o município foi criado em 10 de dezembro de 1981." 
História
As origens do município prendem-se principalmente a Novo Airão e Itapiranga, dos quais foi desmembrada a maior parte do território que hoje constitui Presidente Figueiredo, bem como a Manaus, cuja vizinhança foi fator influente no desenvolvimento da região. Os primeiros assentamentos populacionais nesses polos datam de 1657, para o local onde hoje é o município de Manaus, e 1668, o local onde hoje é a sede de Novo Airão. 
Foi a partir desses núcleos que se deu a consolidação e ampliação do povoamento do Baixo Rio Negro. Integrado no município de Manaus, Novo Airão passou a constituir distrito de capital em 1938, então com a denominação simplesmente de Airão. É em 1955 que se dá o desmembramento de Manaus, constituindo-se o município autônomo de Novo Airão. Paralelamente, em 1952 foi criado o município de Itapiranga, contando em sua área com a atual vila de Balbina. 
Em 10 de dezembro de 1981, pela Emenda Constitucional nº 12, foi criado o município de Presidente Figueiredo, com territórios desmembrados de Novo Airão (sua parte no extremo leste, limítrofe a Manaus) e de Itapiranga (Vila e arredores de Balbina), bem como áreas adjacentes de Silves e Urucará. A instalação do município efetivou-se com as eleições gerais de 1982 e consequentemente com a posse do prefeito e vereadores em janeiro de 1983. 
Formação Administrativa
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Presidente Figueiredo, pela Emenda Constitucional n.º 12, de 10 de fevereiro de 1981 (Art. 2º - Disposições Gerais Transitórias), delimitado pelo Decreto Estadual nº 6.158, de 25 de fevereiro de 1982, desmembrado dos municípios de Itapiranga, Novo Airão, Silves e Urucará. Sede no atual distrito Presidente Figueiredo. Constituído de 2 distritos: Presidente Figueiredo e Balbina, criado pelas leis do município acima citada. Instalado em 1º de fevereiro de 1983. 
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 2 distritos: 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.
Geografia
Municípios limítrofes

Presidente Figueiredo limita-se com seis municípios, além do estado de Roraima. São eles: Urucará, São Sebastião do Uatumã, Itapiranga, Rio Preto da Eva, Manaus e Novo Airão, a leste; Beruri ao sul; Anamã e Caapiranga a oeste; e Novo Airão ao norte e noroeste. 
Com o município de Urucará
O limite de Presidente Figueiredo com Urucará se inicia na confluência do igarapé São João com a margem esquerda do rio Alalaú, subindo por sua linha mediana até alcançar o rio Jatapu. A partir daí, a divisão entre os dois municípios passa a ser pela região sudeste do território, até o divisor do rios Alalaú e Pitinga. O fim da divisão do município com Urucará se marca na nascente do rio Capucapu. 
Com o município de São Sebastião do Uatumã
O limite entre Presidente Figueiredo e São Sebastião do Uatumã se inicia na nascente do rio Capucapu, no divisor dos rios Pitinga e Jatapu. Alcança, ao sudeste, o rio Uatumã, que passa a ser usado como limite territorial entre os dois municípios. Ao fim deste, passa a ser usado o igarapé Taboca para dividir ambos, até alcançar a nascente do igarapé Guajará. Em linha mediana, alcança o rio Uatumã quando este desce até alcançar a confluência com o igarapé Tucumanduba, que marca o fim da divisão dos municípios. 
Com o município de Itapiranga
Presidente Figueiredo inicia seu limite territorial com Itapiranga no igarapé Tucumanduba, na margem direita do rio Uatumã. Este igarapé, por sua linha mediana, alcança o divisor de águas dos rios Urubu e Uatumã, marcando assim o fim do limite territorial entre as municipalidades. 
Com o município de Rio Preto da Eva
Inicia-se no igarapé Tucumanduba. Ao noroeste, o que separa Presidente Figueiredo de Rio Preto da Eva é o igarapé Mirim, seguindo a partir daí por uma linha mediana, até alcançar a confluência com o rio Urubu. Este, por sua vez, segue em linha mediana, alcançando a rodovia BR-174. 
Com o município de Manaus
Inicia-se ao fim dos limites com Manaus, através do rio Apuaú. A partir daí, usa-se o igarapé Grande para dividir ambos, por uma linha mediana, até alcançar a confluência com o rio Pardo. Quando este alcança a confluência com o rio Curiaú, este último passa a ser o divisor dos territórios, até ao norte, quando alcança o rios Uatumã e Camanaú. Outros atrativos naturais usados para limitar os municípios são o igarapé Atroari e o rio Alalaú. 
Com o Estado de Roraima
Presidente Figueiredo limita-se ainda com o estado de Roraima, ao norte. O igarapé Atroari, o rio Alalaú e o igarapé São João delimitam a divisão dos territórios. 
Clima
O clima do município é equatorial (Af, segundo a classificação climática de Köppen-Geiger), com temperatura média compensada anual de 27 °C e umidade do ar relativamente elevada, com índice pluviométrico em torno de 2 975 milímetros (mm) anuais. 
Distritos
Presidente Figueiredo conta com os Distritos de Balbina e Pitinga, Além do Distrito Sede
Regiões
Presidente Figueiredo está dividido em cinco regionais (regiões) para fins administrativos e segurança. São eles:  Zona Sudoeste; Zona Oeste; Zona Sul; Zona Leste e Zona Norte.
Economia
Presidente Figueiredo é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pelo elevado potencial de consumo. O desempenho econômico e a baixa regularidade das vendas no ano são fatores de atenção.
De janeiro a abril de 2025, foram registradas 382 admissões formais e 559 desligamentos, resultando em um saldo negativo de -177 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano anterior, quando o saldo foi de -292.
Até maio de 2025 houve registro de 66 novas empresas em Presidente Figueiredo, sendo que 19 atuam pela internet. Neste último mês, 8 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet. Este desempenho é menor que o do mês imediatamente anterior (15). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 54 empresas.
Infraestrutura
Saúde

Presidente Figueiredo possuía, em 2009, 22 estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Destes, 20 eram de caráter público e apenas 7 de caráter privado. Entre os estabelecimentos de saúde públicos, todos eram pertencentes à rede municipal. No total existiam 39 leitos para internação no referido ano. 
Educação
O município conta com unidades acadêmicas de ensino superior como o Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e o Núcleo de Estudos Superiores de Presidente Figueiredo da Universidade do Estado do Amazonas (NESPF/UEA). 
Turismo
Para se refrescar no dias mais quentes do verão amazônico (ou em qualquer época do ano, visto que as temperaturas são sempre altas em Manaus), nada como curtir as belas e democráticas cachoeiras de Presidente Figueiredo. O município fica a cerca de duas horas da capital amazonense (126 km) e tem mais de 140 quedas d'água identificadas, várias delas com estrutura para o visitante passar boas horas de sossego em meio à floresta. 
É um bate e volta perfeito para quem visita Manaus, mas também pode ser um destino para ficar mais tempo, já que há lagoas cristalinas e cachoeiras de todos os tipos e espalhadas por uma grande área. Algumas das mais bonitas — como o Circuito do Mutum, por exemplo — ficam próximas ao município de Balbina, distante 70 km de Presidente Figueiredo.
Cachoeiras em Presidente Figueiredo
São várias as belíssimas cachoeiras em Presidente Figueiredo. Escolher quais delas você vai incluir no seu roteiro depende basicamente do tempo que você terá no destino, de como estará fazendo os deslocamentos (se por conta própria ou agência) e do nível de dificuldade que está disposto a enfrentar, já que algumas só podem ser acessadas com trilhas.
A seguir vamos falar daquelas que visitamos. No fim do post, relacionamos outras quedas d'água incríveis que você também pode conhecer.
1. Circuito Mutum
Com a chegada do verão amazônico, os rios começam a secar. É quando aparecem as jacuzzis naturais do Mutum. Trata-se de buracos cavados pela água em um trabalho de milhares de anos, uma alegria para corpo e beleza para os olhos dos turistas. No Circuito Mutum tem ainda outras cachoeiras, uma delas escondida em meio ao verde, perfeita para fotos. A melhor época para visitá-lo é entre outubro e janeiro.
As cachoeiras do Mutum ficam na estrada que leva ao município de Balbina, a duas horas e meia de Manaus (175 km). É uma das atrações mais distantes e, portanto, é legal que seja a primeira a ser visitada. Ali por perto também está a Cachoeira da Pedra Furada, outra belíssima queda d'água.
2. Lagoa Cristalina
Nada como relaxar nas transparentes e refrescantes águas da Lagoa Cristalina, que tem tons verde-esmeralda e é cercada por árvores amazônicas. Um paraíso. O valor para curtir a lagoa e o riacho vermelho, que corre pertinho, é de R$ 15. Cada visitante pode ficar por 20 minutos na lagoa, e a capacidade é de 15 pessoas ao mesmo tempo. O local possui um restaurante.
3. Iracema e Araras
Essas são possivelmente as cachoeiras mais famosas de Presidente Figueiredo, uma vez que têm fácil acesso, são bem estruturadas e estão inclusas em praticamente todos os roteiros de bate e volta desde Manaus. A Cachoeira da Iracema é ampla, com espaço para um montão de gente. No canto direito, é comum ver banhistas deixando a água bater nas costas, como uma hidromassagem. Na época de seca, a água no entorno fica bem rasa, ótima para crianças!
Com um quilômetro de caminhada pela mata fechada, com belas vistas para cascatas menores e lagos ao longo do caminho, chega-se à Cachoeira das Araras. Também tem como chegar pertinho de carro.
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Caravela ; Guia Melhores Destinos .

terça-feira, 9 de setembro de 2025

AGUAÍ - SÃO PAULO

Aguaí é um município do estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se à latitude 22° 03’ 34” sul e à longitude 46° 58’ 43” oeste, estando a 660 metros acima do nível do mar. A população de Aguaí, município no estado de São Paulo, é de 32.072 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2022 do IBGE.
Toponímia
Aguay na língua tupi significa chocalho, guiso, cascavel. A cobra cascavel assim é chamada porque tem cascavéis, e na língua tupi é denominada mboy-aguahy, porque tem guiso, cascavel, chocalho (aguaís). Até 1944 a localidade denominava-se Cascavel e era um distrito de São João da Boa Vista. 
História
A ocupação europeia do município começou no início do século XVIII, quando as famílias Alves e Tangerino apossaram-se de terras nessa região em que serpeia o riacho Itupeva e de onde se avistam, ao longe, as serras de caldas. Depois, estes campos passaram a ser propriedade de Bento Dias Moreira, que por sua vez, os transferiu a João Moreira da Silva e Silvestre Antonio da Rosa. No início do século XIX, João Moreira da Silva vendeu parte de suas terras a João Rodrigues da Fonseca, as mesmas que, depois, foram adquiridas pelo capitão Joaquim Gonçalves Valim. Daí, graças a liberação de várias glebas doadas pelos herdeiros do capitão Valim, deu-se a formação da área para início do pequeno povoado de Cascavel, às margens da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, na Estação de Cascavel, cujo nome é originário de antigo potreiro existente nas suas imediações, o qual, segundo a lenda, teria abrigado enorme cobra desta espécie. 
A povoação de Cascavel iniciou a partir da instalação da Estação Cascavel da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, em 1 de janeiro de 1887, entre os rios Moji-Guaçu e seu afluente Jaguari-Mirim, no município de São João da Boa Vista, motivando o interesse de pessoas a fixarem residência e casas de comércio, pois eram vantajosas as perspectivas de desenvolvimento para a localidade. Nesse mesmo ano, chegou na região a família Braga, constituída pelo Major João Joaquim Braga, sua mulher, Dona Placidina Gonçalves Braga, e filhos; ficaram residindo bem próximo à Estação, em casa própria. Major Braga, natural de Braga (Portugal), era dinâmico, empreendedor, comerciante, idealista de espírito público, desde logo posse em ação para conseguir a formação do Patrimônio do Senhor Bom Jesus de Cascavel, obtendo já no ano de 1889 a criação da Agência de Correios, a nomeação do Subdelegado de Polícia e as primeiras doações de terrenos. 
Em 4 de agosto de 1898, através da Lei Estadual n.º 584, Major Braga via concretizar-se seu desejo, com a elevação do pequeno povoado de Cascavel à categoria de distrito, subordinado ao município de São João da Boa Vista, já incorporado de diversas benfeitorias que indicavam uma vila: ruas traçadas, diversas moradias, algumas casas de comércio, dois hotéis, a praça arborizada, a capela e o cemitério. 
Dois anos após, em 28 de setembro de 1900, acontecia a primeira instalação da paróquia do Senhor Bom Jesus de Cascavel, sendo o Bom Jesus o padroeiro da localidade, festivamente reverenciado e louvado, todos os anos na tradicional data de 6 de agosto. 
Em 30 de novembro de 1944, através do Decreto-Lei Estadual n.º 14.334, o distrito de Cascavel foi elevado à categoria de município, com a denominação de Aguaí, desmembrado de São João da Boa Vista e Mogi-Guaçu. Sua instalação ocorreu no dia 1º de janeiro de 1945. 
Nos últimos anos, embora a situação social do Brasil, inserido no contexto internacional de rápidas transformações em todos os campos da atividade humana, tenha sofrido reformas marcantes, podemos considerar Aguaí um período de expansão urbana e significativo crescimento agrícola e industrial, sofrendo, por vezes, as preocupações carenciais causadas por inflação monetária desenfreada e ação política dúbia. Na sua trajetória de contínuo crescimento, Aguaí passa a contar a partir de 2 de dezembro de 1983, os benefícios da instalação do Foro Distrital criada pela Lei n.º 3.396, de 16 de junho de 1982, após enorme empenho do então Prefeito Doutor Luiz Antonio Milanez. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Cascavel, pela Lei Estadual n.º 584, de 04 de agosto de 1898, subordinado ao município de São João da Boa Vista. 
Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, o distrito de Cascavel figura no município de São João da Boa Vista. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
Elevado à categoria de município com a denominação de Aguaí, pelo Decreto-lei Estadual n.º 14.334, de 30 de novembro de 1944, desmembrado dos municípios de São João da Boa Vista e Mogi-Guaçu. Sede no atual distrito de Cascavel. Constituído do distrito sede. Instalado em 1º de janeiro de 1945. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2017.
Geografia
O Município de Aguaí possui uma área de 474,741 km² localizada no leste paulista e na bacia hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu. Essa área faz limite com os seguintes municípios: ao norte, Santa Cruz das Palmeiras,Casa Branca e Vargem Grande do Sul; a leste, São João da Boa Vista; ao sul, Mogi Guaçu, Espírito Santo do Pinhal e Leme; a oeste, Pirassununga.
Clima
Em Aguaí, o verão é morno, abafado, com precipitação e de céu encoberto; o inverno é curto, ameno e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 11 °C a 30 °C e raramente é inferior a 7 °C ou superior a 34 °C. 
A melhor época do ano para visitar Aguaí e realizar atividades de clima quente é do meio de abril ao fim de setembro. 
 A estação quente permanece por 3,2 meses, de 31 de dezembro a 7 de abril, com temperatura máxima média diária acima de 29 °C. O mês mais quente do ano em Aguaí é fevereiro, com a máxima de 30 °C e mínima de 20 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 2,4 meses, de 14 de maio a 26 de julho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 26 °C. O mês mais frio do ano em Aguaí é junho, com a mínima de 11 °C e máxima de 25 °C, em média. 
Topografia
A topografia de Aguaí é plana.
Hidrografia
A hidrografia do município está assim constituída: Rio Jaguari Mirim; Rio Itupeva; Rio Capetinga; Rio Oriçanga; Córrego Isoldina; Córrego Amaro Nunes; Ribeirão dos Porcos; Córrego da Lage; Córrego Lajeado e Córrego Bambu.
Rodovias
A cidade é atendida pelas seguintes rodovias: SP-340; SP-344 e SP-225.
Ferrovias
As ferrovias que atendem à cidade são: Linha Tronco da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Ramal de Caldas da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
Estradas municipais
As estradas municipais são as seguintes: Aguaí-São João da Boa Vista; Aguaí-Orindiúva; Aguaí-Espírito Santo do Pinhal e Aguaí-Leme.
Economia
A economia do município está baseada principalmente na agricultura e no setor industrial de papelão, a cidade possui quatro empresas no setor que emprega cerca de 40% dos trabalhadores da cidade. 
No setor agrícola, predominam as culturas de cítricos, soja, algodão, milho, feijão e arroz, na pecuária: leite e corte. Já o setor industrial dispõe de produções nas áreas de alimentos, embalagens, máquinas, materiais de construção etc. O setor bancário do município é bem estruturado. Aguaí possui 5 agências bancárias. 
Infraestrutura
Educação
O município conta com quinze escolas municipais e quatro estaduais. 
Turismo
O município de Aguaí integra o Mapa do Turismo Brasileiro do Ministério do Turismo e pertence à Região Turística Entre Rios, Serras e Cafés.
Aguaí é um município onde a fé e a religiosidade merecem destaque em sua atratividade turística. O Parque Interlagos, cartão postal da cidade, é um agradável parque urbano ideal para momentos de contemplação e lazer.
O município também possui pesqueiros e um calendário de eventos que atraem turistas da região, de todo o Estado de São Paulo e de Minas Gerais.
O parque empresarial diversificado também recebe muitos visitantes a trabalho.
Referências para o texto: Wikipédia ; Weather Spark ; Site da Prefeitura Municipal ; IBGE .

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

BREJO - MARANHÃO

Brejo é um município brasileiro do estado do Maranhão localizado no Leste Maranhense. A população de Brejo, Maranhão, é de 34.120 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2022 do IBGE. 
História
Em 1684, os índios anapurus, que se dividiam em meri e assu, já viviam no território do atual município, onde, em 1709, mataram o alferes português Manoel dos Santos e seis companheiros. Desde então, expediram-se várias ordens oficiais para que se fizesse guerra aos índios, considerados bárbaros tapuias pelas autoridades. 
O vocábulo anapurus é uma corruptela de muypurás - índios que viviam às margens do rio Parnaíba - e significa fruta do rio. 
Em 1729, Brejo era ainda um sítio que, a 11 de julho desse ano, foi doado a Francisco Vasconcelos. 
Em 1770, foram cedidas três léguas de terras pelo Governador João de Abreu Castelo Branco, por solicitação de Francisco Xavier, líder dos índios anapurus, e de Ambrósio de Sousa, capitão dos índios. Em 1795, uma outra Carta de Data e Sesmaria foi concedida, tendo sido utilizada uma pedra com o nome "índio" para demarcação do território e que ainda pode ser encontrada no lado esquerdo da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. 
Em 1820, foi elevado à categoria de vila, com a denominação de São Bernardo do Brejo, pelo alvará de 29 de janeiro de 1820, desmembrado de Caxias. No mesmo ano, passou a Distrito, criado com a denominação de Brejo, pelo decreto de 18 de abril de 1820, subordinado ao município de Caxias. 
A portuguesa Euzébia Maria da Conceição Alves de Sousa (1745-1839), nobre vinda de Portugal na corte de D. João VI, possuidora de grande fortuna e de muitos escravos, acompanhada de seus colonos, chegou à localidade, em data desconhecida. Mais tarde, foi vitimada por ocasião da guerra da Balaiada, assim como o capitão Antônio Raulino Garrett (1754-1840) e outros grandes fazendeiros, o que causou graves prejuízos econômicos e sociais a Brejo. Segundo o historiador Astolfo Serra, Brejo foi o último reduto dos balaios, finalmente vencido em dezembro de 1840. 
Foi elevado à condição de cidade, com a denominação de Brejo, pela Lei Provincial nº 899, de 11 de julho de 1870. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de oito distritos: Brejo, Porto da Repartição, Milagres Santa Quitéria, Angical, Ponte Nova, São Francisco e Lagoa. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 4 distritos: Brejo, São Bernardo, Santa Quitéria e Curador. Não figurando os distritos de Porto da Repartição, Milagres, Angical, Ponte Nova, São Francisco e Lagoa. 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município é constituído de dois distritos: Brejo e Magalhães de Almeida. Não figurando os distritos da divisão de 1933. No quadro fixado, para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído do distrito sede. Não figurando o distrito de Magalhães de Almeida. Pela Lei Estadual nº 269, de 31 de dezembro de 1948, é criado o distrito de Estrela dos Anapurus e anexado ao município de Brejo. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de dois distritos: Brejo e Estrela dos Anapurus. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de junho de 1960. Pela Lei Estadual nº 2378, de 9 de junho de 1964, desmembra do município de Brejo o distrito de Estrela Anapurus, elevado à categoria de município com a denominação de Anapurus. 
Em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979, o município é constituído do distrito sede, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. 
Geografia
A área do município de Brejo é de 1.073,258 quilômetros quadrados, o que o coloca na posição 95 de 217 entre as cidades do estado Maranhão. 
Relevo
O relevo de Brejo é plano e dominado por chapadas baixas, apresentando altitudes inferiores a 300 metros. 
Clima
O clima do município é o tropical (AW’) com dois períodos bem definidos: um chuvoso, de janeiro a junho, com médias mensais superiores 203,4 mm, e o outro seco, correspondente aos meses de julho a dezembro. A precipitação total anual fica em torno de 1.835,5 mm. 
Em Brejo, a estação com precipitação é de céu encoberto; a estação seca é de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente e opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 23 °C a 35 °C e raramente é inferior a 21 °C ou superior a 38 °C. 
A melhor época do ano para visitar Brejo e realizar atividades de clima quente é do fim de junho ao início de setembro. 
A estação quente permanece por dois meses, de 24 de outubro a 22 de dezembro, com temperatura máxima média diária acima de 35 °C. O mês mais quente do ano em Brejo é novembro, com a máxima de 35 °C e mínima de 26 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 6,5 meses, de 5 de fevereiro a 20 de agosto, com temperatura máxima diária em média abaixo de 32 °C. O mês mais frio do ano em Brejo é junho, com a mínima de 23 °C e máxima de 32 °C, em média. 
Vegetação e biodiversidade
A vegetação predominante é o Cerrado, sendo constituída por árvores e arbustos com altura variando de três a oito metros, estruturada em dois estratos: um arbóreo/arbustivo com árvores esparsas e retorcidas e outro herbáceo/gramíneo. 
Entre as espécies mais comuns estão: araticum, a sucupira preta (Bowdichia virgilioides), o murici (Byrsonima crassifolia), o pequi (Caryocar brasiliense), a faveira (Enterolobium maximum), o ipê e o ipê amarelo, bem como as palmáceas: a carnaúba (Copernicia prunifera), o buriti (Mauritia flexuosa) e o babaçu (Attalea speciosa). 
Hidrografia
Brejo está inserido na Bacia Hidrográfica do rio Parnaíba, se localizando na margem esquerda do rio. 
Outros rios do município são os rios Preto, Buriti e os riachos da Cruz, do Guarimã, Corrente, Gameleira, do Morro Alegre, São João, da Santa Cruz, do Boi Morto, São Tomé, do Sítio, Lagoa da Telha, São Bento, da Flecheirinha, dentre outros. 
Demografia
De acordo com o Censo Demográfico de 2022, a população do município de Brejo era de 34.120 habitantes e a densidade demográfica era de 31,79 habitantes por quilômetro quadrado. Comparando-se com outros municípios do estado do Maranhão, ficava nas posições 39 e 46 de 217. Já a estimativa populacional para 2024 era de 35.322 pessoas. 
Economia
Brejo é um município de grande relevância na região que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios e pela alta regularidade das vendas no ano. Por outro lado, o baixo potencial de consumo é um fator de atenção.
De janeiro a abril de 2025, foram registradas 143 admissões formais e 84 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 59 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 16.
Até maio de 2025 houve registro de 15 novas empresas em Brejo, sendo que a maioria delas atua com estabelecimento fixo. Neste último mês, 8 novas empresas se instalaram. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (1). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 23 empresas.
Infraestrutura
O trajeto a partir de São Luís tem um percurso total aproximado de 318 km, sendo feito através de: 106 km pela rodovia BR–135 até a cidade de Itapecuru Mirim; 140 km pela BR-222 até o município de Chapadinha; e 73 km pela rodovia estadual MA-230 até a cidade de Brejo. 
Educação
No município, há uma unidade plena do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia (IEMA)
Turismo e cultura
Entre os pontos turísticos do município está o balneário Carrapato. 
Entre os elementos históricos estão as ruínas do Porto da Repartição, ponto de escala da antiga Companhia Fluvial do Piauí, e por onde eram transportados alimentos e gado entre Brejo e Parnaíba, tornando a região um importante ponto comercial no século XIX. 
O Porto foi tomado pelas tropas brasileiras durante a Guerra de Independência, e ganhou esse nome porque as tropas vindas da capital se repartiram no local, tendo uma parte ficado para tomar a vila de Brejo e a outra tendo ido em direção a Caxias. 
A Catedral de Nossa Senhora da Conceição, sede da diocese de Brejo, é um importante elemento arquitetônico da região. 
O Monumento aos Muypurás é composto pela imagem de um índio e uma índia Muypurás, em homenagem aos povos indígenas que viveram no território do município. 
Entre as manifestações culturais estão as quadrilhas, o bumba-meu-boi (como o Estrela dos Muypuras e o do Seco das Almas) e o tambor de crioula. 
A Comunidade Quilombola Vila das Almas é reconhecida no estado pelas suas tradições e cultura.
Referência para o texto: Wikipédia ; Caravela ; Weather Spark .

sábado, 6 de setembro de 2025

MISSÃO VELHA - CEARÁ

Missão Velha é um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se a uma latitude 07º14'59" sul e a uma longitude 39º08'35" oeste, estando a uma altitude de 360 metros. A população de Missão Velha, no Ceará, é de 36.822 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2022. Possui uma área de 645,703 km². Localiza-se na Região Metropolitana do Cariri. 
Missão Velha possui patrimônios naturais como a cachoeira de Missão Velha e pontos onde há uma grande concentração de fósseis. Por esses e outros motivos, Missão Velha faz parte do único Geopark da América Latina, criado pelo governo do estado do Ceará. Missão velha faz parte do sertão do cariri e tem muitas belezas naturais. 
Etimologia
A denominação Missão Velha faz alusão ao trabalho catequético dos frades capuchinhos do Recife, que após fundarem uma missão cristã no Sítio Cachoeira, se transferiram para o Sítio Santo Antônio, passando a se referirem a primeira missão do Sítio Cachoeira por missão velha e a missão do Sítio Santo Antônio por missão nova, que viria a se tornar distrito de Missão Velha. 
História
Segundo uma das versões, o Cariri cearense foi colonizado por emissários da Casa da Torre, um deles, João Correia Arnaud, chegou à região no início do Século XVIII, vindo da região de Inhambupe na Bahia e considerado descendente de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, um dos primeiros brancos a se fixarem no Brasil. Um jovem escravo fugido foi criado pelos índios cariris, um grupo refugiado do Planalto da Borborema pela penetração dos brancos, ao qual se agregaram quilombolas e outras tribos. Com a guerra entre estes Cariris, que deram nome a região, e os guerreiros Cariús, aquele escravo, que sabia falar português, foi nomeado emissário. 
Em apoio aos cariris, João Correia Arnaud e outros vaqueiros foram enviados com homens, armas de fogo e títulos conseguidos pelos D’Ávila, iniciando a colonização do lugar, fundaram igrejas e estabeleceram as primeiras fazendas, sendo este ou seu homônimo o fundador desta cidade de Missão Velha. 
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Missão Velha, por Lei Provincial de 28 de janeiro de 1748 e Ato Provincial de 18 de março de 1748. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Missão Velha, por Lei Provincial n.º 1.120, de 08 de novembro de 1864, desmembrado de Barbalha. Sede no núcleo de Missão Velha. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila aparece constituída de 3 distritos: Missão Velha, Goianinha e Missão Nova. 
Elevado à condição de cidade com a denominação Missão Velha, pelo Decreto, n.º 262, de 28 de julho de 1931. 
Pelo Decreto Estadual n.º 1.156, de 04 de dezembro de 1933, é criado o distrito de Riacho dos Porcos e anexado à vila. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, a vila é constituída de 4 distritos: Missão Velha, Goianinha, Missão Nova e Riacho dos Porcos. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 448, de 20 de dezembro de 1938, o distrito de Riacho dos Porcos passou a denominar-se Quimami. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município de Missão Velha é constituído de 4 distritos: Missão Velha, Goianinha, Missão Nova e Quimami (ex-Riacho dos Porcos). 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 1.114, de 30 de dezembro de 1943, o distrito de Goianinha passou a denominar-se Jamacaru. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 4 distritos: Missão Velha, Jamacaru (ex-Goianinha), Missão Nova e Quimami. 
Pela Lei Estadual n.º 1.153, de 07 de janeiro de 1951, é criado o distrito de Gameleira de São Sebastião (ex-povoado de Gameleiro do Pau) e anexado ao município de Missão Velha. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o município é constituído de 5 distritos: Missão Velha, Gameleira de São Sebastião, Missão Nova, Jamacaru e Quimami. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960. 
Pela Lei Estadual n.º 5.983, de 26 de julho de 1962, são desmembrados do município de Missão Velha o distrito de Jamacaru e Gameleira de São Sebastião para constituir o novo município de Jamacaru. 
Pela Lei Estadual n.º 6.831, de 05 de dezembro de 1963, é desmembrado do município de Missão Velha o distrito de Missão Nova. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 2 distritos: Missão Velha e Quimami. 
Pela Lei Estadual n.º 8.339, de 14 de dezembro de 1965, o município de Missão Velha adquiriu os extintos municípios de Gameleira de São Sebastião, Jamacarau, Missão Velha, como simples distritos. 
Em divisão territorial datada de 31de dezembro de 1968, o município é constituído de 5 distritos: Missão Velha, Gameleira do São Sebastião, Jamacarau, Missão Velha e Quimami. 
Pela Lei Municipal n.º 08, de 02 de dezembro de 1992, é criado o distrito de Aleixo e anexado ao município de Missão Velha. 
Em divisão territorial datada de 1º de junho de 1995, o município é constituído de 6 distritos: Missão Velha, Aleixo, Gameleira de São Sebastião, Jamacaru, Missão Nova e Quimami. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15 de julho de 1999. 
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 4 distritos: Missão Velha, Jamacaru, Missão Nova e Quimami. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Clima
Em Missão Velha, a estação com precipitação é abafada e de céu encoberto; a estação seca é de ventos fortes e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 19 °C a 37 °C e raramente é inferior a 17 °C ou superior a 38 °C. 
A melhor época do ano para visitar Missão Velha e realizar atividades de clima quente é do fim de maio ao início de outubro. 
A estação quente permanece por 3,2 meses, de 9 de setembro a 14 de dezembro, com temperatura máxima média diária acima de 36 °C. O mês mais quente do ano em Missão Velha é novembro, com a máxima de 37 °C e mínima de 23 °C, em média. 
A estação fresca permanece por 3,5 meses, de 1 de março a 17 de junho, com temperatura máxima diária em média abaixo de 31 °C. O mês mais frio do ano em Missão Velha é junho, com a mínima de 20 °C e máxima de 31 °C, em média. 
Economia
Missão Velha é uma pequena cidade que se destaca pela alta regularidade das vendas no ano e por apresentar novas oportunidades de negócios.
De janeiro a abril de 2025, foram registradas 260 admissões formais e 207 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 53 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de 30.
Até maio de 2025 houve registro de 35 novas empresas em Missão Velha, sendo que 2 atuam pela internet. Neste último mês, 9 novas empresas se instalaram, sendo 1 com atuação pela internet. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (8). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 45 empresas.
Eventos
- Coroação de Nossa Senhora 31 de maio.
- Festival de Quadrilhas Juninas (junho).
- Festival Regional de Música Popular (novembro) - extinto.
- Vaquejada por tradição no primeiro final de semana do mês de julho.
- Dia do Município (11 de julho).
Atrativos turísticos
- Cachoeira de Missão Velha: Localizada no Sítio Cachoeira, a 6 km da sede da cidade, esta cachoeira é um geossítio de grande importância geológica e está dentro do Parque Natural Municipal da Cachoeira de Missão Velha.[7] As quedas d’água são de aproximadamente 12 metros de altura. A cachoeira é um marco da história da escassez de água no Estado, visto que era um dos poucos lugares com água durante todo o ano. Foi morada de povos indígenas nos períodos pré-históricos e preserva casas em ruínas datadas de antes da colonização. Acredita-se também que foi ponto de encontro de cangaceiros no início do século XX. 
- Praça Nossa Senhora de Fátima: localizada nas ruas Afonso Ribeiro; Padre Fêlix; desembargador Juvêncio Santane e a Avenida Coronel José Dantas, no centro da cidade.
- Igreja Matriz de São José: localizada na Praça Monsenhor Horácio.
- Parque de Eventos Pinheirão: localizado na nova Avenida por trás do Estádio Valdomiro Dantas.
- Vaquejada: realizada anualmente, no parque local.
- Festa de São José: o dia do Santo Padroeiro da cidade e da Igreja é comemorado em 19 de março.
- Banda Cabaçal de Missão Velha: patrimônio Imaterial do Cariri.
- Santuário Mãe Rainha de Missão Velha: localizado no Espaço Terceiro Milênio na avenida Cel. José Dantas.
- O Padroeiro São José: sua festa é comemorada no dia 19 de março, e sua devoção em Missão Velha se iniciou com a construção da Igreja Matriz de São José, antes a padroeira da cidade era Nossa Senhora da Luz, e o primeiro padre foi o Padre Gonçalo Coelho de Lemos. 
Referências para o texto: Wikipédia ; IBGE ; Weather Spark ; Caravela .

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

FRAIBURGO - SANTA CATARINA

Fraiburgo é um município no oeste do estado de Santa Catarina, Região Sul do Brasil. Possui uma população de 33.481 habitantes, conforme contagem do IBGE no c enso 2022. Este número varia, durante o período de safra da maçã (de janeiro a abril), podendo aumentar em até dez mil devido aos trabalhadores temporários. Está situada a uma altitude de 1.048 metros acima do nível do mar, 
A cidade foi fortemente influenciada pelos imigrantes europeus, especialmente alemães e italianos, embora outras nacionalidades também tenham contribuído em outros aspectos como arquitetura, gastronomia, religião e economia. Esta diversidade cultural é uma característica marcante não apenas de Fraiburgo, mas de outras cidades do sul do Brasil. 
A cidade é famosa no Brasil por seus vastos pomares de maçã, os quais são favorecidos pelas temperaturas baixas durante o inverno. Dependendo da época do ano os turistas podem visitar empresas produtoras de maçã e ver todo o processo de produção, desde a colheita até a produção de derivados como sidra, sucos, aperitivos e outros. 
História
A região onde atualmente situa-se o município de Fraiburgo era originalmente coberta por florestas nativas repletas de araucárias, típicas das paisagens do sul do Brasil. Acredita-se que os povos indígenas que habitavam a região eram das tribos Kaigang e Xokleng. 
O povoamento do planalto de Santa Catarina se tornou mais intenso com o fluxo de fugitivos remanescentes de vários conflitos como a Revolução Farroupilha (1835-1845), Guerra do Paraguai (1864-1870), e Revolução Federalista (1893-1895). Surgiram então grandes fazendas por posse de terras devolutas e compra de antigas posses. Duas destas fazendas foram importantes na criação do município de Fraiburgo: a Fazenda Butiá Verde a Fazenda Liberata. Como na época a divisa entre as fazendas Butiá Verde e Liberata não estava bem definida, gerando assim dúvidas sobre quem seria o verdadeiro proprietário do terreno, isto acabou gerando conflitos e a área entre as fazendas passou a ser conhecida como "Campo da Dúvida". 
A família Frey, originária da Alsácia, chegou à região em 1919 atraída pelo ciclo de exploração da madeira e instalou ali uma serraria. A família abriu as primeiras ruas e construiu uma barragem que deu origem a um lago artificial, o Lago das Araucárias, um dos cartões postais da cidade. A região se desenvolveu rapidamente e se tornou distrito em 1949 e cidade em 1961, desmembrando-se de Videira e Curitibanos. Com a diminuição das matas devido à exploração da madeira, os colonizadores começaram a buscar alternativas econômicas. 
Nesta busca de alternativas, começou-se a produzir mudas frutíferas europeias, fato que deu início à transformação da economia de Fraiburgo e a transformou na Terra da Maçã. A maçã foi a fruta que melhor se adaptou ao clima da região. 
História dos fundadores 
Em 1919, o fim da Grande Guerra arrasou países europeus, como França e Alemanha. Nesta época atraídos pela existência de mão de obra, paz e segurança milhares de imigrantes chegavam ao Brasil. Em um dos navios estava um homem com características de um grande desbravador e pioneiro. Carlos Guilherme Frey e com ele brotavam dos olhos dos quatro filhos, René, Arnoldo, Joana e Agnes (conhecida por Inês), luzes de esperança de uma nova vida num país tão distante e de outra cultura. 
Após dois meses de viagem o navio francês ancorava no porto brasileiro de Salvador em 12 de outubro de 1919. Naquele instante o professor Guilherme deixava para traz um passado na longínqua Alsácia, onde perdeu a mulher Josephine, vítima da gripe espanhola. Uma curiosidade – a cegonha ilustrada no Brasão de Fraiburgo simboliza a Alsácia. Naquela região, as cegonhas costumam fazer seus ninhos nas chaminés de telhados das casas, por isso é considerada ave de bom agouro. 
Voltando a história da saga da família Frey.... De Salvador partiram para o Rio de Janeiro, depois Triunfo e Panambi no Rio Grande do Sul. No entanto, foi na cidade paranaense de Castro que a vida realmente recomeçou, quatro anos mais tarde em 1923. Foi em Castro que os Frey conheceram a família Damaski, chefiada por João e Rosina, pais de Maria e Lydia. Foi a convivência que resultou anos mais tarde no casamento de René com Maria em 1925 e de Arnoldo e Lydia em 1931. 
Na mesma época, na década de 30, os irmãos Frey decidiram desbravar o território catarinense, tendo como ponto de parada a localidade de Perdizes, hoje município de Videira, onde comercialmente optaram pela criação de um matadouro e a consequente fabricação de derivados de carne. Depois veio o ramo madeireiro, a emancipação de Fraiburgo e por fim, a fruticultura. 
Curiosidades sobre Fraiburgo 
As primeiras fazendas surgiram por volta da metade do século XIX, depois da Revolução Farroupilha, Guerra do Paraguai e mais tarde da Revolução Federalista. Duas delas tiveram importante papel no surgimento de Fraiburgo, as fazendas Liberata e Butiá Verde. A expressão Campo da Dúvida surgiu porque os proprietários das fazendas Liberata e Butiá Verde não entravam em consenso sobre o ponto de divisa entre as duas. O nome Liberata é uma homenagem a uma índia velha chamada Liberata que vivia num toldo indígena às margens do Rio Mansinho. Já Butiá Verde foi batizada em homenagem as árvores conhecidas como butiazeiro. As primeiras famílias que habitavam a região do Campo da Dúvida teriam sido Naper ou Anaper, Fritz Burger, Aristides Ramos, Moreira, Ribeiro e Fray. 
A família Frey é considerada pela História como a desbravadora de Fraiburgo, tanto é verdade que o nome Fraiburgo significa Vila dos Frey. Os irmãos René e Arnoldo foram peças fundamentais para o desenvolvimento. Historicamente o município teve como auge as décadas de 50 e 60, com a indústria extrativa da madeira, ainda propulsora da economia. Mas foi a fruticultura que tornou a cidade reconhecida nacional e internacionalmente. As primeiras mudas de macieira vieram da França, trazidas pelo engenheiro agrônomo Roger Biau. As variedades cultivadas mais conhecidas no mercado são Fuji, Gala, Gonden. O crescimento vertiginoso da fruticultura elevou Fraiburgo ao título de Capital Brasileira da Maçã, tendo mais tarde sido batizada como Terra da Maçã. 
A Bandeira do Contestado é um dos símbolos de Fraiburgo. Mede 98,5 cm de altura por 44 de largura. O branco significa desejo de paz e de pureza da alma, o verde riqueza florestal. A cruz simboliza religiosidade e sofrimento. A bandeira do município é de autoria dos professores Rui Vital Batagelo e Francisco Costella, assessorados por Antônio Peixoto de Faria. As cores verde, branca e amarela, significam colheita, paz e riqueza. O brasão ao centro representa o Governo Municipal. 
A letra e música do Hino de Fraiburgo foram compostas por Vera Vargas e Sebastião Lima. Tanto o hino, como a Bandeira e Brasão foram considerados como símbolos oficiais pela Lei n.º 303, de 5 de julho de 1977. A logomarca Terra da Maçã é outro símbolo garantido pela Lei n.º 1.836, de 29 de junho de 2005. 
Os irmãos Frey chegaram ao Brasil em 19 de outubro de 1919, vindos da Alsácia, região que pertenceu a Alemanha. No entanto, a vinda a região de Fraiburgo ocorreria apenas 11 anos mais tarde, em 1930. O município foi criado em 20 de dezembro de 1961, pela Lei n.º 797, a partir do desmembramento de Curitibanos e foi instituído oficialmente em 31 de dezembro do mesmo ano. No cenário atual Fraiburgo é considerado o maior produtor de maçãs do Brasil. O primeiro Hotel voltado ao turismo receptivo foi o Hotel Renar, fundado em 21 de junho de 1981 pela família Frey. 
No feriado de 7 de setembro de 1937, René leva Maria para conhecer Campo da Dúvida. Saem a cavalo às 4 horas da manhã, atravessando caminhos difíceis chegam a Marechal Hindemburg, atualmente Dez de Novembro, conforme registrado no Caderno de Memórias, de Maria Frey. 
Era inverno de 1938 quando começaram os trabalhos de construção da serraria dos Irmãos Frey. Para facilitar o transporte desde Perdizes até a serraria, a firma compra dois caminhões movidos a gasogênio, aparelho que ia preso ao veículo, queimando lenha e produzindo gás combustível em substituição à gasolina, que praticamente desaparecera durante o período da Segunda Grande Guerra. Em 1958 os Irmãos Frey contavam com duas serrarias, fábrica de caixas, um grande moinho, cantina vinífera, fábrica de crina vegetal, fábrica de pasta mecânica, açougue com matadouro, olaria e granja de suínos. 
Ainda em 1943, os Frey constroem uma barragem no Arroio Passo Novo, com a finalidade de fornecer água para funcionamento da caldeira e locomóvel da serraria e para poder combater os frequentes incêndios, dando origem ao lago artificial (Lago das Araucárias). Os irmãos Frey instalam um açougue e um armazém geral para atender aos primeiros moradores; criam a primeira escola, onde leciona por vários anos o professor Antonio Karasiak; providenciam um salão para reuniões e bailinhos; instalaram em 1944 um gerador de eletricidade, que passa a fornecer energia para as casas dos empregados; contratam o técnico Alberto Wengrath para instalar uma olaria; em 1951 constroem a enorme chaminé para a caldeira com os tijolos ali mesmo produzidos. 
A primeira casa de alvenaria da cidade 
Registros históricos apontam que a Casa da Família Arnoldo Frey começou a ser construída em 1948, ficando pronta dois anos mais tarde, em 1950, quando Fraiburgo ainda era denominada Butiá Verde. Mais de meio século atrás o município hoje conhecido como Terra da Maçã, não passava de um vilarejo, com poucas residências, buscando a verdadeira vocação econômica. 
Naquela época a construção da primeira casa de alvenaria, não só de Fraiburgo como da região, atraía olhares curiosos de visitantes que vinham de localidades vizinhas para verificar de perto o andamento das obras. Visto as dificuldades, que tornavam quase impossível a obtenção de areia e cimento, a opção foi assentar os tijolos com argamassa de barro. Fato que nos dias de hoje torna o local mais atrativo aos visitantes. 
A única moradora e filha de Arnoldo Frey ainda viva, Erica Frey Caldart lembra que os momentos vividos no local foram de alegria. Segundo relatos da própria Erica, a mãe, dona Lydia tinha o dom de deixar a casa acolhedora. As maiores lembranças datam dos domingos, das reuniões em família e da falta de energia elétrica durante todo o dia, já que por ser domingo não havia expediente na pequena usina geradora da energia que abastecia a cidade. 
Com a morte de Arnoldo Frey em 20 de julho de 1980, Lydia Frey demonstrou preocupação em transformar o local que por 30 anos abrigou a família em um ponto de referência para a história cultural da cidade que o marido ajudou a desbravar. Foi assim, que Lydia manifestou aos filhos Egon e Erica o desejo de deixar a comunidade fraiburguense a antiga casa, próxima ao lago, cercada pela natureza, o que veio a ocorrer em 17 de outubro de 1988, quando Lydia, o filho Egon e a esposa Aldany, a filha Erica e o marido Rui, proprietários do imóvel na época, realizaram a doação ao município da casa com 295 metros quadrados e do terreno com 35 mil metros quadrados, com a condição expressa que o imóvel fosse utilizado para fins exclusivamente educacionais, culturais e de lazer. Menos de um mês depois, em 5 de novembro falecia Lydia Damaski Frey. 
Cumprindo o ciclo natural das coisas começava em 1988 a história da Casa da Cultura Lydia Frey, que já abrigou em anos anteriores a Secretaria Municipal da Educação e Cultura, Biblioteca Pública Municipal e objetos pertencentes a família Frey. O local se transformou em mais um ponto turístico da cidade, recebendo por vários anos visitas de estudantes, turistas e curiosos. 
Alguns ambientes conservam objetos e móveis da família Arnoldo Frey. A arquitetura foi originalmente preservada, guardando os verdadeiros traços da década de 50. Uma equipe de servidores faz a manutenção interna e externa da casa. Em um cômodo foi instalada uma espécie de secretaria, responsável pela preservação do patrimônio material, entre eles fotos, documentos, relatos, também disponíveis para aqueles que se interessam pela história local. Neste sentido, se espera resgatar o motivo pelo qual a Casa foi doada ao município, transformando o local em um ambiente para estudos, cultura e lazer. 
Formação Administrativa 
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, figura no município de Curitibanos o distrito de Liberata. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Liberata permaneceu no município de Curitibanos. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960. Elevado à categoria de município com a denominação de Fraiburgo, pela Lei Estadual n.º 797, de 20 de dezembro de 1961, desmembrado de Curitibanos e Videira. Sede no antigo distrito de Liberata, atual Fraiburgo. Constituído de 2 distritos: Fraiburgo e Dez de Novembro. Desmembrado de Videira. Instalado em 31 de dezembro de 1961. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Fraiburgo e Dez de Novembro. Pelo Decreto Legislativo n.º 07, de 06 de novembro de 1979, da Câmara Municipal, homologado pelo Decreto Legislativo n.º 1.622, de 30 de junho de 1980, da Assembleia Legislativa, o distrito de Dez de Novembro foi extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede de Fraiburgo. Em divisão territorial datada de 18 de agosto de 1988, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.  
Economia
Inicialmente a economia de Fraiburgo estava baseada em serrarias. As densas florestas que cobriam a região consistiam principalmente de imbuia, cedro, canela, erva mate, e a exuberante araucária. Estas florestas representam a paisagem típica do sul do Brasil apesar do desmatamento indiscriminado das últimas décadas. Uma reviravolta na economia ocorreu devido a escassez de madeira, a implementação de leis ambientais e a conscientização do povo. Como resultado, a agricultura se tornou a fonte predominante de riqueza juntamente com a produção de papel, celulose e móveis produzidos com madeiras de reflorestamento. Os projetos de reflorestamento introduziram o pinus elliottii na região. 
O cultivo da maçã transformou a economia da região e atualmente Fraiburgo é responsável por 60% da produção de maçãs do estado de Santa Catarina. A cidade também é uma grande produtora de mel - são 15 mil colmeias, que polinizam mais de 7 milhões de macieiras. 
História da maçã 
As primeiras mudas de maçã foram trazidas para Fraiburgo em 1963, após terem sido arrancadas no fim do inverno europeu e transportadas para o Brasil. Não tendo câmara fria, as mudas foram enterradas na sombra do mato mais frio da região. sob a supervisão do engenheiro agrônomo Roger Biau. Foi somente 13 anos depois, em 1976 que a fruta passou a ser produzida em grande escala. 
Ao longo dos anos e das experiências, as variedades de maçãs, que mais se adequaram as situações climáticas, são Gala, Fuji e híbridos destas espécies, melhoradas geneticamente. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Produtores de Maçã – ABPM, Fraiburgo é responsável por pouco mais de 30% da produção da fruta no Estado de Santa Catarina e representa 16% da produção nacional. Fato este que intitulou a cidade de “Terra da Maçã”. 
Curiosidade: Durante o período da colheita da maçã entre os meses de janeiro a abril Fraiburgo recebe um incremento populacional significativo. Em média 10 mil pessoas, oriundas principalmente dos três estados do sul do país, vem para cá em busca de trabalho. 
Cultura da maçã 
Pomicultura: as macieiras só atingem a idade adulta no seu 3ª ano de vida. A macieira entra em estado de dormência durante o inverno e no mês de agosto é realizada a poda. 
Florada da maçã: ocorre normalmente entre os meses de setembro e outubro, quando as macieiras florescem e a natureza nos dá um espetáculo à parte. 
O raleio: ocorre entre os meses de novembro e dezembro, quando os frutos ainda estão do tamanho de azeitona, em grande quantidade. O homem intervém com raleios manuais para diminuir a carga dos galhos. 
A colheita: normalmente acontece entre os meses de janeiro até o final de março quando os trabalhadores colhem os frutos com sacolas especiais e depositam nos bins (caixas para aproximadamente 400kg de maçã), que é transportada para a indústria. 
Geografia
O município de Fraiburgo possui um relevo suavemente ondulado, variando até fortemente ondulado. Os solos predominantes são o Cambissolo; a Terra Bruna Estruturada, intermediária para terra roxa estruturada distrofia; e o Latossolo Bruno, intermediário para Latossolo Roxo Álico. 
Clima
Fraiburgo está entre as cidades mais frias de Santa Catarina. 
O clima é temperado e devido a sua altitude, o município apresenta baixas temperaturas durante a maior parte do ano. No inverno, as temperaturas vão de -5°C na relva e no verão marcam até 30°C. A temperatura mínima absoluta foi de −9 ºC em 16 de junho de 2008. 
No inverno, as temperaturas ficam abaixo de zero e as geadas são constantes neste período. A paisagem fica coberta de branco e o clima fica propício às festas de São João, ou, para aquecer-se nos aconchegos dos restaurantes e hotéis da cidade. 
Turismo
Fraiburgo é conhecida nacionalmente por ser uma cidade turística, somente no ano de 2016 foram 50 mil turistas recebidos no município. Possui belas paisagens naturais, suas temperaturas são típicas em cada estação do ano e dispõe de um atraente roteiro gastronômico e hoteleiro. 
Sua principal atração é a colheita da maçã. Anualmente, turistas vem de todas as regiões do Brasil para sentir a experiência de colher a maçã diretamente do pé. O passeio da colheita conta com um city tour mostrando a história da cidade e termina no pomar de maçãs, falando sobre esta importante atividade para a cidade e provendo esta experiência ao turista. Os passeios ocorrem de dezembro a abril todos os anos. 
Pontos turísticos 
São diversos pontos turísticos. Entre eles: 
- Barraquinha da Maçã: Ponto tradicional de comercialização de maçãs, produtos derivados e artesanatos. Foi inaugurada em 1978.
- Busto Rene Carlos Frey: Busto do pioneiro Rene Carlos Frey e menção a seu irmão Arnoldo Frey em homenagem de seu legado à cidade de Fraiburgo. Em anexo à Barraquinha da Maçã.
- Casa da Cultura Lydia Frey: A primeira casa construída em alvenaria na cidade, tendo os tijolos assentados em barro. A casa foi residência de Arnoldo Frey e família até a década de 80. Utilizada como Museu, possui acervo histórico da cidade e dos fundadores.
- Casa do Artesão: Atualmente a Associação dos Artesãos de Fraiburgo conta com um espaço destinado para a exposição de peças. Os turistas encontram no local, diversas lembrancinhas que remetem a maçã. Em trabalho diversificado que exige dedicação, tempo e muita criatividade.
- Castelinho: Construído em estilo francês, das casas da Normandia foi inaugurado em 1966. O castelo foi a forma encontrada pelos irmãos Frey para que o engenheiro francês Roger Biau permanecesse em Fraiburgo e acompanhasse o comportamento das frutas em relação ao clima. A mulher de Roger, Evelyn, só deixaria a França e adotaria Fraiburgo se fosse edificada a casa de seus sonhos.
- Gruta Monge João Maria: Uma homenagem ao monge que exerceu grande influência entre os jagunços durante a Guerra do Contestado. Conta a lenda que João Maria acampava próximo a fontes e por esse motivo a água continha poderes milagrosos. O Monge parava neste local para realizar suas orações.
- Hotel Renar: Com sua arquitetura alpino germânica encantadora, o Hotel Renar possui uma área de 150 mil m2 envolto por uma deslumbrante paisagem. É o lugar ideal para quem quer relaxar e manter o contato com a natureza, mas não abre mão de conforto e qualidade.
- Lago das Araucárias: Ponto de encontro da família e dos amigos, nele localiza-se o Circuito Saúde e Lazer, local apropriado para caminhadas. O lago foi criado em 1940 para abastecer a primeira serraria de Fraiburgo, dos fundadores do município, os irmãos René e Arnoldo Frey.
- Museu do Jagunço: Localizado na localidade do Taquaruçu é um dos redutos da Guerra do Contestado (1912-1916). Distante cerca de 25 km do centro da cidade conta com acervo de armas, utensílios, cartas, fotos que marcaram o período, bem como está cercado por um dos palcos da guerra.
- Parque Ecológico René Frey: Paraíso ecológico na área central de Fraiburgo, possui araucárias, imbúias centenárias, entre outras espécies nos 50 hectares de mata nativa preservada. Aberta para passeios para moradores e turistas, o local dispõe de trilhas ecológicas e paisagens inesquecíveis. Os serviços oferecidos contam com: cavalgada, passeio de aventura com o Kaigang (caminhão do exército adaptado), trilha a pé, picnic musical, meditação e trilha do medo.
- Portal Turístico: Construído em 1995, é um dos cartões-postais da cidade. No local é possível adquirir diversas variedades de maçã e seus derivados, artesanato local e outras frutas da estação.
- Praça da Chaminé: Situada na parte central da cidade é sede de vários eventos e comemorações locais. A Chaminé foi construída em 1939, pela empresa René Frey e Irmão. Hoje simboliza uma época em que a atividade madeireira era o auge da economia local e trouxe desenvolvimento econômico dos negócios do município.
- Praça Maria Frey: Inaugurada em 1994 leva o nome da esposa de René Frey, um dos fundadores da cidade. O destaque da estrutura é o termômetro em coluna de vidro, considerado um dos maiores da América Latina. Destacam-se também os entalhes em madeira feitos por artesãos locais.
- Santuário Diocesano Nossa Senhora de Fátima: Local para a meditação e orações, homenageia Nossa Senhora de Fátima com imagens que simbolizam o momento da sua aparição. Possuí 30.000 m² de área total, cercada por mata nativa. O Santuário possui Igreja, pavilhão para festividades e um caminho na mata retratando a Via Crúcis de Jesus Cristo.
- Fraiburgo também conta com projetos digitais de preservação cultural e turística, como o blog Lá no Frai, que reúne registros históricos, curiosidades, fotografias e entrevistas, com destaque para aspectos pouco conhecidos da cultura fraiburguense e do meio ambiente regional.
Comidas típicas
As comidas típicas mais conhecidas em Fraiburgo e região são a torta de maçã, michuim (cordeiro assado inteiro), maçã caramelizada e pinhão, entre outros pratos. 
- Michuim: É um prato árabe e foi introduzido na gastronomia fraiburguense através dos franceses que se estabeleceram no município. Michuim quer dizer assado, grelhado. O michuim deve ter como único acompanhamento o pão, umedecido com temperos e recheado com fatias de carne ficando parecido com um sanduíche. 
Dicas de preparo: utilizar para temperar o cordeiro os seguintes temperos: salsa, cebolinha, manjerona, alho, louro, orégano, cominho em pó, sálvia, sal temperado, vinho branco, margarina e sal comum. 
O cordeiro deve ser assado com os temperos por no mínimo 6 horas. E deve ainda ser regada com os temperos utilizado uma vassourinha de palha de milho. 
Curiosidade: a Lei Municipal n.º 1.788 de 01 de junho de 2004, instituiu o michuim como prato típico de Fraiburgo e símbolo do município. 
Festas da cidade 
O calendário de eventos de Fraiburgo é bem diversificado e atende a diversos públicos. Fazem do parte do calendário oficial do Município os seguintes eventos: 
- Abertura da Colheita da Maçã (janeiro).
- Semana do Contestado (fevereiro).
- Festa do Trabalhador (maio).
- Festa Junina (junho).
- Semana da Pátria (setembro).
- Semana Farroupilha (setembro).
- Semana do Município e Natal no Lago (dezembro).
Acontecem com regularidade ainda outros eventos de abrangência estadual e nacional: 
-  Enfrute (julho).
-  ExpoACIAF (maio).
- TransCatarina (julho).
Referência para o texto: Wikipédia ; IBGE

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

ITAMBÉ - PERNAMBUCO

Itambé é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Seu território, com pouco mais de 304 km² de área, é formado pela sede e pelos distritos de Ibiranga, Caricé e Quebec. Forma uma conurbação interestadual com a cidade paraibana de Pedras de Fogo. No censo nacional de 2022, do IBGE, possuía uma população de 34.935 habitantes. 
Topônimo
A palavra "itambé" é de origem tupi e significa "pedra afiada", através da junção de i'tá (pedra) e aim'bé (afiada). 
História
As terras onde hoje se situa o Município de Itambé foram primitivamente habitadas pelos índios cariris. Não se conhece, com precisão, a data das primeiras penetrações de não índios nem a da radicação dos primeiros colonos não índios. Sabe-se, entretanto, que, nos fins do século XVI, começaram a chegar correntes de povoamento constituídas de portugueses e de mazombos. 
André Vidal de Negreiros, um dos heróis da expulsão dos holandeses de Pernambuco, erigiu uma capela sob a invocação de Nossa Senhora do Desterro, no lugar conhecido como Itambé, assim denominado em virtude da grande quantidade de calhaus avermelhados que, em choque uns com os outros, produziam faíscas. Há quem atribua a preferência do guerreiro a voto feito para que fossem desterrados os invasores da pátria. Doou ele, para patrimônio da igreja, todo o terreno da futura freguesia, gravando, também, o Engenho Novo de Goiana e de Palha, além de várias fazendas de gado, com extensão superior a 120 quilômetros. 
A doação foi confirmada pelo alvará de janeiro de 1681, que concedia, ao administrador e a seus sucessores, a graça de nomear o pároco da freguesia. Essa concessão consta, também, da Carta de Apresentação passada, em Lisboa, pela Mesa de Consciência e Ordens no dia 2 de outubro de 1746. A eleição simples do pároco passou, mais tarde, a ser atribuição da Casa de Misericórdia de Lisboa, dependendo, apenas, de aprovação régia. 
O desenvolvimento político e cultural acompanhou o desenvolvimento econômico. De 1797 a 1801, funcionou o Areópago, onde o doutor Arruda Câmara fazia propaganda dos ideais da Revolução Francesa. Em 1874, teve lugar a rebelião de matutos, conhecida por Quebra Quilos, que culminou com a invasão de Itambé pelos insurretos, no dia 30 de novembro. 
Grande fator para o desenvolvimento do lugar foi, sem dúvida, a exportação das chamadas pedras de fogo a fim de serem transformadas em pequenas lâminas, posteriormente utilizadas em armas de fogo. 
Com a denominação de Itambé, foi criado o distrito por força da Carta Régia de 6 de janeiro de 1789. Segundo outra fonte, o distrito deve sua criação à Lei Provincial n.º 1.055, de 6 de junho de 1872. A Lei Provincial n.º 720, de 20 de maio de 1867, criou o Município de Itambé com território desmembrado dos de Goiana e Nazaré. A instalação se verificou a 1º ou 10 de fevereiro de 1868. Em virtude da Lei Provincial n.º 1.318, de 4 de fevereiro de 1879, a sede municipal recebeu foros de cidade. 
Por efeito do Decreto-Lei Estadual n.º 235, de 9 de dezembro de 1938, o município e o distrito de Itambé tiveram seus topônimos simplificados para També. Por ocasião do Recenseamento Geral de 1960 compunha-se de 5 distritos: També (sede), Camutanga, Caricé, Ibiranga e Ferreiros, este último criado em 1948, com parte do distrito de Camutanga. De acordo com as Leis Estaduais n.º4.940 e n.º 4.953, ambas de 20 de dezembro de 1963, foram emancipados os distritos de Camutanga e Ferreiros. Assim, o município está constituído, hoje, de 3 distritos: També (sede), Caricé e Ibiranga. 
Pela Lei Estadual n.º 7.006, de 2 de dezembro de 1975, o município de També voltou a denominar-se Itambé. 
Hoje, o município é composto por Itambé (sede) e os distritos de Ibiranga, Caricé e Quebec.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Itambé, por força da Carta Régia de 06 de janeiro de 1789. Segundo outra fonte, o distrito deve sua criação à Lei Provincial n.º 1.055, de 06 de junho de 1872. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Itambé, pela Lei Provincial n.º 720, 20 de maio de 1867, desmembrado dos municípios de Goiana e Nazaré. Instalado em 1º de fevereiro de 1868. 
Elevado à condição cidade e sede do município com a denominação de Itambé, pela Lei Provincial n.º 1.318, de 04 de fevereiro de 1879. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, município aparece constituído de 2 distritos: Itambé e Ferreiros. 
Pelo Ato Municipal n.º 35, de 14 de agosto de 1933, foram criados os criados os distritos de Caricé e Serrinha e anexados ao município de Itambé. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 4 distritos: Itambé, Caricé, Serrinha e Camutanga (ex-Ferreiros). 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de1937. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 235 de 09 de dezembro de 1938, o município de Itambé passou a denominar-se També. 
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 92, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Ibitira passou a denominar-se Ibiranga. 
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: També, Camutanga, Caricé e Ibiranga (ex-Ibitira). 
Pela Lei Estadual n.º 12, de 16 de março de 1948, é criado o distrito de Ferreiros com terras desmembradas do distrito de Camutanga e anexado ao município de També. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 5 distritos: També Camutanga, Caricé, Ferreiros e Ibiranga. 
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído de 5 distritos: També, Camutanga, Caricé, Ibiranga e Ferreiros. 
Pela Lei Estadual n.º 4.940, de 20 de dezembro de 1963, é desmembrado do município de També o distrito de Camutanga. Elevado à categoria de município. 
Pela Lei Estadual n.º 4.953, de 20 de dezembro de 1963, é desmembrado do município de També o distrito de Ferreiros. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1968, o município é constituído de 3 distritos: També, Caricé e Ibiranga. 
Pela Lei Estadual n.º 7.006 de 02 de dezembro de 1975, o município de També voltou a denominar-se Itambé. 
Em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979, o município já denominado Itambé é constituído de 3 distritos: Itambé, Caricé e Ibiranga. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.
Geografia
A cidade está localizada a 179 metros do nível do mar.  O município está geologicamente inserido no Planalto da Borborema, formado por maciços e outeiros altos que ocupam uma área de arco que se estende do sul de Alagoas até o Rio Grande do Norte. 
Relevo e Solo
O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. A fertilidade dos solos é bastante variada, com certa predominância de média para alta. Parte de sua área, a leste, se insere na unidade geoambiental dos Tabuleiros Costeiros. 
Vegetação
A vegetação é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias da região agreste. 
Clima
O clima é o tropical chuvoso, com verão seco. A estação chuvosa se inicia em janeiro/fevereiro com término em setembro, podendo se estender até outubro. A temperatura em Itambé varia de 17ºC a 31ºC e a precipitação pluviométrica no local pode ultrapassar os 200 mm nos meses de novembro e dezembro.
Hidrografia
Situada nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Goiana e do Grupo de Bacias de Pequenos Rios Litorâneos. Os principais afluentes são os rios Capibaribe Mirim, També, Monguba, Pobre, Mocambo, Gangorra, Gitó, Ferreiros e Água Torta, além dos riachos: Camutanga, Água Comprida, Cana Brava, Roncador, do Calaço, Caboclinho, Aruá e Piruá. Os principais corpos de acumulação d’água são os açudes Timorante, Jurema, Perori, do bambu e Gameleira. O padrão da drenagem é o dendrítico e os principais cursos d? água têm regime de fluxo perene. 
Economia
Itambé é uma pequena cidade que se destaca por apresentar novas oportunidades de negócios.
De janeiro a abril de 2025, foram registradas 362 admissões formais e 856 desligamentos, resultando em um saldo negativo de -494 novos trabalhadores. Este desempenho é superior ao do ano passado, quando o saldo foi de -714.
Até maio de 2025 houve registro de 8 novas empresas em Itambé, sendo que uma delas atua pela internet. Neste último mês, 2 novas empresas se instalaram. Este desempenho é maior que o do mês imediatamente anterior (1). No ano de 2024 inteiro, foram registradas 24 empresas.
Com relação às atividades econômicas, destacam-se a indústria de transformação, o comércio, a prestação de serviços, a administração pública, a agropecuária, a extração vegetal, a caça e a pesca.
Entretanto, a economia é basicamente extraída da cana de açúcar e da produção de queijo, abacaxi, inhame, batata, entre outros alimentos. O distrito de Ibiranga abriga uma metalúrgica que comercializa carrocerias para o Brasil e exterior.
Educação
A taxa de escolarização é de 94,6% e a cidade contava com 26 escolas de ensino fundamental e três de ensino médio. As suas notas do IDEB em 2019 foram de 4,2 para os anos iniciais e de 3,8 para os anos finais, ocupando respectivamente as colocações 167ª e 165ª no estado. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior atuando no local.
Turismo
Conhecida como o berço da Maçonaria no Brasil, onde em 1796 foi instalado o Areópago para discutir os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, Itambé possui o maior número de sanfoneiros da zona da mata norte de Pernambuco, além de contar com a centenária Banda Musical Pedra Preta que já tocou para D. Pedro II, em visita ao município de Goiana.
Na zona rural, os Engenhos Cana Brava e de Lajes são conhecidos pela produção de cachaça e queijo, respectivamente, distribuídos para a zona da mata do Estado. A Casa de Campo Engenho Angico recebe turistas de todo o mundo, fortalecendo o potencial turístico da região.
O distrito de Ibiranga é conhecido pela produção de chapéus e vassouras de palha, e os distritos de Quebec e de Caricé possuem um grande pólo têxtil, no engenho Pangauá. Neste último, vale uma visita à capela de Nossa Senhora do Rosário.
A cidade é uma ótima opção para quem procura roteiros radicais, que vão da prática do ciclismo a trilhas e caminhadas. Na área urbana, o turista pode visitar o cruzeiro e o Marco Zero da cidade, o Cristo Redentor, a Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro, o busto Monsenhor Júlio Maria, o monumento a Nossa Senhora da Conceição, o obelisco e a loja maçônica. Na zona rural, vale visitar as ruínas da capela de Nossa Senhora do Desterro e a casa grande e capela do Engenho São Sebastião.
Cultura
As feiras livres no município acontecem às segunda-feira.
A Padroeira do município é Nossa Senhora do Desterro, sendo comemorado no dia 02 de fevereiro.
As festas que ocorrem na cidade são: Carnaval; Festas juninas; Nossa Senhora do Desterro.
São destaques no município os sítios históricos, onde estão incluídos: no Distrito de Caricé, a capela Nossa Senhora do Rosário; na Zona Rural, as ruínas da capela de Nossa Senhora do Desterro; ainda na Zona Rural, o Engenho São Sebastião, com casa grande e capela.
Esporte
O esporte local é bastante comunitário. As práticas comuns incluem: futebol amador em campos de terra; atividades no Parque Municipal, como caminhadas, piqueniques e torneios; eventos esportivos organizados pela prefeitura, aproveitando também as trilhas e áreas naturais para corridas e ciclismo; Vaquejada no Parque São Severino, bem tradicional na cultura local.
Referências para o texto: Wikipédia ; Site Tome Conta ; IBGE ; Site da Prefeitura Municipal ; Caravela .